PROJETO EDUCATIVO
DO COLÉGIO DE SÃO GONÇALO
Ano
2013/2014
1
INTRODUÇÃO (3)
CAPÍTULO I: AS ESCOLAS NUMA SOCIEDADE PLURALISTA (5-6)
1. O direito à educação e a liberdade de ensinar
2. O exercício do direito de toda a pessoa à educação
3. A escola é a resposta fundamental da sociedade ao direito de educação
4. Na nossa sociedade há diversos tipos de escolas
CAPÍTULO II: IDENTIDADE DA ESCOLA CATÓLICA (7-15)
1. Uma educação ao serviço do homem
2. Uma educação ética e aberta ao transcendente
3. Pomos o acento em alguns valores na perspetiva do Evangelho
4. Educamos na liberdade e para a liberdade
5. Educamos para a justiça e para a fraternidade solidária
6. Educamos para a convivência e para a paz
7.
Educamos para o amor
8. Educamos para a verdade
6. A disciplina e o professor de EMRC na realização do projeto educativo
CAPÍTULO III: O IDEÁRIO DO COLÉGIO DIOCESANO DE SÃO GONÇALO (16-21)
1. São três os princípios que norteiam a doutrina do nosso Ideário
2. Uma Educação integral
3. Queremos ser cristãos e servir a Igreja
4. Uma formação global fiéis a uma Tradição Humanista e Cristã
5. Meios, causas e compromissos do Colégio
6. Dimensão religiosa do Ensino
7. Casa e Escola de Comunhão
CAPÍTULO IV: ESTILO DO COLÉGIO DE SÃO GONÇALO (23-36)
1.
O Colégio de São Gonçalo é uma Comunidade Educativa
2.
A Instituição Titular garante o serviço educativo da escola
3.
O aluno é o centro da Comunidade Educativa
4.
Os professores são os principais educadores dos alunos no Colégio
5.
O pessoal administrativo e de serviços presta uma valiosa colaboração
6. Os pais participam ativamente na vida do Colégio
2
7.
A relação entre a família e o Colégio enriquece a Comunidade Educativa
8.
Orientamos os alunos no seu trabalho educativo
9. Promovemos a descoberta de valores e a formação de atitudes
10. Adotamos uma metodologia didática aberta e flexível
11. Damos atenção ao âmbito cognoscitivo e fomentamos o desenvolvimento intelectual
12. Apoiamos a educação através do movimento
13. Colaboramos na atividade dos alunos e promovemos a prática das suas destrezas e habilidades
14. Projetamos a educação para além da aula e do horário letivo
15. Pomos os avanços tecnológicos ao serviço da educação
16. Temos o nosso processo de autoavaliação
CAPÍTULO V: O MODELO ORGANIZATIVO DO COLÉGIO DE SÃO GONÇALO (36-45)
1. A nossa escola presta um serviço de interesse público
2. A nossa escola insere-se no contexto da Região Norte e está ao serviço do País
3. A participação está em função da Comunidade Educativa
4. Os critérios que inspiram a participação:
5. Uma gestão com base na coresponsabilidade
6. Os órgãos de governo e de gestão da escola
CAPÍTULO VI: FORMAÇÃO INTEGRAL DOS MEMBROS DA COMUNIDADE EDUCATIVA (46-49)
1. Uma escola especializada em formação científica, tecnológica e profissional
2. Perfis de formação
3. Avaliação, progressão no curso, níveis de qualificação e diplomas
4. Articulação com o ensino superior e integração na vida ativa
5. Perfil da formação do pessoal docente e não docente
CONCLUSÃO (49)
BIBLIOGRAFIA (51)
BIBLIOGRAFIA GERAL (51-53)
BIBLIOGRAFIA DO MAGISTÉRIO DA IGREJA (53-54)
TERMO DE APROVAÇÃO (55)
ANEXO (56)
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INTRODUÇÃO
É frequentemente afirmado que o Projeto Educativo da Escola confere singularidade à Escola e é
simultaneamente reflexo da sua identidade. Neste sentido, o Documento que formaliza o Projeto
Educativo do Colégio de São Gonçalo, não pode e não deve ser igual ao de qualquer outra
Escola, seja ela do ensino público ou particular.
É na perspetiva de afirmação da nossa identidade católica, da nossa visão cristã da pessoa e da
sua educação, da nossa específica missão ao serviço da sociedade e da cultura, da Igreja e do
mundo, que apresentamos com ousadia este Documento.
Para a sua elaboração, tomámos, em primeira-mão, como referência legal a letra e o espírito da
Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86, de 14 de outubro), da Lei nº 9, de 19 de março,
do Decreto-Lei nº 553/80, de 21 de novembro e do Decreto-Lei nº 43/89, de 3 de fevereiro, do
Decreto-Lei n.115-A/98 de 4 de maio, alterado pela Lei n.24/99 de 22 de abril, onde se
consubstanciam alguns princípios da autonomia das Escolas e onde se fundamenta, em termos
de legislação escolar, o nosso direito e dever em definir o nosso próprio Projeto Educativo.
Mas, obviamente, não podíamos salvaguardar a identidade específica do Colégio, como Escola
Católica e Diocesana, se não elaborássemos este Documento, projetando-o à luz do que dele diz
e espera a doutrina do Magistério Universal e Local da Igreja Católica. Na verdade, a Escola
Católica encontra a sua verdadeira justificação na própria missão da Igreja; e baseia-se num
projeto educativo em que, harmoniosamente, se fundem a fé, a cultura, a vida. Ela mesma é lugar
de evangelização, de autêntico apostolado, de ação pastoral, não tanto em virtude de atividades
religiosas ou pastorais complementares, mas em razão da sua própria natureza e da sua ação,
diretamente orientada para a educação integral da personalidade cristã.
Pensámos e redigimos, por isso, este Documento, convictos, de que poucas Escolas, no universo
do ensino público e privado, em Portugal, terão tão vincada, de princípio, a sua singularidade, e
tão claramente demarcada, por princípios, a sua identidade, dado o seu caráter clara e
confessionalmente católico.
Uma vez aprovado, este Projeto Educativo do Colégio de São Gonçalo será apresentado
publicamente, para que seja amplamente conhecido e aplicado, assumido e reconhecido, em
primeiro lugar, por toda a comunidade educativa do Colégio. Queremos também que este Projeto
Educativo seja apreciado e respeitado pelas entidades públicas, com as quais mantemos vínculos
e compromissos institucionais ou de parceria. Estará, por inteiro, à disposição de todos os que
queiram conhecer e valorizar a visão e a missão desta Escola Católica, da Diocese do Porto,
edificada em Amarante, desde 1931, sob o patrocínio de São Gonçalo.
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O Colégio de São Gonçalo é hoje uma Escola inclusiva e aberta, com cerca de 2200 alunos,
desde o jardim de infância - com todas as valências: Berçário, Creche, Infantário – ao 12º ano, e
ao serviço de uma vasta região, tendo em conta a larga proveniência geográfica dos seus alunos,
que ultrapassa, de longe, as fronteiras da sua sede em Amarante, passando por concelhos como
Baião, Marco de Canaveses, Felgueiras, Celorico de Basto, Mondim de Basto, Fafe, Lousada,
Penafiel, Paredes e Paços de Ferreira. No internato feminino, temos também alunas provenientes
de zonas ainda mais distantes, e inclusive dos PALOP’s.
Estamos muito convictos da importância da Escola Católica, tanto mais quanto nos preocupa a
generalizada redução da Educação aos aspetos puramente técnicos e funcionais, com um
perigoso ofuscamento dos valores humanos e cristãos. Tende-se hoje a adormecer a Escola num
presumível neutralismo, que enfraquece o potencial educativo e se reflete negativamente sobre a
formação dos alunos. Pretende-se esquecer que a educação pressupõe e envolve sempre uma
determinada conceção do homem e da vida. Na prática, a maior parte das vezes, a pretendida
neutralidade escolar corresponde à remoção da referência religiosa no campo da cultura e da
educação. Compete-nos, como Escola Católica, enfrentar, com determinação, a nova situação
cultural, colocarmo-nos como instância crítica dos projetos de educação parciais, servir de
exemplo e estímulo para as outras instituições de educação, assumirmo-nos como linha avançada
da solicitude educativa da Igreja.
Enquanto Escola Católica, projetaremos continuamente o nosso olhar, para a figura de Jesus
Cristo, Mestre de insuperável pedagogia. Ele estará sempre diante de todos nós, como figura do
Homem Novo. É n’ Ele que encontraremos sempre a mais alta medida, para que tende o nosso
crescimento humano integral, o mesmo é dizer, o nosso crescimento, como o de Jesus Cristo, em
“estatura, em sabedoria e em graça”.
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CAPÍTULO I: AS ESCOLAS NUMA SOCIEDADE PLURALISTA
1.
O direito à educação e a liberdade de ensinar
Toda a pessoa tem direito à educação, e a sociedade tem de disponibilizar os meios necessários
para que todos os cidadãos possam usufruir, de maneira digna, deste direito fundamental no
elenco de liberdades consignadas pela nossa Constituição.
Na promoção e tutela dos direitos e liberdades educativos, a Sociedade e os poderes públicos têm
de garantir estes princípios básicos:

os primeiros responsáveis pela educação dos filhos são os pais ou os encarregados de
educação ou seu(s) representante(s) legal(ais);

os pais ou os encarregados de educação ou seu(s) representante(s) legal(ais) têm o direito de
decidir o tipo de educação que querem para os seus filhos, o direito de escolherem a Escola
que pretenderem, e o direito de serem respeitados nas suas convicções, quando não tiverem
possibilidade de optar;

os professores têm o direito de exercer a sua função docente com toda a liberdade,
respeitando o Projeto Educativo da Escola;

as pessoas, as instituições e os grupos sociais têm o direito de criar e dirigir Escolas e de aí
ministrar um tipo próprio de educação, isto é, de definir o seu próprio Projeto Educativo;

os poderes públicos têm a obrigação de facultar a todos os cidadãos o exercício prático do
direito à educação, garantindo a gratuitidade das Escolas e a liberdade de ensino.
A Escola, por seu lado, torna-se um dos garantes mais importantes do direito de todas as pessoas
à educação e um dos fatores mais decisivos para a estruturação e a vida da sociedade.
2. O exercício do direito de toda a pessoa à educação
O direito à educação comporta o direito de aceder a uma Escola que garanta o pleno
desenvolvimento da personalidade de todos e cada um dos alunos, a sua inserção crítica no meio
social e a sua preparação para a vida profissional.
Respeitamos e cumprimos o que a Lei de Bases do Sistema Educativo estabelece como
finalidades para a ação educativa Escolar, orientada pelos princípios e declarações da
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Constituição. Mas ainda mais abrangente é o conceito que nós atribuímos ao pleno
desenvolvimento da personalidade do aluno de acordo com a nossa conceção de Escola e de
Educação integral, na linha de uma Escola Católica.
3. A Escola é a resposta fundamental da sociedade ao direito de educação
A Escola tem um valor e uma importância fundamentais entre todas as instâncias educativas da
nossa sociedade, e está concebida como comunidade educativa que complementa a ação
educativa da família, de uma maneira mais direta. Através desta ação educativa, esta Escola do
Colégio de São Gonçalo ajuda o aluno a crescer em todos os aspetos da sua personalidade, a
saber viver comunitariamente e a colaborar na construção de um mundo mais humano e mais
feliz.
4.
Na nossa sociedade há diversos tipos de Escolas
No nosso País coexistem diversas visões do Homem, da vida e do mundo que enriquecem
continuamente o pluralismo social e cultural, que caracteriza o tempo em que vivemos, e propicia
o clima de colaboração e respeito mútuos. No campo educativo, este pluralismo traduz-se numa
diversidade de Escolas. Em cada uma destas Escolas, e segundo a sua identidade, a ação
educativa deve preparar os alunos para a compreensão e aceitação das diferentes maneiras de
pensar que enriquecem a nossa sociedade pluralista.
Para que este direito possa ser exercido, os poderes públicos deverão garantir tanto a pluralidade
de Escolas como a livre opção dos pais. Este direito de ensino, relativamente à Escola Católica,
está consignado e salvaguardado inclusive pela Concordata, celebrada entre a Santa Sé o Estado
Português.
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CAPÍTULO II: IDENTIDADE DA ESCOLA CATÓLICA
1.
Uma Educação ao serviço da pessoa humana
A Escola Católica configura-se como Escola para a pessoa e das pessoas! De acordo com estes
objetivos, no Colégio de São Gonçalo, enquanto Escola Católica, pretende-se:

promover a dimensão pessoal, ajudando os alunos a descobrirem e a desenvolverem as suas
capacidades físicas, intelectuais e afetivas, e a aceitar as suas próprias qualidades e
limitações;

promover o desenvolvimento da dimensão social e comunitária do aluno;

desenvolver a sua dimensão ética, religiosa,
e transcendente, alargando a nossa ação
educativa à área do sentido da existência humana, e apresentando a mensagem libertadora
de Jesus Cristo sobre o Homem, a vida, a história e o mundo.
Estas dimensões constituem uma unidade na pessoa humana, que cresce e amadurece através
da ação educativa, segundo a idade e a situação concreta de cada um.
Esta ação implica também os educadores, que, com os alunos e os pais, participam na caminhada
comum de formação contínua. Neste contexto, é preciso ter-se em conta que o desenvolvimento
da pessoa se realiza numas coordenadas espácio-temporais concretas, e que o acesso à própria
realização integral só é possível a partir da inserção do aluno na sua própria geração e na própria
sociedade.
2.
Uma educação ética e aberta ao transcendente
O Colégio de São Gonçalo, como comunidade educativa de matriz católica, tem especial
responsabilidade de dar relevo à dimensão ética e religiosa da educação, do ensino e da cultura,
com o objetivo de ativar o dinamismo espiritual do aluno e ajudá-lo a assumir a liberdade ética,
que dimana da liberdade psicológica e simultaneamente a aperfeiçoa.
Por isso, o Colégio de São Gonçalo, assume a dimensão ética e transcendente do homem e da
humanidade, como sendo uma dimensão eminentemente humana e, portanto, como um aspeto
que se deve ter em consideração ao promover o crescimento integral do aluno.
8
Nos nossos planos educativos:

damos importância à dimensão ética, estética, moral e religiosa da pessoa e da cultura, e
consideramo-la como a dimensão com maior incidência no processo de crescimento do
homem;

partimos do facto do homem ser um ser aberto a um âmbito de sentido que lhe é
transcendente, e consideramos que este facto o ajuda a descobrir a sua vocação e missão,
bem como o desígnio eterno e amoroso de Deus para cada um e para a Humanidade inteira;

procuramos que os alunos também se interroguem sobre o problema essencial da própria
vida, que acompanha a todo o homem e o ajuda a enfrentar o mistério de sua existência, de
modo a jamais configurarem o sentido da sua vida como acaso ou como destino;

mostramos aos alunos que a dimensão transcendente do homem lhe abre horizontes novos
para a vivência e para a interpretação da realidade pessoal do homem e do mundo;

ajudamo-los a descobrirem que a abertura à transcendência é a base e o fundamento da
nossa esperança ativa e comprometida;

mantemos na Escola a busca de Deus, conscientes de que não é suficiente que as crianças e
jovens adquiram na Escola somente alguns conhecimentos e algumas habilidades técnicas,
sem os critérios que dão uma orientação e um sentido a tais saberes e competências.

