UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes DISSERTAÇÃO FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA Danielli Olsen Pelotas, 2012 Danielli Olsen FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA Dissertação apresentada à Universidade Federal de Pelotas, sob orientação do Professor Ph.D. Silmar Teichert Peske, como parte das exigências do Programa de PósGraduação em Ciência e Tecnologia de Sementes para obtenção do título de Mestre em Ciências. Orientador: Ph.D. Silmar Teichert Peske Co-Orientador: Ph.D. Ademir Assis Henning Pelotas, fevereiro de 2012 Dados de catalogação na fonte: ( Marlene Cravo Castillo – CRB-10/744 ) O52f Olsen, Danielli Fungicidas no controle da ferrugem asiática e sua influência na qualidade de sementes de soja / Danielli Olsen ; orientador Silmar Teichert Peske ; co-orientador Ademir Assis Henning. Pelotas,2012.49f. : il..- Dissertação (Mestrado ) –Programa de PósGraduação em Ciência e Tecnologia de Sementes. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2012. 1.Glycine max 2.Controle químico 3.Estrobilurinas 4.Phakopsora pachyrhizi 5.Triazóis I.Peske, Silmar teichert(orientador) II. Título. CDD 633.34 Banca Examindora ____________________________ Silmar Teichert Peske Orientador/FAEM/UFPel _________________________________ Ademir Assis Henning Co-Orientador /EMBRAPA SOJA __________________________________ Lilian Vanussa Madruga de Tunes FAEM/UFPel _________________________________ Orlando Antonio Lucca Filho FAEM/UFPel Dedico Aos meus pais José Carlos Olsen e Ana Marli Schafascheck Olsen pelo imenso apoio, carinho, compreensão e por estarem sempre ao meu lado. AGRADECIMENTOS À Deus acima de tudo. Aos meus pais, José Carlos e Ana Marli, por muitas vezes ter sacrificado seus sonhos em favor dos meus, pelo amor e incentivo constante. Aos meus irmãos Eduardo e Jhoni, pelo carinho e grande apoio durante a realização desse trabalho. Ao professor Silmar Teichert Peske pelos ensinamentos, orientação e confiança no meu trabalho. Ao pesquisador Ademir Assis Henning, pela dedicação, amizade e suporte para a realização desse trabalho. Aos funcionários da Embrapa Soja, Agnes, Antônio, Ariane, Vilma e Rafael pelo imenso apoio nos trabalhos. À todos os professores, funcionários e colegas do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes da UFPel. À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos. À todos aqueles que contribuíram para execução desse trabalho. Muito Obrigada! FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA Autor: Danielli Olsen Orientador: Silmar Teichert Peske RESUMO: O controle químico é a principal estratégia de controle da ferrugem asiática da soja, assim informações sobre a eficiência dos fungicidas bem como o efeito residual nas sementes são necessárias para orientar sua correta utilização no campo. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes ingredientes ativos no controle da ferrugem asiática, bem como a sua influência na qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja. O experimento foi conduzido em Mafra, SC, na safra 2010/2011, utilizando-se as cultivares Syngenta 3358 RR e Nidera 6411 RR. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições de 14 tratamentos para a cultivar Syngenta e 15 tratamentos para a cultivar Nidera. Os ingredientes ativos avaliados foram: tebuconazol (0,5 L p.c. ha-1), ciproconazol (0,3 L p.c. ha-1), azoxistrobina + ciproconazol (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,5%v/v, piraclostrobina + epoxiconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1, trifloxistrobina + tebuconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Áureo 0,5 L.ha-1, picoxistrobina + ciproconazol (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,45 L.ha-1, trifloxistrobina + ciproconazol (0,15 L p.c. ha-1) + Áureo 0,5 L.ha-1, azoxistrobina + tetraconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,5 L.ha-1, trifloxistrobina + protioconazol (0,4 L p.c. ha-1) + Áureo 0,4 L.ha-1, piraclostrobina + metconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1, piraclostrobina + epoxiconazol (0,6 L p.c. ha-1) + Lanzar 0,3%v/v, azoxistrobina (0,35 L p.c. ha-1) + Assist 0,5%v/v, azoxistrobina + tebuconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5%v/v, oxicarboxim (1,2 L p.c. ha-1) + Silwett 0,05%. Os fungicidas foram aplicados no florescimento (estádio R2) e no início da formação dos grãos (estádio R5.2). Foram avaliados: severidade da ferrugem aos sete e 14 dias após a segunda aplicação dos fungicidas; produtividade (Kg.ha-1), peso de mil sementes (g), germinação (%), condutividade elétrica (µS.cm-1.g-1), envelhecimento acelerado (%), e sanidade através do método do papel de filtro. Os resultados indicam que os fungicidas triazóis combinados com estrobilurinas são mais eficientes no controle da ferrugem asiática. Os fungicidas não afetam a qualidade fisiológica e sanitária das sementes de ambas as cultivares. Palavras chave: estrobilurinas, Glycine max, Phakopsora pachyrhizi, sanidade, triazóis. FUNGICIDE FOR CONTROLLING THE ASIAN RUST AND ITS INFLUENCE ON THE QUALITY OF SOYBEAN SEEDS Author: Danielli Olsen Advisor: Silmar Teichert Peske ABSTRACT: The chemical control is the main strategy for controlling the soybean asian rust. Thus, information about the efficiency of fungicides as well as the residual effect on seeds are needed to guide its correct use in the field. The aim of this work was to evaluate the efficiency of different active ingredients to control the asian rust, as well as their influence on the physiological and sanitary quality of soybean seeds. The experiment was conducted in Mafra, SC, in the 2010/2011 growing season, using the cultivars Syngenta 3358 RR and Nidera 6411 RR. The experimental design was randomized blocks with four replications of 14 treatments for the Syngenta cultivar and 15 treatments for the Nidera cultivar. The evaluated active ingredients were: tebuconazole (0,5 L p.c. ha-1), cyproconazole (0,3 L p.c. ha-1), azoxystrobin + cyproconazole (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,5%v/v, pyraclostrobin + epoxiconazole (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1, trifloxystrobin + tebuconazole (0,5 L p.c. ha-1) + Aureate 0,5 L.ha-1, picoxystrobin + cyproconazole (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,45 L.ha-1, trifloxystrobin + cyproconazole (0,15 L p.c. ha-1) + Aureate 0,5 L.ha-1, azoxystrobin + tetraconazole (0,5 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,5 L.ha-1, trifloxystrobin + prothioconazole (0,4 L p.c. ha-1) + Aureate 0,4 L.ha-1, pyraclostrobin + metconazole (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1, pyraclostrobin + epoxiconazole (0,6 L p.c. ha-1) + Lanzar 0,3%v/v, azoxystrobin (0,35 L p.c. ha-1) + Assist 0,5%v/v, azoxystrobin + tebuconazole (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5%v/v, oxicarboxim (1,2 L p.c. ha-1) + Silwett 0,05%. The fungicides were applied at flowering (R2 stage) and at the beginning of the grain formation (R5.2 stage). It was evaluated: rust severity at seven and 14 days after the second fungicide application; yield (kg ha-1), thousand seed weight (g), germination (%), electrical conductivity (µS.cm-1.g-1), accelerated aging (%), and seed health, through the Blotter Test. The results indicate that the triazole fungicides combined with strobilurins are more effective in controlling the asian rust. Fungicides do not affect in the physiological and sanitary quality of seeds of both cultivars. Keywords: strobilurins, Glycine max, Phakopsora pachyrhizi, seed health, triazoles. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Escala diagramática da severidade (porcentagem de área foliar infectada), da ferrugem asiática em soja (Glycine max) .................... 27 Figura 2. Precipitação (mm) e Temperatura média (°C) em Major Vieira, SC, para o período de 10/11/2010 a 29/04/2011 ...................................... 39 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Syngenta 3358 RR na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. ................................. 24 Tabela 2. Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Nidera 6411 RR na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina ....................................... 25 Tabela 3. Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação dos fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e peso de mil sementes (g) para os diferentes fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Syngenta 3358 RR, em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011 . 31 Tabela 4. Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação dos fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e peso de mil sementes (g) para os diferentes fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Nidera 6411 RR, em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011 ...... 