1 UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO INSTITUTO QUALITTAS DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO MANIPULADOR DE ALIMENTOS Fernanda Cristina Carrasco Bela Brizzi Jaqueline Delpósito da Costa Silva Kathleen Sheidmantel Strozzi Arapongas, fev. 2009 2 FERNANDA CRISTINA CARRASCO BELA BRIZZI JAQUELINE DELPÓSITO DA COSTA SILVA KATHLEEN SHEIDMANTEL STROZZI A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO MANIPULADOR DE ALIMENTOS Trabalho Monográfico do curso de Especialização em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal apresentado à UCB – Instituto Qualittas de PósGraduação, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal, sob a orientação da Profª Drª Claudia Yurika Tamehiro. Arapongas, fev. 2009 3 ii A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO MANIPULADOR DE ALIMENTOS Elaborado por Fernanda Cristina Carrasco Bela Brizzi, Jaqueline Delpósito e Kathleen Sheidmantel Strozzi Alunas do Curso de Pós-Graduação do Instituto Qualittas de Ensino Foi analisado e aprovado com grau: ........................... Arapongas,....... de ....................................de................ . ............................................................... Membro ............................................................... Membro ............................................................... Professor(a) Orientador(a) Presidente Arapongas, fev. 2009 4 iii Dedicamos este trabalho a Deus, a nossas famílias, aos professores e amigos, que fizemos neste curso em tão especial espaço de tempo. 5 iv Agradecimentos Agradecemos a todos os professores que se tornaram amigos e parceiros, nesta nova etapa de nossas vidas. Muito obrigada a todos vocês que dedicaram o seu tempo, paciência, sabedoria e compreensão. 6 v RESUMO Este trabalho monográfico revisa normas e técnicas utilizadas, em indústrias de gêneros alimentícios, para capacitar as pessoas que manipulam alimentos. Sabe-se que, com a falta de capacitação e informação dos manipuladores, muitos problemas relacionados à saúde podem ser levados à mesa do consumidor. A capacitação dos manipuladores de alimentos deve ser realizada desde o primeiro dia de trabalho na indústria para que estes saibam da importância do seu papel como possíveis fontes de contaminação do produto final. A capacitação envolve aspectos de higiene pessoal, higiene no decorrer das atividades, higiene das instalações e afins, que são descritas por leis pelo Ministério da Agricultura da Pecuária e de Abastecimento (MAPA) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para que assim possa minimizar a probabilidade de ocorrer problemas alimentares. Utilizando-se das ferramentas corretas e de capacitação contínua, o manipulador estará sempre ciente do seu fundamental papel na manipulação dos alimentos. Palavras-chaves: Manipuladores de alimentos; capacitação; higiene. 7 vi ABSTRACT This reviews rules and techniques used in the food industries to qualify food handles. We know that handlers’ lack of qualification and information can take many problems related to health to the customer’s table. The food handlers’ qualification must be achieved since their first day at work in the industry so that they will know about the importance of their role as a possible resource of the product contamination. This qualification must include some aspects like personal hygiene, hygiene during the activities, place hygiene and similar ones that are described by MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária de Abastecimento) and also by ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) so that it can minimize the probability of occurring food problems. Using appropriate tools and continuous qualification, the handler will always be aware of his fundamental role in the food handling process. Keywords: Food handlers; qualification; hygiene. 8 SUMÁRIO Páginas RESUMO.................................................................................................................v ABSTRACT............................................................................................................vi 1.INTRODUÇÃO....................................................................................................1 2.DESENVOLVIMENTO.......................................................................................5 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................16 4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................18 9 1 1. INTRODUÇÃO Destacam-se como manipuladores de alimentos todas as pessoas que direta ou indiretamente trabalham na área de alimentação, responsáveis desde o início da produção até o processamento final, e a comercialização desse produto. Vários profissionais podem estar comprometidos diretamente, como por exemplos, os médicos