PLANTAS AUTÓGAMAS ØMáximo de 5 % de cruzamento; ØCultivar em autógama; ØUma linhagem pura; ØMistura de linhagens puras; ØManutenção indefinida; ØQualquer um pode usar como semente os grãos colhidos na lavoura; ØHíbridos? MÉTODOS DE MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS Métodos de melhoramento sem hibridação; Introdução de linhagens; ØAusência de um programa próprio; ØNecessidade da recomendação de algo; ØEnvolve introdução, avaliação, seleção e multiplicação da (s) melhor (es). MÉTODOS DE MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS Seleção de linhas puras ØMaterial colhido de agricultores (normalmente mistura de linhas puras); ØColheita de plantas individuais (famílias); ØAvaliação na safra seguinte, sem repetição, com testemunha intercalar; ØSeleção das melhores e novas avaliações com repetições e multiplicação. MÉTODO GENEALÓGICO Lançamento de cultivares MÉTODO DA POPULAÇÃO (BULK) Lançamento de cultivares MÉTODO GENEALÓGICO MODIFICADO (BRIM OU SSD) MÉTODO DO RETROCRUZAMENTO RETROCRUZAMENTO – INTRODUÇÃO DE ALELO RECESSIVO RETROCRUZAMENTO – DOIS CARACTERES Em que condição não é possível fazer o simultâneo? • SELEÇÃO RECORRENTE EM AUTÓGAMAS Após métodos de alógamas Simbologia: ØF1, F2, .......Fn – gerações de autofecundação; ØS0 - população resultante de recombinação ou cruzamento de vários parentais; ØCorresponde a F2, S1 a F3 e assim por diante; ØFy:x – y é a geração da planta colhida individualmente e x é a geração das sementes dessa planta, utilizadas para avaliação; ØRCxy – x é o pai recorrente e y é o número de retrocruzamentos; ØQuando se deixa autofecundar um retrocruzamento se introduz a notação F RC. Frequência de homozigotos e heterozigotos ao longo das gerações de autofecundação F1 F2 F3 F4 Fx Homozigotos 0 1/2 3/4 7/8 ...... 1-(1/2)(x-1) Heterozigotos 1 1/2 1/4 1/8 ...... (1/2)(x-1) Para os locos inicialmente em heterozigose!!!!!! • Freqüência de heterozigotos em uma geração x para um loco: Fx = (1/2)x-1; • Freqüência de homozigotos em uma geração x para um loco: Fx = 1-(1/2)x-1; • F∞ - mistura de indivíduos totalmente homozigóticos; • Número de linhagens puras considerando n locos; p alelos por loco: NLP = pn; O que é esperado para vários locos? • a = freq. de homozigose em um loco = 1-(1/2)x1 ; • b = freq. de heterozigose em um loco = (1/2)x-1; • x = número de gerações de autofecundação; • n = número de locos; • Os locos em homozigose e heterozigose se distribuem de forma binomial (a+b)n = [(2(x-1)-1) + 1]n O que é esperado com 4 locos (n=4) na geração F5 (x=5) • [(2(x-1)-1) + 1]n = [(24 – 1) + 1]4 = [15 +1]4 • 154 + 4(15)3.1 + 6(15)2. 12 + 4(15)1.13 + 14 • 50.625 homozigotos para 4 locos - 154 • 13.500 homozigotos para 3 locos - 4(15)3.1 • 1.350 homozigotos para 2 locos - 6(15)2.12 • 60 homozigotos para 1 loco - 4(15)1.13 • 1 heterozigoto para 4 locos - 14 Polêmica sobre a seleção precoce • Número de plantas para manter todos os alelos favoráveis em homozigose diminui geração a geração; • Número de plantas para manter todos os alelos favoráveis em homozigose e/ou heterozigose aumenta; • Número de indivíduos em F2 não precisa ser alto, mas precisa ser aumentado nas gerações seguintes. Freq Hom. Freq. Het. G Freq Hom. Favorável Freq. HF para 11 locos Freq. HF + Het. FHF+Het para 11 locos 1-(1/2)x-1 (1/2)x-1 [(1/2)[1-(1/2)x-1] [(1/2)(1-(1/2)x-1]11 [(1/2)[1-(1/2)x-1]+(1/2)x-1 {[1/2)[1-(1/2)x-1]+(1/2)x-1}11 F1 0 1 0 (0)11 1 1) 11 F2 1/2 1/2 1/4 (1/4) 11 (12.564.988) 3/4 (3/4) 11 (69) F3 3/4 1/4 3/8 (3/8) 11 5/8 (5/8) 