35 Tabela 5. Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica (CE µS cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar Syngenta 3358 RR, submetida a aplicação foliar de diferentes fungicidas para controle da ferrugem asiática da soja em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011 .................................................. 37 Tabela 6. Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica (CE µS cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar Nidera 6411 RR, submetida a aplicação foliar de diferentes fungicidas para controle da ferrugem asiática da soja em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011 .................................................. 38 Tabela 7. Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes de soja da cultivar Syngenta 3358 RR em função da aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. ................................................................. 40 Tabela 8. Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes de soja da cultivar Nidera 6411 RR em função da aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. ....................................................................... 41 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. vii LISTA DE TABELAS ................................................................................................ viii 1. INTRODUÇÃO GERAL .................................................................................. 12 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 14 2.1. Ferrugem asiática da soja............................................................................... 14 2.1.1. Importância econômica .................................................................................. 14 2.1.2. Sintomatologia ................................................................................................ 15 2.1.3. Etiologia e epidemiologia................................................................................ 16 2.1.4. Manejo da doença .......................................................................................... 16 2.1.5. Mecanismo de ação dos fungicidas ................................................................ 19 2.2. Qualidade de sementes de soja ..................................................................... 19 2.2.1. Qualidade fisiológica ...................................................................................... 19 2.2.2. Qualidade sanitária ........................................................................................ 21 3. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 23 3.1. Experimento I ................................................................................................. 23 3.1.1. Localização ................................................................................................... 23 3.1.2. Cultivar .......................................................................................................... 23 3.1.3. Tratamentos .................................................................................................. 23 3.2. Experimento II ............................................................................................... 24 3.2.1. Localização ................................................................................................... 24 3.2.2. Cultivar .......................................................................................................... 24 3.2.3. Tratamentos ................................................................................................. 24 3.3. Condução dos experimentos ....................................................................... 25 3.4. Avaliações.................................................................................................... 26 3.4.1. Severidade da ferrugem asiática da soja ..................................................... 26 3.4.2. Teor de água ................................................................................................ 27 3.4.3. Avaliação da produtividade ......................................................................... 27 3.4.4. Determinação do peso de mil sementes ...................................................... 27 3.4.5. Germinação .................................................................................................. 27 3.4.6. Envelhecimento acelerado ........................................................................... 28 3.4.7. Condutividade elétrica .................................................................................. 28 3.4.8. Teste de sanidade ........................................................................................ 28 3.5. Delineamento experimental .......................................................................... 29 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 30 4.1. Eficiência de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja ............... 30 4.1.1. Experimento I ............................................................................................... 30 4.1.2. Experimento II .............................................................................................. 32 4.2. Influência de fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática na qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja .................................. 36 5. CONCLUSÕES ............................................................................................ 42 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 43 1. INTRODUÇÃO O agronegócio é a principal atividade da economia brasileira, sendo um dos setores da economia que mais aumentou a sua participação no produto interno bruto (PIB) do último trimestre de 2010 para o primeiro de 2011. O setor responde por aproximadamente 25% do PIB, 37% das exportações do país e um terço de todos os empregos formais do setor. A safra 2010/2011 teve recorde de produção de grãos, alcançando 162,96 milhões de toneladas, ou 9,2% a mais do que a safra 2009/10, tendo a soja maior participação na produção agrícola brasileira, com uma produção equivalente a 46,22% da produção nacional de grãos. Tendo em vista a grande importância da soja para o agronegócio brasileiro, pesquisas sobre os fatores que limitam a expressão máxima do seu potencial produtivo são necessários. Entre estes fatores, as doenças assumem papel de destaque na redução da qualidade e produtividade dos grãos produzidos, e pelo aumento do custo de produção. Dentre as doenças que incidem sobre a cultura da soja, a ferrugem asiática causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow & Sydow é a de maior relevância devido ao seu potencial de danos. Reduções de até 80% na produtividade têm sido relatadas em áreas não tratadas com fungicidas (TECNOLOGIAS, 2008). A queda prematura das folhas provocada pela ferrugem asiática diminui a capacidade fotossintética da planta, dificultando o processo de formação das sementes (SOARES et al., 2004; TECNOLOGIAS, 2008). Quanto mais precoce a desfolha ocorrer, menor a massa das sementes e maior a perda em produtividade e qualidade, devido a formação de sementes verdes decorrente da maturação forçada procedente da desfolha precoce (YORINORI et al., 2004). 13 Várias medidas de controle devem ser adotadas para minimizar os danos causados pela doença como: escolha de variedades precoces; semeadura no início da época recomendada para cada região; adequação da densidade de plantas; variedades resistentes, quando disponíveis; vazio sanitário; acompanhamento das condições climáticas; obtenção de informações sobre os primeiros focos na região e controle químico seguindo as devidas orientações técnicas devem ser adotadas, para se obter a devida eficiência de controle. (TECNOLOGIAS, 2008). Estudos visando uma análise comparativa dos fungicidas têm permitido a classificação de acordo com a eficiência de controle, facilitando a assistência técnica na tomada de decisão para a escolha do melhor fungicida, objetivando o controle da ferrugem (GODOY et al., 2007). A ferrugem asiática é uma doença que está presente no campo durante praticamente todo o ciclo da planta e, portanto, o efeito residual dos fungicidas pode ser fitotóxico às plantas e permitir que resíduos permaneçam nas suas sementes, com potencial de afetar sua qualidade fisiológica (GODOY et al., 2007). Por outro lado, a aplicação de fungicidas foliares pode diminuir a incidência de fungos associados às sementes. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes ingredientes ativos no controle da ferrugem asiática, bem como a sua influência na qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja. 14 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Ferrugem asiática da soja 2.1.1. Importância econômica Constatada pela primeira vez no Brasil em 2001 no estado do Paraná, a ferrugem asiática da soja, encontra-se disseminada em todas as regiões produtoras de soja do país (YORINORI et al., 2002). O patógeno Phakopsora pachyrhizi encontrou condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento, o que possibilitou a sua rápida disseminação pelas regiões produtoras de soja do país, onde cada vez mais tem se observado a elevada incidência da doença mais precocemente nas lavouras de soja. Devido à rápida expansão do patógeno, acentuados prejuízos técnicos e econômicos tem sido observados, o que comprometem, sobremaneira, a rentabilidade dos produtores e a economia dos países onde a soja possui destaque dentro do agronegócio (YORINORI e LAZZAROTTO, 2004). Acentuados níveis de redução de produtividade frequentemente ocorrem, quando não se realiza o controle efetivo da doença. Cabe ressaltar, que a extensão territorial das lavouras, aliada a monocultura contínua, favorece a maior produção de inóculo e a disseminação desse fungo. Outros fatores que diminuem a eficiência do controle da doença são: o aparecimento de diferentes isolados/raças do patógeno; a falta de critérios técnicos na aplicação de fungicidas; a utilização de alta população de plantas; a semeadura realizada tardiamente, além da sobrevivência do patógeno em plantas voluntárias de soja e em hospedeiros alternativos, no período da entressafra (YORINORI et al., 2004). O prejuízo causado pela ferrugem asiática da soja no Brasil, desde as primeiras epidemias severas até a safra de 2010/2011, foi estimado em 15 aproximadamente 17,5 bilhões de dólares, incluídas as perdas em produção e o custo do controle dessa doença (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). Embora o número de aplicações de fungicida na cultura se altere dependendo da região e das condições climáticas de cada safra, dificilmente uma lavoura de soja é conduzida sem, ao menos, uma aplicação de fungicida para o controle da ferrugem. Este fato contribui significativamente para o aumento do custo de produção e redução da margem de ganho com a cultura. Na safra 2010/2011 danos de produção ocorreram de forma localizada em decorrência do inverno seco que desfavoreceu a sobrevivência de plantas voluntárias e manutenção do inóculo na entressafra, além do atraso das chuvas no início da safra (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). Em um estudo visando estimar o custo do controle químico da ferrugem asiática no Mato Grosso do Sul, Roese e Richetti (2011), relatam que o custo por aplicação varia de R$21,65.ha-1 a R$44,81.ha-1, o que representa uma participação de 1,8% a 3,8% no custo total de produção de soja. 2.1.2 Sintomatologia Os sintomas causados pela ferrugem asiática podem aparecer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, em folhas, hastes e vagens, sendo mais comum iniciar seu desenvolvimento em folhas localizadas no terço inferior da planta (YORINORI et al., 2004). Os sintomas iniciais são caracterizados por minúsculas pontuações (1-2mm de diâmetro) mais escuras que o tecido foliar sadio da folha, apresentando coloração variando de esverdeada a cinza-esverdeada, ocorrendo, principalmente no terço inferior das plantas. A razão deste tipo de ocorrência esta relacionado ao microclima mais favorável a germinação dos uredósporos, penetração e infecção pelo fungo. As lesões são predominantes na face abaxial da folha e relativas às urédias, que correspondem às estruturas de reprodução do fungo, apresentando determinada saliência, semelhante a um “vulcão” podendo ser observada com auxílio de uma lupa de 20 aumentos (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). Com o passar do tempo as urédias adquirem coloração castanho-clara a castanho-escura e abrem-se em um minúsculo poro expelindo os uredósporos que são carregados pelo vento. As folhas infectadas amarelam, secam e caem 16 prematuramente podendo antecipar o ciclo da cultura em até 25 dias, o que, compromete a formação e o enchimento de grãos levando a grandes perdas de produção e queda na qualidade dos grãos (HENNING et al., 2009; SOARES et al., 2004; YANG et al.,1991). 2.1.3 Etiologia e epidemiologia O fungo é um parasita obrigatório, pois sobrevive apenas em hospedeiros vivos, é disseminado pelo vento e não é transmitido pela semente. Portanto para sobreviver na entressafra necessita de hospedeiros alternativos ou da própria soja voluntária, ou em cultivos sob irrigação (TECNOLOGIAS, 2008). A disseminação é feita principalmente através da dispersão dos uredósporos pelo vento. O ciclo da doença tem duração de seis a sete dias, o qual a torna policíclica, realizando vários ciclos durante o ciclo do hospedeiro (YORINORI et al., 2002). As condições climáticas que favorecem o desenvolvimento da doença são chuvas bem distribuídas e longos períodos de molhamento foliar (ótimo entre 10 e 12 horas), sendo que quanto maior for à duração do período de molhamento foliar maiores serão as chances de se obter sucesso na infecção (HENNING, 2009). A faixa de temperatura ótima para seu desenvolvimento é variável entre 18 e 28ºC (YORINORI & WILFRIDO, 2002). Em condições ótimas de temperatura, ao redor de cinco dias após a penetração, é possível visualizar os primeiros sintomas. Com mais quatro a seis dias, as urédias (saliências) podem ser vistas, e os “novos” esporos começam a ser liberados. Cada urédia pode produzir esporos por 21 dias, esses esporos vão iniciar novas infecções na mesma lavoura ou irão, através do vento, para lavouras mais distantes (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). 2.1.4. Manejo da doença Tendo em vista a capacidade do patógeno em formar novas raças, o controle da doença exige a combinação de várias estratégias que visam à redução do nível de inóculo, que a cultura será submetida. Deste modo, medidas como semeadura de cultivares precoces no início da época recomendada para cada região; adequação da população de plantas; adubação equilibrada; eliminação de 17 plantas de soja voluntárias e a ausência de cultivos de soja na entressafra (vazio sanitário), além da eliminação de hospedeiros alternativos, são estratégias que devem estar aliadas ao controle químico (SOARES et al., 2004; YORINORI e LAZZAROTTO, 2004). O vazio sanitário adotado por diversos estados é uma medida adicional no controle da ferrugem, por quebrar a “ponte verde” existente na entressafra e assim reduzir a quantidade de uredósporos no ambiente. Esta medida considera um período de 60 a 90 dias sem soja na entressafra, visto que a viabilidade máxima dos uredósporos é de 55 dias (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). Cultivares com genes de resistência já se encontram disponíveis comercialmente para a região Centro-Oeste. No entanto, essas cultivares não dispensam a utilização de fungicidas e devem ser utilizadas como uma estratégia a mais de manejo (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). Deste modo, a resistência não será duradoura se não houver um esforço contínuo para a redução das fontes de inóculo da entressafra e das plantas voluntárias de soja. O fungo P. pachyrhizi é capaz de expressar ou desenvolver novas raças patogênicas, capazes de superar a resistência de novas variedades. Portanto, o uso de cultivares resistentes ou tolerantes não dispensa totalmente o emprego de fungicidas e deve ser entendido como uma forma de reduzir o número de aplicações de fungicidas. Considera-se essa tecnologia como parte do manejo integrado recomendado para a cultura da soja (YORINORI, 2007). O controle químico com fungicidas é, até o momento, o principal método de controle, visto a baixa disponibilidade de cultivares resistentes (YORINORI et al., 2002; GODOY e CANTERI, 2004; TECNOLOGIAS, 2008; SOARES et al., 2004). Apesar do grande número de produtos comerciais registrados para o controle da doença, até o momento, os fungicidas se restringem à apenas dois grupos químicos: as estrobilurinas e os triazóis (GODOY; CANTERI, 2004). Dependendo das condições climáticas reinantes e do estádio fenológico em que surge a doença, mais de uma aplicação pode ser necessária, visto que a grande maioria dos fungicidas apresenta efeito residual variável de 14 a 20 dias, podendo se alterar em função da pressão de inóculo (SILVA et al., 2005). Entretanto, tem-se contestado a eficácia, bem como o período residual dos fungicidas empregados em aplicações sequenciais. 