Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica - DEB
SBN Quadra 2 - Bloco L - 4º andar - 70.040-020 – Brasília-DF
CAPES: Uma síntese sobre
Programas de Formação de Professores da Educação Básica
Na área da formação de professores, o País necessita de uma política estruturante
que assegure aos parceiros institucionais e à sociedade brasileira tanto o
reconhecimento da complexidade da formação do profissional que atua na educação
básica, como a continuidade das ações exitosas e a flexibilidade para a incorporação
de propostas inovadoras.
Todavia, a formação inicial e continuada dos professores, embora essencial, não é
condição única para a valorização do magistério: garantir planos de carreira com ciclos
de desenvolvimento profissional, salários dignos, boas condições de trabalho nas
escolas e jornadas de trabalho em tempo integral, todos esses são fatores de uma
mesma política de reconhecimento da relevância social da profissão e de melhoria da
educação básica no Brasil.
I.
Novas atribuições da CAPES
A Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, criada por
Anísio Teixeira em 1951, desde 2009 vem apoiando instituições reconhecidas pelo
MEC, na oferta de cursos de formação de professores.
Há consenso entre universidades, institutos federais, instituições de ensino superior e
governos estaduais e municipais que foi um acerto a promulgação da Lei 11.502, de
11 de julho de 2007, que conferiu à Capes as atribuições de induzir e fomentar a
formação inicial e continuada de profissionais da educação básica e estimular a
valorização do magistério em todos os níveis e modalidades de ensino.
Considerando a complexidade da formação de docentes, a Capes organiza seus
programas levando em conta diferentes momentos da formação: (1) a inicial; (2) a
continuada e a extensão, (3) a formação comprometida com a pesquisa e (4) a
divulgação científica. O programa de apoio a Laboratórios Interdisciplinares de
Formação de Educadores – Life é transversal a todos os demais.
A retroalimentação e a sinergia entre os programas e o fato de um programa poder ser
enquadrado em mais de um momento, dependendo do enfoque adotado (conforme
sugere a seta lateral à Figura 1), otimizam os resultados educacionais. O Pibid, por
exemplo, é um programa de formação inicial para os alunos de licenciatura, mas para
coordenadores e supervisores, pode adquirir o caráter de formação continuada e
pesquisa.
Assim, os programas mantêm um eixo comum com base na matriz educacional e nos
princípios de trabalho da Capes, em um processo intencional, articulado e capaz de se
retroalimentar, gerando um movimento progressivo de aperfeiçoamento da formação
docente e de valorização dos profissionais que nela atuam.
Formação Inicial
•Parfor
•Pibid
•Universidade Aberta do Brasil - UAB
•Programa de Licenciaturas Internacionais - PLI
•Prodocência
Formação Continuada e Extensão
• Mestrados Profissionais
• Novos Talentos
•Cooperação Internacional para Professores da Educação Básica
•Residência Docente o Colégio Pedro II e no Colégio da Aplicação da UFMG
(projeto-piloto de indução profissional)
• Formação associada às Olimpíadas de Matemática e Química
• Rede Nacional de Educação e Ciências
L
I
F
E
Formação em Pesquisa
• Observatório da Educação
Divulgação Científica
• Feiras de Ciências e Mostras Científicas
• Olimpíadas Científicas
Figura 1. Principais programas de Formação de Professores apoiados pela Capes
A Capes não executa diretamente as ações de formação: são as universidades, os
institutos e instituições formadoras credenciadas pelo MEC – públicas e privadas,
dependendo dos programas. O ponto de partida é, principalmente, o lançamento de
editais. Posto que há limite orçamentário, a seleção por meio de editais confere
transparência e publicidade aos investimentos feitos e reconhece o mérito das
propostas elaboradas pelas instituições, tornando-se um modo de operar democrático.
Comissões ad hoc, formadas por especialistas em áreas afins e nomeadas por
portaria, garantem que o processo seletivo seja feito de maneira idônea.
Os programas induzidos e fomentados pela Capes são desenvolvidos com base no
respeito à autonomia das universidades e das redes de ensino; no diálogo com as
instituições parceiras; na responsabilidade compartilhada entre os envolvidos; na
abertura à inovação, a novas propostas e ao aperfeiçoamento dos processos; na
disseminação das boas práticas e do conhecimento produzido.