veterinários, zootecnistas, nutricionistas e engenheiros de alimentos, os comerciantes de alimentos caseiros ou industrializados, as cozinheiras, garçons, magarefes, funcionários de abatedouros, ordenhadores, tratadores de animais de produção. Outros profissionais atuam indiretamente, mas também são importantes, pois estão interligadas na cadeia de produção alimentar como, biólogos quando são responsáveis pela produção de alimentos, e os médicos e enfermeiros, que trabalham em ambulatórios de empresas de gêneros alimentícios e aqueles que são responsáveis pela epidemiologia durante o atendimento aos surtos de infecções ocasionadas pela contaminação física, química ou microbiológica dos alimentos. O interesse da população em relação à segurança alimentar tem aumentado consideravelmente, uma vez que cresce o número de doenças de origem alimentar. Quando essas doenças ocorrem por meio do consumo de alimentos industrializados, coloca-se em risco a saúde de grande número de pessoas. 2 O aumento do número de doenças de origem alimentar deve-se, por um lado, à demanda elevada e constante de alimentos em grandes centros urbanos e à crescente necessidade de mão-de-obra, porém, desqualificada. Soma-se a isso a introdução de novos tipos de produtos alimentícios e de embalagens, bem como a tendência atual de se consumir alimentos crus ou pouco cozidos visando à manutenção da qualidade nutricional e organoléptica dos mesmos (TOSIN E MACHADO, 1995). Os manipuladores podem disseminar microorganismos para os equipamentos, utensílios e alimentos processados. Esta contaminação pode acontecer de duas formas: contato do manipulador com alimentos contaminados ou por manipuladores portadores (sintomáticos ou assintomáticos) de microorganismo de importância sanitária, contaminando os alimentos. Mãos sujas e mal lavadas representam um dos principais pontos críticos e primeira via de contaminação de alimentos. Assim, os manipuladores representam um dos principais veículos de contaminação chegando a atingir até 26% das causas de surtos (RIBEIRO, 1998 citado por ROSSI, 2006). Os alimentos contaminados geralmente apresentam características organolépticas aparentemente normais, e como o consumidor não está devidamente esclarecido ou consciente dos perigos envolvidos, não consegue identificar qual o alimento que poderia estar contaminado, tornando-se assim, difícil de rastrear os alimentos responsáveis pelas toxiinfecções ocorridas (AMSON, HARACEMIV, MASSON, 2006). Outras condições podem acarretar suspensão temporária das atividades dos manipuladores até que sejam satisfatoriamente corrigidas como: lesões, ferimentos, cortes, esfoliações na pele (GERMANO E GERMANO, 2003). A maioria das pessoas envolvidas com a manipulação de alimentos, nos estabelecimentos alimentícios, carece de conhecimentos relacionados aos cuidados 3 higiênico-sanitários, que devem ser seguidos na elaboração dos produtos, desconhecendo totalmente a possibilidade de serem portadores assintomáticos de microrganismos (TOSIN E MACHADO, 1995). Como conseqüências têm-se práticas inadequadas de higiene e processamento realizadas por pessoas inabilitadas, podendo provocar a contaminação dos alimentos (GERMANO, 2003). O controle da saúde dos funcionários tanto na sua admissão, quanto a realização de exames periódicos, representam um ponto importante na prevenção de surtos de toxinfecção alimentar (SENAI PARANÁ, 2000). A Portaria nº 368, de 08 set. 1997, regulamenta a implantação dos prérequisitos, as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Procedimentos Padrões de Higiene Operacional (PPHO), que são fundamentais para fornecer as condições operacionais e ambientais básicas necessárias para a produção de alimentos inócuos e saudáveis (BRASIL, 1997a). A análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) identifica os perigos relacionados à inocuidade para o consumidor, que podem ocorrer em uma linha de produção, estabelecendo os processos de controle para garantir um produto inócuo. Tratase de um sistema preventivo e inclui aspectos que vão desde a produção no campo até o consumo final passando pela industrialização e distribuição (SENAI PARANÁ, 2000). Segundo a ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (2001), em cada etapa do processo devem ser observados os erros que podem ocorrer, suas causas prováveis e seus efeitos para então estabelecer o mecanismo de controle. A Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) nas indústrias de alimentos tornou-se exigência para muitos mercados internacionais e para que seja 4 implantado é necessária a implantação dos pré-requisitos, as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e os Procedimentos Padrões de Higiene Operacional (PPHO). As Boas Práticas de Fabricação são conjuntos de princípios e regras para o correto manuseio de