Demonstrações financeiras consolidadas em IFRS Banco BTG Pactual S.A 31 de dezembro de 2011 e 2010 com relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras BANCO BTG PACTUAL S.A. Demonstrações financeiras consolidadas 31 de dezembro de 2011 e 2010 Índice Relatórios dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras .................. 1 Demonstrações financeiras consolidadas auditadas Balanços patrimoniais consolidados ................................................................................... 3 Demonstrações consolidadas do resultado ........................................................................ 4 Demonstrações consolidadas do resultado abrangente...................................................... 5 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido .......................................................... 6 Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa .............................................................. 7 Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas ......................................... 9 Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Ilmos. Srs. Diretores e Acionistas do Banco BTG Pactual S.A. Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco BTG Pactual S.A., que compreendem os balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2011 e 2010 e em 1º de janeiro de 2010 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para os dois exercícios findos naquelas datas, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 1 Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco BTG Pactual S.A. em 31 de dezembro de 2011 e 2010 e em 1º de janeiro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e os seus fluxos de caixa consolidados para os dois exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB. Ênfases Em 31 de dezembro de 2011, a controlada em conjunto Banco Panamericano S.A., conforme apresentado na nota explicativa no 29 às suas demonstrações financeiras , encontra-se com os limites operacionais regulatórios, na data-base de 31 de dezembro de 2011 desenquadrados dos limites requeridos pelo Banco Central do Brasil. Durante o exercício de 2011 foram aportados recursos, no valor R$ 1.300 milhões e recebido depósito de acionista no valor de R$ 620 milhões para fins de recomposição patrimonial. Adicionalmente, em janeiro de 2012 foi aprovado aumento de capital no valor de até R$ 1.800 milhões, dos quais R$ 972 milhões foram subscritos e integralizados em 31 de janeiro de 2012. Em 31 de dezembro de 2011, a controlada em conjunto Banco Panamericano S.A., possui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, no montante de R$ 2.575 milhões reconhecidos com base em projeções financeiras e plano de negócios revistos e aprovados pelo seu Conselho de Administração, que incluem estudo da conjuntura atual e cenários futuros de premissas utilizadas nas referidas projeções. A realização desses créditos tributários depende da materialização dessas projeções e do plano de negócios na forma como aprovadas pelos órgãos da Administração do Banco Panamericano S.A. Rio de Janeiro, 2 de abril de 2012 ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC - 2SP 015.199/O-6 - F - RJ Flávio Serpejante Peppe Contador CRC - 1SP 172.167/O-6 - S – RJ 2 BANCO BTG PACTUAL S.A. Balanços patrimoniais consolidados 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Ativo Disponibilidades e reservas no Banco Central Valores a receber de bancos Instrumentos financeiros Aplicações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros mantidos até o vencimento Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Empréstimos e recebíveis Ativo fiscal diferido Outros ativos Investimento em empresas coligadas e empresas com controle compartilhado Imobilizado de uso Ativo intangível Total do ativo Passivo Valores a pagar a bancos Instrumentos financeiros Captações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Passivos financeiros para negociação Passivos financeiros ao custo amortizado Passivos fiscais Outros passivos Total do passivo Patrimônio líquido Capital social Reservas de capital Reservas de lucro Lucros acumulados Outros resultados abrangentes - variação cambial sobre investimentos Total patrimônio líquido de acionistas controladores Participação de acionistas não controladores Total do patrimônio líquido Total do passivo e patrimônio líquido (i) Reapresentada, conforme nota 2.5. Nota 8 9 10 11 11 11 11 12 16 13 14 16 10 11 11 11 17 18 31/12/2011 1.391.359 958.600 31/12/2010 1.622.522 86.740 01/01/2010 (i) 87.506 565.860 10.895.830 3.271.943 36.291.846 3.788.487 1.854.034 3.329.728 34.582.763 - 6.955.137 1.645.573 4.945.867 - 7.728.606 8.278.513 1.387.903 6.900.907 23.269.811 4.238.261 923.753 2.746.465 3.625.258 1.197.555 1.144.723 1.616.476 - 733.339 58.403 706.323 82.392.059 197.883 198.695 73.050.655 30.518 21.650 21.836.123 576.405 338.891 217.776 29.949.155 3.178.170 13.215.357 22.850.785 759.940 5.316.762 75.846.574 30.800.201 3.382.596 19.053.092 11.891.944 570.015 1.476.234 67.512.973 7.475.138 1.702.587 2.402.795 5.696.420 411.325 741.536 18.647.577 3.242.500 3.034.908 - 2.971.350 2.711.304 - 555.007 7.079 906.465 1.851.366 55.870 (144.972) (131.371) 6.333.278 5.537.682 3.188.546 212.207 6.545.485 5.537.682 3.188.546 82.392.059 73.050.655 21.836.123 21 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 BANCO BTG PACTUAL S.A. Demonstrações consolidadas do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) Nota Receitas com juros Despesas com juros Resultado líquido de juros Resultado líquido com instrumentos financeiros 2010 1.789.379 (3.965.981) (1.987.336) 23 23 (853.448) 1.906.003 (197.957) 1.277.116 249.323 68.760 24 1.087.115 798.819 14 27 85.466 61.178 151.706 Variações cambiais líquidas Receitas de tarifas e comissões Resultado de equivalência patrimonial de coligadas e controladas em conjunto Outras receitas operacionais 2011 3.112.533 Total de receitas 2.535.637 2.098.444 Despesas administrativas 26 (355.462) (255.204) Despesas com pessoal 25 (740.241) (457.140) Provisões para perdas com crédito 12 (30.022) (7.030) (290.545) (183.945) 1.119.367 1.195.125 220.197 (379.575) Lucro líquido do exercício 1.339.564 815.550 Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores 1.334.604 815.550 4.960 - Ordinárias 0,56 0,41 Preferenciais 0,56 0,41 Ordinárias 0,56 0,41 Preferenciais 0,56 0,41 Despesas tributárias Lucro operacional antes da tributação Imposto de renda e contribuição social 20 Lucro líquido atribuível aos acionistas não controladores Lucro por ação – básico – Em R$ Lucro por ação – diluído– Em R$ 22 22 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 BANCO BTG PACTUAL S.A. Demonstrações consolidadas do resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2011 Lucro líquido do exercício 1.339.564 815.550 200.842 (13.601) Total do resultado abrangente 1.540.406 801.949 Atribuível a controladora 1.535.446 801.949 Outras receitas e (despesas ) reconhecidas Variação cambial sobre investimentos no exterior Atribuível a não controladores 4.960 - 1.540.406 801.949 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 2010 BANCO BTG PACTUAL S.A. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Capital social Saldos em 01 de janeiro de 2010 Dividendos (R$ 0,30 por ação) Aumento de capital Ajustes de avaliação patrimonial Variação cambial sobre investimentos no exterior Constituição de reservas Lucro líquido do exercício Reserva legal Reserva estatutária Lucros a realizar Juros sobre capital próprio Dividendos distribuídos (R$ 0,20 por ação) Saldos em 31 de dezembro de 2010 Dividendos distribuídos (R$0,14 por ação) Aumento de capital Reversão de reservas Ajustes de avaliação patrimonial Variação cambial sobre investimentos no exterior l Lucro líquido do exercício Reserva legal Reserva estatutária Adição de não controladores em função de Combinação de Negócios Juros sobre capital próprio Dividendos distribuídos (R$ 0,06 por ação) Saldos em 31 de dezembro de 2011 Aumento de capital Reservas de lucros Legal A realizar Reservas de capital Total de reservas de lucro Outros resultados abrangentes variação cambial sobre investimentos Lucros acumulados Total de Acionistas Controladores Total de Acionistas não Controladores Total 555.007 - 7.079 111.002 276.041 519.422 906.465 (131.371) 1.851.366 3.188.546 - 3.188.546 - - - - - - - - (373.637) (373.637) - (373.637) 2.416.343 - (7.079) - - - - - - 2.409.264 - 2.409.264 - - - - - - - (13.601) - (13.601) - (13.601) - - - - - 1.477.729 1.477.729 - (1.477.729) - - - - - - - - - - - 815.550 815.550 - 815.550 - - - 39.773 - - 39.773 - (39.773) - - - - - - - - 93.039 93.039 - (93.039) - - - - - - - 194.298 - 194.298 - (194.298) - - - - - - - - - - - (15.440) (15.440) - (15.440) - - - - - - - - (473.000) (473.000) - (473.000) 2.971.350 - - 150.775 470.339 2.090.190 2.711.304 (144.972) - 5.537.682 - 5.537.682 - - - - - (557.000) (557.000) - - (557.000) - (557.000) - 271.150 - - - - - - - 271.150 - 271.150 - - - - (56.492) - (56.492) - 56.492 - - - - - - - - - - 200.842 - 200.842 - 200.842 - - - - - - - - 1.334.604 1.334.604 4.960 1.339.564 - - - 74.061 - - 74.061 - (74.061) - - - - 863.035 863.035 - (863.035) - - - - - - - - 207.247 207.247 - - - - - - - - - - - - - - - - (319.000) (319.000) - (319.000) - - - - - - - - (135.000) (135.000) - (135.000) 2.971.350 271.150 - 224.836 413.847 2.396.225 3.034.908 55.870 - 6.333.278 212.207 6.545.485 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 Estatutária BANCO BTG PACTUAL S.A. Demonstrações consolidada dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2011 (i) Atividades operacionais Lucro líquido do exercício 1.339.564 815.550 (479.692) 20.071 (4.960) (85.466) (409.337) 232.710 11.740 220,970 859.872 1.048.260 (774.345) (342.588) 1.650.862 229.363 (2.456.609) (3.788.487) (1.149.161) (4.131.584) (3.948.344) (99.709) (116.290) 6.276.557 (1.575.979) (29.565.212) (11.082.996) (2.734.695) (1.265.511) 543.491 (829.208) (349.562) (5.837.735) 174.606 3.436.378 (16.713.051) (7.614) 23.328.061 1.571.499 16.650.297 (68.516) 781.096 3.139.248 Atividades de investimento Aquisição de imobilizado de uso Alienação de imobilizado de uso Aquisição de investimento Aquisição de intangível e ágio Combinação de negócios, líquida do caixa adquirido (198.886) 34.063 (12.709) (78.108) (101.124) (174.122) (6.558) (83.932) Caixa utilizado nas atividades de investimento (356.764) (264.612) Atividades de financiamento Aumento do capital Passivos financeiros ao custo amortizado Juros sobre o capital próprio pago Dividendos distribuídos 271.150 11.371.712 (319.000) (692.000) 2.409.264 6.174.020 (15.440) (846.637) Caixa proveniente nas atividades de financiamento 10.631.862 7.721.207 Aumento de caixa e equivalentes (6.437.953) 10.595.843 Saldo de caixa e equivalentes No início do exercício No fim do exercício Aumento de caixa e equivalentes 18.925.370 12.487.417 (6.437.953) 8.329.527 18.925.370 10.595.843 Ajustes ao lucro liquido Depreciações e amortizações Participação de não controladores Resultado de equivalência patrimonial Ativo fiscal diferido Lucro líquido ajustado do exercício (Aumento) decréscimo líquido nos ativos operacionais Reservas no Banco Central do Brasil Valores a receber de bancos Aplicações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros mantidos até o vencimento Ativos financeiros ao valor justo no resultado Empréstimos e recebíveis Outros ativos Aumento (decréscimo) líquido nos passivos operacionais Valores a pagar a bancos Captações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Passivos financeiros para negociação Passivos fiscais Outros passivos Caixa proveniente nas atividades operacionais 7 2010 (i) Informações complementares (ii) 101.018 127.967 Impostos pagos Itens não monetários 1.127.593 Investimentos e outras aquisições 77.850 Combinação de negócios (i) Reapresentada, conforme nota 2.5. (ii) Os valores referentes a juros pagos e recebidos não foram apresentados, dado que todas as operações do banco, basicamente, rendem juros. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 1. Contexto operacional O Banco BTG Pactual S.A. (Banco) está constituído sob a forma de banco múltiplo, atuando em conjunto com suas controladas, oferecendo produtos e serviços financeiros relativos às carteiras comercial, inclusive câmbio, de investimentos, crédito, financiamento e investimento, arrendamento mercantil e crédito imobiliário. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de sociedades que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações têm a intermediação de outras sociedades integrantes do Grupo BTG Pactual. Em 10 de novembro de 2011, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu ao Banco registro de companhia aberta na categoria A. Reorganizações societárias Em 26 de abril de 2010, com a finalidade de buscar a simplificação da estrutura societária do Banco com a consequente redução de custos financeiros e operacionais, o Banco incorporou a sua controladora BTG Pactual Investimentos S.A., pelo valor contábil do seu patrimônio em 31 de março de 2010, sendo que a operação não resultou em aumento de capital social, no entanto, o ágio apurado na gerou um crédito fiscal de R$ 87.183, reconhecido contabilmente no ato da incorporação, aprovada pelo BACEN em 21 de dezembro de 2010. Em 15 de junho de 2011, foi concluída a transformação da controlada BTG Pactual Banking Limited, localizada nas Ilhas Cayman em agência do Banco. Em 27 de julho de 2011, o Banco Central do Brasil (BACEN) aprovou a aquisição indireta pelo Banco das ações representativas do capital total da (i) BTG Pactual Asset Management Corp EUA, estabelecida em Nova Iorque, EUA; (ii) BTG Pactual Asia Ltd. com domicílio em Hong Kong, China; (iii) BTG Pactual Capital Corp EUA, constituída em Delaware , EUA; (iv) BTG Pactual Global Asset Management Ltd. domiciliada em Bermuda, (v) BTG Pactual Carry LP, domiciliada em George Town, Ilhas Cayman, e (vi) de 99,3% das ações representativas do capital da BTG Pactual Europe LLP, domiciliada em Londres, Inglaterra. Essas transações foram aprovadas em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida em 31 de agosto de 2010. Anteriormente, a controladora dessas empresas era a BTG Investiments LP (BTGI). Por se tratar de empresas sob controle comum, as aquisições foram feitas pelo valor patrimonial. Em 14 de dezembro de 2011, foi aprovada a incorporação da BTG Pactual Participações II S.A. pelo Banco, que não gerou mudança do capital social do Banco. 9 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Em 31 de dezembro de 2011, dando prosseguimento ao processo de reestruturação do Grupo BTG Pactual, o Banco realizou a incorporação de sua investidora Copacabana Prince Participações S.A. e contabilizou R$ 481.369 referentes ao benefício fiscal do ágio originalmente registrado naquela empresa. Aquisições Em 20 de setembro de 2010, o Banco adquiriu a totalidade das ações da Coomex Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda., que atua e ocupa posição de destaque no setor energético nacional na comercialização e na prestação de serviços especializados de energia. A aquisição constitui um importante movimento do Grupo BTG Pactual na consolidação de uma estrutura de negociação física e financeira de commodities e amplia o mix de produtos vinculados à energia oferecidos a seus clientes. Após a aquisição a razão social foi alterada para BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda.(Coomex). Em setembro de 2011, a subsidiária integral, Coomex, realizou transação de incorporação reversa da sua controladora BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda. Como resultado, o Grupo registrou benefício fiscal de R$ 54.813. Em 27 de maio de 2011, o Banco adquiriu a totalidade das ações do Grupo Silvio Santos no Banco Panamericano S.A. (Panamericano), que representam 37,64% da instituição de varejo, resultante de uma participação de 51% nas ações ordinárias e 21,97% nas preferenciais. Com a conclusão dessa operação e a correspondente aprovação do BACEN, o Banco e a Caixa Econômica Federal (Caixa) passaram a deter o controle compartilhado do Panamericano, conforme definido pelo acordo de acionistas. Em 17 de junho de 2011, o Banco BTG Pactual S.A. e a Caixa apresentram à CVM, pedido de registro de oferta pública de aquisição (OPA) de ações preferenciais de emissão do Panamericano, aos demais acionistas, pelo mesmo preço pago para as ações ao ex-acionista controlador. Como não houve adesão necessária, o programa foi descontinuado. Em 22 de novembro de 2011, foi concluído o acordo celebrado entre o Banco e a WTorre Properties S.A.(“WTorre Properties”). Por meio desse acordo o Banco passou a ter, indiretamente, por meio de sua subsidiária Saíra Diamante Empreendimentos Imobiliários S.A. (Saíra”), 49,99% de participação societária na One Properties S.A. (anteriormente denominada WTorre Properties). Nessa transação, foi aportado pela Saíra R$ 627.452 em ativos, originalmente detidos pelo Banco, a valor de mercado. 10 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Aprovação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foram aprovadas pela Administração em 2 de abril de 2012. 2. Apresentação das demonstrações financeiras 2.1. Conformidade com o IFRS As demonstrações financeiras consolidadas do Banco foram elaboradas de acordo com com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards - IFRS) emitidas pelo Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board - IASB) As demonstrações financeiras consolidadas do Banco foram as primeiras elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), bem como com as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRIC), e a data de transição é 1º de janeiro de 2010. As reconciliações dos patrimônios líquidos apurados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo BACEN e as IFRS em 31 de dezembro de 2011 e 2010, bem como a reconciliação dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, estão apresentadas na Nota 5. 2.2. Base de preparação As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com base no custo histórico, com exceção dos (i) instrumentos financeiros para negociação, (ii) instrumentos financeiros derivativos, (iii) instrumentos financeiros disponíveis para a venda e (iv) instrumentos financeiros avaliados ao valor justo no resultado, os quais foram todos mensurados ao valor justo. A moeda funcional do Banco é o real, que também é a moeda de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. A moeda funcional das controladas sediadas no Brasil é o real, a da filial em Cayman é o dólar norte americano e das controladas sediadas no exterior é a moeda correspondente de cada país onde as mesmas estão localizadas. Os efeitos da conversão de moeda das controladas sediadas no exterior são registrados no patrimônio líquido e apresentados na demonstração do resultado abrangente, assim como o resultado do hedge, quando aplicável. 