18 Segundo Godoy et al.,(2007), por mais eficientes que sejam os produtos usados no controle das doenças da soja, ainda existem alguns pontos críticos, como o momento ideal para o início da aplicação, o que pode comprometer o sucesso do controle. O uso indevido ou aplicação em momento inadequado poderá resultar no aumento do custo de produção e/ou controle ineficiente (YORINORI et al., 2005). A eficiência de controle da ferrugem asiática depende da severidade da doença no momento da aplicação, da sistemicidade, eficácia e dosagem do fungicida, do equipamento de pulverização, do volume da calda, do tamanho das gotas, da densidade de plantas que favorece a máxima cobertura pelo fungicida, do estádio fenológico de desenvolvimento da cultura e ciclo das cultivares, das condições meteorológicas no momento da aplicação, entre outros (YORINORI et al., 2004). Testes sobre a eficiência de fungicidas indicaram que os ingredientes ativos utilizados concentram-se em dois grupos principais de fungicidas sistêmicos, formados pelos triazóis e estrobilurinas e pela mistura pronta dos dois, e mostram serem os mais eficientes no controle da ferrugem asiática (GODOY e CANTERI, 2004). A presença de mais de um grupo com eficiência comprovada é importante no que diz respeito ao manejo de resistência de fungos a fungicidas. Fungicidas com modo de ação específico oferecem maior risco de seleção de populações resistentes do patógeno, devendo-se, dessa forma, alternar produtos com diferentes modos de ação ou utilizar misturas prontas dos dois grupos (KIMATI, 1995). O momento da primeira e demais aplicações, se necessárias, será determinado pelas condições climáticas, pela presença e/ou severidade da doença na propriedade ou na região, pela idade das plantas de soja, pela extensão das lavouras e, principalmente, pela eficácia e poder residual dos fungicidas escolhidos (YORINORI et al., 2004). Estudos evidenciam que, em condições severas de epidemia, são necessárias de três a cinco aplicações de fungicida em intervalos de dez dias (GODOY e CANTERI, 2004). O controle químico ainda é a principal estratégia de controle da doença, assim informações sobre a eficiência de fungicidas para o seu controle, são cada vez mais necessárias, para orientar sua correta utilização no campo. 19 2.1.5 Mecanismo de ação dos fungicidas Os grupos químicos dos triazóis e das estrobilurinas são os principais fungicidas utilizados na cultura da soja para o controle de oídio, ferrugem e das doenças de final de ciclo. Já o fungicida oxicarboxina pertencente ao grupo das carboxanilidas é considerado o mais eficiente para o controle da ferrugem do feijoeiro (Uromyces appendiculatus). Os fungicidas triazóis atuam inibindo a biossíntese do ergosterol, substância importante para manutenção da integridade da membrana celular dos fungos. A redução da disponibilidade de ergosterol leva ao rompimento da célula fúngica e à interrupção do crescimento micelial (HEWITT, 1998). Os triazóis podem atuar como protetores ou como curativos. No primeiro caso, a ação tóxica é exercida sobre a germinação dos esporos, na formação do tubo germinativo e no apressório. Contudo a inibição é apenas parcial, de modo que ocorre penetração do patógenos nos tecidos tratados. No segundo, o desenvolvimento do haustório e/ou o crescimento micelial no interior dos tecidos são inibidos pela presença do fungicida (BUCHENAUER, 1987). As estrobilurinas interferem na respiração mitocondrial, bloqueando a transferência de elétrons pelo complexo citocrômico bcl, através da inibição da oxído-redutase de ubihidroquinona-citocromo c nas mitocôndrias (KIMATI, 1995). Apresentam alta atividade contra a germinação de esporos, no entanto, os fungicidas também inibem o crescimento micelial de fungos. Portanto, estes fungicidas possuem propriedades erradicantes e protetoras. Os fungicidas pertencentes ao grupo das carboxanilidas são sistêmicos e atuam inibindo a enzima succinata desidrogenada, paralisando o ciclo de Krebs nas células fúngicas e prevenindo a oxidação aeróbica do piruvato pela célula do fungo. 2.2. Qualidade de sementes de soja 2.2.1. Qualidade Fisiológica Uma das etapas mais importantes na produção de soja é a obtenção de sementes de alta qualidade, que possam ser economicamente utilizadas pelos 20 agricultores no estabelecimento de suas lavouras (ROCHA et al., 1996). A garantia de melhor desenvolvimento da lavoura depende, fundamentalmente, da utilização de sementes vigorosas e isentas de doenças (YORINORI, 1988). De acordo com Popinigis (1985), a qualidade da semente é definida como o somatório de todos os atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários que afetam a sua capacidade de originar plantas geneticamente puras e de alta produtividade. A qualidade da semente de soja pode ser influenciada por diversos fatores, que podem ocorrer durante a fase de produção no campo, na operação de colheita, na secagem, no beneficiamento, no armazenamento, no transporte e na semeadura. Tais fatores abrangem extremos de temperatura durante a maturação, flutuações das condições de umidade ambiente, incluindo secas, deficiências na nutrição das plantas, ocorrência de insetos e doenças, além da adoção de técnicas inadequadas de colheita, secagem e armazenamento. (KRZYZANOWSKI et al., 2008). Um importante fator de deterioração se constitui na permanência das sementes de soja no campo (BRACCINI et al., 2003). Condições ambientais desfavoráveis reinantes durante o período de maturação prejudicam a qualidade das sementes (PELUZIO et al., 2003). A deterioração é irreversível e progressiva, e tanto Peske e Pereira (1983) como França Neto (1984) consideram que as maiores perdas ocorrem quando as sementes secas de soja são expostas à água da chuva ou orvalho. O atraso da colheita, associado à variação da umidade relativa do ar ocasiona a alternância de ganho e perda de água pelas sementes devido a sua higroscopicidade, o que acarreta vários prejuízos como o aumento de rachadura e enrugamento do tegumento, acelerando, dessa forma, o processo de deterioração, em virtude da maior facilidade de penetração de patógenos e maior exposição do tecido embrionário ao ambiente (SANTOS et al., 1996). Segundo Sediyama et al., (1981) e Bonato (1982), a utilização de sementes de alta qualidade é de grande importância para o aumento da produção e produtividade da soja, em razão de aumentar a uniformidade na emergência das plantas, melhorar o fechamento das entrelinhas, controlar plantas daninhas e obter boa altura de plantas. A qualidade de um lote de sementes em regra é avaliada por meio do teste de germinação. Este foi concebido para atender o comércio de sementes, sendo um 21 teste padronizado, permitindo deste modo a reprodutibilidade do mesmo. Não obstante, ele raramente é capaz de predizer o desempenho da semente no campo, pois é realizado em condições ótimas de laboratório (MARCOS FILHO, 2005). Entretanto, o vigor das sementes é o reflexo de um conjunto de características ou propriedades que determinam o seu potencial fisiológico, ou seja, a capacidade de apresentar desempenho adequado quando expostas a diferentes condições de ambiente (MARCOS FILHO, 2005). Os testes de envelhecimento acelerado, condutividade elétrica, e de crescimento e avaliação de plântulas, são alguns dos mais usados para determinação do vigor das sementes (VIEIRA & KRZYZANOWSKI, 1999). Plantas imaturas, sujeitas a estresses bióticos ou abióticos, que resultam em morte prematura ou maturação forçada, poderão produzir semente e grão esverdeados, o que resultará em acentuada redução das suas qualidades, além de severa redução da produtividade da lavoura (FRANÇA NETO et al., 2005). A utilização de fungicidas foliares, conforme é recomendado pode propiciar melhores rendimentos e alta qualidade de sementes (PESKE e BARROS, 2006). Porém como relatado por Klingelfuss e Yorinori (2001), faltam informações sobre o período residual dos fungicidas com relação às doenças de final de ciclo. 2.2.2. Qualidade Sanitária As sementes como principal insumo, devem merecer uma maior importância por parte de qualquer seguimento agrícola, uma vez que determinados microorganismos, associados a elas, podem constituir-se em fator altamente negativo no estabelecimento inicial de uma lavoura (GOULART, 1997). Garantias de melhor desempenho de determinada área depende, fundamentalmente, da utilização de sementes vigorosas e isentas de doenças (YORINORI, 1988). A condição sanitária é extremamente importante se consideramos que as sementes são veículos de agentes fitopatogênicos, que nelas podem se alojar e com elas serem levados ao campo, provocando redução na germinação e vigor e originando focos primários de infecção (GOULART, 1997). 