Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2004 Águas do Douro e Paiva SA O novo ciclo da água rio Douro Índice Composição dos Órgãos Sociais I. Relatório de Gestão Página 4 7 Mensagem do Presidente 1. Sumário 2. Investimento 3. Actividade de Exploração 4. Pessoas 5. Situação Económica e Financeira 6. Organização e Sistemas de Informação 7. Qualidade, Ambiente e Segurança 8. Investigação e Desenvolvimento Tecnológico 9. Comunicação e Imagem 10. Objectivos para 2005 11. Proposta para Aplicação de Resultados e Pagamento de Dividendos 12 14 22 32 47 52 58 61 64 66 69 72 II. Contas do Exercício de 2004 79 III. Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal de Contas 107 IV. Relatório do Auditor Externo 113 Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice Presidente Secretária Dr. Paulo Ramalheira Teixeira Dr. Carlos Jorge Teixeira Dr.ª Alexandra Isabel Martins Varandas (em exercício até Novembro de 2004) Conselho de Administração Presidente Vogais Prof. Joaquim Manuel Veloso Poças Martins Prof. Arménio da Assunção Pereira Eng.º José Paulo Mendonça Silva Carvalho Eng.º Orlando de Barros Gaspar Dr. Fernando Paulo Ribeiro de Sousa Fiscal Único Representado por Suplente Sociedade “P. Matos Silva, Garcia Júnior, P. Caiado & Associados, SROC” Dr. Pedro Matos Silva (ROC n.º491) Dr. Pedro Manuel da Silva Leandro Prof. Joaquim Manuel Veloso Poças Martins Prof. Arménio da Assunção Pereira Eng.º José Paulo Mendonça Silva Carvalho Eng.º Orlando de Barros Gaspar Dr. Fernando Paulo Ribeiro de Sousa Mapa Geral do Sistema Município Utilizador Ponto de Entrega Reservatório Captação Estação Elevatória Estação de Cloragem Estação de Tratamento de Água (ETA) Tratamento · Elevação · Reservatório Subsistema Lever Sector Norte Subsistema Lever Sector Sul Subsistema Vale do Sousa Sector Norte Subsistema Vale do Sousa Sector Paiva Solução em Análise ETA do Ferro Vizela Felgueiras Santo Tirso Trofa Vila do Conde Paços de Ferreira ETA de Lousada Lousada ETA de Paços de Ferreira Maia Paredes Matosinhos Penafiel Valongo Porto rio Douro Gondomar Vila Nova de Gaia rio Sousa Jovim rio Tâmega rio Douro ETA de Lever Lagoa Cinfães rio Douro Castelo de Paiva ETA de Castelo de Paiva Espinho rio Paiva Arouca Sta Ma da Feira S. João da Madeira Ovar Oliveira de Azeméis Vale de Cambra Mapa Geral de Interligação de Sistemas Interligações a Construir em 2005/2006 Presente Empreitada (Interligação Predrouços - Nogueira II) Sistema Águas do Douro e Paiva Sistema Águas do Cávado 10 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão 11 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão ETA de Areias de Vilar ÁGUAS DO CÁVADO ETA do Ferro Vizela Felgueiras Santo Tirso Trofa Vila do Conde Paços de Ferreira Lousada Maia Paredes Matosinhos Penafiel Valongo Porto Gondomar rio Douro Vila Nova de Gaia rio Sousa rio Tâmega rio Douro ETA de Lever Cinfães rio Douro Castelo de Paiva ETA de Castelo de Paiva Espinho rio Paiva Arouca Sta Ma da Feira ÁGUAS DO DOURO E PAIVA S. João da Madeira Ovar Oliveira de Azeméis Vale de Cambra Senhores Accionistas, A nossa empresa, vocacionada para prestar um serviço de alta qualidade aos Municípios seus accionistas e únicos clientes, tem conseguido apresentar, de forma consistente, relatórios de contas com resultados positivos. O ano de 2004 insere-se numa tendência de cada ano ser, em alguns aspectos, o melhor de sempre. A eficiência do nosso sistema, com perdas de 0,8%, é uma referência a nível internacional e por outro lado, continuamos a ser a empresa com tarifas mais baixas entre os sistemas multimunicipais do país, significativamente inferiores às previstas no nosso contrato de concessão. Mas, em 2004, conseguimos também surpreender e inovar. Propusemos, e obtivemos a aprovação, em Assembleia Geral, de uma nova solução para a segunda origem de abastecimento que resultou numa poupança de 80 milhões de euros, de 122 para apenas 42 milhões de euros e com entrada em funcionamento já em 2005, 5 anos mais cedo que as alternativas anteriormente consideradas. Joaquim Manuel Veloso Poças Martins Presidente do Conselho de Administração Introduzimos alterações no funcionamento da ETA de Lever, através de uma melhor utilização dos poços de captação, com grande impacto na segurança e flexibilidade do abastecimento e com economias significativas em termos de consumo de energia e de volume de lamas produzidas. Conseguimos encontrar uma alternativa inovadora e económica para a importante conduta adutora Jovim-Nova Sintra em que, em vez de uma reparação cara e delicada, integramos uma nova conduta num passadiço pedonal na margem do Douro, mantendo a existente como reserva de segurança. Lançamos o processo de concentração dos centros de despacho na ETA de Lever e a construção de um centro de educação ambiental, na mesma ETA, vocacionado para os processos de produção de água potável. Em termos de futuro, depois da certificação pelas normas ISO 9001, ISSO 14001 e HSAS 18001, pioneira a nível nacional, continuamos empenhados em trilhar o caminho da excelência empresarial, incluindo a certificação da “Qualidade Total”. Finalmente, impõe-se uma referência de reconhecimento para a qualidade e desempenho dos colegas da Administração e para os nossos excelentes colaboradores, o activo mais valioso da empresa e também uma palavra de gratidão aos accionistas, Municípios e Águas de Portugal, pelo apoio que sempre disponibilizaram. 15 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão A Águas do Douro e Paiva, SA, cumpriu, na generalidade, todos os objectivos a que se propôs no Plano de Actividades para 2004, dando mais um passo no sentido do cumprimento integral das suas obrigações decorrentes do Contrato de Concessão e da satisfação dos Municípios a quem presta serviços. Parece agora claro que a Águas do Douro e Paiva é uma empresa de referência no sector da indústria da água em Portugal e um instrumento activo no desenvolvimento da região do Grande Porto e Vale do Sousa, o que significa ter atingido o objectivo primordial da sua estratégia empresarial. Em Setembro de 2004, a composição do Conselho de Administração alterou-se, passando este Órgão a ser presidido pelo Prof. Joaquim Poças Martins. O Conselho passou a contar com as colaborações do Prof. Arménio da Assunção Pereira e Eng. José Paulo Silva Carvalho, como administradores executivos, bem como do Eng. Orlando de Barros Gaspar e do Dr. Fernando Paulo Ribeiro de Sousa, como administradores não executivos. Assumindo a continuidade do trabalho que vem sendo realizado desde 1996, altura em que foi atribuída a responsabilidade de concretizar o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Região do Grande Porto, o novo Conselho de Administração sentiu necessidade de repensar algumas das orientações assumidas anteriormente pela empresa. Neste âmbito, o ano 2004 fica marcado pela mudança de orientação relativa à Origem de Água Alternativa ao Douro. Sobre este assunto, recorda-se que, logo no início de 2004, na sequência das objecções ambientais colocadas à construção da Barragem no rio Paiva, a Assembleia Geral da Empresa elegeu o rio Tâmega como alternativa de emergência para o abastecimento de água à região do Grande Porto. Esta solução previa a construção de uma ligação, por túnel, entre a Barragem do Torrão até à ETA de Lever e o reforço da capacidade de tratamento desta ETA através da instalação de uma etapa final de tratamento, a ultra-filtração. Esta solução representava um investimento de 122 milhões de euros. O actual Conselho de Administração estudou, e propôs à Assembleia Geral, uma abordagem diferente para a origem alternativa que passa por interligar o sistema do Grande Porto ao sistema da zona Norte do Grande Porto, com origem no rio Cávado, e a utilização de outras origens vizinhas, o rio Paiva e rio Sousa, concretizando a ligação entre os Subsistemas do Vale do Sousa e de Lever. Com esta nova concepção passou-se a consignar um investimento de 43 milhões de euros. O ano 2004 ficou também caracterizado pela decisão do Conselho de Administração de dar prioridade ao Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever. Este projecto consiste na construção de infra-estruturas que permitirão conduzir a água proveniente dos poços de Lever para a etapa de pré-tratamento da ETA de Lever. Com esta faculdade aumentar-se-á significativamente a flexibilidade e a segurança operacional do Complexo do Lever e diminuir-se-á fortemente o volume de lamas produzidas. 16 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Mas 2004 foi também um ano de forte investimento nas infra-estruturas de captação, de tratamento e de adução de água, em que se privilegiou as beneficiações dos sectores do sistema que ainda apresentavam debilidades funcionais e a construção das extensões da rede multimunicipal para abastecer os sistemas municipais periféricos, passando os sistemas completos a responder melhor às exigências de qualidade do serviço das populações. Dentro desta orientação, foi possível terminar o que consideramos ser o primeiro grupo de obras da segunda fase de investimentos, marcado pela caracterização das infra-estruturas de alargamento do sistema multimunicipal à região do Vale do Sousa, através da conclusão da extensão do sistema entre os reservatórios de Lustosa e Barrosas e da conduta entre Cova e o reservatório de Lodares. Com a entrada em funcionamento da nova Estação de Cloragem de Lousada foi possível estabelecer o abastecimento à zona norte do Vale do Sousa a partir da ETA de Castelo de Paiva. Em 2004, reabilitaram-se ainda as instalações dos Complexos do Ferro e do Ferreira e executou-se a ligação de dois sectores da rede de adução, denominados Paiva e Norte. Tal como o previsto, também ficaram concluídas em 2004 as infraestruturas que permitem abastecer a zona Oriental de Arouca, a partir do Complexo de Lever. Já próximo do final do ano, concluiu-se a ligação entre o reservatório de Cunha e a Freguesia de Castro Daire, em Cinfães. Importante foi também a conclusão de grande parte do conjunto de infra-estruturas de comunicações, associada à rede de adução que permitiu disponibilizar no Centro de Despacho de Jovim um leque de informação “online”, o que torna possível monitorizar e gerir as operações de manobra da rede, a partir deste local. Durante o ano 2004, a Águas do Douro e Paiva realizou investimentos significativos no sector da produção de água. No que diz respeito ao Complexo de Lever, logo no início do ano, passou-se a contar com o novo Órgão de Pré-tratamento, instalação onde se realiza uma pré-filtração da água captada superficialmente no rio Douro. Com este investimento a ETA de Lever passa a ter capacidade para tratar água com elevados níveis de turvação, o que se afigura especialmente importante em períodos de cheia do rio Douro, eleva a fiabilidade do sistema e permite reduzir o volume de lamas produzidas. Estes investimentos contribuirão, decisivamente, para adequar o Sistema Multimunicipal às exigências de cerca de um milhão e meio de pessoas que dele se servem, com elevados níveis de fiabilidade e com perdas muito abaixo do que é corrente em sistemas semelhantes. O modelo de gestão da Águas do Douro e Paiva cumpre, desde 2003, com os requisitos de normas reconhecidas internacionalmente, como é o caso da ISO9001, na área da qualidade, da ISO14001, na área do ambiente e da OHSAS18001, na Segurança. Em 2004, a empresa dedicou-se a consolidar o sistema, melhorando os processos, para o qual muito contribuíram os resultados das auditorias internas. Com a certificação da empresa acentuam-se as responsabilidades ambientais e sociais da AdDP, plasmadas na Visão, Missão e Política Complexo de Lever 18 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Empresarial. Pelo segundo ano, elaborou-se o Relatório de Ambiente e Segurança que, embora seja parte integrante do presente relatório, é apresentado de forma autónoma. Esse relatório aborda as actividades empresariais à luz dos compromissos ambientais e de segurança assumidos pela empresa. Em 2004, o sistema de gestão foi auditado de novo por uma entidade externa, a APCER – Associação Portuguesa de Certificação, tendo-se confirmado o respeito pelas normas internacionais referidas e a adequação do sistema de gestão à actividade da empresa. Ainda no âmbito da qualidade, a empresa iniciou o processo de acreditação dos seus laboratórios. A Águas do Douro e Paiva efectuou, através de laboratórios externos certificados, cerca de 70 mil análises à água tratada, a que acrescem outras análises de controlo do processo de produção de água realizadas nos próprios laboratórios da empresa. No ano 2004 manteve-se o objectivo de implementar um eficaz sistema de comunicações entre as diversas instalações da empresa e o desenvolvimento de plataformas de armazenamento e gestão da informação empresarial. Este processo culminará com a concretização de uma plataforma única, onde será arquivada toda a informação empresarial e a partir da qual passem a funcionar todas as aplicações de gestão da empresa, nomeadamente o ERP (Enterprise Resource Planning), programa integrado de gestão a funcionar na empresa desde 2002. Com a disponibilidade desta plataforma única de informação, a que denominamos BDE (Base de Dados Empresarial), será possível implementar metodologias de gestão estratégica, com base na disponibilidade de quadros de informação, devidamente tratada, que auxiliará as tomadas de decisão, disponível e adaptada a todos os centros de responsabilidade da AdDP. O elevado grau de maturidade organizacional da Águas do Douro e Paiva permite encarar a possibilidade de atingir novos patamares de qualidade, como sejam os baseados no conceito de «Qualidade Total». Apresentamos de seguida os principais factores que caracterizam o enquadramento económico-financeiro da AdDP no ano 2004. A primeira nota de destaque vai para o investimento global realizado neste ano, que rondou os 19,2 milhões de euros. Deste montante total, 9 milhões de euros foram orientados para as infra-estruturas de abastecimento de água ao Vale do Sousa e 7 milhões de euros para as obras relacionadas com o Subsistema Lever. Convém sublinhar que a Águas do Douro e Paiva cumpriu, integralmente, o programa de investimentos associado à candidatura ao Fundo de Coesão, referente ao “Alargamento à Região do Vale do Sousa”, no valor total de 49,9 milhões de euros. No ano 2004, a produção total de água nas diversas ETA’s da empresa ascendeu a 114,2 mil milhões de metros cúbicos, correspondendo a uma média diária de 312 mil metros cúbicos, o que corresponde a um aumento de cerca de 0,56% face aos valores registados em 2003. Laboratório de Lever 20 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão O volume de vendas da empresa ascendeu a 113,3 mil milhões de metros cúbicos, o que representa uma proporção entre o volume de vendas e o volume de água produzida de 99,2%. Ou seja, as perdas do sistema de distribuição fixaram-se em 0,8%, valor considerado muito bom tendo em consideração referenciais internacionais. O montante total das vendas ascendeu a 31 816 milhares de euros, o que constitui um acréscimo de 3,9 %, relativamente a 2003, sendo o Valor Acrescentado Bruto gerado durante o ano económico de 2004 da ordem dos 18 433 milhares de euros. Os Resultados Líquidos, depois de impostos, atingiram em 2004 um montante de 1 081 milhares de euros. Este resultado, que corresponde a cerca de 74% do que se verificou em 2003, deve-se, em grande parte, aos novos compromissos assumidos no âmbito da distribuição, alargada a novas áreas territoriais, às maiores exigências decorrentes da gestão integrada da qualidade, ambiente e segurança e à implementação da telegestão, que, naturalmente, se repercutiu em aumento de custos, não acompanhado pelo aumento de receitas. De referir, a propósito, que a tarifa praticada – € 0,282 – continua a ser a mais baixa de todos os sistemas multimunicipais em Portugal e inferior ao valor de referência do contrato de concessão, circunstância que reitera a preocupação da empresa com o custo socialmente justo do seu serviço. Como instrumento de monitorização da actividade empresarial, a Águas do Douro e Paiva realizou um inquérito à opinião junto dos clientes, tendo verificado que o “índice de satisfação dos clientes”, em 2004, foi de 86,7%, o que corresponde à classe “Muito Bom”. Fica assim claro o reconhecimento dos clientes, que são sempre entendidos como parceiros, pelo trabalho que vem sendo realizado, revelando um elevado grau de confiança no produto fornecido e a satisfação por verem as sua expectativas correspondidas. Em 2004, a Águas do Douro e Paiva deu continuidade ao programa de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico, que desde 2000, tem vindo a ser executado e acompanhado, e que tem contribuído para a melhoria da organização e das actividades exercidas. Para desenvolver o programa, a empresa tem formalizado parcerias com instituições de reconhecido mérito científico, em especial ligadas ao ensino superior, nas quais tem envolvido os técnicos da AdDP, incorporando, assim, conhecimento na organização. Ainda, uma referência à estratégia de comunicação empresarial que elege as acções de educação ambiental como meio privilegiado para passar mensagens relacionadas com a importância da gestão dos recursos hídricos e a necessidade de alteração dos comportamentos relacionados com o uso da água. A empresa procurou, sempre que possível, articular-se com outras entidades, nomeadamente Accionistas, organismos estatais da área do ambiente e associações não governamentais para aumentar a eficácia das acções. A Águas do Douro e Paiva ao longo da sua curta vida vem, progressivamente, a assumir-se como um contributo para o desenvolvimento da Região, caminho que continuará a percorrer. 