Publicação da ThyssenKrupp Elevadores | Ano 8 | nº 22 Em m ov i m E n To Gol de placa: arena castelão é inauGurada reforma urbana: futuro das cidades em debate elevador é inspiração para companhia de teatro Foto: Fábio Arruda investimento social: educação é o caminho ThyssenKrupp Elevadores 1 TKE em Movimento EdiToRiAL Estabelecer canais de comunicação com os clientes é um compromisso da nossa companhia. Está no dnA da empresa abrir as portas, receber e estabelecer relacionamentos que ultrapassem as formalidades comerciais. como parte dessa política, o TKE em movimento nasceu com o objetivo de ser mais um laço entre a companhia e seus principais públicos, independentes de serem ou não clientes. E, assim como tudo que dá certo, estamos inaugurando um novo projeto gráfico para este canal de comunicação, que ganhou novas seções e páginas. o compromisso continua sendo o de levar informação de qualidade, além de notícias sobre a empresa e o mundo da construção civil. neste sentido, cabe aqui destacar a reportagem sobre o futuro das cidades na visão de especialistas da área, bem como a entrevista com a economista Ana maria castelo, que nos dá um retrato sobre a situação do País e, em particular, sobre o mercado imobiliário. Também destacamos nesta edição a obra da Arena castelão, em Fortaleza (cE), uma das sedes da copa Paulo Henrique Estefan vice-presidente comercial da ThyssenKrupp Elevadores de 2014, onde a ThyssenKrupp Elevadores marca presença com elevadores de última geração. outra boa notícia é o crescimento de prédios certificados no Brasil, o que demonstra que o conceito de sustentabilidade é cada vez mais referência para o mercado brasileiro. A ThyssenKrupp Elevadores vem buscando consolidar sua atuação com base nos princípios da responsabilidade social por meio de ações estabelecidas pelo tripé social, ambiental e econômico. uma delas está focada na educação de jovens por meio de parcerias com associações como a Fundação o Pão dos Pobres de Porto Alegre (RS) tema desta edição. São iniciativas que se somam a outras já em curso e que retratam o futuro que queremos ajudar a construir. ESPAÇo LivRE EnvoLvimEnTo dE ocuPAnTES é FundAmEnTAL PARA o coTidiAno dE um PRédio SuSTEnTávEL os edifícios de escritórios evoluíram nos últimos 20 anos, desde os primeiros prédios com certificação verde, no Reino unido, e depois na América do norte e em outras partes do mundo. Tecnologias e ações colocadas em prática, ao lado de ferramentas sofisticadas de gestão predial e da evolução técnica das atividades de gerenciamento de facilities, contribuíram para aumentar a qualidade dos empreendimentos e o bem-estar de seus ocupantes. Porém, um elemento-chave para a operação e o cotidiano de um edifício sustentável é, muitas vezes, colocado em segundo plano. os ocupantes dos empreendimentos têm um papel fundamental para o sucesso das ações sustentáveis, mesmo que os escritórios não tenham sido concebidos dentro dos padrões de certificação verde. As empresas desejam envolver os funcionários por uma variedade de razões e objetivos, mas a melhoria da produtividade é o propósito comum. Hoje, crescem as organizações focadas em alinhar as estratégias da força de trabalho com os objetivos de sua responsabilidade corporativa. o envolvimento dos funcionários é geralmente monitorado e medido a partir da perspectiva pura de gerenciamento de recursos humanos, e usado para ajudar a atrair e a reter funcionários *Fábio martins é diretor da área de Gerenciamento de Propriedades da Jones Lang LaSalle, empresa especializada em consultoria de investimentos e serviços imobiliários qualificados, inovadores e produtivos. com os edifícios verdes e os imperativos da sustentabilidade ambiental, as empresas estão agora preocupadas em ampliar esse envolvimento. Por isso, os gestores de propriedades e de facilities, e os líderes de recursos humanos estão cada vez mais trabalhando juntos para construir programas de engajamento em sustentabilidade. Essa atuação imprime a responsabilidade de engajar toda a cadeia envolvida nos trabalhos de gerenciamento do imóvel, destacando-se o papel do gestor de propriedades como difusor de conhecimento, para conscientizar e ampliar o impacto das ações e das práticas sustentáveis adotadas no cotidiano dos empreendimentos. como acontece em outras iniciativas corporativas, existe uma diferença significativa entre os bem-intencionados esforços individuais e um programa de engajamento estratégico e holisticamente concebido. E, apenas um processo de envolvimento de toda a empresa pode mobilizar centenas de pessoas em diversas localidades e linhas de negócio. 