Acervo de provas do Curso Precursor www.precursor.1br.net [email protected] PROVA DE MATEMÁTICA ESA – 2004 01) Um triângulo eqüilátero ABC é inscrito em uma circunferência de raio 10. A área compreendida entre o lado AB e o menor arco AB é: a) 50π − 25 3 3 b) 100π − 25 3 3 c) 100π − 75 3 3 d) 10π − 25 3 3 e) 50π − 75 3 3 A relação existente entre o lado de um triângulo eqüilátero inscrito em uma circunferência com o raio desta é: l = R 3 , logo se o raio da circunferência é R=10, temos que: l=R 3 l = 10 3 A área de um triângulo eqüilátero é dada por A = l2 3 , logo: 4 l2 3 A= 4 (10 3 ) A= 4 2 3 = 100 ⋅ 3 3 300 3 = = 75 3 4 4 A área de uma circunferência é dada por A = πR 2 , logo: A = πR 2 A = π (10 ) 2 A = 100π O arco pedido no problema é igual a terça parte da área da circunferência menos a área do triângulo. AARCO = 100π − 75 3 100π = − 25 3 3 3 Letra B. 02) Dois sargentos, MIRANDA e CRUZ, resolveram fazer, cada um, um saque de mesmo valor, de suas cadernetas de poupança. No final do mês, o Sargento Miranda havia gasto Página 1 de 8 ¾ do seu saque e o Sargento Cruz havia gasto 4/5 de seu saque, sendo que o Sargento Miranda ficou com R$ 85,00 a mais que o Sargento Cruz. Com quanto ficou o Sargento Cruz no final do mês? Solução: Os saques realizados foram iguais, então podemos dizer que: 3x 4 x − 3x x 3x = = , ficando com x − 4 4 4 4 4x 5x − 4x x 4x = = Sargento Cruz sacou x e gastou , ficando com x − 5 5 5 5 Se o Sargento Miranda ficou com R$ 85,00 a mais que o Sargento Cruz, então podemos escrever a seguinte equação: Sargento Miranda sacou x e gastou x x − = 85 4 5 5x − 4x = 85 20 x = 85 ⋅ 20 x = 1700reais Este e o valor do saque, o problema pede com quanto ficou o Sargento, ou seja, x 1700 = = 340,00 5 5 Letra C. ( A − B) 2 + 4 AB 03) Se A= 5555 e B= 3333, então, o valor da fração ( A + B) 2 − 4 AB Solução: Primeiramente vamos desenvolver a expressão. ( A − B) 2 + 4 AB A 2 − 2 AB + B 2 + 4 AB A2 + 2 AB + B 2 ( A + B ) 2 = = = ( A + B) 2 − 4 AB A 2 + 2 AB + B 2 − 4 AB A2 − 2 AB + B 2 ( A − B ) 2 Agora vamos substituir os valores dados: 2 ( A + B) 2 (5555 + 3333) ( 8888) 2 = 4 2 = 16 = = ( A − B) 2 (5555 − 3333) 2 (2222) 2 Letra E. Página 2 de 8 04) Um volume de 2200ml de suco foi distribuído igualmente em uma certa quantidade de copos. Em seguida, novamente com 2200ml de suco, fez-se a mesma coisa, mas foram colocados 75ml de suco a menos por copo e, por isso, foram necessários mais 3 copos. Em quantos copos o suco foi distribuído da segunda vez? 1ª situação 2200ml = ( y ) ml ( x )copos 2ª situação 2200ml = ( y + 75) ml ( x + 3)copos Vamos retirar as unidades para facilitar os cálculos e substituir o valor de “y” obtido na 1ª situação, na equação que representa a 2ª situação. 