COSMO DO PROCESSO AVALIATIVO ESCOLAR
Ana Paula da Mota França
Graduanda em Letras, com Habilitação em Língua Portuguesa, pela Universidade
Estadual de Montes Claros e bolsista da FAPEMIG;
[email protected].
Ramony Maria Silva Reis Oliveira
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais. Professora de Estágio da Unimontes.
Desenvolve pesquisa sobre os processos de subjetivação dos professores de Língua
Portuguesa e Educação a Distância. E-mail: [email protected].
Resumo:
O presente trabalho lança um “olhar” sobre os resultados em Língua Portuguesa dos
alunos de uma escola pública, do Norte do Estado de Minas Gerais em um programa do
governo mineiro, intitulado Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública –
Simave. Para tanto, buscamos as respostas em uma determinada Escola da Rede
Estadual do município de Montes Claros/ MG. Ainda, fizemos caracterização dessa
Escola, bem como observação das aulas de Língua Portuguesa em turmas do 9º ano do
Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio; a etapa final foi constituída pela
aplicação de 29 questionários em uma das turmas do 1º ano do Ensino Médio. Vale
dizer, que se compôs como nossa estratégia, a aplicação de questionários em 01
Professora de Língua Portuguesa e 02 Supervisoras Educacionais dessa Instituição de
Ensino. Para o presente estudo, utilizando-se da coleta e verificação dos dados dos
alunos em Português na avaliação Simave, analisamos o efeito desses resultados das
provas na adoção de novas metodologias para uma “educação eficaz” ancorados,
sobretudo, no conceito de Avaliação proposto pelo sociólogo Pedro Demo (1996). De
acordo com Demo (1996) “...só pode avaliar bem quem é bem avaliado”, daí a
necessidade do debate sobre o tema Avaliação em nossos contextos educacionais.
Ressaltamos que, com este trabalho, gostaríamos de contribuir com pesquisas já
existentes e/ou em andamento sobre o assunto – análise dos resultados, em Língua
Portuguesa, da Avaliação Simave, levando-se em consideração a seguinte premissa: a
Avaliação Simave, como um “pilar do Projeto Estruturador do Governo de Minas
Gerais”, tem ajudado no levantamento de novas ações, por parte dos profissionais da
educação, no que diz respeito à contemplação dos resultados dos alunos nessa
Avaliação – se bons ou ruins?
Palavras-chave: Avaliação Simave, Avaliação, Novas ações.
1 PARTICULARIZANDO OS CARACTERES
A complexidade que permeia o processo educacional faz com que tracemos
novos (per)cursos, intencionando, sobretudo, tentarmos entender as verdadeiras
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
2
necessidades ou problemas perpassados no ensino. Para a realização, deste trabalho,
tivemos a imensa contribuição de uma escola pública da Rede Estadual de Ensino do
Município de Montes Claros/ Norte de Minas Gerais, a saber: Escola Estadual João de
Freitas Neto. Em consulta ao Projeto Político Pedagógico/ 2009, dessa Instituição de
Ensino, tivemos acesso a algumas informações relevantes para o nosso trabalho, assim
as definimos: a Escola Estadual João de Freitas Neto, atualmente, funciona tendo como
níveis o Ensino Fundamental (séries iniciais e finais), Ensino Médio e Ensino
Profissionalizante (Normal Médio). Além disso, a Escola conta com um Anexo no
município de São João da Vereda, funcionando com o Ensino Médio. A região onde a
Escola localiza-se é, em grande parte, uma região economicamente favorecida; contudo,
percebemos que a Escola não atende, prioritariamente, somente alunos/ moradores do
Bairro em que está localizada – a Escola tem atendido 12 bairros adjacentes (Major
Prates, etc), na sua maioria, alunos procedentes de famílias de baixa renda.
