Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ Manual da Gestão da Manutenção da Infraestrutura viária Fase 03 – Elaboração das Propostas – Produto 2 Versão Revisão 1 1 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ ESTRUTURA MUNICIPAL Dr. MÁRCIO PAMPURI PREFEITO Dra. DÉBORA LOPES BRAGA VICE-PREFEITA MARCELO TENAGLIA DA SILVA SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO SANDRO SAVAZONI SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS E GESTÃO PÚBLICA SILVANA FRANCINETE DA SILVA SECRETÁRIA MUNICIPAL DA FAZENDA ANTÔNIO CARLOS NERY PINHO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E TURISMO TICIANE COSTA D’ALOIA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE OBRAS, SERVIÇO E HABITAÇÃO ELI BARBOSA LIMA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, ESPORTE E CULTURA MANUEL BLANCO LEIRO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE JOSÉ AILTON SILVA SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SUBPREFEITURA DA TERRA PRETA MARIA LÚCIA MELLA NAF SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CEL. WANDERLEY MASCARENHAS COORDENADOR DE SEGURANÇA E MOBILIDADE URBANA 2 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ EQUIPE TÉCNICA DA EMPRESA DE CONSULTORIA ALEXANDRE GUARDA ALVES SÓCIO DIRETOR AWDREEN BAGATELLI GESTORA EM SEGURANÇA PÚBLICA CRA-SP Nº 6-002237 DIOGO HENRIQUE DE SOUSA DESENHISTA CADISTA EDUARDO RUBINO LUCHESI PROJETISTA ERI NEPOMUCENO CONSULTOR JURIDICO FLÁVIA DOS SANTOS VASCONCELOS ARQUITETA CAU Nº 146772-7 SP FRANCISCO DOS SANTOS SOUSA PROJETISTA NAHOR SAMUEL PEREIRA GESTOR PÚBLICO CRA-SP Nº 6-002819 REINALDO VIEIRA ARQUITETO E URBANISTA CAU Nº A79979-3 REGINALDO DA SILVA ENGENHEIRO ELETRICISTA CREA Nº 0601116488-SP WILLIANS DA SILVA PEREIRA ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO MECÂNICA CREA Nº 5062491978-SP WALTER DE PAIVA ENGENHEIRO CIVIL CREA Nº 5062645196-SP 3 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ LISTA DE FIGURAS (Quadros de Normas Técnicas) Figura 1 - Normas DNIT e ABNT .................................................................... 17 Figura 2 - Normas ABNT, ASTM, CONAMA, IBAMA, SEAMA, MTE e BSI ............ 18 4 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 6 2. OBJETIVO DO MANUAL................................................................................. 8 3. AÇÕES DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO VIÁRIA ...................................... 9 3.1. Manutenção Regular ou Ordinária ....................................................... 9 3.2. Manutenção Extraordinária ............................................................... 10 4. ÁREAS COM IMPLANTAÇÃO DE RUAS DE COEXISTÊNCIA ............................. 12 4.1.Recomendações para a gestão da manutenção viária – “ruas de coexistência” ................................................................................................. 13 4.2. Manutenção do pavimento ................................................................... 16 4.3. Normas Específicas de Pavimentação .................................................... 16 5. ANEXO 1 – MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO DNIT – Capítulo 10 ...................... 19 5 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ 1. INTRODUÇÃO A manutenção da infraestrutura viária possui algumas variáveis importantes para a sua gestão, dentre as quais, merecem destaque: a) Normatização técnica; b) Recursos disponíveis para a sua execução A primeira está relacionada com um rol de regulamentos e normas técnicas estabelecidas por diversos órgãos, técnicos ou governamentais. A segunda está relacionada com os recursos financeiros, materiais (incluindo-se aí os tecnológicos) e humanos disponíveis para à manutenção da infraestrutura viária. Importa também, que o cadastro de localização, função e condição técnica da infraestrutura viária estejam devidamente registrados e regularmente atualizados. Esses registros e respectivas atualizações, valem também para as normas técnicas correspondentes. Há que se considerar ainda, as inovações tecnológicas relacionadas com os tipos de materiais, técnicas de aplicação e demais elementos relacionados com a manutenção do pavimento viário que tendem às regras ecologicamente adequadas e ambientalmente adequadas e, portanto, merecem acompanhamento permanente do setor municipal responsável pela manutenção viária. 