2 TKE em Movimento Foto: divulgação PAnoRâmicA AREnA cASTELão inAuGuRA concEiTo muLTiuSo Em ESTádioS PARA A coPA dE 2014 um dos destinos mais procurados por turistas brasileiros e estrangeiros, a cidade de Fortaleza, no Estado do ceará, tem um novo atributo, além das belezas naturais e da boa gastronomia: o estádio de futebol Plácido Aderaldo castelo, a Arena castelão, o quarto maior do País. Quase 40 anos depois de sua inauguração, em 1973, o castelão passou por uma ampla reforma para receber os jogos da copa do mundo da FiFA 2014. o estádio será palco de seis partidas, incluindo jogos da seleção brasileira. Primeiro estádio do Brasil a ficar pronto para a copa, o castelão ocupa 150 mil m2 de área construída e tem capacidade para 63.903 mil lugares. A obra de reforma e modernização ficou a cargo do consórcio construtor formado pelas empresas Galvão Engenharia e Andrade mendonça. Segundo o Secretário da copa 2014 no ceará, Ferrucio Feitosa, o castelão despertou uma mudança de comportamento social. “Foram quase 24 meses de muito trabalho, compromisso e dedicação que resultou na construção do maior centro esportivo da região norte/ nordeste”, enaltece Feitosa. PAdRão mundiAL Para atender às exigências da FiFA, a obra da Arena castelão seguiu os padrões de uma construção sustentável. Entre as medidas adotadas estão: montagem de usina de reciclagem no canteiro de obras para reutilização do concreto; sistema de reaproveitamento da água da chuva para a irrigação do campo e dos sanitários e a aquisição de elevadores inteligentes que auxiliam na economia de energia elétrica (vide matéria ao lado). dentre os diferenciais do projeto está a visão privilegiada de qualquer lugar da arquibancada, depois que o campo foi rebaixado e a distância entre a torcida e o gramado foi reduzida de 40 para apenas 10 metros. A cobertura também é especial, a partir de um revestimento termoacústico translúcido que proporciona sensação térmica agradável e isolamento acústico que melhora a transmissão dos jogos. TKE em Movimento A Arena castelão conta ainda com uma praça para a realização de eventos, espaço cultural que abriga o museu do Futebol e uma sala de cinema que tem sessões gratuitas aos sábados abertas à população. SoBE E dEScE inTELiGEnTE A Arena castelão conta com 15 elevadores da marca ThyssenKrupp Elevadores que vão transportar as pessoas dentro do estádio; além de dois equipamentos instalados no prédio anexo que abriga a Secretaria do Esporte do Estado e o departamento de Arquitetura e Engenharias, totalizando 17 elevadores. o modelo dos elevadores é o synergy (sem casa de máquinas), tecnologia que opera com a máquina acoplada à própria caixa de corrida do elevador. As máquinas são sem engrenagem e economizam energia (até 30% menos em comparação aos modelos convencionais). Também contribuem com a preservação do meio ambiente, pois dispensam o uso de óleo agente poluidor. os elevadores para a Arena castelão atendem de duas a cinco paradas, com velocidade de 1 metro por segundo e capacidade entre oito e treze pessoas. Todos possuem cabinas do modelo Export, com acabamento em aço inoxidável escovado, iluminação LEd e colunas de botoeiras High Protection (antivandálica), mais resistentes ao uso contínuo. númERoS dA AREnA cASTELão • 144 catracas de acesso • 9 vestiários • 52 camarotes • 85 banheiros • 2,6% da capacidade total do estádio atende pessoas com mobilidade reduzida • 1.900 vagas de estacionamento coberto • 2.200 vagas em estacionamento aberto (legado) • 1.644 lugares para portadores de necessidades especiais • 2 placares de LED • 332 refletores com 2 mil watts de potência, cada • 240 câmeras de vigilância em áreas internas e externas 3 AconTEcE Parc Rocher é destaque em Londrina A ThyssenKrupp Elevadores fechou contrato com a construtora Plaenge e vai entregar 81 elevadores para 29 empreendimentos residenciais localizados nas cidades de campo Grande (mS), cuiabá (mT), curitiba (PR), Joinville (Sc) e Londrina (PR). um dos destaques é o Parc Rocher, em Londrina (PR). Situado em frente à Praça Pé vermelho, no bairro nobre Gleba Palhano, o empreendimento une conforto e integração de ambiente, contemplando apartamentos de 165 m2 e duas vagas na garagem. Para esta obra, a empresa fornecerá quatro elevadores, sendo dois para o hall social, e outros dois, para atender serviços e emergências. Todos serão equipados com máquina de tração sem engrenagem e, para imprimir sofisticação ao projeto, a cabina modelo Export será revestida em aço inoxidável escovado com botoeiras do tipo Soft Press e subteto com iluminação LEd. Fotos divulgação conTRATo dE PESo Elevadores: 4 velocidade: 1,75 m/s* capacidade: 10 pessoas Paradas: 24 e 26 cabina: Export *metro por segundo PR cEnTRoS muLTiuSo Trend 24 terá três torres e 13 elevadores Para o Trend nova carlos Gomes foram especificados 20 elevadores RS A capital gaúcha, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, vai abrigar dois novos empreendimentos multiuso. São eles: o Trend nova carlos Gomes e o Trend 24, projetos da incorporadora maiojama, com previsão de entrega para 2015 e 2016, respectivamente. A marca ThyssenKrupp Elevadores garantirá a acessibilidade dos usuários com a entrega de 33 elevadores (20 para o Trend nova carlos Gomes e 13 para o Trend 24). Localizado no bairro Petrópolis e com uma área total de 79.503 m2, o Trend nova carlos Gomes terá três torres – offices, corporate e Residence, além dos subsolos do estacionamento para atender mil veículos. o Trend 24, na região da Rua 24 de outubro, reunirá também três torres, subsolos de estacionamento, além de Smart mall, com 43 lojas, unindo serviços, conveniências e alimentação distribuídos em uma área total de 44.579 m2. os 19 elevadores das torres offices e corporate, dos dois empreendimentos, terão tecnologias aliadas na redução do consumo de energia. uma delas é o sistema regenerativo que permite a utilização de parte da energia devolvida pelo elevador durante seu funcionamento para a rede elétrica interna da edificação, resultando em até 30% de economia de energia. A outra é o sistema Adc XXi - Antecipação de chamada e destino integrado às catracas. Ao passar o cartão de identificação para liberar a catraca, o passageiro recebe a informação sobre qual elevador irá atendê-lo, otimizando assim o fluxo de pessoas. Elevadores: trend nova20carlos Gomes Elevadores: trend 24 20 velocidade: 20 Elevadores: 1 m/s, 1,75 m/s velocidade: 13 Elevadores: 1 m/s, 1,75 m/s velocidade: 1e m/s, 3 m/s1,75 m/s e 3 m/s velocidade: 1e m/s, 3 m/s1,75 m/s e 2,5 m/s capacidade: de 10 a 16 pessoas capacidade: de 810a a1416pessoas pessoas nº paradas: Paradas: de 5dea521a 21 nº paradas: Paradas: de 4dea519a 21 Tipo de cabina: cabina: AmazonAmazon e Exporte Export Tipo de cabina: cabina: AmazonAmazon e Exporte Export 4 TKE em Movimento Arena Pantanal terá elevadores “verdes” A Arena Pantanal, em cuiabá, no mato Grosso, será sede de quatro jogos da copa do mundo de Futebol de 2014 na primeira fase da competição. A ThyssenKrupp Elevadores fornecerá 12 elevadores para o estádio com características sustentáveis que darão acesso às áreas viPs, camarotes, sala de imprensa; além de transportar portadores de necessidades especiais a partir de cabinas com dimensões adequadas. A Arena Pantanal tem uma série de recursos que atendem à certificação internacional Green Building - LEEd. o projeto é assinado pela GcP Arquitetos e está a cargo da construtora mendes Júnior. o estádio terá capacidade para 44.336 mil pessoas, com arquibancadas e cobertura desmontáveis, podendo ter redução de até 30% da capacidade após o mundial. o prazo para a entrega do estádio é outubro de 2013. Fotos divulgação PALco dA coPA 2014 Elevadores: 12 velocidade: 1 m/s capacidade: 8 pessoas e 2 mil kg (carga) Paradas: 4 e 5 cabina: Amazon mT comPLEXo HoTELEiRo E comERciAL Tecnologia gera economia de energia integrado ao manauara Shopping, em manaus (Am), o Grupo cristal apresenta um de seus mais novos empreendimentos na região, o cristal Tower Hotel & Office, que reúne num mesmo complexo hotel e prédio empresarial. A ThyssenKrupp Elevadores especificou 14 elevadores para o empreendimento, sendo um panorâmico. Todos são equipados com o sistema regenerativo que gera economia de até 35% de energia elétrica. outras tecnologias presentes são: o sistema Adc XXi (Antecipação de chamada e destino) integrado às catracas da torre office, para otimizar a capacidade de tráfego, e o sistema de segurança acoplado aos cartões magnéticos do hotel para que os hóspedes tenham acesso aos andares. o hotel terá auditório, salas de reunião, espaço viP na cobertura, além de áreas de lazer. o office contará com salas comerciais, além de 386 vagas de garagem. Elevadores: 14 velocidade: 3 m/s e 4m/s capacidade: 16 e 22 pessoas Paradas: 20 e 22 cabina: cabinas exclusivas Am PRédio comERciAL vERdE A cidade de São José dos campos, localizada na região do vale do Paraíba, interior de São Paulo, vai receber empreendimento comercial pré-certificado pelo Green Building council que possui o selo LEEd nível Silver. A torre, em construção pelo Sistema PRI Engenharia, é o Colinas Green Tower, novo centro de negócios que faz parte das obras de ampliação do colinas Shopping. os 10 elevadores especificados pela ThyssenKrupp Elevadores serão destaques do empreendimento, com velocidades que variam entre 3 e 4 metros por segundo (uma das mais altas da região) e a implantação do sistema Adc XXi (Antecipação de chamada e destino), que amplia a capacidade de tráfego com economia de energia de até 30%. E, para auxiliar na racionalização da energia gasta pelos elevadores, todos eles terão máquinas sem engrenagem, sistema regenerativo de energia e cabinas com iluminação eletrônica LEd. velocidade dos elevadores é uma das mais altas da região Elevadores: 10 velocidade: 3 m/s e 4 m/s capacidade: 20 e 22 pessoas Paradas: 2 (para o heliponto) e 26 cabina: Export SP/interior 5 TKE em Movimento REFoRmA uRBAnA: ESPEciALiSTAS diScuTEm o FuTuRo dAS cidAdES BRASiLEiRAS A maioria da população brasileira vive em centros urbanos. os dados do último censo do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE), de 2010, indicam que 84,36% da população mora em cidades e apenas 15,64% no campo. na região sudeste o índice é ainda maior. mais de 90% das pessoas estão em áreas urbanas. Retrato do crescimento do País, a concentração urbana vem provocando reflexões