Revista Jesus Vive e é o Senhor A revista da Renovação Carismática Católica Edições Louva-a-Deus – ANO XXXVII – Nº 431 www.comunidadeemanuel.org.br ALMA FEMININA DIRETO DE ROMA, A CELEBRAÇÃO DE CANONIZAÇÃO DOS PAPAS JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II PEDRAS VIVAS PAPA FRANCISCO, TODOS NÓS FORMAMOS E CONSTRUÍMOS A IGREJA O PECADO DE JUDAS RANIERO CANTALAMESSA, SOMOS AOS PECADOS DE JUDAS? IMUNES NAMORO SEM NEURAS, COMO RESOLVER ALGUNS PROBLEMAS NO NAMORO? ENSINOS PARA SEU GRUPO ORAÇÃO NOSSA SENHORA SAÚDE MEDITAÇÕES DIÁRIAS DA PALAVRA DE DEUS Templos do O que significa ser templo da presença de Deus? R$ 13,90 Espírito Santo CARTA AO LEITOR “O TEMPLO DE DEUS, SOIS VÓS” Por Dom Cipriano Chagas, OSB A obra do Espírito Santo em nós é fazer-nos semelhantes a Jesus. Jesus é o modelo. É o molde. O Espírito Santo nos coloca nesse molde, e vai nos acertando: cada parte nossa com a parte correspondente de Jesus. O cristão é aquele que tem, em si, o Espírito de Cristo. Não o tem, aquele que não é de Cristo. Não há meio termo: “se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não é dele” (Rm 8,9). O Espírito Santo, pois, habita em nós, que somos de Jesus. Mas não habita sozinho: ele não existe sozinho! As três Pessoas da Santíssima Trindade são uma só natureza, e onde está uma, aí estão também as outras. Onde está o Espírito Santo, aí estão o Pai e o Filho. Como nos ama, quer fazer-nos semelhantes a Jesus, quer fazer-nos lindos, como já somos na mente do Pai. Por isso ele vai trabalhando em nós, fazendo de nós uma obra-prima de Deus, cada um uma obra única, que reproduz os traços de Jesus. “O templo de Deus é santo, e esse templo sois vós” (1Cor 3,17). Deus, que vem a nós, vem habitar em nós de um modo diferente daquele pelo qual habita em todas as coisas criadas. Deus habita em nós de quer dizer que ele nos criou para sermos santos porque Deus é santo e seus filhos adotivos devem ser como ele: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 11,44). Temos em nós essa santidade e essa exigência de santidade. O Espírito de Deus nos ajuda a cortar todos os laços que impedem, em nós, a realização dessa santidade de Deus. Ele vai demolindo esses corações de pedra, e vai criando em nós corações novos, capazes de amar. Cada vez que atendemos ao Espírito Santo, nosso coração se transforma, e vai perdendo aquela dureza, vai se tornando capaz de corresponder espontaneamente ao amor de Deus. “O ESPÍRITO DE DEUS EM NÓS, NOS AJUDA A CORTAR TODOS OS LAÇOS QUE IMPEDEM, EM NÓS, A REALIZAÇÃO DESSA SANTIDADE DE DEUS” Se somos templos de Deus, se temos dentro de nós uma coisa tão maravilhosa como a presença da Santíssima Trindade, precisamos estar atentos para viver esta Presença, caminhar à luz de Deus, caminhar com esse Deus interior, que habita lá no fundo de nós mesmos! outra maneira, de maneira pessoal, e estabelece conosco um relacionamento pessoal de amor, de amizade íntima com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, as três Pessoas da Santíssima Trindade. Esse relacionamento é possível, porque trazemos em nós uma participação da natureza divina, que nos foi dada pelo o Espírito Santo. Deus nos criou para sermos seus filhos adotivos em Cristo Jesus. Isto 2014 Com minha bênção sacerdotal • Dom Cipriano Chagas, OSB edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 3 PONTO DE PARTIDA A OBRA DO ESPÍRITO SANTO EM NÓS É FAZER-NOS SEMELHANTES A JESUS Por Mauro Malta O Papa Francisco aborda, nesta edição, um assunto pouco explorado – o significado do Templo para os cristãos. Explica que “Em Jerusalém, o grande Templo de Salomão era o lugar do encontro com Deus na oração; no interior do Templo encontrava-se a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do povo; e a Arca continha as Tábuas da Lei, o maná e a vara de Aarão: uma referência ao fato de que Deus sempre esteve no seio da história do seu povo, acompanhando o seu caminho e orientando os seus passos.” Vai mais além, afirmando que: “quando vamos ao templo, também nós devemos recordar esta história, cada qual a sua própria história, como Jesus me encontrou, como Jesus caminhou comigo, como Jesus me ama e me abençoa... a Igreja é a “casa de Deus”, o lugar da sua presença, onde podemos encontrar o Senhor; a Igreja é o Templo onde habita o Espírito Santo.” Entretanto, Francisco enfatiza que o lugar onde podemos entrar em comunhão com o Pai, através de Cristo “é no Povo de Deus, no meio de nós, que somos Igreja”. E continua:“ é o próprio Deus que “constrói a sua casa” para vir habitar no meio de nós...Cristo é o Templo vivo do Pai, e é o próprio Cristo que edifica a sua “casa espiritual”, a Igreja, feita não de pedras materiais, mas de “pedras vivas”, que somos nós mesmos.” E termina seu artigo lançando um desafio: “como vivemos o nosso ser Igreja? Somos pedras vivas ou, por assim dizer, pedras cansadas, entediadas, indiferentes?” Dom Cipriano nos avisa que não devemos continuar a ser “como uma geração rebelde, de cerviz dura, de nucas que não se dobram: não abai- síntese, “Ele é o nosso Pai, nosso Amigo, nosso Colaborador, e também nosso Santificador. Ele, nosso Deus, vindo habitar em nós, transforma-nos em seus templos, fazendo de nós o templo santo de Deus.” Mas temos que nos proteger contra o maligno. Dom Cipriano, em seu terceiro artigo, nos alerta “Precavenha-se contra a tendência a reduzir a guerra espiritual a pouco mais que uma bela metáfora, que exprime a milenar luta entre o bem e o mal.” Nenhum de nós está imune a ação do maligno, nem os discípulos de Jesus, dos quais Pedro é a figura emblemática, O articulista nos lembra que “Quando Pedro repreendeu seu Mestre por profetizar seu próprio sofrimento e morte, Jesus fez uma dura repreensão ao discípulo espiritualmente cego.Quando o senhor andou sobre as águas, Pedro ficou logo motivado em fazer a mesma coisa, mas começou a afundar quando sua fé fraquejou. Ao aproximar-se da crucifixão, Pedro jurou que nunca negaria Jesus, para logo negá-lo três vezes.” “Este Apóstolo descreve o inimigo espiritual que está em campo para nos destruir, e nos dá um aviso sóbrio: “Sede sóbrios e vigiai.Vossos adversário, o diabo, anda ao redor de vós como um leão que ruge, buscando a quem devorar” (1Pd 5,18-19). Esta passagem oferece três indicações valiosas: Sede sóbrios, Vigiai e Resistir-lhe, firme na fé”. Esta é a mensagem que devemos guardar em nosso coração, mantendo-a permanentemente à nossa vista. Amém. “Sede sóbrios, Vigiai e Resistir-lhe, firme na fé”. Esta é a mensagem que devemos