11 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2.3. Julgamentos e estimativas contábeis significativas No processo de elaboração das demonstrações financeiras consolidadas do Banco, a Administração exerceu julgamento e utilizou estimativas para calcular certos valores reconhecidos nas demonstrações financeiras. A aplicação mais relevante do exercício de julgamento e utilização de estimativas ocorre em: Continuidade A Administração avaliou a habilidade do Banco e suas subsidiárias em continuarem operando normalmente e está convencida de que o Banco e suas subsidiárias possuem recursos para dar continuidade a seus negócios no futuro. Adicionalmente, a Administração não tem o conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significantes sobre a sua capacidade de continuar operando. Portanto, as demonstrações financeiras foram preparadas com base nesse princípio. Valor justo dos instrumentos financeiros Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros contabilizados no balanço patrimonial não pode ser derivado de um mercado ativo, eles são determinados utilizando uma variedade de técnicas de valorização que inclui o uso de modelos matemáticos. As variáveis desses modelos são derivadas de dados observáveis do mercado sempre que possível, mas, quando dados do mercado não estão disponíveis, um julgamento é necessário para estabelecer o valor justo. Os julgamentos incluem considerações de liquidez e modelos de variáveis como volatilidade de derivativos de longo prazo e taxas de desconto, taxas de prépagamento e pressupostos de inadimplência de títulos com ativos como garantia. Perdas com redução ao valor recuperável de empréstimos e recebíveis O Banco e suas subsidiárias revisam seus empréstimos e recebíveis individualmente significantes a cada data de balanço para avaliar se perdas com redução ao valor recuperável devem ser registradas na demonstração do resultado. O julgamento da Administração é requerido na estimativa do valor e período do fluxo de caixa futuro na determinação das perdas com redução ao valor recuperável. Na estimativa desses fluxos de caixa, o Banco e suas subsidiárias fazem julgamentos em relação à situação financeira do cliente e ao valor realizável líquido da garantia. Essas estimativas são baseadas em pressupostos de uma série de fatores e, por essa razão, os resultados reais podem variar, gerando futuras alterações à provisão. 12 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros disponíveis para venda e mantidos até o vencimento O Banco e suas subsidiárias revisam seus instrumentos de dívida classificados como ativos financeiros disponíveis para venda e mantidos até o vencimento em cada data das demonstrações financeiras para avaliar se eles estão designados para redução ao valor recuperável. Isso exige julgamento semelhante à avaliação individual de empréstimos e recebíveis. O Banco e suas subsidiárias também registram a redução ao valor recuperável em ativos financeiros disponíveis para venda e mantidos até o vencimento em que houve uma baixa significativa ou prolongada no valor justo, abaixo do seu custo. A determinação de que é considerada “significativa” ou “prolongada” exige julgamento. Para alcançar esse julgamento, o Banco avalia, entre outros fatores, a variação histórica do preço dos ativos, além da duração e extensão na qual o valor justo do ativo financeiro foi menor do que o seu custo. Ativos tributários diferidos Ativos tributários diferidos são reconhecidos sobre perdas tributárias na medida em que é provável que lucro tributável esteja disponível no período em que as perdas poderão ser utilizadas. Um julgamento é requerido para determinar o montante de ativo futuro tributário diferido que deve ser reconhecido, com base no fluxo provável de lucro tributável futuro, e em conjunto com estratégias de planejamento tributário, se houverem. 2.4. Mudanças nas práticas contábeis Listamos a seguir as normas emitidas que ainda não haviam entrado em vigor até a data de emissão das demonstrações financeiras do Banco. Esta listagem de normas e interpretações emitidas contempla aquelas que o Banco de forma razoável espera que produzam impacto nas divulgações, situação financeira ou desempenho mediante sua aplicação em data futura. O Banco pretende adotar tais normas quando as mesmas entrarem em vigor. • IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras – Apresentação de Itens de Outros Resultados Abrangentes. Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou após 1º de janeiro de 2012. 13 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) • IAS 12 Imposto de Renda – Recuperação dos Ativos Subjacentes Esta emenda esclareceu a determinação de imposto diferido sobre as propriedades de investimento mensurado pelo valor justo. Introduz a presunção refutável de que o imposto diferido sobre as propriedades de investimento mensurado pelo modelo de valor justo no IAS 40 deveria ser definido com base no fato de que seu valor contábil será recuperado através da venda. Esta emenda entra em vigor para os períodos anuais iniciando em ou após 1º de janeiro de 2012. • IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais (revisado em 2011) Como consequência dos recentes IFRS 10 e IFRS 12, o que permanece no IAS 27 restringe-se à contabilização de subsidiárias, entidades de controle conjunto, e associadas em demonstrações financeiras em separado. Esta emenda entra em vigor para períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013. • IAS 28 Contabilização de Investimentos em Associadas e Joint Ventures (revisado em 2011) Como consequência dos recentes IFRS 11 e IFRS 12, o IAS 28 passa a ser IAS 28 Investimentos em Coligadas e Joint Ventures, e descreve a aplicação do método patrimonial para investimentos em joint ventures, além do investimento em associadas. Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013. A Administração do Banco avaliou a revisão da norma e concluiu não haver impacto sobre as demonstrações financeiras. • IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações - Aumento nas Divulgações Relacionadas a Baixas Esta emenda exige divulgação adicional sobre ativos financeiros que foram transferidos, porém não baixados, a fim de possibilitar que o usuário das demonstrações financeiras do Banco compreenda a relação com aqueles ativos que não foram baixados e seus passivos associados. Além disso, a emenda exige divulgações quanto ao envolvimento continuado nos ativos financeiros baixados para permitir que o usuário avalie a natureza do envolvimento continuado da entidade nesses ativos baixados, assim como os riscos associados. Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de julho de 2011. A emenda em questão afeta apenas as divulgações e não tem impacto sobre o desempenho ou a situação financeira do Banco. A Administração do Banco avaliou a revisão da norma e concluiu não haver impacto sobre as demonstrações financeiras. 14 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) • IFRS 9 Instrumentos Financeiros – Classificação e Mensuração O IFRS 9 na forma como foi emitido reflete a primeira fase do trabalho do IASB na substituição do IAS 39 e refere-se à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros conforme estabelece o IAS 39. A norma entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013. Em fases subsequentes, o IASB examinará contabilidade de cobertura e perda no valor recuperável de ativos financeiros. Esse projeto deverá ser encerrado no final de 2011 ou no primeiro semestre de 2012. Adoção da primeira fase do IFRS 9 terá efeito sobre a classificação e mensuração dos ativos financeiros do Banco, mas potencialmente não trará impactos sobre a classificação e mensuração de passivos financeiros. O Banco irá quantificar o efeito dessa emenda em conjunto com as outras fases, quando emitidas. • IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas O IFRS 10 substitui as partes do IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais que se referem ao tratamento contábil das demonstrações financeiras consolidadas. Inclui também os pontos levantados no SIC-12 Consolidação — Entidades para Fins Especiais – Envolvimento com Outras Entidades. A Administração do Banco avaliou a revisão da norma e concluiu não haver impacto sobre as demonstrações financeiras. O IFRS 10 estabelece um único modelo de consolidação baseado em controle que se aplica a todas as entidades, inclusive às entidades para fins especiais. As alterações introduzidas pelo IFRS 10 irão exigir que a administração exerça importante julgamento na determinação de quais entidades são controladas e, portanto, necessitam ser consolidadas pela controladora, em comparação com as exigências estabelecidas pelo IAS 27. Esta norma entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013. • IFRS 11 – Acordos Conjuntos Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013. • IFRS 13 – Mensuração de Valor Justo Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013. 15 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2.5. Reapresentação das demonstrações financeiras Balanço patrimonial Após a apresentação das demonstrações financeiras do banco, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, a administração do Banco reviu as classificações de certos ativos e passivos, em 1 de Janeiro de 2010, e reclassificou-os conforme descrito no quadro abaixo. Não houve alterações no total de ativos, patrimônio líquido e total de passivos. Ativos 01/01/2010 Reclassificação 01/01/2010 Reapresentado Instrumentos financeiros Aplicações no mercado aberto 8.115.873 (1.160.736) 6.955.137 Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado 2.464.522 1.160.736 3.625.258 Empréstimos e recebíveis 1.409.594 (212.039) 1.197.555 1.404.437 212.039 1.616.476 - - - Passivos fiscais 638.531 (227.206) 411.325 Outros passivos 514.330 227.206 741.536 - - - Outros ativos Efeito líquido no total de ativos Passivos Efeito líquido no total de passivos Fluxo de caixa Após a apresentação das demonstrações financeiras do banco, para a data base de 31 de dezembro de 2011, a administração do Banco revisou suas demonstrações consolidadas de fluxo de caixa e, basicamente, reclassificou valores referentes a: (i) efeito de combinação de negócios, (ii) efeito das alterações nos passivos financeiros ao custo amortizado e (iii) classificação dos saldos de equivalentes de caixa. 31/12/2010 2010 Reapresentado 31/12/2011 2011 Reapresentado Caixa proveniente nas atividades operacionais 1.259.475 (16.713.051) 3.393.403 3.139.248 Caixa utilizado nas atividades de investimento (1.121.558) (356.764) (356.150) (264.612) Caixa proveniente nas atividades de financiamento (527.643) 10.631.862 7.558.590 7.721.207 Aumento de caixa e equivalentes (389.726) (6.437.953) 10.595.843 10.595.843 16 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 3. Demonstrações financeiras consolidadas Estas demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras individuais do Banco BTG Pactual S.A. e as de suas controladas diretas e indiretas, incluindo fundos de investimentos. De acordo com o IAS 31, o tratamento contábil das entidades de controle compartilhado pode ser a consolidação proporcional ou o método de equivalência patrimonial. O Banco optou pelo método de equivalência patrimonial. As práticas contábeis adotadas no registro das operações e na avaliação dos direitos e obrigações, do Banco, empresas controladas, direta e indiretamente e fundos de investimento com aplicação relevante de empresas consolidadas, incluídos na consolidação foram aplicadas de maneira uniforme, sendo que os investimentos, os ativos, os passivos e os resultados existentes e/ou apurados entre as entidades consolidadas foram eliminados. A tabela apresentada a seguir relaciona as principais controladas do Banco, direta e indiretamente, incluindo os fundos de investimento, consolidados nas demonstrações financeiras. País Controladas diretas BTG Pactual Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários BTG Pactual Corretora de Mercadorias Ltda. BTG Pactual Securitizadora S.A. BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda.(***) BTG Pactual Corporate Services Ltda(**) BTG Pactual Banking Limited (*) BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda.- Coomex BTG Pactual Holding International S.A. BTGP Recovery Holdings S.A. BTG Pactual Overseas Corporation(**) BTG Pactual Vivere Participações S.A. BW Properties S.A. Saíra Diamante Empreendimentos Imobiliários S.A. Global Ltd Controladas indiretas BTG Pactual Gestora de Investimentos Alternativos Ltda. BTG Pactual WM Gestão de Recursos Ltda. BTG Pactual Gestora de Recursos Ltda. BTG Pactual Serviços Energéticos Ltda.- Coomex BTG Pactual Global Asset Management Limited BTG Pactual Europe LLP BTG Pactual Asset Management US, LLC BTG Pactual US Capital, LLC BTG Pactual Asia Limited BTG Global Asset Management (UK) Limited Recovery do Brasil Consultoria S.A. FC DAS S.A. 17 Participação no capital total - % 2011 2010 01/01/2010 Brasil Brasil 99,99 99,99 99,99 99,99 99.99 99.99 Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Cayman 99,99 99,99 99,99 99,99 - 99,99 99,99 99,99 99,96 99,99 100,00 99.99 99.99 99.99 99.96 100.00 Brasil Brasil Brasil Cayman Brasil Brasil Brasil Cayman 99,99 99,99 99,99 100,00 99,99 67,49 92,00 100.00 99,99 99,99 99,99 100,00 - 100.00 - Brasil Brasil Brasil Brasil Bermuda Inglaterra EUA EUA Hong Kong Inglaterra Brasil Uruguai 99,98 99,99 99,99 100,00 100,00 99,30 100,00 100,00 100,00 100,00 50,24 100,00 99,98 99,99 99,99 100,00 - 99,98 99.99 99.99 - BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Fundos de investimento BTG Pactual Absolute Return II Master Fund LP Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado LS Investimento no Exterior BTG Pactual International Port Fund SPC - CLASS C Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados Precatórios Selecionados I Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados NPL I BTG Pactual Vanguarda Fundo de Investimento em Participações BTG Pactual Saúde Fundo de Investimento em Participações Nala Fundo de Investimento em Participações BTG Pactual Global Fund Fundo de Investimento em Direito Creditório Multisegmento Cayman 100,00 100,00 Brasil Cayman 100,00 99,83 100,00 99,83 - Brasil 100,00 100,00 - Brasil Brasil 100,00 100,00 - 92,73 100,00 100,00 100,00 100,00 92,73 100,00 100,00 - 100.00 92.73 - Brasil Brasil Cayman Brasil (*) Em 15 de junho de 2011 a BTG Pactual Banking Limited tornou-se agência (Nota 1). (**) Em 31 de dezembro de 2010, BTG Pactual Overseas Corporation estava classificada no grupo controladas indiretas. (***) Em setembro de 2011 a BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda foi incorporada pela BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda. 4. Principais práticas contábeis As práticas contábeis mais relevantes adotadas pelo Banco e por suas controladas diretas e indiretas são as seguintes: a) Conversão de moeda estrangeira As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em reais, que é a moeda funcional e de apresentação do Controlador (“Banco”). Cada uma das entidades consolidadas nas demonstrações financeiras determina a sua própria moeda funcional de acordo com o ambiente econômico no qual a entidade opera. (i) Transações e saldos As transações em moedas estrangeiras são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação. As variações cambiais decorrentes da liquidação das transações ou da conversão dos ativos e passivos monetários pela taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço são reconhecidas como ganho ou perda na demonstração consolidada do resultado. (ii) Empresas do consolidado Na data-base das demonstrações financeiras consolidadas, os ativos e passivos das subsidiárias no exterior são convertidos para reais, pela taxa de câmbio em vigor na data do balanço, e os resultados são convertidos para reais pela média ponderada das taxas de câmbio do período. As variações cambiais decorrentes da conversão são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido. 18 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) b) Instrumentos financeiros (i) Data de reconhecimento Todos os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos na data de negociação, isto é, a data em que o consolidado se torna uma parte interessada na relação contratual do instrumento. Isso inclui compras ou vendas de ativos financeiros que requerem a entrega do ativo em tempo determinado estabelecido por regulamento ou padrão de mercado. (ii) Reconhecimento inicial de instrumentos financeiros A classificação dos instrumentos financeiros em seu reconhecimento inicial depende do propósito e da finalidade pelos quais os mesmos foram adquiridos e de suas características. Todos os instrumentos financeiros são mensurados inicialmente ao valor justo acrescido dos custos as transações, exceto nos casos quando os ativos e passivos estão avaliados ao valor justo no resultado. (iii) Derivativos Os derivativos são registrados ao valor justo e mantidos como ativos quando o valor justo é positivo e como passivo quando o valor justo é negativo. As variações do valor justo dos derivativos são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado em “Resultado líquido com instrumentos financeiros”. Derivativos embutidos em outros instrumentos financeiros, como a conversão em um instrumento conversível adquirido, são tratados como derivativos distintos e registrados ao valor justo se suas características econômicas e riscos não são relacionados com as do contrato principal, desde que o contrato principal não seja mantido para negociação ou designado ao valor justo por meio do resultado. Os derivativos embutidos separados do principal são mantidos ao valor justo na carteira com as variações do valor justo reconhecidas na demonstração consolidada do resultado. (iv) Ativos e passivos financeiros mantidos para negociação Ativos ou passivos financeiros mantidos para negociação são registrados no balanço patrimonial ao valor justo. As variações no valor justo são reconhecidas em “Resultado líquido com instrumentos financeiros”. Receitas ou despesas de juros e dividendos são registradas em “Receitas com juros” e “Despesas com juros” conforme os termos do contrato ou quando o direito ao pagamento for estabelecido. 