em todos os setores da economia, principalmente, sobre o impacto que cada um representa neste enorme contingente de pessoas que vivem nas metrópoles. Para buscar respostas e dialogar com a sociedade sobre as questões relacionadas à vida urbana, o Governo Federal, por meio do ministério das cidades, promove em novembro a 5ª edição da conferência nacional das cidades. A partir do tema “Quem muda a cidade somos nós: Reforma urbana Já!” pretende-se planejar a construção de uma Política nacional de desenvolvimento urbano (Pndu) para o País. “o desafio é a concretização do direito à cidade, numa estratégia de desenvolvimento urbano integrado para os munícipios brasileiros”, afirma carlos vieira, secretário-executivo do conselho das cidades do ministério das cidades. Segundo o secretário, o avanço da urbanização no território brasileiro acontece com grande velocidade e, na maioria das vezes, sem o planejamento urbano adequado. “Para reverter esse quadro é necessário que haja coordenação das ações governamentais de forma a assumir a política urbana nas esferas Federal, Estadual e municipal, como estratégica para o País, bem como pensar a construção de um espaço urbano mais justo com melhoria da qualidade de vida da população da cidade”, destaca o representante do Governo Federal. com experiência em planejamento urbano e em seu segundo mandato como vereador de São Paulo, o arquiteto e urbanista nabil Bonduki também defende uma ação coordenada das três esferas de governo e considera a Região metropolitana como o objeto de sua atuação. “As cidades, e as metrópoles especialmente, sofrem a ação de fatores que estão fora do alcance do planejamento e gestão municipais, como as medidas macroeconômicas, as políticas federais e estaduais relacionadas à produção, emprego e renda, além das políticas setoriais dessas esferas de governo como saneamento, transporte e habitação”. na cidade de São Paulo, segundo Bonduki, os principais desafios urbanos são o transporte e o trânsito, que podem levar a capital paulista a uma crise de mobilidade. Professor da Faculdade de Arquitetura e urbanismo da universidade de São Paulo (FAu-uSP), ele defende uma revisão do Plano diretor que, segundo ele, deve ser pensado como um pacto da sociedade para tratar a cidade nos próximos dez anos. “uma cidade melhor e mais justa é o que todos queremos, ao mesmo tempo, acho que ninguém tem a ilusão que só o Plano diretor leva a esse resultado. Penso que com ele podemos orientar uma boa parte das ações pública e privada na construção da cidade no sentido desejado”. desafio é equilibrar a falta de planejamento com o crescimento econômico 6 TKE em Movimento mATéRiA dA cAPA GESTão uRBAnA A visão do arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que já foi prefeito de curitiba e governador do Paraná, vai além da legislação relativa às questões urbanas. “A legislação não precisa ser mudada. Temos recursos, mas a burocracia impede que as cidades tenham acesso a eles. São muitos obstáculos e, em cada um deles, a possibilidade de corrupção aumenta, prejudicando os municípios”, avalia ele. Segundo Lerner, que atualmente é consultor das nações unidas para assuntos de urbanismo, todas as metrópoles do mundo enfrentam três problemas centrais: mobilidade, sustentabilidade e a coexistência. Para ele, a significativa mudança na qualidade de vida das cidades brasileiras depende da resolução desse tripé. o primeiro desafio que ele enfrentou durante o processo de urbanização de curitiba, no seu primeiro mandato como prefeito na década de 70, foi a necessidade de quebrar paradigmas. Para vencer os desafios, ele e sua equipe priorizaram a implantação rápida dos projetos, como o calçamento da rua Xv de novembro, causando um efeito positivo junto à população. outro aspecto que Lerner destaca no processo de planejamento de curitiba é a integração entre trabalho e mobilidade, razão pela qual, segundo ele, o projeto é uma referência no mundo inteiro. “nada foi pensado isoladamente. A não segregação da cidade em funções, renda ou diferenças de idade contribuiu para criar uma cidade mais humana”, destaca. mas, o arquiteto avisa: o projeto de planejamento é contínuo, permanente. “na verdade, não podemos falar de um plano e sim de um processo de planejamento, que exige atenção, acompanhamento e atualizações diárias e constantes, pois nunca está acabado”. diante deste cenário, quais seriam as perspectivas para a construção civil, especialmente para o mercado imobiliário? consultora Técnica da câmara Brasileira da indústria da construção (cBic), maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves avalia que a verticalização ou não verticalização como impacto do crescimento das cidades perde significado frente à capacidade de garantir o ir e vir dos cidadãos nos espaços urbanos. ”o que impulsionará os vetores do crescimento imobiliário nas cidades será a maior ou menor facilidade de locomoção”, afirma. novos bairros que contemplam espaços de moradia, lazer e trabalho são referência