guardar em nosso coração, mantendo-a permanentemente à nossa vista.” xamos a cabeça para obedecer.” Esclarece que “A obra do Espírito Santo em nós é fazer-nos semelhantes a Jesus. Jesus é o modelo....E, no fim de todo o processo, o Pai pode ver em nós a face de Cristo”. “Tudo isto é obra da graça incriada, porque, eterno com o Pai e o Filho, cria, para nós e em nós, graças que nos santificam e transformam, conforme o seu plano de amor e de salvação” afirma o articulista. Em outro artigo, Dom Cipriano nos informa que: “Nosso Deus nos faz para ele, para fazer de nós seus filhos adotivos, e realmente o realiza pela ação do seu Espírito Santo em nós e Ele nos chama a: Um Relacionamento pessoal com ele, muito íntimo, relacionamento de Pai para filhos, sendo nós seus filhos adotivos em Jesus; Um relacionamento de amigo, no qual ele nos revela todas as suas coisas pelos dons do Espírito Santo em nós; Um relacionamento de colaborador, colaborando para a nossa santificação, nosso aperfeiçoamento,” e, finalmente, informa que esse relacionamento com Deus, é importante porque “é que ele nos santifica.” Em 2014 Mauro Moitinho Malta Mauro Moitinho Malta Membro do conselho da Comunidade Emanuel, autor do livro �Perdão, o caminho da felicidade�. • edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 5 ALMA FEMININA EU PRECISO DE CATEDRAIS E SANTOS ARTIGO ESPECIAL – ROMA - ABRIL, 2014. Por Anna Gabriela Malta A Igreja precisa de Santos. Eles são o nosso link com Deus. Não apenas nossos intercessores, mas o link real e concreto entre o humano e o divino. Eles são como nós, enfrentaram todas as dificuldades humanas para viver o evangelho, mas mesmo assim eles conseguiram. Superaram os obstáculos e transformaram vidas. Por isso são santos. Não apenas pelos milagres documentados pós-morte. 6 Jesus Vive e é o Senhor • edição 431 • 2014 foto: AGMALTA O mbro a ombro. Seguindo em frente, sempre. Uma cotovelada aqui, outra acolá. De repente todos mais exprimidos – se isso é possível, para dar passagem – aberta à força, pela equipe de paramédicos carregando uma mulher nos braços. Mal eles passam, o espaço aberto por eles é mais do que rapidamente ocupado. As pessoas, continuam sua saga para avançar. Alguns rebeldes resolvem andar na contra-mão, atrapalhando o já confuso percurso. Os nervos estão à flor da pele. Inspira e expira. 1,2,3. Inspira e expira. Olhando à minha volta não posso acreditar que estou presa no meio de uma multidão de mais de um milhão de pessoas com o mesmo objetivo – ver alguma coisa no telão – a canonização de dois papas do século passado que marcaram não só a Igreja, como o mundo. Santos com os quais todos ali conviveram, pelo menos com um deles. A Igreja precisa de Santos. Eles são o nosso link com Deus. Não apenas nossos intercessores, mas o link real e concreto entre o humano e o divino. Eles são como nós, enfrentaram todas as dificuldades humanas para viver o evangelho e, apesar disso, conseguiram. Eles superaram os obstáculos e transformaram vidas. Por isso são santos. Não apenas pelos milagres documentados pós-morte. A história da Igreja nos presenteou com muitos santos. Tem para todos os gostos e estilos, mas nada se compara a um calouro. Ainda mais se dividimos com eles uma época, histórias em comum. Os novatos da turma são os papas João XXIII e João Paulo II. O último, definitivamente, o “queridinho”. A Polônia veio quase toda prestigiar seu filho querido e tomou as ruas com bandeiras e faixas. Os jovens, principalmente, responderam com presença maciça na Praça de São Pedro ao chamado que ele fez na primeira Jornada da Juventude, ainda 2014 • edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 7 ALMA FEMININA CONTINUAÇÃO em 1985, em Roma. João Paulo II foi o primeiro papa de quem me recordo. Lembro-me de ir ao escritório da minha mãe, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, para vê-lo passar e jogar papel picado pela janela, na sua primeira viagem ao Brasil. Na segunda, eu não estava no Brasil. Ele foi o papa que soube usar do seu carisma pessoal para trazer os jovens de volta à Igreja. Instituiu a Festa da Misericórdia, promoveu a elaboração do Catecismo da Igreja Católica. São João XXIII, em quatro anos de papado revolucionou a maneira como nos relacionamos com Deus. Estreitou o relacionamento entre o humano e o divino. São João Paulo II e São João XXIII abriram há pouco a sua agenda de pedidos (aproveitem porque a fila ainda não é extensa) e eu já tenho o meu escolhido – João XXIII. OS SANTOS NOSSOS ÍNTIMOS Sempre gostei da maneira como nós, brasileiros, tratamos os santos. Eles são amigos íntimos a quem tratamos pelo primeiro nome e, algumas vezes, até por algum apelido carinhoso. Não existe cerimônia. Pedimos, agradecemos e, claro, reclamamos e puxamos a orelha se não estão nos ouvindo. Não sei de outro povo que tenha essa mesma dinâmica. Mesmo em Roma, terra da Igreja, os santos são tratados com uma certa formalidade. Tenho carinho por muitos, mas não tenho nenhum que seja o meu “queridinho”, assim como a minha mãe tem Santa Teresinha. Elas são “melhores amigas” desde criancinha. No meu tempo de colégio, nos sofrimento com provas de matemática, minha avó me apresentou 8 Jesus Vive e é o Senhor • edição 431 “Sempre gostei da maneira como nós, brasileiros, tratamos os santos” DIFERENTES. Sem cerimônia, pedimos, agradecemos e, claro, reclamamos e puxamos a orelha se não estão nos ouvindo. Não sei de outro povo que tenha essa mesma dinâmica. • 2014 São Tomás de Villanueva, doutor da Igreja. Pensei logo: “É esse! Doutor da Igreja, deve saber tudo”. Rezava e fazia muitas promessas, até que um dia conversando, ou melhor pedindo uma oração para eu passar, padre Antonio, da Igreja Santa Mônica, fez uma pergunta que me pegou de surpresa: ‘Você estudou?’ - ‘Mas como assim, eu tô rezando!’ - “Minha filha, ele é santo, mas, se você não estudar não dá para ele fazer a prova por você”. Confesso que fiquei um pouco decepcionada com São Tomás, mas no final das contas, ele sempre passou de ano. No homem e em Deus. “Eu não gostaria de viver num mundo sem catedrais. Eu preciso das suas belezas e grandezas. Eu preciso delas contra a vulgaridade do mundo” (discurso de formatura do personagem ateu no livro Um trem para Lisboa, de Mercier Pascal). Infelizmente, alguns arquitetos modernos resolveram subtrair a questão divina nas construções de igrejas e catedrais modernas. O importante para eles é o prédio, a arquitetura. Podem até ser bonitos, mas são vazios. Sem alma. Falta neles o principal - o elo entre o homem e Deus. A Basílica de São Paulo tem uma nave central de quase 132 metros por 65 metros de largura, ladeada por colunas que, por sua vez, tem corredores menores nas laterais. São 5 naves com um pé direito de 33 metros. Todo esse espaço sem um banco ou mobiliário. Vazio? Não. Arte e silêncio. Humano e Divino juntos e entrelaçados. Como não se emocionar e conversar com Deus? foto: AGMALTA foto: AGMALTA “A Igreja precisa das grandes catedrais, assim como precisa de santos. Santos com histórias com as quais nos reconhecemos.” IDENTIFICAÇÃO. As Catedrais não são apenas prédios vazios. Contam a história da Igreja e da arte. Os Santos não são homens e mulheres vazios, mas demonstram, em seu testemunho, que é possível viver a fé em Jesus Cristo. Como minha animosidade com os números (por parte deles!), ia crescendo, fui recorrendo a alguns santos mais carimbados em causas perdidas, como São Judas e Santa Rita. Mas a concorrência dos pedidos é gigantesca. Também tive minha queda por São Jorge e São Pedro, quando namorei um George e casei com um Pedro, mas em algum momento no passado, deixei um pouco de lado os meus santos e me dediquei a estreitar o relacionamento direto com Jesus e Maria. Mãe sempre me parece a melhor interface –tanto no céu quanto na Terra. Mas adoro um santo. Não resisto a São Tiago. Desde que fiz o Caminho de Compostela, me apaixonei por ele e por São Paulo. UMA OBRA PARA O FUTURO Falando em São Paulo, nessa viagem a Roma tive a oportunidade de conhecer a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, onde estão os restos mortais de Paulo de Tarso. Humano e divino interligados num só lugar. Amo as grandes catedrais. Elas nos colocam nos nossos lugares – seres pequenos diante da magnitude do mundo, sem oprimir. Ao contrário. Dão-nos espaço para silenciar a balbúrdia do mundo lá fora e nos conectarmos com o mundo divino. Entendemos, sem precisar de palavras, a importância do trabalho em equipe, do trabalho bem feito, para além da preocupação do hoje e amanhã, mas para daqui a 10, 20 ou 100 anos. Catedrais resistem às intempéries do tempo e são guardiães do conhecimento humano para gerações futuras, com suas técnicas de construção e mecenato para artes. As grandes catedrais são obras de amor e fé. 2014 CATEDRAIS E SANTOS A Igreja precisa das grandes catedrais, assim como precisa de santos. Santos com histórias com as quais nos reconhecemos, como João XXIII e João Paulo II. Catedrais e santos não são simples intermediários ou desperdício de riquezas que deveriam ser investidas em outros lugares. Eles fazem parte da alma da Igreja. Eles tem a árdua tarefa de fazer a ligação entre os dois mundos – terreno e divino. Eu preciso de catedrais e santos contra a vulgaridade do mundo. Anna Gabriela Malta é fotógrafa, jornalista e trabalha na área de Marketing da Comunidade Emanuel. • edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 9 COMUNHÃO ECLESIAL PEDRAS VIVAS! Papa Francisco Hoje, gostaria de fazer uma breve referência a mais uma imagem que nos ajuda a explicar o mistério da Igreja: a do templo (cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. Lumen gentium, 6). uma referência ao fato de que Deus sempre esteve no seio da história do seu povo, acompanhando o seu caminho e orientando os seus passos. O templo recorda esta história: quando vamos ao templo, também nós devemos recordar esta história, cada qual a sua própria história como Jesus me encontrou, como Jesus caminhou comigo, como Jesus me ama e me abençoa. NO QUE NOS FAZ PENSAR A PALAVRA TEMPLO? Faz-nos pensar num edifício, numa construção. De modo particular, a mente de muitas pessoas vai à história do Povo de Israel, narrada no Antigo Testamento. Em Jerusalém, o grande Templo de Salomão era o lugar do encontro com Deus na oração; no interior do Templo encontrava-se a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do povo; e a Arca continha as Tábuas da Lei, o maná e a vara de Aarão: 12 Jesus Vive e é o Senhor • edição 431 • Eis que quanto se tinha prenunciado no antigo Templo é realizado pelo poder do Espírito Santo na 2014 Igreja: a Igreja é a “casa de Deus”, o lugar da sua presença, onde podemos encontrar o Senhor; a Igreja é o Templo onde habita o Espírito Santo que a anima, orienta e sustém. Se nos perguntarmos: onde podemos encontrar Deus? Onde podemos entrar em comunhão com Ele, através de Cristo? Onde podemos encontrar a luz do Espírito Santo que ilumina a nossa vida? A resposta é: no Povo de Deus, no meio de nós, que somos Igreja. É aqui que encontraremos Jesus, o Espírito Santo e o Pai. mas de “pedras vivas”, que somos nós mesmos. O apóstolo Paulo diz aos cristãos de Éfeso: Vós sois “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo o edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se transforma na morada de Deus” (Ef 2, 20-22). Isto é bonito! Nós somos as pedras vivas do edifício de Deus, profundamente unidas a Cristo, que é a pedra fundamental, e também de apoio entre nós. O que significa isto? Quer dizer que o templo somos nós mesmos, nós somos a Igreja viva, o templo vivo, e quando estamos unidos, entre nós está também o Espírito Santo, que nos ajuda a crescer como Igreja. Nós não estamos isolados, mas somos Povo de Deus: esta é a Igreja! mais importante na Igreja, pois aos olhos de Deus todos somos iguais. Um de vós poderia dizer: “Ouça, Senhor Papa, Vossa Santidade não é igual a nós!”. Sim, sou como cada um de vós, todos nós somos iguais, somos irmãos! Ninguém é anônimo: todos nós formamos e construímos a Igreja. Isto convida-nos também a meditar sobre o fato de que se faltar o tijolo da nossa vida cristã, faltará também algo da beleza da Igreja. Alguns afirmam: “Nada tenho a ver com a Igreja”, mas assim falta o tijolo de uma vida neste bonito Templo. Ninguém pode ir embora, todos nós devemos oferecer à Igreja a nossa vida, o nosso coração, o nosso amor, o nosso pensamento e o nosso trabalho: todos juntos! COMO VIVEMOS O NOSSO SER IGREJA? Somos pedras vivas ou, por assim dizer, pedras cansadas, entediadas, indiferentes? Vistes como é desagradável ver um cristão cansado, entediado e indiferente? Um cristão assim não está bem, o cristão deve ser vivo, sentir-se feliz por ser cristão; deve viver esta beleza de fazer parte do Povo de Deus, que é a Igreja. Abrimo-nos à ação do Espírito Santo para ser parte concreta nas nossas comunidades, ou fechamo-nos em nós mesmos, dizendo: “Tenho muitas coisas para fazer, isto não é tarefa que me compete”? O Senhor conceda a todos nós a sua