2. Investimento 23 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão O ano 2004 fica caracterizado pelo elevado nível de investimento nas infra-estruturas do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água. Neste âmbito, a empresa dirigiu a sua actividade para o desenvolvimento de projectos e para a realização de obras conducentes a uma melhoria das condições de abastecimento, quer através da construção de novas infra-estruturas, quer da reabilitação das existentes. Parte do investimento diz respeito à implementação do sistema de automatização, monitorização e telegestão da rede de adução. A Empresa privilegiou as beneficiações dos sectores do sistema que ainda apresentam debilidades funcionais e a construção das extensões da rede multimunicipal para abastecimento dos sistemas municipais mais periféricos, passando os sistemas completos a responder melhor às exigências de qualidade do serviço às populações. No ano de 2004 concluíram-se os investimentos previstos no projecto de candidatura ao Fundo de Coesão para o alargamento do Sistema Multimunicipal à Região do Vale do Sousa, tendo-se, assim, terminado o que consideramos ser o primeiro grupo de obras da segunda fase de investimentos da empresa. O valor do investimento ascendeu a 19,2 milhões de euros, distribuídos da seguinte forma: 2004 2ª Fase – Grupo I: Alargamento ao Vale do Sousa Terrenos 32 450 Estudos e Projectos 49 404 Gestão do Projecto 43 643 Promoção e Divulgação Monitorização, Automatização e Telegestão Subsistema Lever / Norte 2 407 1 805 096 365 168 Subsistema Vale do Sousa / Paiva 2 392 760 Subsistema Vale do Sousa / Norte 2 470 803 Subsistema Vale do Sousa / Entre-os-Rios 1 676 803 2ª Fase Grupo II: Obras Complementares Terrenos Estudos e Projectos Promoção e Divulgação Gestão do Projecto 76 198 247 008 13 168 156 904 Telegestão 1 078 854 Subsistema Lever / Norte 163 445 Subsistema Lever / Sul 2 926 341 Subsistema Lever / Produção 1 169 718 Subsistema Vale do Sousa / Sector Paiva 2 085 632 Subsistema Vale do Sousa / Norte Subsistema Vale do Sousa / Entre-os-Rios Outros Investimentos Investimentos no âmbito de Protocolos Municipais Total 236 198 47 277 1 760 157 410 859 19 209 695 (em euros) 24 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Em 2004, a Águas do Douro e Paiva concluiu a totalidade das infraestruturas do Sistema Multimunicipal na Região do Vale do Sousa. Ficaram também concluídas as infra-estruturas de abastecimento à zona Oriental de Arouca, a partir do Complexo de Lever, e a extensão do Subsistema Paiva até Castro Daire, em Cinfães. As Populações servidas por estas infra-estruturas passaram a dispor de um serviço com qualidade e fiabilidade adequada, o que, certamente, contribuirá para o aumento das taxas de ligação ao serviço público de abastecimento de água. Paralelamente, foram realizados investimentos na rede existente, procurando maiores níveis de fiabilidade do sistema e aumentando a capacidade de tratamento e distribuição de água. Dentro deste eixo de actuação, destaca-se, sobretudo, o lançamento do concurso de uma obra estratégica para a empresa – o reforço da capacidade de tratamento da ETA de Lever – que consiste na ligação das captações sub-aluvionares existentes na albufeira de Lever à ETA de Lever, e, complementarmente, na duplicação da etapa de pré-tratamento de água. Com a conclusão da maior parte das infra-estruturas de comunicação associadas à rede de adução, passou a estar disponível, no Centro de Despacho de Jovim, um conjunto de informação “online”, que permite monitorizar a maior parte da rede de adução e, a partir deste local, gerir as operações de manobra. 25 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Quanto à 3ª fase de investimentos, que diz respeito à Origem Alternativa ao Douro, o Conselho de Administração desenvolveu uma nova abordagem, cujo princípio assenta na interligação dos sistemas multimunicipais, de forma a criar redundâncias entre eles, tendo em vista um abastecimento de água com mais eficiência e fiabilidade. Este projecto, que passa a ter carácter nacional, é denominado Autoestradas da Água. 2.1.1 Alargamento do Subsistema à região do Vale do Sousa Tal como já referimos, o ano de 2004 ficou marcado pela conclusão dos grandes objectivos delineados para o Subsistema do Vale do Sousa. As principais linhas de adução concluíram-se em 2003, tendo transitado para o ano de 2004 a conclusão das empreitadas já iniciadas, nomeadamente a conduta Sameiro – Torno (Troço Sul), a conduta de extensão a Barrosas, a estação de recloragem de Lousada e as reabilitações das infra-estruturas existentes que foram integradas no sistema multimunicipal, em que destacamos o Complexo do Ferreira e o Complexo do Ferro. Em, 2004, os objectivos traçados no projecto de candidatura ao Fundo de Coesão ref.ª 1999/PT/16/C/P/E/001, no valor de cerca de 49,9 milhões de euros, foram, na íntegra, alcançados. Para além do projecto de Candidatura ao Fundo de Coesão, importa ainda referir a realização de outros investimentos, nomeadamente a substituição da conduta Cova – Lodares, a construção da conduta Cunha – Castro Daire (Cinfães), o reservatório de Felgueiras e ainda a construção de uma nova conduta entre o reservatório de Duas Igrejas e Sameiro. Subsistema Vale do Sousa - Sector Paiva A AdDP passou a ter disponível a Estação de Tratamento de Água do Ferreira que, até há pouco tempo, se encontrava sob domínio municipal. Esta unidade de produção de água tratada abastece os principais núcleos urbanos do concelho de Paços de Ferreira (Paços de Ferreira e Freamunde), embora sejam abastecidos, cumulativamente, através das condutas provenientes da ETA de Castelo de Paiva. No âmbito da empreitada de reabilitação do Complexo do rio Ferreira, a AdDP reformulou as infra-estruturas de tratamento e implementou uma nova etapa para o tratamento de lamas produzidas, de forma a cumprir a legislação em vigor. O sistema de adução do sector Paiva passou a contar com a nova adutora Cova – Lodares, que substituiu integralmente a existente. Esta conduta abastece o reservatório R1.L de Lousada, por aqui passa cerca de metade do consumo deste Concelho. A Águas do Douro e Paiva viu ainda concluída, em Maio de 2004, a empreitada de ligação entre os dois sectores de abastecimento de água da Região do Vale do Sousa, denominados de Paiva e Norte. Esta obra permitiu que a água do Paiva chegasse às populações dos concelhos de Lousada e Felgueiras e compreendeu a instalação de uma conduta adutora com 3,5 km de extensão, a execução de uma estação elevatória e de um reservatório de 10.000 m3 de capacidade, localizados em Portela de Rans. 26 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão A Águas do Douro e Paiva executou ainda a conduta de ligação ao reservatório de Cunha até ao ponto de entrega de Castro Daire (Cinfães). Esta empreitada iniciou-se em Abril e ficou concluída em Novembro de 2004. Subsistema Vale do Sousa - Sector Norte De forma a dotar a zona Norte do Vale do Sousa com capacidade de produção que responda cabalmente às necessidades das populações, a Águas do Douro e Paiva promoveu e concluiu em Junho de 2004 a reabilitação do Complexo do Ferro, localizado no concelho de Felgueiras. Os trabalhos englobaram a reabilitação da captação, da estação elevatória e do reservatório associado, bem como o reservatório e estação elevatória de Pombeiro de Ribavizela. A Águas do Douro e Paiva deu também início, em Outubro de 2004, à construção do reservatório de Felgueiras com o qual se pretende dotar o sistema de capacidade de inversão do sentido normal de funcionamento, isto é, a partir da ETA do Ferro abastecer a Lixa e o Torno, bem como à zona norte de Felgueiras e Lousada. Este Reservatório terá uma capacidade de 100 m3 e será construído em Margaride, muito perto do Reservatório Municipal de Felgueiras (R2.F). O Sistema de adução do Sector Norte do Vale do Sousa passou a contar, desde Fevereiro de 2004, com a conduta Sameiro - Torno, com cerca de 13 km de extensão, que atravessa os concelhos de Penafiel e Lousada e que permite o abastecimento a Felgueiras e ao Norte de Lousada através do sector Paiva. De forma a manter os níveis adequados de cloro residual na água proveniente da ETA de Castelo de Paiva, garantindo-se a potabilida- ETA do Ferreira 27 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão de da água entregue, foi necessário dotar a rede de adução de uma estação de recloragem, em Lousada, que ficou concluída durante o mês de Setembro. Nesse mesmo mês, também a extensão do sistema multimunicipal ao reservatório de Barrosas ficou concluída, obra que compreendeu a instalação de um conduta adutora, com cerca de 5 km, e dos equipamentos da estação elevatória para abastecimento da freguesia de Barrosas. 2.1.2 Subsistema Lever Durante o ano de 2004 o Subsistema Lever foi objecto de um conjunto de investimentos que visam melhorar o seu funcionamento operacional, designadamente quanto à rentabilidade e fiabilidade e, consequentemente, melhorar a qualidade do serviço prestado. Logo no início do ano, a empresa viu totalmente concluída a etapa de pré-tratamento da ETA de Lever, órgão constituído por um equipamento de filtração em meio granular, que realiza uma primeira filtragem da água superficial captada, encaminhando-a de seguida para tratamento na ETA de Lever. Este órgão destina-se a fazer face aos elevados níveis de turvação da água do rio Douro, que ocorrem pontualmente, mas que atingem valores extremamente elevados. No Plano de investimentos que a Águas do Douro e Paiva se encontra a executar em Lever, destaca-se o Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever. Esta obra permitirá que a água proveniente dos poços de Lever seja conduzida para a etapa de pré-tratamento, com vantagens de vária ordem: - aumento da garantia de tratabilidade da água, salvaguardando de possíveis deteriorações da água da albufeira; - redução dos níveis de manganês da água proveniente dos poços que, actualmente, se vêm depositando nos reservatórios; - diminuição significativa das lamas produzidas no complexo de Lever Faz-se notar que o projecto de construção do órgão de secagem de lamas foi suspenso já que a AdDP identificou a possibilidade de utilizar as lamas no processo produtivo da indústria cerâmica, traduzindo-se numa clara vantagem ambiental. Durante o ano de 2004 concluiu-se a construção do novo Laboratório de Lever, que apoia o sector de produção de água da ETA de Lever, bem como aos restantes sectores de produção de água da empresa e sistemas de adução. O novo laboratório iniciou a sua actividade regular durante o primeiro trimestre de 2004. Subsistema Lever Adução As condutas desde Jovim até Nova Sintra constituem um importante eixo de distribuição, sendo responsáveis pelo abastecimento de água à zona Sul da cidade do Porto. Tendo em consideração a urgência na reabilitação destas condutas, a Águas do Douro e Paiva lançou um concurso para uma empreitada de reabilitação integral da conduta em ferro fundido e a substituição dos diversos órgãos de manobra e segurança. Contudo, face ao elevado valor de investimento apresentado nas propostas dos concorrentes, a empresa analisa outras soluções, nomeadamente a da instalação de uma nova conduta. 28 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Relativamente à zona Oriental de Arouca, em 2004, ficaram concluídas as obras de prolongamento do Subsistema Lever Sector Sul, a partir do reservatório da Abelheira. A sua construção foi dividida em diferentes empreitadas: a da Adutora Abelheira – Provizende, a da adutora Provizende – Moldes e a do reservatório Provizende. Estas empreitadas ficaram todas concluídas durante o ano de 2004. 2.1.3 Sistema de Monitorização e Telegestão A gestão de um sistema de abastecimento de água com a dimensão do concessionado à Águas do Douro e Paiva deve ser sustentada em meios tecnológicos, instalações e instrumentação, que confiram uma capacidade de intervenção permanente, capaz de assegurar uma qualidade de serviço compatível com o bem que se trata: água de abastecimento para fins domésticos, industriais e públicos. O objectivo primordial do sistema de monitorização e telegestão é o de garantir que a rede de abastecimento seja operada de uma forma eficaz e optimizada, com o menor valor de encargos globais de produção e distribuição. A implementação do sistema de monitorização e Telegestão da empresa, realizada em duas fases distintas (uma para o Subsistema Lever e outra para o Vale do Sousa), ficou concluída em praticamente toda a rede de adução. No início de 2005, a empresa contará já com o sistema de telegestão em pleno funcionamento e marcará o início de um período de adaptação dos procedimentos de operação e gestão da rede a esta nova realidade. 2.1.4 Origem Paiva A criação de uma origem alternativa de água associada ao Sistema Douro é uma obrigação que decorre do Contrato de Concessão, outorgado a 26 de Julho de 1996. Nessa altura, previa-se que a origem alternativa passaria pela construção de uma barragem no rio Paiva e um sistema de adução até à ETA de Lever. Seguindo a orientação do Contrato de Concessão, a Águas do Douro e Paiva desenvolveu estudos sobre várias localizações alternativas para a barragem, que procuraram caracterizar o quadro de opções técnicas viáveis, considerando um entendimento global da questão. Posteriormente, para duas localizações seleccionadas, foram realizados Estudos de Impacto Ambiental e, consequentemente, foi seguido o processo de licenciamento regulamentar (AIA). Os Estudos de Impacto Ambiental foram submetidos à Autoridade de AIA, que emitiu uma declaração de desconformidade aos estudos apresentados. No seguimento dessa declaração, a empresa procurou diferentes soluções para a Origem de Água Alternativa, tendo-se identificado a possibilidade de recorrer à albufeira do Torrão, no Rio Tâmega. Esta solução implicava a ligação, por túnel, entre a Barragem do Torrão e a ETA de Lever e o reforço da capacidade de tratamento desta ETA, construindo-se uma nova etapa de tratamento, a Ultrafiltração. Tal representava um investimento de 122 milhões de euros. Perante este cenário, o actual Conselho de Administração estudou e propôs a substituição da alternativa Tâmega por um projecto de 29 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão impacto financeiro inferior, que consiste em interligar o sistema do Grande Porto ao sistema da zona Norte do Grande Porto, com origem no rio Cávado, e viabilizar outras origens vizinhas – rio Paiva e rio Sousa - de forma a permitir o abastecimento à região em caso de emergência por deterioração da água do Douro. Resumidamente, os investimentos a realizar são os seguintes: › ligação AdDP/AdCávado, através da linha de adução Pedrouços › Nogueira II – Vilar do Pinheiro; › ligação AdDP/AdCávado, através da linha de adução Freixieiro – Vilar do Pinheiro; › ligação do Subsistema/Sector Vale do Sousa – Paiva ao Subsistema/Sector Lever – Norte; › e ligação da captação do rio Sousa a Lever. Esta decisão teve em conta a elevada fiabilidade que a Estação de Tratamento de Lever apresenta e o investimento, já em curso, do reforço da capacidade de tratamento que tem em vista possibilitar que a água proveniente dos poços de Lever passe pela fase de prétratamento da ETA de Lever. A proposta obteve o parecer favorável da Assembleia Geral de Accionistas, em 24 de Novembro de 2004. O orçamento, em vez dos 122 milhões de euros previstos para a origem Tâmega, passou a considerar um investimento de 42 milhões de euros, a realizar entre 2005 e 2010. 30 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão O investimento correspondente à construção das infra-estruturas que integram o alargamento à região do Vale do Sousa do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto foi co-financiado pelo Fundo de Coesão da União Europeia, na sequência de uma candidatura apresentada pela empresa em Maio de 1999. O montante de investimento é de 49 879 789 euros e a taxa de comparticipação de 85%, de acordo com a decisão aprovada a 27 de Outubro de 2000. A execução física destes investimentos iniciou-se em 1999 e concluiu-se em 31 de Dezembro de 2004. Os montantes realizados distribuíram-se pelos exercícios de 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004, da forma que se segue: Despesas Totais Anos 2000 2001 2002 2003 2004 TOTAL Decisão em Vigor (Out/00) Comprovadas até 31/12/2004 (1) (2) 14 216 12 969 12 470 10.226 49 880 11 13 14 7 14 61 011 412 789 701 098 011 (%) (2)/(1) (3) 77% 103% 119% 75% 122% (em milhares de euros) A realização financeira do projecto correspondeu a 122%. 31 Netdouro Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Com a conclusão das infra-estruturas de comunicação associadas ao Sistema Multimunicipal ficou criada a oportunidade de estabelecer uma parceria com os Municípios Accionistas com vista à utilização conjunta da rede de fibra óptica, com cerca de 300 quilómetros de comprimento. Esta nova infra-estrutura regional permitirá que os futuros parceiros possam aceder a uma rede de comunicação, com características de Banda Larga, constituindo-se uma Intranet de alto débito, com custos de acesso e utilização extremamente reduzidos. Além disso, recorrendo à capacidade negocial perante os Operadores de Telecomunicações criada pela agregação da procura, é possível antever a possibilidade de redução significativa dos custos das comunicações telefónicas e de acesso à Internet por parte dos Municípios que vierem a aderir ao presente projecto. Para que tal se concretize, a Águas do Douro e Paiva desenvolveu o modelo de parceria que melhor se adapta aos interesses de todos os futuros parceiros, designadamente Municípios e Cidades e Regiões Digitais, e, paralelamente, estudou o modelo de negócio mais apropriado ao projecto, que denominamos NETDOURO. Caso o projecto acolha a adesão dos Municípios, o projecto NETDOURO será concretizado no ano 2005. 