estimulamos os alunos a fazerem perguntas, não somente “sobre isto e aquilo”, o que é
positivo, mas sobretudo acerca do “de onde” e do “para onde” das suas vidas.
Assim, pois, propomo-nos:
- esclarecer os alunos sobre o mistério do homem e levá-los a procurar soluções para os
principais problemas da nossa época através do conhecimento e da vivência da mensagem de
Jesus Cristo;
- fazer de Cristo, da sua Pessoa e da sua Palavra, a referência central e a medida alta do
crescimento em humanidade e em santidade, de cada aluno, de modo a orientar a vida do aluno,
para a medida de Cristo, na sua plenitude!
- capacitar os alunos para abrir os seus olhos sobre a profundidade das coisas, a partir da
sabedoria cristã.
- consagramos o essencial do nosso trabalho a mostrar a maravilha de todo o ser humano e de
todas as coisas contribuiremos para lutar contra o flagelo do niilismo e do relativismo, que
caracteriza o nosso tempo. O desenvolvimento espiritual consistirá na busca do sentido profundo
9
da vida, na descoberta lenta, através do dom de si e do silêncio, do Cristo, que chama todo o ser
humano a crescer até à estatura do Homem novo.
- Despertamos a consciência, no aluno, da vida, como vocação, orientando-o não apenas no
sentido de descobrir o que «fazer na vida» (profissão) mas do que «fazer da vida» (vocação e
missão).
3. Pomos o acento em alguns valores, na perspetiva do Evangelho
A proposta educativa do Colégio de São Gonçalo, enquanto Escola Católica, inclui uma referência
explícita a alguns valores que enformam todo o conceito de homem e o ajudam a interpretar o
mundo na linha da fé. Não vamos fazer uma listagem exaustiva, mas queremos realçar alguns
valores aos quais o homem de hoje é particularmente sensível. Para os crentes, o Evangelho
apresenta-os como necessários. Em concreto, referimo-nos aos seguintes valores e atitudes:

atitude de aceitação entre educadores, alunos e famílias, recusando toda a discriminação por
motivos intelectuais, religiosos, económicos, sociais, etc.;

atenção especial a todos os alunos, famílias e setores sociais que sejam objeto de qualquer
tipo de marginalização;

gratidão e alegria, sem nos deixarmos abater pelas dificuldades da vida, e educando no
sentido da festa;

criatividade e espírito de renovação, fugindo à rotina, à indiferença e ao conformismo;

vocação educadora e amor ao trabalho, com tudo o que comportem de puramente pessoal e
de serviço aos outros;

participação empenhada na tarefa educativa, tornando real e visível a coresponsabilidade e a
comunhão entre todos os que convivem na Escola;

consciência do compromisso na construção de um mundo mais humano.
Nesta linha, queremos ainda destacar a vontade de promover a cooperação, a liberdade, a justiça
e a equidade, a solidariedade e a paz, a empatia, o sentido de responsabilidade, o sentido de
comunidade e de colaboração, o cuidado do bem comum, o respeito pela pessoa do outro, o
sentido do diálogo e do encontro, da ajuda mútua, o sentido da verdade, do perdão e a oferta de
uma segunda oportunidade, como sendo valores que enriquecem a ação educativa e porque a
sua promoção e defesa são urgentes na nossa sociedade.
10
4.
Educamos na liberdade e para a liberdade
A relação educativa é por sua natureza uma coisa delicada: de facto, ela chama em causa a
liberdade do outro que, mesmo se docemente, é contudo sempre provocada a uma decisão. Nem
os pais, nem os outros educadores se podem substituir à liberdade da criança, do adolescente ou
do jovem a quem se dirigem. E especialmente a proposta cristã interpela profundamente a
liberdade, chamando-a à fé e à conversão.
Queremos educar para esta dignidade e para esta liberdade, e para isso:
os educadores da nossa Escola têm de atuar como seres livres e respeitadores da liberdade

dos outros, de maneira que o seu comportamento seja um estímulo;
os alunos têm de aprender a pensar por eles próprios e devem habituar-se a atuar por

convicção própria;
todos têm de criar um clima de diálogo que promova a sã convivência e a livre expressão sem

prejuízos nem receios;
as crianças, os jovens e os adultos, trabalhando numa sã convivência normal, hão de

aprender a relacionar-se e hão de preparar-se para viverem juntos e para se
complementarem;
a ação educativa tem de procurar que os alunos adquiram gradualmente um conceito claro e

autêntico de liberdade, e ajudem a criar um ambiente que eduque em liberdade;
a estrutura participativa deve levar os alunos a assumirem responsabilidades de acordo com

os respetivos escalões e idades, preparando-os para a aceitação e o exercício de
responsabilidades sociais.
A proposta de uma certa escala de valores, o escalonamento de motivações na atuação das
pessoas, o uso de um correto espírito crítico diante de factos e de situações, o exemplo de
coerência na vida e na atuação dos educadores, e a oferta de oportunidades para tomar decisões
pessoais, são alguns dos meios que hão de acompanhar sempre a nossa educação na liberdade
e para a liberdade.
5.
Educamos para a justiça e para a fraternidade solidária
Concebemos a justiça como uma exigência da dignidade e da igualdade entre todos os homens
como filhos de Deus, e a educação para a justiça e a solidariedade como um fruto da nossa opção
11
de serviço ao homem. Por isso comprometemo-nos a colaborar positivamente na educação para a
justiça e a solidariedade,

lutando por conseguir uma política educativa que garanta uma real igualdade de
oportunidades no acesso à educação e os meios adequados para os alunos que necessitem
de uma educação especial;

tornando normal e fácil a integração no mundo Escolar daqueles alunos que tenham menos
possibilidades, e apoiando a promoção coletiva do meio social em que a Escola está
inserida;

valorizando equitativamente o trabalho dos alunos de acordo com as suas possibilidades e
com o seu esforço pessoal, evitando os privilégios e as discriminações;

promovendo a reflexão crítica sobre os atos de injustiça existentes na nossa sociedade, para
que os alunos não se deixem manipular nem se tornem cúmplices de injustiça através do
silêncio ou da indiferença;

desenvolvendo a sensibilidade dos alunos para comparticiparem tanto nas preocupações
como nas iniciativas e projetos que possam reverter em bem da comunidade, começando
pelo meio mais próximo;

fomentando a solidariedade com os mais pobres e marginalizados, os que estão em
dificuldades, os que são vítimas de desigualdades, os que padecem as consequências de
uma organização social desequilibrada e injusta;

levando os alunos a compreenderem que a solidariedade autêntica tem de se traduzir na
realização do próprio trabalho feito com generosidade e espírito de serviço, estando abertos
à colaboração com todos os que lutem por construir uma sociedade mais humana.
Para os que creem em Jesus Cristo, o compromisso para a justiça e a solidariedade tem de leválos a abrir caminhos de fraternidade que lhes permitam ir mais além daquilo que é exigido pelo
respeito e pela igualdade entre os homens.
6.
Educamos para a diferença, para a convivência e para a paz
O Colégio subscreve o imperativo de educar para a igualdade, sempre que a diferença inferioriza;
e de educar para a diferença, sempre que a igualdade descaracteriza.
Os cristãos têm de ser testemunhas daquela fraternidade que desenvolve e consolida o diálogo, a
cooperação e a paz entre os homens. Este testemunho é tanto mais urgente quanto mais as
12
tensões e os conflitos ameaçam a própria subsistência da comunidade humana. A Escola é um
lugar muito adequado para promover a educação para a convivência, e para preparar os alunos
para serem defensores e construtores da paz.
Partindo deste pressuposto, queremos:
promover o acolhimento franco e sem reservas daqueles que não partilham dos sentimentos

ou ideias da maioria, evitando toda a marginalização;
defender o reconhecimento e a compreensão das diferenças entre as pessoas, as etnias e os

grupos sociais por razão da língua, da cultura, dos costumes, das tradições, etc.;
assumir os valores específicos do nosso povo, procurando não instrumentalizar a cultura para

fins político-partidários e alheios à causa do Reino;
levar os membros da Comunidade Educativa a assumirem o compromisso de fazerem da

convivência entre os homens uma relação pacífica, fraterna e comunitária;
apoiar aqueles organismos, instituições e pessoas que, com sentido evangélico, lutem a favor

da convivência, da concórdia e da paz entre os povos.
Esta atitude de diálogo e de cooperação deve ser um sinal visível na nossa Escola. É uma
exigência do nosso cristianismo e um repto feito à educação. Assim, todos os membros da
Comunidade Educativa estão obrigados a desenvolver a relação cordial entre nós mesmos, com
outras Escolas, com a comunidade sócio-cultural envolvente e com toda a comunidade humana
sem limites geográficos, políticos ou económicos.
7.
Educamos para o Amor
“O amor humano tem necessidade de ser purificado, de amadurecer e também de se superar a si
mesmo, para poder tornar-se plenamente humano, para ser princípio de uma alegria verdadeira e
duradoura.

Em toda a obra educativa, na formação do homem e do cristão, não devemos portanto, por
receio ou por embaraço, deixar de lado a grande questão do amor: se o fizéssemos
apresentaríamos um cristianismo desencarnado.

Mas também devemos introduzir a dimensão integral do amor cristão, onde amor a Deus e
amor ao homem estão indissoluvelmente unidos e onde o amor ao próximo é um compromisso
concreto como nunca.

Especialmente os adolescentes e os jovens, que sentem vivo o chamamento do amor dentro
de si, têm necessidade de ser libertados do preconceito difundido de que o cristianismo, com
13
os seus mandamentos e as suas proibições, coloca demasiados obstáculos à alegria do amor,
sobretudo que impede apreciar plenamente aquela felicidade que o homem e a mulher
encontram no seu amor recíproco.
Ao contrário, a fé e a ética cristãs não querem sufocar o amor, mas torná-lo sadio, forte e

verdadeiramente livre: é precisamente este o sentido dos dez Mandamentos, que não são
uma série de “nãos”, mas um grande “sim” ao amor e à vida” (Bento XVI).
8.
Educamos para a Verdade
Juntamente com a necessidade de amar, o desejo da verdade pertence à própria natureza do
homem. Por isso, na educação das novas gerações, a questão da verdade certamente não pode
ser evitada: ao contrário, deve ocupar um espaço fundamental.

Hoje, um obstáculo particularmente insidioso à obra educativa é constituído pela presença
maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como
definitivo, deixa sozinho, como última medida, o próprio eu com as suas decisões, e sob a
aparência da liberdade torna-se para cada um uma prisão, porque separa uns dos outros,
reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do seu “Eu”.

Dentro de um horizonte relativista como este não é possível, portanto, uma verdadeira
educação: sem a luz da verdade; mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de facto,
condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, do
valor do seu compromisso para construir com os outros algo em comum. Por conseguinte, é
claro que não só devemos procurar superar o relativismo no nosso trabalho de formação das
pessoas, mas estamos chamados também a contrastar o seu predomínio destruidor na
sociedade e na cultura.

O Colégio de São Gonçalo, enquanto Escola Católica, não hesita em promover uma
verdadeira e própria “pastoral da inteligência”, e mais amplamente da pessoa, que tenha
seriamente em consideração as interrogações dos jovens quer as existenciais, quer as que
surgem do confronto com as formas de racionalidade hoje difundidas para os ajudar a
encontrar respostas cristãs válidas e inerentes, e finalmente fazer própria aquela resposta
decisiva que é Cristo Senhor.

Centrando a pergunta na verdade, alargamos, de facto, o horizonte da nossa racionalidade,
começamos a libertar a razão daqueles limites demasiado estreitos dentro dos quais ela é
confinada quando se considera racional apenas o que pode ser objeto de experimentação e
de cálculo.
14

E precisamente aqui dá-se o encontro da razão com a fé: de facto, na fé acolhemos o dom
que Deus faz de si mesmo revelando-se a nós, criaturas feitas à sua imagem; acolhemos e
aceitemos aquela Verdade que a nossa mente não pode compreender totalmente e não pode
possuir, mas que precisamente por isto dilata o horizonte do nosso conhecimento e permite
que alcancemos o Mistério no qual estamos imersos e reencontramos em Deus o sentido
definitivo da nossa existência.

Portanto, na educação das novas gerações não temos receio algum de confrontar a verdade
da fé com as autênticas conquistas do conhecimento humano. Os progressos da ciência são
hoje muito rápidos e com frequência apresentam-se em contraposição com as afirmações da
fé, provocando confusão e tornando mais difícil o acolhimento da verdade cristã.

Por isso o diálogo entre fé e razão, se for feito com sinceridade e rigor, oferece a possibilidade
de compreender, de modo mais eficiente e convincente, o bom senso da fé em Deus não num
Deus qualquer, mas naquele Deus que se revelou em Jesus Cristo e também de mostrar que
no próprio Jesus Cristo se encontra o cumprimento de qualquer aspiração humana autêntica.
9. A disciplina e o Professor de EMRC, na realização do nosso Projeto Educativo
Neste Projeto, para que concorrem obviamente todas as disciplinas e professores, é de absoluta e
insubstituível importância a(s) aula(s) e o(s) professor(es) de EMRC. Com efeito:

Os frutos do ensino orgânico da fé e da ética cristã dependem em grande parte do professor
de EMRC: daquilo que ele é e daquilo que ele faz. Ele é pessoa-chave, agente essencial na
realização do projeto educativo. Nesse sentido, propomo-nos valorizar o professor e as aulas
de EMRC, que no Colégio são sempre obrigatórias.
Estas aulas apresentam a mensagem cristã, a tradição da fé cristã a todos os alunos; à medida
que os alunos crescem, ir-se-á introduzindo o diálogo e o confronto com as outras religiões e
convicções. Este confronto só terá sentido se os alunos conhecerem a fé cristã e tiverem
aprendido a estabelecer a ligação entre a fé e as questões existenciais, nomeadamente, graças
ao estudo da Bíblia.

O diálogo e o confronto supõem um conhecimento aprofundado da fé. Graças às aulas de
EMRC, a Escola Católica pretende tornar o aluno capaz de se situar como pessoa, face à fé
cristã e, se assim o quiser, partilhá-la. Se não houvesse outra razão para a escolha do
Colégio, como comunidade educativa, a oferta qualificada e a inscrição obrigatória em EMRC
bastariam, por si só.
15

O parecer e a orientação educativa dos professores de EMRC sobre os alunos deverão ser
tidos em grande consideração, em todos os processos de acompanhamento e de avaliação,
quer da vida da Escola, quer da vida pessoal e moral, escolar e vocacional do aluno.

O caráter próprio e a razão profunda da Escola Católica, razão pela qual os pais católicos a
deveriam preferir, consiste precisamente na qualidade do ensino religioso integrado na
educação dos alunos.
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CAPÍTULO III: O IDEÁRIO DO COLÉGIO DIOCESANO DE SÃO GONÇALO
1. São três os princípios que norteiam a doutrina do nosso Ideário

Toda a pessoa sem qualquer discriminação - social, racial, filosófica ou económica - tem
direito a receber a educação mais apropriada ao desenvolvimento de toda a sua
personalidade.

São os pais que têm o direito de opção na escolha dos educadores e das instituições para a
educação dos seus filhos, durante o período em que estes ainda não tenham atingido a
maturidade de eleição e autonomia.

