Os cálculos do Experimento 2 “MASSA MOLECULAR DE POLÍMEROS” A fórmula que relaciona a viscosidade com a Massa Molar média de soluções muito diluídas de polímeros é: η − 1 η = K.M C (equação 1) onde: η = viscosidade da solução (no nosso caso, soluções de acetato de celulose 0,3 – 0,5 – 0,7 – 0,9 – lembrando que o solvente é acetona) η0 = viscosidade do solvente (no nosso caso o solvente é a acetona e o valor deve estar afixado no laboratório – eu encontrei na literatura o valor de: 0,326 cP(centipoise) ou 0,326 mPa.s(milipascal.segundo) a 20º) C = concentração da solução em g/100mL (no nosso caso, soluções de acetato de celulose 0,3 – 0,5 – 0,7 – 0,9 – lembrando que o solvente é acetona) K = constante característica do polímero, solvente e temperatura -5 (esse valor está afixado no laboratório, e eu encontrei o valor em uma das apostilas no meu site: K = 9,0.10 a 25º) α = constante que depende da geometria da molécula do polímero (esse valor também está afixado no laboratório, e eu encontrei o valor em uma das apostilas no meu site: a = 0,90) MUITO IMPORTANTE: essa fórmula é válida para concentrações diluídas (abaixo do 1 g/100mL) OK? Continuando: A viscosidade da solução (η) (no nosso caso, soluções de acetato de celulose 0,3 – 0,5 – 0,7 – 0,9 – lembrando que o 0 solvente é acetona) é calculada em relação à do solvente (η ) (no nosso caso o solvente é a acetona e o valor deve estar afixado no laboratório – eu encontrei na literatura o valor de: 0,326 cP(centipoise) ou 0,326 mPa.s(milipascal.segundo) a 20º) pela relação: η d.t = ηo d . t Onde: d = densidade da solução (no nosso caso, soluções de acetato de celulose 0,3 – 0,5 – 0,7 – 0,9 – lembrando que o solvente é acetona) do = densidade do solvente (no nosso caso o solvente é a acetona) t = tempo de escoamento da solução (no nosso caso, soluções de acetato de celulose 0,3 – 0,5 – 0,7 – 0,9 – lembrando que o solvente é acetona) to = tempo de escoamento do solvente (no nosso caso o solvente é a acetona) Vamos pensar um pouquinho sobre as densidades das soluções (d) no nosso experimento: 1. São soluções bastante diluídas, correto? 2. Em soluções muito diluídas a densidade da solução (d) é aproximadamente igual à do solvente (do), certo? 3. Logo: η t = ηo t Continuando: sendo, η = viscosidade relativa (ηrelat. ) η0 e substituindo ηrelat. equação 1, temos: ηrelat. − 1 = K.M C (equação 2) e sendo, ηrelat. − 1 = viscosidade especí!ica (ηespec. ) e substituindo ηespec. na equação 2, temos: ηespec. = K.M C equação 3 quando a solução é infinitamente diluída, a concentração tende a 0 (zero) e quando aplicamos o limite nos dois lados da equação 3 obtemos: ηespec. = lim K.M C→0 C→0 C lim ηespec. = viscosidade intrínseca = η C→0 C lim e α lim K.M = K.M C→0 α α (já que a expressão K.M não é uma função da concentração C) então: & = K.M pois bem e como calculamos a & ? Vamos lá: No nosso roteiro está descrito que a viscosidade intrínseca η é dada pela intersecção do gráfico onde se tem 1/C ln η/ηº em função da concentração C. Em outra parte do relatório também está descrito que a viscosidade intrínseca η pode ser calculada através da construção de um gráfico ηesp/C em função da concentração. Ao se prolongar a reta encontrada até o eixo y. A intersecção da mesma com o eixo y representa a viscosidade intrínseca η. Pois bem, vamos entender porque é possível