11 F4 7/8 1/8 7/16 (7/16) 11 9/16 (9/16) 11 F5 15/16 1/16 15/32 (15/32) 11 17/32 (17/32) 11 F6 31/34 1/32 31/64 (31/64) 11 (8.698) 33/64 (33/64) 11 (4.372) : : : : : : : F∞ 1 0 1/2 (1/2) 11 (6.134) 1/2 (1/2) 11 (6.134) Seleção precoce • Eficiência questionável (altamente dependente da herdabilidade); • rFx: G∞ = rGx:G∞ ; • rGx:G∞ = ; • Ix = Coeficiente de endogamia na geração x; • I∞ = Coeficiente de endogamia na geração ∞; • rGx:G∞ - normalmente é alta. Escolha dos genitores • Populações com média alta e grande variabilidade; • Exemplo: Buscando homozigose favorável para 16 locos; • População heterozigótica para 16 locos – probabilidade de 1 em 65.536 (6,6 ha); • População heterozigótica para 20 locos probabilidade de 1 em 167 (169 m2); • População heterozigótica para 22 locos probabilidade de 1 em 38 (38 m2); • Aumento de 10 na variabilidade implica diminuição de 77% nos custos. Escolha pela média do caráter em questão: • Pais de origem diferente; • Análise de divergência genética • Análise multivariada; • Marcadores moleculares. Importante: • Genitores com médias altas não implica que o híbrido irá gerar população com boa variabilidade; • Pode haver divergência para marcadores e não para os caracteres de interesse. Escolha pelo desempenho da progênie: • Dialelos completos, parciais, circulantes (CGC e CEC); • Predições; • ,onde: • Zi é a probabilidade de obter, em F∞, linhagem superior à testemunha; • é a média da testemunha; • é a média das famílias obtidas de plantas F2; • é a variância das famílias obtidas de plantas F2; • é a variância ambiental; • Estimativa m + a’ = 2F2 – F1 = 2F3 – F2; • m é a média fenotípica de todas as linhagens possíveis na geração F∞; • a’ é o somatório dos efeitos dos locos fixados nos genitores, ou seja aqueles não contrastantes. • Preferência – utilizar menor número de famílias e maior número de cruzamentos; Obtenção das populações segregantes • Apenas cruzamentos biparentais; • Cruzamentos triplos (quando um dos parentais tem maior interesse ou participação igual); • (L1xL2)xL3; • L1xL2 + L1xL3 + L2xL3 (mistura dos três); • (L1xL2 )x(L1xL3 )+(L1xL2 )x(L2xL3)+(L1xL3 )x(L2xL3); Obtenção das populações segregantes • Com 4 genitores - Híbrido duplo ou com um parental contribuindo mais; • (L1xL2 )x(L3xL4); • [(L1xL2)xL3]xL4; • Híbrido múltiplo (Ex. com 8 parentais); • {[(L1xL2)x(L3xL4)]x[(L5xL6)x(L7xL8)]} Obtenção das populações segregantes • Cônico com 8 parentais • Cruzamento dois a dois sobrepostos; • Novo cruzamento dois a dois sem coincidir parental; • Novo cruzamento dois a dois sem coincidir parental; • 8 populações com participação igual de cada parental. Obtenção das populações segregantes Cônico com 8L5xL6 parentais L1xL2 L2xL3 L3xL4 L4xL5 L6xL7 L7xL8 L8xL1 (L1xL2) X (L3xL4) (L2xL3) X (L4xL5) (L3xL4) X (L5xL6) (L4xL5) X (L6xL7) (L5xL6) X (L7xL8) (L6xL7) X (L8xL1) (L7xL8) X (L1xL2) (L8xL1) X (L2xL3) (L1L2L3L4) X (L5L6L7L8) (L2L3L4L5) X (L6L7L8L1) (L3L4L5L6) X (L7L8L1L2) (L4L5L6L7) X (L8L1L2L3) (L5L6L7L8) X (L1L2L3L4) (L6L7L8L1) X (L2L3L4L5) (L7L8L1L2) X (L3L4L5L6) (L8L1L2L3) X (L4L5L6L7) MELHORAMENTO DE ESPÉCIES ALÓGAMAS • 95% de cruzamento; • Plantas oriundas de gametas femininos e masculinos de plantas diferentes; • Exemplos – Milho, Girassol, Eucalipto, Cana de açúcar, mandioca, cenoura, cebola, beterraba, Brássicas, Manga, Abacate, Maçã, Kiwi, Aroeira. • Mecanismos que favorecem a alogamia; • Monoicia (separados na mesma planta); • Dioicia (Kiwi, Aroeira); • Com flores completas; • Protoginia; • Protandria; • Autoimcompatibilidade • Parte dos locos em homozigose e parte em heterozigose (consequências para o desenvolvimento de cultivares); • “Carga genética” – Alelos recessivos deletérios ou letais escondidos; • Depressão por endogamia devido à “carga genética”; • Não transfere genótipos para a descendência, exceto as de propagação vegetativa; • Endogamia usada para obtenção de linhagens puras para produção de híbridos; • Melhoramento populacional – Modificação na frequência alélica e genotípica. Grupos de métodos de melhoramento de alógamas sem propagação vegetativa • Melhoramento de populações • Seleção recorrente intrapopulacional; • Seleção recorrente interpopulacional; • Formação de híbridos. Melhoramento de populações • Obtenção das populações; • Boa média; • Variabilidade genética; • Estudos básicos de herança; • Dialelos com predição de peformance. • Métodos baseados em indivíduos ou progênies. • Herança do caráter; • Variância genética aditiva; • Variância genética dominante; • Coeficientes de herdabilidade; • Ganhos com seleção; • Grau médio de dominância; • Heterose; • Depressão por endogamia. • Seleção recorrente; • Processo cíclico de melhoramento; • Objetivo: Melhorar a performance de populações para servirem como fontes de novos híbridos ou clones (Autor praticamente descarta as variedades); • Variabilidade genética mantida em níveis adequados para permitir o melhoramento contínuo; • Atividade de médio e longo prazo; • Intrapopulacional e interpopulacional (SRR); • Normalmente quatro etapas; • Obtenção de progênies ou indivíduos; • Avaliação das progênies ou indivíduos; • Seleção das progênies ou indivíduos superiores; • Recombinação das progênies selecionadas ou indivíduos selecionados; Seleção Recorrente Retirada das progênies Avaliação das progênies Cn.........C4 C3 C2 C1 C0 Seleção das melhores progênies Recombinação das progênies selecionadas Ganho com seleção recorrente Principais tipos de progênies • Meios irmãos (MI); • Irmãos germanos ou irmãos completos (IG); • Endogâmicas S1; • Endogâmicas S2; • Endogâmicas S3 ; • Indivíduos OS MÉTODOS • Seleção massal; • Seleção massal estratificada; • Seleção espiga por fileira; • Seleção espiga por fileira modificado; • Seleção entre e dentro de progênies; • Meios irmãos • Irmão germanos • S1, S2 .... • Dois tipos de progênies; • Combinação de métodos; Seleção massal simples Seleção massal estratificada Seleção espiga por fileira Semeadura Seleção espiga por fileira modificado Obtenção das progênies Seleção entre progênies de MI Seleção entre progênies de IG Seleção entre progênies S2 Obtenção das progênies • Caracteres de alta herdabilidade – Seleção no momento da obtenção; • Dois tipos de progênies – Um para avaliação, outro para recombinação; • Pode ser feito fora de época? Avaliação das progênies • Local e época representativos; • Avaliação fenotípica (“olhômetro”); • Utilização de algum equipamento; • Diversos delineamentos experimentais; Seleção • Unidade de seleção é a média da progênie; • Para apenas um ou alguns caracteres; • Índice de seleção – Yj = b1X1j + b2X2j + ......