graça e a sua força, a fim de podermos estar profundamente unidos a Cristo, que é a pedra angular, o pilar, a pedra fundamental da nossa existência e de toda a vida da Igreja. Oremos a fim de que, animados pelo seu Espírito, sejamos sempre pedras vivas da sua Igreja. TODOS NÓS FORMAMOS E CONSTRUÍMOS A IGREJA PEDRAS VIVAS O antigo Templo foi edificado pelas mãos dos homens: desejava-se “dar uma casa” a Deus, para ter um sinal visível da sua presença no meio do povo. Mediante a Encarnação do Filho de Deus cumpre-se a profecia de Natã ao rei David (cf.2 Sm7, 1-29): não é o rei, não somos nós que “damos uma casa a Deus”, mas é o próprio Deus que “constrói a sua casa” para vir habitar no meio de nós, como escreve são João no seu Evangelho (cf. 1, 14). Cristo é o Templo vivo do Pai, e é o próprio Cristo que edifica a sua “casa espiritual”, a Igreja, feita não de pedras materiais, E é o Espírito Santo, com os seus dons, que define a variedade. Isto é importante: o que faz o Espírito Santo no meio de nós? Define a variedade, que é a riqueza da Igreja, e une tudo e todos, de maneira a constituir um templo espiritual, no qual não oferecemos sacrifícios materiais, mas nós mesmos, a nossa vida (cf.1 Pd 2, 4-5). A Igreja não é um enredo de coisas e de interesses, mas é o Templo do Espírito Santo, o Templo onde Deus age, o Templo onde cada um de nós, com o dom do Batismo, é uma pedra viva. Isto diz-nos que na Igreja ninguém é inútil e se alguém, porventura, disser ao outro: “Vai para casa, tu és inútil”, isto não é verdade, porque na Igreja ninguém é inútil, todos nós somos necessários para construir este Templo! Ninguém é secundário! Ninguém é o 2014 PAPA FRANCISCO – AUDIÊNCIA GERAL – Praça de São Pedro – Quarta-feira, 26 de Junho de 2013 • edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 13 ENSINO A obra do Espírito Santo em nós é fazer-nos semelhantes a Jesus. Jesus é o modelo. É o molde. E o Espírito Santo nos coloca nesse molde, e vai nos acertando: cada parte nossa com a parte correspondente de Jesus. E, no fim de todo o processo, o Pai pode ver em nós a face de Cristo, a face de Jesus. É muito bonito! Quer dizer, somos transformados e Cristo! Vocês, se prestarem atenção às leituras, às orações que se fazem na Santa Missa das semanas 26 a 28 do ano litúrgico, verão que a Igreja pede que sejamos transformados naquele que comemos, em Jesus. DEUS HABITA EM NÓS O ESPÍRITO SANTO É O DOM Tudo isto é obra da graça incriada, porque, eterno com o Pai e o Filho, cria, para nós e em nós, graças que nos santificam e transformam, conforme o seu plano de amor e de salvação. Mas ele próprio é o dom por excelência. Vocês se lembram do Prefácio as 4a Oração litúrgica: lá se diz que Jesus, tendo subido ao céu, derramou o Espírito Santo sobre os homens como seu primeiro dom. Quer dizer, o Espírito Santo é um dom, uma graça, mas dom incriado, graça iniciada, porque é Deus, Deus que nos é envidado para fazer de nós filhos de Deus, moradas de Deus. São Paulo nos diz: “se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não é dele” (Rm 8,9). Palavra forte, não é? Quer dizer que o cristão é aquele que tem, em si, o Espírito de Cristo. Não o tem, aquele que não é de Cristo. Não há meio termo: dá-se, assim, uma separação real: ou se é de Cristo, e tem-se o Espírito de Cristo, ou não se tem o Espírito de Cristo e não se é dele. Daí a necessidade de sermos missionários, de falarmos de Jesus, de falarmos de Deus, de sua salvação; de trazermos as pessoas para fora da prisão da indiferença, da separação de Deus, para a vida com Jesus, para receberem o Espírito Santo. Por Dom Cipriano Chagas, OSB Jesus restaurou no homem a capacidade de obedecer a Deus, perdida desde a rebeldia de Adão. Todos nós herdamos essa desobediência, e, na Sagrada Escritura, de quando em quando o Senhor diz que somos uma geração rebelde, de cerviz dura, de nucas que não se dobram: não abaixamos a cabeça para obedecer. Depois de Jesus, porém, essa capacidade de obedecer foi restaurada, e nos é dada pelo Espírito Santo em nosso batismo. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO EM NÓS Pensamos que todo mundo tem o Espírito Santo, mas a Escritura diz que não é 26 Jesus Vive e é o Senhor • edição 431 • assim. E Jesus disse: “aquele que crê no Filho, tem a vida eterna” (Jo 3,36). Quem não crê no Filho, portanto, não a tem. E nós não podemos, nós que temos Jesus, passar pelos nossos irmãos sem ver se eles têm Jesus também. Se não têm, amor de Jesus em nós, a compaixão de Jesus em nós, deve levar-nos a falar-lhes de Jesus. Porque é terrível: quem tem o Espírito de Cristo, esse não é dele! É dele, quem tem o Espírito dele! Este, pois, é o cristão: aquele que tem, em si, o Espírito de Jesus Cristo. Porque é o Espírito de Jesus que nos faz ver interior e exteriormente, como Jesus. Sem ele, impossível viver como Jesus, nos conforma a Jesus, nos dá viver como Jesus, fazer as obras que Jesus fazia, e mais ainda. Temos tudo isto em nós. 2014 A TRINDADE HABITA EM NÓS O Espírito Santo, pois, habita em nós, que somos de Jesus. Mas não habita sozinho: ele não existe sozinho! Pensamos que o Espírito Santo está sozinho, porque, para nós, fica mais fácil pensar que ele está sozinho. No entanto, as três Pessoas da Santíssima Trindade são uma só natureza, e onde está uma, aí estão também as outras Onde está o Espírito Santo aí estão também as outras. Onde está o Espírito Santo, aí estão o Pai e o Filho. Assim, ele habita em nossas almas com o Pai e o Filho! Somos templos da Santíssima Trindade, segundo as palavras de Jesus: “Se alguém me ama. Guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos a ele, e nele faremos nossa morada” (Jo 14,23). Isto é feito no Espírito Santo. e do Filho para fazer, e nos ama, e realizaria em nós sua obra de amor. Como nos ama, quer fazer-nos semelhantes a Jesus. E o Espírito Santo quer fazer-nos lindos, como já somos na mente do Pai. Por isso ele vai trabalhando em nós, fazendo de nós uma obra-prima de Deus, cada uma obra única, que reproduz os traços de Jesus. “Nós, os batizados, temos a capacidade de deixar-nos conduzir pelo Espírito Santo.” A OBRA DO ESPÍRITO SANTO. Ele age com docilidade, para que as virtudes, os pensamentos e sentimentos de Jesus, se reproduzam em nós. NA ORDEM NATURAL UMA MUDANÇA INTERIOR Ele está, portanto, em nós. E em nossas almas ele derrama seus dons: os mesmos sentimentos de Jesus, os costumes de Jesus, as virtudes de Jesus. O nosso crescimento na vida sobrenatural consiste em não opormos resistência ao que