www.jhoje.com.br POLÍCIA 13
Cascavel, 31 de março de 2014
Tiro e
Queda
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Ferimentos leves
Ex-policial militar preso
Thiago de Jesus Morais, 22 anos, ficou ferido ao se
envolver em um acidente na Rua Pedro Maria Neto,
Bairro Santa Felicidade. A colisão envolveu um Punto,
de Curitiba, e um Verona, de Cascavel, que Thiago
conduzia. Com ferimentos leves, ele foi levado à UPA I.
O ex-policial militar Leandro Amaria, 38 anos, foi preso na
manhã de ontem, na Rua Manoel de Nóbrega, Bairro
Parque São Paulo, em Cascavel. Contra ele havia um
mandado de prisão, expedido em dezembro de 2013. Ele
é acusado de participar de um roubo a contrabandista.
Violência em Cascavel em 2014
Mortes violentas
Tentativas de Homicídio
Acidentes com vítima
Mortes no trânsito
Assaltos
Veíc. roubados/furtados
25
37
578
11
123
40
TIAGO DE AMORIM NOVAES SAMPAIO MORREU COM MESMO MODELO DE PISTOLA E QUANTIDADE DE TIROS
Foragido, ex-policial é morto com
sete tiros de arma nove milímetros
Reportagem de Josimar Bagatoli e
Aílton Santos
oragido da Justiça, acusado de mandar matar o
deputado estadual e repórter Tiago de Amorim Novaes, o ex-policial civil, João Adão
Sampaio Schisler, foi executado na cidade de La Paloma del
Espíritu Santo, que fica a 195
quilômetros de Ciudad Del
Este e a apenas 35 quilômetros de Salto Del Guairá.
Diante do apontamento do
MP (Ministério Público), Sampaio chegou a ser preso, mas
obteve um habeas corpus. Um
novo mandado de prisão pre-
F
ventiva foi decretado, no entanto, o ex-policial civil já havia fugido ao país vizinho.
No Paraguai, João Adão
Sampaio Schisler usava documentos falsos. Ele passou a
ser Paulo Ricardo Aparecida,
de 45 anos, e trabalhava como
segurança de um dos principais fabricantes de cigarros paraguaios. Mesmo foragido, fontes que o Hoje teve contato
com exclusividade apontam
que ele vinha com frequência
ao Brasil. “Fazia anos que ele
morava em La Paloma. Inclusive, ele ia e voltava do Paraguai
com muita frequência”.
Na madrugada de ontem, o
corpo do ex-policial civil foi encontrado em um comércio, não
especificado pelos policiais.
Ele foi morto a tiros, com a
suposta esposa, Lucélia Leandro, 24 anos. A mulher era natural de Mato Grosso do Sul,
onde os pais vivem atualmente. “Eles moravam juntos há
pouco tempo”, diz uma fonte,
que terá o nome preservado
pela reportagem.
Foram sete disparos de
arma de fogo, calibre nove milímetros, contra o ex-policial, e
sete contra a mulher. A arma
possuía o mesmo calibre usa-
do para matar o deputado. O
tiro fatal atingiu o olho esquerdo de Sampaio. Ele recebeu a
mesma quantidade de tiros
que o deputado estadual, em
18 de dezembro de 2001.
O corpo da mulher foi recolhido pela polícia paraguaia e
retirado pela família ainda ontem. Já o corpo do ex-policial civil continuava a espera dos familiares. Informações extraoficiais obtidas pelo Hoje com exclusividade dão conta de que
parentes de Sampaio tentavam
fazer o translado do corpo ao
Brasil, mas a dificuldade estava relacionada à documentação.
Conheça o caso
João Adão Sampaio Schisler
foi apontado pelo Ministério
Público como o possível
Sampaio atuava na Polícia Civil
mandante do crime. Em
quando o deputado foi assassinado
dezembro de 2001, ele era
chefe da Seção de Repressão a Furtos e Roubos da Polícia Civil de Cascavel. Desde
o início da investigação, foi afirmado que a execução de
Tiago Amorim estaria, de alguma forma, relacionada ao
assassinato do ex-presidiário Abelino de Jesus Oliveira, o
“Abelha”. Ao descobrir a trama montada para matar
Abelino, Tiago começou a apontar o policial Sampaio como
mandante do crime. Foram essas as acusações feitas por
Tiago que teriam provocado sua própria morte, na noite de
18 de dezembro de 2001.
Cerca de três anos após o assassinato do parlamentar,
uma pistola Tanfóglio, calibre 9 milímetros e de fabricação
italiana, foi apreendida pela PIC (Promotoria de Investigação Criminal), em uma propriedade rural, na região de
Lindoeste. Contudo, se a
pistola chegou a ser
submetida à perícia
técnica e a um confronto
balístico, o resultado
nunca foi divulgado.
Tiago foi morto em frente ao prédio onde morava
Morte
O assassinato do
deputado Tiago de
Amorim Novaes ocorreu na porta do prédio
onde ele morava. Ele
havia acabado de
embarcar no Vectra
oficial da Assembleia
Legislativa, quando foi
abordado por um
motociclista. Após
poucas palavras,
recebeu sete tiros de
uma pistola calibre 9
milímetros. Tiago
chegou a sacar a
arma, mas não disparou. Ele morreu dentro
do carro.
Velório foi em Assis Chateaubriand
Assessores mortos
Dois homens que assessoravam o deputado estadual Tiago de Amorim Novaes também
foram assassinados. Daniel Alcântara, conhecido como “Malinha”, desapareceu sem
deixar pistas, deixando para trás um imóvel no Jardim Nova Iorque, em Cascavel, e um
veículo importado Audi na garagem.
Em 12 de junho de 2006 foi encontrado o corpo de Luiz Cláudio Alves Carvalho, 37 anos,
conhecido como “Malão”, outro assessor de Tiago. Luiz Cláudio foi assassinado a tiros no
quintal da casa onde morava, no Bairro Coqueiral. “Malão” teria sido surpreendido no
momento em que iria abrir a porta da residência. Ele havia acabado de estacionar o veículo.
Ao todo, foram sete tiros de uma pistola calibre nove milímetros e de revólver 38.
Acusado chegou a ser preso, mas foi
solto poucos dias depois
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Morte - Jornal Hoje