XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitári a e Ambient al III-110 - A PRODUÇÃO DE COMPOSTO VEGETAL DE ORIGEM URBANA: O USO DO TRATOR DE ESTEIRAS COMO ALTERNATIVA AO PICADOR DE RESÍDUOS ARBÓREOS Celso Copstein Waldemar(1) Engenheiro Agrônomo. Mestre em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Obteve o Prêmio “Associação Paulista dos Fabricantes de Papel e Celulose”, por trabalho de pesquisa na área de reaproveitamento agronômico de resíduos sólidos industriais na Riocell S/A, Guaíba-RS. Atualmente Trabalha na Divisão de Destino Final do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Endereço(1): Rua Corte Real 122/304 - Porto Alegre - RS - CEP: 90630-080 - Brasil Tel: (51) 330-9976 - e-mail: [email protected] RESUMO Com a implantação em Porto Alegre do Sistema Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Porto Alegre, a partir de 1995 iniciou-se o reaproveitamento de resíduos vegetais oriundo de áreas verdes e da arborização urbana através da compostagem e do beneficiamento de troncos e ramos em lenha. Atualmente os resíduos a serem compostados tem o seu tamanho reduzido através de dois métodos distintos. O picador de resíduos arbóreos normalmente trabalha com galhos de até 10 cm de diâmetro e que, após bioestabilizados, podem ser destinados ao uso agrícola sem a necessidade de peneiramento. Resíduos arbóreos de pequeno porte e resíduos herbáceos como aparas de grama não são aceitos para um picador de porte médio. A trituração e diminuição do tamanho dos resíduos verdes enleirados pela passada sucessiva de um trator de esteiras, permite, numa metodologia inédita, a compostagem de uma ampla variedade de vegetais arbóreos e herbáceos com o mesmo período de bioestabilização (10-12 meses) que o composto obtido pelo picador . Porém necessita ser peneirado para uma utilização mais nobre. Uma hora de trabalho é o suficiente para processar o material recebido diariamente (sem considerar o peneiramento). As prefeituras que decidirem reaproveitar os resíduos da arborização e de áreas verdes urbanas, devem considerar a alternativa de utilizar um trator de esteiras e uma peneira rotativa ao invés de adquirir um picador de resíduos arbóreos. O uso de trator de esteiras no tratamento de resíduos vegetais torna-se vantajoso quando um pátio de compostagem de resíduos vegetais for locado junto a um aterro sanitário ou aterro de inertes. Nestas condições o equipamento desempenha dupla função, operando na frente de serviço e complementariamente triturando e compactando os resíduos vegetais . PALAVRAS-CHAVE: Composto Vegetal, Resíduos Arbóreos, Trator de Esteiras, Picador. INTRODUÇÃO Uma avaliação da procedência dos resíduos sólidos destinados aos aterros de uma cidade de médio ou grande porte, seja no Brasil ou em outras partes do mundo revela uma considerável fração vegetal oriunda de áreas verdes públicas, de jardins residenciais e de áreas comerciais e das vias públicas. Estima-se em um milhão o número de árvores localizados nos logradouros públicos da cidade. Segundo o Plano Diretor de Arborização de Vias Públicas de Porto Alegre, as áreas verdes públicas, correspondem a 19.596.796 m2, entre áreas urbanizadas, higienizadas e não urbanizadas, distribuídas em 505 praças e 07 parques urbanizados. São recolhidas destas áreas cerca de 38 m3/dia ou 11.990/m3/ano (PORTO ALEGRE, 2000). No estado da Califórnia, E.U.A, este componente representa a maior fração dos resíduos dispostos em aterros públicos (WARNET,1996). Em Porto Alegre, são cerca de 150-200 m3/dia ou 55-73.000/m3/ano de distintos materiais com grande potencial de reaproveitamento. Antes da implantação do Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do município, tais resíduos eram depositados em aterros (REICHERT, 1999). A partir de 1995, a municipalidade vem trabalhando na compostagem de resíduos urbanos. Já foram produzidos compostos oriundos de resíduos vegetais urbanos puros e misturados com resíduos da comercialização de alimentos da CEASA do município (WALDEMAR, 2000). ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitári a e Ambient al Este composto é preparado através da fermentação aeróbia da matéria orgânica na qual ocorre uma fase termofílica ( 45º- 65 ºC). A maioria do material verde processado é oriundo do trabalho de limpeza das vias públicas, das equipes de arborização urbana e de conservação de praças e pelas empresas prestadoras de serviços a Companhia Estadual de Energia Elétrica e que respondem pela manutenção da rede elétrica urbana. O destino prioritário do composto vegetal visa atender a necessidade de adubo orgânico e condicionador de solo de horticultores da região metropolitana O uso do composto de resíduos vegetais de origem domiciliar e de áreas verdes na agricultura aumenta o teor de matéria orgânica no solo , produz uma população microbiana do solo maior e mais diversificada, reduz a perda de nutrientes no solo por lixiviação, aumenta a capacidade de retenção de umidade além de liberar nutrientes as culturas. Os seus benefícios ambientais também são importantes: a sua utilização aumenta a vida útil dos aterros públicos e diminui o risco da contaminação do lençol freático por nitratos ( WARNERT, 1996 ). O uso do composto de resíduos vegetais na horticultura pode contribuir para o controle de doenças de plantas, principalmente aquelas induzidas por patógenos habitantes ou invasores do solo (PEREIRA et. al.,1996). A compostagem de resíduos verdes pode ser feita com picadores ou trituradores ou por outros equipamentos. BUTTERWORTH (1998) recomenda o uso de uma empilhadeira frontal com braço telescópico na produção de composto por compactação ( “Deep Clamp Composting” ). Os objetivos do atual trabalho incluem a descrição do processo de compostagem utilizando o trator de esteiras e a sua comparação com o processo que utiliza o picador de resíduos arbóreos. PROCESSOS DESENVOLVIDOS Em Porto Alegre o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM) reaproveitam seus resíduos verdes. No DMLU, reaproveitamento destes resíduos ocorre nas suas 2 Centrais de Podas, localizadas nos Aterros de Inertes João Paris e Serraria. Os troncos e ramos maiores são fornecidas a olarias e trocadas por tijolos, utilizados na construções de edificações do próprio Departamento. Na Central, um funcionário faz a triagem e orienta os motoristas a descarregarem separadamente o material a ser reaproveitado como lenha ou composto. A compostagem dos resíduos está sendo realizada por 2 métodos: • • através de um picador de resíduos arbóreos de porte médio que uniformiza e diminui o tamanho das partículas a serem humificadas e que aceita ramos de até 10cm. através da compactação de um trator de esteiras, de 22 toneladas de peso, que diminui o tamanho do material a ser fermentado. No aterro João Paris, o composto é produzido com o auxilio do Trator de Esteiras. No aterro da Serraria, os dois sistemas de compostagem funcionam de forma complementar; os resíduos herbáceos e os resíduos arbóreos, que não puderam por motivos técnicos, ser triturados pelo picador, são compactados e enleirados pelo trator de esteiras. A SMAM possui um picador de grande porte, localizado no Parque Marinha do Brasil. A UTILIZAÇÃO DO TRITURADOR DE RESÍDUOS ARBÓREOS O Picador, de porte médio, (comprimento 2,92 m, altura 3,35 m e abertura de alimentação 0,22 x 0,35 m) é acionado por motor Diessel. Três funcionários são necessários para trabalhar com este picador. Dois deles cortam os galhos a facão, afim de permitir que o terceiro funcionário os coloque junto a fonte de alimentação. Especial atenção é dada a presença de arame e pregos pois podem ocasionar sérios acidentes pessoais e perfurar a tubulação do triturador. É um equipamento cujo tipo de material passível de ser processado é bem especifico: são os resíduos arbóreos de diâmetro igual ou menor que 10 cm. Dispensa o uso de uma peneira pois o material picado, antes de estar curado já apresenta uma boa granulometria. No entanto possui alguns inconvenientes técnicos e operacionais (ver também tabela 4): • • Não trabalha em dias de chuva a céu aberto, evita-se processar o material seco ao sol após 3 dias, não aceita material com erva de passarinho (hemi-parasita), nem Ligustro (Ligustrum japonicum), a árvore mais plantada na zona urbana de Porto Alegre já que estas trancam no seu interior. Necessita ser rebocado, demanda, no nosso caso, de 4 a 8 horas de trabalho para processar o material recebido diariamente. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitári a e Ambient al A TRITURAÇÃO E COMPACTAÇÃO DE RESÍDUOS ARBÓREOS E HERBÁCEOS PELO TRATOR DE ESTEIRAS Este sistema resulta no aperfeiçoamento e adaptação, para o nosso contexto, do sistema de compostagem realizado pela municipalidade de Darmstadt, na Alemanha (WEBER, 1989). Com a passagem repetida de um trator de esteiras, o material tem o seu tamanho reduzido, devido a quebra de ramos pelo peso do trator e pelo seu corte pelos “dentes” (saliências) existentes na esteira, atingido a carga uma redução de volume da ordem de 80%. Forma-se então um “colchão”, trafegável, a qualquer tempo, que puxa a água do solo e que tem capacidade de armazená-lo por capilaridade, pois é pressionado contra o solo. Esta superposição de camadas, acompanhado de trituração e esmagamento, repete-se pelo menos de 5 a 7 vezes, até a pilha, atingir uma altura mínima de 2-3 metros e uma largura de 5 metros. Em poucos dias, a temperatura chegará a 60-65°, permanecendo, geralmente, nestes valores por até 10 meses consecutivos. Através da estrutura variada que caracteriza esta leira com resíduos arbóreos e herbáceos, ficam assegurados a porosidade da leira bem como os processos aeróbios, ainda antes da decomposição definitiva. Durante o ciclo de 10-12 meses de maturação das leiras, o revolvimento deve ser realizado no mínimo a cada 3 meses. Findo este período, o material deve ser peneirado, e o seu rejeito, misturado as pilhas novas, como fonte de inócuo. Este sistema apresenta como vantagens, o fato de processar não só os resíduos arbóreos, mas também os resíduos herbáceos. Além disso, requer na nossa situação, não mais que uma hora de serviço diário e enleira o material em qualquer condição climática. O tempo de cura do resíduo por este sistema, até a sua bioestabilização é de 10-12 meses, o mesmo período do sistema que usa o picador, pois ocorre uma maior retenção de água por capilaridade, ao contrário da leira com resíduos picados que por ser muito porosa, tende a perder muita umidade por evaporação. Este processo contrabalança a desvantagem deste sistema, por nós desenvolvido, que possui um maior tamanho de partícula. RESULTADOS Na Tabela 1 está apresentado a estimativa de produção e período de produção dos dois sistemas de compostagem para o ano 2000. Na tabela 2 estão apresentados os teores de alguns macronutrientes e Carbono dos insumos avaliados. Tabela 1. Estimativa e período de produção até a bioestabilização do Composto de Resíduos Vegetais Urbanos processado em Porto Alegre. Sistema de Estimativa de Estimativa de Ciclo de Produção Compostagem produção/dia(t) produção/ano(t) (meses) Com trator de esteiras e 5,6 1800 10-12 peneira rotativa Com picador de resíduos 1,9 608 10-12 arbóreos Pelos seus teores de nutrientes, o uso destes produtos na agricultura pode reduzir ou eliminar a necessidade de outros substratos ou fertilizantes minerais quando utilizados na dosagem recomendada (Tabela 2). Tabela 2. Comparação dos Teores Totais de Nitrogênio, Fósforo e Potássio e Carbono. MATERIAL N (mg/l) P(mg/l) K(mg/l) C/N Composto de Resíduos Vegetais Urbanos 16.600 2.000 7.600 14,7 produzido pelo picador com 12 meses de idade Composto de Resíduos Vegetais Urbanos 16.000 1.200* 2.800 14 produzido pelo sistema de trator de esteiras com 14 meses de idade * teor em composto de 24 meses (Laboratório de Solos-UFRGS,1998-2000). ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitári a e Ambient al AVALIAÇÃO DO PENEIRAMENTO DE RESÍDUOS VEGETAIS URBANOS TRITURADOS POR COMPACTAÇÃO Em 1998 e 2000, foi realizado uma amostragem de 4 cargas da leira 1 e a metade da leira 2 da central do aterro João Paris, produzidas entre 1997 e 1998, com a finalidade de avaliar a porcentagem de resíduo verde capaz de passar por uma peneira de 20 mm de malha (tabela 3). As cargas foram transportadas por caminhões e pesadas em balança rodoviária. O rendimento médio de 31.840 kg de composto “in natura” foi de 62,9%. Para nossa surpresa, o rejeito do peneiramento, constituído maioritariamente por galhos finos e médios e composto aderido a estes, ao invés de ser disposto em nossos aterros de inertes, encontra aceitação junto aos agricultores, desde que sem custo. É utilizado na melhoria física dos seus solos. TABELA 3. Avaliação do peneiramento do composto de resíduos vegetais urbanos triturados por trator de esteiras das leira 1 (amostra 1á 4) e da leira 2 ( amostra 5) do aterro João Paris (Kg). Determinação Amostra1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Amostra 5 Peso da amostra “in natura” 2.360 3.090 2.860 1.590 21.940 Peso da amostra peneirada 1.120 1.350 1.290 920 15.350 Rendimento por amostra(%) 47,5 43,7 45,1 57,7 70,0 Rendimento médio(%) 62,9 QUANTIFICAÇÃO DO VOLUME DE RESÍDUOS DESTINADOS AO PICADOR E AO TRATOR DE ESTEIRAS Num período de 12 dias úteis, de 15 á 28 de Agosto de 2000, realizou-se na Central de Podas do Aterro da Serraria, a quantificação do volume de resíduos vegetais a serem processados como composto orgânico. Foram formadas duas leiras, uma para ser processada pelo picador de porte médio e a outra pelo trator de esteiras. Após retirou-se os troncos e ramos grossos com mais de 10 cm de diâmetro, aptos a servir de lenha. As leiras foram compactadas pelo trator de esteiras afim de avaliar com maior precisão os seus volumes, já que in natura, a cubagem do material é bastante imprecisa. O volume total segregado atingiu 158,3 m³. A leira com material adequado a passar pelo picador mediu 56,37m3 (35,6% do resíduo) e aquela que só pode ser processada pelo trator de esteiras mediu 101,93m3 (64,4% do resíduo). A rejeição pelo picador ocorreu principalmente pela dimensões menores que 2,0m dos ramos, a presença de espécies com forquilhas que emperram no equipamento e a presença de ramos com erva de passarinho. A produtividade do sistema de tratamento do resíduo cru com o picador (4,70 m³/dia) e com o trator de esteiras (8,49 m³/dia) indica um volume 80,8% maior (8,49 / 4,70 m³) tratado pelo trator de esteiras em relação ao picador. Como no sistema com o trator de esteiras é necessário o peneiramento, (com rendimento de 62,9%), a sua produtividade de composto curado, com base nestes dados, é 28,5% maior (80,8/62,9) que o sistema com o picador de porte médio. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitári a e Ambient al COMPARAÇÃO ENTRE OS DOIS SISTEMAS DE COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS VEGETAIS São apresentados na tabela 4, as características básicas na operacionalidade deste dois sistemas. TABELA 4. Aspectos operacionais do uso dos picadores de médio (PMP) e grande porte (PGP) e do Trator de Esteiras na compostagem de resíduos vegetais. PICADORES TRATOR DE ESTEIRAS PMP: processa 40-70 m3/dia de resíduo in natura, Processa 300m3 ou mais por dia. Uma hora PGP: processa até 100-120 m3/dia de resíduo in de trabalho diário é o suficiente para natura para 8 horas diárias de trabalho por dia. processar o material recebido (sem considerar o peneiramento). Ciclo de produção de 10-12 meses. Ciclo de produção de 10-12 meses. Aparas de grama, oriundos da roçada da faixa de domínio de estradas e de canteiros centrais de avenidas e os resíduos herbáceos gerados pela conservação de jardins não são processados por este sistema: PMP -por inviabilidade técnica, PGP- para evitar danos ao equipamento por objetos metálicos misturados Também não aceitam plantas aquáticas, serragem e casca de arroz Aceita resíduos herbáceos principalmente aparas de gramíneas e de folhagens de jardim, que contribuem com expressivo número de viagens/dia nas central de podas de Porto Alegre. Aceita plantas aquáticas, serragem e casca de arroz Não é necessário o peneiramento. Para trabalhar numa central de podas necessita ser rebocado por um trator ou, quando estacionário, deve ser apoiado por uma retroescavadeira e caminhão para o transporte do material picado