Todos os cristãos, porque regenerados pela água e pelo Espírito e constituídas novas
criaturas e filhos de Deus, têm direito à Educação Cristã. Esta propõe-se não só o
desenvolvimento global da pessoa humana mas também, e principalmente, uma vivência cada
dia mais profunda do dom recebido, da fé.
2. Uma educação integral
O Colégio de São Gonçalo programa a sua ação em ordem a despertar e promover o
desenvolvimento integral da pessoa humana.
Como Escola, reconhecida oficialmente, presta um serviço à Família, à Sociedade e à Igreja,
partindo dos objetivos legalmente estabelecidos, e cumprindo as leis que sejam o garante da
incorporação dos jovens na Sociedade e na Igreja, servindo-as e transformando-as.
O tipo de educação, promovido por qualquer escola, está sempre condicionado pela ideia de
homem que se pretenda conseguir através do processo educativo. Uma educação global implica o
desenvolvimento harmonioso e global da pessoa, na riqueza de todas as suas dimensões:
pessoal (física, intelectual, psicológica, afetiva), social, ética, estética, espiritual e profissional.
17
3. Queremos formar homens, cristãos, e servir a Igreja
O Colégio de São Gonçalo, enquanto Colégio Diocesano, reconhece-se e declara-se como Escola
Católica, compreendendo a sua missão, dentro das necessidades, orientações e desafios
pastorais da Igreja Universal, que está presente, viva e atuante, na Igreja Local desta Diocese do
Porto.
Por isso, fundamenta o seu Projeto Educativo numa conceção cristã do homem e do mundo; cria
um ambiente relacional e exterior que facilite a ação evangelizadora; promove o ensino religioso;
estimula o respeito e a promoção dos valores humanos, a educação para a liberdade, a abertura
ao mundo, o amor para com os outros e o acesso à vida adulta na fé.
O Colégio de São Gonçalo está aberto a todos aqueles que se comprometam, em espírito e em
verdade, com este Ideário.
4. Uma formação global, fiel a uma Tradição Humanista e Cristã
O Colégio de São Gonçalo propõe-se oferecer uma resposta para superar esta situação através
da educação pautada pela fidelidade criativa à tradição humanista e cristã, que garante o primado
dos valores éticos e espirituais. Esforça-se e consegue proporcionar uma formação global.
Dentro da dimensão pessoal, e numa visão cristã, o Colégio de São Gonçalo pretende formar
cada um dos seus alunos para:

a vida como dom e tarefa, vocação e missão;

o amor como vocação fundamental da pessoa;

a liberdade responsável , como dom e conquista, que se afirma na sua orientação para o
bem;

o amor à verdade e a sua procura, como corolário da dignidade humana;

o gosto pela verdade histórica e a descoberta da História, como desígnio de realização e
de salvação, da qual o aluno é ator e responsável;

a beleza, como expressão da criatividade humana e vestígio da verdade e do bondade
divinas;

a maturidade, que capacita a pessoa para tomar decisões definitivas;
18

o respeito pela palavra dada e a capacidade de escuta;

a persistência e a tenacidade perante os problemas da vida;

a abertura ao futuro e a esperança cristã;

o sentido do esforço, do estudo e do trabalho, no caminho do aperfeiçoamento humano e
na vida da santidade cristã;

a flexibilidade na mudança de atitudes e a adaptação a situações novas;

a sensibilidade humana, social e cultural, perante os grandes problemas locais, regionais,
nacionais e internacionais;

a originalidade pessoal apoiada numa atitude crítica e criativa;

a realização vocacional e profissional, na perspetiva do serviço e do dom de si mesmo.
As características da dimensão social ou comunitária em que o Colégio Diocesano está
empenhado, são:

Solidariedade com o mundo em que estão inseridos, respeitando e procurando o bem
comum:

Responsabilidade participativa e aceitação da autoridade legítima;

Respeito pelas ideias e pela consciência dos outros;

Procura da justiça e da compreensão nas relações de trabalho;

Compromisso na construção da fraternidade humana.
O Colégio de São Gonçalo considera que, na formação integral, não se pode prescindir da
dimensão transcendente e/ ou religiosa da pessoa. Isto porque a pessoa e a sociedade não
encontram o seu fim último em si mesmas, mas sim na sua abertura constante para Deus.
5. Opções educativas e compromissos pedagógicos do Colégio
Para se atingir a educação global proposta neste Ideário, o Colégio de São Gonçalo:

empenha-se numa formação científica, atualizada e exigente, a par do desenvolvimento do
sentido crítico, articulando, na procura da verdade, os âmbitos da razão e da fé, na procura de
resposta às perguntas fundamentais sobre a realidade e o mistério da pessoa e do seu
mundo;
19

Cuida da formação cultural, tendo em vista todos os aspetos da atividade humana, facilitando
uma verdadeira síntese entre fé e cultura;

Dá a conhecer os valores da arte, ao longo da história e incentiva a aquisição de algumas
formas de expressão artísticas;

Valoriza a Educação Física como domínio do próprio corpo e como suporte de comunicação e
relação.

Estimula a prática do desporto e o seu papel no cultivo de valores relevantes, como a
lealdade, a perseverança, a honestidade, a amizade, a partilha e a solidariedade. O Desporto
educa para a necessidade de esforço, empenho e sacrifício e generosidade, quando se
pretende atingir metas e apostar numa vida com valores e objetivos; pretende-se que o
Desporto eduque ainda na competitividade cordial e no saber encarar, com humildade e
serenidade, as vitórias e as derrotas, no esforço constante de superação dos próprios limites;

Estimula a educação ético-política, em ordem à formação de uma consciência livre e
responsável e de uma cidadania esclarecida e comprometida.

Promove o espaço da disciplina de “Educação Moral e Religiosa Católica” fundamental na
identidade católica do Colégio e essencial para se alcançar uma síntese entre a fé e a cultura;

Desenvolve a dimensão religiosa do ensino.
6. Dimensão religiosa do Ensino
O Colégio, enquanto Escola Católica, assume como próprios os programas vigentes, mas
concebe-os e transmite-os, no quadro global da perspetiva religiosa. Podem indicar-se alguns
critérios:

Respeito pelo Homem, como ser que procura a verdade, pelas vias da razão e da fé, ao pôrse os grandes problemas da existência;

Confiança na capacidade racional humana de conseguir alcançar a verdade, ao menos numa
certa medida;

Sentido crítico no julgar e escolher entre o verdadeiro e não verdadeiro;

O intercâmbio vital entre as culturas dos povos e a mensagem evangélica.

Convicção de que a plenitude de Verdade está contida na mensagem evangélica, encarnada
em Jesus Cristo. Esta Verdade acolhe, integra a sabedoria dos povos e os enriquece com a
revelação dos mistérios divinos, que só Deus conhece e que, por amor, quis transmitir ao
homem.
20
7. Casa e Escola de Comunhão
O Colégio Diocesano constitui uma comunidade educativa, formada por alunos, professores,
pessoal auxiliar, pais e Direção que participam ativamente na realização do Projeto Educativo da
Escola, tendo em vista as linhas orientadoras deste Ideário. Cada membro da comunidade
educativa contribuirá, com a sua parte, no âmbito das suas responsabilidades. A Direção é a
entidade responsável perante a Igreja e o Estado, pela Vida escolar do Colégio.
Na organização do Colégio, as formas de participação de cada um são as seguintes:

os educadores, através dos respetivos conselhos e associações;

alunos, conforme o seu próprio estatuto, direitos, deveres e associações;

os pais, através da Associação de Pais.
No Colégio deve promover-se as boas relações humanas entre todos aqueles que integram a
comunidade educativa.
Os antigos alunos e as suas famílias continuam a fazer parte da Comunidade Colegial. O Colégio
manterá com eles contacto ininterrupto, a fim de os ajudar na sua formação permanente.
As remunerações devem ajustar-se à dignidade da pessoa humana e ao trabalho realizado, de
acordo com a legislação em vigor.
A fim de se alcançar uma efetiva igualdade de oportunidades, devem adotar-se os meios eficazes
para que os alunos tenham acesso ao ensino em circunstâncias iguais.
Quanto às relações interpessoais, o Colégio Diocesano propõe-se:

Recomendar e exigir o respeito pelos colegas e por toda a pessoa;

Despertar a capacidade de relação interpessoal;

Educar numa atitude de serviço ao grupo e a cada colega;

Promover o trabalho em grupo;

Fomentar a solidariedade com a própria Comunidade Educativa;

Despertar o sentido de justiça e de amor à paz em todos os campos da convivência humana;
21

Criar uma atitude autêntico amor e espírito de serviço à nação, inserindo-se nela e na sua
cultura, sem excluir o nosso contributo para a construção da comunidade internacional;

Educar para a convivência e para o diálogo, entendido como procura, em comum, da verdade
e como iniciação ativa na vida social.
Os acontecimentos humanos serão ministrados dentro de uma visão cristã do homem e do
mundo. Para tal, o Colégio Diocesano:

Anuncia explícita e progressivamente a mensagem evangélica;

Ajuda a Comunidade Educativa a sentir-se firme na fé e a ser consequente com ela;

Cultiva a fé dos que já acreditam, e condu-los para um compromisso apostólico;

Os alunos católicos, e os que não professem outra fé ou, pelo menos, não se lhe oponham,
serão ajudados a inserirem-se na comunidade paroquial e diocesana. Encontrarão a forma de
aderir a associações e movimentos eclesiais juvenis e de colaborar em iniciativas locais;

Os próprios professores testemunharão a sua fé não apenas no contexto da comunidade
educativa do Colégio, como no âmbito da vida eclesial em que realmente se inserem.

Cria espaços de Oração em comum e de celebração dos sacramentos, com uma experiência
profunda da Comunidade Eclesial e como meio de conseguir uma assimilação pessoal e
crescente da fé.

Está atento à promoção de vocações de especial consagração na vida da Igreja, através do
discernimento atento e do apoio que for necessário, àqueles que o pedirem e urgirem.
O Colégio, atendendo à necessidade de atualização permanente do sistema educativo, propõe-se
realizar novas experiências pedagógicas com base nas carências científico-tecnológicas locais,
regionais e do país. Considerando a realização profissional como parte integrante do processo
educativo, os Colégio promoverá também cursos com planos próprios marcadamente
profissionalizantes e outros que entender adequados para dar resposta cabal às necessidades
dos alunos e às solicitações e exigências do mercado profissional e de trabalho.
22
CAPÍTULO IV: ESTILO DO COLÉGIO DE SÃO GONÇALO
1.
O Colégio de São Gonçalo é uma Comunidade Educativa
A dimensão comunitária da Escola Católica não é uma mera categoria sociológica ou uma moda
pedagógica; tem um fundamento teológico: a todos educa com a mesma atenção e perseverança,
sob a orientação do mesmo Mestre, que procura a qualidade e a educação em cada ato que a
ninguém rejeita e a todos oferece o caminho da fé cristã. A relação comunitária é fundamental na
fé cristã, que é uma proposta de vida fraterna na caridade, aberta a todos e no serviço ao próximo.
O Colégio de São Gonçalo pretende ser uma comunidade autêntica e verídica, quer em razão da
natureza comunitária da pessoa humana, quer pela dimensão relacional da educação, quer pela
expressão comunitária da própria fé.
A competência de quem trabalha no ensino é ser uma mulher ou um homem de relação. A
qualidade das relações entre os professores, entre o diretor e os professores, entre os professores
e o diretor com os alunos, com os pais, esta qualidade determina a imagem de Deus que
apresentamos aos alunos e que se manifesta na convivialidade quotidiana.
Esta nota comunitária implica uma pedagogia de proximidade, dedicação e corresponsabilidade
de todos no bom ambiente da Escola. A qualidade de relação torna-se um estímulo para um
melhor rendimento em resultados positivos, para que a Escola Católica seja fiel à sua identidade:
A ação educativa requer a colaboração coordenada de diversas pessoas. Portanto ninguém a
pode realizar eficazmente, isolando-se dos outros e renunciando ao enriquecimento que advém
do trabalho realizado em grupo.
A nossa conceção de educação cristã exige que o Colégio de São Gonçalo funcione como uma
autêntica Comunidade Educativa, isto é, que o conjunto de elementos que dela fazemos parte,
nos integremos harmoniosamente e ponhamos em comum ilusões, objetivos e realizações com
base no projeto educativo. Esta integração harmoniosa manifesta-se através de uma participação
efetiva, e duma ação educativa coerente. A responsabilidade que assumimos ao fazermos parte
da Comunidade Educativa obriga-nos a:

pôr em comum tudo o que sabemos e podemos realizar na ação educativa, e
disponibilizar, com espírito de serviço, a nossa competência e as nossas mestrias;
23

reconhecer diferenças de idade, experiência, preparação e capacidade, respeitar estas
diferenças e entregarmo-nos, sem reservas, ao trabalho;

esforçarmo-nos por construirmos uma comunidade viva na qual todos busquem o bem
dos outros, porque no Colégio tudo é comum e tudo interessa a todos;

colocarmo-nos na posição de aprendizagem e de crescimento, aceitando que cada um
pode aprender com os outros, que todos podem dar e que todos podem receber.
A construção de uma autêntica Comunidade Educativa é um objetivo que nunca atingiremos
totalmente, mas é o ideal que buscamos e o compromisso que assumimos.
Na medida em que a nossa Comunidade Educativa for realmente cristã, os crentes sentir-se-ão
acompanhados no testemunho e na vivência da sua fé, e poderão até aprender a viver como
membros da grande comunidade que é a Igreja, família de Deus e companhia de amigos na qual
somos inseridos com o Batismo.
2. A Instituição Titular garante o serviço educativo do Colégio de São Gonçalo
A Diocese do Porto, como Instituição Titular, é responsável pela definição e pela continuidade dos
princípios que inspiram o tipo de educação a ministrar, assim como pelos critérios de atuação que
garantem a fidelidade da ação educativa a estes princípios. O conjunto destes princípios e
critérios de atuação constitui a identidade própria do Colégio, que inspira e dá coerência ao
Projeto Educativo e ao Regulamento Interno do mesmo.
3. O aluno é o centro da Comunidade Educativa do Colégio de São Gonçalo
Na ação educativa partimos deste princípio básico: o aluno é o sujeito da própria formação.
Portanto, tudo o que realizarmos na Escola terá um objetivo bem definido: facultar ao aluno
ocasiões para crescer e amadurecer em todos os aspetos da sua personalidade. O aluno precisa
de ajuda e acompanhamento no seu processo formativo, mas ele é o principal agente desse
processo, o principal protagonista do seu próprio crescimento.
Este princípio determina o papel que corresponde ao aluno na dinâmica participativa do nosso
Colégio. Em cada uma destas etapas, ele deve intervir ativamente de acordo com as exigências
próprias da idade, e assumir responsabilidades na proporção das suas capacidades.
24
As possibilidades de participação dos alunos na vida do Colégio são muitas e variadas:

Expressão de interesses e inquietações através da relação educativa com maior
responsabilidade: diretores e professores;

intercâmbio de pontos de vista com os educadores, não só sobre o andamento do próprio
grupo-classe, ano ou turma, mas também sobre os problemas da sociedade;

assunção de responsabilidades na dinâmica própria da aula: aspetos materiais e pessoais,
processos de aprendizagem, aspetos didáticos, etc;

organização de grupos e associações, com o objetivo de canalizar opiniões, promover
atividades, propor consensos, tomar decisões, assumir compromissos, avaliar realizações,
etc.;

participação direta em órgãos colegiais de modo a representar interesses, propor iniciativas,
contrapor pareceres, colaborar na tomada de decisões, comparticipar nas responsabilidades,
etc.
Os alunos devem ser iniciados na participação de modo a aprenderem a participar e a
conseguirem a maturidade e a responsabilidade necessárias para enfrentarem, com espírito
solidário, as situações e dificuldades de cada dia.
4. Os Professores e o seu papel decisivo na vida do Colégio
Os Professores desempenham um papel decisivo na vida da Escola, porque estão diretamente
implicados e colaboram ativamente na aplicação do seu Projeto Educativo, com o qual se
identificarão, não apenas por um assentimento intelectual e teórico, mas por um consentimento
vital assumido pessoal e publicamente. Sabemos bem quanto os professores são figuras
essenciais na salvaguarda do caráter específico da Escola Católica, sobretudo no que diz respeito
à criação e preservação de uma atmosfera cristã, a partir do ambiente que geram à sua volta.
Enquanto docentes de uma Escola, que é simultaneamente uma Escola Católica, propomo-nos
selecionar, formar e acompanhar os nossos professores, tendo em conta estas características:

Estarem habilitados, ao nível das suas habilitações académicas, para o exercício da
lecionação;

Possuírem uma verdadeira arte de educar;
25

Serem capazes de estabelecer uma relação franca e de colaboração com os colegas, com os
quais criam vínculos de solidariedade e comunicação que facilitam o trabalho em grupo e a
coerência e a continuidade da ação que entre todos realizam;

Colaborarem com todos os agentes educativos, sem esquecer o lugar e papel dos pais;

Esforçarem-se por suscitar a ação pessoal e o empenho dos alunos no estudo e na vida da
comunidade escolar;

Procurarem uma relação interpessoal de amor entre educador e aluno, assente nos princípios
da liberdade e da caridade;

Escutarem os alunos, através de perguntas, confidências, observações críticas, propostas
para melhorar o trabalho de turma e a vida de ambiente; deste modo enriquecerão a
experiência dos educadores e facilitarão o empenhamento comum no processo educativo;

Acabado o curso escolar, continuarem a acompanhar os alunos com o conselho, a amizade;

Serem capazes de se corresponsabilizarem pela ação educativa global e intervirem
ativamente nas estruturas de orientação educativa do Colégio;

Exercerem a profissão, como vocação e missão;

Darem testemunho de Cristo, como Mestre único;

Serem capazes de fazer a síntese entre a fé e a cultura; entre a fé e a vida, a partir também da
sua própria experiência pessoal;

Atenderem aos desafios que a cultura coloca à fé e, quando não souberem conciliar as
aparentes contradições entre a história, a ciência e a fé, terem a preocupação de chamar um
professor de EMRC, para esclarecer eventuais pontos de conflito;

Facilitarem, no leque de relações e de partilhas, um intercâmbio humano e divino;

Lecionarem as disciplinas curriculares, numa tríplice perspetiva: um saber a adquirir, valores a
assimilar, virtudes a descobrir;

Não permitirem que Deus seja o grande ausente ou intruso da vida escolar;
Os professores dão à sua tarefa educativa o sentido e a coerência que exige o Projeto Educativo
do Colégio e o tipo de educação que este oferece, de acordo com a Instituição Titular e os pais
dos alunos.
Nesse sentido, os professores do nosso Colégio são preferencialmente escolhidos em função das
suas habilitações e competências, bem como do seu grau de adesão e de participação na vida da
comunidade eclesial.
26
O Colégio de São Gonçalo esforça-se ativamente para que todos atinjam o nível económico que
merecem, juntamente com a devida estabilidade e segurança no trabalho.
5. O pessoal administrativo e de serviços presta uma valiosa colaboração
A estrutura e o funcionamento do Colégio de São Gonçalo implica certas atividades, que só
podem ser realizadas, com eficácia, por aqueles que não estão diretamente relacionados com a
ação educativa. Estas pessoas desempenham funções diferentes, mas todas necessárias: a
gestão económica, a secretaria, a assessoria psicopedagógica, a conservação dos edifícios, os
equipamentos e meios didáticos, etc.
Este pessoal administrativo e de serviços constitui, pois, uma parte importante da Comunidade
Educativa: ocupando lugares e assumindo responsabilidades próprias, presta uma valiosa
colaboração à Instituição Titular, à Direção, aos professores, aos alunos e às famílias.
De facto, este pilar está formado por pessoas que, segundo a missão que lhes é confiada,

colaboram, de maneira solidária, na marcha do Colégio e comprometem-se com a ação
educativa que aí se realiza;

complementam o trabalho educativo dos professores como psicólogos, reeducadores,
monitores, etc.;

assumem as funções correspondentes à gestão económica e velam pela correta
administração dos bens próprios da Escola;

realizam os trabalhos de secretaria e colaboram com a Direção, os coordenadores e
professores no exercício das respetivas responsabilidades;

contribuem para manter o Colégio em condições para que todos os membros da Comunidade
Educativa se possam sentir bem e levar a bom termo as tarefas que lhes são confiadas.
Com todos os outros elementos da Comunidade Educativa, o pessoal administrativo e de serviços
pode participar em tudo o que a Escola é e em tudo o que a Escola oferece, já que tudo é possível
porque todos aportam iniciativas, ilusões e trabalhos segundo as suas respetivas competências e
responsabilidades.
27
O Colégio compromete-se a formar cristãmente todos os seus empregados de modo a
sintonizarem a sua presença e atividade com o espírito do projeto educativo.
6. Os pais participam ativamente na vida do Colégio
Os pais são os principais responsáveis pela educação dos seus filhos, e muitos desejam que a
educação iniciada na família tenha continuidade na Escola. Por isso optaram pelo nosso Colégio,
por acharem que ele dá continuidade à sua ação educativa.
Os pais cristãos que confiaram os seus filhos ao nosso Colégio, optando pela sua identidade, têm
uma responsabilidade peculiar. O Colégio necessita, de uma maneira muito especial, da sua
ajuda e colaboração, e devem velar para que se mantenha e atualize constantemente o tipo de
educação que a Escola se comprometeu a oferecer à sociedade.
As famílias, que, porventura, não tenham podido fazer uso da sua liberdade ou que tenham
recorrido ao nosso Colégio por razões alheias ao seu Projeto Educativo, saibam que, pelo facto
deste Colégio ser cristão, ele tem de respeitar o pluralismo e de acolher todos os alunos sem
distinção.
Os alunos e seus pais devem conhecer, de forma suficiente, o tipo de educação que o Colégio
diocesano ministra para poderem colaborar eficazmente na sua realização.
A Associação de Pais é o canal normal de participação dos pais dos alunos no nosso Colégio, nos
termos do Regulamento Interno do Colégio;
7. A relação entre a família e o Colégio enriquece a Comunidade Educativa
A conceção do Colégio de São Gonçalo como sendo um complemento da família faz com que se
estabeleça uma relação fecunda entre o Colégio e a família através do intercâmbio e da
cooperação entre os pais e os educadores com o objetivo de se conseguir uma ação educativa
coerente.
No nosso Colégio, queremos desenvolver esta relação, para que:

os filhos-alunos possam receber uma proposta educativa coerente e que garanta a
continuidade da ação formativa iniciada no lar;
28

os educadores tenham ocasião de completar o conhecimento que têm dos alunos e possam
reforçar, assim, as suas possibilidades de ajuda e orientação;

os pais recebam a informação necessária sobre o progresso ou dificuldades dos seus filhos no
desempenho Escolar e estejam em condições de dar aos educadores o suporte que
necessitam na sua ação formativa;

a ação educativa Escolar seja uma ajuda e um estímulo no trabalho formativo que os pais
realizam com os filhos.
Esta cooperação mútua deverá fundamentar-se numa relação
constante entre pais, tutores, professores e direção do Colégio. Esta relação dá fecundidade e
coerência à ação educativa e contribui para se atingir um bom nível de qualidade na formação
integral dos alunos.
8. Orientamos os alunos no seu trabalho educativo
Toda a educação é um processo de estímulo e de ajuda no crescimento do aluno, que deverá
descobrir as suas aptidões e limitações e deverá aprender gradualmente a autogovernar-se e a
desenvolver as suas capacidades. Este estímulo e esta ajuda terão de ser personalizados, isto é,
acomodados às necessidades de cada aluno, tendo em conta o meio do qual ele faz parte.
A personalização implica igualmente a humanização da vida de relação, já que o aluno não é um
ser isolado, mas, sim, um ser aberto aos outros e criado para participar na vida comunitária.
O Colégio de São Gonçalo pretende orientar o aluno no seu trabalho formativo de acordo com
estes princípios. Portanto, na medida das suas possibilidades:

partilha da situação real de cada aluno e do conhecimento do seu meio familiar e social;

descobre as necessidades específicas de cada aluno e as suas possibilidades de crescimento
e maturação, através do oportuno diagnóstico educativo;

elabora um programa de orientação que o ajudará a superar as dificuldades e a despoletar
todas as suas capacidades;

desenvolve o interesse pelo trabalho individual e motiva o esforço constante que ajuda o aluno
a avançar no seu processo de aprendizagem;

fomenta a dimensão social do processo educativo, e apoia o trabalho em grupo e, através
dele, a cooperação e a solidariedade;
29

ajuda os alunos na compreensão e aceitação da sexualidade, e no reconhecimento da
importância desta na formação da própria personalidade;

põe ao seu dispor os serviços psicopedagógicos necessários para a sua orientação vocacional
e profissional.
A personalização do ensino e da educação exige dos educadores e professores uma boa
preparação prévia, e a adoção de atitudes e métodos pedagógicos que estimulem e orientem o
trabalho dos alunos e os ajudem a avaliar os resultados. Para a realização deste objetivo, é
necessário que o número de alunos permita uma atenção individualizada e que os professores e
tutores disponham dos meios necessários e da dedicação suficiente.
9. Promovemos a descoberta de valores e a formação de atitudes
No Colégio de São Gonçalo levamos muito a sério a educação para os valores, e propomo-nos
orientar os alunos na sua realização pessoal, de maneira que possam aprofundar o sentido da sua
identidade, como pessoas e como membros de uma comunidade.
Procuramos, também, com a nossa ação educativa, pôr em relevo a formação de atitudes, como
sendo um aspeto básico da formação integral.
Para isso, partimos do facto da educação para os valores se realizar fundamentalmente através
da vivência de atitudes, uma vez que ela tem de refletir coerência entre o que se deve fazer e o
que se faz, se queremos criar um clima propício para a educação.
Queremos, pois, que os alunos não só aprendam a pensar e a fazer, mas também que aprendam
a ser e a partilhar. E, dado que isto decorre do facto dos comportamentos, valores e atitudes não
se poderem impor, mas de terem de ser descobertos e assumidos por cada pessoa, grupo,
comunidade e povo,

propomos aos alunos situações concretas que os ajudem a preparar-se para saberem tomar
opções com liberdade e responsabilidade;

motivamo-los para a aquisição e maturação de critérios de valor adequadamente estruturados
que pautem a sua conduta;

damos importância à descoberta e assunção dos valores que os ligam a um grupo humano
que os leve a partilhar a sua autenticidade com o resto dos homens;

pretendemos que todo o desempenho docente e educativo do Colégio, a programação, a
metodologia, as relações interpessoais e a própria organização do Colégio se inspirem numa
30
proposta coerente de valores e expressem uma profunda vivência de atitudes através da sua
dinâmica e funcionamento.
Desta maneira, entre todos, procuramos criar um clima que, por ele mesmo, seja educativo, pois
exprime convicções e aponta para o compromisso.
10. Adotamos uma metodologia didática aberta e flexível
A educação humanista que nos propomos oferecer aos nossos alunos implica uma metodologia
didática consequente com os objetivos que pretendemos na formação do homem. De facto, a
metodologia usada na ação educativa Colégio tem uma incidência muito significativa no
desenvolvimento da personalidade, na autorrealização e na autonomia do ser e do aprender,
assim como no sentido de cooperação e solidariedade.
Por isso, o Projeto Educativo do Colégio exige a concretização de uma metodologia aberta e
flexível que seja capaz de integrar em cada momento os avanços pedagógicos para se manter em
constante atualização. Na definição e realização desta metodologia procuramos ter em conta os
seguintes aspetos:

adaptação às possibilidades reais do Colégio e às necessidades dos alunos, respeitando
sempre todas as disposições legais vigentes;

ensino personalizado como resposta às necessidades de crescimento e maturação de cada
aluno;

implemento da atividade dos alunos, individualmente e em grupo, com a intenção de apoiar a
máxima auto realização;

estudo dos resultados da investigação educativa e análise das possibilidades da sua aplicação
à nossa realidade;

realização de experiências de inovação pedagógica em colaboração com outras Escolas de
características semelhantes;

avaliação constante das inovações didáticas e de organização para aferir o grau da sua
incidência no melhoramento da qualidade do ensino e da educação.
Por tudo isto, levamos à prática e aprofundamos, continuamente, o impacto de alguns destes
aspetos e a incidência que eles têm na ação educativa da nossa Escola.
31
11. Damos atenção ao âmbito cognoscitivo e fomentamos o desenvolvimento intelectual
Grande parte do trabalho que realizamos no Colégio de São Gonçalo, está orientado para o
enriquecimento do âmbito cognoscitivo do aluno, tendo em conta o aperfeiçoamento total da sua
personalidade. Ao suscitarmos nos alunos a inquietação pela busca da verdade, estamos a abrirlhes o acesso ao saber e a desenvolver-lhes o grau de interpretação e valorização da realidade, a
sua inserção crítica no contexto sócio-cultural, e o seu ingresso no mundo do trabalho. Com este
critério, damos a devida importância ao trabalho intelectual para que cada aluno possa
desenvolver ao máximo as suas capacidades.
Para atingir este objetivo:

procuramos que as propostas de aprendizagem correspondam aos interesses dos alunos e
estejam em conexão com as suas experiências pessoais;

pretendemos dar resposta às questões e problemas que se apresentam, permitindo o
enriquecimento progressivo e evolutivo das suas estruturas intelectuais;

desenvolvemos o seu espírito crítico para que saibam defender, conscientes e responsáveis,
as suas ideias;

entendemos que a acumulação de dados sem sentido, a visão estática dos conhecimentos e
a parcelamento do saber, dificultam mais do que facilitam o processo do desenvolvimento
intelectual;

fomentamos a aprendizagem de técnicas de estudo e o desenvolvimento daquelas
capacidades que preparam os alunos para o acesso ao saber ao longo de toda a sua vida.
A programação e realização da ação docente dos professores, e o trabalho de aprendizagem dos
alunos ocupam um lugar cimeiro na ação educativa global, dado que o Colégio de São Gonçalo
pretende educar, sobretudo, através da aquisição e assimilação crítica da cultura.
12. Apoiamos a educação através do movimento
O aluno é um sujeito ativo, e o seu corpo dispõe de múltiplas possibilidades de movimento e de
expressão que têm de ser adequadamente testadas no seu processo de crescimento e de
maturidade. No Colégio de São Gonçalo, a educação através do movimento não é considerada
como um facto isolado, mas antes como um aspeto básico da ação educativa global.
De facto, a formação da dimensão bio-psicológica da pessoa engloba o desenvolvimento das
suas possibilidades fisicomotoras e psicomotoras. Sem este desenvolvimento, a formação integral
32
da pessoa não é possível. Com a educação através do movimento, propomo-nos alcançar os
seguintes objetivos:

desenvolver a capacidade de expressão e de comunicação, ajudando os alunos a
experimentar emoções e sentimentos;

fomentar a maturidade psicomotora e o desenvolvimento fisicomotor;

