Questões
1) (UNICAMP)
“Esta longa Idade Média é o contrário do hiato visto pelos humanistas do
Renascimento e, salvo raras exceções, pelos homens das Luzes. É o momento da
criação da sociedade moderna, do essencial das nossas estruturas sociais e
mentais; momento em que se criou a cidade, a universidade, o moinho, a
máquina, a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário, a pessoa, a
consciência”.
(Adaptado de Jacques Lê Goff, “Prefácio”, Para um novo conceito de Idade Média:
Tempo, Trabalho e Cultura no Ocidente. Lisboa, Editorial Estampa, 1979, p. 12.)
Caracterize a atividade que impulsionou o desenvolvimento das cidades medievais.
2) (UNICAMP)
“Os motivos que levaram Colombo a empreender a sua viagem evidenciam a
complexidade da personagem. A principal força que o moveu nada tinha de
moderna: tratava-se de um projeto religioso, dissimulado pelo tema do ouro. O
grande motivo de Colombo era defender a religião cristã em todas as partes do
mundo. Graças às suas viagens, ele esperava obter fundos para financiar uma
nova cruzada”.
(Adaptado de Tzvetan Todorov, “Viajantes e Indígenas”, em Eugenio Garin. O Homem
Renascentista. Lisboa: Editorial Presença, 1991, p. 233.)
a) Segundo o texto, quais foram os objetivos da viagem de Colombo?
b) O que foram as cruzadas na Idade Média?
3) (FUVEST)
A servidão e a relação feudo-vassálica constituem as duas instituições
fundamentais do sistema feudal, tal como este se formou e desenvolveu na Idade
Média Ocidental. Explique a origem e o funcionamento:
a) da servidão
b) da vassalagem, ou da relação feudo-vassálica
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4) (FUVEST)
Na Europa Ocidental, durante a Idade Média, o auge do feudalismo (século X ao
XIII) coincide com o auge da servidão. Explique
a) no que consistia a servidão.
b) por que a servidão entrou em crise e deixou de ser dominante a partir do
século XIV.
5) (UNIFESP)
Ao longo da Baixa Idade Média, a Igreja (com o papa à frente) e o Estado (com
o imperador ou rei à frente) mantiveram relações conflituosas como, por
exemplo, durante a chamada Querela das Investiduras, nos séculos XI e XII, e a
transferência do papado para Avignon, no sul da França, no século XIV. Sobre
essa disputa, indique:
a) os motivos.
b) os resultantes e sua importância ou significação histórica.
6) (UNESP)
“Pregada por Urbano II, a primeira cruzada... [estendeu-se de 1096 a 1099]. O
sucesso dos pregadores faz dela uma cruzada popular (aventureiros
peregrinos). É um choque militar, político, mas também cultural e mental, pois
a cruzada dilata o espaço e o tempo”.
(P. Tétart, Pequena história dos historiadores.)
O que foi escrito sobre a primeira cruzada aplica-se, de maneira geral, às demais.
a) Qual era a finalidade imediata das cruzadas?
b) Além das alterações culturais e mentais, as cruzadas provocaram
modificações de ordem comercial no continente europeu. Discorra sobre essas
últimas.
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7) Dentre as inúmeras feiras medievais destacaram-se as da região de Champanhe,
com seis feiras anuais. Explique a importância das feiras medievais no contexto
do Renascimento comercial europeu no final da Idade Media Central.
8) A partir dos seus conhecimentos sobre as estruturas da Europa durante a Idade
Média, como podemos caracterizar a sociedade feudal?
9) (FUVEST) Qual a diferença entre as obrigações de um vassalo e as de um servo
na sociedade feudal?
10) (UFPA - adaptada) Caracterize as relações de suserania e vassalagem
dominantes durante o feudalismo europeu.
11) (UEL - adaptada) Caracterize consequências das Cruzadas na consolidação do
renascimento comercial europeu.
12) (UFPA) O crescimento urbano e comercial intensificado na Europa Ocidental, a
partir do século XII, guarda, em suas origens e desdobramentos, aspectos
relevantes à compreensão das transformações que ocorreram no sistema feudal,
característico da Idade Média Central entre os séculos XI e XV.
Comente três repercussões da expansão urbana e comercial na sociedade feudal
europeia, em sua parte ocidental, entre os séculos supracitados, sendo duas na esfera
política e uma na ideológica.
13) (FUVEST) É sabido que as Cruzadas foram um fenômeno histórico muito
importante na Idade Média. Comente suas motivações:
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a) religiosas.
b) econômicas e políticas
14) Quais as consequências essenciais da expansão árabe para a economia europeia?
15) Quais as características que podemos nos referir ao feudalismo na Europa
Medieval?
16) (UNICAMP) No ano de 1070, os habitantes da cidade de Mans revoltaram-se
contra o duque da Normandia. O bispo fugiu e relatou: “Fizeram então uma
associação a que chamam comuna, uniram-se por um juramento e forçaram os
senhores dos campos circundantes a jurar fidelidade à comuna. Cheios de
audácia começaram a cometer inúmeros crimes. Até queimaram os castelos da
região durante a Quaresma e, o que é pior, durante a Semana Santa”.
(Adaptado de J. Le Goff, A Civilização do Ocidente Medieval, Lisboa,.Estampa, 1984, vol. 2, p. 57.)
a) Qual é o conflito social que está representado nesse texto?
b) Relacione esse conflito ao renascimento das cidades a partir do século XII.
17) (UNICAMP) “Esta longa Idade Média é o contrário do hiato visto pelos
humanistas do Renascimento e, salvo raras exceções, pelos homens das Luzes. É
o momento da criação da sociedade moderna, do essencial das nossas estruturas
sociais e mentais; momento em que se criou a cidade, a universidade, o moinho,
a máquina, a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário, a pessoa, a
consciência”.
(Adaptado de Jacques Lê Goff, “Prefácio”, Para um novo conceito de Idade Média: Tempo,
Trabalho e Cultura no Ocidente. Lisboa, Editorial Estampa, 1979, p. 12.)
Caracterize a atividade que impulsionou o desenvolvimento das cidades medievais.
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“O modo de produção feudal que surgiu na Europa Ocidental foi caracterizado por
uma unidade complexa. Foi um modo de produção regido pela terra e por uma
economia natural, na qual nem o trabalho nem os produtos do trabalho eram bens. Os
camponeses que ocupavam e cultivavam a terra não eram seus proprietários. A
propriedade agrícola eram controladas privadamente por uma classe de senhores
feudais, que extraiam um excedente de produção dos camponeses através de uma
relação político legal de coação”.
(Adaptado de Perry Anderson, Passagem da Antiguidade ao Feudalismo. São Paulo,
Brasiliense, 1994.)
“É na época das Luzes que constitui o momento fundamental. Para a burguesia, que
cedo se apropria do poder político, a Idade Média constitui um contraponto perfeito:
Adam Smith evoca a anarquia e a estagnação de um período feudal enterrado nos
corporativismos e nas regulamentações, por oposição ao progresso trazido pelo
liberalismo. Voltaire e Rousseau denunciam a tirania da Igreja e forjam a temática do
obscurantismo medieval, a fim de melhor valorizar as virtudes da liberdade de
consciência. É então que toma corpo, de maneira decisiva, a visão da Idade Média que
perdura até nossos dias, pois o Iluminismo se define em oposição a ela e a imagem das
trevas medievais torna mais estrondosa a novidade deste. Ele deve, então, mostrar que
tudo ‘o que havia precedido era somente arbitrário na política, fanatismo na religião,
marasmo na economia’”.
(Jérôme Baschet – A civilização feudal: do ano 1000 à colonização da América).
“Os objetivos da produção de agricultura camponesa do tipo familiar eram limitadas.
O camponês procurava estabelecer um equilíbrio entre o trabalho produzido pela sua
família, por um lado, e as necessidades básicas desta, determinadas por fatores
socioculturais e, por as exigências que a sua família eram impostos ao exterior”.
(Peter Kriedte – Camponeses, senhores e mercadores)
“O Feudalismo medieval nasceu no seio de uma época infinitamente perturbada. Em
certa medida, ele nasceu dessas mesmas perturbações. Ora, entre as causas que
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contribuíram para criar ou manter um ambiente tão tumultuado, algumas existiram
completamente estranhas à evolução interior das sociedades europeias”.
(Marc Bloch – A Sociedade Feudal)
“O processo político que levou ao feudalismo foi uma lenta adaptação da ordem
política carolíngia por cerca de dois séculos. Existem fases de aceleração e
afrouxamento que variariam de região para região. Mas a lógica do sistema feudal está
diretamente geminada na lógica do sistema carolíngio de poder. A formação do
feudalismo na Francia Ocidental no século X é uma consequência do aprofundamento
das estruturas concretas de poder operadas durante a formação e consolidação da
ordem imperial”.
(Fabiano Fernandes, O Império Cristão nos Séculos VIII e IX, in Impérios na História.)
“A Idade Média europeia é inseparável da civilização islâmica já que consiste
precisamente na convivência, ao mesmo tempo positiva e negativa, do cristianismo e do
islamismo, sobre uma área comum impregnada pela cultura greco-romana”.
José Ortega y Gasset
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