A ENTREVISTA COMO METODOLOGIA DE PESQUISA PARA INVESTIGAR CONCEPÇÕES DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS E DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA INCLUSÃO DE ALUNOS ESPECIAIS NO ENSINO REFULAR1 Célia Regina Vitaliano2 A definição do tema da pesquisa - um processo particular. Ao tentar organizar a descrição dos caminhos percorridos que me possibilitaram realizar a escolha do tema de minha pesquisa de doutorado, definir seus objetivos, a metodologia de coleta de informações e a sistemática de análise dos dados, identifico que a semente deste processo está localizada na minha vivência como docente da única disciplina de Educação Especial no curso de Pedagogia no período de 1992 a 1997. Nesta época, quando me preparava para prestar a seleção de doutorado, resolvi elaborar um projeto cujo tema realmente me auxiliasse a melhorar o meu trabalho. Percebi, então, que deveria escolher algo que fizesse parte do meu dia-a-dia, que é a formação de profissionais da educação, o pedagogo, mais precisamente, sua formação em Educação Especial. Mas, dentro deste campo, o que escolher? Analisando o que estava me chamando a atenção encontrei o processo de implantação da proposta de inclusão dos alunos com necessidades especiais no ensino regular. A partir de 1995, aproximadamente, percebi que o tema inclusão dos alunos que apresentam necessidades especiais no ensino regular começou a dominar os debates e as publicações em Educação Especial. Observei análises sobre as barreiras sociais, os efeitos da segregação, as vantagens da inclusão para sociedade e as condições necessárias a esse processo. Dentre essas, o preparo do professor era destacado por muitos pesquisadores como o fator fundamental para efetivar este processo. Eles esclareciam que o professor deveria ter habilidades referentes a: saber estruturar atividades com vistas a desenvolver o cooperativismo e não o individualismo e a competitividade; saber organizar currículos individualizados, bem como, saber 1 Tese de Doutorado: Concepções de professores universitários da área de Educação e do ensino regular sobre o processo de integração de alunos especiais e a formação de professores. – Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Filosofia Ciências e Letras UNESP Campus de Marília. 2002. Programa de PósGraduação em Educação. 2 UEL – CECA – Departamento de Educação. Psicóloga, professora nos cursos de Graduação, Especialização e Mestrado em Educação. Email: [email protected] avaliar quando esta estratégia se faz necessária; saber como se dá a apropriação do conhecimento por parte do aluno que apresenta necessidades especiais de acordo com suas características peculiares e outras. Estes apontamentos, ao mesmo tempo em que me pareceram muito pertinentes e ajudavam a nortear o caminho até o momento identificado como possível para viabilizar a inclusão dos alunos com necessidades especiais, também me pareceram muito distantes do real quadro que tínhamos em relação às habilidades apresentadas pelos professores atuantes nas escolas regulares. Esta constatação me motivou a buscar identificar os prováveis fatores que favoreciam a ocorrência desta situação. Considerei que um dos caminhos, que poderia me auxiliar a compreender melhor os “porquês” deste fato, seria conhecer as concepções dos professores universitários da área de Educação sobre este assunto. Que relações percebiam entre a Educação e a Educação Especial? Como estavam avaliando o processo de inclusão escolar dos alunos com necessidades especiais no ensino regular ? Qual o papel que julgavam ter, considerando que são agentes formadores de professores, que terão alunos com necessidades especiais em suas salas de aula? Quais as sugestões que teriam para melhorar a formação dos professores, com vistas a prepará-los melhor para integrarem estes novos alunos? Considerei, na época, e ainda hoje considero, que o conhecimento das respostas a esses questionamentos possibilitariam identificar estratégias para romper, ou pelo menos minimizar, o distanciamento do departamento de Educação ante as questões de Educação Especial, bem como a indicação do caminho, ou pelo menos de parte dele, para melhorar a formação dos futuros professores, visando propiciar melhores condições para a inclusão dos alunos que apresentam necessidades especiais. Ao entrar no curso de doutorado, logo percebi