o Espírito Santo ensina, ao que ele vai fazendo em nós, à direção que vai nos dando. Ele é o Deus fiel, fiel à missão, que recebeu do Pai e do Filho, de transformar-nos em Jesus. Ele age sempre em nós, e, a cada momento, somos diferentes: nuca somos os mesmos que éramos minutos atrás. Isto é interessante saber. Muitas pessoas – e nós mesmos, quantas vezes – dizem de alguém: “Ah, fulano é assim mesmo. Sempre foi assim!” Ora, isto não é verdade. Quem fala assim desconhece, ignora a obra contínua de transformação, de santificação, que o Espírito Santo realiza em nós, de instante a instante, de minuto a minuto, de hora em hora, semana a semana, mês a pós mês, ano após ano, continuamente, incansavelmente, como só Deus pode fazer. É a mesma coisa que você pegar uma semente e botar no chão. Quinze dias depois, você chega e diz: “Ah, é a mesma semente! Não mudou nada!” Ora, como igual, se você não está vendo o que está se passando lá dentro? Dezoito dias depois, a mesma coisa. Dezenove, o mesmo. No vigésimo dia, você chega e diz: “Ah brotou!” Claro que brotou! Quando você dizia que a semente era a mesma, já não era: tudo, debaixo da casca, estava em movimento; não tinha nada parado naquela semente, nada absolutamente parado! Ora, se essa nessa força vital da natureza criada numa simples semente faz com que nela nada fique parado, imagine o que o Dom Incriado, O Espírito Santo, nosso Deus Criador, faz dentro da gente! Vocês veem, portanto, que ignorância, a nossa, de achar a que somos iguais ao que éramos ontem! Você chega, olha a roseira e vê um botão. Passado alguns dias olhamos para a roseira e o botão, agora, é uma rosa. Abriu-se. Durante aquele tempo todo, ele estava sendo trabalhado para abrir-se no esplendor perfumado de uma linda rosa. Assim somos nós! O Espírito Santo vai trabalhando em nós, e vamos crescendo por dentro, formamos botões; quando se abrem, somos uma flor e perfumamos o ambiente em que estamos, alegrando-o com nossas cores maravilhosas! Assim, nunca queiram fixar ninguém no passado. Nunca digam: fulano é assim. Porque o Espírito Santo é fiel em realizar a obra que recebeu do Pai 2014 Para compreendermos melhor a grandiosidade desse amor de Deus por nós, consideremos as maneiras como Deus pode estar em suas criaturas, na ordem natural. São três: PELO PODER. Ele tudo pode: pela sua potência, todas as criaturas estão sujeitas ao seu império, ao seu poder, à sua vontade; ele é Todo-poderoso, Onipotente; PELA PRESENÇA. Ele está presente a tudo, tudo vê, até os mais secretos pensamentos de nossa mente, ele é Onipresente. PELA ESSÊNCIA. Ele dá o ser a todas as criaturas, opera em todas as partes. Se as criaturas existem, é porque ele as sustenta na existência. Tudo o que é real nas criaturas, provém de Deus. Ele é a causa de tudo o que é real nas criaturas, provém de Deus. Ele é a causa de tudo o que é real nelas, e lhes comunica não só o ser, mas também o movimento e a vida. Quer dizer: se uma criatura existe, é porque Deus a sustenta na existência; se ela se move, Deus é que está ali, dando-lhe mover-se; se vive, é Deus que lhe dá a vida sustenta. Por isso é que São Paulo pode dizer que nele nos movemos, vivemos e somos (cf. At 17,28). Em Deus não há divisões, mas, como procedemos da análise para a síntese, separamos as coisas para compreender melhor. E podemos, então, compreender que, na ordem natural, Deus está nas suas criaturas pelo seu o poder, sua presença e sua essência. Ele está em nós, também, dessas maneiras, como criaturas suas que somos. Entretanto, ele nos criou para sermos seus filhos adotivos, e, assim, não nos deixa na ordem natural, no estado de simples criaturas, mas eleva-nos à ordem da graça. Dom Cipriano Chagas, OSB. Monge beneditino, fundador da Comunidade Emanuel, escritor, pregador e um dos precursores da Renovação Carismática Católica no Brasil. O monge que pode mudar sua vida. • edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 27 NOSSA SENHORA O CATECISMO DE NOSSA SENHORA – Parte 1 POR QUE NOSSA SENHORA NÃO TEM PECADO? Da Redação Para respondermos de forma direta e clara abordaremos em quatro partes, as questões a respeito de Nossa Senhora, de sua Imaculada Conceição, Virgindade Perpétua, Assunção e Realeza. A partir de três fontes - a Palavra, a Tradição e a Doutrina - responderemos às dúvidas a respeito dos mistérios da missão e da pessoa de Nossa Senhora. N ossa Senhora desempenhou da maneira mais santa a sua missão de Mãe de Deus. Foi, segundo a Revelação, digna Mãe de Deus. Assim estendida, a ideia da maternidade divina, acarreta a ideia de uma plenitude de graças tal, que exclui a presença, na alma da Virgem, de todo pecado pessoal, quer mortal, quer venial e mesmo do pecado original a que deveria estar sujeita, como filha de Adão, mas cuja culpa, mancha, nódoa jamais atingiria sua alma – eis a Imaculada Conceição – e cujas consequências seriam poupadas ao seu corpo, após a morte: a Assunção. 34 Jesus Vive e é o Senhor • edição 431 • A IMACULADA CONCEIÇÃO Quando dizemos: “Ó, Maria, concebida sem pecado original”, invocamos sua Imaculada Conceição. Poderiam nos perguntar: Mas, Maria, como todo descendente de Adão, herdou a mancha do pecado original? A resposta é não. Desde o primeiro instante da sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, Ela foi preservada, imune de toda a mancha do pecado original. Por isso, a Igreja a chama: Imaculada Conceição. 2014 Este privilégio concedido a Nossa Senhora a preservou, não somente da mancha do pecado e da chama da concupiscência, mas, desde o primeiro instante de sua conceição imaculada, foi cumulada de graças por Deus, num grau incomparavelmente superior a todos os anjos e homens. Por esse motivo, o Anjo a saudou: “Ave, cheia de graça”. SE FOI CONCEBIDA SEM PECADO, MARIA TAMBÉM FOI REMIDA PELO SANGUE DE JESUS, NA CRUZ? Sim, Maria também foi remida pelos merecimentos de Jesus Cristo, seu divino Filho, só que de um modo especial e singular. Os merecimentos do Salvador tiveram por efeito não purificar sua Mãe, mas preservá-la do pecado que Ela devia contrair como filha de Adão. Para Maria, a Redenção não foi liberativa, mas preservativa. ENTÃO, POR QUE MARIA FOI PRESERVADA DO PECADO ORIGINAL? Porque foi escolhida para ser a Mãe de Deus. O Salvador não poderia ter escolhido formar seu corpo adorável de uma carne que tivesse sido manchada com a nódoa do pecado. Santo Anselmo diz que Deus, conservando puros milhões de anjos no meio da ruína de tantos outros, não podia deixar de preservar da queda comum, a Mãe de