19 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Estão incluídos nessa classificação: instrumentos de dívida, ações, posições vendidas e empréstimos a clientes que tenham sido adquiridos especialmente com a finalidade de negociação no curto prazo. (v) Ativos e passivos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado Ativos e passivos financeiros classificados nessa categoria são aqueles designados, como tais, no reconhecimento inicial. A designação de um instrumento financeiro ao valor justo por meio do resultado no reconhecimento inicial se dá somente quando os seguintes critérios são observados e a designação de cada instrumento é determinada individualmente: · A designação elimina ou reduz significativamente o tratamento inconsistente que ocorreria na mensuração dos ativos e passivos ou no reconhecimento dos ganhos e perdas correspondentes em formas diferentes; ou · Os ativos e passivos são parte de um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros, ou ambos, os quais são gerenciados e com seus desempenhos avaliados com base no valor justo, conforme uma estratégia documentada de gestão de risco ou de investimento; ou · O instrumento financeiro possui um (ou mais) derivativo(s) embutido(s), que modifica significativamente o fluxo de caixa que seria requerido pelo contrato. Ativos e passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado são registrados no balanço patrimonial consolidado ao valor justo. Variações ao valor justo são registrados em “Resultado líquido com instrumentos financeiros”. Juros auferidos ou incorridos são apropriados em “Receitas com juros” ou “Despesas com juros”, respectivamente, através do método da taxa de juros efetiva, enquanto receitas de dividendos são reconhecidas como “Outras receitas operacionais” quando o direito ao pagamento é estabelecido. (vi) Ativos financeiros disponíveis para venda Ativos financeiros disponíveis para venda incluem ações e instrumentos de dívida. Ações classificadas como disponíveis para venda são aquelas que não são classificadas como mantidas para negociação ou designadas ao valor justo por meio do resultado. Instrumentos de dívida nessa categoria são aqueles a serem mantidos por um prazo indefinido e que podem ser vendidos em resposta à necessidade de liquidez ou em resposta a mudanças na condição do mercado. 20 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao valor justo e os ganhos ou perdas não realizados são reconhecidos diretamente na demonstração do resultado abrangente. Por ocasião da realização dos instrumentos financeiros disponíveis para a venda, os ganhos ou perdas acumulados, anteriormente reconhecidos na demonstração do resultado abrangente, são transferidos para o resultado do exercício, na rubrica “Resultado líquido com instrumentos financeiros”. As perdas com redução ao valor recuperável desses instrumentos financeiros são reconhecidas na demonstração do resultado e baixadas, quando aplicável, da demonstração do resultado abrangente. (vii) Lucro ou prejuízo “Dia 1” Quando o valor da transação é diferente do valor justo de outras transações observáveis no mercado ativo com o mesmo instrumento ou baseado em uma técnica de valorização, cujas variáveis incluem apenas dados observáveis de mercado, a diferença entre o valor da transação e o valor justo (lucro ou prejuízo “Dia 1”) é imediatamente reconhecida em “Resultado líquido com instrumentos financeiros”. Nos casos em que o valor justo é determinado usando dados não observáveis de mercado, a diferença entre o preço da transação e o valor do modelo é reconhecida na demonstração do resultado no decorrer do prazo da operação ou quando as variáveis possam ser observáveis ou, ainda, quando o instrumento financeiro for baixado. (viii) Ativos financeiros mantidos até o vencimento Ativos financeiros mantidos até o vencimentos são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e vencimentos definidos, para os quais haja a intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento. Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são registrados inicialmente ao seu valor justo acrescido dos custos diretamente atribuíveis, sendo posteriormente mensurados ao custo amortizado através do método da taxa de juros efetiva, em contrapartida ao resultado do exercício, deduzidas de eventuais reduções no valor recuperável. (ix) Valores a receber de bancos e empréstimos e recebíveis Valores a receber de bancos e empréstimos e recebíveis incluem ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo, com a exceção de: · Aqueles cuja intenção é vender imediatamente ou no curto prazo e aqueles designados inicialmente como ao valor justo por meio do resultado; ou 21 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) · Aqueles designados inicialmente como disponíveis para a venda; ou · Aqueles cujo valor total do investimento não será substancialmente recuperado, exceto por motivo de deterioração de crédito. Após a mensuração inicial, os montantes de valores a receber de bancos e empréstimos e recebíveis serão mensurados ao custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetiva, líquido da provisão para perdas com redução ao valor recuperável. (x) Passivos financeiros ao custo amortizado Os passivos financeiros ao custo amortizado são mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva e levando em consideração qualquer desconto ou prêmio na emissão e custos relevantes que passem a constituir parte integrante da taxa de juros efetiva. c) (i) Baixa de ativos e passivos financeiros Ativos financeiros Um ativo financeiro (ou parte aplicável de um ativo financeiro ou um grupo de ativos semelhantes) é baixado quando: · O direito de receber o fluxo de caixa do ativo estiver vencido; ou · Houver transferência do direito de receber o fluxo de caixa do ativo ou assunção da obrigação de pagar o fluxo de caixa recebido, no montante total, sem demora material, a um terceiro devido a um contrato de repasse e se: - Houver transferência substancial de todos os riscos e benefícios do ativo; ou - Não houver transferência substancial ou retenção substancial de todos os riscos e benefícios do ativo, mas houver transferência do controle sobre o ativo. Quando o Banco e suas subsidiárias transferem o direito de receber o fluxo de caixa de um ativo ou tenha entrado em um contrato de repasse, e não tenha transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou também não tenha transferido o controle sobre o ativo, é reconhecido na medida do envolvimento contínuo do Banco e suas subsidiárias no ativo. Nesse caso, o Banco também reconhece um passivo relacionado. O ativo transferido e o passivo relacionado são mensurados com base a refletir os direitos e obrigações retidas pelo Banco e suas subsidiárias. 22 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) (ii) Passivos financeiros Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação a respeito do passivo é eliminada, cancelada ou vencida. Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro do mesmo credor em termos substancialmente diferentes, ou os termos do passivo existente são substancialmente modificados, a troca ou modificação é tratada como uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e a diferença no valor contábil é reconhecida no resultado. d) Aplicações e captações no mercado aberto (operações compromissadas) Títulos vendidos com contrato de recompra e uma data futura específica não são baixados do balanço patrimonial, já que os riscos e benefícios da posse são substancialmente retidos no consolidado. O correspondente caixa recebido é reconhecido no balanço patrimonial como um ativo com a obrigação de retorno, incluindo os juros apropriados como um passivo em “captações no mercado aberto”. A diferença entre o preço de venda e recompra é tratada como despesa de juros e é apropriada segundo o prazo do contrato, de acordo com o método da taxa de juros efetiva. Quando a contrapartida tem o direito de vender ou de oferecer novamente os títulos como garantia, estas operações são reclassificadas no balanço patrimonial consolidado para ‘Ativos financeiros para negociação’. Inversamente, títulos adquiridos com acordo de revenda em uma data futura específica não são reconhecidos no balanço patrimonial. O montante pago, incluindo juros apropriados, é registrado no balanço patrimonial em aplicações no mercado aberto, refletindo a essência econômica da transação como um empréstimo do consolidado. A diferença entre o preço de compra e revenda é registrado como receita de juros e é apropriada segundo o prazo do contrato, de acordo com o método da taxa de juros efetiva. Se os títulos de adquiridos com acordo de revenda são subsequentemente vendidos para terceiros, a obrigação de retornar os títulos é registrada com uma venda a descoberto, incluída em passivos financeiros ao valor justo no resultado e mensurados ao valor justo com qualquer ganho ou perda incluída em ‘Resultado líquido com instrumentos financeiros’ . e) Títulos emprestados e tomados por empréstimo Transações de títulos emprestados e tomados por empréstimo são geralmente garantidos por outros títulos ou pelo caixa. A transferência do título para a contraparte é refletida no balanço patrimonial somente se os riscos e benefícios de posse são também transferidos. Caixa adiantado ou recebido como garantia é registrado como um ativo ou passivo. 23 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Títulos tomados por empréstimos não são reconhecidos no balanço patrimonial, a menos que tenham sido vendidos para terceiros e, nesse caso, a obrigação de retornar o título é registrada como passivo financeiro de negociação com ganhos ou perdas incluídos em ‘Resultado líquido com instrumentos financeiros’. f) Determinação do valor justo Os instrumentos financeiros são mensurados segundo a hierarquia de mensuração do valor justo descrita a seguir: Nível 1 : Cotações de preços observáveis em mercados ativos para o mesmo instrumento financeiro. Nível 2: Cotações de preços observáveis em mercados ativos para instrumentos financeiros com características semelhantes ou baseados em modelo de precificação nos quais os parâmetros significativos são baseados em dados observáveis em mercados ativos. Nível 3: Modelos de precificação nos quais transações de mercado atual ou dados observáveis não estão disponíveis e que exigem alto grau de julgamento e estimativa. Em certos casos, os dados usados para apurar o valor justo podem situar-se em diferentes níveis da hierarquia de mensuração do valor justo. Nesses casos, o instrumento financeiro é classificado na categoria mais conservadora em que os dados relevantes para a apuração do valor justo foram classificados. Essa avaliação exige julgamento e considera fatores específicos dos respectivos instrumentos financeiros. Mudanças na disponibilidade de informações podem resultar em reclassificações de certos instrumentos financeiros entre os diferentes níveis da hierarquia de mensuração do valor justo. g) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros Perdas por redução ao valor recuperável dos ativos financeiros não avaliados pelo valor justo são reconhecidas imediatamente quando há evidência objetiva de perda. O valor contábil desses ativos é reduzido com o uso de provisões e não são reconhecidas perdas esperadas em eventos futuros. Provisões para redução ao valor recuperável de ativos financeiros não avaliados ao valor justo são avaliadas e calculadas individualmente e são reconhecidas na demonstração do resultado. 24 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) (I) Ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado Para ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado (como montantes de valores a receber de bancos. empréstimos e adiantamentos a clientes), o Banco avalia individualmente se existe evidência objetiva de redução ao valor recuperável. Se há evidência objetiva de que uma perda com redução ao valor recuperável foi incorrida, o montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contabilizado do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados. O valor contabilizado do ativo é reduzido através do uso de uma conta de provisão e o montante de perda é reconhecido no resultado. Receita de juros continua a ser apropriada sobre o valor contábil líquido da provisão e é calculada com base na taxa de juros utilizada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável. A receita de juros é registrada como parte de ‘receita de juros’. Empréstimos e as correspondentes provisões são baixados quando não há probabilidade de recuperação e toda a garantia foi realizada ou transferida para o Banco e suas subsidiárias. Se o montante estimado de perda com redução ao valor recuperável aumenta ou diminui devido a um evento que ocorreu depois que a redução ao valor recuperável foi reconhecida, o montante de perdas com redução ao valor recuperável previamente reconhecido é aumentado ou diminuído pelo ajuste na conta de provisão. Se uma baixa futura é posteriormente recuperada, o montante é creditado a ‘Provisões para perdas com crédito’. O valor presente do fluxo de caixa futuro estimado é descontado pela taxa efetiva de juros original do ativo financeiro. Se um empréstimo tem uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para mensurar qualquer perda com redução ao valor recuperável é a taxa de juros efetiva atual. O cálculo do valor presente do fluxo de caixa estimado do ativo financeiro dado como garantia reflete o fluxo de caixa que pode resultar da liquidação menos os custos de obter e vender a garantia, mesmo se a liquidação não for provável. h) Instrumentos financeiros - Apresentação líquida Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 25 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) i) Reconhecimento de receitas e despesas Receita é reconhecida na medida em que é provável que o benefício econômico seja transferido para o Banco e que a receita possa ser mensurada confiavelmente. Os critérios de reconhecimento específicos a seguir devem ser cumpridos antes que a receita seja reconhecida: (i) Receitas e despesas de juros Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado, ativos financeiros que arrecadam juros classificados como disponíveis para venda e instrumentos financeiros para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado, as receitas ou despesas de juros são registrados segundo o método da taxa de juros efetiva, que é a taxa que exatamente desconta os recebimentos ou pagamentos futuros estimados pela vida esperada do instrumento financeiro, ou quando apropriado, um período mais curto, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. O cálculo leva em consideração todos os termos contratuais do instrumento financeiro e inclui qualquer taxa ou custo incremental que são diretamente atribuíveis ao instrumento e são partes integrais da taxa efetiva, mas não das perdas futuras de crédito. O valor contábil do ativo ou passivo financeiro é ajustado se o Banco revisa suas estimativas de pagamento e recebimento. O valor contábil ajustado é calculado com base na taxa de juros original e o ajuste no valor contábil é registrado como “Outras receitas (despesas) operacionais”. Porém, para um ativo financeiro reclassificado para o qual o banco subsequentemente aumenta a sua estimativa de recebimento de caixa futuro, o efeito do aumento é reconhecido como um ajuste na taxa efetiva desde a data da alteração da estimativa. Uma vez que o valor registrado de um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros semelhantes são baixados devido à perda com redução ao valor recuperável, a receita de juros continua a ser reconhecida utilizando a taxa de juros usada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável. (ii) Receitas de tarifas e comissões O Banco e suas controladas aufere receitas de tarifas e comissões por meio de diversos tipos de serviços que fornece aos seus clientes. Receitas provenientes de taxas podem ser segregadas nas seguintes categorias: Receitas com tarifas e comissões auferidas de serviços prestados em um determinado período 26 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Tarifas e comissões auferidas com a prestação de serviços ao longo do período são apropriadas ao longo do mesmo período. Essas taxas incluem receita de comissão e gerenciamento de ativos, custódia e outras taxas de gerenciamento, assessoria e administração e performance sobre fundos de investimento. Receitas com taxas de compromissos de empréstimos em que o crédito provavelmente será usado - e outras taxas relacionadas ao crédito - são diferidas (junto com qualquer custo incremental) e reconhecidas como um ajuste à taxa de juros efetiva do empréstimo. Quando o uso do crédito de um compromisso de empréstimo não é provável, a receita com taxas de compromissos de empréstimos é reconhecida ao longo do prazo do compromisso utilizando o método linear. Receitas com taxas de serviços de transação prestados Taxas decorrentes de negociações ou da participação em negociações com terceiros, como, por exemplo, contrato de aquisição de ações ou outros títulos ou a aquisição ou venda de um negócio, são reconhecidas ao término da transação que gerou a taxa. Taxas ou componentes de taxas que são provavelmente relacionadas com performance específica são reconhecidas depois de cumprir o critério específico para seu reconhecimento. (iii) Receitas líquidas com instrumentos financeiros Resultados que surgem de atividade de negociação incluem todos os ganhos e perdas das variações no valor justo e a receita ou despesa de juros e dividendos de ativos e passivos financeiros para negociação. j) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa como referidos nas demonstrações de fluxo de caixa incluem caixa disponível, contas correntes sem restrições com bancos e, quando aplicável, valores a receber de bancos disponíveis ou com vencimento original em três meses ou menos. k) Investimento em empresas coligadas e empresas com controle compartilhado Investimentos em empresas coligadas e empresas com controle compartilhado incluem empresas sobre as quais o Banco e suas controladas possuem influência significativa nas políticas operacionais e financeiras e empreendimentos controlados em conjunto, e são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição e avaliados subsequentemente pelo método de equivalência patrimonial. Os investimentos em empresas não consolidadas incluem o ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda por redução ao valor recuperável acumulada. 