que, se conhecesse as dificuldades dos professores que já haviam experienciado incluir alunos especiais em suas salas, bem como daqueles que ainda não tinham tido esta experiência, poderia construir o roteiro das entrevistas com os professores universitários, com questões mais pertinentes às necessidades reais na formação do professor. Desta forma, a população pesquisada constituiu-se de: professores universitários da área de Educação, professores de primeira a quarta série de o ensino regular, que tiveram experiência de integrar alunos especiais, e professores de primeira a quarta série do ensino regular, que não tiveram esta experiência. Com a ampliação da população pesquisada também se ampliaram os objetivos da pesquisa, que passaram a ser os seguintes: Objetivos Gerais: 1- Identificar como os professores universitários da área de Educação e do ensino regular percebem e avaliam o processo de inclusão dos alunos que apresentam necessidades especiais no sistema regular de ensino. 2- Levantar suas sugestões para melhorar a formação dos futuros professores, visando à inclusão dos alunos especiais. Objetivos específicos: Para os professores universitários: 1) Caracterizar a relação que estabelecem entre a Educação de uma maneira geral e a Educação Especial. 2) Identificar as habilidades que avaliam que os professores deveriam apresentar para realizar a inclusão dos alunos especiais. 3) Levantar suas avaliações em relação à formação atual do professor no curso de Pedagogia, com vista a prepará-lo para incluir alunos especiais. Para os professores do ensino regular que tiveram alunos especiais incluídos. 1) Levantar suas avaliações em relação ao desempenho de seus alunos especiais no processo de ensino e aprendizagem e na interação com os colegas de sala. 2) Caracterizar suas dificuldades para lidar com os alunos especiais incluídos. 3) Identificar os procedimentos que utilizam para lidar com suas dificuldades em relação aos alunos especiais e com as dificuldades que estes apresentam. 4) Levantar suas sugestões sobre o que a escola poderia fazer para atender melhor os alunos especiais incluídos. Para os professores do ensino regular que não tiveram alunos especiais incluídos. 1) Identificar suas avaliações em relação ao desempenho dos seus alunos normais no processo de ensino e aprendizagem e na interação social em sala de aula. 2) Caracterizar suas dificuldades para lidar com alunos normais. 3) Identificar os procedimentos que utilizam para lidar com suas dificuldades em relação aos alunos normais. 4) Levantar suas sugestões sobre o que a escola poderia fazer para atender melhor os alunos especiais incluídos. A metodologia escolhida Considerando os objetivos da pesquisa e as análises sobre planejamento de pesquisa apresentadas por Tiviños (1987), Haguette (1987) e Luna (2000), verificamos que o estudo apresenta as características de uma pesquisa qualitativa, em virtude de buscar a compreensão de fenômenos amplos e complexos de natureza subjetiva. Para coleta de informações optei pela realização de entrevista semiestruturada, por considerar que permite uma certa organização dos questionamentos, ao mesmo tempo em que pode ser ampliada à medida em que as informações vão sendo fornecidas (Fujisawa, 2000). . Participaram dessa pesquisa três grupos de professores, sendo dois grupos constituídos por professores do ensino regular e um por professores universitários do curso de Pedagogia. A coleta de informações foi realizada obedecendo a uma seqüência que apresentaremos a seguir. Participantes do grupo 1 O primeiro grupo de participantes contatados era formado por oito professores de 1ª a 4ª série, que tiveram experiência em incluir alunos com necessidades especiais no ensino regular em escolas públicas da região de Londrina. Dessa forma, participaram quatro professores com experiência em incluir alunos com deficiência mental, dois que incluíram alunos com deficiência física e dois que incluíram alunos com condutas típicas; um dos participantes (P8) que incluiu um aluno com condutas típicas incluiu também um aluno com deficiência visual, totalizando oito participantes. O número de participantes que incluíram alunos com deficiência mental foi maior, em razão deste tipo de deficiência ser considerada a mais difícil de ser incluída ( Picchi 1999) e a mais freqüente segundo a Organização Mundial da Saúde. Participantes