33 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão A programação da área de produção para o ano 2004 teve por base o Plano de Distribuição de Água aos Municípios e as datas prováveis de entrada em funcionamento de novas infra-estruturas, entretanto construídas ou reabilitadas, que decorrem em datas muito próximas das prevista inicialmente. A empresa tem, actualmente, várias unidades de produção de água tratada, que operacionalmente estão divididas em dois sectores de produção - Lever e Vale do Sousa . No Sistema Lever existem três instalações produtoras de água: - a captação e Estação Elevatória de Lever Montante; - a captação e Estação Elevatória de Lever Jusante; - e a ETA de Lever. Actualmente, as captações e estações elevatórias de Lever Montante e Jusante operam de forma independente da ETA de Lever, elevando a água, respectivamente, para Jovim na zona Norte, e Seixo Alvo, na zona Sul. Esta situação consubstancia uma limitação de operacionalidade do sistema de produção de água, que será alterada, dado que a Águas do Douro e Paiva executará a ligação entre o poço de captação de Lever Montante e a admissão à fase de pré-tratamento da ETA, que será duplicada no âmbito deste projecto Quanto ao sector de produção do Vale do Sousa, a partir de 2004, passou a ser responsável pelo fornecimento à totalidade da rede de adução prevista para o Vale do Sousa, abastecendo os Municípios de 34 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Castelo de Paiva, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e, com caracter pontual, o Município de Penafiel, que embora não tenha aderido ao Sistema Multimunicipal, recorre aos serviços da Águas do Douro e Paiva em alturas de maior consumo. A ETA de Castelo de Paiva assegura a produção da maior parte do volume de água necessário para satisfazer o consumo da população do Vale do Sousa. No entanto, a Águas do Douro e Paiva mantém em funcionamento a ETA do Ferro, que é a principal responsável pelo abastecimento ao Reservatório Municipal de Margaride e à zona Norte do Município de Lousada até ao reservatório de Barrosas, e a ETA de Paços de Ferreira, que é responsável pelo abastecimento ao Município de Paços de Ferreira. Em 2004, com a conclusão do Laboratório da ETA de Lever, a Águas do Douro e Paiva passou a efectuar internamente a maioria das determinações analíticas das águas brutas e de processo. Os Laboratórios de Castelo de Paiva e de Paços de Ferreira complementaram o trabalho do Laboratório de Lever, dando apoio de proximidade à operação das ETA’s do Subsistema do Vale do Sousa. A AdDP encontra-se a implementar um sistema de funcionamento e de gestão do laboratório de Lever que permitirá a certificação dos parâmetros analíticos que aí se efectuam, garantindo a fiabilidade do controlo da água. Nos gráficos seguintes é exposta a evolução dos volumes produzidos nas diversas instalações de captação e captação/tratamento, nos três Sectores de Produção. Produção mensal por captação x 1000 m3 14,000.0 12,000.0 10,000.0 8,000.0 6,000.0 4,000.0 2,000.0 0.0 Jan-04 Captação Lever Montante 3,057.6 3,782.8 ETA de Lever 1,264.7 227.1 ETA de Castelo de Paiva 5.0 ETA de Lousada 106.4 ETA de Ferro Total 8,443.6 Feb-04 3,282.7 4,308.5 1,254.6 266.9 5.6 122.5 9,220.1 Mar-04 2,991.2 3,921.4 1,130.2 248.4 4.9 110.6 8,406.8 Apr-04 3,380.1 4,564.5 1,289.9 308.5 6.4 144.9 9,694.4 May-04 3,100.8 4,044.0 1,199.6 293.8 6.6 137.0 8,781.7 Jun-04 3,575.1 4,181.6 1,368.8 348.0 9.9 168.2 9,651.4 Jul-04 4,376.7 4,913.5 1,726.8 436.4 12.4 202.6 11,668.4 Aug-04 3,570.3 4,361.8 1,431.8 376.1 11.3 169.3 9,920.5 Sep-04 3,294.9 3,946.9 1,279.7 320.6 8.4 141.9 8,992.4 Oct-04 3,735.9 4,781.8 1,205.7 377.8 2.7 161.0 10,264.8 Nov-04 3,429.9 4,329.2 1,296.4 323.3 0.0 135.4 9,514.2 Dec-04 3,265.9 4,702.2 1,241.0 308.6 0.0 142.8 9,660.4 35 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão As três origens de água localizadas em Lever representaram, em 2004, cerca de 95% da água produzida: a ETA de Lever correspondeu a 47,7%; a captação Lever Montante a 37,8%; e a Captação Lever Jusante a 14,5%. Produção anual das captações do complexo de Lever em 2004 x 1000 m3 60 000 51 838 50 000 40 000 41 061 30 000 15 689 20 000 10 000 Captação Montante ETA de Lever Captação Jusante Produção anual das captações do complexo de Lever em 2003 x 1000 m3 50 000 48 021 46 333 40 000 30 000 15 661 20 000 10 000 Captação Montante ETA de Lever Captação Jusante 36 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão A produção global de água ascendeu a 114.218 milhões de metros cúbicos, correspondendo a uma média diária de 312 mil metros cúbicos – o que corresponde a um aumento de cerca de 0,56 % em relação aos valores registados em 2003. Da leitura da informação recolhida durante o ano, pode-se deduzir que o ano 2004 continua a registar um aumento de consumo decorrente do alargamento da área abastecida mas que, em termos globais, é compensado pela diminuição das perdas de água na rede (em baixa) conseguida por alguns Municípios com maiores consumos. Evolução da Produção anual de 1998 a 2004 x 1000 m3 114 220 110 503 113 571 114 239 2003 2004 101 361 77 371 73 643 1998 1999 2000 2001 2002 Em 2004, deu-se continuidade à implementação das acções definidas no Plano de Gestão de Energia definido no ano anterior, tendo especial importância a realização do Concurso Internacional para fornecimento de energia às instalações alimentadas a Média Tensão e Alta Tensão. Até então, a AdDP tinha apenas duas instalações abastecidas por entidades do Sistema Eléctrico Não Vinculado (SENV). Este procedimento revelou ser economicamente vantajoso dada a entrada naquele Sistema de mais 7 instalações em Média Tensão. A adjudicação ocorreu no final do ano 2004, estando previstas reduções dos custos de energia, para o conjunto das instalações, de cerca 14%. 37 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão O Sistema de adução multimunicipal, no ano 2004, passou a contar com um conjunto de infra-estruturas que permitiram melhorar a sua operacionalidade e fiabilidade, em que destacamos a disponibilidade da conduta Sameiro – Torno, a adutora de ligação dos sectores do Vale do Sousa, denominados Paiva e Norte, e a Estação de Recloragem de Lousada. A Direcção de Distribuição viu também reabilitada a conduta Cova Lodares e as estações elevatórias da linha de adução associada ao Complexo do Ferro. Quanto ao abastecimento das zonas mais periféricas do Sistema Multimunicipal, registamos a conclusão das extensões para abastecimento da Zona Norte do Vale do Sousa e da zona oriental do Concelho de Arouca. A Águas do Douro e Paiva conta, desde o final do ano de 2004, com o sistema de monitorização e telegestão disponível em, praticamente, a totalidade da rede de adução do Sistema Multimunicipal. Com esta ferramenta, a Direcção de Distribuição tem condições para alterar significativamente os procedimentos até agora seguidos, passando a operar a rede a partir do centro de despacho de Jovim, onde confluirá a informação, permitindo optimizar o funcionamento da rede, aumentando a fiabilidade do sistema, no sentido da garantia da qualidade e quantidade de água mas, principalmente, gerindo melhor os recursos, como é o caso da energia e das perdas. Da análise dos dados históricos da Direcção de Distribuição verificase que o abastecimento aos Municípios do Porto, Maia, Gondomar, 38 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Matosinhos, Valongo, Gaia, Espinho, Castelo de Paiva e Cinfães se encontra estabilizado. Verifica-se, no entanto, o esforço que alguns Municípios dirigem para o combate às perdas de água, nomeadamente Porto, Gondomar, Valongo e Feira, assim como Vila Nova de Gaia que nos últimos anos tem vindo já a demonstrar resultados da gestão das perdas na rede de distribuição. Nos Municípios de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira e Arouca verificam-se aumentos de consumos que se compreendem, em alguns casos, pela extensão do sistema multimunicipal, mas principalmente pela contínua adaptação dos sistemas municipais ao sistema multimunicipal, alargando significativamente as áreas de cobertura do conjunto das redes. No que toca aos concelhos de Ovar, Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira, a Águas do Douro e Paiva diligenciou, junto das Câmaras Municipais, para que o abastecimento passe a realizar-se, exclusivamente, através do sistema multimunicipal. O conjunto de infra-estruturas construídas pela empresa no Vale do Sousa implicou, inevitavelmente, um aumento do volume anual de água fornecido, nomeadamente aos Municípios de Felgueiras, Lousada, Paredes e Paços de Ferreira. O volume global de vendas, em 2004, foi de 113,3 milhões de m3 (conforme se pode ver no quadro seguinte), valor ligeiramente superior ao verificado em 2003. Evolução do consumo anual de 1998 a 2004 x 1000 m3 113 127 112 559 113 328 109 590 98 090 68 166 62 127 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 39 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Os dados revelam que os valores totais dos caudais distribuídos estabilizaram nos últimos 3 anos. Tal deve-se, fundamentalmente, ao balanço entre o crescimento dos consumos de alguns Municípios, nomeadamente aqueles que viram alargada a rede multimunicipal como seja Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Paredes, Paços de Ferreira e Lousada, e da diminuição dos consumos de outros Municípios, decorrente de maior controlo nas perdas, como é o caso do Município do Porto. Evolução mensal dos consumos médios diários x 1000m3 350 000 330 000 310 000 290 000 270 000 250 000 230 000 210 000 190 000 170 000 150 000 Jan 04 Fev 04 Mar 04 Abr 04 Mai 04 Jun 04 Jul 04 Ago 04 Set 04 Out 04 Nov 04 Dez 04 Quanto ao consumo anual por município, verificamos que os valores mais significativos ocorreram no Porto, em Gaia, em Matosinhos e em Gondomar. Importa acrescentar que o município do Porto representa cerca de 36% do volume global e os municípios de Gaia, Matosinhos e Gondomar cerca de 17%, 13% e 11%, respectivamente. 40 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Consumo anual por município x 1000m3 45 000 40 000 40 552 35 000 30 000 25 000 20 000 19 532 15 000 15 186 12 019 10 000 6 502 5 564 5 000 6 670 2 566 1 718 1 188 0 Porto Gaia Matosinhos Gondomar Maia Valongo Feira Espinho Felgueiras Paços de Ferreira 803 875 838 Castelo de Paiva Oliveria de Paredes Azeméis 779 644 472 Lousada Ovar S João da Madeira 201 186 Cinfães Arouca Volume É pertinente constatar que os municípios do Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia e Valongo constituem cerca de 87% do volume global de vendas da AdDP. Os Municípios Porto, Valongo, Gondomar e Feira viram os seus consumos reduzir face aos do ano anterior, reflexo de uma maior eficiência na gestão das perdas nas redes de distribuição. 41 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Evolução dos consumos por Município (Lever Norte) x 1000m3 50 000 45 000 43 929 44 279 41 561 40 000 40 552 35 000 30 000 25 000 20 000 15 638 15 000 14 901 14 510 15 186 12 053 12 623 12 223 12 020 10 000 6 805 6 258 5 000 6 364 6 503 4 847 5 198 6 011 5 565 0 0 Porto Matosinhos Gondomar Maia Valongo 0 0 3 Paredes 2001 2002 2003 Tal como seria de esperar, nos Municípios onde ficaram disponíveis novas infra-estruturas multimunicipais registaram-se crescimentos significativos de consumos, como é o caso da Região do Vale do Sousa. 2003 Evolução dos consumos por Município (Lever Sul) x 1000m3 25 000 20 000 19 570 19 142 19 460 19 553 15 000 10 000 5 000 3 037 3 388 3 855 3 678 2 728 2 553 2 548 2 566 621 0 Gaia 2001 2002 2003 2003 Feira Espinho Ovar 760 457 645 0 631 S João da Madeira 696 473 0 187 258 Oliveira de Azeméis 838 12 103 Arouca 161 186 42 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Evolução dos consumos por Município (Vale do Sousa) x 1000m3 2 000 1 800 1718 1 600 1 486 1 544 1 400 1 200 1 188 1 000 875 800 771 805 825 797 779 739 701 600 442 400 201 200 0 76 38 6 0 Felgueiras Paços de Ferreira 0 Castelo de Paiva 8 83 145 164 7 Paredes Lousada Cinfães 2001 2002 O combate às perdas de água é um objectivo da empresa desde 1998, altura em que iniciou a exploração dos sistemas municipais e em que se registavam valores da ordem dos 15%. Desde 2001 que este indicador estabilizou abaixo de 1%. 2003 2003 Da análise comparativa entre o volume de água produzida e o volume de vendas verifica-se que o indicador de perdas de água ronda os 0,80%. Este mesmo valor, em 2003, foi de 0,86%, o que aparentemente significa uma melhoria de performance. No entanto, faz-se notar que tal se deve à sistemática diminuição das situações de medições por estimativa resultantes de avarias de medidores de caudal. Evolução da água produzida não facturada de 1998 a 2004 x 1000 m3 15,30% 11,90% 3,20% 0,83% Perdas 1998 Perdas 1999 Perdas 2000 Perdas 2001 0,96% Perdas 2002 0,89% Perdas 2003 0,80% Perdas 2004 43 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão O Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água serve actualmente mais de um milhão e meio de habitantes, número que, por si só, justifica o elevado grau de exigência da empresa na qualidade do produto distribuído aos Municípios. No âmbito do Sistema Integrado de Gestão, a Empresa instituiu procedimentos de controlo da qualidade da água que se têm revelado eficazes, respondendo, em todos os parâmetros, às exigências da qualidade de água definidas na legislação nacional. Os registos dos resultados das análises realizadas à água entregue nos Reservatórios Municipais, em qualquer conjunto de parâmetros, atesta a elevada qualidade do produto distribuído pela empresa. Esta constatação torna-se evidente após a leitura do quadro resumo sobre o resultado das análises realizadas durante o ano 2004: Análises realizadas na rede de distribuição no ano de 2004 Parâmetros Internas Externas Total Não conformes Não conformes % Organolépticos 2 018 8 990 11 008 12 99,89 Físico-Químicos 9 382 23 087 32 469 21 99,94 Microbiológicos 4 044 19 049 23 093 9 99,96 Biológicos 0 14 14 0 100 Parasitológicos 0 28 28 0 100 Radiológicos 0 227 227 0 100 15 444 51 395 66 839 42 99,94 Total 44 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão De salientar que a AdDP realizou em 2004 cerca de 66 839 determinações à água entregue aos Municípios, o que representa, em relação ao período homólogo de 2003, uma diminuição que se justifica pela entrada em vigor o Decreto-Lei 243/01, que alterou a regulamentação sobre o controlo da qualidade da água para consumo humano. Número de análises realizadas % análises conformes 99,87% 99,93% 99,89% 99,94% 84 932 80 000 71 796 66 839 60 000 50 396 40 000 20 000 2001 2002 2003 2004 Paralelamente ao controlo do cumprimento da regulamentação nacional, a empresa tem promovido vários projectos de investigação com o objectivo de conhecer e melhorar a qualidade do seu produto à luz de parâmetros recomendados por organizações internacionais e que não constam ainda do nosso quadro legal. A Águas do Douro e Paiva manteve o procedimento de realizar reuniões regulares com os Municípios Accionistas, que se revelaram muito úteis para resolver os problemas detectados e de discutir formas de, continuamente, melhorar o serviço prestado. A comunicação tem sido considerada um factor decisivo na relação com os Municípios Accionistas, designadamente a informação sobre a qualidade da água resultantes do LIMS - Laboratory Information Management System, disponibilizada no “site” da empresa. No que toca à garantia de qualidade da água, o caminho a seguir passará pela adopção de um sistema preventivo de garantia da segurança dos géneros alimentícios - Hazard Analysis Critical Control Point (Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo), o que significará um acréscimo da garantia de qualidade da água produzida. 45 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão De acordo com os procedimentos instituídos pela empresa, a Águas do Douro e Paiva realiza, anualmente, o inquérito à satisfação do cliente, cujos resultados se afiguram essenciais para a percepção da opinião e expectativas quanto ao serviço prestado pela empresa. ISC Global % 89,0% 88,33% 88,0% 87,0% 86,0% 85,31% 85,0% 84,0% 82,98% 83,0% 82,0% 81,0% 80,0% 2001 2002 2003 46 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão O inquérito, suportado em entrevistas com os directores de serviços camarários ou técnicos com funções equivalentes nos Serviços Municipalizados ou nas Concessionárias de Serviços Públicos, revela informações importantes para o processo de tomada de decisão, uma vez que indicia os interesses dos municípios clientes. No ano de 2003 o índice de satisfação dos clientes registou o valor de 88,3%. No quadro que se segue apresentam-se, resumidamente, as classificações globais referentes a cada aspecto e sub-aspecto abordados no inquérito. Esta avaliação concluiu que o desempenho da Águas do Douro e Paiva se situa no intervalo definido como “Muito Bom”. Critério em apreciação Classificação (0-100%) 1 Construção de infra-estruturas 83,7 % 2 Produto fornecido 87,9 % 3 Serviço prestado 91,2 % 3.1 Abastecimento de água 94,0 % 3.2 Informação na qualidade da água 91,0 % 3.3 Tratamento de reclamações 91,0 % 3.4 Tratamento de pedidos de informação 91,0 % 3.5 Comunicação da AdDP 86,0 % 4 Impacto ambiental 87,8 % 5 Apreciação global 91,1 % 48 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão A noção de qualidade empresarial que a AdDP pretende implementar passa por uma correcta promoção do envolvimento do seu quadro de pessoal, estimulando a criatividade individual e o trabalho de equipa e sensibilizando-as para os aspectos ambientais e de segurança da actividade da empresa. A Águas do Douro e Paiva considera a política de Recursos Humanos uma garantia do correcto sentido deste projecto empresarial, atendendo a que a valorização dos seus colaboradores tem certamente como contrapartida o empenho e a competência, que é decisiva para os objectivos que se pretende seguir. Por isso, encontram-se implementados procedimentos de gestão de recursos humanos que visam a adequação da estrutura organizacional da empresa, através de políticas valorização dos recursos e de expectativas das carreiras profissionais. No final de 2004 eram 135 os trabalhadores ao serviço da empresa e 9 estagiários – o que representa um acréscimo de 18 profissionais face a 2003. Contratados Sem Termo Contratados a Termo Incerto Contratados a Termo Estagiários Total 2002 2003 2004 Variação 2003-2004 92 105 113 8 1 1 3 2 19 15 19 4 2 5 9 4 114 126 144 18 A afectação dos 135 os trabalhadores ao serviço da empresa profissionais por área de actividade foi a seguinte: Suporte Operacional 9% Apoio à Administração 3% Orgão de Apoio 10% O Administrativa e Financeira 10% Distribuição 25% Engenharia 9% Produção 34% 2002 2003 2004 Variação Apoio à Administração 5 4 4 0 Órgãos de Apoio 9 11 14 3 Administrativa e Financeira 11 12 13 1 9 10 12 2 Produção 37 38 46 8 Distribuição 31 32 34 2 Suporte Operacional 12 14 12 -2 114 121 135 14 Engenharia Total 49 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Quanto aos estagios, foram realizados protocolos com entidades externas por forma a conceder os referidos estágios, nomeadamente com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, Profigaia Escola Profissional de Gaia e Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. A afectação dos 9 estagiários, por área de actividade, foi a seguinte: 2002 2003 2004 Órgãos de Apoio Variação 1 1 Administrativa e Financeira 1 -1 Engenharia 2 -2 Produção 2 2 Suporte Operacional Total 2 5 7 5 1 1 9 4 A distribuição dos recursos humanos existentes por categorias profissionais evoluiu da seguinte forma: 2002 2003 2004 Variação Director/a 5 5 5 0 Chefe de Serviços 6 7 7 0 Técnico/a Altamente Especializado Técnico/a Especializado 5 6 7 1 21 20 29 9 Técnico/a Licenciado (Júnior) 7 8 7 -1 Técnico/a não Licenciado 2 8 5 -3 Secretário/a 3 3 3 0 Escriturário/a 8 7 7 0 Telefonista /Recepcionista 1 1 2 1 Motorista 2 2 2 0 Analista 5 5 5 0 Técnico/a de Manutenção 2 2 2 0 Fiel de Armazém 0 1 1 0 43 44 51 7 Servente 2 2 2 0 Estagiário/a 2 5 9 4 114 126 144 18 Operador/a Total A distribuição destes profissionais por níveis de qualificação foi a seguinte: Homens Mulheres Total 6 1 7 Licenciatura 18 22 40 Bacharelato 9 4 13 6 9 15 52 5 57 Mestrado Técnico Profissional Ensino Secundário Complementar Ensino Básico Total 9 3 12 100 44 144 50 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Quanto ao nível etário, verificou-se a seguinte distribuição dos funcionários ao serviço da AdDP: Nível Etário Homens Mulheres Total 18-24 4 4 8 25-29 21 17 38 30-34 28 14 42 35-39 13 5 18 40-44 18 2 20 45-49 7 1 8 50-54 3 1 4 55-59 3 0 3 60-64 1 0 1 65-69 2 0 2 Total 100 44 144 37,42 30,7 34,06 Idade Média Nível Etário Homens 28 Mulheres 21 18 17 14 13 7 5 4 4 3 3 2 2 22-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 1 1 1 50-54 55-59 60-64 65-69 Em 2004, o absentismo atingiu um total de 7 273 horas, representando cerca de 0,028% do tempo potencial de trabalho neste ano, que era de 254 324 horas. 