melhorar a qualidade da saúde e possibilitar a integração do jovem no meio natural;

desenvolver a criatividade através do movimento e descobrir o prazer que a experiência do
movimento é capaz de provocar;

desenvolver a relação de cooperação e compreensão para com os outros e realçar os
aspetos enriquecedores da convivência.
O espaço Escolar permite uma ampla listagem de atividades que podem ser programadas e
realizadas com esta finalidade. Entre outras, recordamos o jogo, a psicomotricidade, a expressão
corporal, a ginástica, a dança, a iniciação desportiva e as atividades ao ar livre.
13. Colaboramos na atividade dos alunos e promovemos a prática das suas destrezas e
habilidades
O aluno é o principal protagonista do seu processo de aprendizagem e maturidade. Desde os
primeiros anos, tem capacidades próprias que ele mesmo há de exercitar sem que alguém o
possa substituir. Em concreto, a aprendizagem comporta duas atividades: uma interna por parte
de quem aprende, o saber acerca das coisas, e outra externa, a prática de destrezas, habilidades
e técnicas, que introduzem o aluno na área do saber fazer.
Por este motivo, adotamos um método de trabalho que:

dá especial importância ao desenvolvimento da inteligência através do recurso a técnicas
apropriadas de estudo e de trabalho, e promove o adequado exercício e desenvolvimento da
memória;

suscita e estimula a atividade, a descoberta de capacidades e a prática de destrezas na área
da investigação, da arte e do lazer;

desenvolve a capacidade de expressão e comunicação na linguagem própria dos alunos;

promove uma aprendizagem baseada no interesse e motivação constante, sem excluir o
esforço pessoal no trabalho individual e em grupo;
33

fomenta a iniciativa e a espontaneidade dos alunos;

ajuda-os a compreenderem e a aceitarem as regras do jogo do trabalho em comum, isto é, o
respeito, a ordem e a autodisciplina;

fomenta a autonomia no trabalho e a autoavaliação.
Estes critérios têm aplicações diversas segundo a idade e a preparação dos alunos: nos primeiros
níveis, a observação, a exploração e a manipulação de objetos concretos; mais adiante, a
investigação, a experimentação e as relações interdisciplinares; e sempre, o trabalho individual e
em grupo e a autoavaliação de todo o processo e do trabalho realizado com a orientação dos
professores. Os professores programam e realizam o próprio trabalho como educadores com vista
à motivação e orientação constante das atividades educativas dos alunos.
14. Projetamos a educação para além da aula e do horário letivo
A nossa proposta para a formação integral implica uma conceção de Escola que vai mais além do
que permite o horário Escolar, e ajuda os alunos a abrirem-se a um mundo de dimensões cada
vez mais amplas.
Esta conceção de Escola inclui critérios educativos que têm a sua aplicação numa ampla gama de
serviços e atividades que, por sua vez, dão resposta a um conjunto muito variado de interesses e
capacidades dos membros da Comunidade Educativa.
De acordo com estes critérios, pretendemos que o nosso Colégio se torne num centro de
promoção cultural, social e pastoral para a região, e procuramos:

estabelecer um diálogo construtivo com as outras instâncias educativas da sociedade (Escola
paralela);

desenvolver todas aquelas atividades escolares e extraescolares que promovam a educação
nos tempos livres e estimulem interesses e afeições segundo a idade de cada aluno;

promover a criação de grupos de formação, a organização de jornadas e atividades culturais,
a participação da Escola em concursos literários e artísticos, a colaboração em obras e
serviços de promoção social, etc.;

preparar os alunos para o acesso ao mundo do trabalho através da orientação escolar e
profissional e de outras iniciativas: bolsa de trabalho, reciclagem, relação escola-empresa,
etc.;
34

estabelecer uma particular relação com as paróquias da cidade de Amarante, nomeadamente
com a de São Gonçalo, sede do seu Padroeiro, facilitando um intercâmbio de recursos
humanos e pastorais;

dar resposta às inquietações sociais, religiosas e pastorais dos professores, das famílias e dos
alunos crentes, através de serviços de catequese, para aqueles a quem essa forma de
educação da fé não é oferecida, no todo ou em parte, na comunidade paroquial da residência
do aluno; e eventualmente através de catecumenato, como forma típica de iniciação cristã,
para os não batizados que se propõem viver a fé cristã; são de promover convívios formativos,
a relação com movimentos e associações locais, paroquiais e diocesanas, etc.;

colaborar nas atividades que sejam promovidas por outras instituições educativas da zona e
que possam complementar a ação formativa Escolar.
Para a realização de todas estas atividades, o Colégio pode contar com a ajuda especial da
Associação de Pais, com a colaboração da equipa de professores e com a iniciativa e a dedicação
dos próprios alunos.
15. Pomos os avanços tecnológicos ao serviço da educação
Preparamos os alunos para a vida, ensinando-os a escolherem e a compreenderem as novas
formas de expressão, que se vão tornando habituais na nossa sociedade, e a fazerem uso da
tecnologia que caracteriza os novos meios de comunicação, como sendo mais um recurso ao
serviço da promoção pessoal e da construção da sociedade. De acordo com as possibilidades que
o Projeto Educativo do Colégio nos proporciona, vamos enriquecendo gradualmente a equipa
didática com a incorporação de novos meios que possibilitem a aprendizagem e o uso da
tecnologia mais apropriada à educação.
Seguindo estes critérios:

estimulamos o uso do material didático como sendo um complemento e ajuda à ação docente;

ajudamos os alunos a escolher e a experimentar a informação que os meios de comunicação
põem ao seu dispor através da palavra e da imagem;

preparamos os alunos para compreenderem e usarem corretamente as novas formas de
comunicação;

pomos os avanços tecnológicos ao serviço da ação docente como sendo mais um serviço ao
ensino personalizado e uma ajuda à criatividade e à investigação educativa;
35

fomentamos o uso destes meios como sendo canais de expressão e apoiamos a relação e o
intercâmbio de experiências com as outras escolas.
Para financiar estes meios pedagógicos, esperamos que o Colégio, considerado como um serviço
público e aberto a todos, receba o adequado suporte financeiro da Administração Educativa, para
que possa oferecer um ensino de qualidade e colaborar eficazmente com as outras Escolas na
renovação do sistema Escolar do País.
16. Temos o nosso processo de autoavaliação
Consideramos a avaliação como um processo contínuo que nos indica se estamos a avançar na
direção correta e se o estamos a fazer ao ritmo previsto. Um processo de avaliação adaptado à
realidade da nossa Escola permite-nos verificar o grau de qualidade da ação educativa e a
adequação da nossa pedagogia aos interesses e necessidades dos alunos. Este processo é
aplicável aos diversos campos da vida da Escola e aos diversos momentos do processo
educativo, e inclui os seguintes aspetos ou fases:

a exploração inicial (avaliação de diagnóstico), que nos indica a realidade da qual partimos e
nos leva a conhecer as necessidades dos alunos e da Escola na área em que se está a
processar a revisão;

a realização dos objetivos que nos propomos em cada momento determinado;

a identificação das diversas alternativas que nos podem ajudar a alcançar o objetivo desejado;

a seleção dos meios, métodos, estratégias e atividades que nos podem fazer avançar de
maneira mais segura e mais rápida de acordo com as necessidades;

a verificação experimental do caminho escolhido e das dificuldades que vão surgindo.
Todos os aspetos e dimensões da Escola e do processo educativo são, num momento ou noutro,
objeto de avaliação: o plano de estudos, o trabalho docente, o programa educativo, a organização
escolar, os órgãos participativos, assim como os diversos âmbitos do crescimento e maturidade
dos alunos, isto é, os aspetos cognitivos, afetivos, sociais, etc.
A aplicação do processo de avaliação deve ser um estímulo e uma orientação constante, que nos
hão de conduzir ao melhoramento da ação educativa do nosso Colégio.
36
CAPÍTULO V: O MODELO ORGANIZATIVO DO COLÉGIO DE SÃO GONÇALO
1. A nossa Escola presta um serviço de interesse público
A transcendência da Escola como um serviço à comunidade é muito grande; por isso os poderes
públicos devem reconhecer eficazmente a sua ação e dotá-la com os meios adequados.
O Colégio de São Gonçalo quer ser considerado como um serviço de interesse público, já que
reúne as seguintes características:

dá resposta a uma opção educativa que a nossa realidade social reclama, de acordo com as
liberdades fundamentais dos cidadãos reconhecidas na Constituição;

está aberto ao financiamento público de modo a poder garantir a gratuitidade da educação e a
evitar toda a discriminação por motivos económicos;

desempenha uma função de serviço a crianças, adultos e comunidade envolvente, e está
aberto a todos os que desejem a educação que nela se ministra;

conta com uma equipa de professores e colaboradores que se comprometem a dar uma
educação coerente e de qualidade a todos os alunos;

tem o apoio e o estímulo dos pais dos alunos, comprometidos com a opção educativa própria
da escola;

promove a participação ativa dos diversos elementos da Comunidade Educativa.
O Colégio de São Gonçalo pretende pôr-se à disposição da sociedade como uma comunidade em
que todos são aceites, em que todos podem dialogar, ouvir e ser ouvidos e em que todos os que a
ela pertencem se sentem corresponsáveis.
2. A nossa Escola insere-se no contexto da Região Norte e está ao serviço do País
O Colégio de São Gonçalo quer participar no processo que pretende salvaguardar a identidade de
Portugal como um povo que tem uma cultura própria, uma língua e uns costumes e tradições
próprios. Por isso:

reflete os traços próprios de Portugal e da Região Norte e procura transmiti-los às novas
gerações;
37

potencia os valores específicos da realidade portuguesa num clima de integração e abertura a
todos os homens e culturas;

insere a sua ação educativa no contexto sócio-cultural português através da defesa da língua,
dos costumes e da cultura do País;

ajuda os alunos e suas famílias a conhecerem o meio em que vivem e a inserirem-se no
mesmo;

procura que os alunos e famílias oriundos de outras regiões ou regressados do estrangeiro
tenham a possibilidade de se integrarem nesta região sem renunciarem à sua própria cultura;

colabora na renovação do sistema educativo e no melhoramento da qualidade da educação
em todas as Escolas do País, pelas quais se sente responsável e solidária.
Esta inserção na realidade sócio-cultural do nosso País e o compromisso de serviço aos cidadãos
são, também, expressão concreta da identidade cristã e da vocação evangelizadora da nossa
Escola, de acordo com os desígnios pastorais da Diocese do Porto.
3. A participação está em função da Comunidade Educativa
Alunos, pais, professores, entidade titular e pessoal administrativo e de serviços desempenham,
conjuntamente, uma missão que nos aglutina e que faz convergir os nossos esforços e ilusões: a
formação integral dos alunos.
A consecução deste objetivo requer a colaboração de todos, em clima de aceitação e respeito
mútuos, de serviço a uma causa comum e de corresponsabilidade.
Esta participação coordenada e corresponsável das diversas pessoas e grupos é fundamental
para construir a nossa Comunidade Educativa.
Três princípios básicos ajudam-nos a colocar esta participação no lugar que lhe corresponde:

o objetivo prioritário do nosso Colégio e o que justifica a sua existência e dá sentido à ação
que realiza, é a formação integral dos alunos tal como está definida neste Projeto Educativo;

Todos os que estejam implicados nesta ação fazem parte integrante de uma Comunidade
Educativa, na qual os interesses individuais cedem o lugar aos objetivos coletivos, e, em
concreto, ao objetivo prioritário do Colégio;

Esta Comunidade Educativa é construída, dia a dia, e expressa-se e atua através de uma
participação corresponsável.
38
A participação abre horizontes à iniciativa dos alunos, pais e professores, e põe em jogo um
conjunto de ilusões e energias que motivam e estimulam a ação educativa global do Colégio.
4.
Os critérios que inspiram a participação
A complexidade da ação educativa Escolar exige que todos os que nela intervêm o façam de uma
maneira orgânica e concertada, já que os graus de responsabilidade, a capacidade e as
possibilidades de dedicação são muito diferentes. Por isso diferenciam-se também os âmbitos e
níveis de participação.
Os critérios que ajudam a determinar estes níveis e âmbitos de intervenção dos vários
participantes na gestão do Colégio são os seguintes:

A identidade católica e a finalidade educativa da Escola. Tanto a composição dos órgãos
colegiais, como as intervenções pessoais dos pais, professores e Instituição Titular, têm razão
de ser em função do objetivo prioritário da Escola: promover o crescimento e a maturidade dos
alunos de acordo com o projeto educativo.

Corresponsabilidade. Todos assumem o compromisso de colaborar com a comunidade
educativa para levar a bom termo as decisões que se tomem e para aceitar as consequências
que daí possam advir.

Subsidiariedade. Determina-se claramente o campo de ação e as competências dos diversos
órgãos de governo unipessoais e colegiais, promove-se o exercício da responsabilidade que é
própria de cada um, fazendo com que os órgãos superiores de governo respeitem as
atribuições dos órgãos inferiores.

Representatividade. Todos os membros da comunidade educativa podem contribuir para o
processo que conduz à tomada das decisões que a todos afetam

Globalidade. Todas as ações e medidas devem ser tomadas e levadas a cabo numa
perspetiva de conjunto, que conduza a uma convergência coerente na realização do projeto
comum que congrega toda a comunidade educativa.
Estes critérios complementam-se mutuamente e ajudam na definição das competências e do grau
de responsabilidade dos diversos órgãos de governo da Escola.
39
5. Uma gestão com base na corresponsabilidade
A organização da vida académica do Colégio terá em conta a legislação em vigor. Esta, por sua
vez, reconhece à Igreja (Diocese do Porto), o direito de poder estabelecer o Ideário Próprio do
Colégio e de o dirigir com a colaboração de professores, alunos, pais de alunos e pessoal de
administração e serviços.
Estes princípios, juntamente com os critérios que inspiram a participação, ajudam a determinar o
modelo de gestão mais adequado ao Colégio, isto é,
a composição, competências e normas de funcionamento dos órgãos colegiais: Direção,

Conselho Pedagógico, etc;
as funções que competem a cada um dos órgãos de governo singulares: Diretor, Diretor

Pedagógico, Assessores Pedagógicos, etc;
os critérios para a designação dos diversos membros dos cargos de responsabilidade:

competência profissional, capacidade de compromisso, dedicação, amor e serviço à Igreja,
etc;
e, em geral, os canais de participação de todos os membros da comunidade educativa.