6 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ Assim sendo, essas também deverão constar nos registros e atualizações do setor municipal responsável pela manutenção viária. É importante observar que a manutenção viária ou da infraestrutura viária tratada neste Documento, se relaciona ao leito carroçável (o destinado à circulação motorizada) e também, às vias destinadas à circulação dos modos não motorizados (pedestres e bicicletas). Cada qual, conforme a sua utilização (demanda) e função (transporte de pessoas ou cargas e região da cidade) deverá ser tratada, classificada e priorizada pelo setor municipal competente, no planejamento das ações de manutenção da infraestrutura viária. A execução das ações relacionadas à manutenção e conservação da infraestrutura viária, poderá se efetivar diretamente com recursos próprios do município ou através de empresas contratadas. Seja como for, o que importa é que essas ações sejam geridas por um setor técnico diretamente ligado à Administração Municipal, e, em especial, com o pré-estabelecimento das normas técnicas e regulamentares aplicáveis aos casos. Essa gestão direta, além de ter como objetivo assegurar a execução dos serviços prestados, deverá também, definir um padrão de exigências qualitativas para os serviços prestados ao município no âmbito da infraestrutura viária, sendo essa, um dos elementos de mobilidade urbana. 7 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ 2. OBJETIVO DO MANUAL Este Manual tem por objetivo fazer as indicações iniciais dos conceitos e ações importantes na gestão da manutenção da infraestrutura viária, e ainda, indicar as atuais normas técnicas e regulamentares correspondentes ao seu objeto. Este Manual não tem por objetivo os detalhamentos técnicos ou operacionais relacionados com a gestão da manutenção da infraestrutura viária. Esses detalhamentos constam nas normas técnicas e regulamentares que estão elencadas ao final deste Documento. Essas normas são conhecidas e estão vigentes até a época de elaboração deste Documento. Certamente novas normas serão elaboradas após a época deste Documento. Caberá ao setor municipal responsável o acompanhamento e a atualização das normas e, assim, a revisão dos seus procedimentos relacionados com a gestão e a manutenção da infraestrutura viária. 8 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ 3. AÇÕES DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO VIÁRIA Das usuais ações de manutenção e conservação viária, podem-se diferenciar dois grupos diferentes: 1) Manutenção Regular ou Ordinária 2) Manutenção Extraordinária O primeiro grupo se refere às ações rotineiras voltadas à manutenção e conservação de caráter preventivo ou mesmo corretivo de ordenamento regular e com determinada periodicidade, por exemplo, semanal, mensal ou até mesmo antes ou depois da época de chuvas ou outro evento previsível e com impacto no pavimento. O segundo grupo se refere às ações extraordinárias quando da ocorrência de deteriorações importantes pontuais ou generalizadas e que exigem uma ação urgente, seja de natureza construtiva ou até de desenho (geometria) Para situar as diferenças entre as ações dos grupos 1 e 2, podemos classificar algumas das atividades ou tarefas conforme seguem: 3.1. Manutenção Regular ou Ordinária Ações Preventivas Limpeza de margens, acostamentos, valetas, calçadas e estacionamentos Limpeza de obras de arte Limpeza dos sistemas de drenagem subterrâneos Melhoria de acostamentos e calçadas 9 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ Manutenção da sinalização e balizamento Tratamentos de impermeabilização Proteção contra a erosão e contra desprendimentos Manutenção da circulação em períodos frios Ações Corretivas Saneamento de afundamento Depressão, corrugação Resselagem de gretas e fissuras Reparação e selagem de juntas Reparação de pavimentação de calçadas Recuperação de desgaste superficial e escamação Reparação de caixas de passagem e tampas