DIRETORIA TÉCNICA
PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DE AT E MT
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ET-301/2010 R-00
POSTES DE FIBRA DE VIDRO
FOLHA DE CONTROLE
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
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POSTES DE FIBRA DE VIDRO
ET-301
I
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MAI/2010
APRESENTAÇÃO
A presente Especificação Técnica define os requisitos gerais aplicados ao projeto,
fabricação, ensaios, inspeção, transporte e recebimento dos Postes de Fibra de Vidro, destinados
ao uso nas instalações da Coelce.
Elaboração:
Rômulo Thardelly Alves Moreira Sales
Normas e Procedimentos
Equipe de Consenso:
Edgney Sarvio Oliveira Holanda
Qualidade
Felipe Leite Cardoso Dos Santos
Normas e Procedimentos
Antônio Ribamar Melo Filgueira
Normas e Procedimentos
Raquel Santos Gondim
Normas e Procedimentos
Apoio:
Pedro Paulo Menezes Neto
Normas e Procedimentos
Sandra Lúcia Alenquer da Silva
Normas e Procedimentos
Lucas Cavalcante
Normas e Procedimentos
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ET-301
II
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MAI/2010
SUMÁRIO
1
OBJETIVO ..................................................................................................................................................1
2
REFERÊNCIAS NORMATIVAS .................................................................................................................1
2.1 NORMAS BRASILEIRAS ...................................................................................................................................1
2.2 NORMAS DA COELCE .....................................................................................................................................1
3
REQUERIMENTO DE QUALIDADE...........................................................................................................1
4
CONDIÇÕES DE SERVIÇO .......................................................................................................................1
5
CARACTERÍSTICAS NOMINAIS E CONSTRUTIVAS ..............................................................................2
5.1 PROJETO GERAL ...........................................................................................................................................2
5.2 NUMERAÇÃO SÉRIE .......................................................................................................................................2
5.3 POSTES PADRONIZADOS ................................................................................................................................2
5.4 ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS .....................................................................................................................3
5.5 PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................3
5.6 MARCAÇÕES .................................................................................................................................................3
5.7 ACABAMENTO................................................................................................................................................4
5.8 FUROS ..........................................................................................................................................................4
5.9 TOLERÂNCIAS ...............................................................................................................................................4
6
PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO ...........................................................................................................4
7
INSPEÇÃO E ENSAIOS .............................................................................................................................5
7.1 GENERALIDADES ...........................................................................................................................................5
7.2 RELATÓRIO DE ENSAIOS ................................................................................................................................6
7.3 CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO .......................................................................................................................7
7.4 INSPEÇÃO GERAL ..........................................................................................................................................7
7.5 VERIFICAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE ...................................................................................................7
7.6 ENSAIOS .......................................................................................................................................................7
7.7 PLANOS DE AMOSTRAGEM PARA INSPEÇÃO GERAL E PARA ENSAIO DE ELASTICIDADE........................................8
7.8 PLANOS DE AMOSTRAGEM PARA OS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À RUPTURA, COMPRIMENTO E MOMENTO
FLETOR (MA) ...................................................................................................................................................... 10
7.9 INSPEÇÃO POR ATRIBUTO ............................................................................................................................10
8
ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE ..............................................................................................11
9
PRAZO DE ENTREGA .............................................................................................................................11
10
GARANTIA ...............................................................................................................................................11
ANEXOS
ANEXO A - PLANILHA PARA CONTROLE DE PRODUÇÃO DIÁRIA ...............................................................................12
DESENHO 301.01: POSTE DE FIBRA DE VIDRO ......................................................................................................13
DESENHO 301.02: ENSAIO DE MEDIÇÃO DA SUPERFÍCIE DE CONTATO....................................................................14
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1 OBJETIVO
Estabelecer os requisitos mínimos aplicáveis ao fornecimento de Postes de Fibra de Vidro, de eixo
retilíneo, base de seção circular e topo com seção quadrada, destinados ao uso no sistema elétrico
da Coelce.
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Para fins de projeto, matéria-prima, qualidade, fabricação, ensaios, inspeção e transporte os postes
de fibra de vidro a serem fornecidos devem satisfazer as exigências desta Especificação, e no que
não a contrarie, às normas dos itens 2.1 e 2.2.
