O Diabo, Lisboa, 28 de Julho de 1981, pág.18 E;l'<,FRELiiilIO,, 9iabo zs/+lgl A vidadegrada-se em llloçamhique - acusaFranciscoAdrianofumba ' Joanecburgo, Julho (de Saldanha e Silva - exclusivo patâ "o Diabo") - Foi not-rcia, há duar earnano!, a deserção do piloto da Frelimo, Adrbno Francbco Bomba, que tripulando um Mig-17, sobrevoou o 6paço aóreo sul-africano com o propósito firme de pedir asilo potftico ao regime de Pretória. . ;, lsto acontecsu em I do Julho, um dia ant6s de Bomba s o seu avião t6rem de regressar à sua bass na Beira. Inventando urn voo de treino ataque simulado à Moamba - o ten. Bomba largou do aeródromo do Maputo. fuz voo rasânte mas, q u a n d o a l c a n ç o u a f r o n t e i r a ,s u b i u na verticaf até D..ffi pê, exactamente para poder ser detecÌado pelos radares da forca aérea da Africa do Sut. E foi. Dois Mírages s u l - a f r i c a n o s ,t n p u l a d o sp e l o m a j o r F r a n s P r e t o r i u se p e l o c a p i Ì ã o H e n nie Louw, interceptaram o Mig. O Ìenente Bomba deu-lhes a conhecer o que pretendia ("asilo político") e aterrou com segurançana base aérea de Hoedsoruit no TransvaalOriental. Assedrado pelos correspondent e s m j l i t a r e sd a l m p r e n s a ,d e c l a r o u nessa altura. "Eu quero Cormrr. Desculpem-me. Sinro-me salvo. mas estou exaustol" Agora, no entanto. concedeu uma conferêncra de lmpíensa, Ìoda ela falada em português, à cusÌ a d e i n t é r p r e t e s .E d e c l a r o u : "Vim para a Afrrca do Sut oorque não concordo com a polítrca s e g u r d ap e l a F r e l r m oe m M o c a m b r que. Ao cabo de seis anos de rndepencjência não vqo qualquer progresso. A vrda degr:Ca se d i a - a - d i a .R e s o l v r ,p o r i s s o , í a z e ro que fiz. Foi uma deosão r1rÍícrl, mas cheguer à conclusão de que e[a a unlca correcta" E acrescentou: " O m a i o r d e s e n v o l v i m e n t oq u e Mocambique teve foi até 1974. Q u a n d o a F r e l i m ot o m o u c o n t a d o governo, todos ficámos na espectativa. Nos anos segurntesverificou-se um declínio progressivo. A "detd" imposta ao povo mocãmbrcano são os discursos de Samora Machel, porqúanto a respeito de alimentos dificrlmente se encontrarn". Contou, depois, alguns passos da sua vida: Adriano Bomba era estudante d o f i c e u ( c i a s s en o n a ) q u a n d o l h e foi dito (a ele e aos seus colegas mas qualificados) pelo presrdente Machel que t,nÉam de'abandonar os estudos e ser integrados nas Forcas Armadas. !sto afectou-o profundamente, porque Bomba preÌendiacontinuar o cursn e ing r e s s a rn o r a m o d a s c i ê n c i a s "Eu e os meus colegas - afir,.nou Bomba - perguntámos en:ão uns paÍa outros temos ou não :emosliberdadeT" A verdade é que não trveram. Fci'am alistados na Forca Aérea e envrados paÍa a Unrão Sovrettca, oncieele for tratado "com ares oarernahsias", chegando à conclusão de que, tal como acontece em M o c a m b i q u e , s e r i a p e r s e g u r d os e 1n "Não tenho nada a ver com os p r o b l e m a ss o c i a i sd a A f n c a d o S u l . Não vrm aqui para me opor ao seu governo. Eleterá que decidira minha situaÇão" Manifestou, entretanto, o seu dese.yode conÌinuar os seus esÌudos no sectordas ciêncras. p.lg O fornecimento de energia de Gabora-Bassa dependeda resistêncianacional moçambicana Um antecedente preocupante Entretanto,fonÌes habrtualmente bem rnformadas asseguram que