existentes nas vias Reparação do mobiliário urbano 3.2. Manutenção Extraordinária Recuperações e Reabilitações estruturais Renovação superficial Fresado e demolição Reabilitações estruturais Reforço de lajes de concreto Melhoria da drenagem subterrânea Reforços Adaptação a novos regulamentos 10 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ Reconstruções e Reciclados Reconstrução parcial ou total do pavimento Reciclagem do pavimento Correção de erros de desenho ou construtivos e Melhorias Redução de pontos de conflito Minimização de trança Melhoria da visibilidade Melhoria dos tempos de despejamento nas interseções Melhoria da capacidade do pavimento Melhoria da coexistência modal (calçadão, acessibilidade universal, integração física entre os modos não motorizados, ou entre modos não motorizados e motorizados coletivos ou individuais) Adaptação das vias às pessoas com mobilidade reduzida Adaptação das vias para a acessibilidade universal 11 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ 4. ÁREAS COM IMPLANTAÇÃO DE RUAS DE COEXISTÊNCIA O conceito de “ruas de coexistência” se refere às vias nas quais os pedestres têm prioridade e os condutores de veículos motorizados conseguem perceber de forma imediata que são “convidados” num espaço que lhes parece “alheios”. São itinerários normalmente incompatíveis com circulações intensas de veículos motorizados, entretanto, sem a sua exclusão, sempre que a urbanização garanta a prudência da condução dos veículos e, sobretudo, a segurança dos pedestres. Geralmente são locais onde são estimulados os acessos através do modo a pé. As calçadas são alargadas e urbanizadas, há realces nos visuais das edificações lindeiras em especial as que são marcantes ao longo do percurso; as sinalizações são feitas com mobiliário urbano atraente, com arborização e iluminação adequadas à sua finalidade, qual seja, a circulação prioritária através do modo a pé. Esse conceito ou solução urbana, é recomendável ou utilizado em vários casos, dentre os quais, podem ser destacados: a) Áreas residenciais com novas construções nas quais se é possível planificar as condições de densidade e malha adequadas; b) Áreas residenciais nas quais seja possível uma ampla intervenção urbana (reabilitação, renovação, reurbanização) com reordenação do tráfego e a implantação dos demais elementos e equipamentos 12 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ urbanos, por exemplo, em bairros em remodelação ou assemelhados; c) Em trechos isolados de vias existentes, onde tal implantação se mostre possível e funcional. 4.1. Recomendações para a gestão da manutenção viária – “ruas de coexistência” Nesses casos, as recomendações relacionadas com a gestão da manutenção viária são as seguintes: 1) Os desenhos das vias residenciais em “ruas de coexistência” deverão ser objetos de projetos integrados que contemplem a totalidade dos usos (pavimentação, estacionamento, acessos, jardinagem, etc.); a participação direta dos usuários na remodelação da via é elemento essencial para a gestão da nova organização da via. 2) A conversão de vias em “ruas de coexistência” é recomendável em áreas com novas construções, onde haja uma ampla intervenção urbanística e em trechos isolados de vias existentes onde se mostre compatível o seu atual uso com o objetivo do seu novo desenho. 3) As recomendações técnicas que se mostram importantes para as “ruas de coexistência” são as seguintes: a) traçados não dinâmicos, com trechos retos escassos e barreiras visuais; b) o estabelecimento idêntico de cota ou com desníveis sutis entre os pavimentos do passeio e da calçada; 13 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ c) executar, de forma visual, a diferença das diversas funções da via, através do uso de materiais de cor e texturas diferentes; d) utilizar de elementos de dissuasão ou desestímulo do modo e do tráfego motorizado e seus estacionamentos, através de ajardinamento e mobiliário urbano que definam e estimulem áreas de ambientes naturais; e) proteção de áreas de estâncias e suas respectivas vias de acesso, através de elementos de proteção ou mesmo de dissuasão dos modos motorizados. 