As normas mencionadas não excluem outras reconhecidas que assegurem qualidade igual ou
superior a elas, desde que o proponente cite em sua proposta as partes ou normas aplicáveis, e a
Coelce as valide.
Caso julgue necessário, a Coelce pode exigir do Proponente o fornecimento de cópias das normas
adotadas por este.
Em caso de dúvida ou contradição, tem primazia esta Especificação, em seguida as normas
recomendadas e finalmente, as normas apresentadas pelo Proponente.
As normas citadas nos itens 2.1 e 2.2, mesmo que destinadas a postes de concreto, podem em ser
aplicadas, a critério da Coelce, aos postes de fibra de vidro.
2.1 Normas Brasileiras
NBR ISO 9001, Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos;
NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento;
NBR 5427, Guia para aplicação da norma NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na
inspeção por atributos;
NBR 7356, Plásticos - Determinação da flamabilidade;
NBR 8451, Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica- Especificação;
NBR 8452, Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica - Padronização.
2.2 Normas da Coelce
DT-068, Transporte de Postes e de Resíduos de Concreto;
CE-003, Qualificação Técnica de Equipamentos, Materiais e Fabricantes.
3 REQUERIMENTO DE QUALIDADE
O Proponente deve demonstrar que tem implementado e funcionando em fábrica um sistema de
Garantia de Qualidade com programas e procedimentos documentados em manuais, cumprindo a
norma NBR ISO 9001.
A Coelce se reserva o direito de verificar os procedimentos e a documentação relativa à fabricação
dos postes de fibra de vidro e o fabricante se obriga a colocar a sua disposição estes antecedentes.
4 CONDIÇÕES DE SERVIÇO
Os postes de fibra de vidro abrangidos por esta especificação devem ser fabricados e projetados
para operar em qualquer nível de contaminação, em clima tropical, atmosfera salina, exposição à
ação direta do raio do sol, fortes chuvas, devendo receber tratamento adequado para resistir às
condições ambientais da Tabela 1.
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Tabela 1: Condições Ambientais
Características
Altitude Máxima (m)
Temperatura Mínima (°C)
Temperatura Máxima (°C)
Temperatura Média (°C)
Umidade Relativa Média(%)
Pressão Máxima do Vento (N/m²)
Nível de Contaminação (ABNT IEC/TR 60815)
Nível de Salinidade (mg/cm² dia)
Radiação Solar Máxima (wb/m²)
Coelce
1.000
+14º
+40º
+30º
> 80
700
Muito Alto (IV)
> 0,3502
1.000
5 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS E CONSTRUTIVAS
5.1 Projeto Geral
O projeto dos postes de fibra de vidro deve ser homologado previamente pela Coelce antes do
primeiro fornecimento ou quando houver alteração no projeto ou revisão desta Especificação
Técnica. O projeto, a matéria-prima, a mão-de-obra e a fabricação devem incorporar tanto quando
possível, os melhoramentos que a técnica moderna sugerir, mesmo quando não mencionados nesta
Especificação. Cada projeto diferente deve ser explicado em todos os seus aspectos na proposta.
5.2 Numeração Série
Os postes de fibra de vidro devem ser identificados com um número de série seqüencial
alfanumérico para cada fabricante, conforme recomendações a seguir:
a) Todo controle de numeração utilizado pelo fabricante deve ser acompanhado e controlado pela
área da Coelce responsável pela inspeção;
b) A área responsável por projetos e construções deve implementar o uso desta numeração série
para facilitar o registro e controle utilizado pela área de cadastro de rede.
c) O número de série seqüencial alfanumérico deve possuir o seguinte formato “A-9999909”: uma
letra identificadora do fabricante, cinco algarismos para seqüência numérica e dois algarismos
para identificação do ano de fabricação.
5.3 Postes Padronizados
Os postes de fibra de vidro padronizados pela Coelce e sua respectiva utilização estão definidos na
Tabela 2.
Tabela 2: Postes de Fibra de Vidro Padronizados e sua Utilização
Altura
(M)
9,0
10,5
12,0
Resistência Nominal
(DAN)
150
300
150
300
600
300
600
Utilização
Desenho
Código de
Estoque
301.01
6795937
6795938
6795939
6795950
6795951
6795952
6795953
LDMT e LDBT
LDMT, LDBT e SED
LDMT e LDBT
LDMT e LDBT
LDMT e LDBT
Legenda:
SED – Subestações de Distribuição
LDMT – Linhas de Distribuição de Média Tensão
LDBT – Linhas de Distribuição de Baixa Tensão
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5.4 Elementos Característicos
As características dos postes de fibra de vidro estão definidas na Tabela 3 e no desenho 301.01.
