O cinema vai à guerra é uma obra
Professor titular em História Moderna e
Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professor Emérito do Programa de Pós-Graduação em
Assuntos Militares da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME).
Doutor em História pela Universidade
Livre de Berlim e Universidade Federal
Fluminense. Coordenador da Rede de
Estudos do Tempo Presente.
A narrativa fílmica, sob diversas formas, é, sem dúvida, a principal
concorrente da narrativa histórica. Muito do que todas as pessoas
sabem no mundo sobre algum fato ou processo histórico – das passagens da Antiguidade Clássica até as grandes Guerras Mundiais, passando por personagens como Chica da Silva, Sigmund Freud ou Júlio
César – advém de filmes a que assistiram em alguma época de suas
vidas. Não cabe, e isso queremos deixar claro desde sempre, “corrigir” ou “enquadrar” as narrativas fílmicas conforme os cânones, na
Karl Schurster
maioria das vezes bastante aborrecidos, da história acadêmica;
trata-se, em verdade, de deixar fluir, conviver, a diversidade de narrativas e extrair de todas, e de cada uma, as representações que diretores, roteiristas, montadores, produtores, diretores de imagem e som,
figurinistas e cenógrafos – fizeram em algum momento da história.
Se leram a história desta ou daquela forma, e tal leitura foi recepcionada por milhares, por vezes milhões de pessoas, as quais considera-
Igor Lapsky
ram tal narrativa digna de ser comentada, debatida e muitas vezes
passada à frente como história, então tais profissionais produziram,
eles mesmos, material para o historiador.
Capa: Vinicius Dias
Foto: [email protected]
Professor do Departamento de História
da Universidade Cândido Mendes e
doutor em História pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Membro da
Rede de Estudos do Tempo Presente.
Francisco Carlos Teixeira da Silva | Karl Schurster Sousa Leão | Igor Lapsky (Organizadores)
Professor do Programa de Pós-Graduação
em Educação da Universidade Federal
de Pernambuco e professor adjunto da
Universidade de Pernambuco (UPE).
Doutor em História pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Coordenador
da linha de tempo presente no Grupo de
Estudos Sociocultural da América
Latina da UPE.
que deveu-se à dedicação da maior
parte dos seus organizadores aos
temas envolvendo os fascismos, as
guerras e as opções pela paz.
Assim, combinamos o conhecimento histórico específico – sobre
guerras e a violência dos conflitos
contemporâneos – e a paixão pelo
cinema, optando por corte cronológico centrado nos séculos XX e XXI;
embora isso não impeça digressões
aos cinemas épicos e históricos
voltados para tempos remotos,
como criadores de modelos e de
formas narrativas.
O CINEMA VAI A GUERRA
Francisco Carlos Teixeira da Silva
a
Francisco Carlos Teixeira da Silv
Karl Schurster Sousa Leão
Igor Lapsky
(Organizadores)
O livro possui objetivos variados,
entre eles a pura fruição do prazer
de ver e rever obras que amamos,
que nos contam – de forma real ou
alegórica – as relações tensas entre
cinema e história. Queríamos,
também, explicitar, para amigos,
alunos e o público em geral, pequenas e grandes propostas de homens
como D.W. Griffith, Fritz Lang, F.
Murnau, Charles Chaplin, Jean
Renoir, William Wyler, Francis Ford
Copolla, Olivier Stone, Robert
Altman e tantos (tantos mesmo!)
sobre o que é a história.
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