METEOROLOGIA OBSERVACIONAL I
COMET
Professor:
Nebulosidade
I - Observação das alturas das nuvens
Define-se como altura de uma nuvem, ou de uma camada de nuvens, a distancia vertical, medida entre a
base das nuvens ou da camada e o nível médio do terreno daquele lugar.
1.1 - MÉTODOS PARA SE OBTER AS ALTURAS DAS NUVENS
A altura da base da nuvem deve ser obtida de preferência por medição. Os principais métodos usados para
se obter a altura das nuvens são:
1) balão piloto.
2) feixe luminoso
3) tetômetro
4) métodos indiretos
5) clinômetro
6) tetômetro a laser
Balão piloto
A ascensão de um pequeno balão de borracha é acompanhada, até
ele desaparecer na base da nebulosidade. A razão de subida mais ou
menos constante, multiplicada pelo tempo gasto da altura aproximada.
Estes balões têm a forma esférica, e de cor encarnada. Para a
observação do balão deve ser empregado um teodolito, um binóculo
ou um telescópio. A noite emprega-se o mesmo processo.
Projetor luminoso ou feixe luminoso
É o processo mais prático para se medir a altura da base das nuvens. Até 3000 pés quase todo o tipo de
holofote e projetor, contanto que forneça um feixe suficientemente intenso e estreito, pode ser usado à noite
para medir a altura das bases das nuvens.
Tetômetro
Este instrumento foi idealizado para substituir com vantagem todos os aparelhos
e métodos usados na obtenção da altura da base das nuvens.
Registra com precisão a altura até 3000 metros. Entre 3000 e 5000 metros é de
pouca precisão e acima de 6000 metros o seu registro é duvidoso. Possui um
projetor, receptor e um registrador.
Projeta um feixe de luz verticalmente até a base das nuvens; medir o ângulo
acima da horizontal onde o feixe de luz incide na base e registra esse ângulo.
Quando o ângulo e a distância entre o projetor e o receptor são conhecidos, a
altura da base das nuvens pode ser determinada por meios trigonométricos.
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Métodos indiretos
Na impossibilidade de utilizar processos instrumentais, o observador pode recorrer a métodos mais ou
menos indiretos. São os seguintes:
•
Estimativa Visual - após longa prática medindo altura de nuvens, um observador torna-se hábil para estimar
a altura de qualquer nuvem com precisão.
•
Este método aplica-se somente a luz do dia ou em noites de luar. Ao fazer a estimativa da altura, o
observador deverá examinar a estrutura da nuvem, o sombreamento e os movimentos aparentes.
•
Comparação com alturas conhecidas - por comparação com morros ou montanhas de alturas
conhecidas, pode-se avaliar a base das nuvens.
Clinômetros
Este processo é o da triangulação entre o ponto de observação e a altura do facho luminoso, emitido
verticalmente por um projetor luminoso. O ângulo de visada do
ponto luminoso na base da nuvem, é medido por este
instrumento. Conhecidos o ângulo de visada e a distância entre o
projetor e o observador, torna-se fácil obter a altura da base da
nuvem.
Tetômetro a Laser
Mede altura das nuvens até aproximadamente 3600 metros e detecta precipitação.
Descrição - é um instrumento compacto contendo um transmissor e um receptor em
um caixa a prova d'água. A operação é simples, numa série de pequenos pulsos de
raios infravermelhos emitidos verticalmente para a atmosfera. Os pulsos são então
refletidos pela base da nuvem ou pela precipitação e detectados pelo receptor ótico.
A fonte de luz do Tetômetro é um semicondutor a laser GaAs O tempo que o pulso
leva para ir do transmissor e voltar ao detector é diretamente proporcional a altura
da nuvem. Um detector silício recebe estes pulsos que retornam e o transforma num
sinal de vídeo. Em alta velocidade num conversor analógico digital e um software
processa sinais especiais o que resulta em um perfil de intensidade vertical preciso
para diferenciar nuvens de nevoeiro, névoa seca, chuva e neve. Relatórios das duas
mais baixas camadas detectadas são atualizados a cada 30 segundos. Pode ser
acoplado a um micro e a uma impressora para que os resultados possam ser
utilizados ou impressos.
II - Observação da quantidade de nuvens
II.1 – Nebulosidade Total
É a porção da abóbada celeste interposta por todas as nuvens presentes no momento da observação.
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II.2 – Nebulosidade Parcial
Porção ou fração do céu coberta por nuvens, considerando-se os níveis baixo, médio e alto.
II.3 – Unidades utilizadas
É expressa em oitavos de céu encoberto, indicando apenas o numerador da fração que a representa. Para
registros climatológicos é expressa em décimos (tabela 3 a seguir).
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