Tabela 3: Características dos Postes de Fibra de Vidro
Item
1
Comprimento
Nominal
L ± 0,005
(m)
9,0
Resistência
Nominal Rn
(daN)
(2)
150
Momento
fletor nominal
no plano de
aplicação de
Rn
MA (daN x m)
(3)
164
Dimensões
(mm)
Massa
Aprox.
(kg)
(1)
F
E
M
90
75
1500
2000
Topo
Base
quadrado Redonda Espessura
mínima
S
C
160
390
4
2
9,0
300
180
110
75
1500
2000
160
390
5
3
10,5
150
155
100
1475
1650
3000
160
390
4
4
10,5
300
164
120
1475
1650
3000
160
390
5
5
10,5
600
327
240
1475
1650
3000
170
400
8
6
12,0
300
149
160
2775
1800
3500
180
400
6
7
12,0
600
298
280
2775
1800 3500
180
410
8
NOTAS:
1: As massas são aproximadas e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida a sua observância,
inclusive na inspeção;
2: Valores da resistência nominal deve ser obtido no plano de aplicação a 100 mm do topo do poste;
3: Valores mínimos para o plano de aplicação de Rn.
LEGENDAS:
F – Distância do orifício para entrada do condutor de aterramento ao topo do poste;
E – Distância da marcação do ponto de engastamento a base do poste;
M – Comprimento mínimo do topo quadrado com furação
5.5 Plaqueta de Identificação
Deve ser fixada uma plaqueta, protegida por uma cobertura de resina, que garanta que a mesma
continue legível e indelével durante toda a vida útil dos postes de fibra. A placa de identificação deve
possuir proteção contra raios UV e ser resistente as características ambientais descritas na Tabela 1.
Devem ser gravadas as seguintes informações na plaqueta:
–
–
–
–
–
–
–
–
Número de série do poste;
Data (mês e ano) de fabricação;
Comprimento nominal (m);
Resistência nominal (daN);
Peso;
Nome ou marca comercial do Fabricante;
Nome Coelce;
Número do pedido de compra.
5.6 Marcações
Devem ser marcadas no corpo do poste, conforme Desenho 301.01, as seguintes informações:
a) Centro de gravidade;
b) Ponto de referência;
c) Ponto de engastamento .
As marcações devem ficar alinhadas paralelamente ao eixo do poste, conforme indicado no
Desenho 301.01.
A largura máxima dos caracteres não deve ultrapassar 40% do diâmetro da seção transversal.
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5.7 Acabamento
Os postes devem apresentar superfícies externas suficientemente lisas, sem fendas ou fraturas.
As faces quadradas do poste de fibra de vidro devem ser mais planas possíveis, permitindo a
instalação adequada de equipamentos e de cruzetas utilizadas pela Coelce.
A cura inicial é obrigatória, antes mesmo da retirada das formas. Deve ser inserido no relatório de
ensaios o tempo utilizado para a cura dos postes. O poste deve possuir cor RAL 7038 (cinza).
Com auxílio de um paquímetro, devem ser realizadas as medidas de profundidade das fendas e
alturas das elevações nas faces do topo quadrado do poste. Valores de altura das elevações e
profundidades das fendas maiores que 1,5 mm são consideradas como defeito.
Deve ser medida a área de contato em três pontos da face quadrada com uso de um esquadro e de
um gabarito cilíndrico de 1 mm de diâmetro e este valor deve ser anotado no relatório de inspeção.
O procedimento de medição de superficie de contato deve ser conforme Desenho 301.02.
5.8 Furos
Os furos destinados à fixação de equipamentos e passagem de cabos devem ser cilíndricos ou
ligeiramente tronco-cônicos, de forma que não cause dificuldades para colocação de equipamentos
ou cabos. Devem seguir ainda às seguintes exigências:
a) Os furos devem ser vedados por tampa removível que propicie vedação adequada e que seja
aprovado previamente pela Coelce. Todos os furos devem ter eixo perpendicular ao eixo do
poste;
b) O topo quadrado deve ser fechado e a base redonda deve ser aberta, conforme Desenho 301.01.