A periodicidade no lançamento dos editais dos programas e o incentivo à construção
de redes colaborativas e de propostas interdisciplinares permitem que as instituições
de educação superior aperfeiçoem o desenho de novas propostas de investigação e
de trabalho, gerando uma dinâmica de aprimoramento recíproco e contínuo, com
impactos positivos na educação brasileira.
No que diz respeito à formação de professores, o diálogo com o Conselho Nacional de
Secretários de Estado de Educação – Consed e a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação – Undime é fundamental para que seja possível atender às
diferentes realidades.
Destaque-se o papel dos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação
Docente que atuam congregando as redes estadual e municipais, as instituições
formadoras e as entidades de classe, elaborando seu planejamento estratégico a partir
de demandas concretas da unidade federativa.
II.
1.
Principais números dos programas
O Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB em números
A UAB integra 104 (cento e quatro) Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES), das
quais 91 (noventa e uma) ofertam atualmente diversos cursos superiores de graduação
e pós-graduação a distância. Essas IES apresentam as seguintes distribuições por
região e tipo:
Tabela 1. Distribuição das IPES integrantes da UAB por Região
Região
Centro-Oeste
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Quantidade IPES
9
11
29
28
14
Tabela 2. Distribuição das IPES integrantes da UAB por Tipo
Tipo
Universidades Federais
Universidades Estaduais
IFET
Fundação
Quantidade IPES
49
25
16
1
A UAB ofertou o seu primeiro curso, uma licenciatura em Educação Especial, em 2005
por intermédio da Universidade Federal de Santa Maria/RS. Hoje são disponibilizados
718 (setecentos e dezoito) cursos que contam com 233.047 (duzentos e trinta e três mil,
quarenta e sete) alunos ativos.
Importante observar que 84,1% dos cursos e 89,6% do alunado estão relacionados com
o objetivo prioritário da UAB: formar profissionais em nível superior para a educação
básica.
Destaca-se a presença de 117.667 professores em exercício na educação básica
cadastrados na UAB a partir de 2009, dos quais 38.048 já estão formados e 49.556
continuam ativos, sendo que 48,5% estão matriculados em cursos de formação inicial e
46,1% em formação continuada.
Os polos de apoio presencial da UAB formam uma rede de 675 (seiscentos e setenta e
cinco) instalações distribuídas em todo o país, conforme tabela a seguir.
Tabela 3. Distribuição dos Polos ativos integrantes da UAB por Região
Região
Centro-Oeste
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Quantidade Polos
59
91
218
186
121
Desses 675 polos, 534 foram classificados como “Apto” em conformidade com os
requisitos da UAB, 53 estão em fase de visita/análise para definição da sua
classificação e 88 (que não foram classificados como “Apto”) passam por uma
verificação de um eventual desligamento da UAB. Outros 105 polos, ainda inativos ou
ingressantes, são assim divididos: 45 classificados como “Apto” e 60 em fase de
visita/análise. Cabe ressaltar também que 124 polos já foram desligados do Sistema
UAB por não apresentarem as condições mínimas de infraestrutura além de não terem
hospedado nenhum curso UAB. A classificação acima relatada resulta de um processo
de monitoramento, iniciado em setembro de 2011 e a ser concluído em agosto de 2014,
com 1.471 visitas in loco realizadas por 12 servidores da DED/CAPES e 82 consultores.
Gráfico 1. UAB: evolução da situação dos Polos, 2011-2014.
AA-Apto AP-Apto com pendências
NA-Não apto FR-Em fase de regularização
Figura 2. UAB: distribuição dos 780 Polos, 2014
2.
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid
2.1. Principais números do PIBID
Tabela 4. Pibid: distribuição no País, 2014
Regiões
N
NE
CO
SE
S
Total
IES
Campi
27
56
21
114
66
284
95
232
110
243
175
855
Subprojetos
300
780
381
849
687
2.997
Bolsistas
9.103
28.019
8.894
25.381
18.857
90.254
Os números incluem o Pibid-Diversidade, com:
29 projetos institucionais; 81
subprojetos e 3.194 bolsas. Nas instituições públicas estão 82% das bolsas; nas
privadas os restantes 18%.
O mapa a seguir mostra a localização dos campi do Pibid, permitindo uma avaliação de
sua abrangência.
Figura 3. Pibid: distribuição dos 855
campi, 2014.
