ACV AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV) - ESTUDOS DE CASOS DE PROJETOS COOPERATIVOS Ângela M. Ferreira Lima (IFBA, antigo CEFET-BA); Asher Kiperstok (UFBA/TECLIM); Maria de Lourdes de Almeida Silva (UFBA/TECLIM); Armando H. Tanimoto (IFBA). Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima Objetivo Apresentar um panorama da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) como uma ferramenta de gestão ambiental e os resultados de duas aplicações em projetos cooperativos. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima Avaliação do Ciclo de Vida* É um instrumento de avaliação do impacto ambiental associado a um produto, processo ou serviço, compreendendo etapas que vão desde a retirada das matérias-primas elementares da natureza que entram no sistema produtivo (berço) à disposição do produto final, após uso (túmulo). * Life Cycle Assessment (LCA) Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima ACV Inclui extração, processamento da matéria prima, manufatura, transporte, distribuição, uso, reuso, manutenção, reciclagem e disposição final. Permite uma visão abrangente dos potenciais impactos provocados ao meio ambiente, possibilitando a identificação das medidas mais adequadas do ponto de vista ambiental e econômico para sua minimização. Constitui-se assim numa técnica de gerenciamento ambiental e de desenvolvimento sustentável. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima Normas ISO/ABNT : z z ABNT NBR ISO 14.040 : 2009 - Avaliação do ciclo de vida, princípios e estrutura; e ABNT NBR ISO 14044 : 2009 - Avaliação do ciclo de vida - requisitos e orientações. Estas normas foram revisadas e cancelam as ABNT NBR ISO 14041:2003, 14042:2004 e 14043:2005 Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima Avaliação do Ciclo de Vida inclui as seguintes fases: Etapas da ACV 1 - Definição dos objetivos trabalho; 2 - Análise de inventário; 3 - Avaliação de impacto; 4 – Interpretação. e escopo do Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima FASES DE UMA ACV Etapas da ACV Objetivo e Escopo Interpretação Análise do Inventário Aplicações diretas: Desenvolvimento e melhoria do produto Planejamento estratégico Elaboração de políticas públicas Marketing Outros Avaliação de Impacto Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima ACV z A maioria dos trabalhos de ACV no Brasil são do meio acadêmico, principalmente nos cursos de mestrado e doutorado. z Já foram identificadas competências e lideranças formadas nas maiores universidades brasileiras, como por exemplo a USP, UFBA, UFTPR, UnB dentre outras. z Na UFBA, através da Rede de Tecnologias Limpas - TECLIM, foram publicados três trabalhos de mestrado. z Ressalta-se duas participações da UFBA/TECLIM em projetos cooperativos em parceria com o meio acadêmico e o setor privado. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - Estudo comparativo de ACV da produção do cobre primário no Brasil e Chile - PROSUL Coordenado pela UnB (Profº Dr. Armando Caldeira-Pires) em parceria com UFBA, IFBA e CIMM (Chile). Objetivos: Estabelecer características de um modelo de ACV para a produção do cobre, na América do Sul, além de identificar os principais impactos ambientais. O cobre é um produto importante para ambos, principalmente para o Chile responsável por 1/3 da produção mundial. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL PLANTA DE REFINO CHILENA: Caletones produz anualmente 418.000 toneladas de cobre refinado, e está localizado na região central do Chile, a 150 km de Santiago. Localiza-se a 1.500 metros de altitude na Cordilheira dos Andes, em uma região semi-árida e desabitada. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL PLANTA DE REFINO BRASILEIRA: A Caraíba Metais SA, inicio da atividade: 1982. A atividade principal: produção de catodos de cobre - 220.000 t. Localiza-se cerca de 10 km de Dias Dávila (55.600 habitantes). Subproduto: Ácido sulfúrico. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL Situação geográfica de Caletones Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL Rota do concentrado de cobre da Caraíba Metais From Portugal Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL Extração e concentração do cobre LIMITES DO SISTEMA smelting Blister Refino Produção do cobre primário Conc de cobre Reciclagem Catodo Moldagem Disposição final Uso Reuso Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL Estas duas empresas utilizam a tecnologia da pirometalurgia, que começa com a entrada do concentrado de cobre (matéria prima), e termina com a saída de catodos (produto final). Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL No inventário do ciclo de vida foi realizado o levantamento das entradas e saídas deste processo. Unidade funcional: 1.000 t de catodo. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL Entradas (t/1.000 t Cu) Caletones/Chile Caraíba/Brasil Cu (conc) 3.171 2.903 Cal (20%) 113 100 Salfato de Ferro 3,3 30 Coque 9,8 20 SiO2 417 0 Sulfato de Bário 0 2,5 NaOH (50%) 0 2,1 Calcário (Carbonato de cálcio) 13 1,1 Carbonato de sódio 5,8 0 4.417 15.330 40.345 29,1 30,8 0 3.634 0 10.831 1,9 1.041 1.550 Água Gás natural (m3) Enap-6 (full oil) Gás Natural Liquefeito Diesel (L) Energia Eletrica (MWh) Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I - PROSUL Saídas (t/1.000 t Cu) Produtos e sub-produtos Caletones/Chile Caraíba/Brasil Total cobre refinado 1.000 1.000 Ácido sulfúrico (98%) 2.122 1.950 Escória granulada de cobre 1.300 1.540 Ácido sulfúrico (105%) (Oleum) 0 277,5 SO3 liquid 0 46,5 Lama de Arsênio 58,3 1,5 Lama anódica 15,5 2,6 SO2 512 93,3 As 1,3 0,1 0 5.100 Emissões atmosféricas Efluentes Líquidos Efluentes Líquidos Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I – PROSUL, RESULTADOS Results from EI 99 corrected DALY = Disability Adjusted Life Years Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima I – PROSUL RESULTADOS Identificação dos impactos relativos entre os dois processos e os potenciais riscos de provocar doenças. Proporcionalmente alguns impactos foram mais altos para o Chile, devido as emissões (SO2) emitidas para o ambiente e a tecnologia empregada. No Brasil indicou um maior potencial de impactos na saúde humana, devido a proximidade à regiões mais povoadas. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima II - Projeto Avaliação do Ciclo de Vida de Componentes do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica Coordenado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA). Este estudo realizou a caracterização dos impactos ambientais associados às etapas de produção, montagem, utilização e disposição final dos componentes do sistema de distribuição de energia elétrica. Os componentes analisados foram: condutores, postes, cruzetas, isoladores e ferragens, pressupondo sua utilização por um período de 20 anos. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima II ACV COELBA 1 km em Rede Aérea de Distribuição de Média Tensão, durante 20 anos. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima Abrangência da Avaliação Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima II ACV COELBA Resultados Os maiores potenciais impactos ambientais detectados ocorreram na etapa de Produção e Instalação dos componentes, tendo a maior contribuição à categoria de Aquecimento global. Entre os componentes estudados, o poste teve o maior potencial de impacto, devido aos processos de concreto e do aço utilizado na produção do poste. O segundo maior impacto foi o condutor. Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima Conclusão No “Projeto Prosul” o maior impacto na saúde foi devido a maior densidade populacional nas redondezas da empresa brasileira estudada, mesmo que em valores absolutos (t) as emissões gasosas da empresa chilena terem sido maiores. No “Projeto de Componentes do Sistema de Distribuição de EE” haverá a necessidade de aprofundamento no estudo dos componentes postes e condutores, que apresentaram maiores impactos ambientais, e visando melhoria no processo / utilização de novos materiais. Importância de projetos cooperativos em ACV para a interação entre os setores envolvidos, bem como para capacitação profissional e uso da ferramenta (ACV). Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima Obrigado pela atenção! [email protected] Apresentação para o COBESA - Julho de 2010 Ângela M. Ferreira-Lima