27 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) A participação do Banco e suas subsidiárias nos lucros ou prejuízos de suas empresas não consolidadas é reconhecida no “Resultado de equivalência patrimonial” e a movimentação das reservas correspondentes do Patrimônio Líquido de suas empresas não consolidadas é reconhecida em suas reservas do Patrimônio Líquido. l) Imobilizado de uso O imobilizado é contabilizado a custo excluindo os gastos com manutenção, menos depreciação acumulada e redução ao valor recuperável. Alterações na vida útil estimada são contabilizadas como alterações no método ou no período de amortização, e apropriadamente tratadas como alterações de estimativas contábeis. A depreciação é calculada usando o método linear para baixar o custo do imobilizado ao seu valor residual ao longo da sua vida útil estimada. O imobilizado é baixado na alienação ou quando benefícios econômicos futuros não são mais esperados do seu uso. Qualquer ganho ou perda gerada na alienação do ativo (calculado como a diferença entre a renda líquida da alienação e o valor contábil do ativo) é reconhecido em ‘outras receitas operacionais’ na demonstração do resultado do ano em que o ativo foi alienado. m) Combinação de negócios e ágio Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método contábil de aquisição. O método envolve reconhecer ativos (inclusive ativos intangíveis previamente não reconhecidos) e passivos (inclusive passivos contingentes e excluindo reestruturação futura) identificáveis do negócio adquirido ao valor justo. Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o valor justo dos ativos líquidos identificáveis que foram adquiridos é reconhecido como ágio. Se o custo de aquisição é menor que o valor justo dos ativos líquidos identificáveis que foram adquiridos, o desconto na aquisição é reconhecido diretamente na demonstração do resultado no ano da aquisição. O ágio adquirido em uma combinação de negócios é inicialmente contabilizado a custo, representando o excesso do custo da combinação de negócios sobre o valor justo líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis adquiridos. Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado ao custo menos qualquer perda com redução ao valor recuperável acumulado. O ágio é revisado por redução ao valor recuperável anualmente, ou até mais frequentemente, se eventos ou mudanças em circunstâncias indicam que o valor contábil possa estar abaixo do valor recuperável. 28 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) n) Ativos intangíveis Ativos intangíveis incluem o valor de software de computadores. Um ativo intangível é reconhecido somente quando seu custo possa ser mensurado confiavelmente e é provável que os benefícios econômicos futuros esperados que são a ele atribuídos serão realizados. As despesas de amortização de ativos intangíveis com vida útil definida é reconhecida na demonstração do resultado na categoria de despesa consistente com a função do ativo intangível. o) Redução ao valor recuperável de ativos não financeiros Os ativos que têm uma vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para a verificação de perda no valor recuperável. Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de perda no valor recuperável sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda no valor recuperável é reconhecida pelo valor ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação da perda no valor recuperável, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC)). p) Garantias financeiras prestadas No curso ordinário dos negócios, o Banco e suas subsidiárias concedem garantias financeiras, por meio de cartas de crédito, garantias e fianças. Garantias financeiras são inicialmente reconhecidas nas demonstrações financeiras (em ‘outros passivos’) pelo valor do prêmio e é amortizado pelo prazo do contrato. Subsequentemente ao reconhecimento inicial, o passivo é mensurado pelo maior valor entre o montante reconhecido inicialmente menos, quando apropriado, o valor da amortização acumulada reconhecida no resultado, e a melhor estimativa dos custos necessários para liquidar qualquer obrigação financeira gerada por essa garantia. q) Provisões Provisões são reconhecidas quando o banco tem uma obrigação corrente (legal ou construtiva), como o resultado de um evento passado e é provável que um desembolso de recursos que incorpora benefícios econômicos será requerido para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável possa ser feita do montante da obrigação. A despesa relacionada a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado líquida de qualquer reembolso. 29 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes e das obrigações legais, fiscais e previdenciárias são efetuados de acordo com os critérios descritos abaixo. Contingências ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não cabem mais recursos. Contingências passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aqueles classificados como perda remota não requerem provisão e divulgação. r) Impostos As provisões para imposto de renda e contribuição social são constituídas com base no lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação fiscal. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre o valor das diferenças temporárias, do prejuízo fiscal e da base negativa acumulada, e são reconhecidos sempre que a realização desses montantes for julgada provável. Para o imposto de renda a alíquota utilizada é de 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável anual excedente a R$ 240 e de 15% para contribuição social. Ativos e passivos tributários diferidos são mensurados à taxa de imposto que são esperadas a serem aplicáveis no ano em que o ativo é realizado ou o passivo é liquidado, baseado nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do balanço. Imposto corrente e imposto diferido relacionados a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido também são reconhecidos no patrimônio líquido e não na demonstração do resultado. Ativos e passivos tributários diferidos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo tributário corrente contra o passivo tributário corrente e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeita à mesma autoridade tributária. 30 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) s) Dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de ações Dividendos e juros sobre capital próprio de ações são reconhecidos como um passivo e deduzidos do patrimônio líquido quando aprovados pelos acionistas do Banco. Dividendos em datas interinas são deduzidos do patrimônio líquido quando declarados e não estão sujeitos à decisão futura do Banco. t) Lucro por ação O lucro por ação é calculado pela divisão do lucro líquido pela média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais em circulação em cada exercício. A média ponderada do número de ações é calculada com base nos períodos nos quais as ações estavam em circulação. u) Informações por segmento IFRS 8 determina que os segmentos operacionais sejam divulgados de maneira consistente com as informações fornecidas ao tomador de decisões operacionais, que é a pessoa ou grupo de pessoas que aloca os recursos aos segmentos e que avalia sua performance. A administração acredita que a Companhia possui apenas um segmento que está relacionado com o conjunto de atividades do banco de investimentos e portanto nenhuma informação por segmento é divulgada. As receitas são auferidas basicamente no Brasil, onde os clientes do banco estão localizados. 31 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 5. Transição para o IFRS Conforme detalhamento na Nota 2.1, a transição para o IFRS foi registrada de acordo com o IFRS 1 e a data da transição foi 1º de janeiro de 2010. Como resultado, as políticas contábeis do Banco nestas demonstrações financeiras consolidadas foram modificadas na mesma data da transição com o objetivo de atender o IFRS. As mudanças nas políticas contábeis decorrentes da transição para o IFRS e reconciliação dos efeitos dessa transição estão apresentadas abaixo. O Banco elaborou seu balanço patrimonial inicial em 1 de janeiro de 2010 por meio da aplicação das normas e políticas contábeis, das bases de mensuração descritas na Nota 4, e adotou as seguintes isenções e utilizou todas as exceções previstas no IFRS1. a) Combinações de negócios e escopo de consolidação O IFRS 1 permite que combinações de negócios e aquisições passadas de investimentos em associadas ocorridas antes da data de transição não sejam reavaliadas, retrospectivamente, através da aplicação do IFRS 3. Esta isenção permite que as companhias que adotem o IFRS pela primeira vez, mantenham, basicamente, o tratamento contábil adotado na pratica contábil anterior, neste caso o BRGAAP. O Banco adotou esta isenção ate 1º de janeiro de 2010 e subsequente. aplicou o IFRS 3 ou o IAS 28, como apropriado para contabilizar somente as combinações de negócios e aquisições passadas de investimentos em associadas ocorridas após essa data. De acordo com a isenção permitida pelo IFRS 1, foram mantidas as políticas contábeis utilizadas para a contabilização inicial e mensuração subsequente dos ágios gerados nas aquisições anteriores a data de transição conforme BRGAAP, onde os ágios foram integralmente amortizados no momento em que essas aquisições ocorreram. Não foram reconhecidos, no BRGAAP, ativos intangíveis oriundos das aquisições anteriores a data de transição. O IFRS também requer que caso o Banco não houvesse consolidado alguma subsidiaria adquirida no BRGAAP, os valores contábeis de ativos e passivos dessa subsidiaria adquirida seriam ajustados conforme o IFRS. Entretanto, não ocorreram aquisições de subsidiarias significativas que não tenham sido consolidadas em BRGAAP antes da transição para o IFRS. 32 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) b) Valor justo considerado como custo inicial Segundo o IFRS 1, uma entidade pode, na data de transição para o IFRS, mensurar um item do ativo imobilizado pelo seu valor justo, passando este valor a ser o custo inicial deste ativo, a partir desta data. O Banco não fez uso desta isenção do IFRS 1. O custo do ativo imobilizado foi determinado com base no custo histórico, apurado no BRGAAP, e ajustado ao IAS 16 se necessário. c) Designação de instrumentos financeiros previamente reconhecidos O IAS 39 permite que uma entidade designe instrumentos financeiros na categoria de ativos ou passivos financeiros a valor justo através do resultado ou como ativos financeiros disponíveis para a venda na data de aquisição ou emissão do instrumento financeiro. Segundo a isenção do IFRS 1, esta designação, no caso da primeira adoção do IFRS, pode ser feita na data de transição, mesmo que originalmente o instrumento tenha sido designado em outra categoria. O Banco não adotou essa isenção permitida pelo IFRS 1 e não redesignou ativos financeiros existentes na data de transição, mantendo a designação existente em BRGAAP em 1º de janeiro de 2010. d) Mensuração do valor justo de ativos e passivos financeiros na data de transição O IFRS 1 determina que uma entidade deva aplicar requerimentos específicos do IAS 39 para mensuração de valor justo de ativos e passivos financeiros na data de transição para IFRS. O IAS 39 requer que técnicas de avaliação de ativos e passivos financeiros avaliados a valor justo incorporem todos os fatores que um participante de mercado consideraria na determinação de preço quando utilizam-se metodologias consistentes e aceitas economicamente para a precificação de tais instrumentos. Adicionalmente, o IAS 39 estabelece as regras para situações nas quais uma entidade pode vir a reconhecer um ganho ou perda inicial na contratação de um ativo ou passivo financeiro (“day 1 profits”). Como consequência deste requerimento, o IAS 39 requer que um ganho ou perda gerado na contratação inicial ou mudanças subsequentes do valor justo de um instrumento financeiro, somente fossem reconhecidos caso a metodologia de cálculo de valor justo incluísse dados e cotações observáveis diretamente no mercado na data de avaliação do valor justo. 33 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) e) Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros O IFRS 1 requer que uma entidade que aplica IFRS pela primeira vez aplique as regras de “desreconhecimento” (“asset derecognition” como definido pelo IAS 39) de ativos e passivos financeiros prospectivamente para transações ocorridas após 1º de janeiro de 2004. Consequentemente, caso o banco tivesse “desreconhecido”, de acordo com o BRGAAP, um ativo ou passivo financeiro não derivativo como resultado de uma transação ocorrida antes de 1º de janeiro de 2004, não poderia voltar a reconhecer esse ativo ou passivo na transição para o IFRS. Adicionalmente, o IFRS 1 permite a aplicação das normas de “desreconhecimento” de ativos e passivos financeiros retrospectivamente, em uma data escolhida pela entidade, desde que as informações necessárias para aplicar tais normas tivessem sido obtidas na data de registro da transação que deu origem ao “desreconhecimento". Esta isenção não gerou impactos para o banco, pois não existiam ativos ou passivos desreconhecidos no BRGAAP que não tenham sido desreconhecidos em IFRS. f) Estimativas O IFRS 1 requer que as estimativas usadas pela administração para fins de IFRS na data de transição estejam consistentes com as estimativas feitas na mesma data de acordo com o GAAP anterior, a menos que haja evidência de erros na preparação das estimativas no GAAP anterior em comparação ao IFRS. Adicionalmente, caso a Administração obtenha uma informação após a data de transição para o IFRS que impacte estimativas que tinham sido feitas de acordo com BRGAAP, ela deveria tratar esta informação como um evento posterior à data do balanço, e seguir o tratamento contábil do IAS 10. O IAS 10 é aplicável para o balanço patrimonial consolidado de abertura e para períodos comparativos apresentados na preparação da primeira demonstração contábil em IFRS de uma entidade, se houver. O Banco considerou as estimativas utilizadas para BRGAAP consistentes com as estimativas utilizadas na data de transição para IFRS e, portanto, não houve mudanças de estimativas devido à existência de informações obtidas em data subsequente à de transição que requeressem algum ajuste nas estimativas para fins de IFRS. g) Participações de não controladores O IFRS 1 requer que a entidade que aplica IFRS pela primeira vez aplique alguns requisitos do IAS 27 prospectivamente à data de transição. Contudo, esses requisitos não geraram impacto para o Banco, uma vez que não haviam participação de não controladores na data de transição. 34 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) h) Instrumentos financeiros compostos O IAS 32 requer que passivos financeiros compostos tenham seus componentes separados e classificados como instrumentos de dívida e instrumentos de patrimônio. Essa classificação é determinada através da substância econômica e termos específicos desses instrumentos na data de sua emissão. O IFRS 1 permite não separar esses dois componentes, caso o componente de dívida já não esteja em aberto na data de transição. Essa isenção não gerou impactos para o Banco. i) Transações de pagamentos baseados em ações O IFRS 1 não requer que a entidade adote o IFRS 2 para benefícios a empregados na forma de opções de compra de ações concedidos antes de 7 de novembro de 2002 e também para benefícios concedidos após 7 de novembro de 2002, mas cujas condições para sua realização ou gozo tenham sido atingidas antes da data de transição ou antes de 1º de janeiro de 2010 (das duas. a mais recente). Essa isenção não gerou impactos para o Banco. j) Leasing A entidade que aplica IFRS pela primeira vez pode optar pela aplicação das regras de transição específicas do IFRIC 4 – “Determining whether na arrangement contains a lease” podendo determinar se um contrato de leasing existe na data de transição para IFRS com base nos fatos e circunstâncias existentes na data de transição. A aplicação da IFRIC 4 não gera impactos no Banco, pelo fato de não terem sido identificados contratos que deveriam ser contabilizados como um contrato de leasing. k) Reconciliação entre BRGAAP e IFRS aplicáveis ao patrimônio líquido Demonstramos abaixo a conciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido entre as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (doravante “BRGAAP”) e as IFRS em 1º de janeiro de 2010 (data de transição) e nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010: 35 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Ref. Patrimônio líquido (controladores e não controladores) consolidado de acordo com o BR GAAP Ajuste de taxa efetiva de juros Reconhecimento de ativos vendidos com retenção de risco Ajuste de GAAP em empresa com controle compartilhado 31/12/2010 01/01/2010 Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido 6.551.969 5.602.593 3.244.500 (6.484) (64.911) (55.954) (i) 2.904 10.177 (2.755) (ii) (36.528) (26.791) (25.626) (iii) (141.277) (105.532) (64.878) Ajustes que afetam o PL entre BRGAAP e IFRS Ajuste ao valor justo 31/12/2011 (v) 88.997 - - Reversão de amortização do ágio (vi) 9.460 8.376 - Imposto diferido sobre ajustes de IFRS (vii) 69.960 48.859 37.305 6.545.485 5.537.682 3.188.546 Patrimônio líquido consolidado em IFRS Ref. 2011 2010 Resultado Resultado Lucro líquido consolidado de acordo com o BR GAAP 1.481.979 810.906 Ajustes que afetam o PL entre BRGAAP e IFRS (142.413) 4.644 Ajuste ao valor justo (i) (7.275) 13.414 Ajuste de taxa efetiva de juros Reconhecimento de ativos vendidos com retenção de risco Reclassificação de variação cambial sobre investimentos no exterior (ii) (9.737) (1.165) (iii) (35.744) (40.655) (iv) (200.842) 22.697 Reversão de amortização do ágio (vi) 90.081 8.376 Imposto diferido sobre ajustes de IFRS (vii) 21.102 1.977 1.339.564 815.550 200.842 (13.601) 1.540.406 801.949 Lucro líquido consolidado em IFRS Ajustes que afetam o resultado abrangente Reclassificação de variação cambial sobre investimentos no exterior Total A adoção do IFRS não alterou materialmente as demonstrações de fluxo de caixa, uma vez que de acordo com o BRGAAP as instituições financeiras são requeridas a aplicar o equivalente brasileiro ao IAS 7, e portanto não há diferenças significativas entre as demonstrações de fluxode caixa apresentadas de acordo com BRGAAP e IFRS. 36 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) (i) Ajuste ao valor justo Refere-se, substancialmente, ao efeito do ajuste ao valor justo, de instrumentos financeiros de propriedade de fundos de investimento controlados pelo Banco que no BRGAAP são mensurados pelo custo amortizado. (ii) Diferimento de comissões pela taxa efetiva de juros As comissões inerentes às operações de crédito, avaliadas a custo amortizado, foram ajustadas para compor a taxa efetiva de juros em atendimento ao IAS 39 “Instrumentos financeiros – Reconhecimento e mensuração”. (iii) Reconhecimento de ativos vendidos com retenção de risco Segundo orientação do IFRS, na venda de ativos financeiros com retenção de riscos e benefícios, o ativo objeto deve permanecer registrado no ativo, sendo as receitas decorrentes de tais ativos apropriadas pelo prazo remanescente das operações vendidas. Nesses casos o valor recebido na venda deve ser registrado no passivo e os custos apropriados pelo prazo remanescente da operação. De acordo com o BRGAAP, tais ativos são baixados e o resultado líquido apurado na venda deve ser registrado ao resultado do período na data da operação. (iv) Variação cambial sobre investimentos no exterior Refere-se a variação cambial sobre investimentos no exterior que para fins de BRGAAP é reconhecida no resultado do exercício enquanto que em IFRS é reconhecida no patrimônio líquido em “outros resultados abrangentes”. (v) Ajuste de GAAP em empresa não consolidada Refere-se à diferença entre patrimônio líquido em BRGAAP e IFRS de empresas de controle compartilhado. (vi) Reversão da amortização do ágio Segundo o BRGAAP, o ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura é sujeito a amortização e teste de recuperabilidade pelo menos uma vez ao ano, ou sempre que existam indicações quanto à perda do valor dos ativos adquiridos. De acordo com o IAS 38, o ágio não é amortizado, mas testado para fins de determinação da perda do valor recuperável, pelo menos uma vez ao ano, ou sempre que haja alguma indicação de possível perda de recuperabilidade. Em função desta diferença entre as normas, o valor da despesa de amortização do ágio nos exercícios de 2011 e 2010, referente a aquisições contabilizadas segundo o IFRS, foi revertida integralmente. 