com experiência em incluir alunos com deficiência auditiva não fizeram parte da amostra, em virtude de, naquela época ano 2000, serem raros os casos de inclusão de alunos com este tipo de deficiência nas escolas públicas da região. Os participantes apresentavam as seguintes características 6 eram graduados em Pedagogia e 1 era graduado em Educação Física e 1 era graduado em Educação Artística. Três deles, também tinham especialização na área de educação. As idades dos participantes variaram entre 29 e 53 anos. O tempo de experiência no magistério variou de 6 a 22 anos. Procedimentos para coleta de informações do grupo 1 Considerando a natureza das informações pretendidas, optei pelo procedimento de entrevista, em especial, a entrevista semi-estruturada focalizando os seguintes temas: • O processo de inclusão dos alunos com necessidades especiais no ensino regular. • A formação de professores para inclusão dos alunos com necessidades especiais. O roteiro para entrevista foi elaborado seguindo recomendações de Triviños (1987) e Manzini (1990/1991), bem como orientações recebidas durante o doutorado, levando-se em conta duas finalidades: a) prover informações sobre as necessidades na formação sentidas pelos professores que tiveram experiência em incluir alunos especiais, visto que tais informações poderiam oferecer subsídios para elaboração do roteiro para entrevista dos professores universitários e b) levantar suas concepções sobre o processo de inclusão e, sobre a formação dos professores para inclusão dos alunos especiais. Por estas razões este grupo de participantes foi o primeiro a ser entrevistado. Para avaliar a adequação do roteiro realizei duas entrevistas-piloto com professores que atendiam aos critérios de escolha dos participantes, para verificar se as perguntas estavam claras, a seqüência adequada e se atendiam aos objetivos da pesquisa. Após a realização deste procedimento fez-se as adequações necessárias no roteiro. Para compor a amostra de participantes, utilizamos três procedimentos distintos. O primeiro foi entrar em contato com uma professora que conhecíamos previamente e que, sabíamos, tinha tido experiência em integrar alunos deficientes mentais de classe especial. O segundo procedimento utilizado foi visitar duas escolas nas quais já havia desenvolvido projetos de extensão. Em cada uma destas escolas encontrei uma professora que se dispôs a nos conceder uma entrevista. O terceiro procedimento utilizado foi entrar em contato com os professores coordenadores da área de Educação Especial do Núcleo Regional de Educação, da região de Londrina, e solicitar-lhes a indicação das escolas em que estavam ocorrendo inclusão de alunos com diferentes tipos de deficiência nas séries iniciais. Com esses procedimentos constituímos a amostra de participantes deste grupo. A coleta das informações necessárias para atender os objetivos da pesquisa ocorreu em uma única sessão de entrevista para cada participante. A duração das entrevistas variou de quinze a cinqüenta minutos. A sistemática utilizada para seleção dos participantes do grupo 2 foi semelhantes a utilizada em relação ao grupo 1, com exceção de que não tivessem tido experiência da incluir alunos com necessidades especiais. Participantes do grupo 2 Os participantes escolhidos para compor o grupo 2 apresentavam as seguintes características: sete eram graduados em Pedagogia e um em Educação Física. As idades dos participantes variaram entre 28 e 56 anos. O tempo de experiência no magistério variou de sete a vinte e um anos. Procedimentos para coleta de informações do grupo 2 Para coletar as informações deste grupo, realizamos alguns procedimentos muito semelhantes ao descritos nos procedimentos referentes à coleta de informações do grupo 1, especialmente os procedimentos que visaram a adequações do roteiro de entrevista. A exceção ao procedimento utilizado com o grupo 1 foi a eliminação da realização da entrevista piloto. Levando-se em consideração os objetivos da pesquisa, as questões elaboradas versaram sobre três temas amplos, apresentados a seguir: • Avaliações sobre o atendimento aos alunos normais • O processo de inclusão especiais no ensino • de alunos com necessidades regular A formação de professores para inclusão dos alunos com necessidades especiais. Participantes do grupo 3 O terceiro grupo de participantes contatados foram quinze