para a consultora, bem como as novas tecnologias que permitem às pessoas estudar e trabalhar a distância. “A grande questão que se coloca hoje é a mobilidade urbana. A grande concentração de população que usa transporte individual em espaços com ocupação consolidada tem gerado, com tendência de agravamento, congestionamentos que castigam as pessoas de forma muito significativa”. diSTRiBuiÇão PERcEnTuAL dA PoPuLAÇão uRBAnA, PoR GRAndES REGiõES - 2010 7,8% 24,1% 14,5% 46,4% nordeste Fonte: iBGE TKE em Movimento 7,2% nordeste Sudeste Sul centro-oeste 7 PoR dEnTRo do ELEvAdoR da esq para direita: Rodrigo Spina, marina vieira, Gabriel miziara, marcelo Lazzaratto, carolina Fabri, Wallyson mota, Pedro Haddad cena da “Peça de Elevador” que tem como figura central o ascensorista que, a partir das histórias dos passageiros relatadas em ‘pedaços’, desenvolve um processo de criação Fotos: João caldas ELEvAdoR Em cEnA milhares de pessoas pelo mundo utilizam os elevadores no dia a dia e, grande parte dos usuários, nem se dão conta do quanto fazem uso deste equipamento. Só no Brasil, são 320 mil elevadores instalados em edificações. Quantas cenas e conversas nós já presenciamos? Quantas pessoas já ‘viajaram’ conosco de um andar para o outro? muita gente nunca sequer parou para pensar nisso, mas marcelo Lazzaratto pensou e foi além. Ator e diretor formado pelo departamento de Artes cênicas da universidade de São Paulo (uSP) e também Professor doutor em interpretação Teatral no departamento de Artes cênicas da universidade Estadual de campinas (unicAmP-SP), ele criou uma companhia de teatro com o nome Elevador de Teatro Panorâmico. diretor artístico da companhia, marcelo explica que o objetivo é ser um núcleo permanente de investigação em linguagem teatral. “A proposta é unir a verticalidade da pesquisa ‘campo de visão’ (método de improvisação coletiva para a criação do espetáculo desenvolvido por ele) com a horizontalidade de sua abrangência ao público”, completa. A partir desta concepção é que surgiu o nome da companhia. “o elevador traduz a verticalidade do nosso trabalho e, o panorâmico, manifesta a comunicação abrangente com o nosso público”, relata o diretor artístico. Para ele o elevador é um espaço ‘entre’ mundos, pois as pessoas não estão exatamente em nenhum lugar. PEÇA dE ELEvAdoR Fundada em 2000, em parceria com atores recém-formados do Teatro-Escola célia Helena, a cia Elevador de Teatro Panorâmico tem sede na capital paulista e conta hoje, além do diretor marcelo Lazzaratto com um núcleo de seis atores: carolina Fabri, Gabriel miziara, marina vieira, Pedro Haddad, Rodrigo Spina e Wallyson mota. Ao longo de sua trajetória, já realizou 12 espetáculos que dialogam com questões inerentes ao homem contemporâneo. dentre as apresentações da cia Elevador de Teatro Panorâmico uma delas chama a atenção. é a “Peça de Elevador” (2006), de cássio Pires, que teve como tema central o elevador. “Este foi um espetáculo muito interessante. no palco, utilizamos dois elevadores cenográficos, instalados em um prédio comercial de uma grande metrópole”, conta. A companhia contempla ainda o Espaço Elevador, com capacidade para 60 pessoas, onde acontecem os ensaios e as apresentações do grupo e de outras companhias de teatro. Além disso, oferece também um curso para atores e bailarinos, com duração de quatro meses, que já capacitou mais de 600 alunos em sete anos de existência. Atualmente, a cia Elevador de Teatro Panorâmico viaja pelo País com o espetáculo ‘ifigênia’ (2003), de cássio Pires, já assistida por quase 10 mil pessoas. o espetáculo ‘o Jardim das cerejeiras’, do autor russo Anton Tchecov, é o projeto para 2014. 8 TKE em Movimento EnTREviSTA | AnA mARiA cASTELo A economista Ana maria castelo é coordenadora de Estudos de construção civil do instituto Brasileiro de Economia (ibre) da Fundação Getúlio vargas. Especialista na área, ela responde pela divulgação do Índice nacional de custo da construção do mercado (incc-m) e de Sondagem da construção. Formada pela universidade Federal do ceará e mestre pela Faculdade de Economia da universidade de São Paulo (FEA-uSP), Ana maria não vê motivos para uma crise no mercado da construção civil. “o setor continua relativamente aquecido, mas com uma desaceleração que é muito clara”. na sua avaliação, estamos vivendo agora o fim do ciclo de 2010, e não se pode pensar o crescimento imobiliário, sem olhar para a questão do planejamento das cidades e de mobilidade urbana. tKe em movimento: Qual é o balanço que a senhora faz do 1º semestre do ano? tKe em movimento: a presidenta dilma roussef vai fazer ajustes na política econômica na sua avaliação? Ana maria castelo: Tem sido um período mais conturbado do que o esperado, e eu não estou falando apenas por causa das manifestações populares de junho, que sem dúvida vão ter repercussões do ponto de vista econômico. Falo também do período anterior, ou seja, de uma inflação mais elevada do que o esperado e a necessidade de o governo aumentar as taxas de