51 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Este total de horas de ausência ficou a dever-se aos seguintes motivos: Ausências ao Trabalho (Horas) Por doença 1 600 Assistência Inadiável 108 Por maternidade / paternidade 2 848 Por outras causas 2 717 Total 7 273 Quanto ao trabalho suplementar este atingiu um total de 6841 horas o que representou cerca de 0,027% do total de horas de trabalho efectuadas em 2004 que foram de 252.944 horas. Trabalho suplementar (Horas) Em dias úteis 3 615 Em dias de descanso complementar e feriados 1 803 Em dias de descanso obrigatório 1 424 Total 6 841 Em matéria de Medicina do Trabalho foi dada continuidade ao contrato com a empresa externa Esumédica, tendo sido realizados os exames referenciados no quadro que se apresenta: Actividade da Medicina do Trabalho Número de Exames Médicos efectuados 295 Exames de Admissão 13 Exames Periódicos 84 Exames ocasionais e complementares 198 Número de visitas efectuadas aos postos de trabalho Despesa com a Medicina de Trabalho (em euros) 2 4 252.42 Acções de Formação e Sensibilização em Matéria de Segurança Número de Acções desenvolvidas 31 Número total de participantes 448 Sendo política da empresa a motivação e qualificação permanente do seu quadro de pessoal e dando seguimento ao seu Plano de Formação, promoveu no ano de 2004 um total de 60 acções de formação com um envolvimento total de 1 051 trabalhadores. N.º Participantes Duração Acções N.º Horas Acções Internas 912 39 1 509 Acções Externas 139 21 1 733 1 051 60 3 242 Total Em 2004 foram gastos 21 743,11€ nas acções de formação. 53 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão A análise económica e financeira que se apresenta, procura resumir os resultados e a situação financeira e patrimonial alcançados pela Águas do Douro e Paiva no ano de 2004, devendo ser lida em conjugação com as demonstrações financeiras do exercício e as respectivas notas anexas. 2002 Resultados Operacionais 2003 2004 131 -825 -850 Resultados Financeiros -3 168 -3 173 -3 494 Resultados Correntes -3 037 -3 998 -4 344 Resultados Extraordinários 5 992 6 228 5 965 Resultados Antes de Impostos 2 954 2 230 1 621 Imposto sobre o Rendimento 1 004 778 540 Resultado Líquido do Exercício 1 950 1 452 1 081 (valores em 103 euros) A Águas do Douro e Paiva concluiu o seu exercício económico de 2004 com o reforço da sua situação económica, tendo obtido um resultado líquido positivo de 1 081 milhares de euros, ficando em linha com o estipulado no contrato de concessão quanto à remuneração do capital. 54 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Quanto aos resultados operacionais, a interpretação do seu comportamento deverá ser complementada com o dos resultados extraordinários, determinados pela rubrica de proveitos extraordinários, onde é relevada a amortização dos subsídios recebidos para apoio ao investimento das infra-estruturas em funcionamento na empresa. Proveitos e Ganhos 2002 Vendas Proveitos Suplementares Outros Proveitos Operacionais Juros e Proveitos Similares Proveitos Extraordinários Total dos Proveitos e Ganhos 2003 2004 Variação Valor % 1 202 4 29 989 30 614 31 816 134 36 43 7 19 10 5 2 -3 -60 114 131 127 -4 -3 6 096 6 437 6 355 -82 -1 36 343 37 223 38 343 1 120 3 (valores em 103 euros) No exercício de 2004 os proveitos totais atingiram os 38 343 milhares de euros, mais 3% (1 120 milhares de euros) do que os obtidos em 2003, em resultado da evolução da venda de água, que atingiu os 31 816 milhares de euros, registando um acréscimo da ordem dos 4% (1 202 milhares de euros) face ao exercício anterior, que se ficou a dever ao efeito conjugado do crescimento dos consumos, que foi da ordem dos 0,6%, e ao incremento de cerca de 3,5% da tarifa média real praticada em 2004 (€ 0,2815), relativamente à praticada em 2003 (€ 0,272). Os Proveitos Extraordinários atingiram o montante de 6 355 milhares de euros e resultaram fundamentalmente da contabilização nesta rubrica dos subsídios ao investimento obtidos e reconhecidos de forma consistente e proporcional com as amortizações das infraestruturas e bens a que se destinaram e, portanto, não incorporadas no preço da água vendida. Custos e Perdas 2002 Custo das Merc. Vend. e Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Custos com o Pessoal Impostos Amortizações e Provisões 2003 2004 Variação Valor % 778 642 597 -45 -7 10 041 10 967 11 846 879 8 3 534 3 817 4 129 312 8 295 381 477 96 25 15 348 15 669 15 646 -23 Outros Custos Operacionais 6 4 16 12 300 Custos e Perdas Financeiros 3 282 3 303 3 621 318 10 105 209 390 181 87 33 389 34 992 36 722 1 730 5 Custos Extraordinários Total dos Custos e Perdas (valores em 103 euros) 55 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão O total dos custos operacionais e perdas, em 2004, atingiram os 36 722 milhares de euros, registando um agravamento da ordem dos 5% (1 730 milhares de euros) relativamente ao exercício de 2003. Este comportamento dos custos operacionais decorreu, no fundamental, dos acréscimos da ordem dos 8% verificados nos custos com os fornecimentos e serviços externos, e dos custos com o pessoal, bem assim como do agravamento de cerca de 10% registado ao nível dos custos e perdas financeiros. Esta última rubrica de custos releva para além dos montantes suportados durante o exercício, com juros e custos similares, num total de 3 616 milhares, bem assim como, a incorporação nas contas da Águas do Douro e Paiva dos resultados líquidos da NETDOURO, que em 2004 foram negativos em cerca de 5 milhares de euros, decorrentes no essencial da amortização dos custos com a constituição da sociedade, uma vez que aquela empresa ainda não iniciou a sua actividade de exploração. Situação Patrimonial e Financeira Imobilizado Líquido Circulante Acréscimos e Diferimentos Total do Activo Capital Próprio Provisões Passivo a Médio e Longo Prazo Passivo a Curto Prazo 2002 2003 2004 250 278 264 020 272 198 25 983 21 000 18 264 5 333 7 913 8 879 281 594 292 933 299 341 23 655 23 872 23 901 346 103 0 53 380 48 096 66 340 53 195 61 879 56 686 Acréscimos e Diferimentos 151 018 158 983 152 414 Total do Capital Próprio e Passivo 281 594 292 933 299 341 (valores em 103 euros) O Activo Líquido da Águas do Douro e Paiva atingiu o montante de 299 341 milhares de euros, evidenciando um incremento de 6 408 milhares de euros relativamente a 31 de Dezembro de 2003. Este crescimento que se situou na ordem dos 2% ficou a dever-se no essencial ao acréscimo de 8 179 milhares de euros obtido ao nível do Imobilizado Líquido e pela redução do Activo Circulante em cerca de 2 736 milhares de euros. Enquanto que o crescimento do Imobilizado em cerca de 3% é indicativo da consolidação do esforço que tem vindo a ser desenvolvido pela Águas do Douro e Paiva ao longo dos nove anos da sua existência, na concepção, construção e beneficiação das infraestruturas que integram o Sistema Multimunicipal, a redução da ordem dos 13%, do Activo Circulante releva o cumprimento dos objectivos visados pela gestão atenta destes activos sendo de realçar a obtenção de um prazo médio de recebimentos de 58 dias. Relativamente ao Activo Circulante é também de realçar que o valor relevado nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2004, está agravado pelo montante de 8 480 milhares de euros relativo aos subsídios comunitários do Fundo de Coesão referentes a investimentos já rea- 56 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão lizados e comprovados, mas pendente de recebimento por se tratar do saldo final da candidatura FC99 que já se encontra em fase de conclusão, sendo portanto, prevista a sua total regularização durante o exercício de 2005. Por outro lado e relativamente ao Imobilizado Líquido são ainda de dar nota os investimentos financeiros incorporados no seu valor, e que no fim do exercício de 2004 atingiram um total de 5 672 milhares de euros, sendo 995 milhares de euros correspondentes ao valor actual da sua participada NETDOURO, e 4 677 milhares de euros relativos ao valor do Fundo de Reconstituição do Capital Social constituído pela Águas do Douro e Paiva, de acordo com o disposto no Contrato de Concessão No entretanto, e malgrado as melhorias decorrentes da gestão dos activos circulantes, e de o autofinanciamento conseguido pela empresa se ter situado na ordem dos 58%, o prolongado esforço de investimento que a empresa tem vindo a levar a efeito, mantém o seu nível de endividamento elevado, tendo as dívidas a terceiros de curto e médio e longo prazo registado um agravamento global de 12 % ( 13 051 milhares de euros) para o que contribuiu de forma significativa o não recebimento, como anteriormente foi referenciado, dos subsídios comunitários registados no Activo Circulante por ser prevista a sua regularização durante o ano de 2005, com encerramento, já em curso, da respectiva candidatura. A este propósito é de sublinhar que no seguimento do processo de reestruturação financeira da empresa iniciado durante o exercício de 2004, mantêm–se as diligências tendentes à contratação de um financiamento a médio e longo prazo, junto do Banco Europeu de Investimentos, através da Águas de Portugal, SGPS, S.A., no montante de 10 milhões de euros a pagar em 20 anos. Para além deste objectivo está ainda a ser avaliada a cobertura de risco das taxas de juro através de contratos de swap. Devemos contudo, dar nota de que o nível de endividamento relevado pela Águas do Douro e Paiva configura uma situação típica do regime das concessões que contemplam a concepção e construção das infra-estruturas que a integram, prevenindo a sua regulamentação os mecanismos necessários à planificação e obtenção dos níveis de rentabilidade tendentes a promover, ao longo dos anos que restam à concessão, o reequilibro económico e financeiro das respectivas concessionárias. Indicadores Liquidez Geral 2002 2003 2004 0,5 0,3 0,3 - 37 781 -51 997 -52 936 73% 72% 72% VAB (milhares de euros) 18 804 18 209 18 433 Meios Libertos (milhares de euros) 11 098 10 441 10 270 EBIT (milhares de euros) 6 122 5 403 5 115 Autofinanciamento (%) 31% 36% 58% Fundo de Maneio (milhares de euros) Endividamento (%) Rentabilidade das Vendas (%) Rentabilidade do Activo ( ROE ) (%) 7 5 3 1,3 0,9 0,6 57 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão A carteira de seguros da Águas do Douro e Paiva cobriu um amplo conjunto de riscos, sendo o nível geral de “security” elevado e abrangendo nomeadamente, no ramo real: multirriscos comerciais e industriais, perdas de exploração, responsabilidade civil de exploração e frota automóvel; e no ramo vida, seguro de doença, vida e acidentes pessoais e acidentes de trabalho. 59 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Durante o ano de 2004 manteve-se o organigrama da empresa, que havia sido ajustado em 2003, e que se revelou adequado: Conselho de Administração Comissão Executiva Sistemas de Informação Qualidade Ambiente e Segurança Assessoria Jurídica Qualidade da Água Comunicação e Imagem Planeamento e Controlo Empresarial Direcção de Engenharia Direcção de Produção Direcção de Distribuição Direcção de Suporte Operacional Direcção Administrativa e Financeira Planeamento Coordenação do Complexo de Captação e Tratamento de Lever Despacho Aprovisionamento Recursos Humanos Sistema Adutor Manutenção Contabilidade Gestão de Projecto Gestão de Obras Sistema de Informação Geográfica Coordenação do Complexo de Captação e Tratamento do Vale do Sousa Coordenação de Laboratórios de Processo Tesouraria Serviços Administrativos A Águas do Douro e Paiva conta, desde o final de 2004, com a disponibilidade do sistema de monitorização e telegestão em grande parte da rede do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água. Esta nova ferramenta permitirá uma nova atitude de gestão, que até agora não era possível, com base na informação on-line que chegará ao centro de despacho da DDI, em Jovim, e aos centros de despachos da DPR, em Lever e Castelo de Paiva. Com este sistema é possível fazer a leitura dos caudalímetros, fazer manobras de válvulas e outros equipamentos nas caixas e efectuar vídeo vigilância em tempo real. Esta informação potenciará a implementação de novos procedimentos de registos, cruzamento e tratamento de dados, e gerando informação útil para as tomadas de decisão de carácter estratégico da empresa, isto é, que resulta em Conhecimento Empresarial. 60 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Como exemplo, referimos o projecto que vem sendo preparado desde 2003 e que durante 2005 será implementado, a Base de Dados Empresarial, depósito principal de toda a informação, que será fonte de dados para as diversas aplicações informáticas em utilização na empresa e onde serão guardados os “outputs” dessas mesmas aplicações. Pretende-se constituir uma base de dados de elevada fiabilidade mas, no entanto, flexível quanto ao acesso e utilização. A base de dados congregará todos os programas existentes na empresa, tendo como finalidade evitar a duplicação de inserção de dados e facilitar uma posterior integração com o ERP. Este objectivo irá continuar durante o ano de 2005. O ano de 2004 foi o ano do arranque do desenvolvimento da aplicação GORA (Gestão Operacional da Rede da Água), que suporta a actividade da Direcção de Distribuição. Uma das aplicações que também interligará com a base de dados empresarial é o SIG (Sistema de Informação Geográfica), onde a informação, geo-referenciada, passará a estar disponível em interfaces gráficos, concebidos especificamente para a Águas do Douro e Paiva. A utilização do sistema operativo Linux já é uma realidade na AdDP, sendo utilizado nos servidores Oracle onde estão instaladas as bases de dados da BDE, da telegestão e do GORA. Também nas telecomunicações o reforço da utilização do Linux é bem patente, já que é neste sistema operativo que, conjuntamente com o programa IPBrick, também em linux, é efectuado o routeamento das comunicações entres os diversos locais da AdDP. A segurança do sistema informático foi neste ano, uma vez mais, uma preocupação dominante, não se tendo verificado nenhum problema causado por vírus ou ataques externos à empresa nos equipamentos informáticos. Para isso foi importante a colocação de um servidor de e-mails no nosso fornecedor de internet dotada de antivírus e software de certificação de passwords. Tem sido preocupação do Órgão de Apoio dos Sistemas de Informação manter disponíveis soluções informáticas e de comunicação capazes de apoiar a actividade de toda a organização, de interligar os diferentes locais operacionais, acompanhar o crescimento da empresa e, simultaneamente, racionalizar os meios. Destacamos, por fim, o arranque de um projecto denominado NETDOURO, resultado da parceria entre a empresa e o seus accionistas e clientes. O projecto consiste em estabelecer uma rede de ligação de todos os municípios accionistas, através da infra-estrutura de fibra óptica, por forma a constituir um WAN, com base num protocolo IP (Internet Protocol), que permitirá disponibilizar uma rede de voz, dados e imagem entre os municípios accionistas. Este projecto permite rentabilizar a rede de fibra óptica e vai ao encontro dos interesses do accionistas, dado que reduzirá substancialmente os custos das telecomunicações, quer de voz, quer de dados, estes últimos em tecnologia de banda larga. Refira-se que o projecto em apreço, cujos princípios foram submetidos à apreciação dos accionistas e mais tarde aprovado em Assembleia Geral, encontra-se na fase de levantamento de dados e de desenho da rede. 62 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão O modelo de gestão da Águas do Douro e Paiva cumpre, desde 2003, com os requisitos de normas reconhecidas internacionalmente, como é o caso da ISO9001, na área da qualidade, da ISO14001, na área do ambiente, e da OHSAS18001, na Segurança. O modelo de processos adoptado representa-se esquematicamente do seguinte modo: P01 › Desenvolver a Visão e Estratégia P02 › Compreender Mercado e os Clientes P03 › Incorporar as necessidades e expectativas dos Clientes P10 › Gestão de Empreendimentos P04 › Produção de Água Tratada P05 › Distribuição de Água Tratada P06 › Facturação ao Cliente P07 › Serviço ao Cliente P09 › Gestão de Recursos P08 › Manutenção P13 › Desenvolver e Gerir Recursos Humanos P14 › Gerir as Tecnologias de Informação P12 › Gerir as Relações Externas P11 › Gestão de Riscos e das Emergências P15 › Gerir Melhorias e Alterações P16 › Gestão de Documentos e Dados P17 › Gestão dos Resíduos Em 2004, a empresa dedicou-se a consolidar o sistema, identificando as possibilidades de melhoria dos seus processos, para o qual muito contribuiram os resultados das auditorias internas. A manutenção do esforço de melhoria do desempenho permitiu, na segunda auditoria externa, realizada ao Sistema de Gestão Integrado da Qualidade, Ambiente e Segurança, verificar as condições necessárias à manutenção da Certificação do Sistema na Águas do Douro e Paiva. Alguns números atestam bem a dimensão do trabalho desenvolvido durante 2004: › realizaram-se 19 auditorias planeadas e 2 não planeadas; › identificaram-se cerca de 160 Não Conformidades para as quais foram definidas acções correctivas e cerca de 60 Acções de Melhoria; › mais de 2000 ocorrências registadas (não conformidades, pedidos de acções correctivas, preventivas ou de melhoria). No que concerne à qualidade e estrutura geral do sistema, foram identificadas e realizadas várias melhorias das quais se destacam as levadas a cabo no processo de gestão da manutenção onde se procedeu a uma reformulação profunda do processo, tornando-o mais eficaz e eficiente. 63 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Em relação à análise dos aspectos riscos de ambiente e segurança, destaca-se o facto de terem sido visitadas por técnicos especializados todas as instalações da empresa, incluindo as instalações que recentemente entraram em funcionamento, tendo verificado o modo como foram realizadas as correcções previamente definidas e ainda identificaram 300 novas acções de correcção que é necessário implementar. Foi assim cumprido o objectivo programado para 2004 de realizar o levantamento anual de ambiente e segurança, para o qual contribuiu o reforço dos quadros da empresa com um técnico de higiene e segurança. Ainda no âmbito da segurança, registamos o facto de terem sido realizados 3 exercícios simulados de acidentes (um incêndio na sede, uma ameaça de bomba em Lever e de derrame de agentes químicos na recentemente reabilitada ETA do Ferreira), e promovidas várias acções de formação e sensibilização nas questões de ambiente e segurança junto dos colaboradores e prestadores de serviços externos. Como principal indicador dos resultados desta política de actuação está o facto de ter sido reduzido a zero os acidentes com baixa durante todo 2004, o que nos apraz registar. Com o processo de certificação acentuam-se as responsabilidades ambientais e sociais da AdDP e a obrigação de comunicar com a comunidade. Acompanha o presente relatório de actividades de 2004, o Relatório de Ambiente e Segurança que, embora seja parte integrante do primeiro, é apresentado de forma autónoma. Recorrendo ao conjunto de indicadores que possam espelhar a melhoria do desempenho da empresa, consideramos de particular relevância o aumento registado na satisfação dos nossos clientes: - o índice de satisfação dos Clientes passou de 85,3 %, relativo ao ano de 2002, para 88,3%, em 2003, o que reflecte a manutenção dos elevados padrões da qualidade da água e do serviço prestado. Por tudo o que referimos, no âmbito do sistema de gestão empresarial adoptado, que integra a qualidade, o ambiente e a segurança, a Águas do Douro e Paiva assume claramente a liderança no sector da água em Portugal. 