CONSELHO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DE FORMAÇÃO CONTÍNUA An2-B APRESENTAÇÃO DE ACÇÃO DE FORMAÇÃO Formulário de preenchimento obrigatório, a anexar à ficha modelo ACC2 N.º ________ 1. DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO: Metodologias e práticas na didáctica da Educação Pré-Escolar 2. RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA ACÇÃO: PROBLEMA/NECESSIDADE DE FORMAÇÃO IDENTIFICADO Ao longo das últimas década observou-se uma preocupação constante em melhorar a Educação pré-escolar, quer como resposta à igualdade de oportunidades, quer como processo educativo essencial ao desenvolvimento harmonioso da criança. Só uma educação de qualidade tem efeito significativo nas aprendizagens da criança ao longo da vida e para isso é necessário criar ambientes desafiantes e estimulantes que proporcionem novas experiências em contextos significativos, oportunidades para aprendizagens ativas e resolução de problemas. Tendo em conta que a aprendizagem da criança se efetua de forma globalizante, o processo ensino/aprendizagem integra as áreas curriculares num todo consistente e global, tal como se menciona nas Orientações Curriculares para a educação pré-escolar. (Silva et, al, 1997) “a distinção entre diferentes áreas (…) deve ser visto de forma articulada, visto que a construção do saber se processa de forma integrada e que há inter-relações entre os diferentes conteúdos (…). Deste modo, as diferentes áreas de conteúdo deverão ser consideradas como referência a ter em conta no planeamento e avaliação de experiências e oportunidades educativas e não como compartimentos estanques a serem abordados separadamente” (p.48) Colocam-se, assim, duas finalidades para esta ação: - Partilhar e analisar materiais e metodologias de prática dos educadores no âmbito do desenvolvimento curricular; - Promover práticas pedagógicas alicerçadas na reflexão participada de critérios e metodologias usadas para avaliar e melhorar a qualidade de aprendizagem É, portanto, esperado que às crianças sejam apresentados diferentes tipos de experiências daí resultando a diversidade e a riqueza de tarefas promotoras de uma educação de qualidade. Assim, o educador, sujeito reflexivo e actuante, será um interveniente fundamental no processo de ensino e aprendizagem, pelo seu papel determinante na selecção cuidada de tarefas a propor na sala de atividade, na implementação de meios que optimizem a sua exploração e na reflexão acerca do tipo de questões, intervenções e estímulos que poderá utilizar para confrontar e questionar as crianças. Oportunidades de vivenciar e participar em momentos de discussão, partilha, trabalho colaborativo e práticas de reflexão conjunta entre docentes permitirá um enriquecimento ainda maior em termos de formação profissional. Desta forma, e atendendo ao panorama e exigências actuais da educação pré-escolar, os educadores confrontam-se com inúmeros desafios pedagógicos que merecem ser cuidadosamente analisados, numa perspectiva integradora de conhecimentos e de valorização profissional num contexto de trabalho colaborativo e reflexivo. É com estes pressupostos que se apresenta e fundamenta a acção em causa. 3. DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO Equipa que propõe (caso dos projectos e círculos de Estudos) (Art. 12.º-3 RJFCP) (Art. 33.º c) RJFCP) 3.1.1 Número de proponentes: 20 3.1.2 Escolas a que pertencem: Agrupamentos de Escolas associadas ao CFFH e outras da Rede Minho 3.1.3 Ciclos/Grupos de docência a que pertencem os proponentes: 100 3.2 Destinatários da modalidade: Educadores de Infância. 4. EFEITOS A PRODUZIR: MUDANÇA DE PRÁTICAS, PROCEDIMENTOS OU MATERIAIS DIDÁCTICOS Favorecer a realização de experiências de desenvolvimento curricular na educação préescolar; Utilizar material didáctico, estruturado e não estruturado, em actividades de exploração e de investigação Seleccionar, discutir e preparar tarefas para melhorar as práticas pedagógicas de forma integrante e articulada; Construir, ensaiar e avaliar materiais e procedimentos para aplicar em situação de aprendizagem; Reflectir sobre a aplicação das tarefas em contexto de sala de atividade, individual e colectivamente; Criar dinâmicas de trabalho colaborativo; Promover a troca de experiências; Promover a reflexão, individual e conjunta, sobre as práticas pedagógicas. 5. CONTEÚDOS DA ACÇÃO: (Práticas Pedagógicas e Didácticas em exclusivo, quando a acção de formação decorre na modalidade de Estágio ou Oficina de Formação) Cronograma: CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS SESSÕES TEÓRICAS PRÁTICAS HORAS 1. Análise de expectativas e apresentação/partilha de experiências, por parte dos formandos e do formador. 