alimentos e os Procedimentos Padrões de Higiene Operacional são documentos nos quais são descritos todos os procedimentos diários efetuados para assegurar ausência de risco de contaminação direta, indireta ou adulterações do produto, assim como as devidas correções efetuadas quando necessários (WHO, 1997). O presente trabalho tem como objetivo a revisão do assunto sobre a importância da capacitação de manipuladores de alimentos na produção de alimentos inócuos à população em geral, como um dos principais responsáveis em prevenir o não surgimento de enfermidades de origem alimentar. Como exemplo de alerta, um simples ato no uso de luvas de procedimento durante o processamento do alimento poderia ter evitado a contaminação de crianças e adultos por bactérias patogênicas durante uma festa, após o consumo do bolo de aniversário, como é relatado no trabalho de PEREIRA et al. (1994). 5 2. DESENVOLVIMENTO A higiene dos alimentos abrange o estudo de métodos para a produção, acondicionamento e distribuição dos alimentos dentro de limites de segurança microbiológica, não limitando somente na manipulação dos gêneros alimentícios e de bebidas, mas também o emprego de utensílios e equipamentos para o seu preparo, uso de matéria-prima de boa procedência, adoção de boas práticas de higiene pessoal dos manipuladores e qualidade higiênico-sanitário da área de preparação (SILVA JR, 2005). A redução de patógenos que são veiculados por alimentos é uma tarefa primordial para assegurar aos consumidores qualidade e liberdade de consumo. A inserção do Brasil na comunidade de comércio internacional depende de vários fatores, entre eles a qualidade da ração que é fornecida aos animais, o bem estar animal, a garantia de isenção de patógenos nocivos à saúde. E sem dúvida, a qualidade microbiológica dos alimentos é a mais significante e que realmente causa sérios problemas aos consumidores. Estudos têm demonstrado a veiculação de vários agentes infecciosos através do alimento, como bactérias, fungos e vírus. Recentemente, têm-se considerado, além de Salmonella spp., outros agentes como potencialmente patogênicos ao homem, entre estes Campylobacter jejuni, Listeria monocytogenes, Shevanella putrefaciens, Enterococcus faecium resistentes a vancomicina, Helicobacter sp, Arcobacter sp, Brachspira sp, Escherichia coli entre outras bactérias (FERREIRA E FERREIRA, 2006). 6 A ocorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTA’s) tem sido foco de discussões nos últimos anos, devido à preocupação mundial com estratégias que permitam seu controle e, conseqüentemente, garantam a colocação de produtos seguros no mercado consumidor (SHINOHARA et al., 2007). No Brasil, a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTA) não é de notificação compulsória, o que compromete a real avaliação do problema. A Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde recomendam o uso do sistema de análise de riscos e pontos críticos de controle, conhecido internacionalmente como HACCP, uma vez que esse método pode ser aplicado em todas as etapas da cadeia alimentar, para identificar e caracterizar os pontos críticos em que ocorrem riscos e para estabelecer prioridades para intervenção e controle (BRYAN, 1992 citado por LUCCA E TORRES, 2002). Na revisão de SHONOHARA et al (2007) citam que somente 10% do total de surtos de origem alimentar são notificados no Brasil, devido às falhas no sistema de notificação e fiscalização e, relatam também as mudanças no perfil epidemiológico de enfermidades transmitidas por alimentos, devido à expansão dos mercados de consumo, a globalização econômica, alterações dos hábitos alimentares e aumento no consumo de alimentos industrializados ou produzidos fora do lar. Mas ressalvam, porém que as doenças veiculadas por alimentos continuam sendo uma das principais causas de morbidade nos países da América Latina e Caribe. A expressão "Boas Práticas de Fabricação" (BPF) foram implantadas na área de alimentos na década de 1970, embora somente tenham sido formalizadas em diversos países a partir de 1995 (HOOTEN, 1996). No Brasil, as BPF tornaram-se obrigatórias para a produção industrial de alimentos em 1997, quando foram publicadas as portarias 7 326/97, do Ministério da Saúde, e 368/97, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 1997b, citado por TAVOLARO, OLIVEIRA, LÈFEVRE, 2006). A Lei nº 5.517 de 23 de Outubro de 1968, descreve-se que é da competência privativa do médico veterinário o exercício das atividades de inspeção e a fiscalização sob o ponto de vista sanitário, higiênico e tecnológico dos matadouros, frigoríficos, fábricas de conservas de carne e de pescado, fábricas de banha e gorduras em que se empregam produtos de origem animal, usinas e fábricas de laticínios, entrepostos de carne, leite, peixe, ovos, mel, cera e demais derivados da