Avaliação externa do Pibid demandada pela Capes e realizada em 2013-2014 pelas
professoras doutoras Bernardete A. Gatti e Marli E. D. A. André, ambas da Fundação
Carlos Chagas de São Paulo, apontam, entre outros, os seguintes aspectos:
 Os coordenadores institucionais concordam que o Pibid: Intensifica o
diálogo entre a universidade e escola; eleva a autoestima dos licenciandos
e dos professores da educação básica; contribui para modificar as formas
tradicionais do estágio supervisionado; valoriza a licenciatura na
comunidade acadêmica; diminui a evasão nas licenciaturas; aumenta o
interesse das redes de ensino na formação de professores; melhora a
prática pedagógica dos supervisores; contribui para o uso de tecnologias
nas escolas de educação básica e na formação de professores; colabora
na reorganização dos conteúdos curriculares e nas práticas didáticopedagógicas desenvolvidas nas instituições formadoras e nas escolas;
aumenta o interesse dos professores e gestores educacionais na formação
dos futuros docentes; aumenta a procura pelos cursos de licenciatura;
colabora para o aumento da procura dos professores da educação básica
pela pós-graduação; dinamiza as estratégias utilizadas no processo de
ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares; apoia pedagogicamente
as atividades dos docentes das escolas envolvidas; envolve os alunos na
dinâmica escolar e na compreensão do cotidiano das escolas públicas

Os supervisores concordam que o Pibid promove: uso de novas práticas
didático-pedagógicas nas escolas públicas; formação continuada dos
professores da educação básica; atualização teórica e prática;
envolvimento e participação em grupos de pesquisa educacional e
didática; trocas de experiências didático-pedagógicas; participação em
congressos científicos; conhecimento da realidade escolar e dos
problemas educacionais; melhoria no planejamento de atividades
didáticas; qualificação do processo formativo dos licenciandos e dos
supervisores; aproximação do conhecimento acadêmico e do
conhecimento científico; ampliação da reflexão sobre a prática didática,
com a inserção de novas questões não abordadas nos cursos de
licenciatura; melhoria da qualidade do ensino e das aprendizagens,
trazendo benefícios para a escola e para os alunos da educação básica;
integração entre universidade e escola; dinamização das aulas dos
supervisores, de seu planejamento para o exercício da docência e de sua
formação; melhoria da qualidade dos cursos de licenciatura.

Os bolsistas de iniciação concordam que o Pibid: possibilita vivenciar a
escola e a sala de aula; permite conhecer e desenvolver metodologias
diversificadas; promove o conhecimento da realidade das condições do
trabalho docente; amplia a visão para várias possibilidades e
problemáticas relacionadas ao ato de ensinar; permite planejar, preparar e
aplicar ações pedagógicas em sala de aula; favorece a aquisição de uma
nova visão sobre a relação professor-aluno e professor-disciplina; permite
verificar dificuldades e facilidades para o ensino; promove a compreensão
da profissão docente; aperfeiçoa e melhora a profissionalização para a
prática didática; oportuniza a aquisição de instrumentos e saberes para a
ação docente; coloca a escola pública no protagonismo da formação de
professores; enriquece as experiências em tecnologias educacionais;
possibilita crescimento profissional.
O documento de avaliação externa de Gatti e André aponta, ainda, algumas
considerações sobre o programa, das quais destacamos:
“Constata-se que o Pibid vem possibilitando, na visão de todos os
envolvidos com sua realização, um aperfeiçoamento da formação inicial de
docentes para a educação básica. Em particular destacamos a apreciação
dos Licenciandos que participam deste Programa os quais declaram
reiteradamente em seus depoimentos como o Pibid está contribuindo
fortemente para sua formação profissional em função de propiciar contato
direto com a realidade escolar nos inícios de seu curso, contato com a sala
de aula e os alunos, possibilitando-lhes conhecer de perto a escola pública
e os desafios da profissão docente.
3.
Mestrados Profissionais para Professores da Educação Pública
A CAPES aprovou, a partir de 2011, a implantação de 4 (quatro) mestrados
profissionais para professores da da educação básica: ProfMat (área de Matemática),
com 4.174 alunos cadastrados e 917 já formados; ProLetras (área de Letras português),
com 848 alunos cadastrados; ProFis (na área de Física), com 315 alunos cadastrados;
e ProfBio (na área de Biologia), ainda em fase piloto. Outros 3 (três) mestrados foram
lançados em mais de 2014, nas áreas de Artes, História e Administração Pública. Os
mestrados em Engenharia e Educação Física estão em fase de da análise.
4.
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – Parfor
Os dados do Parfor mostram que até o final de 2013, foram implantadas por 96 IES,
2.145 turmas em 422 municípios localizados em 24 estados da federação.