Concernente à infraestrutura dessa Escola, evidenciamos 10 (dez) salas de aula,
08 (oito) sanitários, cantina, pequenas dependências nas quais funcionam Secretaria
Escolar, Horta Escolar, Sala Aberta. No que diz respeito ao funcionamento da Quadra
Poliesportiva, tivemos acesso à informação de que a Escola utiliza a Quadra da
Associação de Moradores do Bairro em que está situada, em virtude de a quadra da
Escola não oferecer condições suficientes aos seus alunos, quanto à realização de
atividades esportivas. A Escola, atualmente, passa por problemas, a nosso ver, não
considerados inteiramente bons, a saber: existe uma sala na Escola Estadual João de
Freitas Neto que funciona como Sala dos Professores (onde fazem o intervalo e
dialogam), Biblioteca e, simultaneamente, Sala de Vídeo para os alunos. E ainda, o que
é mais lesivo – há computadores disponíveis na sala, os quais, no entanto, mostram-se
encaixotados, por falta de espaço físico dentro da Escola. Ora, temos conhecimento de
que a Biblioteca pode funcionar como fonte inspiradora de leitura, escrita e produção
textual para nossos alunos; dentro da Escola, aqui em análise, podemos considerar uma
possível ausência desse ambiente plácido para os educandos, o benefício do espaço
bibliotecário é algo, indubitavelmente, benéfico para a formação de bons e críticos
leitores. Todavia, essas dificuldades apontam para um complexo processo, o qual não
depende, somente, do corpo de profissionais que têm atuado na Escola Estadual João de
Freitas Neto.
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
3
Sequaz à natureza da nossa pesquisa, fizemos o Levantamento do Quadro de
Pessoal da Escola Estadual João de Freitas Neto. Vale mencionar que a Escola, no
momento, tem o apoio aproximado de 85 (oitenta e cinco) profissionais, sendo 62
(sessenta e dois) professores, 11 (onze) Auxiliares de Serviços Gerais, 06 (seis)
Auxiliares de Secretaria, 04 (quatro) Supervisores, 01 (um) Diretor, além do apoio de
02 (dois) Vice-Diretores. Ressaltamos, ainda, que o processo de seleção dos professores
é por meio do Concurso Público – comumente adotado por escolas da Rede Estadual de
Ensino. Os professores dessa Escola têm cumprido uma carga horária estabelecida em
18 h/a e estão guiados por regime estatutário. Esses professores possuem Ensino
Superior e curso de Pós-Graduação Lato Sensu, com experiência profissional anterior,
também, na Rede Estadual; a maioria dos professores detém de 15 a 20 anos de tempo
de trabalho no Ensino Fundamental. Informamos, ainda, que a Equipe Docente da
Escola Estadual João de Freitas Neto é assegurada a férias regulamentares, sendo que há
um recesso de 15 dias durante o mês de Julho e um período de férias composto de 30
dias no mês de Janeiro; a Escola e seu Anexo possuem um total de 805 alunos
matriculados, divididos em 03 turnos – matutino, vespertino e noturno. Há uma faixa
etária na Escola de alunos dos 06 aos 18 anos de idade atendidos, já o Anexo em São
João da Vereda atende no Ensino Médio um público com idade aproximada até os 24
anos de idade. Com relação ao procedimento de matrícula adotado por essa Escola,
tivemos acesso às seguintes informações: para os alunos veteranos, a renovação da
matrícula é feita pela Escola, para os demais o procedimento é o do Cadastro Escolar.
1.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SIMAVE
Êmulos à natureza deste trabalho, explanamos que as escolas da rede estadual e
municipal do Estado de Minas Gerais participam do Sistema Mineiro de Avaliação da
Educação Pública. A proposta para a realização do Simave foi criada no ano 2000, com
o objetivo de conhecer, entender e atender o sistema público mineiro de Educação; os
alunos das primeiras séries do Ensino Fundamental bem como os do 3º ano do Ensino
Médio são avaliados. Dessa maneira, avaliações anuais são realizadas em Minas Gerais,
verificando o desempenho dos alunos das redes estadual e municipal de ensino. A partir
das premissas anteriores, convém dizer que o Simave objetiva, a partir dos resultados
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
4
das provas, fornecer informações importantes para o planejamento de ações em todos os
níveis do sistema de ensino. Assim, o Simave, de acordo com dados encontrados no seu
site oficial, aponta as prioridades educacionais tanto para os professores, especialistas e
diretores quanto para os gestores do sistema, sendo, portanto, fundamental na definição
de ações para uma educação eficaz; nas palavras contidas no sítio do Simave encontrase, até mesmo, a seguinte assertiva: “Pela relevância de suas informações, o Simave é
um pilar do Projeto Estruturador do Governo de Minas Gerais.”