22 No campo a soja é atacada por um amplo número de doenças fúngicas, algumas bactérias, além de viroses e nematóides, sendo o grupo dos fungos o mais numeroso. Grande número desses organismos utiliza a semente como principal veículo de disseminação e introdução em novas áreas de cultivo, onde sob condições favoráveis de ambiente, poderão causar sérios danos à cultura (HENNING, 1987 e 1996). A ocorrência de fungos em sementes de soja varia, em função de inúmeros fatores, principalmente das condições de clima durante o ciclo da cultura (HENNING & YUYAMA, 1999). Em condições de abundante precipitação durante a maturação, maiores níveis de infecção são observados, agravando-se quando a colheita é retardada devido ao excesso de umidade (YORINORI, 1988). Altas temperaturas e elevada umidade relativa do ar durante as fases de maturação e colheita da semente de soja podem aumentar a infecção de sementes por fungos como Phomopsis sp. e Fusarium sp. (FRANÇA NETO & HENNING, 1992). Na maioria dos casos esses organismos são responsáveis pela baixa germinação das sementes no laboratório (25ºC/rolo de papel). Porém, se a semente não apresentar problema de deterioração fisiológica (danos mecânicos, deterioração por umidade ou dano de percevejo) a germinação no substrato areia ou solo não é prejudicada devido ao mecanismo de escape (HENNING & FRANÇA NETO, 1980). 23 3. MATERIAL E MÉTODOS Foram conduzidos dois experimentos de campo na safra 2010/2011, no município de Mafra, Santa Catarina, onde o clima da região é correspondente a cfb, segundo a classificação de Köeppen. Os experimentos foram instalados em lavouras comerciais de soja. 3.1. Experimento I 3.1.1. Localização Situado a 883m de altitude, 26° 10´ 17,66´´ S de la titude e 49° 45´17,27´´ W de longitude. 3.1.2. Cultivar A cultivar utilizada foi a Syngenta 3358 RR de ciclo precoce e hábito de crescimento indeterminado. 3.1.3. Tratamentos Os tratamentos utilizados estão discriminados na Tabela 1. Entre os princípios ativos utilizados, encontram-se fungicidas já registrados no controle da ferrugem asiática e aqueles em fase de registro (RET 3), além da testemunha sem controle. Dentre os fungicidas, encontram-se princípios ativos pertencentes ao grupo químico dos triazóis, estrobilurinas, e misturas entre triazóis e estrobilurinas. Os tratamentos foram constituídos por aplicações de fungicidas, sendo a primeira aplicação realizada preventivamente no estádio fenológico R2 (florescimento pleno) e a segunda aplicação realizada 20 dias após a primeira aplicação, momento em que as plantas encontravam-se no estádio fenológico R5.2 (início da formação da semente). 24 Tabela 1. Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Syngenta 3358 RR na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. Nome Comercial Ingrediente ativo Grupo químico Dose p.c -1 L p.c.ha 1. Testemunha .................... .......... ...... 2. Folicur tebuconazol triazol 0,50 3. Alto 100 ciproconazol triazol 0,30 1 4. Priori Xtra 5. Opera 6. 7. 2 3 Nativo 4 Aproach Prima 0,50 trifloxistrobina + tebuconazol estrobilurina + triazol 0,50 0,30 estrobilurina + triazol trifloxistrobina + ciproconazol estrobilurina + triazol 0,15 5 azoxistrobina + tetraconazol estrobilurina + triazol 0,50 trifloxistrobina + protioconazol estrobilurina + triazol 0,40 piraclostrobina + metconazol estrobilurina + triazol 0,50 piraclostrobina + epoxiconazol estrobilurina + triazol 0,60 azoxistrobina estrobilurina 0,35 Sphere Max Domark XL 10. Fox 13 0,30 estrobilurina + triazol picoxistrobina + ciproconazol 9. 12. estrobilurina + triazol 3 8. 11. azoxistrobina + ciproconazol piraclostrobina + epoxiconazol 6 BAS 556 01F 2 7 Envoy 8 NTX 32002 8 14. NTX 39002 azoxistrobina + tebuconazol estrobilurina + triazol 0,50 1 2 -1 3 -1 4 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado -1 5 -1 6 -1 7 Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 8 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v. 3.2. Experimento II 3.2.1. Localização Situado a 864m de altitude, 26° 09´ 05,14´´ S de la titude, 49° 44´55,32´´ W de longitude. 3.2.2. Cultivar A cultivar utilizada foi a Nidera 6411 RR de ciclo semiprecoce e hábito de crescimento determinado. 3.2.3. Tratamentos Os tratamentos utilizados estão discriminados na Tabela 2. Entre os tratamentos utilizados encontram-se fungicidas já registrados no controle da ferrugem asiática e aqueles em fase de registro (RET 3). Dentre os fungicidas, 25 encontram-se princípios ativos pertencentes ao grupo químico dos triazóis, estrobilurinas, carboxanilidas e misturas entre triazóis e estrobilurinas. Os tratamentos foram constituídos por aplicações de fungicidas, sendo a primeira aplicação realizada preventivamente no estádio fenológico R2 (florescimento pleno) e a segunda aplicação realizada 20 dias após a primeira aplicação, momento em que as plantas encontravam-se no estádio fenológico R5.2 (início da formação da semente). Tabela 2. Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Nidera 6411 RR na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. Dose p.c Nome comercial Grupo químico -1 L p.c.ha 1. Testemunha .................... .......... ...... 2. Folicur tebuconazol triazol 0,50 3. Alto 100 ciproconazol triazol 0,30 1 4. Priori Xtra 5. Opera 6. 7. 2 3 Nativo 4 Aproach Prima azoxistrobina + ciproconazol estrobilurina + triazol 0,30 piraclostrobina + epoxiconazol estrobilurina + triazol 0,50 trifloxistrobina + tebuconazol estrobilurina + triazol 0,50 0,30 picoxistrobina + ciproconazol estrobilurina + teiazol 3 trifloxistrobina + ciproconazol estrobilurina + triazol 0,15 5 azoxistrobina + tetraconazol estrobilurina + triazol 0,50 trifloxistrobina + protioconazol estrobilurina + triazol 0,40 piraclostrobina + metconazol estrobilurina + triazol 0,50 piraclostrobina + epoxiconazol estrobilurina + triazol 0,60 azoxistrobina estrobilurina 0,35 azoxistrobina + tebuconazol estrobilurina + triazol 0,50 oxicarboxina carboxanilidas 8. Sphere Max 9. Domark XL 10. Fox 11. 6 BAS 556 01F 2 7 12. Envoy 13 NTX 32002 14. NTX 39002 8 8 9 15. Plantvax 750WP 1 Ingrediente ativo 2 -1 3 1,20 -1 4 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado -1 5 -1 6 -1 7 Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 8 9 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v. 3.3. Condução dos experimentos As sementes foram tratadas previamente à semeadura com carbendazin + thiram (Derosal Plus®) e inoculadas com estirpes de Bradyrhizobium japonicum 26 conforme recomendação do fabricante. A adubação de base foi de 300kg.ha-1 da formulação N:P:K (02:20:20) conforme a análise de solo. A semeadura da cultivar Syngenta 3358 RR foi realizada no dia 15/11/2010 e da cultivar Nidera 6411 RR no dia 19/12/2010 em sistema de plantio direto, com espaçamento entre linhas de 0,40m e uma população final de 350.000 plantas.ha-1 para ambas as cultivares. Os demais tratos culturais como controle de plantas daninhas, controle de insetos praga foram realizados conforme as recomendações técnicas para a cultura da soja (TECNOLOGIAS, 2008). Os experimentos foram demarcados quando as plantas encontravam-se no estádio R2 (florescimento pleno). Para a aplicação dos fungicidas nas parcelas experimentais foi utilizado um pulverizador costal pressurizado com CO2, barra de dois metros, com quatro bicos modelo TEEJET XR 11002 VR espaçados em 0,5m e calibrados para uma vazão equivalente a 200L.ha-1. A colheita foi realizada no estádio R8 (maturação plena), no dia 06/04/2011 para a cultivar Syngenta 3358 RR, e no dia 26/04/2011 para a cultivar Nidera 6411 RR. A colheita foi efetuada manualmente, coletando-se todas as plantas da área útil de cada parcela. Após, as plantas foram trilhadas em uma ceifeira-debulhadora de parcelas modelo Wintersteiger, sendo então, encaminhadas ao Laboratório de Análises de Sementes da Embrapa Soja para a determinação do teor de água das sementes, produtividade e peso de mil sementes. As sementes foram mantidas em câmera fria até o seu transporte para o Laboratório de Análises de Sementes da UFPel onde permaneceram armazenadas em câmara fria, até a realização das análises de qualidade fisiológica e sanitária das sementes. 3.4. Avaliações 3.4.1. Severidade da ferrugem asiática da soja Foram realizadas avaliações da severidade da ferrugem asiática a partir da segunda aplicação dos fungicidas, sendo a primeira avaliação realizada no sétimo dia após a segunda aplicação (SEV7DAA2), e no 14º dia após a segunda aplicação dos fungicidas (SEV14DAA2). As avaliações foram realizadas com auxílio da escala diagramática proposta por Godoy et al., 2006 (Figura 1). Para tal análise, foram avaliados, na área útil de cada parcela, dez trifólios, os quais foram retirados 27 aleatoriamente do terço inferior, médio e superior das plantas. As amostras foliares foram analisadas com auxílio de uma lupa de bolso com aumento de 20X. Figura 1. Escala diagramática da severidade (porcentagem de área foliar infectada), da ferrugem asiática em soja (Glycine max). Fonte: Godoy et al., (2006). 3.4.2. Teor de água Determinado pelo método da estufa (105 ± 3°C, dura nte 24 horas), os resultados, expressos em porcentagem, foram calculados com base na massa úmida (BRASIL, 2009). A determinação foi realizada após a trilha das plantas para a correção da produtividade à 13% de umidade e inicialmente às avaliações de qualidade fisiológica das sementes. 