Tabela 5. Distribuição das matrículas em turmas implantadaspor ano de oferta
Ano
1ª Licenciatura
2009
2010
2011
2012
2013
Total
8.826
22.012
11.279
13.221
5.214
60.552
2ª
Licenciatura
1.208
2.387
1.040
3.300
1.150
9.085
Formação
Pedagógica
Totais
0
95
0
307
181
583
10.034
24.494
12.319
16.828
6.545
70.220
A região Norte lidera o ranking do número de matrículas efetuadas com o percentual de
48,86%, seguida da Nordeste com 38,18%, o Sul com 7,76%, o Sudeste com 3,81% e o
Centro-Oeste com 1,38%. Essa liderança se sobressai, também, nas matrículas ativas:
Norte (52,50%),Nordeste (36,40%), Sul (6,67%), Sudeste (3,20%) e Centro-Oeste
(1,23%).
Do total de matriculados, o estado do Pará (29,24%), Bahia (16,64%), Amazonas
(10,92%), Piauí (9,92%) e Maranhão (5,18%) abrigam, juntos, 62,68% das matrículas no
Parfor. Pará e Amazonas, onde os Fóruns são muito ativos, dispõem de percentuais
elevados de matrículas em relação aos professores sem formação superior, conforme
se verifica na tabela abaixo. Os percentuais confirmam que a existência de Fóruns
articulados induz um bom planejamento da formação, que inclui a liberação do
professor no horário do curso, prática que não é comum a todas as redes.
Tabela 6. Relação entre o número de funções docentes sem formação superior e o de matriculados
em curso de Primeira Licenciatura em 4 UFs.
UF
Pará
Amazonas
Piauí
Bahia
Maranhão
Nº de funções
docentes
88.750
44.441
50.882
174.059
106.739
Nº de funções
Nº de matriculados em
docentes sem
cursos de 1ª Licenciatura
formação superior
29.406
21.022
9.276
5.785
15.298
5.082
74.760
11.554
46.232
2.602
Percentual de
atendimento pelo
Parfor
71,49%
62,37%
33,22%
15,45%
5,63%
Tabela 7. Municípios, turmas e matrículas do Parfor, por estado
Região
Estados
Norte
Nordeste
CentroOeste
Sudeste
Sul
Totais
AC
AM
AP
PA
RO
RR
TO
BA
CE
MA
PB
PE
PI
RN
DF
GO
MS
MT
ES
MG
RJ
SP
PR
RS
SC
Municípios com
turmas implantadas
11
37
1
71
1
3
7
105
13
42
7
6
24
7
1
0
3
9
2
1
3
20
11
13
24
422
Municípios de
atuação dos
professores
21
55
16
142
6
15
98
354
63
125
87
95
173
120
1
3
25
86
17
9
24
172
247
173
217
2.344
Nº de turmas
25
220
55
631
1
27
53
313
40
140
13
34
213
55
7
0
5
27
2
1
15
68
89
45
66
2.145
Matrículas
1.041
7.665
2.083
21.022
23
962
1.515
11.688
1.082
3.639
548
1.283
6.964
1.609
163
23
157
628
35
11
489
2.142
2.456
1.351
1.641
70.220
Figura 4. Parfor: municípios com pelo menos um professor matriculado, 2013
Como se observa pelo mapa, uma das fortes evidências do Parfor, na modalidade
presencial, tem sido a interiorização do acesso dos docentes em serviço à formação
inicial, em especial nas regiões e microrregiões onde os índices educacionais indicam a
existência de elevado número de professores sem formação superior. Isso é
importante, se pensarmos no fato de o Parfor atender professores em serviço, uma vez
que as possibilidades de melhorias do ensino na educação básica podem ser
potencializadas.
Em pesquisa realizada pela DEB, por meio de instrumento on line aplicado aos
docentes participantes do Parfor, 87% consideram que o curso está contribuindo para
seu desenvolvimento profissional, 93% afirmaram aplicar as metodologias aprendidas
no curso em suas salas de aula. De acordo com um respondente sobre curso “com o
que tenho aprendido no curso, venho repensando minha prática em sala de aula,
procurando preparar aulas mais dinâmicas e criativas”.
Outro dado importante é o estímulo dos alunos do Parfor em seguir seu percurso
formativo: 43% desejam realizar especialização, 36% o mestrado, 19% querem chegar
ao doutorado e apenas 2% responderam não ter interesse algum. Isso significa que é
necessário ampliar a esses professores as oportunidades de acesso a cursos de
formação continuada lato e stricto sensu.
