A doutrina bíblica da oração Estudo 06 “Para que todos sejam um” A oração no Novo Testamento (Os ensinos de Jesus) Textos bíblicos: Mt 6,21 Mc 9 Lc 18,21 Jo 16,17 Texto áureo: João 17.20,21 ”E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” A doutrina bíblica da oração Introdução I A verdade é que no AT, o próprio Senhor Deus, quando da dedicação do templo por Salomão, ensinou a seu povo o caminho da oração. Em 2Cr 7, ele aparece a Salomão à noite, e dentre outros conselhos e recomendações, ensina ao rei e por conseguinte ao povo de Israel (v.14): "... e se o meu povo, que se chama pelo meu nome,, se humilhar e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" Este é o caminho do crente que deseja trilhar uma vida de oração diante de Deus, tendo dele a garantia de ser ouvido: 1) humilhar-se reconhecendo a sua fragilidade e pecado; 2) orar ao Senhor em louvor, gratidão e confissão; 3) buscar a comunhão com o Pai numa vida de meditação e reflexão na sua Palavra; e, 4) evitar a prática do pecado em seu viver. Seguindo esta jornada, o crente será, sem dúvida, bem sucedido em sua vida de oração. A doutrina bíblica da oração Introdução II A doutrina bíblica da oração Introdução III No entanto, o povo de Israel não se submeteu a esta ordenação divina. Por vezes sem conta, desviou-se dos caminhos do Senhor, pecou, profanou, blasfemou e não se voltou para o Pai. Os profetas, desde os tempos de Salomão até Malaquias vão insistir em realçar tal necessidade de mudança de vida e de comportamento diante do Senhor, mas o povo não seguirá o receituário do próprio Deus ao seu rei: humilhar-se, orar, buscar e evitar. Será que nós, os crentes de hoje, estamos procedendo assim? Os tempos passam, a página da história se fecha para o AT e o NT se abre com Cristo agora, ensinando ao povo de Deus como devia orar ao Senhor. O ministério da oração deixou de ser um privilégio dos líderes e profetas para tornar-se um ministério de todo aquele que crê. É no sermão da montanha que ele o faz, de maneira tão completa e concisa ao mesmo tempo, que este texto se tornou a chamada oração modelo para a igreja e para os crentes que viriam pelos séculos dos séculos (Mt 6.9-13): A doutrina bíblica da oração Primeiro ensino 1. A oração modelo - Mt 6.6-13 • 1 Então disse Salomão: O Senhor disse 8 Ora, estando ele a exercer as funções sacerdotais perante Deus, na ordem da 6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. 8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. 9 Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje; 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; 13 e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.] Um dos ensinos fundamentais de Cristo sobre a oração está contido num pequeno texto do Novo Testamento. De tal maneira é ele pequeno que é muitas vezes lido por nós, de maneira rápida e distraída, sem que nos apercebamos da grande verdade que nele está contida, verdade esta que consideramos fundamental para que a oração se efetive em seus dois caminhos: Ida e volta! E em suas duas posições: Pedido e resposta! A doutrina bíblica da oração Segundo ensino 2. Oração... Sem fé é impossível - Mt 21.18-22 • 1 Então disse Salomão: O Senhor disse 8 Ora, estando ele a exercer as funções 18 Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; 19 e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disselhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. 20 Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira? 21 Jesus, porém, respondeu-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, isso será feito; 22 e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis. A doutrina bíblica da oração Terceiro momento O episódio narrado em Marcos 9.14-24 é uma das passagens mais expressivas da Palavra de Deus sobre o poder da oração superando o problema, o mal, a dificuldade. Ele também nos ensina, que, quando a oração falha, não é por fracasso dela, oração, em si mesma, mas sim, do intérprete ou autor de suas palavras. Porque a oração, assim entendida, a palavra que com fé sobe ao trono de Deus, esta nunca falha. Deus está sempre pronto a nos ouvir. Pode ser, no entanto, que neste momento ele não esteja nos atendendo em nosso querer. Precisamos lembrar que o Senhor sempre nos responde, se com ele, falamos com fé. 3. Oração... Tudo é possível ao que crê - Mc 9.14-24 • 8 1 No décimo quinto ano do reinado d 14 Quando chegaram aonde estavam os discípulos, viram ao redor deles uma grande multidão, e alguns escribas a discutirem com eles. 15 E logo toda a multidão, vendo a Jesus, ficou grandemente surpreendida; e correndo todos para ele, o saudavam. 16 Perguntou ele aos escribas: Que é que discutis com eles? 17 Respondeu-lhe um dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo; 18 e este, onde quer que o apanha, convulsiona-o, de modo que ele espuma, range os dentes, e vai definhando; e eu pedi aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. 19 Ao que Jesus lhes respondeu: ç geração incrédula! Até quando estarei convosco? até quando vos hei de suportar? Trazei-mo. 20 Então lho trouxeram; e quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o convulsionou; e o endemoninhado, caindo por terra, revolvia-se espumando. 