3.4.3. Avaliação da produtividade Estimada através da colheita da área útil de cada parcela (8m2), sendo os dados corrigidos para 13% de umidade e convertidos em kg ha-1. 3.4.4. Determinação do peso de mil sementes Realizado com oito repetições de 100 sementes de acordo com Brasil, (2009). Os resultados foram expressos em gramas. 3.4.5. Germinação Para a execução do teste as sementes foram previamente tratadas com o fungicida Derosal Plus® (carbendazin + thiram) na dose de 200mL p.c.100kg-1 de sementes. Para a análise foram utilizadas 200 sementes por repetição, sendo dividida em quatro sub-amostras de 50 sementes, colocadas para germinar em rolo 28 de papel toalha, tipo germitest umedecido com 2,5 vezes a massa do papel. Os rolos foram acondicionados em germinador a 25ºC e as avaliações foram realizadas no oitavo dia após a instalação do teste, de acordo com as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009). Os resultados foram expressos em porcentagem de plântulas normais. 3.4.6. Envelhecimento acelerado Amostras de 42g de sementes tratadas com o fungicida Derosal Plus® (carbendazin + thiram) na dose de 200mL p.c.100kg-1 de sementes, de cada tratamento foram dispostas sobre uma tela metálica suspensa em caixa plástica “gerbox”, possuindo em seu interior 40mL de água destilada, onde permaneceram por 48 horas em câmera tipo BOD à 41ºC, conforme metodologia descrita por Marcos Filho (2005). Após o período de envelhecimento, as sementes foram postas para germinar conforme BRASIL (2009). Os resultados foram expressos em porcentagem de plântulas normais. 3.4.7. Condutividade elétrica Foram utilizadas duas sub-amostras de 50 sementes por repetição, as quais foram colocadas para embeber em recipientes contendo 75mL de água deionizada, e mantidas em câmara tipo BOD a 25ºC por 24 horas. Após o período de embebição realizou-se a leitura da condutividade elétrica em condutivímetro. Os resultados foram expressos em µS.cm-1.g-1 (VIEIRA & KRZYZANOWSKI, 1999). 3.4.8. Teste de sanidade A qualidade sanitária das sementes foi avaliada através do método do papel de filtro, onde foram utilizadas 100 sementes por repetição, sendo 5 sub-amostras de 20 sementes. As sementes foram dispostas em caixas plásticas “gerbox”, sobre duas folhas de papel mata borrão, umedecidas com água destilada. Os gerbox com as sementes permaneceram em sala de incubação durante sete dias a 20 ±2ºC, com fotoperíodo de 12 horas (BRASIL, 2009). Decorrido esse período, as sementes foram analisadas sob microscópio estereoscópico a resolução de 50X e os patógenos foram identificados e quantificados, sendo os resultados expressos em percentual de incidência. 29 3.5. Delineamento experimental Nos ensaios de campo, cada parcela foi constituída por seis linhas de seis metros de comprimento, sendo as duas linhas externas e 0,50 metros de cada extremidade considerados como bordadura. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 14 tratamentos para o experimento I e 15 tratamentos para o experimento II, ambos com quatro repetições. Os dados foram analisados separadamente para cada experimento, por meio do software SAS (SAS Institute, 2000). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey, à 5% de probabilidade. Para a análise dos dados de sanidade foi utilizado o coeficiente de transformação arcsen . 30 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Eficiência de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja 4.1.1. Experimento I A severidade apresentou correlação negativa com a produtividade (r=-0,76 aos 7DAA2 e r=-0,86 para 14DAA2), indicando que a ferrugem foi a principal causa da redução do rendimento (Tabela 3), o qual está de acordo com Andrade & Andrade (2002). Com relação à severidade da doença avaliada aos sete dias após a segunda aplicação dos fungicidas (SEV7DAA2), pode-se observar na Tabela 3 que todos os tratamentos com fungicidas apresentaram severidade inferior a testemunha, sendo que o tratamento (T14) azoxistrobina + tebuconazol apresentou maior severidade da doença (8,4%) seguido pelo tratamento (T3) ciproconazol, que não diferiu dos demais tratamentos com exceção ao tratamento (T7) picoxistrobina + ciproconazol que apresentou a menor severidade da doença. Com o progresso da doença, na segunda avaliação da severidade (SEV14DAA2) observou-se uma melhor diferenciação entre os fungicidas, com a formação de dois grupos estatísticos (Tabela 3). As maiores porcentagens de severidade foram observadas para os fungicidas do grupo químico dos triazóis, (T2) tebuconazol e (T3) ciproconazol, com severidade de 38,39% e 31,89% respectivamente, os quais não diferiram estatisticamente da testemunha. No entanto, entre os fungicidas mais eficazes à testemunha, os tratamentos (T8) trifloxistrobina + ciproconazol, (T9) azoxistrobina + tetraconazol e (T10) trifloxistrobina + protioconazol, (T11) piraclostrobina + metconazol, apresentaram eficiência de controle acima de 90%. Desde a safra 2007/2008 tem-se observado a baixa eficiência de controle dos triazóis isolados em relação aos produtos formulados a base de misturas entre triazóis e estrobilurinas, com diferença na eficiência de controle dentro de cada Tabela 3. Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação dos fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e peso de mil sementes (g) para os diferentes fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Syngenta 3358 RR, em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011. Nome comercial Ingrediente ativo Dose p.c. SEV7DAA2* CONTROLE -1 L.ha SEVE14DAA2* % kg.ha .................... ...... 2. Folicur tebuconazol 0,50 3,14 CD 79 38,39 A ciproconazol 0,30 4,02 C 74 1 4. Priori Xtra 44,75 A PMS* g 2.713 B 129 D 14 3.008 AB 139 BC 31,89 A 29 3.020 AB 138 C 10,10 B 77 3.053 AB 146 ABC azoxistrobina + ciproconazol 0,30 0,42 CD 97 2 piraclostrobina + epoxiconazol 0,50 0,31 CD 98 5,75 B 87 3.209 A 149 A 3 trifloxistrobina + tebuconazol 0,50 0,40 CD 97 12,32 B 72 3.169 A 146 ABC picoxistrobina + ciproconazol 0,30 0,15 D 99 5,10 B 89 3.319 A 147 ABC trifloxistrobina + ciproconazol 0,15 0,32 CD 98 4,17 B 91 3.299 A 147 ABC azoxistrobina + tetraconazol 0,50 0,27 CD 98 3,80 B 92 3.349 A 148 AB trifloxistrobina +protioconazol 0,40 0,21 CD 99 2,82 B 94 3.168 A 152 A piraclostrobina +metconazol 0,50 0,21 CD 99 4,21 B 91 3.361 A 152 A piraclostrobina + epoxiconazol 0,60 1,23 CD 92 6,53 B 85 3.195 A 151 A azoxistrobina 0,35 1,86 CD 88 8,74 B 80 3.088 AB 144 ABC 0,50 8,40 B 38.69 45 13,19 B 37,83 71 3.182 A 5,37 139 BC 2,47 5. Opera 6. Nativo 4 7. Aproach Prima 8. Sphere Max 3 5 9. Domark XL 10. Fox 15,25 A PROD* -1 1. Testemunha 3. Alto 100 CONTROLE 6 11. BAS 556 01F 7 12. Envoy 8 13. NTX 32002 8 2 14. NTX 39002 azoxistrobina + tebuconazol Coeficiente de variação (%) Coeficiente de correlação com produtividade -0.76 -0,86 2 -1 3 -1 4 -1 5 -1 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; 6 -1 7 8 adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v. *Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 1 32 grupo (GODOY et al., 2007; GODOY et al., 2009; GODOY et al., 2010), condizendo com os resultados encontrados no presente trabalho. Para a variável produtividade (Tabela 3) houve diferença significativa entre os tratamentos, sendo a testemunha com a menor produtividade (2.713 kg.ha-1), contudo, não diferindo estatisticamente dos tratamentos (T2) tebuconazol, (T3) ciproconazol, (T4) azoxistrobina + ciproconazol e (T13) azoxistrobina. Os demais tratamentos não diferiram entre si, produzindo de 11% a 24% a mais que a testemunha. Resultados similares também foram encontrados por Godoy et al., 2011, onde menores produtividades foram observadas para os triazóis. Com relação ao peso de mil sementes (PMS) houve diferença significativa entre os tratamentos, conforme a Tabela 3, sendo que a testemunha apresentou o menor PMS (129 g), indicando que a ferrugem compromete o enchimento de grãos devido à desfolha precoce e consequentemente compromete o rendimento e a qualidade da semente, devido ao alto índice de sementes verdes que pode ocorrer. Pode-se observar ainda, que os fungicidas triazóis (T2) tebuconazol e (T3) ciproconazol proporcionaram sementes com menor massa, porém, não diferindo estatisticamente do tratamento (T14) azoxistrobina + tebuconazol. Resultados similares também foram verificados por Olsen et al., 2010, onde os triazóis apresentaram os menores valores e peso de mil sementes, em decorrência da baixa eficiência de controle. Os tratamentos que proporcionaram a formação de sementes mais pesadas (T5), (T10), (T11) e (T12), obtiveram PMS variando de 144g a 152g, isto reflete em um ganho mínimo de 10% em relação a testemunha. 