37 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) (vii) Imposto de renda e contribuição social diferidos As mudanças nos impostos e contribuições sociais diferidos representam os efeitos do imposto diferidos sobre os ajustes mencionados nos itens anteriores. 6. Combinação de negócios Coomex Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda. Em 20 de setembro de 2010, o Banco adquiriu 99,99% das ações da BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda. – Coomex, por meio de sua subsidiária BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda. A empresa atua no mercado nacional de comercialização de energia, bem como na prestação de serviços especializados de energia, e a operação constituiu um importante movimento do Banco na consolidação de uma estrutura de negociação física e financeira de commodities e, com isso, o Banco ampliou o mix de produtos vinculados à energia oferecidos a clientes. O valor justo dos ativos e passivos identificáveis da BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda. – Coomex é apresentado a seguir: Valor justo reconhecido na aquisição Ativos Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber de clientes Valor justo dos contratos de comercialização de energia Ativo fiscal diferido Outros ativos Passivos Contas a pagar a fornecedores Empréstimos Passivo fiscal diferido Outros passivos Acervo líquido Ágio na aquisição Total da contraprestação (R$ 105.249 em caixa e R$ 37.850 a ser pago até 1º trimestre de 2012, basicamente indexado ao CDI, e R$ 40.000 a ser pago até 1º trimestre de 2013) 38 21.317 50.227 45.055 54.813 15.170 186.582 (46.730) (20.946) (15.319) (11.409) (94.404) 92.178 90.921 183.099 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Em setembro de 2011, a BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda. – Coomex realizou a incorporação reversa de sua controladora a BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda. e, confirmou a existência de ativo fiscal diferido, no montante de R$ 54.813, reconhecido contabilmente no ato da incorporação. O ágio apurado conforme os valores justos ajustados, no montante de R$ 90.921, representa o benefício econômico futuro esperado das sinergias decorrentes da aquisição. Em 2010, essa aquisição contribuiu com um lucro de R$ 16.520 para o resultado do Banco, da data de aquisição até o final do ano. Se a aquisição tivesse ocorrido no início do exercício findo em 31 de dezembro de 2010, as receitas do Banco totalizariam R$ 2.171.547 e o lucro do Banco teria sido de R$ 835.629. 7. Gestão de riscos A estrutura das comissões do Banco permite a participação de toda a organização e garante que as decisões sejam fácil e eficazmente implementadas. Os principais comitês envolvidos em atividades de gestão de risco são: (i) Comitê de Gestão, que aprova as políticas, define limites globais e é o último responsável pela gestão dos nossos riscos, (ii) Comitê de Novos Negócios, que avalia a viabilidade e supervisiona a implementação de propostas de novos negócios e produtos, (iii) Comitê de Risco de Crédito, que é responsável pela aprovação de novas operações de crédito de acordo com a diretrizes estabelecidas pelo nosso Comitê de Risco, (iv) Comitê de Risco de Mercado, que é responsável pelo monitoramento do risco de mercado, incluindo a utilização de nossos limites de risco (VaR), e para a aprovação de exceções, (v) do Comitê de Risco Operacional, que avalia os principais riscos operacionais frente as políticas internas estabelecidas e limites regulatórios, (vi) Comitê de ALM Compliance, que é responsável por estabelecer regras de ALM e relatar problemas potenciais que envolvem lavagem de dinheiro, (vii) Comitê CFO, que é responsável por monitorar o risco de liquidez, incluindo a posição de caixa e o gerenciamento da estrutura de capital, (viii) Comitê de Auditoria, que é responsável pela verificação independente da adequação dos controles internos, e avaliação quanto a manutenção dos registros contábeis. O Banco monitora e controla a exposição ao risco através de uma variedade de sistemas internos distintos, porém complementares, de crédito, financeiro, operacional, compliance, impostos e legal. Acreditamos que o envolvimento dos Comitês (incluindo suas subcomissões) com a gestão e o controlo contínuos dos riscos promove a cultura de controle de risco rigoroso em toda a organização. As comissões do Banco são compostas de membros seniores das unidades de negócios e membros superiores dos departamentos de controle, os quais são independentes das áreas de negócio. 39 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) a) Limites operacionais De acordo com as recomendações do Novo Acordo de Capital (Basiléia II), o BACEN divulgou a metodologia para o cálculo do Patrimônio de Referência e do Patrimônio de Referência Exigido, a partir de 01 de julho de 2008, por meio das Resoluções nº 3.444/07 e nº 3.490/07 do C.M.N. Foram estabelecidas ainda, por meio das Circulares nº 3.360/07, 3.361/07 a 3.366/07, 3.368/07, 3.383/08, 3.388/08 e 3.389/08 do BACEN, as diretrizes para a apuração do Risco de crédito, do Risco de mercado e do Risco operacional. O cálculo do Índice de Basiléia é feito com base nas demonstrações financeiras elaboradas em BR GAAP de forma consolidada abrangendo todas as empresas controladas do Banco. 2011 Patrimônio de Referência (PR) Patrimônio líquido – Tier 1 Patrimônio líquido – Tier 2 Deduções do PR 2010 8.430.976 6.331.062 3.165.531 (1.065.617) 5.567.094 5.602.593 (35.499) Patrimônio de Referência Exigido (PRE) Risco de crédito Risco de mercado Risco operacional 5.250.915 3.416.049 1.553.458 281.408 2.841.792 1.631.880 943.183 266.729 Excesso de PR: (PR-PRE) Índice de Basiléia: (PRx100)/PRE/0,11) 3.180.061 17,66% 2.725.302 21,55% A administração optou pela abordagem do indicador básico para mensuração do Risco operacional. O Limite de Imobilização conforme determinado pelo C.M.N. através da Resolução nº 2.283/96, com alteração nas Resoluções nºs 2.669/99, e com redação nas Resoluções nºs 2.743/00 e 3.426/06 também é calculado de forma consolidada considerando todas as empresas controladas em BR GAAP: 2011 Patrimônio de Referência (PR) Títulos patrimoniais Patrimônio de Referência para limite de imobilização (PR_LI) 8.430.976 (6) 8.430.970 5.567.094 (4.276) 5.562.818 Limite para imobilização (50%) 4.215.485 2.781.409 Situação para o limite de imobilização Ativo permanente Ativo permanente diferido Títulos patrimoniais Ativos intangíveis excluídos do cálculo do limite de imobilização Participações em controladas autorizadas a funcionar pelo BACEN Títulos de renda variável registrados no ativo circulante 3.034.871 1.409.501 (8.772) (6) (427.132) 2.061.280 2.256.144 393.088 (11.073) (4.276) (174.832) 2.053.237 1.180.614 525.265 Margem 40 2010 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, todos os limites operacionais estão devidamente atendidos. b) Risco de mercado Value at Risk (VaR) é uma medida da perda potencial nos instrumentos financeiros devido a movimentos adversos do mercado em um horizonte de tempo definido com um nível de confiança especificado. Junto com testes de estresse, o VaR é utilizado para medir a exposição de nossos instrumentos financeiros para o risco de mercado. Nós usamos simulação histórica com total re-mensuração dos intrumentos para o cálculo do VAR, preservando as distribuições reais e correlação entre os ativos, não fazendo uso de aproximações (Greek aproximations) e distribuições normais. Nosso VaR pode ser medido e indicado de acordo com diferentes períodos, dados históricos e níveis de confiança. A precisão da metodologia de risco de mercado é testado através de testes (back-testing) diária que compara a aderência entre as estimativas de VaR e os ganhos e perdas realizados. O VaR apresentado abaixo foi calculado para o período de um dia, nível de confiança de 95,0% e um ano de dado histórico. Nível de confiança de 95,0% significa que existe uma possibilidade de um em vinte ocorrências de que as receitas líquidas de negociação serão abaixo do VaR estimado. Dessa forma, déficits nas receitas líquidas de negociação em um único dia de negociação maior do que o VaR apresentados são esperados e previstos de ocorrer, em média, cerca de uma vez por mês. Deficiências em um único dia podem exceder o VaR apresentado por montantes significantes; e também podem ocorrer com mais freqüência ou acumular ao longo de um período maior, como um número de dias consecutivos de negociação. Dada a sua dependência dos dados históricos, a precisão do VaR é limitado em sua capacidade de prever mudanças de mercado sem precedentes, como distribuições históricas nos fatores de risco de mercado não podem produzir estimativas precisas de risco de mercado futuro. Diferentes metodologias de VaR e estimativas de distribuição estatística podem produzir VaR substancialmente diferente. Além disso, o VaR calculado para um período de um dia não captura o risco de mercado das posições que não podem ser liquidadas ou compensadas com hedges no prazo de um dia. Como foi referido anteriormente, nós usamos modelos nos teste de estresse como um complemento do VaR em nossas atividades diárias de risco. A tabela a seguir contém a média diária do VaR do Grupo para os exercícios, como indicado: Em R$ milhões Média diária do VaR 41 2011 28,4 2010 21,5 2009 10,3 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) c) Risco de crédito Todas as contrapartes do Banco e suas controladas são submetidas a um rigoroso processo de análise de crédito, cujo foco principal é a avaliação da capacidade de pagamento, tomando-se por base simulações do fluxo de caixa, alavancagem e cronograma da dívida, qualidade dos ativos, cobertura de juros e capital de giro. Aspectos de natureza qualitativa, tais como orientação estratégica, setor de negócios, áreas de especialização, eficiência, ambiente regulatório e participação no mercado, são sistematicamente avaliados e complementam o processo de análise de crédito. Os limites de crédito das contrapartes do banco e suas controladas são estabelecidos pelo Comitê de Crédito e são revisados regularmente. A mensuração e o acompanhamento da exposição total do Banco e suas controladas ao risco de crédito, abrange todos os instrumentos financeiros capazes de gerar risco de contraparte, tais como títulos privados, derivativos, garantias prestadas e eventuais riscos de liquidação das operações. As exposições máximas dos ativos financeiros segregados por região geográfica estão demonstrados a seguir: 2011 Ativo Exterior Total Disponibilidades e reservas no Banco Central 874.053 517.306 1.391.359 Valores a receber de bancos 916.457 42.143 958.600 Aplicação no mercado aberto 5.926.339 4.969.491 10.895.830 2.011.338 1.260.605 3.271.943 17.459.023 18.832.823 36.291.846 3.788.487 - 3.788.487 7.728.606 - 7.728.606 7.817.130 461.383 8.278.513 46.521.433 26.083.751 72.605.184 Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros para negociação (i) Ativos financeiros mantidos até o vencimento Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Empréstimos e recebíveis Total do ativo 42 Brasil BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2010 Ativo Brasil Disponibilidades e reservas no Banco Central Valores a receber de bancos Aplicação no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros para negociação (i) Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Empréstimos e recebíveis Total do ativo (i) 43 Vide nota 11 (b). Exterior Total 809.230 813.292 1.622.522 86.740 - 86.740 1.854.034 - 1.854.034 1.276.498 2.053.230 3.329.728 16.863.156 17.719.607 34.582.763 15.442.475 7.827.336 23.269.811 3.080.102 1.158.159 4.238.261 39.412.235 29.571.624 68.983.859 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) A tabela a seguir demonstra as principais exposições ao risco de crédito com base nos valores contábeis e categorizados por atividade econômica das contrapartes: 2011 Ativo Disponibilidades e reservas no Banco Central Governos 874.053 Empréstimos e recebíveis Total do ativo (i) 44 Serviços Fundos de Investimentos Pessoa Fisica Indústria Energia Rural Clearing Outros (i) Total 1.391.359 517.306 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 958.600 4.780.615 - - 2.332.980 - - - - - - 10.895.830 1.309.163 - - 1.599.505 - - - - 120.000 243.275 3.271.943 13.120.426 812.107 8.179.126 1.974.477 - - 206.136 942.314 - - 11.057.260 36.291.846 3.788.487 - - - - - - - - - - 3.788.487 7.728.606 - - - - - - - - - - 7.728.606 - - - 3.951.322 - 3.020.317 921.324 - 312.270 - 73.280 8.278.513 29.293.807 8.377.791 8.179.126 5.925.979 3.932.485 3.020.317 1.127.460 942.314 312.270 120.000 11.373.815 72.605.184 3.782.235 Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros mantidos até o vencimento Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado US Agencies 958.600 Valores a receber de bancos Aplicação no mercado aberto Instituições Financeiras Representa, basicamente, exposição a ações negociáveis em bolsa e quotas de fundos de investimento. BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2010 Ativo Disponibilidades e reservas no Banco Central Governos Instituições Financeiras US Agencies Serviços Fundos de Investimentos Pessoa Fisica Indústria Energia Rural Clearing Outros Total 1.622.522 1.622.522 - - - - - - - - - - Valores a receber de bancos 86.740 - - - - - - - - - - 86.740 Aplicação no mercado aberto 1.854.034 - - - - - - - - - - 1.854.034 Instrumentos financeiros derivativos 1.065.513 - - - - - - - - - 2.264.215 3.329.728 65.384 26.476.323 - - - 387.689 - - - - 7.653.367 34.582.763 22.707.017 292.152 - - - - - - - - 270.642 23.269.811 - - - 2.801.908 - - 915.741 - - - 520.612 4.238.261 27.323.144 26.768.475 - 2.801.908 - 387.689 915.741 - - - 10.708.836 68.983.859 Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Empréstimos e recebíveis Total do ativo Os ativos financeiros que estão vencidos, com ou sem evento de perda, estão cobertos parcialmente ou em sua totalidade por garantias. Os valores das garantias relevantes estão descritas na Nota 10 e 12. Em 2011 e 2010, o Banco não possui instrumentos financeiros vencidos ou com problemas de redução ao valor recuperável, cujos termos foram renegociados considerados materiais. 