65 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão A Investigação & Desenvolvimento Tecnológico adquire, no âmbito da actividade da Águas do Douro e Paiva uma importância determinante, dado que é necessário garantir uma permanente actualização dos conhecimentos técnicos da empresa. Para isso, a Águas do Douro e Paiva tem vindo a estabelecer diversas parcerias com a comunidade cientifica nacional, no sentido de concretizar o Plano de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT) previamente definido pelo Conselho de Administração. Com este Plano pretende-se investigar temas de interesse relevante para a empresa e cujos resultados tenham grande probabilidade de serem incorporados na actividade operacional. Nos últimos anos, a empresa tem privilegiado, fundamentalmente, os temas relacionados com a qualidade da água, não apenas no que se refere à água tratada, mas também à água em processo e, inclusivamente, à água bruta das origens do sistema multimunicipal. Durante 2004 a empresa deu continuidade a 18 projectos de investigação que, genericamente, estão relacionados com os seguintes temas: › Identificação e quantificação de subprodutos de Desinfecção; › Avaliação da qualidade da água dos rios onde a AdDP possui captações; › Alternativas de gestão de lamas; › Optimização dos processos de tratamento; › Efeito dos Biofilmes na qualidade da água. Mais de 80% dos projectos de I&D concluídos em 2004 permitiram incorporar as suas conclusões como melhoria da actividade da empresa, provando que este é um caminho eficaz para garantir uma actualização constante dos conhecimentos técnicos na organização. Com resultados particularmente positivos, há a destacar o projecto de estudo de alternativas para as lamas da ETA de Lever. Neste projecto, desenvolvido em parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), foi possível concluir que as lamas produzidas na ETA de Lever poderão ser utilizadas no processo de fabrico de tijolo e telha, sem desvirtuar as características destes materiais de construção substituindo-se, assim, o seu actual destino - aterro sanitário. A Águas do Douro e Paiva já iniciou contactos com uma empresa que se mostrou disponível para a recepção da totalidade da produção anual de lamas da ETA de Lever, encontrando-se, neste momento, a aguardar autorização do Instituto de Resíduos para a realização de testes a nível industrial. Em 2004, a produção de lama na ETA de Lever foi de cerca de 3500 toneladas. No entanto, com a finalização, prevista para 2006, da interligação dos poços da captação à ETA, a produção de lamas será quase nula, durante grande parte do ano, com óbvias vantagens em termos ambientais e económicos. 67 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Em 2004 a Águas do Douro e Paiva (AdDP) desenvolveu um conjunto de actividades de promoção dos valores ambientais, sobretudo os mais directamente relacionados com a gestão sustentável dos recursos hídricos, tendo as crianças e os adolescentes como público-alvo preferencial. Para que a sua acção tivesse maior amplitude, a empresa procurou, sempre que possível, articular esforços com outras entidades públicas e privadas, nomeadamente com accionistas, organismos estatais da área do ambiente e associações não governamentais. Entre as acções de sensibilização ambiental dos mais jovens, merece uma referência especial a comemoração do Dia Mundial da Água, a 22 de Março. Neste âmbito, a AdDP apoiou a iniciativa «Cristalina a gota d’água», um espectáculo musical interpretado pelo grupo coral infantil Pequenos Cantores da Maia, no Auditório do Fórum da Maia, perante 900 espectadores. A AdDP promoveu mais 18 representações desta peça de teatro em 16 municípios accionistas da empresa, em que assistiram perto de 6 000 pessoas, na sua esmagadora maioria alunos do ensino básico e secundário. Refira-se ainda que as canções do espectáculo foram gravadas em CD, acompanhado de livro, tendo sido distribuídos pelos estabelecimentos de ensino básico de área geográfica de intervenção da AdDP. A Águas do Douro e Paiva estabeleceu uma parceria com a Fundação de Serralves para a publicação do “Guia de Percursos no Parque”, que visou informar e sensibilizar os visitantes para os principais interesses ambientais do Parque, relacionados com a flora, fauna, ecologia e a relação Homem-Natureza. Noutra vertente da estratégia de comunicação a AdDP procurou colaborar com os órgãos de Comunicação Social, apoiando o trabalho jornalístico, designadamente através de notas informativas, dossiês de imprensa e divulgação de textos institucionais. Um dos momentos marcantes de comunicação empresarial foi a cerimónia de inauguração da unidade de pré-tratamento de água e o laboratório de processo localizados na ETA de Lever, em Vila Nova de Gaia, em 07 de Maio, com significativo impacto mediático. O boletim informativo, com duas edições em 2004, continua a ser o principal instrumento de comunicação interna da AdDP junto de colaboradores, parceiros e accionistas. No capítulo da comunicação externa, há a registar a constante actualização e verificação dos conteúdos da página da AdDP no sítio da Internet. Entre as actividades de relações públicas desenvolvidas em 2004, importa realçar, uma vez mais este ano, a organização, recepção e acompanhamento de visitas de estudo às infra-estruturas da AdDP. Realizaram-se: - 32 visitas à Estação de Tratamento de Água (ETA) de Lever, envolvendo 1 061 pessoas; - 1 à ETA do Ferro, com 17 participantes; - e 1 outra à ETA de Castelo de Paiva, com 106 participantes. Foram ao todo 1 184 alunos e professores do 2º ciclo e dos ensinos secundário e superior que visitaram as nossas infra-estruturas, o que se explica pelo elevado interesse pedagógico e científico destes complexos. De sublinhar que, em Março, aconteceu uma visita inédita e de grande significado para a Águas do Douro e Paiva. Uma escola estrangeira, neste caso, austríaca, Don Bosco Gymnasium, de 68 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão Viena, visitou a ETA de Lever, no âmbito do Programa Socrates (programa de cooperação no domínio da Educação desenvolvido pela União Europeia). A empresa esteve presente em dois importantes certames empresariais do Grande Porto e Vale do Sousa: na EXPONOR, de 14 a 18 de Abril, onde se realizou a Feira Portugal Ambiente 2004. Mais uma vez o Grupo Águas de Portugal esteve presente com um stand, tendo sido produzidos painéis específicos para a empresa. A AdDP esteve, igualmente, representada na Feira das Colheitas 2004 – XI Exposição das Actividades Económicas, que teve lugar em Arouca, entre 23 e 26 de Setembro, com um stand informativo por onde passaram mais de 13 500 e 7 000 visitantes, respectivamente. Verificou-se o apoio da AdDP à edição de uma colecção de 12 livros sobre a temática da água, no âmbito de uma iniciativa da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira "Projectos Educativos sobre a Água a desenvolver no ano lectivo 2003/2004". Neste projecto estiveram envolvidas directamente 11 Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, 254 alunos, professores e técnicos do Pelouro da Educação da Câmara Municipal. O livro tem como alvo os 5 000 alunos das 78 escolas EB1 do Concelho de Santa Maria da Feira. Em 2004 a AdDP adjudicou ainda a elaboração de uma outra publicação que visa assinalar o 10º aniversário da empresa, da autoria de Jorge Fernandes Alves. Prevê-se a edição da referida obra durante o 1º semestre de 2005. Interessa por último referir, entre as actividades desenvolvidas em 2004, o lançamento do "Programa Integrado de Educação Ambiental - A Água e os Nossos Rios". Esta iniciativa da AdDP visa reforçar as competências pedagógicas e científicas dos professores do 1º ciclo do ensino básico na área dos recursos hídricos, de forma a que estes estejam melhor preparados para desenvolver nas escolas acções de sensibilização para a importância vital da água. O programa foi concebido com os seguintes objectivos: - prestar um serviço integrado de comunicação aos municípios accionistas da AdDP; - dar a conhecer a Águas do Douro e Paiva e as suas actividades; - informar a população acerca dos processos utilizados pela AdDP para uma melhoria dos serviços prestados; - sensibilizar a população para a adopção de boas práticas relacionadas com a temática da água e com a exploração do conceito “Água” tendo como suporte as novas tecnologias; - promover os principais valores da ecologia e da relação com a Natureza; - e, ainda, envolver a população e a comunidade onde a AdDP se insere. O programa inicial foi projectado para o ano lectivo 2004/2005 tendo sido efectuado um concurso “O Futuro da Água e dos Nossos Rios Está nas Tuas Mãos” para cerca de 1 000 alunos do 1º ciclo do ensino básico da área de intervenção da AdDP, no sentido de ser desencadeado um processo de selecção das 6 escolas piloto. Neste evento a AdDP assumiu o compromisso público da sua contribuição, como promotor pioneiro, para a implementação do “Programa Escolar da Agenda 21 Local” nos 18 municípios accionistas, durante o período em que decorrerão as acções enunciadas. 70 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Gestão A Águas do Douro e Paiva orienta a sua estratégia de actuação no ano 2005 para a concretização dos objectivos e metas estabelecidas no Plano de Actividades e Financeiro Plurianual referente ao quinquénio 2005 – 2009. Genericamente, trata-se de dar continuidade ao cumprimento das obrigações decorrentes do Contrato de Concessão e, simultaneamente, dar continuidade ao modelo de gestão integrado da qualidade, ambiente e segurança adoptado pela empresa. Como vimos no presente relatório, no ano 2004 concretizaram-se as principais linhas de adução do Sistema Multimunicipal de Abastecimento. Em 2005, os investimentos serão orientados para a melhoria do desempenho global do sistema, no que toca à sua operacionalidade e fiabilidade. Nesta nova ordem, enquadra-se a decisão do Conselho de Administração de alterar o sentido do processo da Origem Alternativa ao Douro, através da concretização de linhas de adução que interligam o sistema do Grande Porto ao sistema da zona Norte do Grande Porto, com origem no rio Cávado, e viabilizar as origens vizinhas, o rio Paiva e rio Sousa, com a ligação entre os Subsistemas do Vale do Sousa e de Lever. Estes investimentos serão acompanhados pela obra de Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever, que se destina a construir as infra-estruturas que permitirão que a água proveniente dos poços de Lever seja conduzida para a etapa de pré-tratamento. Esta possibilidade permite aumentar significativamente a flexibilidade e a segurança operacional do Complexo do Lever e diminuir fortemente o volume de lamas. O sistema de adução associado a Lever será alvo de um conjunto alargado de melhorias, nomeadamente a reabilitação da conduta de ligação dos Reservatórios de Jovim e de Nova Sintra, a duplicação da Conduta Seixo Alvo – Portela e a construção de um Reservatório em Vergada. No sistema de abastecimento do Vale do Sousa, fazemos referência à conclusão da extensão do Sistema Multimunicipal às freguesias de Pedorido e Raiva (Castelo de Paiva) e à construção de uma nova célula no reservatório da ETA de Castelo de Paiva. As áreas operacionais de Produção e Distribuição passaram a ter disponível, a partir do final de 2004, o sistema de monitorização e telegestão em, praticamente, toda a rede de adução, confluindo no Centro de Despacho de Lever a informação “on line” que permitirá que a rede de abastecimento seja operada de uma forma eficaz e optimizada, com o menor valor de encargos globais de produção e distribuição. Durante 2005 serão construídas as infra-estruturas de telecomunicações no troço da Circunvalação, Duas Igrejas – Sameiro e Santa Maria da Feira, dotando a totalidade da rede de infra-estruturas de telegestão. Concretizado que está o objectivo estratégico de implementar um Sistema de Gestão integrado da Qualidade, Segurança e Ambiente, afigura-se importante atingir novos patamares de qualidade, nomeadamente através de um modelo de gestão que passe pelo conceito de Qualidade Total, objectivo a concretizar até 2007. 71 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Estes novos patamares de qualidade obrigarão a empresa a estruturar-se e a criar ferramentas, como o sistema, único e integrado, de informação, permanentemente actualizado, que permita alimentar interfaces que auxiliem a tomada de decisão em tempo cada vez mais oportuno. Por outro lado, a partir de 2005, o controlo do processo produtivo de água passará a ser baseado num sistema preventivo de garantia da segurança dos géneros alimentícios - Hazard Analysis Critical Control Point (Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo), o que significará um acréscimo da garantia de qualidade da água produzida. Em 2005 a empresa passará a ter acreditados os seus laboratórios de processo para 75% das análises que realiza. As actividades previstas para o ano 2005 contribuirão, certamente, para melhorar o serviço prestado aos Municípios Accionistas, oferecendo um produto de alta qualidade, e respondendo às necessidades da população. A Empresa seguirá, no entanto, uma política apertada de controlo de custos e utilização racional dos recursos, garantido que o valor das tarifas praticadas se mantêm em níveis socialmente aceitáveis, mas, simultaneamente, correspondendo à expectativa dos accionistas, garantindo a consolidação económica da empresa e a valorização dos seus activos. 73 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Nos termos do disposto no N.º2 do art. 26º dos Estatutos da Sociedade constantes do Anexo ao Decreto-lei n.º116/95 de 29 de Maio, propõe este Conselho de Administração que o Resultado Líquido do Exercício positivo de € 1 080 841,25 tenha a seguinte aplicação: › € 54 042,06 para Reserva Legal; › € 1 010 964,94 para distribuição de Dividendos aos Accionistas; › € 15 834,25 para Reservas Livres. Em cumprimento das disposições legais vigentes, informa-se que não se encontram em mora quaisquer dívidas ao Sector Público Estatal. rio Douro 75 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Por fim, o Conselho de Administração, reconhecendo o contributo e apoio que tem recebido de forma directa ou indirecta, na prossecução dos objectivos da Águas do Douro e Paiva agradece: Ao Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, o apoio e empenho demonstrados; À Águas de Portugal, SGPS, SA, pelo seu acompanhamento permanente e por saber aproveitar as sinergias inerentes, colaborando na realização deste projecto de interesse comum; Aos Municípios sócios e únicos clientes da empresa, primeiros destinatários e verdadeiros parceiros deste projecto; Aos Órgãos da empresa, que mostraram cooperação no exercício das suas competências; A todos os funcionários da empresa que, com a sua elevada dedicação, mais uma vez tornaram possível a concretização dos objectivos definidos Porto, 26 de Janeiro de 2005 O Conselho de Administração, Joaquim Manuel Veloso Poças Martins · Presidente Arménio da Assunção Pereira · Administrador José Paulo Mendonça Silva Carvalho · Administrador Orlando de Barros Gaspar · Administrador Fernando Paulo Ribeiro de Sousa · Administrador 77 Relatório e Contas 2004 Relatório de Gestão Em cumprimento do disposto no n.º 5 do at.º 447 do Código das Sociedades Comerciais, informamos que os membros dos orgãos de administração e de fiscalização não tem acções da sociedade. Dando cumprimento ao disposto no n.º 4 do art.º 448 do Código das Sociedades Comerciais, informamos que na data do encerramento do exercício social detinham uma participação igual ou superior a 10% os seguintes accionistas: Accionista AdP-Águas de Portugal SGPS, S.A. Município do Porto Quantidades de Acções Capital Social (%) 1 979 055 51,00 556 244 14,33 80 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 Balanço em: 31 de Dezembro de 2004 e 2003 2004 Código das Contas 2003 AB AP AL AL 803 297 72 853 0 0 0 0 876 150 803 297 24 284 0 0 0 0 827 581 0 48 569 0 0 0 0 48 569 0 0 0 0 0 0 0 699 003 498 221 817 429 146 389 273 475 1 109 114 15 117 945 39 015 260 729 382 96 461 741 476 443 681 0 0 57 253 319 4 114 585 62 113 058 151 409 238 360 839 37 356 502 953 215 465 47 678 389 45 273 266 477 156 4 253 747 63 082 022 157 118 291 383 158 53 286 507 061 237 403 32 790 718 1 617 954 260 043 640 995 167 0 0 0 4 676 974 0 0 0 5 672 141 0 0 0 0 0 0 0 0 0 995 167 0 0 0 4 676 974 0 0 0 5 672 141 0 0 0 0 3 975 758 0 0 0 3 975 758 330 278 766 58 080 900 272 197 866 264 019 398 Activo Imobilizado 431 432 433 434 441/6 449 Imobilizações incorpóreas Despesas de instalação Despes. invest. e desenvolvimento Propried. indust. e out. direitos Trespasses Imobilizações em curso Adiant. p. conta imobiliz. incorp. 