Considerando os fatos anteriormente apresentados, buscaremos compreender o
problema levantado na presente pesquisa, ombreados na definição feita por Demo
(1996) sobre o que seja o sistema de Avaliação. Assim, trataremos a avaliação como
“...avaliação qualitativa...” (DEMO, 1996, p. 42), a qual destaca, levando-se em
consideração a figura do professor, que este tipo de avaliação garante condições
favoráveis para a boa aprendizagem. No que diz respeito à figura do aluno, lembramos
que a avaliação qualitativa caracteriza-se como, utilizando as palavras de Demo, “...o
direito à oportunidade, que transcende sempre o mero desempenho quantitativo,
alojando-se em cheio no espaço da cidadania competente.” (DEMO, 1996, p.42). Em
outras palavras, essa direção proposta para a avaliação compreende que o aluno deve
aprender a tornar-se, antes de tudo, cidadão crítico e participativo. Nesse sentido, a
avaliação não quer apenas averiguar, por exemplo, se o aluno sabe Português, contudo
até que ponto a língua materna é um componente da cidadania do aluno.
Portanto, para o presente estudo, utilizando-se da coleta e verificação dos dados
dos alunos em Português na avaliação Simave, analisamos o efeito desses resultados das
provas na adoção de novas metodologias para uma “educação eficaz” ancorados,
sobretudo, no conceito de Avaliação proposto pelo sociólogo Pedro Demo (1996).
Relatou-nos, muito bem, Demo que “...só pode avaliar bem quem é bem avaliado”, daí a
necessidade do debate sobre o tema Avaliação em nossos contextos educacionais.
Nessa perspectiva, vimos por meio deste Relatório de Atividades, apresentado à
disciplina à Prática de Formação/ Articulação – Estágio Supervisionado na
Universidade Estadual de Montes Claros, registrar todas as observações e/ ou
investigações referentes aos resultados, na disciplina Português, no Sistema Mineiro de
Avaliação de Educação Pública. Assim sendo, analisando os resultados dos Simave/
2009, em Língua Portuguesa, dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
5
Estadual João de Freitas Neto, estabelecemos a seguinte avaliação: o resultado
apresentado pelos discentes dessa Escola pode ser considerado como razoável – com
Proficiência Média de 258,1 – em relação às outras escolas da Rede Estadual do
Município de Montes Claros e, até mesmo, do Estado de Minas Gerais, conforme
resultados a seguir:
Rede
Rede
Estadual
Municipal
252,1
243,9
254,1
235,7
Minas
Gerais
Montes
Claros
Quadro 01: Resultados Simave em Minas Gerais e Montes Claros
Durante o período de observação dentro da sala de aula, pudemos considerar
alguns aspectos valorativos à investigação; reiteramos que as aulas de Língua
Portuguesa no 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio foram
observadas. Diante disso, abandonando a pretensão de que apenas as assertivas
emitidas, neste trabalho, dão conta da verdade, buscamos, em primeira instância,
compreender como se dá o ensino de Língua Portuguesa visando, sobretudo, programas
do Governo do Estado como o Simave. Dessa forma, fomos capazes de perceber que as
aulas são quase que, totalmente, direcionadas ao preparo dos alunos para a realização de
testes de aprendizagem do Governo como, por exemplo, a Olimpíada de Língua
Portuguesa. Em nossa curta estada na Escola Estadual João de Freitas Neto –
observação de aulas em 03 dias consecutivos – as aulas de Português eram realizadas
seguindo as diretrizes da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa. Nesse sentido, nas
turmas do 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio foi feito um intenso
trabalho com crônicas para os alunos; notamos, ainda, que o trabalho com o referido
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
6
gênero é pertinente para os alunos dessa Escola, pois esses educandos, em sua maioria,
não realizam o ato da leitura fora do contexto da sala de aula. E mais, depreendemos,
inclusive, um ponto positivo no âmbito do ensino de Língua Materna – os profissionais
de Língua Portuguesa têm dividido a disciplina Português da seguinte maneira: durante
a semana, são realizados trabalhos de Leitura e Produção Textual, já aos sábados (aulas
de reposição) são trabalhados aspectos relacionados à tradição prevista pelas gramáticas
em competição.