+ bnXnj (b1, b2, .... bn – Valores de ponderação conforme a importância e as correlações genéticas); • Intensidade – Elevada ou reduzida; • Tamanho efetivo; • 40, 20 e 10 para programas de longo , médio e curto prazos, visando linhagens para obtenção de híbridos; • 30 a 40 quando se visa variedade. Recombinação • Objetivo é gerar variabilidade para o próximo ciclo; • Perenes e semi-perenes - ocorre sobreposição de gerações (próprias plantas que geraram as progênies são selecionadas); • Anuais – próprias progênies ou outras progênies; • Cruzamentos dialélicos, mistura de sementes ou linhas de macho e fêmea; • Equilíbrio? (Suficiente para gerar variabilidade). Recombinação Recombinação Recombinação Seleção recorrente intrapopulacional • i – Diferencial de seleção estandartizado; • c – Coeficiente dependente do esquema; • F – Coeficiente de endogamia [F=1/(2Ne)]; • D1 – Covariância entre os efeitos aditivos e de dominância dos homozigotos (pop. endogâmicas); • - Variância fenotípica da unidade de seleção; • DE – Depressão por endogamia; • Ne – Tamanho efetivo • Seleção em MI e recombinação em S1 - Dobro da resposta quando se recombina MI (cuidado com o tamanho efetivo); • Atração por progênies endogâmicas (?!); • Altas quantidades de variância aditiva; • Componente D1 pode ser + ou -; • DE muito alta pode acarretar problemas de germinação; • Tamanho efetivo (Ne) baixo; • Talvez um ganho rápido?! • Seleção nos dois sexos • Avaliação antes do florescimento; • Sementes remanescentes; • Uso das plantas geradoras das progênies (sobreposição de gerações). • DE – manipulada pelo Ne • Endogamia deve ser introduzida para expor a “carga genética” e quando a intenção for fonte de linhagens. Seleção recorrente interpopulacional • Seleção recorrente recíproca; • Objetivo: Melhoramento da geração F1 do cruzamento de duas populações; • Uma população é usada como testadora da outra; • Progênies interpopulacionais para avaliação e progênies ou genótipos intrapopulacionais para recombinação; • Dirigido para programas de obtenção de híbridos de linhagens interpopulacionais; • Heterose aumenta no decorrer dos ciclos. • Principais métodos • MI ou IG inter para avaliação; • S1 para recombinação. • Outros; • MI ou testcrosses de MI para avaliação e MI para recombinação; • MI inter, obtidos alternadamente de plantas S0 e S1 para avaliação e recombinação alternada com S1s e MI (um ciclo por ano). SRR [COMSTOCK, ROBINSON & HARVEY (1949)] SRR COM PROGÊNIES DE IG (HALLAUER & EBERHART (1970)) SRR COM TESTADOR ENDOGÂMICO [RUSSEL & EBERHART (1975)] SRR COM “TESTCROSSES” DE FAMÍLIAS DE MI (PATERNIANI & VENCOVSKY, 1977) I LOTE 1 B A A B LOTE 2 A A B A A B B A B B A : : : : : : : : : : : : : : : : : : 1 2 3 4 5 .... 100 1 2 3 4 B : : 5 .....100 II AVALIAÇÃO ççç AVALIAÇÃO ççç US US III A A 1 A 2 A A 3 A 4 A A 5 .... 20 B AI B 1 B 2 B B 3 B 4 BI AI x BI B B 5 .....20 SRR BASEADA EM FAMÍLIAS DE MEIOS IRMÃOS (PATERNIANI & VENCOVSKY, 1978) PRIMEIRA FASE B A A B A LOTE 1 Pólen A B A LOTE 2 Pólen B Pólen A A SEGUNDA FASE B Pólen B B MI (INTER) - AVALIAÇÃO ççç US TERCEIRA FASE MI (INTRA) MI (NTRA) ççç ççç UR-A UR-B AI BI AI x BI HÍBRIDO MELHORADO SRR COM FAMÍLIAS DE MEIOS IRMÃOS DE S0 E S1 ALTERNADAS (SOUZA JÚNIOR, 1987) I Ä Ä Pólen B Pólen A A S1 (A) B AxB (MI INTER) BxA (MI INTER) S1 (B) ççç ççç ççç UR US US UR (AVALIAÇÃO) (AVALIAÇÃO) (RECOMB.) (RECOMB.) ççç AI BI A I x BI II Pólen A Pólen B A MI (INTRA) ççç UR (RECOMB.) Pólen B Pólen A B MI (INTER) ççç US (AVALIAÇÃO) MI (INTRA) ççç US (AVALIAÇÃO) MI (INTER) ççç UR (RECOMB.) SRR COM PROGÊNIES DE CRUZAMENTOS EM CADEIA (MIRANDA FILHO, não publicado) POPULAÇÃO A 1 3 5 7 9 11 POPULAÇÃO B 2 4 6 8 10 12 EX: PLANTA 6 7 Pólen 5 6 S1 (B6) º UR PROGÊNIE 5x6 PROGÊNIE 6x7 MÉDIA º US Esquema US UR Ne Meios irmãos MI S1 1/4 1/4 1 Irmãos Germanos IG S1 1/4 1/4 1 Meios irmãos modificado MI MI 1/8 1/8 4 Testcross de meios irmãos TMI MI 1/16 1/16 4 Seleção recorrente em autógamas