professores universitários do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina. Nesse Departamento trabalhavam aproximadamente sessenta professores. Dentre estes, aproximadamente trinta e cinco atuavam no curso de Pedagogia. Esses dados foram fornecidos pelo Coordenador do Colegiado do Curso de Pedagogia. Desses trinta e cinco professores, trinta eram efetivos e cinco tinham contratos temporários. Um dos critérios para seleção dos participantes deste grupo era atuarem no curso de Pedagogia e serem professores efetivos. Entre os critérios utilizados para selecionar os participantes estava a composição da amostra com participantes que atuassem no curso nas diferentes séries e nas diversas disciplinas. Paralelamente a este critério, também levamos em conta que o referido Departamento era dividido em cinco áreas: Fundamentos de Educação, Psicologia, Didática, Supervisão escolar e Orientação Educacional, assim, foram escolhidos três professores de cada área, num total de quinze participantes. Para selecionar os quinze participantes, o critério utilizado foi a facilidade de acesso e o fato de ministrar disciplinas distintas. Os participantes deste grupo apresentavam as seguintes características: a maioria eram graduados em Pedagogia, exceto 2 que eram graduados em Filosofia e Psicologia respectivamente. Observamos, ainda, que quatro participantes eram especialistas, dois cursavam mestrado, sete eram mestres e, dois cursavam doutorado. As idades variaram entre 28 e 54 anos. Procedimentos para coleta de informações do grupo 3 O roteiro para a entrevista com esse grupo foi organizado tendo como base os objetivos da pesquisa. Para isso, primeiramente, entrevistamos os professores do ensino regular, tendo como um dos objetivos levantar suas concepções sobre os referidos temas, com vistas a organizar o roteiro de entrevista dos professores universitários. Os temas contidos no roteiro 3 foram os seguintes: • Concepções sobre a Educação Especial. • O processo de inclusão dos alunos com necessidades especiais no ensino regular. • A formação de professores para inclusão dos alunos com necessidades especiais. Organização das informações em dados de análise. Para organizar as informações coletadas em dados de análise, seguimos alguns procedimentos que extraímos de leituras de publicações que versam sobre planejamento de pesquisa, análises de entrevistas, e o método de análise de conteúdos (Bardin, 1977; Triviños, 1990; Manzini, 1990/1991; Luna, 2000). Após a transcrição das entrevistas, separamos o discurso em relatos de acordo com os temas que originaram as questões do roteiro. Esses temas, por sua vez, como já descrevemos nos procedimentos, basearam-se nos objetivos da pesquisa. Depois desta separação observamos que os relatos poderiam ser novamente divididos, porquanto, determinado fragmento de relato referente a um tema tinha sentido diferente de outro fragmento de relato originando novos temas. Nesses temas, por sua vez, também encontramos determinados fragmentos de relato que denotavam outros sentidos. Estes foram divididos em categorias, em virtude de percebermos que estes fragmentos se diferenciavam, mas eram relacionados ao tema já identificado. Essas categorias, algumas vezes, também foram novamente divididas compondo subcategorias. Para nomear os temas, as categorias e as subcategorias, consideramos os objetivos da pesquisa, o nome dado aos temas que originaram os roteiros, os termos utilizados nas questões dos roteiros e, até mesmo, os termos que encontramos com certa freqüência nos relatos pertinentes às categorias. O processo para se definir as grades de análise dos relatos de cada um dos grupos seguiu a seguinte sistemática. As três grades contendo temas, categorias e subcategorias, com exemplos de relatos de cada uma das categorias e subcategorias de cada um dos grupos pesquisados foi apresentado ao grupo de pesquisa já referido para proceder a avaliação da adequação das mesmas. O grupo analisou a pertinência dos relatos em suas respectivas categorias e sugeriu adaptações de alguns termos utilizados em algumas categorias e, a ampliação do número de categorias na maioria das grades analisadas. As sugestões foram acatadas e foi organizada uma segunda versão das três grades de análise. Esta segunda versão foi apresentada na prova de qualificação à banca examinadora que novamente sugeriu modificações