indústria pecuária e, de um modo geral, quando possível, de todos os produtos de origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização (BRASIL, 2008a). A Organização Mundial de Saúde recomenda que os programas educacionais sejam culturalmente apropriados para os manipuladores de diferentes países, levando-se em consideração os hábitos alimentares e crenças da população de modo que se consigam mudanças nos hábitos e atitudes em relação aos alimentos (EHIRI E MORRIS, 1994 citado por TAVOLARO; OLIVEIRA; LÈFEVRE, 2006). Mas os resultados do trabalho de TAVOLARO; OLIVEIRA; LÈFEVRE, (2006) evidenciaram as dificuldades de se trabalhar com educação para a mudança de comportamento de ordenhadores de cabra. Embora os funcionários saibam que os conhecimentos discutidos são importantes, mudanças na rotina acabam sendo afetadas por uma série de barreiras técnicas à implantação dos programas de garantia de qualidade, além de barreiras de natureza antropológica e sociológica que deveriam ser ao menos conhecidas e estudadas pelos profissionais responsáveis pela capacitação de mão-de-obra em áreas rurais. 8 As doenças de origem alimentar têm sido reconhecidas como um problema de saúde pública de grande abrangência no mundo, afetando a confiança do consumidor nas organizações envolvidas (RISTOW et al., 2006). Reconhecendo o papel fundamental dos manipuladores de alimentos, é necessário que estes estejam capacitados tanto no preparo como também tenham conhecimento e cuidados de higiene pessoal, ambiental e operacional. A higiene alimentar corresponde ao conjunto de medidas necessárias para garantir segurança e sanidade do alimento em todos os estágios, produção até o consumo final (MARQUES et al., 2006). Considerando-se que a maioria das pessoas envolvidas com manipulação de alimentos, nas indústrias e nas cozinhas em geral carece de conhecimentos relativos aos cuidados higiênico-sanitários, que devem ser seguidos durante e após a elaboração do produto, não se pode ignorar, desta forma, a possível presença de portadores assintomáticos de bactérias como Campylobacter spp entre esses indivíduos. As práticas inadequadas de higiene e processamento por pessoas inabilitadas podem provocar a contaminação cruzada de alimentos, o que vem a se constituir em potencial de risco à saúde pública (TOSIN E MACHADO, 1995). Conforme o trabalho de RADDI, LEITE E MENDONÇA (1988), o carreamento de S. aureus pelas mãos pode representar um papel importante na cadeia epidemiológica das intoxicações alimentares. Tradicionalmente, as medidas de controle incluem a implementação de técnicas de lavagem das mãos, treinamento e conscientização dos profissionais envolvidos. Nossa expectativa é que esse trabalho venha contribuir de forma significativa para melhor conhecimento do problema e que medidas sejam tomadas visando reduzir o número de intoxicações alimentares por Staphylococcus aureus. 9 A salmonela é amplamente distribuída na natureza. Podem infectar, além do homem, as aves, os insetos, peixes, répteis e mamíferos em geral (BACK, 2006). Estes últimos são infectados cronicamente, sendo portadores assintomáticos e liberando o microorganismo nas fezes. Os ratos e camundongos são sem dúvidas portadores intestinais de S. Typhimurium e S. Enteritidis, maiores causadores de salmoneloses humanas. Moscas, besouros, baratas, pulgas e lagartos também são perigosos, pois com suas presenças nos galpões podem causar infecções em lotes sucessivos de aves e outras espécies animais (NASCIMENTO E SANTOS, 2006). Uma ampla variedade de alimentos podem ser contaminados com a Salmonella spp., pois aqueles que possuem alto teor de umidade, de proteína e de carboidratos, como carne bovina, suínos, aves, ovos, leite e derivados, frutos do mar e sobremesas recheadas, são mais susceptíveis a deterioração. Outros grupos de alimentos como frutas e vegetais minimamente processados também podem ser veiculadores de salmoneloses, e essa contaminação ocorre devido ao controle inadequado da temperatura, da adoção de práticas de manipulação incorretas, ou por contaminação de alimentos crus em contato com alimentos processados, como exemplo, a contaminação cruzada por meio de tábua de carne, após manipulação de carnes contaminadas, cortar vegetais (SHINOHARA et al., 2007). Por outro lado, os produtos de origem vegetal também podem ser fontes de contaminação salmonelas, no entanto, não há evidências concretas que essa contaminação seja resultado da multiplicação da bactéria no substrato vegetal. O mais provável é que ocorra uma contaminação durante a colheita, transporte ou armazenamento. Insetos e principalmente roedores podem ser os principais veículos desta contaminação (BACK, 2006). 