juros. isso, dentro de um cenário macroeconômico mundial em que houve sinalização de mudanças também na política monetária dos EuA e desaceleração na china, teve repercussão aqui internamente gerando um ambiente menos favorável do que imaginado no início do ano. Esperava-se um crescimento maior do que hoje se vislumbra para 2013. E o aspecto que passou a preocupar foi mesmo o aumento da inflação. Ou seja, o cenário ficou menos favorável do que o observado no final de 2012. Amc: o governo está sinalizando e eu acho que tem que fazer. uma parte vem do Banco central, que é a elevação da taxa de juros. A outra é a questão das despesas públicas. ou seja, o governo tem que dar a sua própria contribuição. Elevar os juros, mas depende também desse quadro das finanças públicas. tKe em movimento: a inflação já recuou. como avalia esta questão da alta dos preços? Amc: Sim, já houve um pequeno recuo, e a própria reação do governo e do ambiente diante dos movimentos sociais foi uma sinalização importante. A preocupação com a inflação, que no primeiro mês não parecia primordial, ganhou uma importância muito maior. mas, não acredito que a inflação tenha vindo para ficar. o governo está mostrando realmente preocupação, pois o impacto sobre a renda da família é bastante relevante. A inflação diminui o poder de compra das famílias com reflexo no bem-estar da população. tKe em movimento: Quais itens têm puxado a inflação? Amc: na verdade, há algum tempo o principal item que tem impacto na inflação é o de serviços. São os preços dos serviços que realmente estão contribuindo para a diminuição do poder aquisitivo das famílias. Serviços diversos que vão desde educação até serviços de cabelereiro, manobrista, estacionamento, etc. tKe em movimento: neste contexto, como o setor da construção civil se comportou? Amc: A construção viveu um período excepcional de crescimento que a gente delimita claramente como seu ápice em 2010, mas que também mostrou limites, pois chegou a um patamar que a sustentação tornou-se improvável. dificuldades com a aquisição de mão de obra, os problemas com áreas/ terrenos livres e tudo mais. necessariamente, a partir daí, teria que rever as bases de crescimento. Por isso, acabou ocorrendo uma desaceleração no ritmo. “não podemos pensar o crescimento imobiliário sem pensar em toda a questão do planejamento das cidades e de mobilidade urbana. E é essa equação que tem que ser feita hoje para que o mercado imobiliário possa avançar” 9 TKE em Movimento tKe em movimento: e para o mercado imobiliário? Amc: Se pensarmos especificamente no segmento imobiliário, por um lado as construtoras reduziram o número de lançamentos e as próprias famílias, diante do custo alto do metro quadrado, diminuíram as aquisições. Então, de 2010 pra cá, o ritmo de crescimento começou a desacelerar. Foi mais percebido em 2012 e, de forma mais clara, agora nos primeiros meses de 2013. isso, lembrando que o setor imobiliário vive um ciclo entre você lançar, vender, iniciar a obra e concluir a obra. Então a gente estaria vivendo agora o fim do ciclo de 2010, pensando em um período de dois anos entre o lançamento e a conclusão do empreendimento. E, como o início de novas obras está num ritmo menor, porque houve um ajuste por parte da oferta e da própria demanda, a atividade da construção está assistindo uma desaceleração. não podemos falar de forma alguma de crise no mercado. o setor continua relativamente aquecido, mas com uma desaceleração que é muito clara. tKe em movimento: e o programa minha casa, minha vida? Amc: o programa é fundamental. Algumas empresas, porém, devido à margem reduzida e o aumento do preço da terra e até de indisponibilidade de terrenos em alguns centros urbanos, deixaram de investir. A grande dificuldade está na faixa 1, nos grandes centros urbanos pela falta de áreas livres. Portanto, existe um desafio grande que é atender a habitação de interesse social, cujo preço da terra está inviabilizando as novas construções. Essa equação que a gente tem hoje passa por uma discussão que não ocorreu simultaneamente ao crescimento do mercado imobiliário, que é o debate sobre a legislação urbana. não podemos pensar o crescimento imobiliário sem pensar em toda a questão do planejamento das cidades e de mobilidade urbana. E é essa equação que tem que ser feita para que o mercado imobiliário possa avançar, mesmo o de baixa renda. você não pode jogar a população de menor poder aquisitivo para as periferias ou longe dos centros urbanos porque cria um problema de mobilidade muito grande. tKe em movimento: como a senhora avalia os desdobramentos a partir das manifestações da sociedade? Amc: Teve um aspecto bastante positivo. Antes o que a gente assistia era que o pessoal depois do período eleitoral só tinha que se preocupar com as eleições daqui a quatro anos. na verdade, o poder público em todos os níveis (federal, estadual e municipal) tem que ter uma pauta clara. não necessariamente pensar em atender indiscriminadamente todas as demandas que vão