O Regulamento Interno do Colégio recolhe o conjunto de normas, que regem o funcionamento do
Colégio, e garante a adequada coordenação entre todos os elementos que constituem a
comunidade educativa. Este Regulamento, elaborado de acordo com os preceitos legais e com
base no conteúdo deste Projeto, será aprovado pela Entidade Titular - Seminário Menor de Nª Srª
do Rosário de Vilar, pelo Diretor, Diretor Pedagógico e Conselho Pedagógico.
6.
Os Órgãos de Administração e de Gestão da Escola
ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO COLÉGIO
a) Entidade Titular (Representante);
b) Diretor;
c) Diretor Pedagógico;
d) Assessores Pedagógicos;
e) Conselho Pedagógico;
f)
Conselho Administrativo;
40
A Entidade Titular – Seminário, representada pelo seu Diretor
É o órgão que define os objetivos do Colégio, o seu Ideário, a sua estrutura orgânica, bem como o
seu projeto científico, cultural e pedagógico, a forma de governo, gestão e organização que adota
e os demais aspetos fundamentais da sua organização e funcionamento.
O Diretor
É o órgão ordinário de governo do Colégio, nomeado pelo Bispo Diocesano, em ordem a prover
ao seu cuidado pedagógico, administrativo e pastoral. Para o cumprimento pleno das suas
funções, o Diretor pode ser apoiado por um (ou mais) Assessores. Compete, nomeadamente, ao
Diretor, propor ao Bispo da Diocese, a nomeação do Diretor Pedagógico e, presidir ao Conselho
Administrativo e, sempre que o entender, ao Conselho Pedagógico.
Diretor Pedagógico
O Diretor Pedagógico é nomeado pela Entidade Titular, sendo responsável pelo processo de
desenvolvimento educativo do Colégio. Responde perante o Diretor, perante a entidade titular,
perante os organismos oficiais e civis, bem como perante toda a comunidade educativa.
Assessores Pedagógicos
São nomeados pelo Diretor e exercem as suas funções na dependência direta da Direção
Pedagógica. Cabem-lhes coadjuvar no processo de desenvolvimento educativo do Colégio, bem
como substituir o Diretor Pedagógico na sua ausência em todas as suas competências,
nomeadamente, na coordenação do Conselho Pedagógico. Respondem, conjuntamente, perante
o Diretor e perante a entidade titular.
Conselho Pedagógico
O Conselho Pedagógico é o órgão consultivo de coordenação e orientação educativa do Colégio,
nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos
e da formação integral do pessoal docente e não docente.
Conselho Administrativo
O Conselho Administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira da Escola,
nos termos da legislação em vigor e é presidido pelo Diretor. O Conselho Administrativo tem a
seguinte composição: Diretor, Diretor Pedagógico e Chefe dos Serviços de Administração Escolar.
41
Direção de Instalações e Recursos Educativos
O Diretor de Instalações e Recursos Educativos é nomeado pela Direção de entre os docentes
que possuam características adequadas ao desempenho das respetivas funções sendo-lhe
atribuída, pelo Diretor, uma remuneração pelo serviço prestado, nos termos da tabela de
remuneração. Atua no domínio da conservação, funcionamento, equipamentos e segurança das
instalações, bem como da própria segurança de toda a comunidade educativa.
ESTRUTURAS PEDAGÓGICAS
As estruturas pedagógicas são estruturas de apoio à Direção e ao Conselho Pedagógico, com
vista ao desenvolvimento do projeto educativo, no sentido de assegurar o acompanhamento eficaz
do percurso Escolar dos alunos numa perspetiva da promoção da qualidade educativa. As
competências que atribuímos exigem que todos os seus membros:

assumam como próprios os objetivos do Colégio e se responsabilizem pelo cumprimento do
seu Projeto Educativo;

tenham conhecimento da ação educativa global do Colégio e do conjunto de atividades
formativas que promove;

tomem parte na reflexão e no trabalho que comporta a atualização permanente do Projeto
Educativo e a projeção do Colégio em termos de futuro;

façam da sua presença e ação nos respetivos Conselhos um serviço generoso e solidário
prestado a toda a Comunidade Educativa.
O bom resultado do governo e da gestão do Colégio depende da competência, da disponibilidade,
da coerência e da capacidade de compromisso de todos e cada um dos seus membros.
Departamentos Curriculares
O Departamento Curricular constitui a estrutura de apoio ao Conselho Pedagógico e à Direção, a
quem cabe assegurar a articulação curricular no desenvolvimento dos planos de estudo. O
Coordenador de Departamento Curricular é um professor profissionalizado, nomeado pela
Direção, de entre os professores que integram o mesmo departamento curricular, considerando a
sua competência pedagógica e científica, bem como a sua capacidade de relacionamento e
liderança.
42
Delegado de Disciplina
É o responsável pelo apoio ao coordenador de departamento curricular em todas as questões
específicas da respetiva disciplina.
Coordenação Educativa dos Alunos
A Orientação Educativa dos Alunos é uma estrutura composta pelos conselhos de turma,
presididos pelo respetivo diretor de turma, e pelo professor tutor, com uma coordenação ao nível
do ensino básico e uma coordenação ao nível do ensino secundário, apoiadas pelos respetivos
conselhos de diretores de turma.
Coordenadores de Ciclo e de Ensino Secundário (Cursos Científico-Humanísticos e Planos
Próprios)
São nomeados pela Direção, de entre os docentes do Colégio que lecionam o respetivo nível de
ensino, considerando a sua competência na dinamização e coordenação de projetos educativos.
São apoiados no exercício das suas funções pelos Diretores de Turma e pelos coordenadores dos
cursos tecnológicos, tendo direito a uma remuneração a atribuir pelo Diretor, nos termos da tabela
de remuneração.
Diretores dos Cursos de Planos Próprios
São nomeados pela direção do Colégio, de entre os docentes que lecionam o respetivo nível de
ensino, preferencialmente de entre os professores que lecionam as disciplinas da componente de
formação tecnológica. Apoiam os respetivos coordenadores do ensino secundário e são apoiados
pelos diretores de turma dos anos que constituem o curso, tendo direito a uma remuneração a
atribuir pelo Diretor, nos termos da tabela de remuneração.
Conselho de Diretores de Turma
O Conselho de Diretores de Turma do Ensino Básico e do Ensino Secundário são estruturas de
apoio aos respetivos coordenadores para as questões relativas à orientação educativa dos alunos.
O Conselho de Diretores de Turma do Ensino Básico e o Conselho de Diretores de Turma do
Ensino Secundário são constituídos, respetivamente, por todos os Diretores de Turma do ensino
básico e todos os Diretores de Turma do ensino secundário e presididos pelos respetivos
coordenadores.
43
Diretores de Turma
São
nomeados
pela Direção,
de
entre os
professores da
turma,
preferencialmente
profissionalizados, tendo em conta a sua competência pedagógica e capacidade de
relacionamento e com remuneração a atribuir pelo Diretor, nos termos da tabela de remuneração.
Conselho de Turma
É constituído por todos os professores da turma, por um delegado dos alunos, sempre que este
for convocado, sendo presidido pelo Diretor de Turma.
Conselho Escolar
O Conselho Escolar é constituído por todos os professores titulares e é presidido pelo
coordenador do 1º Ciclo, nomeado anualmente pela Direção.
Conselho de Educadores
Conselho de Educadores é constituído por todos os educadores responsáveis por cada sala de
aprendizagem e é presidido por um Director Técnico, nomeado pela Direção.
As competências deste Conselho de Educadores estão definidas em regulamento interno
específico do Berçário/Creche e Pré-Escolar, da Fundação do Colégio de S. Gonçalo, que se
anexa a este regulamento.
Conselho de Diretores de Cursos de Planos Próprios
O conselho de diretores de curso é constituído pelo Diretor Pedagógico, que preside, pelos
coordenadores de curso, pelo representante do Gabinete de Psicologia e Orientação Vocacional,
pelo representante do Gabinete de Estágios e por representantes das instituições parceiras. Estes
últimos estarão presentes sempre que se entender útil e necessária a sua presença, sendo
convocados para o efeito devida e atempadamente.
Serviços Especializados de Apoios Educativos
Os serviços especializados de apoios educativos, adiante referidos como SEAE, são uma
estrutura especializada de apoios educativos integrada pelos seguintes serviços: Núcleo de
Apoios Educativos, Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional, Serviços MédicoPedagógicos e Serviços Sociais.
- O Núcleo de Apoios Educativos é constituído por um número de professores a definir,
preferencialmente com formação adequada, competindo-lhes genericamente:
44
- Os Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional são coordenados por um psicólogo e
constituem uma unidade especializada de apoio educativo que:
a) presta apoio psicopedagógico e de orientação Escolar e profissional aos alunos, apoiando
igualmente, na sua área específica de ação, os pais e encarregados de educação e os
professores, competindo-lhe genericamente:
b) o acompanhamento dos processos de aprendizagem e de maturação sócio-afetiva dos
alunos do Colégio, e dos alunos que, em particular, precisem de um acompanhamento
personalizado para adquirirem e desenvolverem competências específicas;
c) o acompanhamento dos alunos com necessidades educativas especiais;
d) a colaboração, a nível local, da comissão de proteção de crianças e jovens em risco;
- Serviços médico-pedagógicos visam, fundamentalmente, colaborar com as restantes estruturas
de apoio educativo, no rastreio e despiste de situações que evidenciem necessidade de
aconselhamento médico e funcionarão mediante protocolo a estabelecer com o Centro de Saúde
local da A.R.S.
- Serviços Sociais: Os serviços sociais visam a prestação de apoio nas áreas sócio–económico–
educativas dos alunos, sendo compostos pelas valências de Serviços de Assistência Social e
Serviços de Apoio Sócio-Educativo.
Núcleo de Animação Pastoral
Nomeado pela Direção, e coordenado por um professor de EMRC, colabora estreitamente na
criação de um ambiente humano, religioso e cristão, capaz de potenciar as qualidades do
processo educativo e de oferecer ao Colégio uma atmosfera claramente evangélica. Cabe-lhe
promover e animar as celebrações litúrgicas, bem como assinalar, de modo conveniente, os
ritmos e tempos litúrgicos, bem como os acontecimentos mais relevantes da vida da Igreja.
Proverá à organização de iniciativas de âmbito pastoral, de serviços complementares de formação
cristã de alunos, pessoal docente e não docente. É o responsável pela programação e realização
de aspetos da ação educativa que se relacionem especificamente com a formação, vivência e
orientação cristãs, de todos os membros da comunidade educativa.
Gabinete de Estágio e Aproximação à Vida Ativa
Faz apelo à mobilização de saberes - teórico práticos e tem uma duração de três meses, cujos
destinatários são os alunos finalistas dos cursos tecnológicos do Colégio. Rege-se por um
45
regulamento próprio, tem um coordenador, e é coadjuvado nas suas funções pelo coordenador de
cada curso tecnológico, pelo diretor de turma de cada um dos cursos tecnológicos e pelo
professor acompanhante do estágio.
Gabinete de Melhoria da Qualidade
É o responsável por levar a cabo a melhoria de qualidade do Colégio com a colaboração de uma
empresa certificadora da qualidade.
ESTRUTURAS E SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO E APOIO
Os Serviços de Administração Escolar são uma estrutura de administração e apoio do
estabelecimento de ensino a quem compete, genericamente, desempenhar funções nas áreas
administrativas de Alunos, Pessoal, Contabilidade, Expediente Geral e Ação Social Escolar. Os
Serviços de Administração Escolar são dirigidos por um chefe de serviços de administração
Escolar e integram um tesoureiro, assistentes de administração Escolar. O Chefe de Secretaria é
o responsável máximo pelo arquivo documental do Colégio nos seus aspetos académicos e
administrativos.
Serviços Auxiliares de Ação Educativa
Os Serviços Auxiliares de Ação Educativa prestam, genericamente, apoio ao funcionamento do
Colégio e, em particular, à atividade pedagógica.
As características do Colégio de São Gonçalo e o tipo de educação que pretendemos pôr à
disposição da sociedade, fazem com que os critérios básicos do funcionamento dos Conselhos de
Governo e de Gestão da Escola sejam estes três:

Dar prioridade aos interesses globais da Comunidade Educativa, subalternizando as
conveniências individuais ou de grupo;

Considerar que as necessidades formativas dos alunos e a qualidade de educação são o eixo
que dá sentido e coerência a todas as propostas e decisões;

