EFEITO DA AERAÇÃO NO PRIMEIRO ESTÁGIO DA COMPOSTAGEM DE CARCAÇA DE AVES RHAE/CNPq MÔNICA SAROLLI S. DE M. COSTA UNIOESTE-PR FCA/UNESP INTRODUÇÃO compostagem como alternativa para a disposição correta da mortalidade em galpões de frango • reciclagem dos nutrientes contidos nas carcaças de aves • peculiaridades do processo de compostagem de carcaça de aves • dois estágios no processo OBJETIVO • Avaliar o efeito da aeração, por meio de exaustores eólicos, no primeiro estágio do processo de compostagem de carcaça de aves, sobre parâmetros físicos, químicos e microbiológicos. MATERIAL E MÉTODOS • Universidade Estadual do Oeste do Paraná • Marechal Cândido Rondon - PR (24º 33’ 40” S e 54º 04’ 12” W) com altitude média de 420 m • Programa RHAE/CNPq • COPACOL (Cafelândia); COOPERVALE (Palotina) e SADIA (Toledo) e AGRÍCOLA HORIZONTE (Mal. Cdo. Rondon) • Dois estágios • Primeiro em Composteiras • Segundo no Pátio de Compostagem Composteira sem aeração Composteira com aeração • Definição dos sistemas: • COMPOSTEIRA COM AERAÇÃO (CA) • COMPOSTEIRA SEM AERAÇÃO (SA) • Sistemas alimentados simultaneamente com quantidades iguais de cama de aviário e carcaça de aves por dois ciclos de engorda • QUANTIDADE DE MATERIAL • 1 kg de carcaça de aves: 03 kg de cama de aviário • Água: diferenciada para os sistemas: • CA (50% do peso da cama de aviário) • SA (30% do peso da cama de aviário) DISPOSIÇÃO DOS MATERIAIS NA COMPOSTEIRA SEQÜÊNCIA DE INTERCALAÇÃO DOS MATERIAIS Aspecto da massa de compostagem ao sair da composteira (final do 1º estágio) Transferência da massa de compostagem para o Pátio (2º estágio) PARÂMETROS MONITORADOS • Temperatura diária em seis pontos na massa de compostagem • Coleta de material para análise: em duas fases: • após o 1º estágio (ao sair da composteira) • após o 2º estágio ( ao sair do pátio de compostagem) • Composição química do material • Ausência ou presença de salmonella • Inoculação da massa de compostagem com salmonella ao final do abastecimento de cada sistema (108 unidades/ml) • Coliformes Totais e Fecais RESULTADOS E DISCUSSÃO TEM PERATURA (º C) 70 60 50 40 30 20 10 PRIMEIRO ESTÁGIO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 SEGUNDO ESTÁGIO 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 SEM ANAS CA1 SA1 AMB Gráfico 01. Temperaturas médias semanais , 1º carregamento 70 TEMPERATURA (ºC) 60 50 40 30 20 10 PRIMEIRO ESTÁGIO SEGUNDO ESTÁGIO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 SEMANAS CA2 SA2 AMB Gráfico 02. Temperaturas médias semanais , 2º carregamento Tabela 01 Características físicas dos sistemas de compostagem (com e sem aeração) durante os dois estágios do processo, nos dois carregamentos. ________________________________________________________________ TRATA Tº máx. Tº máx. Tempo Tempo Peso Peso % MENTOS 1ª fase 2ª fase comp. Comp. Seco Seco Reduç 1ª fase 2ª fase Inicial Final (dias) (dias) (kg) (kg) ________________________________________________________________ CA1 56,10 53,60 73 64 348,4 216,6 3 SA1 54,10 61,10 73 72 348,4 241,9 30 CA2 66,20 64,60 83 80 1086,8 532,0 51 SA2 61,90 66,30 83 80 1086,6 564,0 48 ________________________________________________________________ Tabela 02.Parâmetros microbiológicos avaliados no material ao final do 1º estágio (semicomposto) e ao final do 2º estágio (composto), nos dois sistemas e nos dois carregamentos. _____________________________________________________ TRATAMENTOS SALMONELLA COLIF.TOTAIS COLIF.FECAIS (UFC/g) (UFC/g) ________________________________________________________________ Semicomposto CA1 PRESENTE 4,0 x 103 1,2 x 103 Composto CA1 AUSENTE 1 2 Semicomposto SA1 PRESENTE 1,4 x 103 10 Composto SA1 AUSENTE 10 44 Semicomposto CA2 AUSENTE 16 10 Composto CA2 AUSENTE 10 10 Semicomposto SA2 AUSENTE 14 10 Composto SA2 AUSENTE 10 10 ________________________________________________________________ Tabela 03.Composição química do material ao final do 1º estágio (semicomposto) e ao final do 2º estágio (composto), nos dois sistemas e nos dois carregamentos. _____________________________________________________ TRATAMENTOS C N P K Ca Mg ____________ ______________________ % g/g ________________________________________________________________ Semicomposto CA1 32,90 3,50 24900 30000 65500 9500 7,72 Composto CA1 29,80 3,15 30263 37400 66100 11300 7,5 Semicomposto SA1 32,90 3,15 20200 22000 58150 8150 7,7 Composto SA1 31,40 2,80 18575 34000 68100 9950 7, Semicomposto CA2 35,60 2,80 13225 23000 32025 4300 6,9 Composto CA2 26,00 2,45 27188 31800 39150 7950 7, Semicomposto SA2 34,10 3,15 20888 26800 32525 5900 7, Composto SA2 27,90 2,80 30775 29000 47450 8425 7, ________________________________________________________________ CONCLUSÕES • o sistema de aeração utilizado não permitiu suficiente elevação da temperatura a ponto de impedir o desenvolvimento de salmonella sp em um dos carregamentos; • a realização de um segundo estágio na compostagem de carcaça de aves promoveu redução de CT e CF promovendo a biossegurança do processo, além de melhorar as características agronômicas do composto. TECNOLOGIA SOCIAL O Prêmio FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL DE TECNOLOGIA SOCIAL, em sua primeira edição, certifica que a “COMPOSTAGEM DE ANIMAIS MORTOS EM SISTEMAS AVÍCOLAS” implementado pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ é uma tecnologia social efetiva: soluciona o problema a que se propôs resolver, tem resultados comprovados e é reaplicável. Essa tecnologia passa a fazer parte do BANCO DE TECNOLOGIAS SOCIAS, localizado no site www.cidadania-e.com.br. MUITO OBRIGADA