calcular a viscosidade intrínseca destas duas formas relatadas no roteiro do experimento: • Medidas de viscosidade de soluções diluídas de polímeros são importantes na caracterização de macromoléculas. • Cada cadeia polimérica em uma solução contribui para a viscosidade total da mesma. • Numa solução bastante diluída (como no nosso caso), a contribuição de cada cadeia polimérica faz com que a viscosidade da solução (η) (no nosso caso, soluções de acetato de celulose 0,3 – 0,5 – 0,7 – 0,9 – lembrando que o solvente é acetona) aumente linearmente acima da viscosidade do solvente (η0) em função da concentração da solução (C). • Isso pode ser matematicamente descrito através de uma série infinita mostrada a seguir: η = ηo (1 + η. C + k ) η* C* + k )) η+ C+ + ⋯ + k - η. C. ) onde: η = viscosidade da solução (no nosso caso, soluções de acetato de celulose 0,3 – 0,5 – 0,7 – 0,9 – lembrando que o solvente é acetona) η0 = viscosidade do solvente (no nosso caso o solvente é a acetona) [η] = viscosidade intrínseca C = concentração da solução (no nosso caso solução de acetato de celulose) k', k’’,..., ki são constantes passando ηo para o lado esquerdo da igualdade temos: η = 1 + η. C + k ) η* C* + k )) η+ C+ + ⋯ + k - η. C. ηo equação 4 e agora passando o 1 para o lado esquerdo da igualdade, temos: η − 1 = η. C + k ) η* C* + k )) η+ C+ + ⋯ + k - η. C. ηo note que: η = viscosidade relativa (ηrelat. ) η0 e que: η − 1 = ηrelat. − 1 = viscosidade especí!ica (ηespec. ) ηo ou seja, ηespec. = η. C + k ) η* C* + k )) η+ C+ + ⋯ + k - η. C. se dividirmos ambos os lados da igualdade pela concentração (C), teremos: ηespec. = η + k ) η* C + k )) η+ C* + ⋯ + k - η(./0) C. C como as concentraçôes (C) são extremamente menores do que 1 em soluções muito diluídas (que é o nosso caso) podemos desconsiderar os termos k )) η+ C* + ⋯ + k - η./0 C. da equação pois C2 ... Cn são valores tão pequenos que tornam a expressão desprezível, reduzindo a equação para: ηespec. = η + k ) η* C C ou seja, num gráfico ηesp/C em função da concentração. Ao se prolongar a reta encontrada até o eixo y. A intersecção da mesma com o eixo y (coeficiente linear) representa a viscosidade intrínseca η. Vamos tentar entender a outra forma. Observemos a expressão da viscosidade relativa η ηo vamos multiplicar e dividir esta expressão pelo número de Euler “e”: η.e η. e ηo = ηo . e e vamos agora aplicar ln em cima e embaixo dessa equação: η.e η ln ηo ln ηo + ln e = e sendo ln e=1, temos: ln e ln e η ln ηo + 1 η = ln o + 1 1 η ou seja, η η = ln +1 ηo ηo substituindo essa equação na equação 4, teremos: ln η + 1 = 1 + η. C + k ) η* C* + k )) η+ C+ + ⋯ + k - η. C. ηo e após algumas passagens similares, teremos: 3ln η 1 4 . = η + k ) η* C ηo C e, portanto, a viscosidade intrínseca η pode ser calculada pela intersecção do gráfico onde se tem 1/C ln η/ηº em função da concentração C. LEMBRE-SE SEMPRE QUE: t η = o o t η e portanto, não há a necessidade de saber a viscosidade da acetona. Para resumir: tempo de escoamento ηrelativa Acetona t0 - Solução 0,3 t1 t1/t0 Solução 0,5 t 2 2 0 t /t (t /t ) – 1 Solução 0,7 t3 t3/t0 (t3/t0) – 1 Solução 0,9 t4 t4/t0 (t4/t0) – 1 solvente/solução ηespecífica [η] (viscosidade intrínseca) (t1/t0) – 1 gráfico de o ηesp/C em função de C 2 0 ou gráfico de ln (t/t0)/C em função de C 5 M massa molar média a partir da equação & = K.M