em algumas das categorias apresentadas. A seguir apresentaremos a grade utilizada para análise dos relatos dos professores universitários para servir de exemplo, esclarecemos que as demais grades apresentaram temas e categorias de análises semelhantes. Grade: utilizada para análise dos relatos dos professores universitários da área de Educação. TEMA 1 Relações entre a Educação e a Educação Especial 1.1 A Educação Especial como parte da Educação 1.2 Relações de aproximação e distanciamento entre a Educação e a Educação Especial 1.3 Relação de separação entre a Educação e a Educação Especial 1.3.1 Conseqüências da separação entre a Educação e a Educação Especial TEMA 2 Processo de inclusão dos alunos especiais no ensino regular 2.1 Avaliação sobre o processo de inclusão dos alunos especiais no ensino regular 2.2 Dificuldades percebidas no processo de inclusão dos alunos especiais no ensino regular 2.2.1 Dificuldades no processo de inclusão em relação à discriminação social 2.2.2 Dificuldades no processo de inclusão em relação ao professor 2.2.3 Dificuldades no processo de inclusão em relação a organização política do processo 2.3 Conseqüências do processo de inclusão dos alunos especiais no ensino regular 2.3.1 Conseqüências positivas do processo de inclusão dos alunos especiais no ensino regular 2.3.2 Conseqüências do fracasso do processo de inclusão dos alunos especiais no ensino regular 2.4 Sugestões sobre os cuidados a serem tomados no processo de inclusão dos alunos especiais no ensino regular TEMA 3 Habilidades necessárias aos professores para incluir alunos especiais no ensino regular 3.1 Conhecimentos e experiências necessárias aos professores para incluir alunos especiais 3.2 Características e atitudes necessárias aos professores para incluir alunos especiais TEMA 4 Formação de professores para inclusão de alunos especiais. 4.1 Avaliação da formação atual do professor para inclusão dos alunos especiais. 4.2 Concepções sobre formação de professores. 4.3 Sugestões para melhorar a formação dos professores visando a inclusão dos alunos especiais. 4.3.1 Sugestões para ampliar professores universitários os conhecimentos dos em Educação Especial, visando a formação de professores para inclusão de alunos especiais 4.3.2 Sugestões em relação às disciplinas visando à formação de professores para inclusão de alunos especiais 4.3.3 Sugestões de conteúdos visando a formação de professores para inclusão de alunos especiais 4.3.4 Sugestões em relação aos estágios visando à formação de professores para inclusão de alunos especiais 4.3.5 Outras sugestões visando à formação de professores para inclusão de alunos especiais 4.4 Tópicos de Educação Especial nas disciplinas curriculares 4.4.1 Inclusão de tópicos de Educação Especial nas disciplinas 4.4.2 Justificativas para a não-inclusão de tópicos de Educação Especial nas disciplinas 4.4.3 Possibilidade e sugestões para integração e/ou inclusão de conteúdos de Educação Especial nas disciplinas Por meio desses procedimentos transformamos as informações obtidas nas entrevistas em dados de análise. Para realizar as análises dos dados de cada um dos grupos apresentamos os temas composto por suas categorias, com os respectivos fragmentos de alguns relatos extraídos dos discursos. Além disso, comparamos os relatos com os conhecimentos disponíveis na literatura especializada. Realizamos ainda, comparações entre os relatos apresentados pelos diferentes grupos, buscando analisar suas semelhanças e diferenças e os aspectos em que se complementavam. Referências Bibliográficas BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. 225p. FUGISAWA, D. S. Utilização de jogos e brincadeiras como recurso no atendimento fisioterapêutico de crianças: implicações na formação do fisioterapeuta. 2000. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2000. HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na Sociologia. 6.ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 224p. LUNA, S. V. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC, 2000. 108p. (Série Trilhas). MANZINI, E. J. A entrevista na pesquisa social. Didática, São Paulo, v.26/27, p.149-158, 1990/1991. PICCHI, M. B. Da Integração desejável à possível do portador de deficiência mental na classe comum da rede de ensino do Estado de São Paulo. 1999. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. 175p.