o s d i r r g e n t e sd a R e s r s t ê n c ì aN a c i o A oroposito desta deserÇão do n a l M o c a m b i c a n a ,m o v i m e n t o q u e tenente Bomba e do seu pedido,le actua ern vaslas zonas de MoÇam"Sunday asrlü{rolítico, o Times" b i q u e c o n t r a o r e g i m e r n a r x i s t ad a d e J o a n e s b u r g or e c o r d a u m o u t r o F r e l i m o ,s e e n c o n t r a m n a d i s p o s i o f i c i a l n e g r o q u e e m 1 9 7 9t a m b é m .de auÌorizar o restabelecimenÇão Ívera o mesmo e que, apesárdas da condúta de energia eféctrica to ' diversas negocracõesjunto da Emd a b a r r a g e md e C a b o r a B a s s ap a r a baixada de Portugal em Pretorra a R e p u b ü c ad a A f r r c a d o S u l , d e i p a r a s e r t r a n s Í e r i d op a r a P o r t u g a l , x a n d o p o r t a n t o a g u e r r i l h ad e c O r a c a b o u p o r s e r r e p a t r i a d op a r a M o tar os cabostransmissores. çambique. O s d o r s p r r n c r p a i sc o r t e s r e g l s t a : Fnncisco 9omfu a bordo do nMigl em que afundonou Moçambique Ouase simultaneamente com o ram-seem Dezembro do ano oasincrdente a deserÇão de Adrrano n ã o c o n c o r d a s s e c o m a s d l r e c t r i - c a m b i q u e e c o n s t i t u í d a p o r 2 3 B o m b a , u m s e u i r m ã o d e n o m e s a d o , p r i v a n d od e a b a s t e c i m e n t oa central sul-africana- Em íins de z e sg o v e r n a r n e n Ì a r s . M r g - 1 7 ,3 M i g - 1 5e 2 1 p i l o t o s .A B o a v e n t u r a .a c o m p a n h a d od a m u ï r i n t a e t r ê s m e s e s d e p o r s r e - U n i ã o S o v i é t i c af o r n e c e o s s o b r e s - l h e r e d e u m Í i l h o d e d o r s a n o s d e A b n l , u m a d e i e g a ç ã og o v e r n a m e n g r e s s o u a M o e a m b r q r - r eF. o i c o l o . s a l e n Ì e se o ô r m a m e n t o . m a s n ã o i d a d e , a t r a v e s s a r a ma f r o n t e r r ad a t a l p o r t u g u e s a e s t e v e e m L o u renço ltarques a negoclaÍ corn o governo moçambicano soluções oara o conÌencroso gconomico e financeiro entra os dors países, que envolve os grand e s fi n a n o a r n e n Ì o s p o Í t u g u e s e s feitos para a construcão da barra' gem. Nas actuats crrcunstâncias, porem, a expoÍtacão de energia c a d o e m N a c a l a e c o n Ì l n u o u a t e Í d á a V o c a r n t ' i q ' - ; ec u t l ' : a l u d a q u e S r - i a z r i â n der aÌ a m b e m p e d l r a m a s l - e l é c t r i c ao o r M o c a m b i q u e r ã o d e nãn core e milirrr I n s t r u Ì o r e sr u s s o s . l o n a A f r r c ad o S u l . E n t r e a s " l r b e r - p e n d e d e c o n v é n i o s m a s s r m d a Quando chegou a alturade pod a d e a m p l a s " d o r e g i m e d e S a m o - a c t u a c ã o d o s g u e r r r l h e i r o s ,f o r t e d e r í u g r r ,f u g r u l n t e r r o g a d os o b r e o s p r o b l e m a s r a M a c h e l e o " a p a r t h e i d " d e P r e - m e n t e , m p l a n t a d o s a o l o n g o d a s O t e n e n t e B o m b a e s c l a r e c e u s o o a r s n a A f r i c a d o S u l , r e s p o n - t o r a h a a f i n a lq u e m p r e Í i r ao v l v e í a r e a s i t f a ! e s s a d a sp e l o s c a b o s d e arndaque a Forca Aerea de !lodeu. transmrssão s u i ' af r r c a n c . ì? da energiaeléctrieaproduzida A exportação em CaboraBassaestá dependente Nacionalilloçambiczrna da vontadeda Resístência "lJ ^.rJ