10 No item 4.6.3 da Resolução RDC Nº. 216, de 15 de setembro de 2004 descrevem que os manipuladores devem ter asseio pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis à atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem ser trocados, no mínimo diariamente e usados exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento. As roupas e os objetos pessoais devem ser guardados em locais específicos e reservados para este fim, devem ser afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem das mãos em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios (BRASIL, 2004). A todos os visitantes que a indústria receber, deverá passar por uma breve anamnese, utilizar as vestimentas necessárias e respeitar as normas internas da empresa (SENAI PARANÁ, 2000). Segundo BRASIL (1997b), no item sete, onde se descreve sobre a higiene pessoal e requisitos sanitários, diz que a direção do estabelecimento deve tomar providências para que todas as pessoas que manipulem alimentos recebam instrução adequada e contínua em matéria higiênico-sanitária, na manipulação de alimentos e higiene pessoal, com vistas a adotar as precauções necessárias para evitar a contaminação dos alimentos, dentre elas estão a lavagem das mãos onde toda pessoa que trabalhe numa área de manipulação de alimentos deve, enquanto em serviço, lavar as mãos de maneira freqüente e cuidadosa com agente de limpeza autorizado e com água corrente potável, lavando antes do início do trabalho, imediatamente após o uso do sanitário, após a manipulação de material contaminado e todas as vezes que for necessário. Esta mesma Portaria descreve nos itens 7.6, 7.7, 7.8, 7.9, respectivamente sobre a higiene pessoal, onde se deve usar roupa protetora, sapatos adequados, toucas 11 protetoras, sendo todos laváveis ou descartáveis e durante a manipulação devem ser retirados tos os objetos de adorno pessoal; sobre a conduta pessoal deve ser proibido o ato de comer, fumar, tossir na área de manipulação; o emprego de luvas não exime o manipulador da obrigação de lavar as mãos cuidadosamente; para os visitantes que forem até a indústria, deverão estes realizar as mesmas atitudes dos manipuladores de alimentos (BRASIL,1997b). A Norma Regulamentadora (NR) Nº. 7 do Plano de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, e deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho, sendo assim deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza sub clínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores (BRASIL, 2008b). A saúde do manipulador deverá apresentar condições compatíveis com a não contaminação dos produtos, a direção deverá conservar de maneira sistemática e atualizar sempre as fichas ou certificados médicos referente a cada manipulador. Especial atenção deve ser dada ao manipulador que apresentar feridas infectadas, chagas ou diarréia, infecção de pele, doenças do aparelho digestório, vômitos, febre, o manipulador que se encontrar nessas condições deverá informar o seu supervisor, para que possm ser tomadas as medidas necessárias para não ocorrer a contaminação do alimento pelo manipulador (GIL, 2000). 12 No relato de caso de PEREIRA et al (1994), surtos ocorreram com Staphylococcus aureus, produtor de enterotoxina A, isolado no bolo, fossa nasal, leito subungueal e, essencialmente, devido a uma ferida em fase de cicatrização, localizada na nuca da manipuladora, mesmo que dispunha de longa experiência na área de produção de alimentos. Mais do que exigir, é necessário que o manipulador de alimentos tenha o culto pela higiene, eles devem sentir permanentemente a necessidade de uma vivência higiênica e auto-imposição na execução de suas tarefas de escrupuloso cumprimento das normas higiênicas. A supervisão do cumprimento das normas higiênicas deve ser efetiva, discretamente eficaz e disciplinadora (GIL, 2000). Através dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s), dispostos pela ANVISA, através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216 de 15 de setembro de 2004, foram elaborados pré-requisitos necessários para o serviço de alimentação, visando à proteção e a saúde da população. A Resolução descreve operações de higienização de maior eficácia, vinculados aos itens de higienização das instalações, equipamentos e utensílios, controle integrado de vetores, higiene e saúde do manipulador, sendo complementados com procedimentos específicos, realizados em cada unidade, de acordo com as características locais, tornado os procedimentos acessíveis e implementáveis pela equipe operacional (NETO, GUIMARÃES, SARCIÁ, 2007). Quando uma empresa decide implantar um Programa de Qualidade, é fundamental que o foco seja direcionado a capacitação e treinamento dos manipuladores, pois as pessoas são elementos humanos que devem ser conquistadas pelo respeito, o exemplo e o acompanhamento dos mesmos (WINCKLER, 2007) 13 O monitoramento dos processos é de grande importância para verificar se as etapas