1.2 AÇÕES LEVANTADAS, QUANTO À AVALIAÇÃO SIMAVE
Apropriando-nos das observações feitas sobre o questionário respondido pelos
alunos, apontamos para a seguinte discussão: a maioria dos alunos (75,86%) considera
pertinente o ensino de Português, tal como é trabalhado em sua Escola, sendo que a
maior parte das atividades, em Língua Portuguesa, é norteada pelo trabalho com Leitura
e Produção de Textos (41,37%). Além disso, esses alunos nos mostram que os
profissionais de Língua Materna sabem explicar, facilitam o conhecimento e as aulas
são agradáveis (79,31%). Com relação à Avaliação Simave, notamos certa falta de
autonomia, por parte dos alunos, no momento em que são indagados sobre a postura do
professor, quanto à Avaliação Simave; assim sendo, fizemos considerações gerais
norteadas pelo posicionamento desses alunos avaliados e avançamos na compreensão de
que os resultados da Avaliação Simave são comentados, pelos professores, quando há
necessidade. Em virtude disso, reiteramos a perspectiva apresentada, anteriormente,
pelo fato de os profissionais da Língua Materna terem nos relatado que, contemplando a
interdisciplinaridade, há, sempre, inferências de conteúdos de um para outro programa
estadual. Ainda nesse sentido, os educandos, em sua maioria, nos mostraram que, diante
da Avaliação Simave, o professor comenta os resultados do Simave – se bons ou ruins –
e, a partir disso, tenta diferenciar a aula, em função dos resultados nessa Avaliação
(27,58%). Diante disso, evidenciamos, ainda, que os alunos avaliados consideram
mediana a Avaliação Simave (34,48%), já que para a realização de uma boa Avaliação
do Simave, temas como Leitura, Produção e Interpretação de Textos, poderiam ser
trabalhados mais efetivamente, portanto, eficazmente (48,27%). Além disso, avançamos
para a compreensão, quase absoluta, de que, esses mesmos alunos avaliados,
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
7
consideram fundamental a realização da Avaliação Simave (93,1%), com a
fundamentação de que a referida Avaliação auxilia na testagem da aprendizagem do
aluno (41,37%). Ainda assim, avaliamos rotinas dos alunos da Escola Estadual João de
Freitas Neto e, dessa maneira, pudemos depreender que, quando fazem visitas à
Biblioteca, procuram, habitualmente, livros (75,86%) e, ainda, para tanto, fazem
questão de procurá-los diretamente na estante (55,17%).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A conclusão do nosso trabalho pode ser ombreada pelos seguintes aspectos: o
resultado razoável dos estudantes da Escola Estadual João de Freitas Neto, além dos
resultados coerentes encontrados nesta pesquisa, levam-nos à possível consideração de
uma favorável argumentação para a referida Instituição de Ensino. Na tentativa de poder
também contribuir para o esclarecimento da temática, desta pesquisa, fizemos análise do
Projeto Político Pedagógico/ 2009 e empenhamos para as nossas primeiras discussões,
nas quais tratamos do PDE – Plano de Desenvolvimento da Escola; para dar conta de
nossas previsões, identificamos que o Simave é contemplado no PDE e que, dentre
outros objetivos, o PDE prima analisar as áreas de risco apresentadas no boletim
pedagógico com os resultados dos testes do Simave. Ainda, como experiência,
acrescentamos que, no PPP/ 2009 observado, há estratégias do Projeto Recuperador –
Simave – como a Monitoria, na qual faz-se um levantamento dos alunos com
dificuldades de aprendizagem, por meio da aplicação de vários instrumentos de
avaliação, no que se refere aos níveis de leitura e escrita, dentre outros; reiteramos,
ainda, tal aspecto, a partir de alguns dados dos questionários respondidos pela
Supervisão e Professores, assim dizemos que essas respostas estão relacionadas com as
estratégias e ações adotadas para auxiliar os alunos, quanto à superação nas dificuldades
em Língua Portuguesa, tais como: os professores da Escola Estadual João de Freitas
Neto, em parceria com a Coordenação e Equipe Pedagógica, realizam propostas
concernentes aos estudos de recuperação – realizados, regularmente, no decorrer dos