45 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) d) Risco de liquidez O Banco e suas controladas gerenciam o risco de liquidez concentrando sua carteira em ativos de alta qualidade de crédito e de grande liquidez, utilizando recursos obtidos através de contrapartes de primeira linha a taxas extremamente competitivas. O Banco e suas controladas mantêm uma forte estrutura de capital e um baixo grau de alavancagem. Além disso, eventuais descasamentos entre ativos e passivos são monitorados, considerando o impacto de condições extremas de mercado, a fim de avaliar a sua capacidade de realizar ativos ou reduzir alavancagem. A tabela abaixo resume o perfil de vencimento dos ativos e passivos do Banco e suas controladas em 31 de dezembro, pelas taxas contratuais, exceto pelos ativos financeiros para negociação, que estão demonstrados exclusivamente por suas taxas esperadas de realização. As taxas contratuais e esperadas de vencimento para os demais itens, não possuem diferenças significativas. Ativo Disponibilidades e reservas no Banco Central Valores a receber de bancos Aplicação no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros mantidos até o vencimento Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Empréstimos e recebíveis Ativo fiscal diferido Outros ativos Investimento em empresas não controladas Imobilizado de uso Goodwill Ativo intangível Total do ativo Passivo Valores a pagar bancos Captações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Passivo financeiro para negociação Passivo financeiro ao custo amortizado Passivo fiscal Outros passivos Patrimônio líquido Participação de acionistas não controladores Total do passivo 46 Abaixo de 12 meses 1.391.359 943.813 10.895.830 2.796.839 36.291.846 7.728.606 3.285.494 5.461.375 - 2011 Acima de 12 meses Total 14.787 475.104 3.788.487 4.993.019 1.387.903 1.439.532 733.339 58.403 480.950 225.373 1.391.359 958.600 10.895.830 3.271.943 36.291.846 3.788.487 7.728.606 8.278.513 1.387.903 6.900.907 733.339 58.403 480.950 225.373 68.795.162 13.596.897 82.392.059 Abaixo de 12 meses 572.761 29.949.155 2.747.905 6.243.498 13.559.749 238.783 4.715.478 - 2011 Acima de 12 meses 3.644 430.265 6.971.859 9.291.036 521.157 601.284 6.333.278 212.207 576.405 29.949.155 3.178.170 13.215.357 22.850.785 759.940 5.316.762 6.333.278 212.207 58.027.330 24.364.729 82.392.059 Total BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Ativo Disponibilidades e reservas no Banco Central Valores a receber de bancos Aplicação no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Empréstimos e recebíveis Ativo fiscal diferido Outros ativos Imobilizado de uso Ativo intangível Total do ativo Passivo Valores a pagar bancos Captações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Passivo financeiro para negociação Passivo financeiro ao custo amortizado Passivo fiscal Outros passivos Patrimônio líquido Total do passivo Abaixo de 12 meses 1.622.522 86.740 1.854.034 3.165.910 34.582.763 23.269.811 2.709.414 2.341.889 69.410.075 Abaixo de 12 meses 338.891 31.575.675 3.128.505 18.277.618 10.733.208 1.434.791 65.488.688 2010 Acima de 12 meses Total 163.818 1.528.847 923.753 627.584 197.883 198.695 1.622.522 86.740 1.854.034 3.329.728 34.582.763 23.269.811 4.238.261 923.753 2.746.465 197.883 198.695 3.640.580 73.050.655 2010 Acima de 12 meses 254.091 1.158.736 570.015 41.443 5.537.682 7.561.967 Total 338.891 31.575.675 3.382.596 18.277.618 11.891.944 570.015 1.476.234 5.537.682 73.050.655 e) Risco operacional Alinhado às orientações do Banco Central do Brasil e aos conceitos do Comitê de Basiléia, o Banco definiu uma Política de Gerenciamento de Risco Operacional aplicável ao banco e as suas controladas no Brasil e no exterior. A política constitui um conjunto de princípios, procedimentos e instrumentos que proporcionam uma permanente adequação do gerenciamento do risco à natureza e complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas. O Banco e suas controladas têm uma forte cultura de gestão de risco operacional, que se baseia na avaliação, monitoramento, simulação e validação dos riscos e está fundamentada em consistentes controles internos. Há um constante aprimoramento dos mecanismos de gestão e controle do risco operacional, visando ao cumprimento das exigências dos órgãos reguladores, adaptação rápida a mudanças e antecipação a tendências futuras, entre as quais podemos destacar as propostas no Novo Acordo de Capital da Basiléia. 47 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 8. Disponibilidades e reservas no Banco Central do Brasil A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: 2011 517.305 874.054 1.391.359 Disponibilidades Depósitos no Banco Central 2010 1.522.813 99.709 1.622.522 01/01/2010 61.889 25.617 87.506 9. Valores a receber/pagar a bancos A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: 2011 Depósitos interfinanceiros Aplicações em moeda estrangeira – Overnight 01/01/2010 2010 Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo 916.457 576.405 85.657 338.891 54.473 217.776 42.143 958.600 576.405 1.083 86.740 338.891 511.387 565.860 217.776 10. Aplicações e captações no mercado aberto Os valores apresentados abaixo são basicamente operações de curto prazo, indexado a taxas referenciais de juros do mercado local ou estrangeiro. 2011 Ativo Operações com recursos próprios Operações com recursos de terceiros Posição vendida 01/01/2010 2010 Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo 2.562.418 23.228.588 189.007 24.182.695 886.119 490.927 8.041.032 292.380 6.720.567 - 1.665.027 - 6.617.506 - 6.069.018 - 6.984.211 - 10.895.830 29.949.155 1.854.034 30.800.201 6.955.137 7.475.138 Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os montantes de R$ 6.681.113 e R$ 775.474 foram registrados líquidos nas posições ativas e passivas. Em 2011 e 2010 os valores de mercado dos títulos prestados em garantia nestas operações eram R$ 21.055.304 e R$ 22.896.953 referentes a títulos em carteira própria e R$ 31.470.490 e R$ 25.904.365, de terceiros, respectivamente. Os valores recebidos em garantia em 2011 e 2010 era R$ 26.884.577 e R$ 24.752.256, respectivamente. 48 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 11. Classificação e mensuração dos instrumentos financeiros a) Instrumentos financeiros derivativos O Banco participa ativamente de operações de intermediação de risco envolvendo instrumentos financeiros derivativos, atendendo necessidades próprias e de seus clientes, no intuito de reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxa de juros. Certos instrumentos financeiros derivativos podem estar associados a operações com títulos e valores mobiliários ou, ainda, com direitos e obrigações. A administração dos riscos envolvidos nestas operações é efetuada por meio de políticas rígidas de controle, estabelecimento de estratégias, determinação de limites, entre outras técnicas de monitoramento. Os limites de exposição ao risco são determinados pelo Comitê de Risco e por tipos de instrumento e concentração de contraparte, entre outros. As operações no Brasil são negociadas, registradas ou custodiadas na BM&FBOVESPA, na CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos (CETIP S.A.) e, quando realizadas no exterior, em corretoras de primeira linha. O Banco utiliza diferentes instrumentos financeiros para hedge econômico tais como opção, a termo, futuro e de swap com ajuste periódico. A utilização desses instrumentos tem o objetivo de hedge das posições da tesouraria em mercados, visando adequar o nível de risco existente na carteira, sempre que os comitês de monitoramento de riscos julguem necessário. Nos exercícios findos em 2011 e 2010, não havia instrumentos financeiros derivativos designados como hedge. A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: 49 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2011 Custo Custo Mercado Custo 01/01/2010 Mercado Futuros Posição ativa Posição passiva 22.516 (15.900) 22.516 (15.901) 5.299 (6.332) - - - Swaps Posição ativa Posição passiva 199.075 (409.901) 267.020 (466.063) 175.567 (186.509) 313.759 (229.590) 71.306 (100.605) 66.714 (109.981) Derivativos de crédito Posição ativa Posição passiva 101.109 (92.196) 151.046 (128.264) - - - - Termo de moedas - NDF Posição ativa Posição passiva 270.464 (75.909) 266.937 (74.379) 82.230 (24.753) 132.011 (206.538) 110.286 (75.156) 235.071 (180.093) 491.985 (491.120) 491.985 (491.120) - - - - Operações a Termo Posição ativa Posição passiva 1.479.073 (1.479.073) 1.479.073 (1.479.073) 1.355.631 (1.360.086) 1.355.631 (1.360.086) 478.655 (478.283) 478.635 (478.282) Mercado de opções Posição comprada Posição vendida 286.150 (380.939) 378.783 (298.263) 62.706 (84.575) 253.705 (370.103) 132.248 (179.215) 136.220 (169.834) Carteira de câmbio Posição comprada Posição vendida 214.583 (225.107) 214.583 (225.107) 1.274.622 (1.216.279) 1.274.622 (1.216.279) 728.933 (764.397) 728.933 (764.397) 3.064.955 (3.170.145) 3.271.943 (3.178.170) 2.956.055 (2.878.534) 3.329.728 (3.382.596) 1.521.428 (1.597.656) 1.645.573 (1.702.587) Termo de moedas - DF Posição ativa Posição passiva Posição comprada Posição vendida 50 2010 Mercado BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Segue abaixo composição dos valores nominais das operações: 2011 Total 01/01/2010 2010 Total Total Mercado futuro Posição comprada Moeda Taxa de juros Commodities Índices Ação 151.410.113 4.175.540 146.119.068 262.961 840.022 12.522 64.555.762 2.229.036 31.895.679 30.306.252 124.795 - 8.810.548 447.461 8.356.186 6.901 - Posição vendida Moeda Taxa de juros Ação Commodities Índices 15.556.377 4.781.697 7.613.219 2.233.713 246.924 680.824 50.120.609 5.746.150 6.787.434 37.522.374 64.651 3.005.814 1.319.851 1.631.552 54.411 Swap Posição ativa Moeda Taxa de juros Índices Ação Commodities Outros 43.380.473 1.580.973 33.077.864 6.674.627 1.102.414 18.817 925.778 28.041.029 1.952.511 4.615.151 21.473.367 - 7.930.777 369.645 1.086.344 6.474.788 - 43.380.473 4.434.709 2.088.537 35.221.673 181.420 3.837 1.450.297 27.858.093 3.870.148 1.945.339 22.042.606 - 6.718.608 764.429 585.806 5.368.373 - 1.305.128 1.185.894 119.234 - - 3.138.689 2.441.152 697.537 - - 16.727.162 4.290.638 12.436.524 13.091.957 12.453.333 638.624 1.873.265 1.423.727 449.538 16.727.162 15.639.514 797.836 1.601 227.455 60.756 13.158.525 12.009.298 1.149.227 - 1.818.286 465.942 1.352.344 - Posição passiva Moeda Taxa de juros Índices Ação Commodities Outros Derivativos de crédito Posição ativa Ações Moeda Posição passiva Ações Moeda Termo de moedas – NDF Posição ativa Moeda Taxa de juros Posição passiva Moeda Taxa de juros Indices Ação Outros 51 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2011 Total Termo de moedas – DF Posição ativa Moeda 2010 Total 01/01/2010 Total 2.054.980 2.054.980 3.760.816 3.760.816 - Posição passiva Moeda 2.054.980 2.054.980 3.773.716 3.773.716 55.488 55.488 Operações a Termo Posição ativa CDI Título Público 1.479.074 739.537 739.537 - - Posição passiva CDI Título Público 1.479.074 739.537 739.537 - 85.078 85.078 - Mercado de opções Compra de opção de compra Ação Commodities Índice Moeda Taxa de Juros Outros 399.883.600 42.689.959 243.857 9.463.810 193.499.601 153.963.075 23.298 28.428.888 1.230.335 27.112.804 85.749 - 3.567.216 355.435 3.211.781 - Compra de opção de vendas Ação Commodities Indice Moeda Taxa de Juros Outros 393.818.615 5.398.373 663.610 3.132.699 189.263.040 180.248.439 15.112.454 67.598.003 89.414 67.508.589 - 7.132.357 207.619 6.924.738 - Venda de opção de compra Ação Commodities Indice Moeda Taxa de Juros 428.737.610 3.020.268 243.763 61.870.064 255.616.441 107.987.074 17.106.306 1.049.762 15.955.349 101.195 2.528.206 644.968 1.883.238 - Venda de opção de venda Ação Commodities Indice Moeda Taxa de Juros 291.144.246 2.330.259 648.433 9.690.370 195.231.136 83.244.048 103.090.896 992.403 102.098.493 - 7.832.838 22.062 7.810.776 - Carteira de câmbio Posição ativa Moeda 214.583 1.274.622 728.933 214.583 1.274.622 728.933 Carteira de câmbio Posição passiva Moeda 255.107 1.216.279 764.397 255.107 1.216.279 764.397 52 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) A margem de garantia dada em operações negociadas na BM&FBovespa com instrumentos financeiros derivativos é composta por títulos públicos federais no montante de R$ 2.187.464 (2010 – R$ 624.043) e ações no montante de R$ 86.294 (2010 - R$ 613.751). b) Ativos financeiros para negociação 2010 2011 Custo Amortizado Carteira própria Títulos públicos federais Debêntures/Eurobonds Certificado de crédito bancário Quotas de fundos de investimento Multimercado Ações FIDC FIP Outros Ações Notas promissórias Certificado de recebíveis imobiliários Títulos emitidos por governos de outros países Estados Unidos Outros Títulos corporativos emitidos no exterior US Agencies Outros Títulos objeto de operações compromissadas com livre movimentação Títulos públicos federais Vinculados a compromissos de recompras Títulos públicos federais Títulos emitidos por governos de outros países Estados Unidos Reino Unido Espanha Itália Alemanha Outros US Agencies Debêntures / Eurobonds Títulos privados no exterior Vinculados à prestação de garantias Títulos públicos federais Ações Certificado de depósito bancário Empréstimo Concedido Ações 53 Mercado Custo Amortizado 01/01/2010 Custo Amortizado Mercado Mercado 542.541 4.184.172 257.026 546.825 4.293.552 257.274 3.001.805 2.294.222 382.465 2.962.852 2.174.488 381.124 615.298 814.348 531.085 615.784 812.708 531.013 943.039 118.511 444.644 838.674 1.850 3.651.282 956.202 524.625 943.039 118.511 444.644 838.473 1.850 3.584.455 956.853 524.625 5.305 244.076 321.412 52.257 396.691 109.767 2.364.880 387.689 5.305 244.076 321.412 52.257 396.691 109.767 2.384.074 387.689 493.932 1.093.776 80.646 - 493.932 1.139.562 80.675 - 420.386 58.519 919.653 99.223 199.662 14.160.009 421.831 55.647 809.162 100.630 188.814 14.086.185 256.353 118.363 9.935.285 322.395 90.079 9.832.209 8.695 36.231 130.784 3.804.795 8.694 37.170 102.215 3.821.753 - - - - 12.888 12.888 12.560 12.560 5.989.922 5.876.773 6.581.842 6.520.970 342.935 343.151 3.716.432 1.178.366 279.709 225.015 3.795.158 1.181.677 275.426 218.324 12.590.810 1.635.532 195.151 285.112 791.490 379.942 12.590.810 1.635.532 195.151 285.112 791.490 379.082 - - 8.111.739 897.964 801.133 21.200.280 8.078.497 888.799 740.650 21.055.304 385.063 114.835 22.959.777 385.063 113.743 22.896.953 168.014 510.949 170.066 513.217 737.083 84.567 821.650 736.204 86.294 822.498 793.077 951.880 1.744.957 792.929 957.959 1.750.888 105.312 461.115 20.662 587.089 105.106 485.087 20.704 610.897 315.299 315.299 315.299 315.299 102.713 102.713 102.713 102.713 - - 36.510.126 36.291.846 34.742.732 34.582.763 4.902.833 4.945.867 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) c) Ativos financeiros mantidos até o vencimento 2011 Carteira própria Títulos públicos federais Vinculados à prestação de garantias Títulos públicos federais 2.375.915 2.375.915 1.412.572 1.412.572 3.788.487 Não havia ativos financeiros classificados como mantidos até o vencimento em 2010. O Banco possui capacidade financeira para manutenção de tais ativos até o vencimento. Os títulos classificados nesta categoria, se avaliados a valor de mercado, apresentariam em 31 de dezembro de 2011 um ajuste positivo no valor de R$ 38.503. d) Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Os ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado correspondem basicamente a aplicações compromissadas de curto prazo as quais são mesuradas ao valor justo pois reduz significativamente o tratamento inconsistente que ocorreria na mensuração desses ativos no reconhecimento dos ganhos e perdas. Os valores de curva amortizado destas operações em 2011, 2010 e 01/01/2010 são de R$ 7.720.058 R$ 23.268.542 e R$ 3.624.093, respectivamente. e) Passivos financeiros para negociação A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: 2011 Posição vendida de títulos e valores mobiliários Empréstimo de títulos Títulos públicos federais 54 2010 01/01/2010 12.175.269 8.664.328 821.317 1.040.088 10.388.764 1.581.478 13.215.357 19.053.092 2.402.795 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) f) Reclassificação entre categorias Não houve reclassificações entre as categorias durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010. g) Passivos financeiros ao custo amortizado (i) Resumo 2011 Depósitos Títulos emitidos Obrigações por empréstimos e repasses Dívidas subordinadas (ii) 10.234.653 1.502.030 155.261 - 5.304.939 330.210 61.271 - 22.850.785 11.891.944 5.696.420 Depósitos Depósitos à vista Depósitos à prazo Outros depósitos 2010 01/01/2010 1.574.208 12.060.447 - 2.312.891 7.908.932 12.830 1.278.016 4.019.974 6.949 13.634.655 10.234.653 5.304.939 Títulos emitidos 2011 55 01/01/2010 13.634.655 4.138.119 919.716 4.158.295 2011 (iii) 2010 2010 01/01/2010 Títulos e valores mobiliários – país Letras de crédito imobiliários/agronegócio Certificado de Recebível Imobiliário 2.988.478 2.624.989 363.489 1.496.011 1.299.479 196.532 330.210 330.210 - Títulos e valores mobiliários – exterior Medium term notes Credit linked notes 1.149.641 1.143.042 6.599 6.019 6.019 - - 4.138.119 1.502.030 330.210 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) (iv) Obrigações por empréstimos e repasses 2011 Empréstimos no exterior Obrigações em moeda estrangeira Obrigações por empréstimos no exterior Obrigações por repasses no país – inst. Oficiais FINAME (v) 2010 01/01/2010 875.094 541.493 333.601 55.161 55.161 - 60.948 60.948 - 44.622 44.622 100.100 100.100 324 324 919.716 155.261 61.272 Dívidas Subordinadas Em 31 de dezembro de 2011, o saldo em aberto dessa rubrica no valor de R$ 4.158.295, é representado por letras financeiras emitidas em 15/04/2011, com amortizações semestrais e vencimento em 15/04/2021, indexado a índice de inflação somado a taxa pré fixada. h) Valor justo dos instrumentos financeiros Os valores justos dos instrumentos financeiros são apurados conforme segue: 56 · Swaps – seus fluxos de caixa são descontados a valor presente com base em curvas de rentabilidade que refletem os fatores apropriados de risco. Essas curvas de rentabilidade podem ser traçadas principalmente com base em preços observados em negociações na BM&F, de títulos públicos brasileiros no mercado secundário ou de derivativos e títulos e valores mobiliários negociados no exterior. Essas curvas de rentabilidade podem ser utilizadas para obter o valor justo de swaps de moeda, swaps de taxas de juros e swaps com base em outros fatores de risco (commodities, índices de bolsas, etc). · Futuros e Termos – cotações em bolsas ou utilizando critérios idênticos ao acima descritos para swaps. · Opções – os valores justos de tais instrumentos são apurados com base em modelos matemáticos (como Black & Scholes) que são alimentados com dados de volatilidade implícita, curva de rentabilidade da taxa de juros e o valor justo do ativo subjacente. Todos estes dados são obtidos utilizando-se diferentes fontes (normalmente preços de brokers e corretoras, Bloomberg, Reuters). BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) · Derivativos de crédito: os valores justos de tais instrumentos são apurados com base em modelos matemáticos consagrados de mercado que são alimentados com dados de spread de crédito do emissor e curva de rentabilidade da taxa de juros. Tais dados são obtidos utilizando-se diferentes fontes (normalmente preços de mercado, Bloomberg, Reuters). · Instrumentos financeiros para negociação: os valores justos dos títulos públicos são apurados com base nos preços divulgados pela ANDIMA. Os valores justos dos títulos das dívidas de empresas são calculados com base nos preços do mercado secundário, no preço de ativos semelhantes e na visibilidade de mercado que as áreas comerciais do banco têm. As ações são calculadas com base nos preços fornecidos pelo BOVESPA. As cotas de fundos são valorizadas considerando preços das cotas divulgadas pelo custodiante. · Ativos financeiros avaliados a valor justo no resultado: estimamos os valores justos dos instrumentos financeiros efetuando o desconto dos fluxos de caixa a valor presente com base em curvas de rentabilidade que refletem os fatores apropriados de risco. Apresentamos abaixo um resumo do nível de precificação dos ativos e passivos, classificados de acordo com metodologia de precificação adotada pelo Banco: Nível 1 2011 Nível 2 Nível 3 Ativo Instrumentos financeiros derivativos 1.925.806 1.264.624 81.513 3.271.943 Ativos financeiros para negociação 25.860.336 9.824.011 607.499 36.291.846 - 7.728.606 Ativos financeiros avaliados a valor justo no resultado Passivo Instrumentos financeiros derivativos Passivos financeiros para negociação 57 - 1.910.078 11.680.579 7.728.606 