4.1.2. Experimento II De acordo com os dados obtidos nas avaliações de severidade (SEV7DAA2), observa-se na Tabela 4 que todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha. O tratamento (T15) oxicarboxina apresentou a maior severidade da doença (17,02%) entre os tratamentos com fungicida, seguida pelos tratamentos pertencentes ao grupo químico dos triazóis (T2) tebuconazol, (T3) ciproconazol, com severidades de 13,58% e 10,8% respectivamente. Os demais tratamentos não diferiram estatisticamente entre si e foram os que apresentaram a maior eficiência de controle, acima de 80%. Em ensaios visando testar a eficiência de controle de diferentes princípios ativos no controle da ferrugem asiática realizados nas principais regiões produtoras 33 de soja, Godoy et al., (2011) também demonstraram a baixa eficiência por parte do fungicida oxicarboxina no controle da ferrugem asiática, no entanto este ingrediente ativo ainda não encontra-se registrado para o controle da doença em soja. A baixa eficiência de controle dos fungicidas triazóis também tem sido relatada em diversos experimentos (GODOY et al., 2007; GODOY et al., 2009; GODOY et al., 2010). Na segunda avaliação da severidade (SEV14DDA2), todos os fungicidas reduziram o progresso da doença (Tabela 4), destacando-se o fungicida (T10) trifloxistrobina + protioconazol, o qual apresentou a menor severidade da doença, diferindo-se dos demais tratamentos. Todos os tratamentos oriundos de misturas entre triazóis e estrobilurinas e somente estrobilurina foram superiores a testemunha (T1), aos triazóis (T2 e T3) e a oxicarboxina (T15), com diferença na eficiência de controle dentro de cada formulação. Os fungicidas do grupo químico dos triazóis (T2 e T3) e a carboxanilida (T15) não diferiram entre si e foram os que apresentaram as maiores porcentagens de severidade da doença e controle inferior a 40%. A maior eficiência de controle alcançada com a mistura de grupos químicos se deve ao fato dos mesmos possibilitarem o aumento do espectro de ação e controle através de mecanismos de ação diferenciados, visto a capacidade do patógeno em desenvolver novas raças. Segundo Singer et al., (2008) a queda de eficiência por parte dos triazóis está relacionada com a existência de populações ou raças com variação na sensibilidade quanto ao mesmo fungicida e não a ocorrência de resistência de fungos causadores de ferrugens aos triazóis. Com relação à produtividade (Tabela 4), o tratamento (T15) oxicarboxina não diferiu estatisticamente da testemunha sem controle, isto está relacionado à baixa eficiência de controle (34%). Os fungicidas (T2) tebuconazol e (T3) ciproconazol que não diferiram entre si, apresentaram as menores produtividades em relação aos demais tratamentos. Os resultados sumarizados dos ensaios cooperativos visando avaliar a eficiência dos fungicidas no controle da ferrugem também evidenciaram menores produtividades para os triazóis e carboxanilidas (GODOY, et al., 2011). Os melhores tratamentos, que apresentaram produtividades estatisticamente iguais entre si, produziram de 39% a 67% a mais que a testemunha. O ganho em 34 produtividade entre o tratamento mais eficiente (T10) trifloxistrobina + protioconazol e a testemunha foi de aproximadamente 66%. Para o componente de produção peso de mil sementes (Tabela 4), houve diferença significativa entre os tratamentos, sendo a testemunha a apresentar o menor PMS não diferindo do tratamento (T15) oxicarboxina. Dentre os demais tratamentos os fungicidas (T2) tebuconazol e (T3) ciproconazol obtiveram os menores valores de PMS, pois apresentaram baixa eficiência de controle da ferrugem asiática (abaixo de 35%). Resultados similares também foram encontrados por Olsen et al., 2010. Os tratamentos (T4) azoxistrobina + ciproconazol, (T5) piraclostrobina + epoxiconazol, (T8) protioconazol, (T11) trifloxistrobina piraclostrobina + + ciproconazol, (T10) trifloxistrobina + metconazol, (T12) piraclostrobina + epoxiconazol, os quais não diferiram entre si obtiveram os maiores valores de PMS e as maiores produtividades. Os demais tratamentos, apesar de também apresentarem as maiores produtividades, obtiveram menor PMS variando de 183g a 186g. De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar, que os fungicidas provenientes de misturas entre triazóis e estrobilurinas são os mais eficientes no controle da ferrugem asiática, resultados também verificados por Godoy e Canteri (2004) que constataram que os ingredientes ativos mais eficientes pertencem a esses dois grupos químicos, e que aplicações isoladas e sequenciais de triazóis devem ser evitadas, devido à queda da eficiência dos mesmos, verificada desde a safra 2007/2008. Tabela 4. Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação dos fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e peso de mil sementes (g) para os diferentes fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Nidera 6411 RR, em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011. Nome comercial Ingrediente ativo Dose p.c SEV7DAA2* CONTROLE SEVE14DAA2* -1 L p.c.ha 1. Testemunha .................... tebuconazol ciproconazol 2. Folicur 3. Alto 100 1 4. Priori Xtra azoxistrobina + ciproconazol piraclostrobina + epoxiconazol 2 5. Opera 3 6. Nativo trifloxistrobina + tebuconazol 4 picoxistrobina + ciproconazol trifloxistrobina + ciproconazol 7. Aproach Prima 8 Sphere Max 5 9. Domark XL 3 azoxistrobina + tetraconazol trifloxistrobina +protioconazol 6 10. Fox 2 11. BAS 556 01F piraclostrobina + metconazol piraclostrobina + epoxiconazol 7 12. Envoy 8 13. NTX 32002 azoxistrobina 8 14. NTX 39002 9 15. Plantvax 750WP azoxistrobina + tebuconazol oxicarboxina Coeficiente de variação (%) CONTROLE PROD* -1 % 54,68 A PMS* kg.ha g 2.597 C 148 D ...... 30,25 A 0,50 13,58 C 55 37,30 B 32 3.400 B 165 C 0,30 0,30 10,80 D 3,11 E 64 90 36,58 B 9,38 D 33 83 3.188 B 3.945 A 162 C 199 A 0,50 0,50 1,81 E 5,28 E 94 83 11,37 C 17,27 C 79 68 4.067 A 3.815 A 194 A 185 B 0,30 2,69 E 91 9,30 D 83 3.894 A 184 B 0,15 0,50 2,97 E 3,28 E 90 89 9,64 D 11,95 C 82 78 3.833 A 4.173 A 194 A 186 B 0,40 0,50 0,74 E 4,14 E 98 86 2,95 E 8,05 D 95 85 4.326 A 4.081 A 198 A 201 A 0,60 0,35 2,76 E 2,78 E 91 91 13,55 C 13,47 C 75 75 3.875 A 3.926 A 199 A 183 B 0,50 4,30 E 86 11,89 C 78 3.609 A 184 B 1,20 17,02 B 22,21 44 36,28 B 17,22 34 2.740 C 7,32 151 D 4,30 Coeficiente de correlação com produtividade -0,92 -0,93 2 -1 3 -1 4 -1 5 -1 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; 6 -1 7 8 9 adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v. *Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 1 36 4.2. Influência de fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática na qualidade fisiológica e sanitária das sementes de soja A qualidade fisiológica das sementes de soja em função da aplicação de fungicidas visando o controle da ferrugem asiática avaliadas pelos testes de germinação, condutividade elétrica e envelhecimento acelerado, para as cultivares Syngenta 3358 RR e Nidera 6411 RR encontram-se nas Tabelas 5 e 6. Como podese observar para ambas as cultivares, não houve diferenças significativas entre os tratamentos para todas as variáveis analisadas, indicando que os fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática não afetam a qualidade fisiológica das sementes. Em um estudo visando avaliar o efeito de fungicidas do grupo químico das estrobilurinas na qualidade de sementes de soja, Pinto (2010), também constatou a não influência dos fungicidas foliares visando o controle da ferrugem asiática na qualidade fisiológica de sementes de soja. Resultados similares também foram encontrados por Barros (2005), Gagliardi et al., (2009) e Henning, (2010) testando diferentes ingredientes ativos no controle da ferrugem, constatando que os fungicidas não prejudicam a qualidade fisiológica das sementes. 37 Tabela 5. Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica (CE µS cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar Syngenta 3358 RR, submetida a aplicação foliar de diferentes fungicidas para controle da ferrugem asiática da soja em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011. Tratamentos U G CE % n.s. EA -1 -1 µS cm g % n.s. 91 1. testemunha 10.93 96 2. tebuconazol 11.20 95 47 93 3. ciproconazol 10.73 94 46 93 10.70 97 45 94 4. 1 azoxistrobina + ciproconazol 2 50 5. piraclostrobina + epoxiconazol 10.48 97 45 91 6. 3 11.12 95 41 91 4 11.35 95 42 93 3 10.81 95 42 92 7. trifloxistrobina + tebuconazol picoxistrobina + ciproconazol 8. trifloxistrobina + ciproconazol 9. 5 10. 11. 12. 13. 14. azoxistrobina + tetraconazol 11.29 96 39 93 6 10.86 96 46 90 2 11.01 96 42 87 11.22 94 47 91 11.24 96 43 91 11.25 96 40 92 trifloxistrobina +protioconazol piraclostrobina + metconazol 7 piraclostrobina + epoxiconazol 8 azoxistrobina 8 azoxistrobina + tebuconazol n.s. CV (%) 2.07 11.11 5.07 2 -1 3 -1 4 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado -1 5 -1 6 -1 7 Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 8 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v. n.s. valores não significativos. 