421 422 423 424 425 426 429 441/6 448 Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais Edifícios e out. construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobiliz. corpóreas Imobilizado em curso Adiantamento conta imob. corp. 4111 4121+4131 4112 4122+4132 413+415 4123+4133 441/6 447 Investimentos financeiros Partes capital em emp. grupo Emprést. a empresas do grupo Partes capital em emp. associadas Emprést. a empresas assoc. Títulos e outras aplicaç. financeiras Outros emprést. concedidos Imobilizações em curso Adiantam. conta inv. financeiros Total Activo Imobilizado 5 77 190 1 223 231 424 090 133 1 244 659 47 678 45 323 730 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração 81 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 Balanço em: 31 de Dezembro de 2004 e 2003 2004 AB Código das Contas 2003 AP AL AL Activo Circulante 36 35 34 33 32 37 Existências Matérias-prim., subs. e consumo Produtos e trab. em curso Subp., desperd., resíd. e refugos Produt. acabados e intermédios Mercadorias Adiant. p. conta de compras Dívidas terc - méd longo prazo 211 212 218 252 253+254 221+228 229 2619 24 262/6/7/8 264 Dívidas de terc - curto prazo Clientes c/c Clientes - títulos a receber Clientes de cobrança duvidosa Empresas do grupo Outros accionistas (sócios) Fornecedores Adiantamentos a fornecedores Adiantam. forneced. imobilizado Estado e outros entes públicos Outros devedores Subscritores de capital 1511 1521 1512 1522 1513+1523+153/9 18 Títulos negociáveis: Acções empresas grupo Obrig. títul. partic. empres. grupo Acções em empresas associadas Obrig., títul. partic. empres. associadas Outros títulos negociáveis Outras aplicações de tesouraria 12+13+14 11 Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários Caixa 271 272 Acréscimos e diferimentos Acréscimos de proveitos Custos diferidos Total de Amortizações 484 661 0 0 0 0 0 484 661 0 484 661 0 0 0 0 0 484 661 360 043 0 0 0 0 0 360 043 0 0 5 306 784 0 0 0 0 0 0 0 1 742 078 9 223 384 0 16 272 246 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 306 784 0 0 0 0 0 0 0 1 742 078 9 223 384 0 16 272 246 6 226 278 0 0 0 0 0 0 0 4 576 540 9 584 096 0 20 386 914 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 256 644 1 250 802 1 507 446 0 0 0 256 644 1 250 802 1 507 446 146 392 106 996 253 388 3 848 637 5 030 498 8 879 135 0 0 0 3 848 637 5 030 498 8 879 135 3 471 258 4 442 215 7 913 473 0 58 080 900 0 0 299 341 354 292 933 216 Total de Provisões Total do Activo 0 0 0 0 0 0 0 0 357 422 254 58 080 900 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração 82 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 Balanço em: 31 de Dezembro de 2004 e 2003 Exercícios 2004 Código das Contas 51 521 522 53 54 55 56 571 572 573 574 a 579 59 88 89 Capital Próprio e Passivo Capital próprio Capital Acções(quotas)próp.- valor nominal Acções próp.-descontos e prémios Prestações suplementares Prémios emissão de acções(quotas) Ajustamentos em partes capit. filiais e assoc. Reservas de reavaliação Reservas: Reservas legais Reservas estatutárias Reservas contratuais Outras reservas Resultados transitados Sub - Total Resultado líquido exercício Dividendos antecipados Total Capital Próprio 291 292 293/8 Provisões p. riscos encargos Provisões para pensões Provisões para impostos Outras provisões para riscos e encargos 231+12 2611 265 Dívidas a terceiros - méd. e longo prazo Dívidas a instituições de crédito Forn. imobilizado c/c Outros credores 2321 2322 233 231+12 269 221 228 222 2612 252 253+254 251+255 219 239 2611 24 262+263+264+265+ 265+267+267+211 273 274 Dívidas a terceiros - curto prazo Empréstimos por obrigações Convertíveis Não convertíveis Empréstimos por títulos de participação Dívidas a instituições de crédito Adiantamentos por conta de vendas Fornecedores c/c Fornecedores - fact. recepç. e conferência Fornecedores - títulos a pagar Forn. imobilizado-títulos a pagar Empresas do grupo Empresas participadas e participantes Outros accionistas Adiantamentos de clientes Outros empréstimos obtidos Forn. imobilizado c/c Estado e out. entes públicos Outros credores Acréscimos e diferimentos Acréscimos de custos Proveitos diferidos Total do Passivo Total Capital Próp. e Passivo O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo 2003 O Conselho de Administração 19 402 500 0 0 0 0 0 0 0 638 435 0 0 2 779 669 0 22 820 604 1 080 841 0 23 901 445 19 402 500 0 0 0 0 0 0 0 565 818 0 0 2 451 772 0 22 420 090 1 452 336 0 23 872 426 0 0 0 0 0 0 102 813 102 813 65 223 283 716 230 400 000 66 339 513 47 295 324 800 903 0 0 0 47 543 390 0 1 348 903 0 0 0 0 0 0 0 0 7 209 547 257 194 327 290 56 686 324 0 0 0 48 528 214 0 2 122 820 23 392 636 129 021 436 152 414 072 19 031 997 139 951 189 158 983 186 275 439 909 269 060 790 299 341 354 292 933 216 48 096 227 11 097 127 2 61 878 0 0 0 0 0 0 0 494 460 576 564 (valores em euros) 83 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 Demonstração dos Resultados por Natureza para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2004 E 2003 2004 Código das Contas 61 62 641+642 643+644 645/8 66 67 63 65 682 683+684 681 69 86 88 71 72 75 73 74 76 782 784 79 2003 Custos e Perdas Custo das mercadorias vend. e consumidas Mercadorias Matérias Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Remunerações Encargos sociais: Pensões Outros Amortizações imob.corp.e incorp. Provisões Impostos Outros custos e perdas operacionais (A) .............................… Perdas em empr. grupo e assoc. Amortiz. e prov. aplic.e invest.financeiros Juros e custos similares: Relativos a empresas do grupo Outros (C).............................… Custos e perdas extraordinárias (E)..............................… Imposto sobre o rendimento do exercício (G)..............................… Resultado líquido do exercício Proveitos e Ganhos Vendas: Mercadorias Produtos Prestação de serviços Variação da produção Trabalhos para a própria empresa Proveitos suplementares Subsídios à exploração Outros proveit. e ganhos operacionais (B)...........................… Ganhos em empresas do grupo e assoc. Rendimentos de partic. capital Rendim.títul.negociáv.e out.aplic.financ. Relativos a empresas do grupo Outros Outros juros e proveitos similares: Relativos a empresas do grupo Outros (D)...........................… Proveitos e ganhos extraordinários (F)..........................…. Resumo: Resultados operacionais: (B)-(A)=....................................… Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)=................................… Resultados correntes: (D)-(C)=.......................................… Resultados antes de impostos: (F)-(E)=.............................… Resultado líquido do exercício: (F)-(G)=.............................… 596 868 596 868 11 845 636 641 683 3 429 920 699 059 15 646 025 3 117 584 4 128 979 699 651 15 668 925 15 646 025 476 862 16 633 641 683 10 967 138 3 817 235 15 668 925 381 443 4 008 493 495 32 711 003 385 451 31 480 432 4 833 3 616 416 3 621 249 36 332 252 389 613 36 721 865 540 230 37 262 095 1 080 841 38 342 936 31 815 770 3 303 311 30 613 717 31 815 770 1 529 43 267 378 30 613 717 36 413 5 129 45 174 31 860 944 127 413 3 303 311 34 783 743 208 877 34 992 620 778 000 35 770 620 1 452 336 37 222 956 127 413 31 988 357 6 354 579 38 342 936 -850 -3 493 -4 343 1 621 1 080 059 836 895 071 841 41 542 30 655 259 130 501 130 501 30 785 760 6 437 196 37 222 956 -825 -3 172 -3 997 2 230 1 452 173 810 983 336 336 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração 84 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 Demonstração de Resultados por Funções para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 2004 2003 Venda e prestações de serviços Custo das vendas e das prestações de serviços 31 815 770 19 788 989 30 613 717 18 960 374 Resultados Brutos Outros proveitos e ganhos operacionais Custos administrativos Outros custos e perdas operacionais 12 026 45 3 897 3 059 11 653 41 3 407 2 884 Resultados Operacionais Custo liquido de financiamento 5 114 907 -3 493 836 5 403 146 -3 172 810 Resultados correntes Impostos sobre os resultados correntes 1 621 071 540 230 2 230 336 778 000 Resultados correntes após impostos Resultados liquidos Resultados por acção 1 080 841 1 080 841 0.28 1 452 336 1 452 336 0.37 781 174 620 427 343 542 630 109 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração 85 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 2004 Actividades Operacionais Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao Pessoal 2003 34 361 595 -14 978 572 -2 516 810 31 335 295 -16 464 751 -2 202 801 Fluxo gerado pelas operações Pagamento/recebimento do imposto s/ o rendimento Outros recebimentos/pagamentos relativos à activ. operacional 16 866 213 -1 240 184 -1 820 702 12 667 743 -1 800 833 -1 639 972 Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias Recebimentos relacionados c/ rubricas extraord. Pagamentos relacionados c/ rubricas extraord. 13 805 327 9 226 938 73 263 -18 968 Fluxos das actividades operacionais 13 878 590 9 207 970 11 927 273 62 267 9 823 625 4 800 654 5 996 900 51 733 4 597 625 5 869 223 65 094 -12 928 489 -7 374 616 -10 524 841 -3 618 602 -22 661 822 -30 210 513 -24 926 753 -19 197 735 14 194 917 14 517 509 -189 392 -3 255 965 -949 636 -245 920 -109 444 -3 113 041 -1 245 754 -115 515 9 554 004 9 933 755 -1 494 160 -56 010 -45 215 -1 539 375 10 795 -45 215 Actividades de Investimento Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Reembolsos de adiantamentos a fornecedores Reembolsos de IVA Subsídios de investimento Juros e proveitos similares Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Não afecto fundo coesão Afecto fundo coesão Imobilizado em curso Imobilizações incorpóreas Outros não especificados Fluxo das actividades de investimento Actividades de Financiamento Pagamentos/recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Subsidios e doações Realização de capital social Amortização de contratos de locação financeira Juros e custos similares Dividendos Outros não especificados Fluxo das actividades de financiamento Variações de caixa e seus equivalentes Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração 86 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida na (Montantes expressos em euros) Directriz Contabilística 14. As notas não incluídas neste Anexo, não são aplicáveis ou significativas para a leitura da Demonstração dos Fluxos de Caixa. Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2004 2. Componentes da Caixa e seus Equivalentes Descrição Numerário Outros Valores (a) 2004 2003 1 745 1 745 1 249 057 105 250 256 644 206 095 -3 046 821 -358 305 - - -1 539 375 -45 215 Dep Bancários imediatamente Mobilizáveis Equivalentes e caixa Caixa e seus equivalentes (b) Outras disponibilidades Total (a) Este valor refere-se a um conjunto de cheques em carteira, decorrentes de pagamentos efectuados pelos nossos clientes no final do ano e portanto ainda não depositados. (b) Montante correspondente aos pagamentos efectuados a fornecedores de imobilizado, ocorridos no final do ano e ainda não compensados na respectiva conta caucionada. Este valor refere-se a um conjunto de cheques em carteira, decorrentes de pagamentos efectuados pelos nossos clientes no final do ano e portanto ainda não depositados. Montante correspondente aos pagamentos efectuados a fornecedores de imobilizado, ocorridos no final do ano e ainda não compensados na respectiva conta caucionada. 3. Actividades Financeiras não Monetárias A 31 de Dezembro de 2004 a empresa dispõe de um crédito bancário sob a forma de conta caucionada não sacado no montante de 17.431.217 euros. 87 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial (Montantes expressos em euros) definida no Plano Oficial de Contabilidade, (P.O.C.). As notas não incluídas neste Anexo não são, aplicáveis ou significativas para a leitura das Demonstrações Financeiras. Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2004 Apenas tiveram aplicação os seguintes pontos: 0. Actividades e princípios contabilísticos a) Actividade A sociedade foi constituída pelo Dec. Lei nº 116/95 de 29 de Maio e tem como objecto exclusivo a exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Captação, Tratamento e Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto. Para a concretização do objecto social foi atribuída uma concessão à sociedade pelo Estado português, em regime de exclusividade por um prazo de 30 anos na qual são estabelecidas as regras para a concepção, construção e exploração do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água. A referida concessão estabelece os critérios de fixação e aprovação das tarifas, a praticar pela Sociedade em cada ano, de modo a garantir um adequado equilíbrio financeiro da concessão, obedecendo aos seguintes critérios: a) Assegurar, dentro do período da concessão, a amortização do montante efectivo do investimento inicial a cargo da concessionária, deduzido das comparticipações e subsídios a fundo perdido; b) Assegurar o bom funcionamento, conservação e segurança de todos os bens afectos à concessão, bem como a substituição prevista desses bens; c) Atender ao nível de custos necessários para uma gestão eficiente do sistema de existência de receitas não provenientes da tarifa; d) Assegurar o pagamento dos encargos de funcionamento do Instituto Regulador de Águas e Resíduos a suportar pela concessionária, bem como assegurar uma adequada remuneração dos capitais próprios da concessionária. No cálculo da tarifa está estabelecido que a margem anual necessária à remuneração adequada dos capitais próprios é devida desde a data de realização do capital. b) Princípios contabilísticos As demonstrações financeiras da sociedade, que compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004, a Demonstração dos Resultados, por natureza e por funções, e a Demonstração dos Fluxos de Caixa, para o exercício findo naquela data foram preparados na base da convenção dos custos históricos e da continuidade das operações da sociedade em conformidade com os princípios contabilísticos de 88 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 prudência, especialização do exercício, consistência, substância sobre a forma e materialidade. 3. Principais critérios valorimétricos a) Existências As existências são valorizadas ao menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado. O critério de movimentação das saídas é o do custo médio. b) Investimentos financeiros Fundo de Reconstituição do Capital Social Nos termos do disposto na cláusula 17ª do Contrato de Concessão, a Águas de Douro e Paiva, S.A., encontra-se obrigada a entregar em cada ano o montante correspondente à anuidade de amortização do Capital Social, para a criação de um Fundo de Reconstituição do Capital, que será gerido pela concessionária a qual terá direito ao mesmo, no termo do contrato. Fundo de Renovação Nos termos do disposto na cláusula 12ª do Contrato de Concessão, a Águas do Douro e Paiva, S.A., constituiu um Fundo de Renovação destinado à realização de despesas futuras em renovação de bens substituíveis e em investimentos de expansão da concessão, que se preveja serem de realização certa nos anos que restam do período de concessão. c) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente pelas despesas com a constituição e a organização da sociedade, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes num período de três anos. d) Imobilizações corpóreas propriedade da empresa As imobilizações corpóreas são contabilisticamente relevadas pelo seu valor de custo de aquisição. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, de forma a recuperar os imobilizados no período de vida útil estimada, de acordo com as taxas máximas do Decreto Regulamentar n.º 2/90 de 12/01. Período de vidas úteis: Bens reversíveis Anos de Vida Útil Terrenos e Recursos Naturais 24 - 28 Edifícios e Outras Construções 24 - 28 Equipamento Básico 24 - 28 89 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 Bens não reversíveis Anos de Vida Útil Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios 8 - 20 4 4-8 Equipamento Administrativo 4 - 10 Outras Imobilizações Corpóreas 3 - 20 e) Imobilizações corpóreas afectas à concessão No caso dos bens reversíveis nos termos das cláusulas do Contrato de Concessão, que integram o seu estabelecimento e os imóveis, estes são amortizados no período de concessão incluindo os custos estimados de reposição dos bens de substituição, de acordo com o art.º 13º do Decreto Regulamentar n.º 2/90 de 12/01 e a Directriz Contabilística n.º 4. A manutenção e reparação destes imobilizados é da responsabilidade da empresa durante o período de vida do contrato de concessão, sendo contabilizadas em resultados no exercício em que ocorrem. f) Subsídios ao Investimento É política da empresa desde que o investimento esteja realizado registar os subsídios e comparticipações respectivos em proveitos diferidos e reconhecidos em proveitos extraordinários de forma consistente e proporcional com as amortizações dos bens a que se destinaram. g) Acréscimos e diferimentos: Em cumprimento do estipulado nos contratos de concessão, e sempre que aplicável, é registada a quota parte anual dos custos estimados para fazer face a despesas futuras em renovação de bens substituíveis e em investimentos de expansão da concessão, que se preveja serem de realização certa nos anos que restam do período de concessão. h) Formação do rédito São considerados na formação do rédito, as receitas decorrentes da facturação a clientes bem como os ajustes por estimativa, dos fornecimentos e serviços de água ainda não facturados. i) Imposto sobre o rendimento Os impostos correntes e diferidos são contabilizados no período a que respeitam, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade n.º 12. j) Doações De acordo com a Directriz Contabilística n.º 2 as doações efectuadas à empresa são valorizadas pelo justo valor e registadas em Capitais Próprios. 90 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 k) Provisões A sociedade tem como critério constituir provisão somente quando existir uma obrigação presente resultante de um acontecimento passado, e sempre que seja provável que uma diminuição, razoavelmente estimada, de recursos incorporando benefícios económicos futuros será exigido para liquidar a obrigação. l) Gestão de riscos financeiros A exposição da sociedade a riscos financeiros não é significativa e inclui principalmente variações de taxas de juro. m) Risco de crédito O principal risco de crédito deve-se ao facto da sociedade ter concentrado em 3 clientes um volume de vendas de 66% relativamente ao valor total. Estão definidas a nível do Contrato de Concessão e dos Contratos de Fornecimento com os Municípios políticas de corte a adoptar para assegurar que as vendas efectuadas são efectivamente cobradas. n) Gestão de risco ambiental A empresa identifica, avalia e implementa acções de controlo e resposta a emergências para os seus riscos ambientais e de segurança. A metodologia adoptada cumpre com as normas internacionais para a gestão do ambiente e da segurança. Quer os riscos e aspectos de ambiente e segurança, quer as medidas de controlo e resposta a emergências existentes são detalhadas no Relatório de Ambiente e Segurança da AdDP. o) Partes de capital em empresas do grupo De acordo com o estabelecido pelo POC, complementado pela Directriz Contabilística n.º9/92, seguiu-se o método da equivalência patrimonial, como critério valorimétrico, na contabilização da participação na sociedade “Netdouro – Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações, SA”. Nestes termos foi a participação inicialmente contabilizada pelo custo de aquisição, o qual foi reduzido, à proporção nos resultados líquidos obtidos pela empresa. 6. Imposto sobre o rendimento Não existem situações que afectem significativamente os impostos futuros. A sociedade encontra-se sujeita ao regime geral de tributação em sede de imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos ou seis anos se existir reporte fiscal, e dez anos para a Segurança Social. 