1.268.092 1.534.778 Total - 3.178.170 - 13.215.357 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Nível 1 2010 Nível 2 Nível 3 Total Ativo Instrumentos financeiros derivativos 3.133.875 195.853 - 3.329.728 Ativos financeiros para negociação 29.664.058 4.376.162 542.543 34.582.763 7.706.258 - 23.269.811 2.918.575 464.021 - 3.382.596 19.053.092 - - 19.053.092 Ativos financeiros avaliados a valor justo no resultado Passivo Instrumentos financeiros derivativos Passivos financeiros para negociação 15.563.553 Não foi efetuada reclassificação entre os níveis 1e 2 durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010. Segue abaixo a movimentação do nível 3, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010: Instrumentos financeiros derivativos 58 Ativos finaceiros para negociação Total Saldos em 01/01/2010 - 157.702 157.702 Aquisições Ganhos/perdas Vendas - 478.410 282 (95.851) 478.410 282 (95.851) Saldos em 31/12/2010 - 542.543 542.543 Transferências do nível 2 Aquisições Ganhos/perdas Vendas 4.193 77.320 - 18.892 85.589 7.043 (46.567) 18.892 89.782 84.363 (46.567) Saldos em 31/12/2011 81.513 607.499 689.012 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 12. Empréstimos e recebíveis a) A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: Empréstimos e recebíveis Empréstimos Financiamentos Repasse FINAME/BNDES Adiantamento de contratos de câmbio Fundo de compensação de variações salariais - FCVS Títulos e créditos a receber (i) Sem característica de concessão de crédito (ii) Outros créditos sem característica de concessão de crédito Empréstimos e recebíveis Empréstimos Financiamentos Repasse FINAME/BNDES Fundo de compensação de variações salariais - FCVS Títulos e créditos a receber (i) Sem característica de concessão de crédito (ii) Devedores por negociação e intermediação de valores Saldo 3.126.624 1.399.992 44.647 564.496 2011 Provisão (77.428) (4.873) (47) (3.284) 136.190 661.783 2.394.915 (266) 77.907 8.406.554 (42.143) (128.041) Saldo 2.398.457 1.002.652 100.535 34.406 623.873 139.525 50.646 4.350.094 2010 Provisão (79.514) (1.084) (70) (489) (30.676) (111.833) Total 3.049.196 1.395.119 44.600 561.212 136.190 661.517 2.394.915 35.764 8.278.513 Total 2.318.943 1.001.568 100.465 34.406 623.384 108.849 50.646 4.238.261 01/01/2010 Empréstimos e recebíveis Saldo Provisão Total Empréstimos Financiamentos Repasse FINAME/BNDES Fundo de compensação de variações salariais - FCVS Títulos e créditos a receber (i) Sem característica de concessão de crédito (ii) Confissão de dívida Outros 760.439 (83.607) 676.832 218.966 (4.081) 214.885 325 (2) 323 117.440 117.440 76.872 (1.797) 75.075 16.442 16.442 83.986 (49.955) 34.031 62.527 62.527 1.336.997 (139.442) 1.197.555 (i) Referem-se a operações de aquisição de direitos creditórios (ii) Refere-se a aquisição de carteiras de crédito consignado e de financiamentos de veículos através de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC. Tais foram registradas nesta rubrica, dado que: a aquisição da carteira não levou em consideração os critérios de concessão individuais de cada um dos contratos e o controle posterior é executado para a carteira como um todo e não operação por operação. O valor de garantias recebidas nas operações de crédito em 31 de dezembro de 2011 e 2010, totalizava R$ 4.602.362 e R$ 2.341.779, respectivamente. 59 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) b) A movimentação da provisão para durante os exercícios estão apresentadas a seguir: Saldos iniciais – em 1 de janeiro Reversão/(constituição) de provisão Variação cambial Créditos baixados para prejuízo Saldos finais – em 31 de dezembro Composição dos saldos finais Provisão para operações de crédito Provisão para outros créditos Provisão para operações sem caracteristicas de concessão de crédito 2011 (111.833) (30.022) (475) 14.289 (128.041) 2010 (139.442) (7.030) 34.639 (111.833) 01/01/2010 (63.379) (92.629) 16.566 (139.442) (82.348) (3.550) (110.921) (912) (137.645) (1.797) (42.143) (128.041) (111.833) (139.442) c) Renegociação/recuperação de créditos baixados para prejuízo Na carteira de crédito o montante de R$ 88.718 refere-se a renegociações ocorridas no exercício findo em 31 de dezembro de 2011(R$ 31.031 em 2010). Houve recuperação de crédito baixado para prejuízo no montante de R$ 19.566 (R$ 8.594 em 2010). d) Cessão de crédito Não houve cessão de crédito em 2011 e 2010. e) Risco de crédito O risco de crédito destas operações segue abaixo demonstrada. Nível de risco 2011 2010 2009 Baixo 4.776.453 3.691.355 535.187 Médio 3.339.634 453.758 556.206 Alto 290.467 204.981 245.604 Total 8.406.554 4.350.094 1.336.997 O Banco possui sistema interno de rating de crédito que está de acordo com os requerimentos do BACEN. Baseado nestes ratings, para apresentação da nota acima, o Banco agrupou suas operações de crédito em risco baixo, médio e alto, conforme descrito: Risco baixo inclui ratings AA e A, médio B e C e alto, de D a H. 60 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 13. Outros ativos A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: Depósitos judiciais Impostos a compensar Devedores/credores - conta liquidações pendentes (i) Devedores diversos – país (ii) Serviços prestados a receber Taxa de administração e performance de fundos e carteiras de investimento Caixas de registros e liquidação Investimentos temporários Outros valores e bens Despesas antecipadas Outros investimentos Opções por incentivos fiscais Provisão para perda Diversos (i) (ii) 61 2011 530.668 220.499 4.372.440 1.312.799 208.608 2010 434.647 172.366 1.757.948 50.646 92.144 145.974 30.809 111.147 8.547 30.312 18.541 2.300 7.916 1.317 (2.987) 61.621 2.746.465 18.591 6.534 8.713 1.317 (2.987) 46.942 6.900.907 01/01/2010 320.725 51.691 1,007.692 6.258 189.754 5.891 170 1.813 7.229 1.317 (2.987) 26.923 1.616.476 A rubrica “Devedores/credores – conta liquidação pendentes” representa, basicamente, valores pendentes de liquidação dentro dos prazos regulamentares, relativos a operações de compra e venda de títulos e contratos de ativos financeiros realizadas na BMF&BOVESPA, e, quando no exterior, em corretoras de primeira linha, por conta própria e de terceiros. O saldo é composto basicamente pelos seguintes eventos: i) adiantamento de capital realizado pelas subsidiárias do banco em empresas de controle compartilhado no valor de R$ 428 milhões, sem indexação ou vencimento, e ii) Depósitos realizados pelo Banco BTG Pactual realizado no Banco Panamericano, no valor de R$ 630 milhões, indexado a SELIC, e com vencimento em janeiro de 2012. BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 14. Investimento em empresas coligadas e empresas com controle compartilhado O Banco não possuía investimentos em coligadas e empresas com controle compartilhado em 2010. Controle compartilhado Patrimônio líquido Lucro liquido No país Banco Panamericano S.A. Warehouse 1 Empreendimentos Imobs S.A. Max Casa XIX Empreendimentos Imobs S.A. ACS Omicron Empreendimentos Imobs S.A. One Properties S.A. Vivere Soluções e Serviços S.A. 972.562 40.089 14.358 18.414 658.287 29.997 Participação No país Banco Panamericano S.A. Warehouse 1 Empreendimentos Imobs S.A. Max Casa XIX Empreendimentos Imobs S.A. ACS Omicron Empreendimentos Imobs S.A. One Properties S.A. Vivere Soluções e Serviços S.A. a) 37,64% 35,00% 50,00% 44,74% 49,99% 30,00% 164.521 (3.237) (2.179) 3.898 (200.444) 5.070 Controle compartilhado Investimento Equivalência 366.074 14.031 7.179 8.239 329.078 8.738 61.761 (1.133) (1.572) 2.327 22.583 1.500 733.339 85.466 Banco Panamericano Em 2011, o Banco adquiriu a totalidade de ações do Grupo Silvio Santos no Banco PanAmericano S.A., por R$ 450 milhões, e passou a ter 37,64% da instituição de varejo, com 51,00% das ações ordinárias e 21,97% das preferenciais, e passou a deter o controle compartilhado com a Caixa Econômica Federal, conforme acordo de acionistas firmado entre as partes. Este investimento é classificado como empresa de controle compartilhado. Para a Caixa, a sociedade com o BTG Pactual manterá as condições patrimoniais que a fizeram adquirir sua participação no PanAmericano, decisão fundamentada na evidência de complementaridade e potencial de negócios comuns entre as duas instituições, dando sequência à estratégia da Caixa de expansão no mercado de crédito brasileiro. A Caixa, com sua capilaridade e longa tradição no varejo, e o BTG Pactual serão parceiros complementares, numa associação trará consigo um potencial enorme de originação de negócios, além de criação e distribuição de produtos. O Banco reconhece sua participação no Banco PanAmericano S.A. pelo método da equivalência patrimonial. 62 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) O valor justo dos ativos e passivos identificáveis na data de aquisição é apresentado a seguir: Valor justo reconhecido na aquisição Acervo líquido em 30 de abril de 2011 Percentual de participação Acervo líquido atribuído ao Banco Ágio na subscrição Total da contraprestação (a ser pago até 2028, indexado a SELIC) b) 808.041 37,64% 304.148 145.852 450.000 One Properties S.A. (“OneP”) Em 10 de junho de 2011, o Banco entrou num acordo de investimento com a WTorre Properties S.A. para formar uma nova empresa voltada para o desenvolvimento, aquisição, arrendamento e venda de empreendimentos imobiliários comerciais e industriais/logísticos. Segundo os termos da transação, que foi concluída em 22 de novembro de 2011, o Banco adquiriu participação indireta de 49,99%, na nova empresa One Properties S.A., pela transferência de caixa e ativos no montante total de R$ 627.452 mil. O Banco reconhece sua participação na One Properties S.A. pelo método da equivalência patrimonial. A apuração do acervo líquido para contabilização da aquisição foi feita com base em avaliações preliminares e a avaliação final não havia sido concluída quando da aprovação das demonstrações financeiras pela administração. O valor justo dos ativos e passivos identificáveis na data de aquisição é apresentado a seguir: Valor justo reconhecido na aquisição Acervo líquido em 30 de novembro de 2011 Percentual de participação Acervo líquido atribuído ao Banco Ágio na subscrição Total da contraprestação (em ativos a valor justo) 63 613.114 49,99% 306.496 320.956 627.452 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) O ágio apurado conforme os valores justos ajustados, no montante de R$ 320.956, representa o benefício econômico futuro esperado das sinergias decorrentes da aquisição. 15. Outras aquisições a) BW Properties S.A. (“BW”) O valor justo dos ativos e passivos da BW Properties S.A. identificáveis na data de aquisição está apresentado a seguir: Valor justo reconhecido na aquisição Acervo líquido em 30 de novembro de 2011 Percentual de participação Acervo líquido atribuído ao Banco Ágio na subscrição Total da contraprestação (R$ 109.712 em caixa e R$ 50.141 em ativos) 204.973 67,49% 138.336 21.585 159.921 O ágio apurado conforme os valores justos ajustados, no montante de R$ 21.585, representa o benefício econômico futuro esperado das sinergias decorrentes da aquisição. 16. Imobilizado de uso, ativo intangível e ágio O imobilizado de uso esta representado substancialmente por imobilizações em andamento, que não geraram depreciações no exercício e o ativo intangível é representado pelo ágio na aquisição da Coomex, Banco Panamericano, BW e One Properties (nota 6 e 12). 64 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 17. Passivo fiscal A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: 2011 2010 01/01/2010 Diferidos: Contribuição social e imposto de renda diferidos Correntes: Impostos e contribuições a recolher Impostos e contribuições a pagar Tributos com exigibilidade suspensa Outros 48.720 9.744 5.973 199.799 511.421 - 42.596 79.399 418.435 19.841 39.910 34.228 328.027 3.187 Passivo fiscal 759.940 570.015 411.325 2011 99.295 2010 163.957 01/01/2010 74.814 3.727.062 714.362 337.132 63.500 449.841 103.188 201.371 569.694 27.719 75.092 24.290 230.601 41.443 168.242 83.074 27.579 22.686 8.397 227.206 43.606 224 20.693 29.464 5.316.762 1.476.234 741.536 18. Outros passivos A composição desta rubrica está demonstrada na tabela a seguir: Caixa de registros e liquidação Devedores/credores - conta liquidações pendentes (i) Obrigações por comissões de garantias prestadas e outras tarifas Participações de funcionários nos lucros Gratificações a pagar Provisão para pagamentos a efetuar Obrigações por aquisição de bens e direitos Provisão para passivos contingentes Outros (i) 65 A rubrica “Devedores/credores – conta liquidação pendentes” representa, basicamente, valores pendentes de liquidação dentro dos prazos regulamentares, relativos a operações de compra e venda de títulos e contratos de ativos financeiros realizadas na BMF&BOVESPA, e, quando no exterior, em corretoras de primeira linha, por conta própria e de terceiros. BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 19. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais – Fiscais e previdenciárias A administração do Banco e suas controladas avalia as contingências existentes em função de processos judiciais movidos contra as empresas e constitui provisão, sempre que julgue necessária, para fazer face a perdas prováveis decorrentes dos referidos processos. O julgamento da administração leva em consideração a opinião de seus advogados externos com relação à expectativa de êxito em cada processo. a) Ativos contingentes Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o banco e suas controladas não têm contabilizados ativos contingentes. b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - Provisões trabalhistas São compostas por demandas movidas por ex-funcionários principalmente com pedidos de horas extras e equiparação salarial. Os valores das contingências são provisionados de acordo com análise do valor potencial de perda, considerando o estágio atual do processo e o parecer de consultores jurídicos externos e internos. - Provisões cíveis Nas ações cíveis com potencial de perda (danos morais e patrimoniais e outros processos com pedidos condenatórios) os valores das contingências são provisionados com base no parecer de consultores jurídicos externos e internos. - Provisões fiscais e previdenciárias As provisões para processos fiscais e previdenciários são representadas por processos judiciais e administrativos de tributos federais, municipais e estaduais e são compostas por obrigações legais e passivos contingentes. Sua constituição é baseada na opinião de consultores jurídicos externos e internos e na instância em que se encontra cada um dos processos. c) Composição e movimentação das provisões no período A administração do banco está questionando a constitucionalidade de alguns procedimentos fiscais relacionados aos tributos federais, bem como participa em outros processos judiciais, fiscais e cíveis. A administração do Banco, com base na opinião dos consultores legais, considera, para os processos judiciais em 66 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) andamento, que as provisões para esses riscos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 são adequadas para cobrir eventuais perdas decorrentes desses processos. As provisões constituídas e as respectivas movimentações no exercício podem ser assim demonstradas: 2011 2010 Saldo no início do exercício 446.014 348.720 Constituição 105.541 101.387 Baixa (12.415) (4.093) Saldo no final do exercício 539.140 446.014 Tributos com exigibilidade suspensa (Nota 17) 511.421 418.435 Provisão para passivos contingentes (Nota 18) 27.719 27.579 A natureza das principias provisões estão apresentadas a seguir. a) Tributos com exigibilidade suspensa (Nota 17) O Grupo BTG Pactual vem discutindo judicialmente a legalidade de alguns impostos e contribuições. Os valores referentes a obrigações legais e contingências avaliadas pelos advogados internos como perda provável, estão integralmente provisionados. Dentre referidas discussões judiciais as seguintes merecem destaque: COFINS - Discussão da legalidade da cobrança da COFINS de acordo com as regras estabelecidas na Lei 9.718/98. PIS - Questionamento da incidência da contribuição para o PIS instituída nas Emendas Constitucionais nº 10 de 1996 e nº 17 de 1997. CSL - Discussão da CSL exigida das instituições financeiras no período de 1996 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em detrimento ao princípio constitucional da isonomia. 67 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) b) Provisão para passivos contingentes (Nota 18) Referem-se às contingências cíveis, trabalhistas e demais contingências Em 31 de dezembro de 2011, o Banco BTG Pactual e suas controladas figuravam como parte em processos com probabilidade de êxito possível, os quais não estão provisionados. Segue abaixo a descrição dos processos relevantes. (i) Processos relativos ao pagamento de Participação nos lucros e resultados (PLR), nos quais se discute a incidência de contribuição previdenciária sobre referidos valores e sua indedutibilidade da base de cálulo do IRPJ e CSLL. O valor envolvido é de R$ 241 milhões. (ii) Processos relativos a “desmutualização” e IPO da Bovespa e BM&F, em que se discute a tributação de PIS, Cofins, IRPJ e CSLL sobre receitas auferidas na alienação das ações das sociedades mencionadas anteriormente. O valor envolvido é de R$ 83 milhões. (iii) Questionamento do Banco Central do Brasil a operações de derivativos (daytrade), realizados entre os anos de 2002 e 2004. O valor envolvido é de USD 189 milhões. (iv) Processos administrativos nos quais se discutem autuações impostas pela Prefeitura Municipal de São Paulo, nas quais está sendo cobrado ISS sobre serviços prestados no Rio de Janeiro, por entender o fisco paulistano que tais serviços teriam sido efetivamente executados em São Paulo. O valor envolvido é de R$ 80 milhões. 