Aceitar que o diálogo, a compreensão e o respeito são os caminhos habituais que conduzem
aos consensos a que devem chegar os Conselhos de Governo e de Gestão da Escola.
Desta maneira, a unanimidade de critérios e o consenso nas decisões tornam-se a expressão
evidente da vontade de serviço prestado aos grandes ideais da educação.
46
CAPÍTULO VI: FORMAÇÃO INTEGRAL DOS MEMBROS DA COMUNIDADE EDUCATIVA
1. Uma Escola especializada em formação científica, tecnológica e profissional
O Colégio de São Gonçalo defende que os jovens, até ao 9º ano, devem seguir um percurso de
formação de modo a adquirirem um tipo de linguagem e de saberes comuns que lhes garantam
igualdade de oportunidades na vida.
Ao contrário, no ensino secundário, somos de opinião que o Colégio de São Gonçalo deve
oferecer aos jovens uma gama de cursos suficientemente variados e especializados para que
estes possam moldar o seu futuro de acordo com as suas capacidades e sensibilidades e a oferta
do mercado de trabalho. Os grandes objetivos, que o Colégio de São Gonçalo, persegue,
coincidem exatamente com os objetivos gerais que o Ministério propõe para o ensino secundário.
2.
Perfis de formação
Para não se incorrer em erros de percurso insanáveis, é necessário estabelecer-se, à partida, que
tipo de técnico o tecido laboral português precisa e o sistema educativo português deve produzir.
Com isto, “não se pretende estabelecer um padrão único, um molde homogeneizante (...). Pelo
contrário (...), o perfil desejável deve aparecer como um lugar gerador de diferenças - quer no
sentido individual, em que cada pessoa se deve afirmar na sua irredutível especificidade, quer no
sentido social, em que só a pluralidade de diferenças poderá garantir a criatividade coletiva”.
À entrada para o ensino secundário, o jovem encontra-se na fase final do “processo de maturação
psicológica e biológica da adolescência para entrar na vida adulta com as suas tarefas próprias, a
sua evolução, as suas responsabilidades”. Para tal ele deve ser devidamente preparado. Não se
pretende impor-lhe uma escala de valores preestabelecida pela sociedade dos já instalados na
vida; procura-se, isso sim, estabelecer com o jovem o diálogo permanente acerca de princípios
universalizantes de verdade, de justiça, de fraternidade e de solidariedade, de modo a ele mesmo
poder criar conscientemente a sua própria escala de valores. Só assim é que o jovem
desenvolverá as suas capacidades para as pôr ao serviço do semelhante; só assim é que ele
saberá estar no mundo do trabalho como pessoa independente e autónoma, mas consciente das
suas possibilidades e capacidades e respeitadora da independência e autonomia dos demais.
47
Pretende-se formar um técnico de nível intermédio que saiba compreender as mudanças
vertiginosas impostas pelo progresso, que seja ele mesmo um agente de mudança dentro da
empresa e que garanta a gestão de setores especializados na área da produção.
Para que o jovem técnico não se sinta defraudado ao ser colocado numa situação real de
produção ou de decisão é necessário ministrar-lhe uma aprofundada formação geral para
compreender a vida e aceitar o trabalho, e uma exigente formação científica suficientemente
especializada para compreender e explicar os fenómenos específicos da sua tarefa profissional, e
minimamente flexível para se adaptar à mudança tecnológica e à necessidade de formação
permanente ao longo da vida.
O técnico a formar deve atingir um nível intermédio na área da produção e desenvolvimento de
projetos. Logo deve ser devidamente especializado nas técnicas próprias do seu ofício. O tecido
laboral português precisa, certamente, de generalistas detentores de profundos conhecimentos
teóricos na área da formação geral e da formação específica, mas precisa também de técnicos
com conhecimentos práticos que abranjam um vasto leque de técnicas de produção. Admitimos
que os jovens tenham de mudar de profissão ao longo da sua vida, mas esta mudança será
sempre dentro da sua área de formação. Daí que quanto mais cuidada for a sua formação técnica,
mais fácil e menos dolorosa será a sua reconversão profissional.
Os perfis, que acabámos de indicar, destinam-se a criar um tipo de técnico de acordo com as
matrizes culturais e civilizacionais de cada região e conforme as necessidades empresariais do
meio. Logo esses perfis não devem ser definidos a partir dos órgãos centrais do Governo, mas por
organismos e pessoas integrados na Região.
Por isso defendemos que o Colégio de São Gonçalo deve usufruir de autonomia plena. Por
autonomia entendemos a capacidade que a Escola tem “de se governar livremente dentro de uma
zona definida por uma norma superior”. Isto quer dizer que o sistema educativo nacional (o
Estado) define a política geral de formação e que o Colégio determina o perfil do técnico a
produzir e estabelece as metodologias, os regulamentos internos e as normas concretas pelas
quais se deverá reger.
Para a prossecução destes desideratos o Colégio de S. Gonçalo estabelece parcerias com
instituições
e
empresas
da
região
das
diferentes
áreas
sócio-económica-educativas.
Estabelecemos um protocolo com a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e com
o ESTGF – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras (Instituto Politécnico do Porto)
e com outras entidades que se encontram em anexo.
48
3.
Avaliação, progressão no curso, níveis de qualificação e diplomas
A avaliação dos alunos será contínua e destina-se à recolha das informações necessárias para a
tomada das decisões que o Conselho de Turma e o professor julguem mais adequadas às
necessidades e às capacidades do aluno, em ordem a facilitar o ato de aprendizagem.
A progressão no curso e o acesso ao estágio profissional processam-se de acordo com o
regulamento interno próprio para os cursos científico-tecnológicos. A credibilidade final do curso
depende do nível de qualificação profissional a atribuir ao candidato e da consequente definição
da sua carreira profissional, conforme vem definido na estrutura curricular de cada curso. No final
do curso, o aluno tem direito a receber um Diploma Profissional e um Diploma de Fim de Estudos
Secundários para continuação de estudos superiores.
4.
Articulação com o ensino superior e integração na vida ativa
Embora o Ensino Científico-Tecnológico tenha um “caráter terminal”, não deixa também de ter
uma “função de ponte para o Ensino Superior”. O Ensino Científico-Tecnológico não deve ser
considerado apenas como um fim, mas também como um meio de acesso a outros níveis de
ensino. Para os candidatos oriundos deste tipo de ensino, a opção mais razoável seria o Ensino
Superior Politécnico. Não está em causa a qualidade de ensino nem os graus académicos a
atribuir aos candidatos, mas o tipo de técnico a formar. Para que o Ensino Científico-Tecnológico
se torne mais prático e útil aos jovens que o procurem, devem os seus programas ser articulados
de maneira coerente e lógica com os programas do ensino superior.
No entanto, a inserção do jovem na vida ativa deve ser precedida por um estágio profissional de
seis meses em que um monitor, por parte da empresa, e o Gabinete de Estágios e Emprego e o
Coordenador do Curso, por parte do Colégio, ajudem o jovem a saber estar dentro da empresa e
no mundo do trabalho. Este estágio faz parte integrante do curso, devendo constar do diploma
profissional. Terminado o estágio, o jovem deverá continuar em formação ao longo de toda a vida.
O Colégio organizará cursos pos-secundários de especialização tecnológica, com a atribuição dos
respetivos diplomas, promovendo assim a formação contínua do jovem e ajudando-o, se
necessário, na sua autorreconversão profissional.
5. Perfil de Formação do pessoal docente e não docente
Para além do que já se disse, insistimos em que o Colégio de São Gonçalo entende a formação
contínua e integral do pessoal docente e não docente, como uma exigência ética, decorrente do
49
exercício competente da profissão. Esta formação, procurada pelo próprio, ou promovida pelo
Colégio, deve visar uma tríplice dimensão: a do ser (formação de uma rica personalidade humana
e cristã, pautada por atitudes e valores conformes à identidade católica do Colégio e ao seu
Ideário), a do saber (formação teórico-científica e específica, compatível com o nível de exigência
da função assumida) e a do saber fazer (formação técnica adequada ao exercício da profissão).
CONCLUSÃO
Educar sempre foi para a Igreja um dever e uma autêntica sedução, exercício que, por vezes, se
torna penoso, mas que ela teima em realizar como contributo assinalável à família e à pessoa
humana, à sociedade e à cultura.
Mas, porque não pode haver Educação sem referências, sem projeto e sem valores, aqui
apresentámos, com clareza, coragem e diferença, o projeto educativo do Colégio de São Gonçalo.
Ficou bem claro que a Escola Católica não é neutra. Ela exerce a sua missão inspirada na visão
cristã da pessoa e da sociedade que, ao longo dos séculos, alicerçou a nossa civilização
europeia, nomeadamente pugnando pela dignidade da pessoa humana, pela fraternidade
universal, pela convivência pacífica e pela entrega e serviço ao bem comum.
Estas convicções, que estão na base da identidade da Escola Católica, leva-a a abrir as portas a
todas as pessoas, independentemente do seu credo ou condição social. Católica significa, de
facto, universal e esta universalidade está também presente neste projeto educativo.
Com este Projeto Educativo, foram traçadas as características da nossa identidade, as marcas do
nosso ideário, as diferenças do nosso estilo e da nossa proposta de educação e formação
integrais.
Tivemos sempre como pressuposto que a Escola Católica deve ser uma Escola de qualidade,
uma comunidade educativa, com lugar ativo e participativo para aqueles que a integram, com um
projeto educativo concreto, conhecido e respeitado por todos.
Estamos conscientes de que não nos limitámos a descrever intenções, sonhos e desejos, mas
que fomos sugerindo também meios, atitudes, pistas, estratégias e objetivos concretos, para o
melhoramento da ação educativa, reconhecendo, todavia, as limitações que cada dia nos
acompanham na realização das nossas tarefas. Neste sentido, poderíamos dizer que projetámos
o esboço do ideal que nos propomos atingir, numa espécie de contrato que a todos nos une e
50
compromete numa finalidade comum: a educação de pessoas, com grandeza humana, homens e
mulheres livres, responsáveis e felizes, realizadas no dom de si, na abertura aos outros e a
Deus, no serviço competente e generoso ao próximo e à comunidade.
Desejamos, pois, que o conteúdo da proposta educativa que aqui apresentamos venha a servir
de eixo, para o qual convirjam os ideais pedagógicos e toda a ação formadora dos que
constituem a Comunidade Educativa do Colégio de São Gonçalo.
51
BIBLIOGRAFIA
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ANGELINA CARVALHO - FERNANDO DIOGO, O Projeto Educativo, Porto, 1994.
ANTÓNIO NÓVOA, As Organizações Escolares em Análise. Publicações Dom Quixote, Lda.,
Instituto de Inovação Educacional, Lisboa 1992, 16.
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESCOLAS CATÓLICAS, Escola Católica. Proposta e desafio.
Atas do I Congresso da Escola Católica, Ed. APEC, 2005
BARROSO JOSÉ, Fazer da Escola um Projeto. In R. CANÁRIO, Inovação e Projeto Educativo de
escola, Lisboa, 1992.
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Porto: F.P.C.E. da U.P., tese de doutoramento, doc. Policopiado, 1997.
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e Turma. Teoria Guias Práticos. Edições Asa, Porto, 2001.
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educativa ante la innovación y el cambio, Madrid: Congresso Mundial Vasco, Ed. Nárcea, 1998.
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F. BROCH M. & CROS, Elaborar um projeto de escola : sim, mas como ?, In R. CANARIO,
Inovação e Projeto Educativo da Escola, Ed. Educa, Lisboa 1992.
FERNANDA ROBALO, Do projeto Curricular de Escola ao Projeto Curricular de Turma, Ed. Textos
Editores, Lisboa 2004.
FERNANDO DIOGO, Por um Projeto Educativo de Rede, Lisboa, Edições ASA, 1994.
INSTITUTO DE LEXICOLOGIA E LEXICOGRAFIA DA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA
(com o apoio do Ministério da Educação e do Instituto Camões) - Dicionário da Língua Portuguesa
Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa. Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa
e Editorial Verbo, 2001.
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J. ADELINO COSTA, Gestão Escolar - Participação. Autonomia. Projeto Educativo da Escola,
Lisboa, Texto Editora, 1991.
J. MATIAS ALVES, Organização, Gestão e Projeto Educativo das Escolas, Lisboa, Edições ASA,
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anotada, Ed. Porto Editora, Porto 2003.
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proyectos curriculares de centro, Madrid: C.I.D.E., 1991.
LUÍS GIL DE SOUSA MELO, O Poder e as Estratégias dos Alunos - Contributo para uma
Reflexão sobre a Organização "Escola", in Poder nas organizações, Textos de Apoio
"Administração Escolar", organização de Mª. Manuela Teixeira, II Módulo, Caderno nº1, Porto,
ISET.
M. CÉU ROLDÃO, Gestão curricular, Fundamentos e Práticas, Lisboa: ME/DEB, 1999.
M. E. B. SANTOS, Os Aprendizes de Pigmalião, Lisboa, Instituto de Estudos Para o
Desenvolvimento, 1985.
M. JOSÉ S. E SANTOS BALANCHO - ANA MARIA RIBEIRO, A Criatividade no Ensino do
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O projeto educativo, Decreto-Lei nº 43/89, Lisboa, 1989.
OLGA FERNANDES DUQUE - JOÃO MANUEL DUQUE, Educar para a Diferença, Alcalá, Braga
2005
Resolução do parlamento europeu sobre a liberdade de ensino, 1984.
S. ANTÚNEZ, Del proyecto educativo a la programación de aula, Barcelona, Editorial Gráo, 1992.
V. B. ALBALAT, Proyeto Educativo, Plan Anual del Centro, Programación Docente y Memória,
Madrid, Escuela Espanola, 1989.
VIKTOR LOWENFELD E W. LAMBERT BRITTAIN, Desenvolvimento da Capacidade Criadora,
São Paulo, Mestre Jou, 1977.
53
VITOR ALAIZ – EUNICE GÓIS – CONCEIÇÃO GONÇALVES, Autoavaliação de Escolas. Pensar
e Praticar [=Guias Práticos], Ed. Asa, Porto 2003
WARREN BENNIS, Porque é que os Líderes não Conseguem Liderar, Lisboa, Publicações Dom
Quixote, 1994.
X. ROGIERS, Analyser une action d´éducation ou de formation, De Boeck Université, Bruxelles,
1997.
2. Bibliografia do Magistério da Igreja
Do Papa Bento XVI:
Encíclica, Discursos e Homilias, citados a partir de www.vatican.va, entre os quais destacámos:
- Discurso que dirigiu na Basílica de São João de Latrão, em Roma, no dia 6 de junho de
2005, aos participantes da assembleia eclesial da diocese de Roma, que tinha por tema
“Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé”;
- Discurso que dirigiu na Basílica de São João de Latrão, em Roma, no dia 5 de junho de
2006, aos participantes da assembleia eclesial da diocese de Roma, que tinha por tema “A
alegria da fé e a educação das novas gerações”;
