A Grande Comissão em Lucas 24 Prof. Gedeon J Lidório Jr Introdução Em Lucas enxergamos a grande comissão que enfatiza o ENSINO. Jesus é enfático quando descreve a missão em Lucas falando da importância do entendimento bíblico do assunto. Introdução Ele traz à memória aquilo que deve ficar enfaticamente ligado à mente dos discípulos. Introdução Ele mostra o caminho para entender a Bíblia e diz que precisamos levar em conta o que a Palavra de Deus vem dizendo sobre a própria pessoa e ministério de Cristo. v.44 – importava – o cumprimento das escrituras não é mero acidente, porque elas revelam o propósito e plano de Deus. Escrito na lei, profetas e Salmos – Jesus dá aqui a tríplice divisão da Bíblia hebraica para dizer que todas as partes da palavra de Deus testemunham a respeito dele. v.45 – abriu o entendimento – o caminho para entender corretamente a Bíblia é atentar para o que ela diz na sua totalidade e não numa parte apenas. v.46 – está escrito – palavra autoritativa que indica ser Palavra de Deus. Deus escreveu um plano desde a eternidade e a colocou no coração de pessoas que transcreveram isso ao longo de milhares de anos e agora Jesus diz: prestem atenção no plano de Deus – ele já disse o que ia fazer, está escrito. Morrer e ressuscitar – nos planos de Deus a morte de Cristo paga o preço pelos pecados do ser humano, mas não traz a salvação completa, pois apenas a ressurreição completa trazendo a vida juntamente com ele aqueles que antes eram mortos em pecados e delitos. É um plano perfeito e perfeitamente executado. Jesus os lembra disso, porque está enfatizando que será necessário saber para ENSINAR estas verdades em todos os lugares para onde forem. v.47 – em seu nome – o fato de Cristo ter encarnado o coloca na posição de autoridade sobre o assunto do pagamento de preço pelo pecado – ele agora é o sacerdote supremo, o sumo sacerdote, o mediador da aliança. Em seu nome implica em usarmos como autoridade tudo aquilo que ele fez – ele esvaziou-se, encarnou, morreu e ressuscitou para pagar o preço necessário ao pecado. Ele autoriza então aos seus discípulos a utilização de todo o percurso da sua vida na terra e as conseqüências dela para que a mensagem concernente aos planos de Deus seja ensinada a todas as nações. Se pregasse – a palavra enfática aqui é pregação no sentido de ensinar verdades para outros. Que verdades? Que Deus elaborou um plano, esse plano incluía a morte de Cristo, que ele veio encarnado como ser humano para executar todo o plano de Deus – nasceu, morreu e ressuscitou e isso deve ser ensinado a todas as nações. Arrependimento – o ensino deve ser sobre a mudança de atitude em relação a vida própria e ao Senhor – arrepender-se não é sentir remorso ou mesmo dor pelo pecado, antes é um entendimento de uma verdade que assume nova forma de vida a partir da compreensão – ou seja, é mudança de vida. Arrependimento significa não seguir por aquele caminho de forma voluntária novamente. É mudar a mente para uma nova verdade. Para remissão de pecados – a palavra ‘para’ indica o propósito do arrependimento – indica que sem arrependimento não há remissão de pecados, portanto deve-se ensinar categoricamente, mudando a mente e atitude das pessoas para que cheguem ao arrependimento e tenham os seus pecados redimidos. A todas as nações – o termo grego aqui indica a totalidade de nações existentes no mundo. O objetivo de Jesus é dizer pra sua igreja que a mensagem de que o Cristo redime os pecados é pra todas as nações e não somente para Israel. Nações – cerca de 22.000 nações foram alcançadas pelo evangelho de Cristo nestes dois milênios de Igreja. Mais de 2200 línguas tem a Bíblica traduzida para seus idiomas destas verdades que Jesus menciona. É necessário continuar – ainda nos faltam 2227 nações sem o evangelho – as últimas e mais difíceis, mas arredias, mais distantes de nossa convivência. Começando de Jerusalém – Jesus não quer que eles saiam de Jerusalém até que do alto sejam revestidos de poder, pois ele sabe que somente o poder do Espírito pode transformar pessoas simples em testemunhas do seu evangelho, das suas boas novas, mas o termo começando é indicativo que não deve parar por ai, mas seguir adiante para o cumprimento do plano de Deus – começando em Jerusalém e alcançando todas as nações com o ensino das verdades a respeito de Cristo. v.48 – vós sois testemunhas – a palavra testemunha aqui é a mesma usada por Lucas em Atos 1.8 e indica alguém que não somente sabe o que deve falar (ensinar em nome de Cristo o necessário para arrependimento e remissão de pecados), mas vive esta mensagem. A testemunha não apenas conhece os fatos, mas viveu estas verdades em sua própria vida e então pode falar com propriedade. Uma testemunha precisa do entendimento correto das escrituras e de uma vida de integridade perante estas verdades todos os dias com Deus – isso habilita qualquer discípulo a ser testemunha. destas coisas – aqui está algo muito interessante – o nosso testemunho tem a ver com estas coisas. Que coisas? Aquilo que Deus está fazendo conosco? Aquilo que Deus nos deu como visão para os dias de hoje? Não! Não devemos produzir uma nova mensagem, novos conceitos, mas somos testemunhas daquilo que Deus tem feito. A ênfase do nosso testemunho cristão deve recair na ação de Deus e não em nossos feitos. v.49 – Eis que envio sobre vós a promessa – Jesus prepara o coração e vida dos discípulos para receberem o Espírito da promessa – o Espírito que os capacitaria a serem verdadeiras testemunhas. O Pai prometeu em Joel que o Espírito viria e faria de nós verdadeiras testemunhas. Logo após a subida de Cristo ao céu o Espírito foi derramado e a promessa chegou para ficar. Revestidos de poder – o Espírito é que testificará aos nossos corações, mentes e alma aquilo que é importante para Deus e nos transformará em pessoas que são testemunhas, que vivem para falar daquilo que vivem em relação a Deus – falar sobre Deus e seus feitos, sua Cristo e o pagamento do preço.