91 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 7. O número médio de pessoas ao serviço da empresa ao longo do ano foi de 135 atingindo em 31 de Dezembro de 2004 o número de 144 pessoas. Contratados sem termo 2001 2002 2003 2004 Variação 65 92 105 113 8 1 1 1 3 2 41 19 15 19 4 1 - - - - Contratados a termo incerto Contratados a termo Requisitados Estagiários Total - 2 5 9 4 108 114 126 144 18 8. A conta 43.1 - Despesas de Instalação inclui os gastos suportados pela empresa com a sua constituição e o arranque do negócio. 10. Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado Rubricas Saldo inicial Aumento Alienação Transferência e abates Saldo final 803 297 - - - 803 297 Imobilizações Incorpóreas: Despesas de instalação Desp de invest e desenvolvimento - 72 853 - - 72 853 803 297 72 853 - - 876 150 Imobilizações Corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte 5 167 015 56 684 - - 5 223 699 74 948 865 362 512 -81 818 2 001 444 77 231 003 188 852 156 1 473 214 -50 435 149 563 190 424 498 1 046 862 229 464 -150 723 -35 381 1 090 222 Ferramentas e utensílios 130 777 3 041 - - 133 818 Equipamento administrativo 983 452 272 041 -10 188 -877 1 244 428 593 798 65 651 -303 - 659 146 32 790 718 17 038 679 - -2 151 008 47 678 389 Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 1 617 954 - - -1 572 681 45 273 306 131 597 19 501 286 -293 467 -1 608 940 323 730 476 Partes de Capital em Empresas do Grupo - 995 167 - - 995 167 Fundo de reconstituição do capital social 3 975 758 701 216 - - 4 676 974 3 975 758 1 696 383 - - 5 672 141 Investimentos Financeiros: 92 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 Amortizações e provisões Rubricas Saldo inicial Reforço Regulariz. Saldo final 803 297 - - 803 297 - 24 284 - 24 284 803 297 24 284 - 827 581 913 268 195 846 - 1 109 114 Imobilizações Incorpóreas: Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras constr. 11 866 843 2 961 574 289 528 15 117 945 Equipamento básico 31 733 863 7 258 766 22 632 39 015 261 663 703 203 110 -137 431 729 382 77 490 18 971 - 96 461 Equipamento administrativo 476 391 268 458 -3 373 741 476 Outras imobilizações corp. 356 395 87 286 - 443 681 46 087 953 10 994 011 171 356 57 253 320 Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Os adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas registados até Dezembro de 2004 incluem os seguintes montantes: - Culligan 1 756 - Efacec 43 517 Total dos Adiantamentos 45 273 14. Outras Informações sobre o Imobilizado Imobilizações corpóreas reversíveis (valor bruto): Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções 5 223 699 77 216 349 Equipamento básico 189 872 678 Total 272 312 726 Imobilizações em curso reversíveis: Estudos e projectos Terrenos 3 184 101 256 668 Edifícios e outras construções 20 682 974 Equipamento e material 11 066 388 Instalações eléctricas Gestão de projecto Gestão de qualidade Promoção e divulgação 5 533 794 478 637 70 765 528 809 Fiscalização 2 435 177 Outros investimentos 3 441 076 Total 47 678 389 93 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 15. Bens utilizados em regime de locação financeira No final de Dezembro de 2004 a empresa utilizava em regime de locação financeira dois imóveis, sitos em Lever e no Edifício Scala, cuja contabilização foi a seguinte: Conta Descrição Valor bruto 4211002 Terreno/Edifício Lever 126 046 Valor líquido 89 256 4211009 Terreno/Edifício Scala 236 929 169 246 422001 Edifício/Lever 444 224 307 225 422009 Edifício/Scala 710 787 508 213 16. Consolidação de contas As Demonstrações Financeiras da Águas do Douro e Paiva, S.A., são incluídas na consolidação de contas da empresa ADP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. com sede na Avenida da Liberdade, 110 – 5º 1250 Lisboa, pela qual é participada em 51%. Os saldos das transacções com as empresas do grupo foram os seguintes: Saldo em 31.12.2004 Empresa Credor Devedor Transacções em 2004 Valor Natureza ADP SGPS 696 284,20 - 814 964,11 ADP Serviços 725 983,73 - 356 973,49 892,50 - 750,00 ADP Formação Águas do Cávado Diversos Trabalhos especializados Formação 986,93 - 1 658,71 Aquapor 35 015,63 - - Trabalhos especializados Aquasis 9 391,48 - 7 892,00 Valorminho 9 625,83 - 80 404,52 Tratamento resíduos Trabalhos especializados Suldouro 21,84 - 5 307,20 Tratamento resíduos Luságua 794,10 - 2 687,37 Análises - 4 222,02 - Águas TMAD Por escritura pública celebrada no dia dezassete de Maio de dois mil e quatro, foi constituída a sociedade anónima “Netdouro – Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações, SA”, com sede na Rua de Vilar, 235 – 5º andar, no Porto, com um Capital Social de Um milhão de euros, representado por duzentas mil acções, nominativas, de valor nominal de cinco euros cada uma, subscritas na totalidade pela Águas do Douro e Paiva, S.A. Empresa % Capital Social Capital Próprio 31/12/2004 Resultado Líquido 31/12/2004 Netdouro 100 1 000 000 995 167 -4 833 94 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 18. Fundos De acordo com o Contrato de Concessão estão criados dois fundos, um para reconstituição do capital social com extensão de 4 676 974 euros, para o qual foi contabilizado na rubrica Títulos e outras Aplicações Financeiras um depósito bancário de carácter permanente e outro para investimento de substituição (renovação) cujos movimentos se demonstram no quadro seguinte: Demonstração dos movimentos do Fundo de Renovação Fundo de renovação Valor Saldo inicial Anuidade do reforço Utilizações -21 908 570 4 627 730 (1) (2) - 2ª fase de investimentos Grupo I de obras (Vale do Sousa)(3) -7 721 079 - 2ª fase de investimentos Grupo II de obras -8 200 743 Saldo final -15 921 822 -33 202 662 (1) Valor correspondente às amortizações do exercício (calculadas de acordo com a Directriz Contabílistica nº4) das infraestruturas técnicas previstas imobilizar após arranque da exploração e até ao fim do período de Concessão. (2) Custo de execução das obras, em curso, relativas às infraestruturas consideradas nas anuidades de constituição e reforço do Fundo de Renovação . (3) Valores líquidos dos subsídios ao investimento. 29. Dívidas a terceiros a mais de cinco anos Empréstimos a médio e longo prazo c/ vencimento superior a 5 anos: Banco Europeu de Investimento Data do empréstimo 08/01/98 Montante 20 995 900 euros 11/07/00 9 263 388 euros 15/12/00 14 963 995 euros BPI, Caixa Galicia e Caja Duero 14/05/04 20 000 000 euros 31. Responsabilidades assumidas através da celebração de contratos de empreitada Os investimentos previstos no estudo de viabilidade económica e financeira da concessão atingem um montante de 392 826 448 euros, tendo a empresa realizado até ao final do exercício de 2004 um total de 272 312 727 euros. Adjudicatário Empreitada Valor Ecop / Culligan - Pré tratamento da turvação 428 392 Efacec - Telegestão Lever Sul 172 562 Irmãos Magalhães - Adutora Cova – Lodares – 2ª fase 137 192 Socopul - Conduta Duas Igrejas - Sameiro Socopul - Execução do reservatório de Felgueiras 261 585 Socopul - Execução de dois passadiços e suporte da conduta Greire - Pedorido 429 023 Conduril - Instalação de conduta adutora em 2 pontões na EN 222 em Castelo de Paiva Total das responsabilidades 71 379 7 656 1 507 789 95 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 32. Garantias Prestadas Em 31 de Dezembro de 2004 a empresa tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas no valor de 2 236 953 euros assim descriminadas: - Contrato de Concessão 249 399 Ministério das Cidades, do Ordenamento do Território e Ambiente 249 399 - Expropriação de Terrenos 1 549 031 Comarca de Gondomar 11 919 Comarca de V. N. de Gaia 687 691 Comarca de Stª M.ª da Feira 133 919 Comarca de Arouca 13 803 Comarca de Castelo de Paiva 133 321 Comarca de Cinfães 46 131 Comarca de Penafiel 274 872 Comarca de Paredes 154 963 Comarca de Paços de Ferreira 763 Comarca de Felgueiras 74 225 Comarca de Lousada 10 694 Proprietários de terrenos 6 730 - Execução de trabalhos de reposição 438 523 JAE - Direcção de estradas do Distrito de Aveiro 282 680 IEP – Inst de estradas de Portugal 100 975 ICERR 54 868 34. Desdobramento das contas de provisões acumuladas e explicitação dos movimentos ocorridos no exercício Contas 29 - Provisões para riscos e encargos Saldo inicial Aumentos Redução Saldo final 102 813 - 102 813 - Provisão destinada a fazer face a custos, estimados com base em informações dos advogados, decorrentes do funcionamento do Tribunal Arbitral em que são partes a Sociedade e o Consórcio composto pelas sociedades Bento Pedroso Construções, S.A / ECOP-Empresa de Construções e Obras Públicas Arnaldo de Oliveira, S.A / Paterson Candy Limited. Entretanto e na sequência do acordo havido entre as partes, devidamente homologado pelo Tribunal Arbitral, foi este processo resolvido pelo que se procedeu à anulação do saldo existente da provisão. 96 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 35. a 38. O Capital Social subscrito está representado por 3 880 500 acções no valor nominal de 5 euros cada. A estrutura actual do Capital subscrito é a seguinte: Accionistas % N.º Acções Capital Realizado 51,00 1 979 055 9 895 275 Município de Arouca 0,31 11 997 59 985 Município de Castelo de Paiva 0,29 11 084 55 420 Município de Cinfães 0,18 6 884 34 420 Município de Espinho 1,54 59 870 299 350 ADP - Águas de Portugal Município de Gondomar 4,34 168 437 842 185 Município de Maia 2,92 113 361 566 805 Município de Matosinhos 5,81 225 512 1 127 560 Município de Oliveira de Azeméis 1,76 68 321 341 605 Município de Ovar 0,98 38 075 190 375 Município de Porto 14,33 556 244 2 781 220 Município de Stª. Maria da Feira 2,51 97 254 486 270 Município de S João da Madeira 0,40 15 531 77 655 Município de Valongo 2,96 115 048 575 240 Município de Vila Nova de Gaia 5,86 227 382 1 136 910 Município de Paredes 1,65 63 945 319 725 Município de Lousada 0,74 28 665 143 325 Município de Felgueiras 1,24 48 265 241 325 Município de Paços de Ferreira 1,17 45 570 227 850 100,00 3 880 500 19 402 500 Total 40. Movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de Capitais Próprios. Contas 51 - Capital 57 - Reservas Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final 19 402 500 - - 19 402 500 - - - - 57.1 - Reservas legais 565 818 72 617 - 638 435 57.2 - Reservas livres 2 204 877 327 898 - 2 532 775 246 895 - - 246 895 - - - - 1 452 336 1 080 841 1 452 336 1 080 841 576 - Doações 59 - Resultados transitados 88 - Resultados líquidos No decorrer deste exercício foram liquidados dividendos no valor de 1 051 822 euros. 41. Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. As existências referem-se a matérias – primas e subsidiárias essenciais ao tratamento da água. 97 Descrição Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 Matérias Primas Matérias Subsidiárias Material de Aplic. Geral Total 74 483 1 644 283 915 360 042 557 477 305 164 641 722 423 -363 - -105 -468 Existências finais 104 202 1 663 379 263 485 129 Custos no exercício 527 395 286 69 188 596 868 Existências iniciais Compras Regularização de existências 43. Remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais referentes ao ano de 2004: - Conselho de Administração 422 620 euros - Fiscal Único 15 404 euros - Assembleia Geral 3 248 euros 44. A totalidade das Vendas de Água ocorreu no mercado nacional. A tarifa média real praticada em 2004 foi de 0,2815 euros, tendo sido a praticada em 2003 de 0,272 euros. Vendas 2004 Saldo Clientes Vendas 2003 Saldo Clientes m valor em 31.12.2004 m valor em 31.12.2003 11 036 737 3 106 089 607 802 11 293 483 3 068 376 566 099 5 949 839 1 674 636 162 092 5 898 356 1 602 496 291 753 3 3 LEVER NORTE GONDOMAR MAIA (SUL) MATOSINHOS 13 932 604 3 921 470 367 202 13 410 736 3 643 293 1 371 625 PORTO 37 084 733 10 435 236 2 051 357 38 325 276 10 424 475 1 934 412 5 109 353 1 437 966 132 940 5 585 824 1 517 482 268 828 GAIA 17 907 435 5 040 031 985 581 17 998 769 4 890 360 916 344 FEIRA 3 371 041 948 726 191 548 3 577 724 972 018 177 212 ESPINHO VALONGO LEVER SUL 2 360 011 664 240 428 394 2 360 982 641 398 396 005 OVAR 598 263 168 438 16 076 417 214 113 376 47 379 AROUCA 168 616 47 476 - 149 639 40 646 3 227 OLIV DE AZEMÉIS 673 004 189 686 100 590 238 143 64 725 13 642 S J MADEIRA 438 796 123 487 10 613 657 467 178 604 31 058 CASTELO DE PAIVA 804 418 226 487 46 782 762 189 207 073 37 551 CINFÃES 184 251 51 885 4 518 150 975 41 026 8 071 LOUSADA 718 961 202 450 - 656 603 178 300 11 474 FELGUEIRAS 1 585 106 446 256 83 990 1 421 810 386 323 73 639 PAÇOS DE FERREIRA 1 082 907 304 892 97 838 685 120 186 252 42 418 739 963 208 288 19 461 383 230 104 348 35 540 VALE SOUSA PAREDES PENAFIEL TOTAL Estimativa Dezembro 26 558 7 303 - - - - 103 772 596 29 205 042 5 306 784 103 994 053 28 260 571 6 226 277 9 556 225 2 694 855 - 9 465 976 2 603 127 - Estimativa 2 dias 621 539 175 274 - - - - Anulação parcial est. 2002 978 872 259 401 - 943 290 249 982 - 114 929 232 31 815 770 5 306 784 112 516 739 30 613 717 6 226 277 TOTAL GERAL 98 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 45. Demonstração dos Resultados Financeiros Exercício Custos e Perdas 681 - Juros suportados 2004 Exercício 2003 3 275 715 3 043 951 4 833 - Proveitos e Ganhos 2004 2003 781 - Juros obtidos 125 552 118 926 1 861 11 566 788- Outros Prov. e ganhos - 10 Resultados financeiros - - 127 413 130 502 682 - Perdas empresas grupo e associadas 688 - Outros custos e perdas Resultados financeiros 340 702 259 360 -3 493 836 -3 172 809 127 413 130 502 786 - Desconto p pagto 4. Demonstrações dos Resultados Extraordinários Exercício Custos e Perdas 691 - Donativos Exercício 2004 2003 Proveitos e Ganhos 79 614 52 858 2004 2003 791- Restituição Imp - 792 – Recuperação de dividas - 7 571 - 52 971 64 082 692 - Dívidas incobráveis 2 240 694 - Perdas em imobilizado 6 156 74 297 250 289 795 - Benef. penal. cont. - - - - 796 - Red. Amortizações 208 426 243 113 695 - Multas e penalidades 696 - Aum. Amortizações 794 - Ganhos em imobilizações 697 - Correc. exerc. anterior 298 907 70 700 797 - Correc. exerc. anterior 22 672 50 483 698 - Outros custos e perdas 2 447 10 731 798 - Outros prov. e ganhos 6 070 510 6 071 947 Resultados extraordinários 5 964 965 6 228 321 6 354 579 6 437 196 Resultados extraordinários - - 6 354 579 6 437 196 Os Outros proveitos e ganhos extraordinários, relacionam-se essencialmente com as amortizações dos subsídios ao investimento. 48. Outras Informações 48.1 Subsídios ao Investimento O subsídio ao investimento contabilizado até 31 de Dezembro de 2004 totalizou o montante de 156 357 453 euros provenientes da comparticipação do Fundo de Coesão da Comunidade Europeia, relacionado com a construção do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água, assim repartidos: Candidatura Tx de Valor Valor transf para Valor comparticipação contratual proveitos diferidos recebido FC 94/10/61/003-004 85% 1 630 080 1 630 080 1 630 080 FC 95/10/61/008 85% 112 329 373 112 329 373 112 329 373 FC 1999/PT/16/C/PE/001 85% 42 398 000 42 398 000 33 918 257 99 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 O valor transferido para resultados acumulados atingiu até 31-122004, o montante total de 28 052 723 euros. 48.2 - Decomposição da conta “Acréscimos e Diferimentos Acréscimos de Proveitos Descrição 2004 2003 Juros a receber - - Venda de água 2 870 129 2 862 528 976 731 608 729 1 777 - 3 848 637 3 471 257 Fundo de Renovação Outros acréscimos de proveitos Total A rubrica venda de água foi apurada com base nos seguintes valores para os consumos previstos para Dezembro de 2004: Dezembro 2004 Descrição m3 Valor 983 171 277 254 LEVER NORTE GONDOMAR MAIA (SUL) 552 801 155 890 MATOSINHOS 1 253 527 353 495 PORTO 3 467 762 977 909 455 306 128 396 GAIA 1 625 097 458 277 FEIRA 299 664 84 505 ESPINHO 206 010 58 095 OVAR 46 492 13 111 AROUCA 17 693 4 989 165 350 46 629 34 167 9 635 CASTELO DE PAIVA 70 877 19 987 CINFÃES 17 662 4 981 LOUSADA 60 335 17 014 VALONGO LEVER SUL OLIV DE AZEMÉIS S. J. MADEIRA VALE DO SOUSA FELGUEIRAS 133 863 37 749 PAÇOS DE FERREIRA 105 988 29 889 PAREDES TOTAL Estimativa 2 dias TOTAL GERAL 60 460 17 050 9 556 225 2 694 855 621 539 175 274 11 156 636 2 870 129 100 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 Custos diferidos Descrição Campanhas de publicidade Obras em baixa Seguros Outros Total 2004 2003 - - 4 756 990 4 433 694 19 024 295 254 484 8 226 5 030 498 4 442 215 Discriminação das obras em baixa: Município de Gondomar 1 310 606 Município de Oliveira de Azeméis 2 224 974 Município de Paredes 793 748 Município de Castelo de Paiva 33 115 Município de Cinfães 102 732 Município de Arouca 291 815 Acréscimos de Custos Descrição 2004 2003 Remunerações a liquidar 444 694 436 616 Juros a liquidar 394 968 345 429 294 775 362 167 Prémio Amortiz. fundo renovação. Outros Total 21 984 745 17 687 939 273 454 199 847 23 392 636 19 031 998 Proveitos diferidos Descrição Subsídios p/ Investimento Outros Total 2004 2003 129 021 436 134 708 779 - 5 242 411 129 021 436 139 951 190 101 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 48.3. Decomposição da conta do “Estado e Outros Entes Públicos” Exercício Descrição 24.1 - Imp. s/ Rendimentos Exercício 2004 2003 - 50 Descrição 24.1 - Imp. s/ Rendimentos 24.2 - Ret. Imp. s/ Rend. 24.3 - Imp. s/ Valor Acres. 1 741 347 4 576 490 2004 92.016 15 125 100 608 52 184 - - 24.3 - Imp. s/ Valor Acres. 24.4 - Rest. imp. 24.5 - Cont. p/ Seg. Social 24.9 – Outras tributações Total 680 - 1 742 027 4 576 540 2003 24.9 - Out. tributações - - 64.519 59 779 - 371 257.143 127 459 48.4. Decomposição da conta “Outros Devedores e Outros Credores” Outros devedores Descrição Adiantamentos fornecedores Pessoal - - 24 946 1 739 954 914 8 479 743 8 479 743 147 700 147 700 9 223 384 9 584 096 Outros Total 2003 570 995 Devedores diversos Subsídios a receber Fundo de Coesão 2004 Outros credores Descrição Subscritores de capital 2004 2003 - - Credores diversos – curto prazo 327 290 2 575 Credores diversos – méd. e longo prazo 400 000 - Depósito e garantias Total - - 727 290 2 575 49. Remuneração dos Capitais Próprios Tal como referido na Nota 0, e nos termos do Contrato de Concessão, os capitais próprios aplicados na Empresa serão remunerados através de uma margem, calculada pela aplicação, ao capital social e reserva legal, de uma taxa correspondente à taxa base de emissões de bilhetes do tesouro (TBA) ou outra equivalente que venha a substituir, acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco. 102 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 O valor da remuneração do capital e reserva legal calculado nos termos da concessão é o seguinte: Accionistas ADP - Águas de Portugal Posição em 31.12.2003 Movimentos ocorridos no exercício Dividendos Remuneração Posição em 31.12.2004 540 897 540 897 515 592 515 592 Município de Arouca 3 232 3 232 3 126 3 126 Município de Castelo de Paiva 2 985 2 985 2 888 2 888 Município de Cinfães 1 852 1 852 1 793 1 793 Município de Espinho 16 123 16 123 15 598 15 598 Município de Gondomar 45 281 45 281 43 882 43 882 Município da Maia 30 526 30 526 29 533 29 533 Município de Matosinhos 60 699 60 699 58 751 58 751 Município de Oliveira de Azeméis 18 405 18 405 17 799 17 799 Município de Ovar 10 238 10 238 9 919 9 919 Município do Porto 149 607 149 607 144 915 144 915 26 214 26 214 25 337 25 337 4 187 4 187 4 046 4 046 Município de Valongo 30 954 30 954 29 973 29 973 Município de Vila Nova de Gaia 61 259 61 259 59 239 59 239 Município de Paredes 16 699 16 699 16 659 16 659 Município de Lousada 7 502 7 502 7 468 7 468 Município de Felgueiras 13 202 13 202 12 574 12 574 Município de Paços de Ferreira 11 958 11 958 11 872 11 872 1 051 822 1 051 822 1 010 964 1 010 964 Município de Stª Mª da Feira Município de S João da Madeira Total As taxas utilizadas para o cálculo dos montantes acima indicados foram as seguintes: Taxa sem risco Taxa com risco Ano (TBA) (base do cálculo) 1995 10,0520 13,0520 1996 7,2671 10,2671 1997 5,4977 8,4977 1998 4,2660 7,2660 1999 2,9650 5,9650 2000 4,4667 7,4667 2001 4,1460 7,1460 2002 3,2744 6,2744 2003 2,2175 5,2175 2004 2,0445 5,0445 103 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 50. Litígios e Contingências No decorrer do ano de 2004 foi a AdDP notificada da interposição dos seguintes processos: Expropriação Litigiosa (1717) Expropriados: Maria de Lurdes Pessoa Barbosa e Outros Tribunal da Comarca de Vila Nova de Gaia – 4.