surgindo, porque nem sempre elas têm uma coerência muito “não existe uma medida, um salvador da pátria. o contexto que a gente está vivendo é maior. um ambiente no qual precisamos recuperar o investimento” clara. você tem grupos muito diversos. é fundamental que o poder público tome uma iniciativa de destacar prioridades e torná-las claras, para uma política transparente. tKe em movimento: como analisa o processo de desenvolvimento econômico do país nos últimos 20 anos? Amc: dentro da perspectiva do setor que eu estou inserida, que é o da construção civil, o Plano Real teve um papel fundamental por trazer uma estabilização que até então não tínhamos. mas, não foi por si só suficiente, por exemplo, para permitir a repercussão do investimento. Foram as reformas microeconômicas promovidas a partir do governo Lula que trouxeram mais garantias para o investidor e conseguiram deslanchar os recursos para a habitação. Então, isso dentro de um contexto de crescimento econômico e de renda, outra faceta do governo Lula, onde houve uma redução das desigualdades (renda, crédito) criou um ambiente de crescimento em que o investimento habitacional ganhou espaço significativo dentro da economia brasileira. no início de 2003, o crédito habitacional não chegava a 2% do PiB. Hoje, já está chegando a 7%. A questão é que a velocidade dessas mudanças foi muito grande. Por outro lado, outras não aconteceram no mesmo ritmo, como por exemplo, no setor de infraestrutura. o fato maior, portanto, é como sair dessa armadilha. ou seja, como voltar a atrair investimentos em infraestrutura, pois ficou constatado que somente o crescimento do consumo não se sustenta. tKe em movimento: se pudesse, por um dia, assumir o lugar da presidenta que medida tomaria na área econômica? Amc: não existe uma medida, um salvador da pátria. o contexto que a gente está vivendo é maior. um ambiente no qual precisamos recuperar o investimento. E não se trata de uma questão meramente de dinheiro e sim de como aplicar os recursos. Precisamos melhorar as questões de gestão, dos processos e de projetos. 10 TKE em Movimento Fotos divulgação Eldorado Business: certificação e referência em prédios comerciais TEcnomundo cREScE númERo dE conSTRuÇõES cERTiFicAdAS no BRASiL REGiSTRoS E cERTiFicAÇõES LEEd no BRASiL • 107 empreendimentos já receberam a certificação LEEd ® • 739 empreendimentos estão registrados em busca de certificação • 94 empreendimentos já certificados concentram-se na região Sudeste • 431 empreendimentos registrados para certificação estão no Estado de São Paulo *dados do GBc Brasil de 2004 a 2013 BEnEFÍcioS dA cERTiFicAÇão LEEd • Consumo de energia é 30% menor • Redução de até 50% no consumo de água • Redução de até 80% nos resíduos • Valorização de 10% a 20% no preço de revenda • Redução média de 9% no custo de operação do empreendimento durante toda a vida útil *dados GBc Brasil TKE em Movimento O Eldorado Business Tower, prédio de escritórios de São Paulo, foi o primeiro empreendimento a obter, em 2009, a certificação LEEd Platinum na América Latina, o mais alto nível de certificação concedido pelo united States Green Building council - uSGBc. de lá pra cá, o Brasil vem conquistando posições no ranking mundial da construção sustentável. desde 2011, o País ocupa o quarto lugar em números de empreendimentos que possuem o selo LEEd (Leadership in Energy and Environmental design*), sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países. com este desempenho o Brasil está apenas atrás dos EuA, china e Emirados árabes. Segundo marcos casado, diretor técnico e educacional do GBc Brasil, os benefícios de um empreendimento certificado estão se sobressaindo à questão dos custos. “o valor é de 1% a 7% maior do que o gasto em um empreendimento comercial, dependendo do nível de certificação. Porém, o retorno é muito rápido, já que há uma grande redução dos custos operacionais”. durante toda a vida útil do empreendimento, a redução média no custo de operação é de 9%, segundo o GBc Brasil. Para o Brasil atingir o patamar, alguns fatores são fundamentais. “Sem dúvida, o avanço tecnológico tem contribuído com a disseminação do conceito de sustentabilidade na construção civil. com o maior desenvolvimento de produtos e aprimoramento tecnológico dos mesmos, cada vez o mercado fica mais acessível”, afirma casado. o elevador, por exemplo, já possui sistemas que podem economizar até 35% no consumo de energia do edifício. Segundo o diretor do GBc Brasil, os elevadores mais eficientes com frenagem regenerativa e sistema de antecipação de chamada são representativos na estratégia de redução do consumo energético total do empreendimento. No Eldorado Business Tower, os elevadores ecoeficientes da ThyssenKrupp Elevadores representam uma economia de 1600 kHz por mês com cada elevador, o que equivale a 37% de economia no consumo de energia. *A certificação internacional LEEd possui 7 dimensões a serem avaliadas nas edificações. Todas elas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos, recomendações que quando atendidas garantem pontos à edificação. o nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos (nível certificado) a 110 pontos (nível platina). 