5.
Programa Novos Talentos
As atividades de extensão do Programa Novos Talentos devem aproximar a graduação
e a pós-graduação das escolas públicas, contemplando o currículo da educação básica
e articulando-o com perspectivas educacionais, científicas, culturais, sociais ou
econômicas (arranjos produtivos locais) inovadoras, contribuindo para enriquecer a
formação de alunos e docentes.
Com o edital de 2010, foi possível alcançar:
Tabela 8. Novos Talentos- Edital 2010-2011: alcance
Programa Novos Talentos – Edital 2010-2011: dados institucionais
Nº de Instituições Públicas de Ensino Superior Participantes
Nº de Subprojetos desenvolvidos
Nº total de atividades desenvolvidas
Dados Institucionais
Nº de cursos de graduação envolvidos
Nº de programas de pós-graduação envolvidos
Nº de escolas públicas beneficiadas
Nº de municípios atendidos pelos projetos
Nº total de docentes das instituições-sede
Nº de alunos de graduação
Atores envolvidos
Nº de alunos de pós-graduação
Nº de professores da educação básica
Nº de alunos da educação básica
Novos Talentos Edital 2012/2013: Previsão de pessoas a
serem envolvidas nos projetos
104.603
23.381
6629
1172
Alunos de graduação Alunos de pós-graduação Alunos educação básica Professores educação
básica
Gráfico 2. Novos Talentos: alcance do Edital 2012/2013
61
181
982
346
106
1.344
324
862
1.759
616
4.983
34.217
6.
Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Profissional de Professores
Com a Cooperação Internacional para os professores da educação básica, a Capes
pretende oferecer aos docentes de escolas públicas oportunidades de aperfeiçoamento
profissional em instituições estrangeiras de reconhecida excelência, uma estratégia já
adotada, com êxito, na qualificação de docentes e pesquisadores que atuam na pósgraduação stricto sensu.
Os dados a seguir mostram o início do processo na Capes.
Tabela 9. Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores no exterior, 2010-2013
Professores
Ano
2010
Inglês
Reino
Estados
Unido
Unidos
22
20
Alemão
Francês
Física
Matemática
Ciências e
Educação
Infantil
Alemanha
França
Suíça
França
Portugal
Total
0
0
20
0
0
62
2011
30
50
0
0
20
0
0
100
2012
25
534
0
0
25
0
0
609
2013
22
1.071
25
32
30
26
167
1.348
Total
99
1.675
25
32
95
26
167
2.119
Os dados do Programa de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento
Profissional de Professores apontam para o reconhecimento dos professores quanto à
importância do programa do qual participaram. Em síntese, os percentuais mostram
que:
 para 98%, a vivência em uma instituição estrangeira contribuiu para aumentar
a motivação em relação à docência e o conhecimento do idioma e da cultura
do país;
 99% consideram que o curso contribuiu para o desenvolvimento profissional;
 86% dão aulas em 6 ou mais turmas (33%, de 6 a 10 turmas; 53% em mais de
10 turmas);
 83% dos docentes têm mais de 150 alunos (21% informam ter entre 150 e 250
alunos, 36% dizem ter entre 250 e 500 alunos e 26% mais de 500 alunos;).
Ou seja, os dados mostram que o Programa de Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento Profissional de Professores é uma educação continuada de alto grau
de relevância pessoal e profissional, com forte potencial de impacto na qualidade da
educação básica, em prazo relativamente curto.
Quantidade de alunos ano/docente
3% 4%
4%
6%
até 30 alunos
26%
de 31 a 60 alunos
de 61 a 100 alunos
de 101 a 150 alunos
21%
de 151 a 250 alunos
de 250 a 500 alunos
mais de 500 alunos
36%
Quantidade de turmas em que leciona
53%
1%
1 turma
De 2 a 5 turmas
13%
De 6 a 10 turmas
Mais de 10 turmas
33%
7.
Observatório da Educação
No programa Observatório de Educação, em 2013, foram contabilizadas 94 IES (entre
sede e associadas), mobilizando 212 programas de pós-graduação que abrigam 240
grupos de pesquisa onde foram/estão sendo executados 176 projetos financiados pelo
programa.
São oferecidas bolsas aos coordenadores institucionais e aos estudantes de pósgraduação (mestrado e doutorado) envolvidos nos projetos de pesquisa aprovados.