- Discurso aos Bispos do Canadá-Ontário, em visita «ad limina Apostolorum» a Roma, em 8
de setembro de 2006;
- Encíclica “Deus é Amor” (25.12.2005), Ed. Paulinas, Prior Velho 2006;
- Encontro com os jovens da Diocese de Roma, 6 de abril de 2006;
- Homilia na Celebração de Vésperas na Catedral de Munique, 10 de setembro de 20006.
Do Concílio Vaticano II:
- Declaração “Gravissimum Educationis”, sobre a educação cristã, 28-10-1965; cf.
CONCÍLIO
ECUMÉNICO
VATICANO
II,
Constituições. Decretos. Declarações e
Documentos pontifícios, Ed. A.O., Braga 1983.
Da Congregação para a Educação Católica:
- O leigo católico, testemunha da fé na Escola, 15-10-1982. (www.vatican.va)
54
- A Escola Católica, 19 de março de 1977 (www.vatican.va): texto publicado pelo SNEC,
Missão da Igreja na Escola Católica, Lisboa 1983,21-49)
- A Escola Católica no limiar do terceiro milénio, 28-12-1997 (www.vatican.va)
- Carta sobre o apostolado do ensino religioso nas escolas católicas, 15.10.1996
(www.vatican.va)
-As pessoas consagradas e a sua missão na escola. Reflexões e orientações, 28-10-2002
(www.vatican.va)
- Dimensão religiosa da educação na escola católica. Orientações para a reflexão e a
revisão, 7.04.1988 , Ed. SNEC, Lisboa 1989;
Da Conferência Episcopal Portuguesa:
- Orientações Pastorais sobre a Escola Católica, Ed. Secret.Geral do Episcopado 1978.
- Carta Pastoral: Os cristãos leigos na comunhão e missão da Igreja em Portugal, Lisboa
1989.
- A Pastoral Escolar da Igreja, Lisboa, 1996.
- Esclarecimento sobre o ensino da religião e moral católica Lisboa, 1987.
- Carta Pastoral Educação: Direito e dever. Missão nobre ao serviço de todos, Ed.
Secretariado Geral da CEP, Lisboa 2002
- Nota pastoral sobre a liberdade de ensino, Lisboa, 1972.
- Nota pastoral sobre o ensino livre, Lisboa, 1975.
APROVAÇÃO
Este projeto Educativo do Colégio de S. Gonçalo, para o ano letivo de 2013/2014
obteve do Conselho Pedagógico, reunido a 18 de novembro de 2013, uma apreciação
muito favorável.
É aprovado pelo Diretor do Colégio e Diretor Pedagógico, a 19 de novembro de 2013,
recomendando-se que seja amplamente divulgado, conhecido e reconhecido por toda
a comunidade educativa do Colégio de São Gonçalo.
Amarante e Colégio de São Gonçalo, em 19 de novembro de 2013
O Diretor,
_______________________________________
O Diretor Pedagógico,
______________________________________
ANEXO
LISTAGEM DAS PARCERIAS COM EMPRESAS/INSTITUIÇÕES POR CURSO
CURSO DE GESTÃO E DINAMIZAÇÃO DESPORTIVA
________________________
Entidade
LOCALIDADE
Câmara Municipal de Amarante;
Académico de Amarante Sport Club
Amarante Futebol Clube;
Ginásio Mimoso;
Health Club – Madalena;
AMARANTE
Piscinas Municipais de Amarante
Piscinas Municipais de Vila Meã
Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA (RTA);
Sociedade do Golfe de Amarante.
Futebol Clube Paços de Ferreira
Sport Clube Freamunde
PAÇOS DE FERREIRA
Clube Académico de Felgueiras
Family Center – Health &Fitness Club
FELGUEIRAS
Piscinas Municipais de Felgueiras
Piscinas Municipais de Lousada
Piscinas Municipais de Celorico de Basto
Associação Desportiva do Marco 09
LOUSADA
CELORICO DE BASTO
MARCO DE
CANAVESES
CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL E AMBIENTAL
________________________
Entidade
LOCALIDADE
Adega Cooperativa de Amarante
Adega Vila Garcia
Câmara Municipal de Amarante
Clínica Dentária do Picoto Salvador, Lda.
Consultório Médico/Dentista
Farmácia Campo da Feira, SA
Farmácia Central
AMARANTE
Farmácia Cristal Center
Farmácia do Arquinho
Lab. Labamarante
Lab. SER/EDET
MetalCardoso, S.A.
Policlínica e Centro de Reabilitação São Gonçalo de
Amarante, Lda.
Farmácia Mata Real
Farmácia Moderna
PAÇOS DE FERREIRA
Farmácia Lima - Lixa
Farmácia Morais – Lixa
Farmácia Santa Quitéria
FELGUEIRAS
Fundição Alto da Lixa
Câm. Municipal de Celorico de Basto
Farmácia Neves Ferreira Unipessoal, Lda.
Câmara Municipal de Baião
Farmácia Seara Lemos
CELORICO DE BASTO
BAIÃO
MONDIM DE BASTO
UTAD, Universidade de Trás-Os-Montes e Alto
Douro
Farmácia Moura
Escola Superior de Biotecnologia – Universidade
Católica Portuguesa
VILA REAL
FAFE
PORTO
Farmácia Brandão - Vila Boa de Quires
Hospital Santa Isabel – Serviço de Fisioterapia
S.ta Casa da Misericórdia do Marco de Canaveses
MARCO DE CANAVESES
CURSO DE INFORMÁTICA
________________________
Entidade
LOCALIDADE
António Marinho, Lda.
Artur Agostinho Lda.
Auditecnic – Contabilidade
Câmara Municipal de Amarante
Celmonte Silva & Natário, Lda.
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Clicoff, Serviço Informáticos, Unipessoal, Lda.
Confecções Ribeiro Babo, Lda.
Congestão - Consultório para Negócios e Gestão
Contâmega - Contabilidade do Tâmega, Lda.
Gestmarante - Serviços de Gestão Consultadoria, Lda.
IS4 – Informática e Serviços, Lda.
José A. S. Costa, Lda.
José Ernesto M. da Silva Neto
Manuel Pinheiro, Lenip, Lda.
Meãbalanço Contabilidade, Lda.
Metalocar, SA
Metalocardoso - Const. Metálicas e Galvanização,S.A.
Metalomarão Lda.
Microtamega - Informatica e Serviços, Lda.
Miguel Fernando da Silva Barros
Momel, S.A.
Mtronica, Electrónica, Informática, Telecomunicações e
Serviços.
Noticias de Figueiró
Rocklandia - Publicidade e Espectáculos, Lda.
Sanches - Decoração de Interiores e Exteriores, Lda.
AMARANTE
Serralharia Civil Vila Garcia
Telbac Teixeira e Leite
Último Nível - Inf. Serv. Unip. LDA
Venceslau Cunha, Unipessoal, Lda.
Academia das Artes do Marco de Canaveses
Agrupamento Vertical Escolas de Sande
Baldaia - Fab de Arcas e Urnas, Lda.
Edimarco, Construções, Lda.
Freguesia de Toutosa
MARCO DE CANAVESES
Inforpacto - Informática e Serviços
Joaquim Pedro Sousa – Infor. Equip. e Telec, Lda.
Jorge Manuel Monteiro Past Fabrico de Pão, Lda.
Município do Marco de Canaveses
Topmarco - Desenho e Topografia Lda.
Associação Ação Jovem-Notícias de Basto
CELORICO DE BASTO
Câmara Municipal de Baião
Farmácia Sta. Marinha – Sta. Marinha do Zêzere
Junta Freguseia de Santa Marinha do Zêzere
BAIÃO
Materialex. Materiais de C. Terroplan Lda.
MLSP, Comércio de Material Informático, Lda.
O mercadinho S.ta Marinha
Centro Hospitalar Tâmega Sousa EPE
DTCR, Lda.
PENAFIEL
Farmácia Moreira
Loja do Povo
Ideal PC Shop - Inf. e Form. Prof. Unip., Lda.
FELGUEIRAS
Indeia Webdesign
Inforlixa-Informática, Lda.
Olifel - Comércio de Computadores, Lda.
Ricardo Sergio Teixeira Pinto - Lixa
Risema. Comércio de Computadores, Lda.
Softideia - Informação Automática, Lda.
Expandindustria
PORTO
Alvesconta, Lda.
Centro Social e Paroquial Macieira
LOUSADA
Santa Casa Misericórdia Lousada
XPTO - Informática, Telec. e Escritório, Lda.
Mobimaque - Equipamentos p/ Escr., Lda.
PAÇOS DE FERREIRA
Peixoto & Baptista- Impermeabilizações, Lda.
Agrupamento Vertical de Mondim de Basto
Escola EB1/J Inf de Lourosa – Mouriz
PC Format, Lda. Cabeceiras
MONDIM DE BASTO
PAREDES
CABECEIRAS DE BASTO
CURSO DE MECÂNICA
________________________
Entidade
LOCALIDADE
RAMO AUTOMÓVEL
Abreu & Cardoso
Auto-Serrinha
M. Coutinho
Paulo Barbosa – Amarante;
Voltampere – Amarante;
Wolkswagen
AMARANTE
PRODUÇÃO METALOMECÂNICA
Metalocar
Metalocardoso
Metalomarão
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS
Peixoto & Peixoto
RAMO AUTOMÓVEL
Auto Filivone
PAÇOS DE FERREIRA
Mecânica de Paços de Ferreira – Paços de Ferreira.
RAMO AUTOMÓVEL
Auto Refontoura
FELGUEIRAS
Classpor
RAMO AUTOMÓVEL
Auto-Alves
Fernando Costa
Garagem Calvelo
PRODUÇÃO METALOMECÂNICA
CELORICO DE BASTO
Noxter
Fibrocel
RAMO AUTOMÓVEL
Japautomative, Renault
MARCO DE CANAVESES
M. Coutinho
RAMO AUTOMÓVEL
PENAFIEL
Auto Partner
RAMO AUTOMÓVEL
António Pinto Azevedo
Auto-Barreiro
Centro Social de Stª. Cruz do Douro
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS
Eirizcar
BAIÃO
CURSO DE DESIGN DE COMUNICAÇÃO E MULTIMÉDIA
________________________
Entidade
LOCALIDADE
Acácio Moreira Arquitectos
Critâmega, Lda. – Publicidade
Cruz e Cruz – Artes Gráficas Lda.
CSP – Publicidade
Doley Fotografia e Arte Publicitária, Lda.
Fernandes Varejão e Matos Lda. - Artes gráficas
Gráfica do Norte
AMARANTE
NIL – Noticias e Informações Lda. (Clarim do Norte)
Papel Branco - Artes Gráficas
Pate ,unipessoal, Lda. – Gabinete de Arquitectura
RockLandia - Publicidade e Espectáculos, Lda.
Silva e Leite, Publicidade
Imagindustrial
Associação Empresarial de Paços de Ferreira Gabinete de comunicação e imagem - criação gráfica
PAÇOS DE FERREIRA
A Gráfica da Lixa
Aljocar – Publicidade
N-Line – Publicidade
FELGUEIRAS
Pettygraf – Publicidade
Lousapub – Publicidade
PM – Publicidade - Lustosa
LOUSADA
Câmara Municipal de Celorico de Basto
Webtour, Multimédia
Câmara Municipal de Penafiel
CELORICO DE BASTO
PENAFIEL
Gráfica do Sameiro – Edição gráfica
Invulgar- Artes gráficas - Guilhufe
CSP – Publicidade
Publigraff - Publicidade
Standarte – Publicidade
Studioprint – Publicidade
MARCO DE
CANAVESES
Tipografia Marcoense – Artes gráficas.
António Pinheiro – Engenharia Lda.
PAREDES
Irmãos Sousa Carneiro, Lda.
Câmara Municipal de Baião - Gabinete de produção
gráfica
Mondim Cor- Gráfica
BAIÃO
MONDIM DE BASTO
CURSO DE INFORMÁTICA DE GESTÃO
________________________
Entidade
LOCALIDADE
Câmara Municipal de Amarante
A Mobiladora de Padronelo, Lda.
Alves & Monteiro, Lda.
Apages – Serviços de Contabilidade em Gestão, Lda.
Carlos Pinto - Contabilidade e Serviços, Unipessoal,
Lda.
Deolinda Gonçalves da Silva e Filhos, Lda.
Eyesoft - Soc. Eng. De Redes e Software, Lda.
Fernando Miranda – Contabilidade e Gestão, Lda.
Fisco 2000 - Contabilidade e Serviços, Lda.
IS4 - Informática e Serviços, Lda.
AMARANTE
Junta de Freguesia da Lomba
Junta de Freguesia da Madalena
Junta de Freguesia de Ansiães
Junta de Freguesia de Candemil
Mário Magalhães, Lda.
Metalocardoso - Construções Metálicas e
Galvanização S.A.
RML Tech – Informática e Serviços, Lda.
Taminvest SGPS, SA.
PC Byte
PAÇOS DE FERREIRA
Avilixa-Empresa Avícola da Lixa, Lda.
Joaquim Ferreira Pinto, Lda.
FELGUEIRAS
Prumus – Consultadoria Informática, Lda.
Câmara Municipal de Lousada
Externato Senhora do Carmo
LOUSADA
Machado & Pelicano, Arquitetura Lda.
Gabinete de Contabilidade – António Paulo Lopes
Marinho
Residencial Bolinhos de Amor
CELORICO DE BASTO
PENAFIEL
Associação Cultural da Casa do Povo Livração
Escola de Condução Quatro Ases, Lda.
FielConta-Contabiliade e Informática, Lda.
Junta de Freguesia de Sobretâmega
Junta de Freguesia de Toutosa
MARCO DE
Junta de Freguesia de Vila Boa de Quires
CANAVESES
MEGALF - Informática e Serviços, Lda.
ValorVerde, Lda.
Vitor Mendes Cunha
Worten - Equipamentos para o Lar SA
Partingaz Distribuição de Gaz, Lda.
PAREDES
Associação Empresarial de Baião
Centro de Estudos e Informática de Baião, Lda.
BAIÃO
Nuno Edison Mendes - Contabilidade e Fiscalidade,
Lda.
Informondim, Lda.
MONDIM DE BASTO
CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO
________________________
Entidade
LOCALIDADE
António Rocha Almeida
Alexandrino Matias & Companhia, Lda.
Antelconta Contabilidade, Lda.
ArquivoContas
Associação Solidariedade Social – O Bem Estar
Auge – Auditoria e Gestão, Lda.
Bertim, Lda.
Bessa e Gandá, Lda.
Cálculo Positivo – Consultoria, Lda.
Comércio de Combustíveis, José Freitas, Lda.
Critâmega – Medição de Seguros
Fernando Miranda – Contabilidade e Gestão, Lda.
Fisco 2000 – Contabilidade e Serviços, Lda.
José A. S. Costa, Lda.
José Freitas, Lda.
José Maria Duarte - Sociedade Unipessoal, Lda.
Mediadora de Seguros, Critâmega, Lda.
Metalurgia, Alexandrino Matias & Companhia, Lda.
Moagem de Gondar
Moita Unipessoal, Lda.
Norberto Costa - Contabilidade e Serviços, Lda.
Paulo Reis - Contabilidade e Seguros
Petrotâmega
SEEC - Sociedade de Estudos Económicos, Lda.
Serviços e Contas de Mário Magalhães Lda.
Sociedade de Estudos Económicos, Lda.
Tamicontas – Contabilidade do Tâmega, Lda.
AMARANTE
Afonso Moreira Lda.
Agência Continental, Lda.
J F R Barbosa e Cª Lda.
PAÇOS DE FERREIRA
M. Monteiro – Serv. Contabilidade, Lda.
Portéme – Portas e Derivados S. A.
Agência Lopes – Contabilidade e Serviços, Lda.
Associação Empresarial de Felgueiras
Fielixa - Unipessoal, Lda.
Palmitex, Lda.
FELGUEIRAS
Paulo Castro Reis – Contabilidade e Seguros, Lda.
Petrofel, Com. De Combustíveis e Auto, Lda. – Lixa
Uterque – Móveis e Carp. Mecânica, Lda.
Câmara Municipal de Lousada
Leal e Leal, Lda.
LOUSADA
Agência de Contribuintes
Conta Empresarial
Empresa Municipal Qualidade de Basto
CELORICO DE BASTO
EuroRegista - Contabilidade e Fiscalidade Lda.
Repartição de Finanças
A. Gaspar Dias Unipessoal, Lda.
Câmara Municipal de Penafiel
PENAFIEL
M. Cunha Lda.
Associação Empresarial do Marco de Canaveses
Baldaia & Associados, Consult. em Gestão, Lda.
MARCO DE
Câmara Municipal de Marco de Canaveses
CANAVESES
Edimarco, SA.
Electro Profissional – Inst. Eléctricas, Lda.
Gab. Cont. Eduarda Manuela Freitas
Ginvest
J. Silva Moreira e Irmãos, Lda.
M. Coutinho, SGPS SA
Maria Isabel Colino
Temasa – Têxtil do Marco, SA.
Agência Nogueira - Eurico & Miguel Nogueira, Lda.
Leitão e Andrade, Lda.
Câmara Municipal de Baião
PAREDES
BAIÃO
Câmara Municipal de Mondim
Construções Saldanha
Euroregista, Cont. Fiscalidade, Lda.
MONDIM DE BASTO
GUIMARÃES
CURSO DE COMUNICAÇÃO, INFORMAÇÃO E MULTIMÉDIA
________________________
Entidade
LOCALIDADE
Câmara Municipal de Amarante
Atelier de Design- Vila Meã
Cruz e Cruz – Amarante
CSP – Amarante
ERA- Emissora Regional de Amarante
AMARANTE
Grelha – organização de eventos
Megapublicidade
Rocklândia- Publicidade de Espetáculos
No Teto do Mundo
Turitropical
PAÇOS DE FERREIRA
Gráfica da Lixa – Lixa
Jornal da Lixa – Lixa
Mig-Vaz - Felgueiras
FELGUEIRAS
Rádio Felgueiras
Jornal de Lousada
Lousapublicidade
LOUSADA
PowerGold
Câmara Municipal de Celorico de Basto
Rádio Regional de Basto
Câmara Municipal de Penafiel
CELORICO DE BASTO
PENAFIEL
Jornal “A Verdade”
Laboratórios fotográficos do Marco Lda.
MARCO DE
CANAVESES
Publigraff
Digi-Arte – Lordelo
Câmara Municipal de Mondim de Basto
Jornal “Vida Económica”
PAREDES
MONDIM DE BASTO
PORTO
CURSO DE ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL
________________________
Entidade
LOCALIDADE
ADESCO, Amarante
Associação “Bem-Estar”, Gondar, Amarante
Câmara Municipal
Integrados
de
Amarante
–
Percursos
CAO da Cercimarante
Casa do Povo de Telões
Centro Cívico e Social de Vila Caiz
Coopinfância / CLAP, Amarante
Hospital de S. Gonçalo- Amarante: Pediatria
Hospital de S. Gonçalo- Amarante: Psicologia
AMARANTE
Infantário Creche “O Miúdo”
Jardim de Infância “Figueiró dos Pequeninos”
Jardim de Infância da Fundação do Colégio de São
Gonçalo de Amarante
Jardim de Infância da Madalena
Jardim de Infância da Torreira, Amarante;
Jardim de Infância de Igreja – Vila Caiz
Lar de Idosos de Amarante
ADIB – Associação para o Desenvolvimento Integral
de Barrosas;
Jardim de Infância Anita;
Jardim de Infância de Vila Cova da Lixa
FELGUEIRAS
Jardim de Infância de Vila Cova da Lixa;
Lar de Idosos Nossa Senhora das Vitórias - Lixa,
Jardim de Infância Malmequer
Cercimarco
MARCO DE
Lar de Idosos de Marco de Canaveses
CANAVESES
Escola EB2, 3 de Toutosa
Centro Social de Cête
Centro Social de Santa Cruz do Douro
PAREDES
BAIÃO
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Projecto Educativo - Colégio S. Gonçalo