NOTA: De acordo com o uso, a furação deve obedecer aos desenhos e tabelas constantes nesta
Especificação, conforme seja sua aplicação no sistema elétrico.
5.9 Tolerâncias
Estabelecidos o formato e as dimensões do poste, admitem-se as seguintes tolerâncias não
acumulativas:
a) ± 50 milímetros para o comprimento nominal, para o traço de referência e marca de
engastamento;
b) ± 15 milímetros para as dimensões topo e da base;
c) + 2mm e -1mm para o diâmetro dos furos, quando não indicado;
d) O deslocamento transversal dos furos ao eixo central do poste não deve ser superior a 2
milímetros;
e) A distância entre os centros dos furos de mesma face não deve variar mais que 2 milímetros das
cotas estabelecidas no Desenho 301.01;
f) A distância vertical entre furos de faces diferentes não deve variar mais que 2 milímetros das
cotas estabelecidas no Desenho 301.01;
g) Não deve haver elevações ou depressões na face quadrada do poste maior que 1,5 milímetros;
h) Demais tolerâncias são indicadas nos desenhos.
6 PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO
Todo fabricante de poste de fibra de vidro deve ser homologado antes de qualquer fornecimento.
Para iniciar o processo de homologação o fabricante deve enviar para Coelce as seguintes
informações:
a) Certificado de Qualidade ISO 9001, e o correspondente Manual de Gestão da Qualidade;
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b) Plano de inspeção e controle da qualidade previsto, abrangendo fabricação, processamento,
execução e tratamento do poste;
c) Relação de todos os ensaios e o método proposto para sua realização;
d) Relatório de ensaios efetuado em unidade protótipo;
e) Relatório contendo as seguintes informações:
– Tipo de poste;
– Comprimento do engastamento;
– Carga nominal;
– Carga máxima permissível;
– Carga de ruptura;
– Teor de absorção de água;
– Flechas residuais (para 1,4 x Carga Nominal);
f) Desenhos de contorno dos postes, indicando as dimensões principais e a localização dos dados
de identificação e conicidade;
g) Cortes na base e no topo do poste;
h) Peso;
i) Diagrama de momentos fletores;
j) Garantia de acordo com o requerido no item 10;
k) Detalhamento do processo de fabricação e das matérias primas utilizadas.;
l) Relação de fornecimentos anteriores indicando tipo, quantidade, cliente, país, ano de
fornecimento ;
A Coelce pode solicitar instruções e ou informações adicionais caso considere as apresentadas
insuficientes ou insatisfatórias, obrigando-se o fabricante a fornecê-las sem nenhum ônus para a
Coelce.
O processo de homologação segue o fluxograma definido no CE-003.
7 INSPEÇÃO E ENSAIOS
7.1 Generalidades
7.1.1 Os postes devem ser submetidos à inspeção e ensaio pelo fabricante, em presença do
inspetor da Coelce, de acordo com as normas recomendadas e com esta Especificação.
7.1.2 A Coelce se reserva o direito de inspecionar e ensaiar os postes, no período de fabricação, na
época do embarque, ou a qualquer momento que julgar necessário. Para tal, devem ser propiciadas
todas as facilidades quanto ao livre acesso aos laboratórios, dependências onde estiverem sendo
fabricados os postes, etc., bem como fornecer pessoal qualificado a prestar informações e executar
os ensaios e todas as documentações solicitadas.
7.1.3 O Fabricante deve informar à Coelce e enviar a planilha de controle do Anexo A, com
antecedência mínima de 15 dias úteis a data que os postes estão prontos para inspeção. O período
de ensaios deve estar incluso no prazo de entrega dos materiais. Qualquer alteração na data da
inspeção deve ser comunicada a Coelce com um prazo mínimo de 72 horas. O não atendimento, por
parte do fabricante, a estes prazos de comunicação, gerando uma inspeção improdutiva, a Coelce
reserva-se o direito de cobrar do Fabricante, os custos referentes a transportes e diárias do seu
inspetor, caso tenham sido custeadas pela Coelce.
7.1.4 O local de inspeção dos postes deve ser coberto, a fim de que as condições meteorológicas
não impossibilitem a realização dos ensaios.
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7.1.5 O Fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem necessárias para a realização dos
ensaios ou contratar, às suas expensas, laboratório previamente aceito pela Coelce. A aparelhagem
deve estar devidamente aferida por laboratório aprovado pela Coelce.