estão sendo realizadas adequadamente e se estão atingindo o objetivo proposto. Para melhor aplicá-los deverá ser realizado um treinamento com a equipe operacional, a fim de conscientizá-la sobre a importância dos procedimentos a serem aplicados e orientá-la na execução dos mesmos, ou seja, quanto sua metodologia (NETO, GUIMARÃES, SARCIÁ, 2007). Utiliza-se como método de verificação da implementação das boas práticas o uso de exame laboratorial swab (haste com algodão utilizando água peptonada a 0,1% e enviada a laboratório para realização de exame microbiológico) que fazendo movimentos de vai-e-vem na área das mãos de um manipular escolhido, obtêm-se os resultados positivos ou negativos para os microorganismos pesquisados, passando a informação de uma boa ou má higienização das mãos (MARQUES, SANTOS, PICCOLI, 2007). O trabalho de capacitação e conscientização das exigências higiênicosanitárias dos manipuladores de alimentos é fundamental para que se cumpram as Boas Práticas de Higiene, com isso recomenda-se a realização de programas de treinamentos contínuos, de forma a capacitá-los quanto as técnicas a serem utilizadas para o preparo dos alimentos e da higiene pessoal (FORTUNA et al., 2006). Ações para o controle de qualidade dos alimentos tornam-se necessárias, dentre as quais destacam-se a fiscalização da carteira de saúde, o treinamento e reciclagem periódica dos profissionais envolvidos na cadeia produtiva dos alimentos, aperfeiçoando os mesmos na execução de suas tarefas, bem como o monitoramento das condições de saúde dos manipuladores (CAPUANO et al.,2008). 14 É de suma importância a identificação dos portadores de agentes patogênicos que possam ser propagados para os alimentos através da manipulação (SILVA et al., 2005). A higiene pessoal do manipulador é um fator essencial para a produção e qualidade de todos os tipos de alimentos e, por esse motivo, deve ser focada de forma rigorosa e habitual. Várias enfermidades podem ser evitadas quando se procede à manipulação de alimentos dentro das normas técnicas (MARQUES et al., 2006). De acordo os resultados encontrados por ALMEIDA et al. (1995), pode-se afirmar que mesmo a mais rigorosa lavagem das mãos não garante que as mesmas fiquem livres de microrganismos. Entretanto, o primeiro requisito da higiene pessoal é que os manipuladores de alimentos lavem suas mãos rigorosamente com sabão, um antisséptico e água morna pelo menos antes de começarem o trabalho e após manipularem alimentos contaminados e/ou usarem as instalações sanitárias. As concentrações mais elevadas do iodóforo ou lavagens mais freqüentes podem ter efeitos mais pronunciados sobre a redução da carga bacteriana, mas na concentração empregada no presente trabalho, o iodóforo destruiu ou inibiu as formas vegetativas dos microrganismos patogênicos previamente encontrados nas mãos dos manipuladores investigadas. Em geral em alguns aspectos referentes à higiene pessoal foi verificado que os manipuladores responsáveis possuíam baixo grau de escolaridade (MARQUES et al., 2006). No trabalho de NOLLA E CANTOS (2005) verificaram que os gerentes e subgerentes que trabalhavam em uma empresa de alimentos foram menos parasitados que os cozinheiros, os garçons e as garçonetes. E quando se levou em consideração o tamanho 15 da família verificou-se que os indivíduos de menor renda e menor escolaridade, eram os mais parasitados. Como observado no trabalho de TAVOLARO; OLIVEIRA; LÈFEVRE, (2006), onde realizando um questionário com ordenhadores, apenas um deles se referiu à higiene do procedimento como algo de importância para a veiculação de doenças pelo leite, mas a relação entre o leite e as doenças pareceu ser mais freqüentemente associada à saúde do animal do que à higiene na ordenha do leite. Outro ordenhador mostrou que gostaria de aprender mais sobre as doenças, por entender que este é um ponto importante para melhorar seu trabalho e sua vida. Algumas maneiras utilizadas para se garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos são a realização de programas de educação continuada para os manipuladores de alimentos, a realização semestral de exames parasitológicos desses indivíduos e o fortalecimento do sistema de vigilância sanitária para fiscalização de alimentos oferecidos para a população, incluindo uma legislação adequada (NOLLA E CANTOS, 2005). SHINOHARA et al, (2007) relatam a importância econômica, pois ocorre um aumento da capacidade de produção da população economicamente ativa, em razão da segurança alimentar proporcionada por uma alimentação sem o risco de casos de salmoneloses. E concluem que mapeamento das doenças veiculadas por alimentos fornece subsídios para o desenvolvimento de medidas políticas, legislativas, priorização de áreas de pesquisa e avaliação de programas de controle de surtos epidêmicos. E também como se preconiza a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2002), alimentos mais sadios para uma população mundial mais saudável, só poderá ser obtido após a capacitação de manipuladores de alimentos desde a origem do produto até a 16 produção final, pois só assim, evitariam-se as enfermidades humanas e animais de origem microbiana, física ou química. 