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
8
períodos letivos, através de atividades escolares suplementares, orientadas pelo
professor de classe, com programação estabelecida pela Coordenação Pedagógica, como
exemplo, a referida Escola, de acordo com o PPP/ 2009, propõe oficinas de leitura para
os alunos, tendo como proposta assegurar o nível de leitura. Além disso, citamos outras
estratégias de Recuperação, previstas pelo PPP/ 2009, tais como a Implantação da
Pedagogia de Projetos – envolve professores e alunos conscientizando-os da
importância de se trabalhar com Projetos – e a Ação tida como Avaliação – os
professores iniciam o ano letivo com análise dos registros do ano anterior e realizam
diagnósticos individuais e da turma traçando, assim, estratégias necessárias;
interessantemente, os professores da mesma área ou disciplina formam grupos de estudo
para elaboração de provas. Concluímos, ainda, que todas essas estratégias e/ ou Projetos
de Recuperação de Alunos em Defasagem de Aprendizagem são realizados, em virtude
de os alunos apresentarem grande dificuldade na aprendizagem da Língua Portuguesa,
dentre outras disciplinas.
Assim, dizemos que a preocupação preponderante, na conclusão deste trabalho,
consiste em descrever que existe, de alguma maneira, uma interconexão entre a adoção
de novas ações de ensino e programas – testes de aprendizagem – do governo. Portanto,
apanhamos gestos indicadores para tal conclusão e, também, apontamos para a seguinte
mediação: não sabemos, absolutamente, se todas as estratégias apontadas, pelo PPP/
2009, da Escola Estadual João de Freitas Neto são, efetivamente, postas em prática;
todavia, abrimos a discussão e produzimos a fundamentação de que a referida Escola
parte, sim, da questão e/ ou proposta delineadas pelos testes escritos dos programas do
governo do Estado de Minas Gerais, além dos trabalhos realizados, a nível nacional,
como a Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa. Efetuamos, por assim dizer, uma
boa prática reflexiva pelo fato de, além do contato direto com o pessoal de uma
Instituição Escolar, empenharmos para a produção de uma ação tida, como Silveira
(1995), “...processo subordinado à representação do resultado que se deve alcançar”. Os
debates nos direcionam a conclusões, como respondeu nossa, então, questionada
Professora de Língua Portuguesa, de que “Sempre haverá mudanças, a partir do
momento que já estamos embasados nos descritores como todos...”. Logo, concluímos
que, meramente, nos apropriamos de forma ativa, da nossa experiência, a qual já nos
direciona para a orientação de que o ensino e a pesquisa podem “caminhar” para um
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
9
mesmo fim, desde que a ação consiga, ao menos, compreender a proposta multifacetada
do complexo sistema de ensinoaprendizagem.
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Avaliação sob o olhar propedêutico. Campinas: Papirus, 1996.
FRANCO, Ângela. Metodologia de Ensino: Didática. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1997.
______. Metodologia de Ensino: Língua Portuguesa. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1997.
GAMBOA, Silvio Sánchez. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias.
Chapecó: Argos, 2007.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos,
pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. São
Paulo: Atlas, 1992.
NEVES, Lúcia Maria Wanderley. Educação e Política no Brasil de hoje. São Paulo:
Cortez, 2005.
SILVEIRA, Maria Helena. IN: Salto para o Futuro: Educação do olhar. Série de
estudos. Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, SEED,
1998.
Sites consultados:
www.simave.caedufjf.net/simave/inicio.faces. Acesso em 14.06.10.
www.educacao.mg.gov.br/projetos/projetos-estruturadores/421-simave.
Acesso
14.06.10.
_____________________________________________________________________________________
ANAIS DO 1O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA EDUCAÇÃO
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo –
Campus de Pirapora – Pirapora/MG - novembro/2010
em
Download

Visualizar - congresso