Exegese bíblica – Mt 28,16-20
Nutrição da vida cristã
Adão Salgado Vaz de Faria
Adão Salgado Vaz de Faria
Os Autores dos Livros Sagrados do
Novo Testamento tiveram todos o
A Ressurreição do Senhor,
cuidado de nos deixar testemunhos
tão evidentemente demonstrada
irrefutáveis do portentoso Milagre
por factos de eloquente valor
da Ressurreição.
A ordem dada pelo Senhor aos
Apóstolos,
ao
aparecer-lhes
na
apologético, contra os quais nada
tem podido todo o formidável
Galileia, estende-se a todos os que
ataque racionalista e ateu, é uma
já conhecem a doutrina da Salvação
triunfante e animadora resposta
e dela participam, pela recepção do
baptismo. O Concílio Vaticano II
urgiu esta imperiosa obrigação de
todo o cristão.
São verdadeiramente confortantes
as últimas palavras do Senhor,
aos mais cruciantes problemas,
que preocupam a razão humana,
principalmente o problema da dor
e o problema do além, tanto no
registadas pelo Evangelista, sendo
que diz respeito à alma como ao
conveniente meditá-las bem, neste
tempos em que a luta do cristão se
corpo.
torna mais difícil e perigosa, em
razão dos meios, de que dispõem os
O Apóstolo S. Paulo dá a
inimigos de Deus e das Obras de
esta verdade (Ressurreição) uma
Deus.
Uma santa preparação para a Festa
importância capital, pois sem o
do Pentecostes, seguida duma plena
seu valor a doutrina cristã
vivência dessa Festa é da maior im-
seria, realmente, um escândalo
portância para o cumprimento do
ou uma loucura, como a
dever do Apostolado, garantindo o
considerariam, respectivamente,
necessário auxílio divino para esse
cumprimento.
os judeus e os pagãos.
verdadeiramente no Senhor e pedirem
Boletim quinzenal
Ano preparatório dos 25 anos de morte: 12-01-1990 | 12-01-2015
Nº11 | 01 de Junho | 2014
Congregação da Divina Providência e Sagrada Família
Uma luz que não se apagou
Pe. Dr. José Jesus Ribeiro | Sande – S. Clemente
Ouvi muitas vezes o Senhor Dr. Adão, ao falar na liturgia de defuntos, servir-se
do texto: defunctus adhuc Ioquitur, que se traduz por o defunto ainda fala. E se é
verdadeira a frase, porque a morte é a grande lição para a vida, com o Senhor Dr.
Adão isto se realiza plenamente.
Ele ainda fala, a sua vida deixa um rasto resplandecente de luz, as suas pregações
se ouvem de vale em serra, o vigor dos seus passos, pelos caminhos tão longos e
tão difíceis, ainda soam nos nossos ouvidos, as suas virtudes ainda aquecem a
nossa alma e revigoram a nossa fé. Aquela vida continua a brilhar.
Quem acompanhou a sua vida e assistiu aos primeiros passos da sua obra, e que
difíceis eles foram! reconhece que ele se desviou, às vezes dos caminhos que os
homens lhe indicavam, para seguir o chamamento do Mestre.
Dizia alguém: que grande futuro ele podia ter, como ele podia ter subido nos
degraus da Igreja, quantas obras podia ter escrito! Mas ele escolheu outros
caminhos: a simplicidade, a generosidade, o apostolado sem recompensa humana,
um combate que, às vezes parecia levar a uma derrota inglória.
Quantas vezes era apoucado, até por irmãos no sacerdócio, e olhado com pouco
apreço pelos que se dedicavam ao apostolado em camadas mais elevadas. Ele
respondia com um sorriso e seguia impávido o seu caminho, porque esse era o
caminho que Deus lhe traçara. E foi difícil esse caminho. Longas caminhadas a
pé, noites passadas ao relento ou gastas em longas horas de confessionário; um
pouco de sono ou em viagem ou reclinado numa cadeira à espera que o
despertador lhe marcasse outra viagem para outro serviço apostólico. Nunca se
escusava ao trabalho, nunca se cansava do cansaço. Era um homem estranho
diziam. Mas não foram os Santos homens estranhos, incompreendidos,
marginalizados? E o Senhor Dr. Adão era um santo em corpo inteiro.
Ao tratar com ele sentíamos um suave encanto, uma alegria contagiante. Um
sorriso de criança, uma palavra sempre a propósito, uma resposta pronta e bemhumorada e até um dito espirituoso e uma ironia fina.
Nunca se irritava, nunca mostrava um rosto zangado, nunca ofendia ou guardava
ressentimento. Venceu grandes dificuldades, acreditava no que parecia
impossível. Como o Apóstolo podia dizer: tudo posso n’Aquele que me conforta.
No silêncio do seu túmulo ele continua a ensinar. No repouso da morte ele
continua a iluminar. Todos lhe devemos muito.
Ele continua a ajudar-nos, porque a sua luz nunca se apagará.
Flashes da Abertura do ano de Preparação
dos 25 anos de morte do Fundador
No dia doze de Janeiro de dois mil e catorze a Comunidade despertou em
festa, porque se iniciou a preparação da celebração dos vinte e cinco anos
da morte do Fundador - Cónego Doutor Adão Salgado
Vaz de Faria. Na verdade foram dois os momentos,
significativos deste dia.
O primeiro foi vivido na intimidade da comunidade. A
celebração da Eucaristia, que procuramos solenizar e
que coincidiu com a celebração do Baptismo.
Após a celebração da Eucaristia seguiu-se o almoço
convivia. Terminado este, a Comunidade dirigiu-se
para a Casa Mãe.
O segundo momento foi vivido em ambiente de
fraternidade congregacional na Casa Mãe. A riqueza
deste momento fica para ser registado na crónica da
Comunidade, que aí reside, mas não podemos deixar
de registar, que foi um momento rico pela celebração
da Eucaristia e pelo convívio entre Irmãs de diferentes
Comunidades, familiares do Fundador e pessoas da
comunidade paroquial. Deste momento resta-nos dizer
um obrigado às Irmãs que vivem na Casa Mãe, pelo
ambiente que foram capazes de nos proporcionar.
De regresso à nossa Comunidade, reunimo-nos para a celebração de
vésperas.
O dia foi como que uma rampa de lançamento para este ano de graça, que
o Senhor Jesus no Seu amor nos oferece, de preparação para a celebração
dos vinte e cinco anos da morte do nosso querido Fundador. Que ele no
céu interceda por nós, para que saibamos viver e actualizar o carisma que
nos legou.
Comunidade Casa geral - Braga
Download

Boletim o Caminhante Nº 11 - Congregação da Divina Providência