seu Filho e Rainha dos anjos. O DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA É DEFINIDO PELA IGREJA? Sim, o Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, definiu solenemente como de fé católica, a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, na Bula “Ineffabilis Deus”: “...com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo e com a Nossa, declaramos, pronunciamos e definimos: A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, ao primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isso deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis” (nº 41). MAS COMO A ESCRITURA SAGRADA COMPROVA ESTA VERDADE DE FÉ? 1) Na Sagrada Escritura: “Porei inimizades entre ti e a mulher; entre a tua descendência e a descendência dela (...) ela te esmagará a cabeça” (Gn 3,15). Conforme a doutrina constante da Igreja, a “mulher” de que fala o Gênesis é Maria, Mãe de Jesus, sua “descendência”. Nessa passagem são prenunciadas a comum inimizade e comum vitória total do Redentor e de sua Mãe Santíssima sobre o demônio. Ora, essas “inimizades” e essa vitória (“Ela te esmagará a cabeça”) supõem, não somente em Jesus, mas também em Maria, uma total ausência de pecado, mesmo original. ORAÇÃO A NOSSA SENHORA Por João Paulo II A B “Ave, cheia de graça; o Senhor é contigo” (Lc 1,28). O sentido exato, da saudação do Anjo, “Ave, cheia de graça” (kecharitoméne) é que Maria nunca esteve sem a graça. Logo nunca esteve com o pecado. “Toda és formosa, amiga minha, e em ti não há mácula” (Cânticos 4,7). A Igreja aplica estas palavras a Maria, Esposa castíssima do Espírito Santo. E ainda estas: “Como a açucena entre os espinhos, assim é a minha amiga entre as donzelas” (Cânticos 2, 2). 2) Na Tradição: expressa no ensino oficial da Igreja, na Liturgia, na pregação constante dos Padres e doutores. Virgem santa, Tu que, Com os apóstolos em oração, Estavas no Cenáculo, Esperando a vinda Do Espírito em Pentecostes, Pede uma nova infusão Sobre todos os batizados, E especialmente os jovens, Para que respondam plenamente À sua vocação, à sua missão Como ramos da videira verdadeira, Chamados a darem muitos frutos Para a vida do mundo. Virgem Mãe, Guia-nos e sustenta-nos, Para que vivamos sempre A própria razão nos persuade desta verdade. Maria e Mãe de Deus. Portanto, era sumamente conveniente à Santíssima Trindade que Ela fosse imaculada. Como verdadeiros filhos e filhas Fontes: Artigo – “Pequeno Catecismo de Nossa Senhora” (Christi Fideles Laici) A festa da Imaculada Conceição é celebrada no dia 8 de dezembro. – JV 163, 1992. www.institutosapientia.com.br Da Igreja de teu Filho. E que possamos contribuir, A criar na terra A civilização da verdade e do amor, Segundo o desejo de Deus, E para sua glória. Amém. 2014 • Edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 35 ESPAÇO MUSICAL MINISTÉRIO DE MÚSICA E LITURGIA Por Alexandre Honorato MISSA NÃO É SHOW! – Ensaie com a assembleia antes da missa; ensine os cânticos novos e motive-os a rezar. – Não queira ser um ministro de música “garçom”, que apenas serve aos outros o banquete: participe ativamente de cada momento da celebração, sente-se à mesa. Você também é um “feliz convidado para a ceia do Senhor”. – Estude liturgia! Algumas fórmulas da missa, por exemplo: “Cordeiro de Deus”, não podem ser modificados. Em liturgia não dá para improvisar. – O animador de música na liturgia, não multiplica as palavras. O animador durante a liturgia mostra o sentido daquele momento, mas não é o comentarista da Missa, cuidado! – Na missa, o centro é Jesus, por isso, seja discreto e não chame a atenção do povo para si ou para seu grupo musical. M esmo com o aumento de ministérios de música de evangelização, os grupos de oração e paróquias ainda sofrem a falta de músicos e ministros de louvor. Muitos preferem se tornar banda e bater asas e voar para longe das paróquias e, por sua vez, as paróquias não conseguem preparar novos ministros na mesma velocidade com que perdem. Por outro lado, também tenho observado a formação de grupos de música com a proposta de servirem exclusivamente na liturgia. Louvado seja Deus! Mas podemos notar que alguns se preparam com mais dedicação do que outros. Dedicamos nosso artigo a estes irmãos. Nossa coluna de Ministério de Música não pretende ser ditadora e impor opinião. No entanto, Santo Agostinho nos orienta a seguir uma “regra de ouro” para evangelizar e ensinar: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade”. Tomo estas palavras para segui-las como uma direção pastoral, sobretudo, quando trazemos à discussão o tema liturgia. LIGAÇÃO ÍNTIMA COM A LITURGIA A liturgia não é espetáculo para ser assistido, mas algo para ser participado. É ela que torna os tempos litúrgicos possíveis de serem entendidos, sentidos e vividos. Sendo assim, vivemos os tempos do Advento, Natal, Comum, Quaresmal, Pascal e as fes- tas da Igreja: Epifanias, Pentecostes, Cristo Rei, entre outras. Dentro da liturgia, o ministério de música desempenha a função de sinal e quem nos ensina isso é o Catecismo da Igreja Católica: “O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis” (nº 1157). Dessa maneira podemos concluir que o ministro de música é alguém atento aos Tempos Litúrgicos e aos detalhes de uma celebração eucarística. EVITAR OS IMPROVISOS Podemos perceber que a liturgia da Igreja não é algo que deva ser celebrado de qualquer maneira, com qualquer música, sem uma preparação. A música e o canto devem conduzir a assembleia a uma intimidade com os momentos da Missa. Um grupo de música um pouco mais atento, poderá se preparar para as celebrações tendo mais critério na escolha dos cantos, mais tempo de prepará-los. Lembro das noites em que, ao sairmos do grupo de oração da paróquia de Nossa Senhora das Graças, pelos meses de setembro, o coral estava preparando os cantos do Natal e, em janeiro, preparavam os cantos da Semana Santa. Investindo tempo e dedicação para ser sinal. TEMPOS LITÚRGICOS E MÚSICA O Catecismo orienta os ministros de música para que estejam atentos ao momento litúrgico, seja o Tempo ou ao momento da celebração. A liturgia classifica os cantos em dois grupos. Um grupo é formado pelos que acompanham o rito e outro, pelos que são o próprio rito. Por exemplo, os cantos que acompanham o rito são o canto da procissão entrada, comunhão, ofertório. Aqueles que são o próprio rito: o ato penitencial, glória, santo... Os cantos que acompanham um rito devem encerrar-se ao término do rito: quando a última pessoa termina de comungar, finaliza-se