TRANSIÇÃO DA ANTIGUIDADE
PARA A IDADE MÉDIA NA EUROPA
O processo de transição
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Fim do Império Romano do
Ocidente: diversos fatores;
Cultura dos povos
bárbaros + cultura dos
povos romanos = base
para as sociedades
europeias posteriores;
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Idade Média: processo
histórico no qual “as
mudanças não ocorrem de
uma única vez, em todos
os setores da sociedade e
em um só lugar”.
Historiador Jacques Le
Goff: Idade Média é
“fruto de um processo de
aculturação no qual,
pouco a pouco,
misturaram-se os costumes
de bárbaros e romanos”.
Conceito histórico
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Tradicionalmente o início se dá
no séc. V da Era Cristã;
Porém, as modificações na
Europa Ocidental iniciaram-se
muito antes;
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Arbitrário fixar seu início;
Outro obstáculo sobre esse
período: periodizações
adotadas para dividir a época
medieval;
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Fala-se em Alta Idade Média e
Baixa Idade Média;
Reflexo da própria
mentalidade medieval: alto
como símbolo daquilo que é
antigo, e baixo simbolizando o
recente, decadente e
imperfeito;
Caracterização com base no
juízo de valor – Humanistas dos
séc. XIV e XV
Conceito histórico
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Período denominado de medium
tempus (tempo do meio,
intermediário);
Caráter pejorativo: do latim
medius, mesma raiz de médio,
sinônimo de mediano, medíocre;
Para os Humanistas, a Idade
Média foi um período sem
importância;
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Séc. XIX [Jakob Burckhardt e
Jules Michelet] foram
estabelecidas as balizas
cronológicas que determinaram
o fim do período medieval: séc.
XIV;
Renascimento: ruptura com a
Idade Média;
Ano de 1453 marcaria o fim da
Idade Média, data na qual a
cidade de Constantinopla foi
tomada pelos turcos-otomanos,
representando o fim do Império
Romano do Oriente [Bizantino];
Feudalismo
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Desde o séc. III uma transição foi
ocorrendo e substituindo o
modelo de organização dos
romanos;
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Conquistas territoriais romanas:
predomínio do latifúndio;
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Para manter as propriedades
rurais > necessário o uso de mão
de obra escrava, obtida entre os
povos conquistados;
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Expansão e conquistas
deixaram de acontecer a partir
do séc. III;
Falta de trabalhadores para
abastecer os latifúndios;
Solução: progressiva libertação
dos escravos e sua substituição
por uma nova relação de
servidão;
Baseava-se na distribuição de
lotes de terras aos escravos
“libertados”;
Feudalismo
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Novo modelo que passou a
vigorar no decadente
Império Romano foi
denominado colonato;
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Agricultores ligados à
terra, bem como seus
descendentes;
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Sistema de colonato
romano + costumes
bárbaros = feudalismo;
Considera-se que o
feudalismo foi
consolidado a partir do
séc. XI e vigorou até o
séc. XIII, entrando em
decadência;
De acordo com a época e
a região seu modelo
pode ter sido diferente;
Feudalismo
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Sociedade feudal:
dependência na
propriedade de terras;
Relações de propriedade
definiam a própria
organização social:
dividida em ordens e
estamentos de acordo com
as funções;
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Três ordens: oratores,
bellatores e laboratores ou
aratores;
Dependência de homem
para homem, definindo a
hierarquia da sociedade
feudal;
Sobrevivência: baseada na
fidelidade, hierarquia e
honra;
Feudalismo
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Vassalagem e servidão como valores
característicos deste modelo;
Vassalagem: relação de
dependência política, ligando um
nobre ao seu senhor por meio de
uma cerimônia denominada
homenagem;
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Nobre se comprometia à fidelidade
ao seu senhor, obrigando-se a
combater ao seu lado e prestar todo
tipo de ajuda;
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Servidão podia assumir dois tipos
de sujeição: a do indivíduo e a da
terra, estabelecendo a relação
entre servo e senhor;
Investidura era o ritual ao qual o
senhor entregava simbolicamente a
terra ao vassalo;
Sistemas jurídicos consuetudinários;
Como os casamentos [na época], os
contratos não deviam ser rompidos,
pois eram eternos;
Feudalismo
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Possibilidades de romper um
contrato: devolução do feudo
recebido ou excomungação pela
Igreja;
Sistema de organização política,
social e econômica baseado nas
desigualdades;
A estrutura de um feudo:
Política, economia e religião
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Organização político-econômica
começou a se desenvolver a
partir dos séc. IV e V;
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Mudanças na religião: expansão
cristã na Europa, surgimento e a
expansão do islamismo,
perseguição aos infiéis e hereges,
divisão da Igreja Cristã e a
negação do predomínio
intelectual da Igreja Católica;
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Decadência das cidades:
arruinadas e despovoadas em
função das transformações
ocorridas no período;
Não perdem sua importância:
utilizadas com novas funções,
como por exemplo os templos,
que foram transformados em
Igrejas;
Mudanças nas cidades:
refletiram diretamente nas
atividades econômicas.
Comércio “deixou de existir”;
Política, economia e religião
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Sem comércio, não havia
necessidade de moedas;
Prática da “economia
natural” ou “economia
fechada”: unidades
bastam-se a si mesmas,
produzindo o que
necessitam;
Trocas diretas ou escambos:
grãos, ovos, queijo, carnes,
tecidos;
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Moedas não deixam de
existir, apenas perdem a
importância;
A terra, e não o dinheiro,
era o principal indicador
de riqueza;
Riqueza espiritual: práticas,
crenças e dogmas
religiosos característicos da
Idade Média;
Política, economia e religião
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Monoteísmo não foi aceito e
incorporado por todos e as
antigas práticas e crenças não
foram abandonadas por
completo;
Religiosidade medieval: crença
em um único Deus,
antropomórfico;
Paganismo continuou existindo >
aos poucos pagão passou a ser
aquele que não foi batizado ou
adepto do politeísmo;
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Cristianismo: passou a
condenar qualquer prática ou
crença pagã;
Superstição, magia e bruxaria;
“quem diz superstição, diz
necessariamente pacto com o
Demônio”;
No campo e nas cidades uma
parte significativa continuava
pagã;
Política, economia e religião
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Em busca de hegemonia, a
Igreja Cristã lutou contra
as práticas pagãs,
consideradas heresias;
Heresias = todas as ideias
ou atos que contrariavam
os dogmas do cristianismo;
Hereges foram
perseguidos e punidos
durante toda a Idade
Média;
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Nesse processo: Igreja
Católica se firmou como
uma das mais importantes
e poderosas instituições;
Clérigos: destaque social;
Igreja desfrutou de
poderes consideráveis:
recolhimento de impostos
e autoridade para
conduzir julgamentos e
excomungar cristãos.
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Transição da antiguidade