4) O processo de adaptação e assimilação social de “ruas de coexistências” deve ser planejado de modo gradativo, por exemplo, para determinado período do dia, finais de semana, encontros ou festividades populares, etc., de modo que se possa, com o tempo, consolidar obras em caráter definitivo e outras soluções em caráter alternativo. Os elementos principais utilizados no desenho de “ruas de coexistência” são os seguintes: a) Eliminação das diferenças de nível entre o passeio e a calçada: pavimentação da cota uniforme ou com desníveis sutis; b) Utilização de materiais e texturas na pavimentação que possibilitem a distinção visual das funções, ou seja, os pavimentos se destacam pelas suas funções; c) Disposição sistemática de elementos de dissuasão ou desestímulo do tráfego motorizado, com adequada sinalização dos trechos de coexistência; 14 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ d) Proteção das áreas de estância e das entradas das edificações, com a instalação de elementos de proteção ou de dissuasão; e) Implantação de jardinagem e mobiliário urbano como elementos de identificação e definição de áreas de ambientes naturais, tornando o tráfego motorizado como elemento alheio ao local. Ainda que não se observe calçadas na sua forma comum, pois o espaço para os pedestres se estende por toda a via, é recomendável a diferenciação através de bandas de proteção da edificação, como “não calçadas” entre 50 e 75 cm de largura. Recomenda-se que as bandas destinadas exclusivamente aos pedestres, tenham desenho o mais retilíneo possível e com largura entre 2,5 e 3m. Para as bandas onde é permitida a circulação de modos motorizados, recomenda-se a largura máxima de 3 metros e apenas um sentido de circulação. É importante observar a necessidade da manutenção da circulação de veículos de serviço, mesmo que não se condicione o traçado ao seu uso sem manobra. Em alguns casos ou ocasiões, recomenda-se o desenho com um leve desnível entre 3 e 5cm relativamente aos demais espaços da via. As vagas de estacionamento, se houver, deverão ser delimitadas no pavimento afim de evitar concentrações de veículos motorizados. 15 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ 4.2. Manutenção do pavimento As condições do pavimento vão se alterando com o passar do tempo, conforme o uso e às ações climáticas. Assim, as ações para a manutenção e conservação das condições desse pavimento também devem ser consideradas na manutenção da infraestrutura viária. No caso das “ruas de coexistência” são destacados 3 (três) objetivos de manutenção: 1) Resistência ao deslizamento, objetivando que o pavimento proporcione segurança aos veículos que por ele circulam; 2) Regularidade na superfície conforme o traçado e as velocidades usuais, objetivando que o percurso seja cômodo ao usuário; 3) Resistência estrutural que comporte e se mostre compatível ao seu tráfego e suporte ao arruamento. Esses objetivos podem ser considerados como parâmetros para monitoramento da degradação do pavimento, ou seja, a sua qualidade de oferta aos usuários. 4.3. Normas Específicas de Pavimentação Nas folhas seguintes, as principais normas relacionadas com a pavimentação rodoviária foram elencadas em quadros, conforme os respectivos órgãos emitentes. 16 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ Esses quadros foram elaborados com o objetivo de facilitar a identificação e posterior consulta dos temas que são objetos de normatização técnica. Figura 1 - Normas DNIT e ABNT 17 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ Figura 2 - Normas ABNT, ASTM, CONAMA, IBAMA, SEAMA, MTE e BSI 18 Prefeitura Municipal de MAIRIPORÃ ANEXO 1 MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO DNIT – Capítulo 10 Esse anexo tem como referência o Manual de Pavimentação 2006 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT / IPR 719. Para compor este Produto, necessário seguir as orientações relacionadas ao item 10 do Manual acima mencionado, que traz como tema a Manutenção do Pavimento e as Tarefas Típicas da Manutenção Rodoviária – Terminologia e Definições. O http://ipr.dnit.gov.br/ referido e, é Manual composta por fora 277 extraído paginas, do site devidamente numeradas. 19