21 E perguntou Jesus ao pai dele: Há quanto tempo sucede-lhe isto? Respondeu ele: Desde a infância; 22 e muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. 23 Ao que lhe disse Jesus: Se podes! - tudo é possível ao que crê. 24 Imediatamente o pai do menino, clamando, [com lágrimas] disse: Creio! Ajuda a minha incredulidade. O que Cristo nos ensina na parábola chamada do “juiz iníquo”, é que mesmo por meios transversos e incompreensíveis a nosso ver, o Senhor pode vir ao encontro do desejo de alguém que ore com fé e persistência. Pode transparecer que não houve atendimento por parte de Deus, mas na verdade, foi a mão de Deus operando de uma forma diferente que fez, enfim, que a oração fosse atendida. O que nós não temos a capacidade de alcançar é a rede global e infinita de ações e reações que o atendimento de uma oração pode ocasionar. A doutrina bíblica da oração Quarto ensino 4. Faça a prece e não se apresse - Lc 18.1-8 uando o Senhor estava para tomar 1 Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer. 2 dizendo: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava os homens. 3 Havia também naquela mesma cidade uma viúva que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. 4 E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, 5 todavia, como esta viúva me incomoda, hei de fazer-lhe justiça, para que ela não continue a vir molestar-me. 6 Prosseguiu o Senhor: Ouvi o que diz esse juiz injusto. 7 E não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a ele, já que é longânimo para com eles? 8 Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? A doutrina bíblica da oração Quinto ensino Em seu sermão profético, quando fala sobre a decadência moral e social do mundo, a pecaminosidade se alastrando, e a queda de Jerusalém com todas as vicissitudes que adviriram ao povo escolhido, que Cristo os adverte, para que não sejamos envolvidos por essas artimanhas mundanas e oriundas do pecado: Ou seja, está chamando atenção ao povo crente de todos os tempos para que não se deixem atrair pelas seduções do mal, por que este fim a que se refere no texto está por vir. 5. Uma oração para todos os tempos - Lc 21.34-38 uao Senhor estava para tomar 34 Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço. 35 Porque há de vir sobre todos os que habitam na face da terra. 36 Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem. 37 Ora, de dia ensinava no templo, e à noite, saindo, pousava no monte chamado das Oliveiras. 38 E todo o povo ia ter com ele no templo, de manhã cedo, para o ouvir. O Senhor nos dá em sua última conversa com os discípulos no cenáculo, pouco antes de subir ao Calvário, uma lição importante e fundamental para que possamos entender como se tornou possível o ministério da oração para todos os homens. Até então, este privilégio estava restrito a alguns: os levitas, os sacerdotes, os profetas, assim designados por Deus para exercerem este ministério pelo povo de Israel desde os tempos do AT. Os tempos estavam mudando e o Senhor Jesus queria nnos dizer que não estaríamos sós nesta caminhada. Esses textos de João 14, 15 e 16, acendem como que uma luz para aquele povo que estava no túnel da transição entre a Velha e a Nova Dispensação. A doutrina bíblica da oração Sexto ensino 6. O auxílio para a oração - Jo 6.7-13 uaenho estava para tomar 7 Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei. 8 E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não crêem em mim; 10 da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, 11 e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. 12 Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. 13 Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. A doutrina bíblica da oração Sétimo ensino No "a oração sacerdotal de Cristo", ele orou por mim, sim, e por você também. Percebam esta maravilha: há dois mil anos, Jesus, o Filho de Deus, lembrou-se de cada um de nós crentes do século XXI e orou por nós em sua oração de despedida antes da sua crucificação. Vejam que privilégio. Cristo está orando pelo seu colégio apostólico, por aqueles que seriam os continuadores de sua missão no mundo. É neste instante, que ele se volta para nós, todos aqueles que o seguimos nos tempos que vieram depois de sua ressurreição, e nos contempla de maneira acolhedora e maravilhosa envolvendo-nos através dos tempos, em seu laço de amor: 6. A oração... Por mim e por você - Jo 17.20-26 uaenho estava para tomar 20 E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; 21 para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; 23 eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim. 24 Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheço; conheceram que tu me enviaste; 26 e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda; para que haja neles aquele amor com que me amaste, e também eu neles esteja. Em suas preces isoladas: 1.Você ora ou “reza”? 2. Sim, sua oração é espontânea ou você a decora antes? A doutrina bíblica da oração Em suas preces em público: 3. Você sente realmente ao orar que está falando com Deus? 4. Ou apenas falando algo para os circunstantes? Em seu interior ao orar qual o seu maior desafio: 5. Sentir que Deus está te ouvindo? 6. Ou sentir que Deus está te respondendo? Conclusão