1 38 Tabela 6. Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica (CE µS cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar Nidera 6411 RR, submetida a aplicação foliar de diferentes fungicidas para controle da ferrugem asiática da soja em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011. Tratamentos U G CE % 1. 2. 3. 4. 5. testemunha tebuconazol ciproconazol 1 azoxistrobina + ciproconazol 2 piraclostrobina + epoxiconazol 6. 7. 8. 9. 10. 11. trifloxistrobina + tebuconazol 4 picoxistrobina + ciproconazol 3 trifloxistrobina + ciproconazol 5 azoxistrobina + tetraconazol 6 trifloxistrobina + protioconazol 2 piraclostrobina + metconazol 12. 13. 14. 15. piraclostrobina + epoxiconazol 8 azoxistrobina 8 azoxistrobina + tebuconazol 9 oxicarboxina 3 7 n.s. EA -1 -1 µS cm g % n.s. 85 81 87 84 87 9.24 9.71 10.07 9.93 9.84 92 89 90 94 94 80 79 73 70 66 9.35 11.70 10.55 9.95 9.67 9.66 94 94 94 91 90 87 72 68 69 70 73 69 84 81 84 86 83 82 9.86 9.57 9.57 9.07 93 91 93 94 78 64 65 77 83 86 85 81 n.s. CV (%) 3.21 9.54 7.67 2 -1 3 -1 4 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado -1 5 -1 6 -1 7 Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 8 9 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v. n.s. valores não significativos. 1 De acordo com os resultados do teste de sanidade apresentados nas Tabelas 7 e 8 pode-se observar elevada incidência de Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes da cultivar Syngenta 3358 RR, com incidência na testemunha de 54,50% e 16,50% respectivamente. A cultivar Nidera 6411 RR apresentou inicidência na testemunha de 3,25% para Phomopsis sp. e 5,50% para Fusarium spp.. A incidência de Cercospora kikuchii, fungo mais frequentemente encontrado em sementes de soja (YUYAMA; HENNING, 1999), apresentou níveis inferiores na cultivar Syngenta 3358 RR (14,2%) daqueles observados na cultivar Nidera 6411 RR (experimento II), o qual apresentou incidência na testemunha de 28%. Este fato deve-se a uma maior incidência de Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes da cultivar Sygenta , pois ocorreu um antagonismo entre estes fungos e Cercospora kikuchii ou então o mesmo foi encoberto pelos outros dois não sendo identificado. Conforme relatado por França Neto & Henning (1992), a ocorrência de chuvas durante os períodos de maturação ou colheita, resulta em altas incidência de 39 Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes. Estes fungos ocasionam problemas no teste padrão de germinação (rolo de papel 25ºC), tornando o teste inviável em lotes que apresentam altos indíces de infecção (HENNING & FRANÇA NETO, 1980; GOULART, 1997). Entretanto, os mesmos perdem a viabilidade durante o período de armazenamento (HENNING; FRANÇA NETO; COSTA, 1981) e não prejudicam a emergência no campo se as mesmas não apresentarem problemas na qualidade fisiológica devido a ocorrência de danos mecânicos, insetos e umidade (HENNING, 2005). A elevada incidência de fungos na cultivar Syngenta 3358 RR é justificada pelas condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento de patógenos durante o final do ciclo da cultura (Figura 2). Tendências de aumento na incidência de fungos, com o retardamento da colheita, também foram observadas por Gondin et al., (2002) e Oliveira, (1996). Figura 2. Precipitação (mm) e Temperatura média (°C) em Majo r Vieira, SC, para o período de 10/11/2010 a 29/04/2011. Fonte: Epagri/Ciram. Segundo Peluzio et al., (2003), após a maturidade fisiológica as sementes podem ser consideradas armazenadas a campo, ficando expostas as condições adversas do ambiente. O processo deteriorativo das sementes acarreta menor qualidade, associando sanidade e desempenho fisiológico, considerando uma relação em que os patógenos podem afetar o vigor das sementes. Por outro lado, o baixo vigor de sementes decorrente de fatores não-infecciosos, pode predispor as 40 sementes à ação mais severa de patógenos (MACHADO, 1988; MARCOS FILHO, 2005; ALBRECHT et al., 2008). No entanto, foi observada menor incidência de fungos para a cultivar Nidera 6411 RR, este fato provavelmente está relacionado a menor freqüência de chuvas no final do ciclo, como pode ser verificado na Figura 2. Entretanto Pereira et al. (2000) e Minuzzi et al., (2010), afirmam que a qualidade sanitária das sementes também é influenciada pelo genótipo, assim como França Neto et al. (2007) descrevem a influência da cultivar, das condições de campo, de armazenagem, dos patógenos e da época de colheita na qualidade da semente de soja. Tabela 7. Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes de soja da cultivar Syngenta 3358 RR em função da aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. Cercospora kikuchii* Tratamentos Phomopsis sp. Fusarium spp. % 1. testemunha 13,25 BCD 54,50 n.s. 16,50 2. tebuconazol 10,50 CD 61,00 14,25 3. ciproconazol 12,00 BCD 60,25 16,25 13,50 BCD 52,25 13,25 20,75 A 50,25 14,00 4. 1 azoxistrobina + ciproconazol 2 5. piraclostrobina + epoxiconazol 6. 3 trifloxistrobina + tebuconazol 13,50 BCD 53,50 14,25 7. picoxistrobina + ciproconazol 4 18,25 AB 45,50 16,75 3 15,50 ABC 53,00 16,50 12,75 BCD 56,75 10,75 13,75 ABCD 51,75 17,50 16,50 ABC 46,00 15,00 12,75 BCD 53,00 15,75 52,25 12,00 55,75 11,25 8. trifloxistrobina + ciproconazol 9. 5 azoxistrobina + tetraconazol 6 10. trifloxistrobina + protioconazol 11. piraclostrobina + metconazol 2 7 12. piraclostrobina + epoxiconazol 13. 14. 8 azoxistrobina 9,00 D 8 azoxistrobina + tebuconazol 14,00 ABCD n.s. CV (%) 10,08 12,27 16,53 2 -1 3 -1 4 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado -1 5 -1 6 -1 7 Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 8 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v. * Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. n.s. valores não significativos. Médias originais, dados transformados em arcsen . 1 41 Tabela 8. Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes de soja da cultivar Nidera 6411 RR em função da aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. Cercospora kikuchii* Tratamentos Phomopsis sp.* Fusarium spp.* % 1. testemunha 28,00 ABC 3,25 B 5,50 AB 2. tebuconazol 18,00 BC 3,00 B 7,75 AB 14,00 C 4,50 AB 7,25 AB 30,75 AB 5,50 AB 6,75 AB 28,25 ABC 2,25 B 5,25 AB 24,25 ABC 5,25 AB 6,50 AB 19,50 BC 3,25 B 3,50 B 25,50 ABC 4,00 AB 3,50 B 21,25 ABC 3,25 B 8,75 A 17,50 BC 8,00 A 7,50 AB 31,50 AB 5,00 AB 7,00 AB 37,25 A 4,25 AB 5,00 AB 3. ciproconazol 4. azoxistrobina + ciproconazol 1 2 5. piraclostrobina + epoxiconazol 3 6. trifloxistrobina + tebuconazol 4 7. picoxistrobina + ciproconazol 8. trifloxistrobina + ciproconazol 3 5 azoxistrobina + tetraconazol 9. 6 10. trifloxistrobina + protioconazol 2 11. piraclostrobina + metconazol 7 12. piraclostrobina + epoxiconazol 8 azoxistrobina 13. 14. 15. 8 azoxistrobina + tebuconazol 9 oxicarboxina 18,75 BC 3,50 AB 7,75 AB 17,75 BC 4,50 AB 3,50 B 19,00 BC 5,25 AB 4,25 AB CV (%) 14,86 18,93 17,09 2 -1 3 -1 4 adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado -1 5 -1 6 -1 7 Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 8 9 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v. *Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. *Médias originais, dados transformados em arcsen . 1 Vale ressaltar que nas condições do presente estudo não houve efeito dos fungicidas sobre a qualidade sanitária das sementes colhidas (Tabelas 7 e 8), indicando que os fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática não são os mais adequados para o controle das doenças de final de ciclo (DFCs). Segundo Henning, (2009), os fungicidas mais indicados para o controle dessas doenças são os pertencentes ao grupo dos benzimidazóis, que além de mais baratos que as estrobilurinas e os triazóis, apresentam melhor eficiência de controle de outras doenças como a mancha alvo e a antracnose. 42 5. CONCLUSÕES Com base nos resultados chegaram-se as seguintes conclusões: 1 - Os fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja não afetam a qualidade fisiológica das sementes. 2 - A ocorrência de fungos nas sementes não é afetada pelas aplicações de fungicidas visando o controle da ferrugem asiática. 3 - O melhor controle da ferrugem asiática da soja é proporcionado pelas misturas entre triazóis e estrobilurinas. 43 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBRECHT, L.P.; BRACCINI, A.L.; SCAPIM, C.A.; AGUIAR, C.G.; ÁVILA, M.R.; STÜLP, M. Qualidade fisiológica e sanitária das sementes sob semeadura antecipada da soja. Scientia Agraria, v.9, n.4, p.445-454, 2008. 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