7.1.6 No caso do inspetor da Coelce ser convocado e os postes não estiverem prontos para
inspeção, ou o local da inspeção não oferecer condições de ensaios ou haja rejeição na inspeção, a
nova visita do inspetor é custeada totalmente pelo fabricante.
7.1.7 O custo de controle de qualidade da fabricação e dos ensaios corre por conta do Fabricante.
As repetições, quando solicitadas pela Coelce, correm por conta desta somente se os postes forem
aprovados. Em caso contrário, correm por conta do Fabricante.
7.1.8 Todos os postes submetidos a ensaios destrutivos nas porcentagens fixadas nesta
Especificação devem ser custeados pelo Fabricante. A Coelce não aceita postes recuperados.
7.1.9 A aceitação do material pela Coelce, com base nos ensaios ou nos relatórios que os
substituam, não exime o Fornecedor de sua responsabilidade em fornecer o material em plena
concordância com o Pedido de Compra e com esta Especificação, nem invalidará qualquer
reclamação por parte da Coelce devido a material inadequado ou defeituoso.
7.1.10 A rejeição dos postes em virtude de falhas constatadas na inspeção não exime o Fornecedor
de sua responsabilidade de fornecer os mesmos no prazo de entrega estabelecido no Pedido de
Compra.
7.1.11 Caso o poste seja rejeitado na inspeção, o Fornecedor deve corrigir as falhas indicadas pelo
relatório de inspeção sem ônus para a Coelce. Uma vez efetuadas todas as correções solicitadas
pelo relatório de inspeção, o fabricante deve comunicar a Coelce a nova data de inspeção.
7.1.12 Se a gravidade da falha tornar impraticável a entrega pelo Fornecedor na data prevista, ou se
tudo indicar que o Fornecedor não será capaz de satisfazer aos requisitos exigidos, a Coelce
reserva-se o direito de rescindir o contrato e o Fornecedor estará sujeito às penalidades aplicáveis
ao caso.
7.1.13 No caso da Coelce dispensar a presença do Inspetor para acompanhar os ensaios, o
fornecedor deve apresentar além dos Relatórios de Ensaios, a garantia da autenticidade dos
resultados devidamente assinada pelo responsável técnico do seu Controle de Qualidade.
7.2 Relatório de Ensaios
7.2.1 Deve ser apresentado um relatório completo, em 2 (duas) vias, dos ensaios efetuados, com as
indicações necessárias à sua perfeita compreensão.
O relatório de ensaios, a ser providenciado pelo Fornecedor, deve conter no mínimo as seguintes
informações:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
Nome da Coelce;
Nome do Fornecedor;
Número do Pedido de Compra;
Descrição sucinta dos ensaios;
Indicação das normas técnicas, métodos, instrumentos e constantes utilizadas;
Tamanho do lote, número e identificação das unidades ensaiadas, e número de série inicial e final
do lote ensaiado;
Data de início e fim dos ensaios;
Data de emissão do relatório;
Nome do laboratório onde os ensaios foram executados;
Nomes legíveis e assinaturas do responsável técnico do Fornecedor e do inspetor da Coelce.
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7.2.2 Depois da Coelce examinar o relatório, uma das cópias deve ser devolvida ao Fornecedor,
aprovando ou não os postes.
7.2.3 No caso da Coelce dispensar a presença do inspetor na inspeção e ensaios, o Fornecedor
deve apresentar, além do referido relatório com os requisitos exigidos normalmente, a garantia de
autenticidade dos resultados. Esta garantia pode ser dada num item do mencionado relatório ou
através de um Certificado devidamente assinado por um funcionário categorizado e responsável do
Fornecedor.
7.2.4 Em qualquer dos casos, o Fornecedor deve apresentar um certificado, atestando que o
material fornecido está de acordo com todos os requisitos desta Especificação e conforme as
modificações ou acréscimos apresentados nos modelos ou propostas.
7.3 Condições de Recebimento
Para recebimento de um lote de postes, devem ser realizados pelo inspetor da Coelce os seguintes
ensaios em amostras escolhidas pelo mesmo no lote inspecionado:
a) Inspeção geral;
b) Verificação do controle de qualidade;
c) Ensaios.