o canto. Os cantos que são propriamente os ritos são cantados por inteiro. Para ilustrar, podemos ter como exemplo o Hino de Louvor. Ele expressa o louvor de toda a criatura ao Criador, do homem remido ao Salvador e do homem imperfeito ao Consolador, relembrando os pontos principais de todo o mistério de nossa salvação em Jesus Cristo. Para este canto ser considerado corretamente como hino de louvor, deve obrigatoriamente conter toda a oração do hino litúrgico. Há algum tempo, podemos observar que as comunidades, grupos e ministérios de música tem se empenhado em compor melodias para o hino de louvor tal qual ele é, embora outros não acolham esta orientação e insistam em substituí-lo por outros. CELEBRAÇÕES VIVAS Para concluir, podemos dizer que as celebrações se tornarão mais “vivas”, na mesma medida em que o ministério de música vive aquele momento. Digo isto, porque muitos vão “tocar e cantar” na missa, mas saem no momento da homilia, não ensaiam com a assembleia, não se comunicam com o povo, tocam em tons impraticáveis de serem cantados por todos, escolhem músicas difíceis e acabam cantando sozinhos na ação de graças, tornando este momento, o “seu momento”. As celebrações serão mais vivas se o ministério de música for sinal de íntima ligação entre a liturgia e a vida, entre a Palavra de Deus e o louvor. Deus abençoe. Alexandre Honorato é membro da Comunidade Emanuel e ministro de Louvor. – Escolha os cânticos de acordo com as leituras e tempo litúrgico. Não se pode cantar os hits, a não ser que se encaixem com o tema da celebração. – É importante a escolha prévia das músicas e dos respectivos tons para celebração para que haja o mínimo de conversa durante a Missa. Caso haja necessidade de um diálogo seja o mais discreto possível. É desagradável o ministério se entreolhan do com ar desesperado, se perguntando “qual a próxima música?” ou “qual o tom?”. – Peça aos músicos que toquem de forma harmônica e com um volume que favoreça a oração. – Não use a harmonia mais complicada que você sabe tocar. Nas celebrações, precisamos ajudar o povo a rezar as canções. – Durante a missa não use roupas que chamem a atenção, a não ser que você seja convocado de surpresa e não haja condições de se trocar. Não use, de jeito nenhum, roupas sem mangas, decotadas, transparentes ou bermudas durante a celebração Eucarística. – Cuidado para não fazer das missas uma “Válvula de escape” para seu desejo de tocar no Free Jazz Festival ou no barzinho mais “descolado” de sua cidade. POINT JOVEM PROBLEMAS NO NAMORO? O QUE FAZER? Por Prof. Felipe Aquino O namoro é uma fase bela da vida, na qual duas almas se encontram com o desejo de realizar o anseio profundo de um dia viver um para o outro, gerar filhos e ser feliz. É um anseio que Deus colocou no coração de cada homem e de cada mulher; no entanto, esse tempo bonito pode se transformar em uma etapa triste na vida de muitos, se não souberem enfrentar com coragem e sabedoria os seus problemas. Eles naturalmente surgem, pois duas pessoas diferentes se encontram e começam uma caminhada juntos. Nem sempre essa caminhada é fácil, os mais variados problemas podem surgir no namoro, como: traição, diferenças de credos, ciúmes, diferença de idade, entre outros. 38 Jesus Vive e é o Senhor • edição 431 ELE TERMINOU COMIGO, SERÁ QUE AINDA PODEMOS VOLTAR? Um relacionamento sempre pode voltar a acontecer, mas isso depende do amadurecimento de cada um e das razões que levaram ao rompimento. O que foi de fundamental que os separou? Se foi algo que pode ser mudado pelo diálogo e pela compreensão, a chance de voltar é maior, mas se o motivo do término do namoro envolveu algo mais profundo, em termos de valores, algo estrutural no perfil da pessoa, pode ser mais difícil a reconciliação, e talvez nem fosse bom. • 2014 DESCOBRI QUE MEU NAMORADO NÃO GOSTA MAIS DE MIM COMO ANTES. Antes de tudo é preciso conversar seriamente sobre isso que você está sentindo; o seu sentimento é real ou será um tanto imaginário? Deixe o rapaz lhe falar tudo o que desejar. O dialogo no namoro é para isso; só assim você saberá se deve continuar o namoro. Mas atenção, o que é amor para você, apenas carinho, atenção? Às vezes somos amados, mas não do jeito que a gente gostaria; amor não é apenas um sentimento; é muito mais, é fazer o outro crescer e ser feliz. Examine tudo isso. SEMPRE QUE ME APROXIMO DE UM RAPAZ QUE ESTÁ ESTABELECIDO FINANCEIRAMENTE, ME SINTO INFERIOR A ELE. COMO VENCER ESSA INFERIORIDADE QUE SINTO COM RELAÇÃO AOS RAPAZES? TENHO QUATRO ANOS E MEIO DE NAMORO E TENHO MUITA DÚVIDA NO MEU NAMORO, O QUE EU FAÇO? Não é tão raro que haja dúvidas em um namoro; quando se pensa em um dia se casar, é normal que se examine a pessoa do outro com cuidado para saber se um dia você pode dar o grande passo de decidir pelo casamento. O namoro é para isso mesmo; é o tempo de diálogo profundo, de conhecer o outro, os seus valores, os seus problemas, as suas angústias… e então você poder decidir se continua ou não o relacionamento. Veja o que é fundamental para você; quais são os valores de que você não abre mão hoje e amanhã? SOU AMIGA DE UM RAPAZ, MAS, AGORA SURGIU UMA ATRAÇÃO, ENTRE NÓS, MAS ELE DISSE QUE TEM MEDO DE ESTRAGAR NOSSA AMIZADE. O QUE EU FAÇO? Penso que este rapaz está com um medo infundado de estragar a amizade com você. De certa forma isso mostra que ele gosta muito de você e não quer perder a sua amizade; você representa algo importante para ele. Então, o que fazer? Vá conquistando-o aos poucos; mostre-lhe que mesmo que um namoro não dê certo, isso não significa que a amizade entre os dois tenha de terminar, se o namoro acabar. Não tenha pressa e não faça pressão, conquiste-o pelo que você é, por seus valores, suas atitudes etc. HÁ ALGUNS MESES QUE ESTOU PERDENDO O AMOR PELA MINHA NAMORADA. SINTO QUE ELA ME AMA MUITO, MAS EU NÃO ESTOU CONSEGUINDO CORRESPONDER. ESTOU CONFUSO, TENHO MEDO DE ACEITAR ISTO; O QUE EU FAÇO? Depois de quatro anos de namoro, não se pode esperar a mesma empolgação do começo; o fato de conhecer melhor a pessoa, conviver mais com ela, leva a gente a ter ciência dos seus defeitos e qualidades, e isto pode mudar o relacionamento. Para responder a sua pergunta é importante que você saiba muito bem o que é o amor; amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido. Insisto que o mais importante é fazer um discernimento sobre o que é fundamental para você. Esta moça tem as qualidades mínimas que você gostaria de ver em sua esposa e futura mãe dos seus filhos? Esta é uma pergunta importante