2200 2200 = + 75 x+3 x 2200 x = 2200( x + 3) + 75( x 2 + 3 x) 2200 x = 2200 x + 6600 + 75x + 225 x 2 75 x 2 + 225 x + 6600 = 0( ÷75) x + 3 x + 88 = 0 Agora devemos aplicar Báskara para sabermos os valores das raízes das equação, ou achar as raízes pela fatoração. x 2 + 3 x + 88 = 0 2 ( x + 11)( x − 8) = 0 x=8 x = −11 Note que –11 não serve, pois não existe número de copos negativo. Logo o número de copos é de 8 unidades, mas o problema que saber o número de copos na 2ª situação, ou seja 8 + 3 = 11 copos. Letra A. 05) Em um triângulo retângulo ABC, reto em A, está inscrito um retângulo de lados paralelos aos catetos. Sabe-se que AB = 20, BC = 5 17 e a área do retângulo corresponde a 40% da área do triângulo. Um retângulo que satisfaz as condições acima tem lados com medidas iguais a Vamos aplicar o Teorema de Pitágoras para calcular o valor do segmento AC. Página 3 de 8 ( BC ) 2 = ( AB ) + ( AC ) 2 ( 5 17 ) 2 B 2 = ( 20) 2 + ( AC ) 2 425 − 400 = ( AC ) 2 25 = ( AC ) 5 17 20-x 25 ⋅17 = 400 + ( AC ) 2 y E 2 AC = 25 AC = 5 D x y A área do retângulo(R) é 40% da área do triângulo(T), então. 40 ×T 100 AC ⋅ AB 2 = × 40 100 5 ⋅ 20 = 2 × 40 100 50 ⋅ 40 = 100 = 20cm 2 ( I ) R= xy xy xy xy O triângulo ABC é semelhante ao BDE. 5 20 = y 20 − x 20 y = 100 − 5 x 20 y + 5x = 100 Dividindo tudo por 5 x + 4 y − 20 = 0(II ) Agora substituindo o valor y de I em II teremos: Página 4 de 8 5-y C 20 x 20 x + 4 − 20 = 0 x 80 x+ = 20 x 2 x + 80 = 20 x x 2 − 20 x + 80 = 0 Agora resolveremos a equação do 2º grau. y= x= 2 − b ± b 2 − 4ac − ( −20) ± ( −20) − 4 ⋅ 1⋅ (80) 20 ± 400 − 320 20 ± 80 20 ± 4 5 = = = = 2a 2 ⋅1 2 2 2 20 + 4 5 = 10 + 2 5 2 20 − 4 5 x2 = = 10 − 2 5 2 x1 = Para x1 20 20 20 ⋅ 10 − 2 5 20 ⋅ (10 − 2 5 ) 20 ⋅ (10 − 2 5 ) 5 − 5 y= = = = = = x 10 + 2 5 (10 + 2 5 ) ⋅ (10 − 2 5 ) 100 − 20 80 2 ( ) Para x2 20 20 20 ⋅ 10 + 2 5 20 ⋅ (10 + 2 5 ) 20 ⋅ (10 + 2 5 ) 5 + 5 y= = = = = = x 10 − 2 5 (10 − 2 5 ) ⋅ (10 + 2 5 ) 100 − 20 80 2 ( ) Das duas combinações acima a única que aparece como opção de resposta e a da letra B. 06) Uma reta é tangente a três circunferências, que também se tangenciam mútua e externamente. As duas circunferências maiores têm o mesmo raio, que mede 15 unidades de comprimento. O raio da Circunferência menor mede. a) 5 Solução: b) 7,5 c) 3,75 R d) 2,5 R 15-r r Página 5 de 8 15+r e) 3 Aplicando o teorema de Pitágoras, temos: (15 + r ) 2 = (15 − r ) 2 + R 2 225 + 30r + r 2 = 225 − 30r + r 2 + R 2 225 + 30r + r 2 − 225 + 30r − r 2 − 225 = 0 60r = 225 225 r= = 3,75 60 07) Na figura A E P B C AP e BP são, respectivamente, bissetrizes dos ângulos BAD e ABC. As medidas dos ângulos BAˆ P , BPˆ A e BCˆ D são respectivamente 45º, 80º e 90º. Então a medida do ângulo CDˆ E é: a) 135º b) 110º c) 120º d) 105º e) 125º Solução: Vamos considerar o triângulo BPA. P O ângulo P é dado com 80º e o ângulo A e 45º. 80º Logo como a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180º, B somente poderá assumir o valor de 55º 45º A 55º B Como o segmento