7.4 Inspeção Geral
Antes de iniciar os ensaios, o inspetor deve fazer uma inspeção geral, para comprovar se os postes
estão de conformidade com os elementos característicos requeridos, verificando:
a) Acabamento conforme 5.7;
b) Dimensões conforme desenhos 301.1 e Tabela 3
c) Furação (posição, diâmetro e desobstrução) conforme 5.8;
d) Identificação conforme 5.5 e 5.6.
Devem ser adotadas as tolerâncias do item 5.9.
7.5 Verificação do Controle de Qualidade
Devem ser apresentados ao inspetor os relatórios dos ensaios de controle de qualidade dos
materiais.
É assegurado ao inspetor o direito de presenciar a realização dos ensaios de controle de qualidade
e acompanhar todas as fases de fabricação.
7.6 Ensaios
Os ensaios são destinados à verificação de:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Momento fletor no plano de aplicação dos esforços reais (MA);
Elasticidade;
Resistência à ruptura;
Acabamento;
Absorção de água;
Ensaio de resistência a UV (ensaio de tipo) conforme ASTM G-155 método A com 2000 horas;
Flamabilidade (ensaio de tipo) - deve atender os valores especificados para a Categoria 2 da
NBR 7356.
Podem ser aceito como relatório de ensaios de recebimento, os ensaios das alíneas “e”, “f” e “g”
realizado em um modelo de poste, desde que o fabricante comprove que o projeto e as matérias
primas utilizadas são os mesmos dos postes pertencentes ao lote ensaiado.
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7.6.1 Momento Fletor no Plano de Aplicação dos Esforços Reais (MA)
O poste deve satisfazer as exigências do momento fletor no plano de aplicação dos esforços reais
MA, quando ensaiado conforme descrito na NBR 8451. Os valores mínimos de MA estão definidos na
Tabela 3.
7.6.2 Elasticidade
7.6.2.1 Os postes devem ser submetidos a uma tração igual à resistência nominal não devem
apresentar flechas, no plano de aplicação dos esforços reais, superiores a 10 % do comprimento
nominal do poste.
7.6.2.2 A flecha residual, medida depois que se anula a aplicação de um esforço correspondente a
140% da resistência nominal no plano de aplicação dos esforços reais não deve ser superior a 0,5%
do comprimento nominal e deverá ser medida após 5 minutos da retirada da força aplicada.
7.6.2.3 Os postes submetidos aos ensaios de tração em 7.6.2.1 e 7.6.2.2 não devem apresentar
deformações como:
a) estiramento das fibras na face oposta a aplicação da força;
b) esmagamento das fibras na face da aplicação da força;
c) trincas ou qualquer estiramento ou esmagamento das fibras nas faces adjacentes.
7.6.2.4 Os ensaios dos itens 7.6.2.1 e 7.6.2.2 devem ser realizados conforme NBR 8451.
7.6.3 Resistência à Ruptura
Não deve haver ruptura do poste quando aplicada uma força de no mínimo 2 vezes a resistência
nominal do poste. Este ensaio deve ser realizado conforme NBR 8451.
7.7 Planos de Amostragem para Inspeção Geral e para Ensaio de Elasticidade
7.7.1 Tamanho da Amostra
O tamanho da amostra ou séries de tamanhos de amostras, bem como o critério de aceitação do lote,
para o ensaio de elasticidade e para inspeção geral deve estar de acordo com as Tabelas 4 e 5.
Caso o inspetor verifique a existência de poste com indício de defeito visível dentro do lote, mas fora
das amostras a serem ensaiadas, é permitido que este poste seja incluído na amostra a ser
ensaiada, substituindo-o por um poste de dentro da amostra.
7.7.2 Analise da aceitação ou rejeição de um lote
Para analisar a aceitação ou rejeição de um lote, a Coelce inspecionará os postes segundo as
categorias de inspeção.
Os postes são classificados em bons ou defeituosos, estes últimos terão a graduação crítico, grave
ou tolerável.
Para a aceitação de ensaios de elasticidade e de inspeção geral, deve ser observado o Nível de
Qualidade Aceitável - NQA. O NQA pode variar de crítico, grave e tolerável. Quando a análise de
inspeção for realizada para os três tipos de NQA, o tamanho da amostra é definido pelo maior valor
do número de amostras definido pelo NQA.
Devem ser consultados os critérios de aceitação e rejeição da Tabela 4 para os ensaios de
elasticidade e os da Tabela 5 para os ensaios gerais, o lote deve ser aceito ou rejeitado.