1 1 2 3 2. Didática na educação pré-escolar 2.1 – Operacionalização das orientações curriculares para a educação pré-escolar 1 1 2 3 2 1 2 6 3. Construção, análise e selecção de recursos para apoio à aprendizagem: recursos para crianças e educadores. 3 1 2 9 4. Análise e reflexão da aplicação prática das tarefas. 1 2 1 3 1 1 16 25 2.2 – Identificar e analisar a necessidade de alterar metodologias de trabalho e tarefas apresentadas. 2.3 – Reconhecer a importância das capacidades transversais no desempenho da criança. 2.4 – O uso de material didáctico: estruturado e não estruturado. 5. Avaliação da acção. TOTAIS 1 9 9 6. METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DA ACÇÃO: 6.1 Passos metodológicas As metodologias a utilizar serão essencialmente activas, de fundamentação construtivista, assente no chamado modelo “aproximativo” (Parra e Saíz, 1996) que é centrado na construção do saber pelo formando, a partir de modelos e de concepções existentes colocando-as à prova para melhorá-las, modificá-las ou construir novas. Valorizaremos a aprendizagem experiencial, a aprendizagem transformativa, a aprendizagem colaborativa e a aprendizagem autodirigida, respeitando os princípios andragógicos, por considerarmos serem bons enfoques para a formação de adultos. Será valorizada a resolução de problemas, as actividades de natureza investigativa a prática compreensiva de procedimentos, a comunicação matemática e a exploração de conexões. Utilizaremos estratégias como: Em contexto de formação: (numa 1ª fase) o Exposição/debate; o Trabalhos de grupo; o Simulações; o Manipulação de materiais estruturados e não estruturados. 2ª Fase: o Construção de materiais a aplicar em contexto de sala de aula. 3ª Fase: o Debates; o Reflexão; o Partilha e (re)construção de materiais, com vista a novas aplicações 6.2. Calendarização 6.2.1. Período de realização da acção durante o mesmo ano escolar: Entre os meses de Abril, Maio, Junho 6.2.2. Número de sessões previstas por semana: 3 6.2.3. Número de horas previstas por cada tipo de sessões: Sessões presenciais conjuntas - 25 Sessões de trabalho autónomo - 25 7. APROVAÇÃO DO ÓRGÃO DE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA: (caso de modalidade do projecto) (Art. 7.º, 2 RJFCP) Data: ___/__/__ Cargo: ___________________ Assinatura: __________________________________________________________ 8. CONSULTOR CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO OU ESPECIALISTA NA MATÉRIA (Art. 25.º-A, 2 c) RJFCP) Nome: Maria Lucinda Palhares da Cunha Bessa (Modalidade de Projecto e Círculo de Estudos) delegação de competências do Conselho CientíficoPedagógico da Formação Contínua (Art. 37.º f) RJCFP) NÃO SIM X Nº de acreditação do consultor - CCPFC/CF – 0264/10 9. REGIME DE AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS: Nos termos do artigo 13.º do Regime Jurídico de Formação Contínua, com a redacção dada pelo artigo 4.º do Decreto-lei n.º 15/2007 de 19 Janeiro (Alteração ao Regime Jurídico de Formação Contínua), a avaliação dos formandos terá de ser quantitativa. Esta é expressa na escala de 1 a 10 , deverá respeitar o referencial da escala de avaliação prevista no nº2 do artigo 46º do Estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo D.L. nº15/ 2007, de 19 de Janeiro, de acordo com a Carta Circular do CCPFC – 3/2007 de Set. 2007, sendo atribuída com base nos indicadores abaixo apresentados e respectiva ponderação: . Participação . Realização das Tarefas nas Sessões . Assiduidade/Pontualidade . Produção de Trabalhos e/ou Materiais . Aplicação em contexto escolar . Reflexão crítica 10. FORMA DE AVALIAÇÃO DA ACÇÃO - Ficha de avaliação da acção; - Relatório de reflexão crítica dos formandos; - Relatório do formador; - Relatório do consultor. 25% 60% 15% 11. BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL: SILVA, I & all (1997). Orientações Curriculares para a educação pré escolar. Lisboa: Departamento de Educação Básica, Ministério da Educação. SIM-SIM, Inês; SILVA, Ana; NUNES, Clarisse (2008). Linguagem e Comunicação no Jardim de Infância. Lisboa: Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, Ministério da Educação. MATA, Lourdes (2008). A Descoberta da Escrita. Lisboa: Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, Ministério da Educação. CASTRO, Joana; RODRIGUES, Marina (2008). Sentido do número e organização de dados. Lisboa: Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, Ministério da Educação. MENDES, Fátima; DELGADO, Catarina (2008). Geometria. Lisboa: Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, Ministério da Educação PORTUGAL, Gabriela; LAEVERS, Ferre (2010). Avaliação em educação pré-escolar – Sistema de acompanhamento das crianças. Porto Editora: Coleção Nova Cidine. Ronfe, 23 de Março de 2011 Assinatura: