UM PLANO ARTICULADO ENTRE EDUCAÇÃO E CULTURA Documento Referência Pesquisa-ação a ser realizada nos municípios de Campo Grande, Porto Alegre, Porto Velho, Recife e Rio de Janeiro, em 2012 Coordenação: Casa da Arte de Educar Realização: Ministério da Cultura Diretoria de Educação e Comunicação Secretaria de Políticas Culturais Parcerias: Instituto Lidas e Ministério da Educação 1. APRESENTAÇÃO O projeto Um Plano Articulado para Cultura e Educação tem o objetivo de estruturar princípios orientadores das políticas da cultura voltadas para a educação. Desenvolvido pela Casa da Arte de Educar em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), a Secretaria de Políticas Culturais, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Lidas, pretende colaborar para a formulação de uma comunidade de aprendizagem constituída de experiências de educação escolar (com foco no ensino fundamental, educação integral), assim como das de experiências de educação não-escolar realizadas em distintas organizações da sociedade civil, abrangendo bibliotecas, programas de leitura, museus, entre outros. Nesse sentido, um de seus aspectos será investigar as contribuições que a formação artística promove na formação do ensino fundamental. O Ministério da Cultura tem se empenhado em construir um programa político que contribua com o desenvolvimento nacional, a partir do desenvolvimento cultural. Para tanto, uma de suas principais iniciativas é promover a integração das práticas de educação e cultura com vistas a fazer da escola um espaço de 2 reconhecimento e apropriação da diversidade cultural. O objetivo é colaborar para a superação da visão, predominante na sociedade, de que educação é um fenômeno estritamente escolar, buscando compreendê-la como prática intersetorial, constituída de diversas instâncias sociais expressas nos territórios através de distintos processos educativos. 2. O PROBLEMA Ghanem (2008) afirma que no Brasil possuímos um sistema escolar, mas não um sistema educacional, pois este envolveria outros atores sociais atuantes na área, como os museus, pontos de cultura, bibliotecas, organizações sociais e órgãos públicos de muitos setores trabalhando em ações integradas. Um sistema educacional inspirado nas ideias de Torres (2007) e Ghanem (2008) seria constituído de diversas práticas educativas e teria um verdadeiro campo educativo composto por diferentes práticas pedagógicas executadas por toda a sociedade. Se a educação é uma prática social que se desenvolve dentro e fora da escola, ela envolve profissionais de diferentes áreas. Para formularmos um sistema de educação intersetorial, é importante reconhecermos e valorizarmos todos os que deveriam integrar este sistema, o que corresponde a compreender o âmbito da pedagogia como algo associado ao político e ao social. Há uma dimensão da educação que se relaciona aos fenômenos sociais, ao cotidiano, à vida, e por certo há outra que se relaciona às conquistas cientificas e a procedimentos escolares. O que se pode afirmar é que o modelo que restringe educação a um fenômeno escolar representa uma visão que não mais responde aos desafios do mundo contemporâneo. Uma escola mais próxima da vida é uma escola capaz de despertar vontade, entre estudantes e professores, de agirem no mundo respondendo às demandas sociais. Nos últimos 20 anos, a exigência de resultados padronizados nas políticas educacionais tem levado a excessivo controle das escolas pelas políticas de 3 educação, dificultando sua organização a partir de projetos pedagógicos próprios, construídos no diálogo com sua comunidade. Em decorrência, as escolas perderam a autonomia de se recriarem frente aos seus desafios, tendo que responder a essas políticas, bem como a sucessivas avaliações estruturadas sem sua participação, afastando a reflexão sobre as práticas pedagógicas da constituição de políticas. Estes sintomas contribuem para a precarização da prática docente e impedem que os professores possam comprometer-se com políticas culturais e educacionais, bem como responder às demandas sociais locais. Mais recentemente verificou-se, principalmente por parte das políticas federais, um esforço para reverter tal situação, descentralizando parte das condições capazes de facilitar o maior diálogo da escola com a comunidade onde estão situados seus estudantes. Em 2008, UNICEF, MEC, INEP e UNDIME realizaram uma pesquisa nas escolas que obtiveram os melhores resultados do IDEB, em busca da caracterização dessas boas práticas. A pesquisa aponta que as escolas que possuem autonomia para associar as práticas às reflexões e que mais avançaram no diálogo com a cultura local, foram as que conseguiram os resultados acadêmicos mais significativos. Para pensarmos a intersectorialidade na educação do ponto de vista da cultura é importante refletirmos sobre as contribuições que a formação em arte pode proporcionar ao estudante. Em meio a tantas práticas culturais e artísticas em curso no país, é necessário nos perguntarmos pela dimensão cultural que as práticas pedagógicas possuem, bem como pela dimensão pedagógica das práticas culturais, embora nem toda experiência artística tenha o objetivo de formar artistas, assim como nem toda experiência científica pretende formar cientistas. Se a ciência nos proporciona instrumentos para compreendermos nossas condições de vida e nos auxilia nas formulações de alternativas para nossos desafios, o que pensar das contribuições da formação em arte? A arte assim como a ciência é um campo do conhecimento que se desenvolve sob 4 condições distintas das pesquisas científicas e proporciona uma experiência ampliada da cultura. A experiência artística é uma experiência de transformação, a arte realiza-se através deste princípio, na sua condição de potência máxima, a produção artística é uma experiência de transformação do real (Brito, 2005) Ao dançar, tocar ou produzir imagens estamos necessariamente alterando a ordem estabelecida, criando outro real. Aí reside sua potência revolucionária. Por meio da experiência artística, o sujeito altera sua condição no mundo, pois ele se transforma e transforma seu entorno simultaneamente, através de uma vivência experimental com seu território e contexto. A experiência com a arte é algo avesso a classificações, inimiga implacável de todo pensamento dominador fechado a transformações; ela é também uma guardiã de possibilidades que não há como predeterminar. Talvez uma de suas maiores contribuições para a educação esteja na dimensão de liberdade. Podemos sugerir, então, que aquilo que experimentamos através das pesquisas artísticas é uma reformulação de nossas particularidades. Não no sentido ingênuo de buscarmos simplesmente o reconhecimento de diferentes entre si, o que poderia significar, ao contrário do que se espera, um posicionamento narcisista, individualista e fragmentário. Quando entramos no mundo da arte, vivenciamos uma experiência com o outro que nos estimula, pois ele nos traz outros pontos de vista, amplia nosso vocabulário, enriquecendo nossas possibilidades. No campo da arte, podemos experimentar o outro não como adversário, mas como agente de instigação enriquecedora. As experiências estéticas valorizam as possibilidades de influência mútua, de troca, são espaços onde nossos contornos culturais, formas e conceitos estão em constante ebulição, inacabados e inquietos. Para isso, não é preciso ser artista, mas é fundamental possuir uma formação em arte; é preciso usar os métodos artísticos, ou seja, investigar sob princípios distintos do cientifico, descobrir sempre, inquietar-se, não render-se ao estabelecido. 5 Um sistema educacional para além da escola, buscará contaminar a escola de uma relação viva e dinâmica com o mundo. Buscará pensar em resultados para além dos acadêmicos ou alargar a própria noção de acadêmico. É tarefa das práticas artísticas a incorporação da dimensão subjetiva às práticas pedagógicas, bem como a suas metas e sistemas avaliativos. 3. JUSTIFICATIVA ... não é possível pensarmos a educação em separado dos processos culturais, dos processos históricos e do contexto onde se realiza. Estes processos estão profundamente entrelaçados e não podem ser analisados, a não ser a partir de sua íntima articulação. (Candau, 2009, p. 48) Esta pesquisa se desenvolve em consonância com as Metas Educativas 2021 (Conferência Ibero-americana de Educação, 2008), as Metas do Plano Nacional de Cultura (2011) e as diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação (2011). Vejamos: Em relação às Metas Educativas 2021, identificamos na proposta que apresentamos a participação efetiva de diversas instituições e setores da sociedade; bem como a concepção de projetos educativos a partir da compreensão dos interesses, valores e formas de relação com distintos contextos e atores, como requer o documento dos Estados Ibero-americanos. Além disso, a pesquisa proposta aponta para as metas relacionadas à valorização da diversidade dos estudantes e inclusão social: contextos geográficos, questões de gênero, necessidades educacionais especiais e multiculturalidade (grupos étnicos, povos originários/indígenas), e para as estratégias prioritárias: (i) participação dos diversos setores sociais nos debates e nas decisões educativas; (ii) pacto social pela educação. No Plano Nacional de Cultura (2011) e no Plano Nacional de Educação (2011), a aprendizagem em artes é apontada como ferramenta estratégica para a plena cidadania cultural e qualidade de ensino, assim como o fortalecimento 6 das relações entre cultura e educação na escola; destaca-se a necessidade de desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo, das comunidades indígenas e quilombolas. Além disso, deve-se promover relação das escolas com instituições e movimentos culturais, dentro e fora dos espaços escolares. A metodologia da pesquisa-ação na educação tem uma perspectiva eminentemente pedagógica, pois estuda as práticas educacionais através da participação dos próprios sujeitos e a partir de princípios éticos que estruturam a sua contínua formação. Esta opção, segundo Franco (2005, p.488), “pressupõe a integração dialética entre o sujeito e sua existência, entre fatos e valores, entre pensamento e ação e entre pesquisador e pesquisado”. A opção por essa metodologia de pesquisa não é somente uma opção teóricometodológica, mas também a expressão de determinado posicionamento acerca da sociedade e da educação. A pesquisa-ação assegura-nos uma dinâmica coletiva de investigação em que todos os integrantes contribuem para a construção de conhecimento e simultaneamente vivenciam processos de formação. Nesse sentido, o trabalho do educador não se reduz à aplicação de modelos previamente estabelecidos, mas, ao contrário é construído numa dimensão reflexiva. O conceito de cultura aqui utilizado decorre de autores da antropologia contemporânea, entre os quais Canclini (2005) e Geertz (2001). Ambos trabalham com a ideia de cultura como processos sociais e como relações que se estabelecem entre diferentes. Em sua visão abrangente, a cultura abarca o conjunto de processos sociais de produção, circulação e consumo da significação na vida social. Para estes autores, a cultura como processo estabelece-se nas relações entre grupos e não em seu interior. A cultura de um determinado grupo não assume um contorno definido, mas, está sempre em mutação por meio das relações que estabelece com outras. 7 Conceber a cultura como um sistema de relações de sentido coloca a prática pedagógica no centro do debate, pois a escola, ao menos como conceito, funciona como espaço público, local de cruzamento de culturas, de relações de grupos e saberes. Essa abordagem vai ao encontro dos desafios de um sistema que articule educação escolar e não-escolar, na direção da construção de um paradigma para a educação integral, capaz de ir além da proposição de ampliação de tempos e espaços. Nesta linha, uma articulação maior entre as práticas escolares e as não-escolares requer também articular a cultura local à universal, num processo constante de revisão e transformação de ambas. A escola, quando compreendida como parte de um projeto democrático, segue o princípio de que a cidadania e a cultura nascem das relações entre sujeitos. Seus diálogos, interações, trocas e desafios estruturam os processos sociais, democráticos ou não. São raras e difíceis de implementar as iniciativas voltadas para o intercâmbio e a atuação conjunta dos distintos órgãos, instituições e sujeitos que compõem o campo da cultura e da educação. Museus, teatros, bibliotecas e espaços comunitários trabalham com tímidas articulações entre si e com o sistema escolar. Faltam a comunicação e o debate necessários para a superação dessa distância e a promoção efetiva da educação como prática intersetorial. Outro agravante decorre do fato de que parte dos técnicos e professores do sistema escolar compreendem que a escola é de seu domínio exclusivo e não estão interessados nas contribuições que a população possa formular. Por outro lado, para a grande parte do público que frequenta a escola pública, esta ainda é apenas de responsabilidade do Estado e não uma responsabilidade compartilhada. Uma pactuação participativa entre estudantes, professores, gestores, artistas locais, educadores populares enfrenta esta problemática. Nem o Estado nem a sociedade civil organizada são capazes de realizar isoladamente as mudanças que permitam constituir um sistema educacional ampliado. Acreditamos ser necessário garantir as trocas de experiências, promover rodas de formação participativas, debates capazes de promover uma 8 nova pactuação em torno do tema a fim de caminharmos para uma redefinição da educação e seus muitos prismas frente a uma sociedade com enorme capacidade de mudança. Diante de um horizonte de “país emergente”, precisamos encontrar outros modelos de desenvolvimento, construídos, também, a partir de um debate mais aprofundado acerca do que estamos entendendo como educação de qualidade. Qualidade é um campo de disputa. Neste sentido convidamos diferentes atores da educação a manifestar-se, pois para nós, a educação de qualidade tem pertinência social, é resultado de projetos pactuados, preocupase em ver além dos números, sabe ser intersubjetiva e intersetorial e fortalece os atores que o constituem. 4. OBJETIVOS 4.1. OBJETIVO GERAL Desenvolver um observatório em escala experimental, de práticas educacionais, escolares e não escolares, a partir de experiências de diferentes atores sociais. 4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Mobilizar diferentes atores de variadas áreas de atuação; • Identificar 5 territórios capazes de garantir a diversidade cultural; • Levantamento de informações de expressões culturais em cada um dos municípios-pólo; • Realizar encontros de Pesquisa- Ação e formação continuada para investigar o problema: pactuação com Governo Federal, reunião de sensibilização e mobilização, encontro de dois dias com os diferentes atores institucionais e da sociedade civil, nos 5 territórios; • Registro em vídeo de comunidades/projetos; 9 • Lançamento online de uma Plataforma Virtual, de discussão, debate e dados relevantes; • Disseminar a utilização da Metodologia das Mandalas; • Edição de dois vídeos; • Elaboração de um Caderno Pedagógico. 5. DIMENSÃO METODOLÓGICA A pesquisa-ação tem por objetivo a compreensão da realidade para sua transformação; por isso, está diretamente relacionada ao processo formativo dos integrantes. Pretende instaurar uma práxis constituída de saberes pedagógicos em curso tanto nas experiências de educação formal como naquelas da educação nãoescolar. Todos os participantes são sujeitos e, ao integrarem o processo, vão se transformando por meio da mobilização de saberes, dos compromissos assumidos, bem como do material acumulado. A conquista da articulação entre o formal e o não-escolar se dará na justa medida da compreensão de cada prática educacional. Nesta direção é importante considerar alguns princípios que estruturam a metodologia proposta: Esta pesquisa admite e respeita a natureza complexa de seu objeto adotando uma estratégia correspondente; Sendo o campo constituído de sujeitos, suas práticas (escolares e nãoescolares) e interações num determinado cotidiano (práticas educativas formais e não formais),compreende que as subjetividades de pesquisadores e pesquisados são parte da pesquisa; Utiliza abordagem múltipla (quantitativa e qualitativa) em todas as etapas do trabalho. O trabalho estrutura-se numa práxis que busca aliar a ação à reflexão, constituindo-se num espaço de formação dos profissionais envolvidos e de elaboração dede políticas públicas. 10 Nesta ação, utilizaremos a metodologia das Mandalas que integram a Coleção Mais Educação Rede de Saberes (MEC 2007) e vem sendo utilizada de forma distinta por diversos sistemas sociais. As Mandalas dos Saberes são instrumentos para a partilha coletiva entre os integrantes, são diagramas de vivências e de saberes. Através de processos de comunicação representados nas Mandalas, os grupos vão dialogando num caminhar imprevisível, em processos reflexivos simultaneamente práticos, através da visualização que a utilização das Mandalas permite. Reconstruir a consciência da própria prática e compartilhá-la é a chave desse processo de pesquisa. Busca-se revelar os processos que constituem as práticas pedagógicas através de uma investigação que valorize os diversos atores, bem como seus saberes e experiências. As Mandalas dos Saberes vêm sendo uma ferramenta para colaborar com a ampliação do diálogo entre escolas e comunidades, valorizando a integração entre os saberes locais e os saberes acadêmicos. Trata-se um sistema não linear, simples, mas capaz de representar o complexo esquema articulado entre a cultura escolar e a vida cotidiana. As Mandalas podem assumir diferentes formas, permitindo que a diversidade da cultura seja expressa nos projetos pedagógicos. Os conhecimentos são socialmente construídos – isto é, são resultados de práticas que mobilizam recursos intelectuais de diferentes tipos, vinculados a contextos e situações específicas. A Metodologia das Mandalas permite aos atores vivenciar e compreender os saberes intersetoriais de forma dinâmica e contínua. Na pesquisa-ação o método de pesquisa no território deve permitir o retorno ao vivido, a reinterpretação do compreendido, revisões do já realizado, acerto de perspectivas e possibilidade, garantindo assim uma avaliação formativa do processo e a objetivação das conquistas do grupo. As Mandalas na pesquisa-ação, tornam o processo constantemente pedagógico, coletivo e compartilhado. Através dessa ferramenta, a diversidade cultural funciona como instrumento de construção de estratégias pedagógicas, promovendo condições de trocas entre 11 as distintas instâncias que deveriam compor um sistema articulado entre cultura e educação, favorecendo que as práticas educacionais funcionem como laboratórios de experiências culturais, e vice-versa. 12 Casa da Arte de Educar: Coordenadora Executiva Sueli de Lima – Pesquisadora GEPEFE – USP Equipe: Maria de Lourdes Deda Deloupy Camila Corrêa Félix Pedro Gradella Janice Morais Contribuições: Maria Amélia Franco Montoro – UNISANTOS Elie Ghanem – USP Ricardo Basbaum – UERJ Carla Dorzi – MinC Juana Nunes – MinC Cristiane Gonçalves – MinC ________________________________________ O Ponto de Cultura Casa da Arte de Educar nasceu há 13 anos da reunião de educadores de duas favelas cariocas – Mangueira e Macacos –, com profissionais da áreas de educação, com o objetivo pesquisar e desenvolver projetos capazes de garantir a conclusão do ensino fundamental e médio para crianças, jovens e adultos. A organização vem realizando práticas educativas associadas a pesquisas, formulando metodologias para a educação. Criou em 2007 uma tecnologia social – Mandalas dos Saberes – voltada para ampliação do diálogo escolar e o cotidiano, valorizando formulações pedagógicas estruturadas a partir das trocas entre os saberes populares e os saberes acadêmicos. 13 A metodologia das Mandalas dos Saberes, desenvolvida em dois formatos – para a Educação Integral e para a Educação de Jovens e Adultos –, recebeu diversos prêmios, entre eles o Itaú Unicef, em 2009. Atualmente integra a Coleção Mais Educação, compondo as estratégicas pedagógicas disseminadas pelo MEC, e também as ações implementadas pela Diretoria de Educação do Ministério da Cultura. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Maria I; Ghein, Evandro; Leite, Yoshie. Formação de professores, caminhos e descaminhos da prática. Brasília: Ed. Líber, 2008. ALMEIDA, Maria I; PIMENTA, Selma G. Pedagogia universitária. São Paulo: EDUSP, 2009. 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