Caso o lote seja aceito, o fabricante deve realizar a pintura da base dos postes em uma cor diferente
da cor do poste. Para facilitar a rastreabilidade dos postes, cada lote liberado pela inspeção, que
esteja armazenado em fábrica, deve ser identificados com cores diferentes.
Todos os postes rejeitados nos ensaios de recebimento, integrantes de lote aceitos, devem ser
substituídos por unidades novas e perfeitas, pelo Fabricante, sem qualquer ônus para a Coelce.
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A aceitação de um determinado lote pela Coelce não exime o Fabricante da responsabilidade de
fornecer os postes em conformidade com as exigências desta Especificação e nem invalida as
reclamações que a Coelce possa fazer a respeito da qualidade do material empregado e/ou
fabricação dos postes.
A critério da Coelce, o Fabricante deve apresentar certificados na execução do controle de
qualidade da fabricação.
No caso de rejeição de um lote é permitido ao Fabricante reagrupar os postes na presença do
inspetor e submetê-los a nova inspeção nas mesmas condições da realizada anteriormente.
Tabela 4: Critérios de Aceitação para Ensaios de Elasticidade
Ensaios ( Amostragem normal e simples )
Nível de Inspeção
NQA 1,5% - Crítico
NQA 4,0% - Grave
Tamanho da
Tamanho da
Ac
Re
Ac
amostra
amostra
8
0
1
3
0
8
0
1
13
1
8
0
1
13
1
8
0
1
13
1
8
0
1
13
1
32
1
2
20
2
Tamanho
do
Lote
Re
Até 150
1
151 a 280
2
281 a 500
2
501 a 1200
2
1201 a 3200
2
3201 a 10000
3
NOTAS:
1: Esta Tabela deve ser utilizada conforme Item 7.7;
2: Para tamanho do lote até 150 unidades podem ser estabelecidos de comum acordo entre comprador e
fornecedor os valores do tamanho de Ac e de Re;
3: Ac – número de peças defeituosas que ainda permite aceitar o lote;
Re – número de peças defeituosas que implica na rejeição do lote.
Tabela 5: Critérios de Aceitação para Ensaios de Inspeção Geral
Tamanho do Lote
Inspeção Geral ( Amostragem normal e simples )
Nível de Inspeção I
NQA 1,5%
NQA 4,0%
NQA 10,0%
Crítico
Grave
Tolerável
Tamanho
Tamanho
Tamanho da
Ac
Re
Ac
Re
Ac
da amostra
da amostra
amostra
8
0
1
3
0
1
5
1
8
0
1
13
1
2
8
2
8
0
1
13
1
2
13
3
32
1
2
20
2
3
20
5
32
1
2
32
3
4
32
7
50
2
3
50
5
6
50
10
80
3
4
80
7
8
80
14
Re
Até 90
2
91 a 150
3
151 a 280
4
281 a 500
6
501 a 1200
8
1201 a 3200
11
3201 a 10000
15
NOTAS
1: Esta Tabela deve ser utilizada conforme Item 7.7;
2: Para tamanho de lote até 90 unidades podem ser estabelecidos de comum acordo entre comprador e
fornecedor os valores do tamanho de Ac e de Re;
3: Ac – número de peças defeituosas que ainda permite aceitar o lote;
Re – número de peças defeituosas que implica na rejeição do lote.
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7.7.3 Exemplo de Categorias de Inspeção e sua Respectiva Classificação de Defeito:
7.7.3.1 Elasticidade (item 7.6.2)
Na Tabela 6 são apresentados exemplos de classificação de defeitos para ensaios em eletricidade.
Tabela 6: Exemplo classificação de defeitos para ensaios de elasticidade
Descrição do Defeito
1. Flecha sob carga nominal no valor de referência
2. Flecha residual
2.1. No valor de referência
2.2. Apresentando trincas
Classificação do Defeito
Crítico
Grave
Tolerável
X
X
X
7.7.3.2 Inspeção Geral (item 7.4)
Na Tabela 7 são apresentados exemplos de classificação de defeitos para inspeção em geral.
Tabela 7: Exemplo de classificação de defeitos para inspeção geral
Descrição do Defeito
1. Acabamento
1.1. Imperfeições na superfície lisa
1.2. Fratura
1.3. Fenda não capilar
2. Dimensões
2.1. Base
2.2. Identificação
2.3. Comprimento
2.4. Topo
2.5. Entre furos
3. Furação
3.1. Diâmetro
3.2. Obstrução
3.3. Posição
4. Identificação com erro
Classificação do Defeito
Crítico
Grave
Tolerável
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
7.8 Planos de amostragem para os ensaios de resistência à ruptura, comprimento e momento
fletor (MA)
7.8.1 O tamanho da amostra para efetuar os ensaios de resistência à ruptura, e momento fletor (MA),
deve ser de 1 (um) poste em cada 200 unidades de um mesmo lote, convenientemente agrupados,
em sublotes de 200 unidades.
7.8.2 No caso de lote não ser múltiplo exato de 200, deve aparecer forçosamente um sublote inferior
a 200 unidades. Este sublote, ou qualquer lote inferior a 200 unidades pode ser dispensado dos
ensaios referidos neste item, desde que acertado entre o fabricante e a Coelce.
7.8.3 Os ensaios são considerados satisfatórios se não houver nenhuma falha. Caso um dos
ensaios realizados não seja satisfatório, o fabricante deve repetir esse ensaio em uma amostra
equivalente ao dobro da primeira, sem qualquer ônus para a Coelce, e no caso de qualquer outra
falha ocorrer, todo o lote sob inspeção deve ser rejeitado.
7.9 Inspeção por Atributo
Para qualquer consideração adicional sobre determinação de planos de amostragem, devem ser
consultadas as NBR 5426 e NBR 5427.
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8 ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE
8.1 O acondicionamento e a preparação para embarque também estão sujeitos à aprovação pelo
inspetor. O material deve ser acondicionado de modo a garantir um transporte seguro em quaisquer
condições e limitações que possam ser encontrados. O sistema de acondicionamento deve ser tal
que proteja todo o material contra empenos, quebras, danos e perdas, desde a saída da fábrica até
o momento de sua chegada ao local de destino. O acondicionamento será considerado satisfatório
se o material se encontrar em perfeito estado à sua chegada ao destino.
8.2 No acondicionamento, manuseio e transporte dos postes devem ser observadas as
recomendações contidas na Decisão Técnica DT-068 na versão mais atualizada.
9 PRAZO DE ENTREGA
O prazo para entrega do material deve ser contado a partir do aceite do Pedido de Compra.
O Fornecedor deve considerar, no prazo de entrega, os dias para análise dos desenhos pela
Coelce, sendo que os dias excedentes a este período, pela eventualidade de um atraso na análise,
podem prorrogar a data de entrega por igual número de dias. No entanto, é de inteira
responsabilidade do Fornecedor, o tempo necessário para reanálise dos desenhos que não tenham
sido totalmente aprovados por estarem em desacordo com esta Especificação.
A vinculação da aprovação dos desenhos no prazo de entrega é motivo de desclassificação da
proposta.
10 GARANTIA
10.1 O fabricante deve indicar claramente em sua proposta o prazo de garantia e no que consiste a
mesma.
10.2 A vida útil do poste de fibra deve ser de no mínimo 35 (trinta e cinco) anos e o prazo mínimo de
garantia aceito pela Coelce é de 5 (cinco) anos a contar da data de entrega do equipamento em seu
almoxarifado.
10.3 A garantia deve abranger defeitos de projeto, material e fabricação.
10.4 Durante o período de garantia, todos os custos referentes a reparos, carga, descarga, seguro,
frete, etc., eventos estes associados a defeitos apresentados no poste, são de responsabilidade do
Fabricante. Se necessário, o poste deve ser substituído.
10.5 Caso seja detectada falha de fabricação ou projeto do poste, a fabricante deve substituir todas
as unidades do lote, instaladas em campo ou em estoque, sendo responsável por todos os custos
desta operação como: transporte, retirada dos postes instalados, instalação dos novos postes,
custos dos novos postes etc.
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Anexo A - Planilha para Controle de Produção Diária
Código do
Material
Descrição do Material
Intervalo do
o
N de Série
Data de
Fabricação
Quantidade
Fabricada
o
N do Lote
Armazenado
NOTAS:
1: O envio desta planilha é de responsabilidade do fabricante e deve ser enviada no ato da solicitação da
inspeção.’
2: A inspeção deve ser marcada no intervalo de 5 a 10 dias úteis, após o recebimento da solicitação (via email)
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