º Juízo Cível - Processo n.º 1080/2001 Situação: Os Expropriados interpuseram recurso do Acórdão de Arbitragem, tendo peticionado a importância de € 213 550,70. A AdDP respondeu ao recurso. Os Peritos elaboraram novo relatório pericial. A audiência de julgamento foi agendada para 24 de Janeiro de 2005. Aguarda-se decisão. Expropriação Litigiosa (1718) Expropriados: Eduardo Salomão Pessoa Barbosa e Outros Tribunal da Comarca de Vila Nova de Gaia - 1.º Juízo Cível – Processo n.º 85/2002 Situação: Os Expropriados interpuseram recurso da decisão arbitral, tendo peticionado a importância de € 149 570,73, tendo a AdDP deduzido a respectiva resposta. Foram nomeados os peritos que posteriormente apresentaram o seu relatório e apresentadas as alegações de parte. Aguarda-se decisão. Expropriação Litigiosa (1719) Expropriados: Herdeiros Joaquim Guedes Barbosa e Outros Tribunal da Comarca de Vila Nova de Gaia – 7.º Juízo Cível - Processo n.º 657/2002 Situação: Os Expropriados interpuseram recurso da decisão arbitral tendo peticionado a importância de € 24 949,50. A AdDP deduziu resposta. Foram nomeados os peritos e apresentadas alegações de parte. Aguarda-se decisão. Expropriação Litigiosa (1762) Expropriados: Tarciso Sousa Rodrigues Tribunal Judicial de Castelo de Paiva – Secção de Processos – Processo n.º 155/04.5TBCPV Situação: A AdDP Interpôs recuso do Acórdão de Arbitragem que fixou o valor da parcela a expropriar em € 21 974,40, Entende a AdDP que o valor correcto é de € 16 909,25. Foi admitido o recurso interposto pela Sociedade, e produzidas as respectivas alegações. Aguarda-se decisão. Recurso Contencioso de Anulação (1752) Requerente: Manuel Francisco de Almeida, SA. Tribunal Administrativo do Círculo do Porto – 6º Juiz – Processo n.º 895/A/02 Pedido: Execução de sentença proferida pelo Tribunal Administrativo do Círculo do Porto. A 17 de Novembro de 2003 a AdDP apresentou a sua oposição. O TACP negou provimento ao pedido da requerente, tendo este recorrido para o Supremo Tribunal Administrativo. Está a correr o prazo para apresentar as alegações de recurso. Aguarda-se decisão do Supremo. 104 Águas do Douro e Paiva SA Contas do Exercício de 2004 Recurso Contencioso de Anulação (1748) Requerente: ABB – Alexandre Barbosa, SA. Tribunal Administrativo do Círculo do Porto – 5º Juiz – Processo n.º 777/03 Situação: A 26 de Agosto de 2003 a AdDP, deduziu a sua resposta ao Recurso Contencioso interposto pela Sociedade ABB – Alexandre Barbosa, SA. A 12 de Dezembro de 2003, a AdDP interpôs recurso da decisão do Tribunal, que julgou improcedente as excepções de ilegitimidade activa e de inutilidade superveniente da lide. A 8 de Abril de 2004 foi proferida sentença, negando provimento ao recurso interposto pela Recorrente. Acção Ordinária (1738) Autora: “Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A.” Tribunal Administrativo de Círculo do Porto - 6.º Juiz - Processo n.º 349/2003 Situação: Em 2.04.2003 foi a AdDP citada para contestar a acção declarativa ordinária movida pela “Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A.”, a título de sub-rogação nos direitos do seu segurado, com vista ao pagamento do montante de € 2 854,91, montante correspondente aos danos materiais sofridos pelo segurado, num acidente de viação. Foi apresentada contestação. A autora provocou a intervenção dos consórcios empreiteiros. Porém, tal foi indeferido revelando-se o pedido indeferido. A Ré, Câmara Municipal de Gondomar, interpôs recurso para o Supremo Tribunal Administrativo. Ainda não foi proferida decisão. Acção Ordinária (1741) Requerente: “MAFAVIS – Sociedade Imobiliária, S.A.” Tribunal Judicial da Comarca de Gondomar - 1.º Juízo Cível - Processo n.º 2219/03.3 Situação: Em 12.05.2003 foi a AdDP citada para contestar a acção declarativa ordinária movida pela “MAFAVIS – Sociedade Imobiliária, S.A.”, em que requereu: 1. a remoção da conduta de água e as caixas de passagem que foram instaladas nos prédios sitos no Lugar da Serra, freguesia de Foz do Sousa; 2. pagamento de uma quantia, ainda não apurada, a título de danos patrimoniais; 3. pagamento do montante de € 100 000,00, a título de danos não patrimoniais; tudo derivado da instalação daquela conduta. Foi apresentada contestação e chamaram-se à acção outros intervenientes. Foram apresentadas as contestações das chamadas. Foi produzida a decisão julgando o Tribunal incompetente em razão de matéria, absolvendo a Sociedade da Instância. Foi interposto recurso pela autora . Aguarda-se decisão. Acção Ordinária (1756) Autora: Município de Valongo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia – 2º Juízo – Processo n.º 98/04.2TYVNG Situação: Em 12.03.2004 foi a AdDP citada para contestar a acção declaração de nulidade ou anulação de deliberação social, movida pelo Município de Valongo. Foi apresentada contestação . Aguardase decisão. 105 Relatório e Contas 2004 Contas do Exercício de 2004 Acção Ordinária (1760) Autores Municípios de Vila Nova de Gaia, Porto e Gondomar Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia – 1º Juízo – Processo n.º 99/04.0TYVNG Situação: Em 29.03.2004 foi a AdDP citada para contestar a acção declaração de nulidade ou anulação de deliberação social, movida pelos Municípios de Vila Nova de Gaia, Porto e Gondomar. Foi apresentada contestação. Aguarda-se decisão. Acção Sumária (1771) Autora : José António Ferraz de Campos Tribunal Judicial de Penafiel – 4º juízo – processo n.º 1605/04.6TBPNF Pedido: A autora pediu indemnização no valor de € 9 530,00, por danos sofridos em consequência da obra do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto, e a realização de reparações e eliminações dos defeitos e anomalias consequentes da obra. A Sociedade contestou a presente acção a 19 de Outubro de 2004. Ainda não foi proferida decisão. Acção de Responsabilidade Civil Extracontratual (1772) A . José Augusto Pinto Correia R . Município de Felgueiras Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto – 1º Juízo liquidatário – processo n.º 673/03 Pedido: O autor pediu indemnização no valor de € 3 676,68, por danos sofridos em consequência num acidente de viação. A Sociedade contestou a presente acção como parte acessória. Aguarda-se decisão. A empresa entende que não são devidos, nem exigíveis , quaisquer importâncias respeitantes aos referidos litígios e contingências ou reclamações. O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração 108 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal de Contas Relatório Anual sobre a Fiscalização efectuada Exmº Conselho de Administração da Águas do Douro e Paiva, S.A Exmºs Senhores, 1. Em cumprimento do estabelecido no nº 2 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais e na alínea a) do nº 1 do artigo 52º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de Novembro, apresentamos o relatório anual sobre a fiscalização efectuada durante o exercício de 2004, no desempenho das nossas funções de revisor oficial de contas. 2. Procedemos à revisão legal das contas da Empresa ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A., relativas ao exercício de 2004, de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e com a extensão considerada necessária nas circunstâncias. Em resultado do exame efectuado foi emitida a certificação legal das contas, com data de 11 de Fevereiro de 2005, cujo conteúdo se dá como integralmente reproduzido. 3. O nosso trabalho incluiu, entre outros aspectos, o seguinte: 3.1 Acompanhamento regular da gestão da Empresa, através da participação em reuniões com o Conselho de Administração e com os responsáveis dos Serviços e leitura das actas respectivas, com vista ao esclarecimento de situações e à análise detalhada da evolução económica e financeira, tendo obtido os esclarecimentos que considerámos necessários; 3.2 Análise das políticas contabilísticas e da sua adequação e consistência, nomeadamente no respeitante a amortizações, reintegrações, provisões, critérios de valorimetria, proveitos, custos, receitas e despesas; 3.3 Verificações da conformidade das demonstrações financeiras com os registos contabilísticos que lhes servem de suporte; 3.4 Análise do sistema de controlo interno com vista ao planeamento do âmbito e extensão dos procedimentos de revisão/auditoria; 3.5 Análise de informação financeira e realização dos testes substantivos seguintes, que considerámos adequados em função da materialidade dos valores envolvidos: a) verificação do imobilizado; b) verificação das operações de inventariação física das existências e da respectiva valorização; c) confirmação junto de terceiros (bancos, clientes, fornecedores e outros) dos saldos de contas, responsabilidades e garantias prestadas ou obtidas, análise e teste das reconciliações subsequentes preparadas pela Empresa; d) análise e teste das reconciliações bancárias preparadas pela Empresa; 109 Relatório e Contas 2004 Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal de Contas e) contagem dos valores existentes em Caixa e reconciliação com os valores constantes do Balancete; f) solicitação directa a advogados e outras entidades de informações sobre cobranças em curso, litígios ou acções judiciais pendentes e reclamações e impugnações fiscais, bem como honorários em dívida; g) análise das situações justificativas da constitução de provisões para redução de activos, para passivos ou responsabilidades contingentes ou para outros riscos; h) verificação da situação fiscal e da adequada contabilização dos impostos, bem como da situação relativa à Segurança Social; i) análise e teste dos vários elementos de custos, proveitos, perdas e ganhos registados no exercício, com particular atenção ao seu balanceamento, diferimento e acréscimo; j) verificação do cumprimento das obrigações legais e estatutárias; k) análise dos acontecimentos subsequentes à data de referência do exercício; l) apreciação da política de seguros da Empresa. Foi solicitada a declaração do orgão de gestão prevista nas Normas Técnicas de Revisão Legal de Contas. 4. Em consequência do trabalho efectuado, entendemos dever referir o seguinte aspecto não incluído na Certificação Legal das Contas: 4.1 A Empresa prossegue uma actividade concessionada, em que as tarifas terão que permitir a recuperação dos custos, os novos investimentos e os de substituição e ainda uma adequada remuneração dos capitais utilizados. Os critérios que estiveram na base da quantificação dos investimentos futuros, definidos pelo Conselho de Administração, são os constantes do estudo de viabilidade mandado elaborar pela Administração. Tendo em conta que este dado (investimentos futuros) pode vir a revelar-se insuficiente ou desadequado, é necessário que o Conselho de Administração desenvolva esforços no sentido de manter sempre esta informação actualizada. 5. Finalmente, para além dos aspectos referidos na Certificação Legal das Contas, que menciona as principais conclusões, cumpre-nos informar que apreciámos o Relatório de Gestão do Conselho de Administração que apresenta de forma esclarecedora a actividade desenvolvida, satisfaz os requisitos legais e estatutários e está em conformidade com as contas do exercício. Coimbra, 4 de Fevereiro de 2005 P. MATOS SILVA, GARCIA JR., P. CAIADO & ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas n.º 44 representada por Dr. Pedro João Reis de Matos Silva (ROC n.º 491) 110 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal de Contas Relatório e parecer do Fiscal Úncio 1. Introdução Em cumprimento do disposto na alínea g) do n.º 1 do artigo 420º e n.º 1 do artigo 452º do Código das Sociedades Comerciais e no âmbito das competências que nos foram atribuídas pelo artigo 3º do Decreto-lei n.º 26-A/96, de 27 de Março, vimos apresentar o nosso Relatório sobre a acção fiscalizadora exercida na Empresa ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A. e dar Parecer sobre o Relatório de Gestão, Balanço, Demonstrações dos resultados por naturezas e funções, Demonstração dos fluxos de caixa e respectivos Anexos, referentes ao exercício de 2004, que nos foram apresentados pelo Conselho de Administração. 2. Relatório 2.1 Acompanhámos durante o exercício de 2004 a actividade da Empresa, especialmente através de análises e verificações dos livros, registos contabilísticos e documentos de suporte. Realizámos também testes e outros procedimentos, com a profundidade julgada necessária. 2.2 O Conselho de Administração e os Serviços prestaram-nos todos os esclarecimentos e informações solicitados. 2.3 Analisámos o Relatório de Gestão, que refere os principais factos ocorridos no exercício, bem como o Balanço, Demonstrações dos resultados por naturezas e funções, Demonstração dos fluxos de caixa e respectivos Anexos, tendo verificado que foram elaborados de acordo com os princípios contabilísticos normalmente aceites, obedecem aos preceitos legais e estatutários e exprimem a situação patrimonial da empresa. 2.4 O Relatório Anual Sobre a Fiscalização Efectuada, por nós subscrito, refere os principais trabalhos executados e as conclusões e a nossa Certificação Legal das Contas exprime a nossa opinião sobre as demonstrações financeiras mencionadas. 2.5 Em face do que antecede emitimos o seguinte: 3. Parecer Somos de parecer que a Assembleia Geral Anual: a) aprove o Relatório de Gestão, o Balanço e as contas do exercício de 2004 apresentados pelo Conselho de Administração; b) aprove a proposta de aplicação de resultados. Coimbra, 4 de Fevereiro de 2005 O FISCAL ÚNICO P. MATOS SILVA, GARCIA JR, P. CAIADO & ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas n.º 44 representada por: Dr. Pedro João Reis de Matos Silva (ROC n.º 491) 111 Relatório e Contas 2004 Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal de Contas CertificaçãoLegal das Contas Introdução 1 Examinámos as demonstrações financeiras da ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004, (que evidencia um total de 299 341 354 euros e um total de capital próprio de 23 901 445 euros, incluindo um resultado líquido de 1 080 841 euros), as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3 A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: › a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; › a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; › a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e › a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 5 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 6 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A., em 31 de Dezembro de 2004, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites. Coimbra, 4 de Fevereiro de 2005 P. MATOS SILVA, GARCIA JR., P. CAIADO & ASSOCIADOS, SROC Sociedade de Revisores Oficiais de Contas nº 44 representada por Dr. Pedro João Reis de Matos Silva (Roc nº. 491) 114 Águas do Douro e Paiva SA Relatório do Auditor Externo Aos Accionistas de Águas do Douro e Paiva, S.A. Relatório de Auditoria 1. Efectuámos a auditoria ao Balanço da Águas do Douro e Paiva, S.A., à data de 31 de Dezembro de 2004, bem como à Demonstração dos Resultados por naturezas e por funções e à Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e respectivos Anexos. Estas Demonstrações Financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa, competindonos como auditores a emissão de uma opinião sobre estas, baseada na nossa auditoria. 2. A nossa auditoria foi conduzida de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria por forma a obtermos segurança aceitável sobre se as referidas Demonstrações Financeiras contêm ou não contêm distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui o exame, numa base de teste, das evidências que suportam os valores e informações constantes das Demonstrações Financeiras. Adicionalmente, uma auditoria inclui a apreciação dos princípios contabilísticos adoptados e a avaliação das estimativas significativas efectuadas pela Administração bem como a apreciação da apresentação das Demonstrações Financeiras. Em nosso entender a auditoria efectuada constitui base suficiente para a emissão da nossa opinião. 3. Em nossa opinião, as Demonstrações Financeiras apresentam de forma apropriada, em todos os seus aspectos relevantes, a situação financeira da Águas do Douro e Paiva, S.A., a 31 de Dezembro de 2004, bem como os resultados das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. 4. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para o facto de, por a actividade da Empresa se enquadrar no âmbito das actividades reguladas que determinam as tarifas e preços de modo a permitir a recuperação dos custos necessários para providenciar os serviços regulados, incluindo a remuneração dos capitais aplicados, por não existirem ainda regras e métodos necessários para permitir regularizar os ajustamentos provenientes de eventuais excessos e insuficiências de recuperação, não é possível definir quais os critérios contabilísticos adequados para registar a periodificação daqueles excessos ou insuficiências. Porto, 4 de Fevereiro de 2005 PricewaterhouseCoopers Ficha Técnica Coordenação Geral Águas do Douro e Paiva, S.A. Rua de Vilar, 235 - 5º 4050-626 Porto Telefone + 351 226 059 300 / + 351 220 109 300 Fax + 351 226 059 302 web · www.addp.pt e-mail · [email protected] Conceito e Design www.eairesdesign.pt Fotografia Eduardo Cunha Eduardo Aires (página 1) Francisco Piqueiro (página 17) Execução Rainho&Neves Tiragem 750 Exemplares Editado Março 2005