68 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 20. Imposto de renda A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro com o produto da alíquota fiscal sobre o lucro antes do imposto de renda e da contribuição social é demonstrada como se segue: Imposto de Renda e Contribuição Social 69 2011 2010 Base de cálculo Resultado antes da tributação 1.119.367 1.119.367 1.195.125 1.195.125 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 15%, respectivamente (447.747) (478.050) (Inclusões) / exclusões permanentes no cálculo da tributação Resultado da equivalência patrimonial de controladas e coligadas no país Juros sobre o capital próprio Dividendos Outras (inclusões) / exclusões permanentes 175.165 34.186 127.600 15.360 (1.981) 8.529 6.176 4.351 (1.998) (Inclusões) / exclusões temporárias no cálculo da tributação Reversão da provisão para ágio na aquisição de investimentos Resultado da avaliação a mercado de títulos e instrumentos financeiros derivativos Provisão para créditos de liquidação duvidosa Contingências fiscais e provisões para tributos com exigibilidade suspensa Prejuízos de agência no exterior Outras provisões 209.299 373.400 13.538 (8.353) (24.574) (81.352) (40.120) 342.532 366.301 (13.677) 9.588 (22.327) 2.647 (Constituição) / compensação sobre prejuízo fiscal de IR e base negativa de CSLL 107.987 (20.089) Despesa de imposto de renda e contribuição social (171.270) (106.900) Referentes a diferenças temporárias Reversão do exercício Constituição sobre ágio na aquisição de investimentos Constituição sobre prejuízo de agência no exterior Recuperação de IRPJ de investimentos no exterior (171.254) 481.369 81.352 - (359.858) 87.183 - (Despesa) / receita de tributos diferidos 391.467 (272.675) Total de receita / (despesa) 220.197 (379.575) BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) A movimentação dos ativos fiscais diferidos, apresentados na rubrica "Ativos fiscais diferidos", podem ser assim demonstrados: Imposto de renda e contribuição social Prejuízos fiscais de IR e base negativa de CSLL Provisão para créditos de liquidação duvidosa Ajuste a valor de mercado de títulos e derivativos Ágio na aquisição de investimentos Contingências fiscais e provisões para tributos com exigibilidade suspensa Sobre os efeitos da taxa efetiva de juros e do reconhecimento de ativos com retenção de risco Outras diferenças temporárias 2010 Constituição Realização 2011 166.030 67.680 10.131 457.631 189.564 73.788 445.805 536.182 (3.822) (65.435) (453.522) (373.401) 351.772 76.033 2.414 620.412 104.474 24.575 - 129.049 52.929 64.878 18.193 82.692 (10.469) 71.122 137.101 923.753 1.370.799 (906.649) 1.387.903 (i) R$ 72.683 refere-se basicamente a benefício fiscal registrado pelo Grupo em setembro de 2011, quando a subsidiária integral, BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda.(Coomex) realizou transação de incorporação reversa da sua controladora BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda. Segue abaixo composição do valor presente dos créditos tributários, tendo em vista a expectativa para realização dos ativos fiscais diferidos: Descrição 2012 238.626 2013 2014 2015 A partir de 2016 Valor presente 70 Créditos tributários sobre diferenças temporárias Prejuízo e base negativa Total 95.077 333.703 319.299 88.426 407.725 190.250 116.258 306.508 147.598 52.010 199.608 140.359 - 140.359 1.036.132 351.771 1.387.903 805.781 280.719 1.086.500 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 21. Patrimônio líquido a) Capital social Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, o capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto de 2.400.000.000 de ações, sendo 1.200.160.000 ações ordinárias, 298.445.596 ações preferenciais classe A e 901.394.404 ações preferenciais classe B, todas nominativas e sem valor nominal. De acordo com seu Estatuto Social, o Banco pode aumentar seu capital social até o limite autorizado (10.000.000.000 de ações) dada aprovação do conselho de administração, desde que o número total de ações preferenciais não ultrapassem 50% do número total de suas ações em circulação. Cada ação ordinária confere a seu proprietário um voto por ação. As ações ordinárias participam proporcionalmente com ações preferenciais na distribuição de lucros. Ações preferenciais classe A e classe B geralmente não têm direito a voto. Ações preferenciais classe A e classe B participam proporcionalmente com as ações ordinárias na distribuição de lucros e, em caso de dissolução do Banco, têm direito a prioridade no reembolso do capital do Banco, sem prêmio. Preferenciais Classe B ações são conversíveis em ações ordinárias ou ações preferenciais classe A, de acordo com as condições estabelecidas no Estatuto Social. Na assembleia geral extraordinária realizadas em 9 de dezembro de 2010 e aprovadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) em 24 de dezembro de 2010 foram determinadas as seguintes deliberações: 71 (i) criação de ações preferenciais classe A e classe B, acima descritas. (ii) desdobramento de todas as 1.253.583.889 ações ordinárias emitidas e em circulação, de emissão do Banco, de modo que o capital social passou a ser dividido em 1.952.331.606 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. (iii) conversão de 901.394.404 ações ordinárias em 901.394.404 ações preferenciais classe B, e BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) (iv) aumento de capital de R$ 2.409.264 mediante a emissão de 447.668.394 novas ações sendo 149.222.798 ações ordinárias e 298.445.596 ações preferências classe A. A Assembleia Geral Extraordinária de 30 de abril de 2010, a qual foi aprovada pelo BACEN em 8 de dezembro de 2010 deliberou o aumento de capital no montante de R$ 7.079 pela realização de reserva de capital, sem emissão de novas ações. Na Assembleia Geral Extraordinária realizadas em 31 de dezembro de 2011 foi aprovado o aumento do capital social do Banco no montante total de R$ 271.150, sem emissão de novas ações. Tal deliberação ainda aguarda aprovação do BACEN. Segue abaixo movimentação das ações nos exercícios: Ordinárias Em circulação em 01/12/2010 Quantidade Preferenciais Classe A Classe B 1.253.583.889 - - 698.747.717 - - Conversão Ações Aumento de capital (901.394.404) 149.222.798 298.445.596 901.394.404 - Em circulação em 31/12/2011 e 2010 1.200.160.000 298.445.596 901.394.404 Desdobramento de ações O Banco não possui ações em tesouraria em 2011 e 2010. b) Reserva legal Constituída à alíquota de 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação, limitada a 20% do capital social. c) Reserva estatutária De acordo com o Estatuto, esta reserva tem por finalidade a manutenção de capital de giro, e seu montante está limitado ao saldo do capital social. 72 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) d) Reserva de lucros a realizar Constituída em função do resultado não distribuído apurado no investimento em controladas no exterior. e) Distribuição de lucros Os acionistas têm direito a dividendos mínimos de 1% sobre o lucro líquido do exercício ajustado nos termos do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. Em Reuniões de Diretoria, realizadas em 18 de março, 26 de abril e 20 de setembro, foram deliberadas distribuições de dividendos, referentes a lucros de exercícios anteriores, nos montantes de R$ 133.061, R$ 13.000 e R$ 227.576, respectivamente. Em Reunião de Diretoria, realizada em 29 de dezembro de 2010, foi deliberada distribuição de dividendos, referentes a lucros do exercício, no montante de R$ 473.000. Em 20 de setembro de 2010, juros sobre capital próprio foram deliberados no montante de R$ 15.440, que gerando beneficio fiscal, obtido pela dedutibilidade da despesa, da ordem de R$ 6.176. Em Assembleias Gerais Extraordinárias de 17 de março de 2011, 1º de julho de 2011 e 19 de setembro de 2011, foram deliberadas distribuições de dividendos nos montantes de R$ 210.000, R$ 150.000 e R$ 197.000, respectivamente, referentes a exercícios anteriores. A Assembleia Geral Extraordinária de 5 de dezembro de 2011 deliberou a distribuição de dividendos, no montante de R$ 135.000 referente a lucros acumulados do Banco no 1º semestre de 2011. Em 31 de dezembro de 2011, juros sobre capital próprio foram deliberados no montante de R$ 319.000, gerando um beneficio fiscal, obtido pela dedutibilidade da despesa, da ordem de R$ 127.600. 73 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 22. Lucro por ação Lucro por ação básico e diluído é calculado pelo resultado da divisão do lucro líquido pelas médias ponderadas das ações em circulação durante o exercício. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Banco não possui qualquer evento que gere diluição. 2011 Lucro liquido do exercício Média ponderada em aberto no exercício 2010 1.339.564 2.400.000.000 815.550 1.989.637.306 0,56 0,41 Lucro liquido por ação– básico e diluído – em R$ 23. Receita (despesa) de juros e resultado líquido com instrumentos financeiros Receita (despesa) de juros Receitas de juros na demonstração do resultado consolidado compõem-se de juros acumulados no ano sobre todos os ativos com retorno implícito ou explicito, calculados aplicando-se o método dos juros efetivos independentemente da medição do valor justos. Os juros são reconhecidos pelo valor brutos sem a dedução de os impostos retidos na fonte. Despesas de juros na demonstração do resultado consolidado compõem-se de juros acumulados no ano sobre todos os passivos financeiros com retorno implícito ou explicito inclusive remuneração em espécie calculada aplicando-se o método dos juros efetivos independentemente da medição do valor justo. a) Receitas de juros 2011 Operações de crédito Resultado de operações com títulos e valores mobiliários e operações compromissadas Resultado de aplicações compulsórias 943.108 2010 299.844 2.128.329 41.096 1.489.535 - TOTAL 3.112.533 1.789.379 b) Despesa de juros 2011 74 Operações de captação no mercado (compromissada) Depósitos a prazo Deposito Interfinanceiro Títulos emitidos Empréstimos e repasses (2.050.320) (903.254) (48.969) (495.915) (467.523) 2010 (1.344.409) (505.080) (28.248) (103.699) (5.900) Total (3.965.981) (1.987.336) BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) Resultado líquido com instrumentos financeiros 2011 2010 Derivativos Ativos e passivos financeiros mantidos para negociação e designados ao valor justo por meio de resultado 10.985 415.825 1.895.018 861.291 Total 1.906.003 1.277.116 24. Receitas de tarifas e comissões Essa receita é composta pelos valores de todas as tarifas e comissões acumuladas em favor do Banco nos exercícios, exceto aquelas que fazem parte da taxa de juros efetiva sobre instrumentos financeiros. Abaixo segue quadro com a abertura desses valores: Taxa de administração e prêmio de performance de fundos e carteiras de investimento Corretagem em bolsa Assessoria técnica Outros serviços 2011 2010 511.447 107.660 415.840 52.168 343.413 107.673 329.963 17.770 1.087.115 798.819 2011 658.058 22.414 58.556 1.213 740.241 2010 388.079 16.194 52.555 312 457.140 25. Despesas com pessoal A composição desta rubrica está demonstrada a seguir: Remuneração direta Benefícios Encargos Outras despesas de pessoal 75 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 26. Despesas administrativas A composição desta rubrica está demonstrada a seguir: Manutenção Materiais Processamento de dados e telecomunicações Propaganda, promoções e publicações Serviços de terceiros Serviços do sistema financeiro Viagens Processos judiciais Outros 2011 44.216 6.160 85.061 13.515 132.640 16.730 29.468 1.558 26.114 355.462 2010 20.312 4.858 59.316 13.315 72.965 28.446 14.784 19.185 22.023 255.204 27. Outras receitas operacionais A composição desta rubrica está demonstrada a seguir: Atualização monetária de depósitos judiciais Indenização por recuperação judicial Reversão de provisão (i) Reversão provisão contingência Resultado de alienação de investimento Recuperação de crédito Despesa de atualização de impostos Reembolso de custos financeiros operacionais Outras provisões Outras receitas 2011 70.675 15.272 9.217 5.695 (4.407) (8.131) (30.724) 3.581 2010 25.684 31.680 98.963 (2.949) (3.787) 2.115 61.178 151.706 (i) Reversão de provisão para perda de título sem característica de concessão de crédito, em função de indenização judicial. 76 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 28. Partes relacionadas As instituições integrantes do Grupo BTG Pactual investem suas disponibilidades. primordialmente, em produtos de captação do Banco. Os saldos das operações com partes relacionadas, as quais são efetuadas com base em taxas e condições usuais de mercado, estão refletidos nas seguintes contas: 2011 Grau de Relação Ativo Valores a receber de bancos - Banco Panamericano S.A. Aplicação no mercado aberto - Banco Panamericano S.A. Instrumentos financeiros Instrumentos financeiros derivativos - BTG Investments LP Outros ativos Rendas a receber BTG Global Asset Management Limited Diversos - Max Casa XIX Empreendimentos Imobiliários S.A. - ACS Omicron Empreendimentos Imobiliários S.A - Warehouse 1 Empreendimentos Imobiliários S.A. - Saíra Diamante Empreendimentos Imobiliários S.A. 77 Prazo Taxa Controle compartilha do Até 30 dias CDI Controle compartilha do - Ligada Até 1 ano Ligada Coligada Coligada 2010 Ativo Receitas Ativo Receitas 500.504 2.128 - - 1.714 - 81.334 76.608 - - Sem vencimento - - 46.777 15.398 52.685 Sem vencimento - 4.936 - - Sem vencimento - 12 - - - - Coligada Sem vencimento - 432 - - Coligada Sem vencimento - 10 - - - 587.228 127.227 15.398 52.685 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 2011 Passivo Instrumentos financeiros Passivos financeiros ao custo amortizado Depósitos à vista - BTG Pactual Stigma Participações S.A. - BTG Pactual Proprietary Feeder (1) Limited - BTG Investments LP - BTG MB Investments LP - BTG Pactual Beta Participações S.A. - BTG Pactual Pharma Participações S.A. - BTG Equity Investments LLC - BTG Pactual Stigma LLC - BTG Alpha Participações Ltda. - BTG Alpha Investments LLC - Sócios e pessoal chave da administração Depósitos à prazo - BTG Pactual Stigma Participações S.A. - BTG Pactual Alpha Participações Ltda. - BTG Pactual Beta Participações S.A. - BTG Pactual Pharma Participações S.A. Captações no mercado aberto - Banco Panamericano S.A. Outras obrigações Negociação e intermediação de valores - BTG Investments LP - BTG Pactual US Corp 2010 Grau de Relação Prazo Taxa Ligada Sem vencimento - - - 89 - Ligada Ligada Ligada Ligada Ligada Ligada Ligada Ligada Ligada Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem - 249 2.120 9.425 10 11 194 140 70 1.029 449 - 44 5 17 - CDI CDI CDI CDI 110 258 1.459 1.702 (4) (209) (168) (272) 3.371 - (342) - Ligada Ligada Ligada Ligada vencimento vencimento vencimento vencimento vencimento vencimento vencimento vencimento vencimento vencimento Até 1 Até 1 Até 1 Até 1 ano ano ano ano Passivo Despesas Passivo Despesas Controle compartilha do 1 dia Selic 639.373 (29.656) - Ligada Ligada Até 1 ano - - 69.420 726.019 (30.309) 4.154 7.680 As transações com partes relacionas não possuem garantias dadas e recebidas, exceto depósito em garantia (cash collateral) de instrumentos financeiros derivativos no montante de R$ 69.420. Adicionalmente, não foi reconhecida provisão para créditos de liquidação duvidosa no balanço patrimonial e despesa para dívidas consideradas incobráveis ou de liquidação duvidosa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009. A remuneração total do pessoal chave da administração, a qual é considerada beneficio de curto prazo, foi de R$ 2.961 em 2011 e R$ 6.662, em 2010. 78 - (10.590) (10.932) BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 29. Outras informações a) Depósitos Os depósitos interfinanceiros e a prazo, emitidos a taxas de mercado, possuíam os seguintes prazos médios ponderados: 2011 2010 143 408 Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo 221 283 b) Compromissos e responsabilidades O banco e suas controladas têm como principais compromissos e responsabilidades o seguinte: Coobrigações e riscos em garantias prestadas Responsabilidades por administração de fundos e carteiras de investimentos (i) Depositários de valores em custódia Negociação e intermediação de valores 2011 2010 5.278.935 1.122.929 34.477.778 142.531.821 857.584.457 99.409.007 40.274.434 888.938.214 (i) Registradas pelo somatório dos valores patrimoniais dos fundos e carteiras de investimento. A rubrica “Coobrigações e riscos em garantias prestadas”, é composta. basicamente, por fianças concedidas destinadas à garantia de operações em bolsas. Na rubrica “Depositários de valores em custódia”, estão refletidas as posições de terceiros de títulos públicos e privados, custodiados no SELIC, na CETIP S.A. e na BM&FBOVESPA S.A. Na rubrica “Negociação e intermediação de valores”, estão representados os valores dos contratos de compra e venda de instrumentos financeiros derivativos, relacionados a operações de terceiros. 79 BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) c) Caixa e equivalentes de caixa Os componentes de caixa e equivalentes de caixa consideradas na apresentação das Demonstrações Consolidadas do Fluxo de Caixa estão demonstrados na tabela a seguir: 2011 517.305 1.522.813 Valores a receber bancos Depósitos Interfinanceiros Operações de overnight 503.053 42.143 3.020 1.083 10.716.828 - 708.088 17.398.454 12.487.417 18.925.370 Aplicação no mercado aberto Ativos financeiros avaliados ao valor justo no resultado Saldo no final do exercício 80 2010 Disponibilidades e reservas no Banco Central Disponibilidades BANCO BTG PACTUAL S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais) 30 Eventos subsequentes Em 08 de fevereiro de 2012, o Banco anunciou a conclusão do acordo para aquisição de 100% das ações em circulação da Celfin Capital (Celfin), uma empresa líder em operações financeiras, com operações no Chile, Peru e Colômbia. Na transação, o Banco vai pagar aos proprietários da Celfin um total de US$ 486 milhões em caixa, dos quais US$ 196 milhões serão usados para compra de participação acionária no Banco, que representa 2,423% do capital. A transação está sujeita a aprovação das autoridades competentes o Banco não possui condições de mensurar os valores justos dos ativos e passivos adquiridos. Uma vez aprovada a transação, o Banco determinará a data de aquisição e providenciará a respectiva avaliação. Em 31 de janeiro de 2012, o Banco integralizou capital no Banco Panamericano S.A., no valor de R$ 495.476, sem impacto na sua proporção na participação acionária desta companhia. Essa transação está sujeita a aprovação do BACEN. Em 31 de janeiro de 2012, o Banco, em conjunto com sua coligada, Banco Panamericano, celebrou acordo de compra de 100% da Brazilian Finance & Real Estate S.A., (BFRE), pelo valor aproximado de R$1,2 bilhões, sendo R$940 milhões a serem pagos pelo Banco Panamericano e R$270 milhões a serem pagos pelo Banco. Adicionalmente, após o acordo definitivo, e antes da liquidação, a BFRE será cindida em 2 companhias, e o Banco adquirirá uma destas companhias pelo valor adicional de aproximadamente R$335 milhões, que será utilizado para compra de certos Fundos de Investimento Imobiliário detidos pela BFRE. Tal transação está sujeita a aprovação das autoridades competentes. 81