11 mundo TKE invESTindo no FuTuRo Alunos da Fundação o Pão dos Pobres conheceram a fábrica da TKE, em Guaíba (RS), junto com o instrutor da empresa, Edison moraes (1º de pé da direita) o investimento Social Privado (iSP) tem ganhado força no País, como uma maneira sustentável de gerar ações para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público. o modelo é recente e representa uma transição da doação e da filantropia, práticas comuns e que, na maioria das vezes, estão atreladas à decisão de um indivíduo, ou benemérito. no iSP as ações fazem parte de um alinhamento estratégico, cujos resultados efetivos são cobrados, como se fossem um negócio. Segundo pesquisa do censo GiFE* (Grupo de institutos Fundações e Empresas), realizada em 2011/2012 entre seus associados, 38% das organizações investem em ações que beneficiam de 100 mil a 1 milhão de pessoas e 59% utilizam indicadores econômicos e sociais para a definição dos projetos. A ThyssenKrupp Elevadores, por meio de suas unidades de negócios, está no rol das empresas que investe em ações sociais, como parte da política da companhia. “A empresa entende que tem responsabilidades com a comunidade onde atua e buscou uma abordagem que não fosse assistencialista, mas que oferecesse poder de mudança às pessoas: a educação. dentro deste universo, optou-se pela educação técnica, pois há uma deficiência na sociedade e é algo que os colaboradores e a empresa entendem”, afirma camila Luconi viana, coordenadora de Sustentabilidade da ThyssenKrupp Elevadores. com a consultoria da onG Parceiros voluntários, a empresa escolheu associações para colocar em prática a estratégia traçada. uma delas é a Fundação o Pão dos Pobres, de Porto Alegre (RS), onde dez jovens (em situação de vulnerabilidade) participam da 1ª turma do curso profissionalizante eletromecânico para técnico em elevador. durante o curso, os alunos recebem uma bolsa-auxílio para se dedicarem às aulas. A empresa também doou dois elevadores: um para a sede da Fundação e outro que funciona como elevador-escola. outra parceria é com a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano vieira da cunha, de novo Hamburgo (RS), que prevê a implantação de um centro de Treinamento (cT) para manutenção em elevadores nas dependências da escola. A mesma filosofia está sendo replicada em outras filiais do País, com o objetivo de ampliar o investimento social privado da companhia. cRiAndo oPoRTunidAdES A opção da ThyssenKrupp Elevadores por investimentos em educação, principalmente na formação técnica, tem rendido bons resultados em parceria com o SEnAi – Serviço nacional de Aprendizagem industrial. Em minas Gerais e em Santa catarina, a empresa já promove curso profissionalizante eletromecânico para a capacitação de mão de obra especializada em manutenção de elevador. o curso é gratuito e oferecido aos jovens com idade mínima de 18 anos que buscam uma primeira oportunidade de trabalho, por meio de uma formação técnica e qualificada. Em minas Gerais, entre 2011 e 2012, 45 jovens já foram capacitados, sendo que 40 foram contratados pela ThyssenKrupp Elevadores. neste ano de 2013, 20 jovens estão participando do curso. John Henrique Alves, 24 anos, que trabalha como oficial de manutenção na filial minas Gerais, conta que viu na capacitação uma ótima oportunidade de ampliar conhecimento e melhorar sua renda mensal. “o curso é excelente e oferece um conteúdo muito rico nas áreas de elétrica e mecânica”, diz. Em Santa catarina, o curso abriu a 1ª turma este ano, com a participação de 20 selecionados. o coordenador do núcleo de Balneário camboriú do SEnAi-Sc, uórani Gaspodini destaca a importância do curso para a região. “Estamos situados em uma região que concentra edifícios de elevado número de pavimentos. Além disso, a construção civil é uma das vertentes econômicas do município e da região”, explica. Ainda, segundo o censo GiFE,as áreas de atuação que recebem mais investimentos são educação (39%); formação de jovens para o trabalho e/ ou para a cidadania (27%) e desenvolvimento comunitário/de base (22%). *o censo GiFE é uma pesquisa quantitativa, realizada a cada dois anos, que tem como objetivo apresentar um amplo panorama do investimento social privado no Brasil, tendo como base a rede de organizações associadas ao GiFE. TKE em Movimento é uma publicação da ThyssenKrupp Elevadores – Tel.: (51) 3480.7200 - www.thyssenkruppelevadores.com.br coordenação: Loren Lehmann coelho - departamento de marketing Jornalista Responsável: isabel munhoz Silvares - mtb 24.313 - Redação (colaboradores): Fabiana Paloro e Gisele cichinelli Produção Editorial: Rouxinol Assessoria em comunicação - Tel.: (11) 4301.9240 - [email protected] Projeto gráfico e edição de arte: Emphasis Design Gráfico - Tel.: (51) 3333.3461 - www.emphasisdg.com.br data: 06/08/2013 12 TKE em Movimento