a ser feita; responda a ela com tranquilidade e tome a sua decisão de prosseguir ou não o namoro. Reze, reflita e tente entender o que está acontecendo. Fique tranquilo, pois o namoro é para isso mesmo. Converse com ela e veja se ela está sentindo o mesmo. Penso que é uma vantagem, e não desvantagem, você se relacionar com alguém que tenha a vida financeira equilibrada e resolvida; não há motivo para você se sentir inferiorizada por isso. Talvez seja um pouco de orgulho de sua parte. Aceite a sua realidade e a do rapaz e, a partir daí, construa a sua vida. Se preocupe em conhecer se o rapaz é adequado a você. A condição financeira não pode ser o mais importante neste momento. E nunca se esqueça que somos diferentes uns dos outros. O seu valor é intrínseco, isto é, está naquilo que você é e não naquilo que você tem. Se de um lado o seu namorado oferece uma boa situação financeira, você poderá oferecer a ele outras qualidades e valores fundamentais. Não se compra a honra, a honestidade, a simpatia, o bom humor, o desprendimento, a bondade, etc com dinheiro. CONSIDERO MEU NAMORADO UMA PESSOA UM TANTO IMATURA. O QUE DEVO FAZER PARA AJUDÁ-LO? É preciso entender que “amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido”. A vida a dois, desde o namoro, só tem sentido se cada um ajuda o outro a crescer, senão o relacionamento se esvazia, perde o sentido, acaba. Se você ama este rapaz, invista nele seu tempo, seu carinho, sua atenção, etc. Corrija-o com delicadeza quando de suas atitudes imaturas; mas faça isso com muito jeito, no momento certo, com palavras corretas e que não o ofendam. Professor Felipe Aquino construiu uma história literária de sucesso, sempre abordando temas baseados na doutrina católica. Em suas obras trata de temas comuns ao ser humano, como espiritualidade, namoro, casamento e família. 2014 • Edição 431 • Jesus Vive e é o Senhor 39 MAIS VIDA ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: FAÇA DOS NUTRIENTES O SEU MAIOR INVESTIMENTO Por Dra. Patrícia Rodrigues – Nutricionista T odos sonham em chegar na terceira idade com muita saúde e lucidez. O que podemos fazer para que isso realmente se concretize? Ter hábitos alimentares saudáveis, desde a tenra idade, representa uma grande parcela nos planos para uma velhice mais feliz. Com o aumento progressivo da população idosa, assim como o aumento da expectativa de vida, torna-se cada vez mais importante o foco na prevenção das doenças típicas dessa faixa etária. Chegar à terceira idade com saúde requer um conjunto de iniciativas e hábitos que incluem além de boas escolhas alimentares, evitar o sedentarismo com a pratica de atividade física, não fumar e evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Quando atendo os pacientes costumo dizer e explicar de maneira bem simplificada que somos tudo aquilo que escolhemos e ingerimos. Nosso corpo funciona através de células e independente da sua função ou órgão em que esteja localizada o combustível para que elas trabalhem são os nutrientes encontrados nos alimentos. A partir do momento que fazemos todo este maquinário funcionar de forma plena evitamos doenças e a necessidade do uso de medicamentos. Essa conscientização de uma boa nutrição está cada dia mais se incorporando nas famílias e retomando o valor por uma alimentação fresca e natural. Se ainda assim ficarem confusos, lhes digo: voltem a frequentar feiras e consumir alimentos que tenham vida (aqueles que vêm da terra). 46 Jesus Vive e é o Senhor • edição 431 • A mudança alimentar buscando o envelhecimento saudável se inicia em reduzir e se possível abandonar alguns hábitos como: consumo de refrigerantes; produtos coloridos artificialmente como gelatinas e balas de goma; biscoitos recheados; frituras (batata frita, bifes a milanesa); embutidos (salsicha, linguiça, presunto, mortadela); enlatados. Aí você se pergunta: ok, depois de tantas restrições o que posso comer? A resposta é fácil: frutas, verduras, legumes, arroz integral, feijão, grão de bico, lentilhas, carnes magras (sem gordura), ovos (preferencialmente o ovo caipira) cereais (aveia, linhaça, semente de chia), sementes (girassol e abóbora), frutas secas (damasco, tâmaras, goji berry), geleia de fruta sem açúcar; sucos naturais (quando industrializados preferir aqueles que estejam escrito na embalagem 100% fruta e sem adição de açúcar e conservantes) e muitos outros alimentos naturais. E depois de abrir este leque de opções eu lhe pergunto: será que é tão difícil voltarmos a fazer escolhas mais conscientes? Faça por um instante uma reflexão sobre seu dia-a-dia e veja o que está oferecendo para suas células funcionarem. Depois disso, devemos pensar que os alimentos servem muito além do que o simples fato de matar a fome. Cada um deles contém propriedades que são capazes de ativar rotas dentro das nossas células e fazer com que tudo funcione da mais perfeita maneira, como uma bela orquestra. Assim, hoje sabemos que os nutrientes podem modular cada função de maneira especifica aumentando a disposição e vitalidade! 2014 O que acha de a partir de hoje incluir uma porção diária de pelo menos um alimento de cada grupo na sua rotina? Faça mais por você! Viva mais e com saúde! DICAS DE ALIMENTOS FUNCIONAIS EM BUSCA DO EQUILÍBRIO: •Saúde do intestino: farelo de aveia, biomassa de banana verde e alcachofra; •Saúde do coração: suco de uva integral orgânico sem açúcar, alho cru, peixes, azeite extra virgem, nozes; •Saúde dos olhos: gema do ovo, cenoura, abóbora, banana, damasco, laranja; •Saúde da tireoide: semente de abóbora, castanha do para, peixes, nozes, alho, arroz integral e cogumelos; •Saúde dos ossos: semente de girassol, semente de gergelim e sardinha; •Saúde mental e memoria: sardinha, linhaça dourada, morangos, quinoa e kiwi; •P revenção de câncer: molho de tomate caseiro, tomate cozido com legumes ou peixes ensopados, frutas vermelhas (morango, amora, jabuticaba, mirtillo, cranberry, goji berry) e chá verde; Saiba mais em www.patriciarodrigues.net Patricia Rodrigues é graduada em Nutrição pela Universidade Veiga de Almeida em Gastronomia e Culinária pela UNESA (Universidade Estácio de Sá) e pós-graduanda em Nutrição Clínica Funcional pelo Centro Valéria Paschoal de Educação (VP/Unicsul). Possui curso de Extensão em Nutrição Clínica com Ênfase em Ortomolecular e Biofuncional pela Pronutri JFC Consultoria em Saúde Ltda – CRN 11101136. Realiza atendimento clínico em consultório com especialidade em emagrecimento e saúde da mulher. Consultório: (21) 2512-2512 / 2512-9444