Para favorecer a integração entre pós-graduação, cursos de formação de professores e
escolas de educação básica, o programa oferece bolsas também aos estudantes de
licenciaturas e graduação e aos professores de escolas públicas que se envolvam nas
pesquisas.
Obeduc: bolsas vigentes, por modalidade, em 2013
2846
1019
175
977
491
184
O sucesso do Obeduc evidencia-se na grande quantidade de pedidos provenientes das
diferentes áreas educacionais por editais específicos; no número de professores da
educação básica que, a partir do programa, buscam especialização e mestrados
profissionais; na pressão dos programas de pós-graduação para que a Capes amplie o
fomento ao programa.
8.
Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores – Life
O Programa Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores – Life foi
lançado no segundo semestre de 2012. A ação induz a criação de espaços de uso
comum das licenciaturas nas dependências de Instituições Públicas de Ensino Superior
– IPES. Os Lifes são destinados a promover a interação entre diferentes cursos de
formação de professores, incentivar o desenvolvimento de metodologias voltadas para a
inovação das práticas pedagógicas; estimular a elaboração de materiais didáticos de
caráter interdisciplinar; promover o uso de tecnologias e inovação educacionais e a
articulação entre os programas da Capes relacionados à Educação Básica.
Atualmente há 254 laboratórios: 29,53% localizados na Região Nordeste; 25,98% na
Sudeste; 20,47% na Sul; 13,39% na Norte e 10,63% na Centro Oeste.
O acompanhamento in loco, iniciado neste ano, mostra os Lifes como um espaço
movimentado principalmente pelos bolsistas do Pibid e com o potencial de renovar os
métodos tradicionais de formação de professores, em diálogos interdisciplinares
mediados por novas tecnologias.
9.
Programa de Consolidação das Licenciaturas – Prodocência
O Prodocência é uma ação da Capes cuja finalidade é o fomento à inovação e à
melhoria da qualidade dos cursos de formação para o magistério da educação básica,
na perspectiva de valorização da carreira docente.
No ano de 2013, foram selecionados 66 novos projetos por meio de edital. Esses
projetos estão abrigados em 88 instituições.
No próximo edital, a Capes estuda induzir de modo mais decisivo a interdisciplinaridade,
a renovação dos currículos de formação de professores e a formação dos formadores.
10. Residência Docente no Colégio Pedro II e no Colégio de Aplicação da UFMG
Na Capes, o Programa Residência Docente é ainda um projeto-piloto que visa
aprimorar a formação do professor da educação básica com até três anos de formado,
oferecendo-lhe formação continuada, por meio do desenvolvimento de competências
docentes in loco, num espaço-tempo educacional que une a escola onde atua o
residente e a imersão em contexto escolar de reconhecida excelência, contribuindo,
desta forma, para o desenvolvimento profissional do docente e para elevar o padrão
de qualidade da Educação Básica. Os dois projetos aprovados estão localizados no
Colégio Pedro II e no Colégio de Aplicação da UFMG.
Ao atender a professores recém-formados, o Programa Residência Docente soma-se
ao Pibid, que está voltado para a formação inicial de professores, e ao Parfor, para
professores sem a formação superior exigida. Os três programas representam uma
política concreta de investimento na formação e valorização do magistério da
educação básica.
A demanda pela ampliação do programa é grande por parte dos Colégios de Aplicação
e por professores em exercício. A duração de 500 horas de formação confere aos
residentes um certificado de especialização.
11. Programa de formação dos professores de alunos medalhistas da Olimpíada
de Matemática
A Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas tem tido muito sucesso na
detecção de alunos com talento para ciências exatas e na formação e orientação
acadêmica desses alunos. Com cerca de vinte milhões de participantes, a OBMEP
tem identificado um conjunto de professores de Matemática que preparam com êxito
seus alunos. Esses professores têm demandado ações de aperfeiçoamento, o que é
sem dúvida, um fato animador, com possibilidades de fortes impactos no ensino da
Matemática nas escolas da rede pública.
A Capes apoiou um piloto desse programa, mas a intenção é estendê-lo a todo o país,
alcançando cerca de 1.000 professores-ano, em uma ação de formação continuada
que trará resultados educacionais relevantes para a aprendizagem da Matemática e
para a valorização dos educadores.
Para saber mais, consulte:
www.capes.gov.br
www.capes.gov.br link - Formação de Professores da
Educação Básica – Relatório de Gestão 2009-2013
Download

Baixar documento - Observatório do PNE