17 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como os vários organismos internacionais e a própria Legislação Brasileira determinam, existem meios e recursos eficazes para evitar a ocorrência de contaminações alimentares. Pela revisão observa-se que a realidade brasileira está aquém de minimizar essas contaminações, mesmo com treinamentos esporádicos feitos aos manipuladores de alimentos. Todos os autores citados são unânimes em afirmar que a capacitação contínua de manipuladores de alimentos é o meio ideal para conscientizar a população brasileira do real perigo em consumir alimentos deteriorados ou mesmo contaminado. A capacitação deveria ocorrer frequentemente não somente com os manipuladores, mas também com os consumidores por meio de panfletos, palestras, educação, feitas nas escolas públicas e privadas, de nível básico ao superior, em comunidades carentes, associações comerciais e de bairros, sem distinção de sexo, idade, nível de escolaridade e profissão. Essa qualificação deveria ser feita com interação com profissionais de nível superior, como os próprios médicos veterinários, onde se pode considerar como o profissional que tem um contato maior desde a produção, o processamento até a comercialização do produto final e com isso, tem um estreito contato com os 18 manipuladores de alimentos. Pois, todo indivíduo merece respeito e compreensão, esteja ele exercendo qualquer tipo de função, utilizando o bom senso e a humildade em não ser impositivo e sim educativo, com capacitação coletiva de manipuladores de alimentos, poderíamos almejar uma saúde melhor à população brasileira. 19 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, R. C. C.; KUAYE, A. Y.; SERRANO, A. M.; ALMEIDA, P.F. Avaliação e controle da qualidade microbiológica de mãos de manipuladores de alimentos. Revista de Saúde Pública. v.29, n.4, p.290-4. ago. 1995. AMSON, G.V.; HARACEMIV, S.M.C.; MASSON, M.L. Levantamento de dados epidemiológicos relativos à ocorrência/surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTAs) no estado do Paraná – Brasil, no período de 1978 a 2000. Revista Ciência e Agrotecnologia. v.30, n.6, p. 1139-45. nov./dez. 2006. BACK, A. Doenças Bacterianas. In: BACK, A. Manual de Doenças de aves. Cascavel, 2002. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216 de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial da União, 16 set. 2004. BRASIL. Lei nº 5.517 de 23 de Outubro de 1968. Dispõe sobre o exercício da profissão de médico-veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5517.htm.>. Acesso em: 20 ago. 2008a. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 368, de 08 set. 1997. Aprova o regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial da União, 8 set. 1997a. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 275, de 21 out. 2002. Aprova o regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos e a lista de verificação das boas práticas de fabricação. Diário Oficial da União, 06 nov. 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 326, de 30 jul. de 1997. Aprova o regulamento técnico sobre as condições higiênicos-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial da União, 01 ago. 1997b. 20 BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria GM 3.214, de 08 jun. 1978 06/07/78 Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho.Norma Regulamentadora Nº 7 Plano de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Disponível em: <http://www3.dataprev.gov.br/SISLEX/paginas/63/mte/1978/3214.htm>. Acesso em: 20 ago. 2008b. BRYAN, F.L. Hazard analysis critical control point system: a guide to identifying hazards and assessing risks associated with food preparation and storage. Geneva: WHO; 1992. 72 p. CAPUANO, D. M.; LAZZARINI M. P. T. ; GIACOMETTI JÚNIOR, E.; TAKAYANAGUI, O. M. Enteroparasitoses em manipuladores de alimentos do município de Ribeirão Preto - SP, Brasil, 2000. Revista Brasileira de Epidemiologia. v.11, n.4 , p.687-95. dez. 2008. FERREIRA, A.J.P.; FERREIRA, C.S.A. Medidas inespecíficas para o controle bacteriano. In: SIMPÓSIO BRASIL SUL DE AVICULTURA, 6, 2006. Chapecó. Anais... Chapecó (SC), 2006. FORTUNA, J.; FILHO, J.; HOMBRE, J.; JESUS, A., CUNHA, A., NEVES, Z.; FERREIRA, M. Diagnóstico higiênico-sanitário dos manipuladores de produtos alimentícios comercializados em uma praça pública do município de Teixeira de Freitas, BA. Revista Higiene Alimentar. v. 21, n. 150, p. 104. abr. 2006. GERMANO, P.M.L.; GERMANO, M.I.S. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. 2.ed. São Paulo: Varela, 2003.655 p. GERMANO, P.M.L. Treinamento de manipuladores de alimentos: fator de segurança alimentar e promoção da saúde. São Paulo: Varela, 2003.165 p. GIL J.I. Manual de inspeção sanitária de carnes. Volume I Geral , 2 edição, 2000. pág. 78. HOOTEN, F. W. A brief history of FDA good manufacturing practices. Disponível em: <http://www.devicelink.com/mddi/archive/96/05/015.html>. Acesso em: 18 de dezembro de 2008. LUCCA, A.; TORRES, E.A. Condições de higiene de "cachorro-quente" comercializado em vias públicas. Revista de Saúde Pública. v.36 n.3, p.350-52. jun. 2002. MARQUES, R.; MARQUES, C.; SOUSA, A.; COSTA, J. A Importância do controle da higiene pessoal dos manipuladores de alimentos da merenda escolar do município de Vitória da Conquista, BA. Revista Higiene Alimentar. v. 21, n. 150, p. 382. abr. 2006. MARQUES, S.; SANTOS, A.; PICCOLI, R. Pesquisa de Staphilococcus coagulase positiva e Coliforme termotolerante em mãos de manipuladores em uma feira de 21 produtos caseiros e artesanais no município de Lavras, MG. Revista Higiene Alimentar. v. 21, n. 155 , p. 24. Abr. 2006. NASCIMENTO, V. P.; SANTOS, L. R. Salmonella Enteritidis: Implicações em Saúde Pública e na Qualidade dos Produtos de Origem Avícola. In: SIMPÓSIO BRASIL SUL DE AVICULTURA, 6, 2006. Chapecó. Anais... Chapecó (SC), 2006. NETO, C.; GUIMARÃES, K.; SARCIÁ, W. Implantação dos procedimentos operacionais padronizados numa unidade de alimentação e nutrição institucional, na cidade do Rio de Janeiro - Revista Higiene Alimentar. v. 21, n. 157, p. 19-21. Set.2007. NOLLA, A.C.; CANTOS, G.A. Prevalência de enteroparasitoses em manipuladores de alimentos, Florianópolis, SC. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v.38, n.6, p.524-25. nov./dez. 2005. ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE (OPAS). HACCP: Instrumento Essencial para a Inocuidade de Alimentos. Buenos Aires, Argentina: OPAS/INPPAZ, 2001. ORGANIZACIÓN MUNDIAL DA LA SALUD. Estratégia global de la OMS para la inocuidad de los alimentos: alimentos mas sanos para una salud mejor. OMS, 2002. 32p. Disponível em: <http://www.who.int/foodsafety/publications/general/en/strategy_es.pdf>. Acesso em 5 jan. 2008. PEREIRA, M.L.; DO CARMO, L.S.; SANTOS, E.J. ; BERGDOLL, M.S. Staphylococcal food poisoning from cream-filled cake in a metropolitan area of South-Eastern Brazil. Revista de Saúde Pública. v.28, n.6, p. 406-9.dez. 1994. RADDI, M. S. G.; LEITE, C. Q. F.; MENDONÇA, C. P. Staphylococcus aureus: portadores entre manipuladores de alimentos. Revista de Saúde Pública. v.22 n.1, p.36-40 ,1988. RISTOW, A.; SILVA, M.; FERREIRA, L., SOUZA, K.; CORTEZ, N.; MIRANDA, Z. Avaliação Higiênico-Sanitária das Unidades de Alimentação e Nutrição Localizadas nos Campi de Uma Universidade do Rio de Janeiro. Revista Higiene Alimentar. v. 21, n. 150, p. 356, Abr. 2006. ROSSI, C.F. Condições higiênicos-sanitárias de restaurantes comerciais do tipo self –service de Belo Horizonte – MG. 2006. 142 f. Dissertação (Mestrado em Ciência de Alimentos) Programa de Pós-graduação em Ciência de Alimentos da Faculdade de Fármácia da Universidade Federal de Minas Gerais. SENAI PARANÁ. Monitoramento do Processo de Higiene e Sanitização. Apostila do SENAI. 2000. 35 p. SHINOHARA, N.K.S.; BARROS, V.B.; JIMENEZ, S.M. C; MACHADO, E.C.L.;DUTRA, R.A.F.; LIMA FILHO, J.L. Salmonella spp – importante agente patogênico veiculado em alimentos. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 2007. 22 Disponível em:<http://www.abrasco.org.br/cieciaesaudecoletiva/index.php.>. Acesso em 5 jan. 2008. SILVA JUNIOR, E.R.. Manual de controle higienico-sanitário em serviços de alimentação. São Paulo: Varela, 2005, 624p. SILVA, J.O.; CAPUANO, D. M.; TAKAYANAGUI, O. M.; GIACOMETTI JÚNIOR, E. Enteroparasitoses e onicomicoses em manipuladores de alimentos do município de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia. v.8, n.4 , p.385-92. dez. 2005. TAVOLARO, P.; OLIVEIRA, C.A.F.; LEFÈVRE, F. Avaliação do conhecimento em práticas de higiene: uma abordagem qualitativa. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. v.10, n.19,p.243-54. 2006. TOSIN, I.; MACHADO, R.A. Ocorrência de Campylobater spp entre manipuladores de alimentos em cozinhas hospitalares de localidade urbana da região Sul do Brasil. Revista de Saúde Pública. v.29, n.6, p.472-77. dez. 1995. WHO. HACCP: Introducing the Hazard Analysis and Critical Poits System. Food Safety Issues. 1997. WINCKLER, M. Evolução dos pré-requisitos, boas práticas de fabricação (BPF) e procedimento padrão de higiene operacional (PPHO), em matadouro-frigorífico de bovinos, localizado no município de Rondonópilos, MT , no período de março a outubro de 2004. Revista Higiene Alimentar. v. 21, n. 155, p. 51. Out. 2007.