AP e BP são as bissetrizes do ângulos, podemos escrever a seguinte equação: 2 ⋅ 45 + 2 ⋅ 55 + 90 + y = 360 Os dois ângulos conhecidos A e B são o dobro do triângulo, visto que os segmentos que os cortam são as suas bissetrizes, o ângulo C é dado e vale 90º, o outro ângulo é o que Página 6 de 8 precisamos descobrir e por fim a soma têm que dar 360º, pois em um quadrilátero qualquer a soma dos ângulos externos é sempre 360º. Agora é só resolver. 2 ⋅ 45 + 2 ⋅ 55 + 90 + y = 360 90 + 110 + 90 + y = 360 290 + y = 360 y = 360 − 290 y = 70º O problema pede o ângulo externo, nós encontramos o interno, como sabemos que o ângulos externos e internos são suplementares, escrevemos: 70 + x = 180 x = 180 − 70 x = 110º Letra B. 08) Uma mistura de 150ml é formada por duas substâncias A e B, tomadas em quantidades diretamente proporcionais a 3 e 7, respectivamente. As quantidades de substâncias A e B na mistura são, respectivamente. a) 60 e 90 ml b) 40 e 120 ml c) 30 e 70 ml d) 55 e 95 ml 45 e 105 ml Solução: Espero que ninguém tenha pensado em marca as opções “b” e “c”. A B A + B 150 = = = = 15 3 7 3+7 10 A = 15 ⇒ A = 15 ⋅ 3 = 45ml 3 B = 15 ⇒ B = 15 ⋅ 7 = 105ml 7 Letra E 09) Para a festa de Natal de determinada empresa, o vinho está acondicionado em um tonel com capacidade para 218 litros e será engarrafado em garrafas de 9 dl. Para que não bebe vinho, 080 m3 de guaraná serão engarrafados em garrafas com capacidade de 0,5 litro e, para que preferir água, 19 litros de água serão acondicionados num recipiente que vazio, pesa 780g. Se 1 litro de água pura “pesa” 1 kg, então, o número total de garrafas completamente cheias e o “peso” do recipiente para água, quando estiver com 19 litros de água, serão respectivamente: Página 7 de 8 a) 1842 garrafas e 19,78 kg d) 1624 garrafas e 26,80 kg b) 1018 garrafas e 26,80 kg e) 1842 garrafas e 26,80 kg c) 1624 garrafas e 19,78 kg Solução: Tonel de vinho = 218 litros Capacidade das Garrafas = 9 dl = 0,9 l 218 ≅ 242 garrafas Número de garrafas usadas = 0,9 6 3 6 Guaraná: 0,80m3 = 0,80 ×10 cm = 0,8 × 10 ml Capacidade da garrafas de guaraná: 0,5l 800 = 1600 garrafas Número de garrafas usadas: 0,5 Água: 19 litros “peso” da água: 19kg peso da água + peso do recipiente: 19 + 0,78 = 19,78kg Total de garrafas utilizadas: 1600 + 242 = 1842 garrafas. Letra A. 2 2 10) Na equação do 2º grau em x, dada por x − ( 2k − 2 ) x + k − 2k + 1 = 0 , o parâmetro k é um número real. Se “a” e “b” são raízes dessa equação, então, sempre teremos: a) ab = 2a b) a = 2b c) ab = 0 d) a 2 − b 2 = 0 e) a − b = 1 Condições para a existência de uma equação do 2º grau. ∆ > 0 raízes reais ∆ < 0 raízes imaginárias ∆ = 0 raízes iguais ∆ = b 2 − 4 ac ∆ = ( 2 k − 2) 2 − 4 ⋅1 ⋅ ( k 2 − 2 k + 1) ∆ = 4k 2 − 8k + 4 − 4k 2 + 8k − 4 ∆=0 Como ∆ = 0 as raízes são iguais, ou seja, a = b, condição apresentada pela letra D. Página 8 de 8