para área de compostagem. É necessário ser peneirado para uma utilização mais nobre. Para tanto o apoio de uma retroescavadeira e de caminhão é essencial. . Uma Central de Podas necessita, além de 1ou 2 funcionários para fazer a triagem das cargas, no mínimo mais 3 funcionários para ter um rendimento satisfatório. Para PMP é preciso padronizar as dimensões dos resíduos arbóreos antes de introduzilo no bocal. A Central de Podas que trabalha com o trator de esteiras necessita de 1ou 2 funcionários para fazer a triagem das cargas e mais 1 operador de retroescavadeira e um motorista de caminhão para transportar o composto peneirado e o seu rejeito. PGP: Aceita qualquer resíduo arbóreo. PMP: Não é recomendável aceitar material seco ao sol após 3 dias de exposição, nem com barro para não danificar as lâmina de corte. Não aceita resíduo arbóreo com menos de 2 metros de comprimento por questão de segurança dos funcionários. Não aceita material com erva de passarinho, nem árvores que como o Ligustro - árvore mais plantada em Porto Alegreque tenham forquilhas volumosas (ambos ficam presas no interior do equipamento) ou que contenham pregos ou tronco com espinhos. Aceita partes de vegetais com comprimento menor que 2m sem problemas de segurança aos funcionários Aceita vegetais com barro e secos ao sol. O Custo aproximado do PMP é de R$ 40.000,00; o O custo aproximado da peneira rotativa é de custo do PGP, dependendo do modelo varia de R$ R$35.000,00 90.000,00 a R$ 125.000,00 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5 XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitári a e Ambient al CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES As prefeituras que decidirem reaproveitar os resíduos da arborização e de áreas verdes urbanas, devem considerar a alternativa de utilizar um trator de esteiras e uma peneira rotativa ao invés de adquirir um picador de resíduos arbóreos. Deve-se salientar que o picador de porte médio não é capaz de processar resíduos herbáceos (gramíneas e folhas) oriundos de limpeza de praças, jardins, canteiros centrais de avenidas e faixa de domínio de estradas. Com o picador de porte médio, que aceita galhos com até 10 cm de diâmetro, poderá ocorrer que determinados resíduos arbóreos não possam ser triturados devido a diversos motivos técnicos e operacionais. Por outro lado, um picador de maior porte pode superar estes problemas técnicos, no entanto o seu custo de aquisição será o dobro ou triplo do custo de uma peneira rotativa. O uso de trator de esteiras na produção de composto de resíduos vegetais torna-se vantajoso quando um pátio de compostagem de resíduos vegetais for locado junto a um aterro sanitário ou aterro de inertes. Nestas condições o equipamento desempenha dupla função, operando na frente de serviço e complementariamente triturando e compactando os resíduos vegetais . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. BUTTERWORTH, B. Methods, competence & standarts in composting. Wastes Management. September. Northampton. 1998. PEREIRA, J.C, ZAMBOLIM,L., VALE, F.X.R., CHAVES,G.M. 1996. Compostos orgânicos no controle de doenças de plantas. Revisão Anual de Patologia de Plantas. 4: 353-379. Passo Fundo. PORTO ALEGRE. Plano Diretor de Arborização de Vias Públicas. Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Sanchotene, M.C.C. (Coord.) Porto Alegre. 204p. 2000. REICHERT, G.A. Gerenciamento integrado de resíduos sólidos - uma proposta inovadora. Ciência & Ambiente. v. 18, p 53-68. Santa Maria RS 1999. WALDEMAR, C.C. A experiência do DMLU como fornecedor de resíduos úteis na composição de substratos para plantas I ENCONTRO NACIONAL DE SUBSTRATO PARA PLANTAS. 1999. Anais. Porto Alegre RS, 2000. WARNERT, J. Agriculture could provide a major market for recycled green waste . California Agriculture 50 (5)8-10. 1996. WEBER. M. Compostagem a nível de administração municipal (Relato de uma experiência no Exterior). Porto Alegre. Centro de Educação e Informação Ambiental. Secretaria Municipal do Meio Ambiente. PMPA. 4p. 1989. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6