Curso de Mestrado em Ciências Odontológicas ROBERTO COELHO CAIADO AVALIAÇÃO HISTOMÉTRICA DO TRATAMENTO DA DOENÇA PERIODONTAL INDUZIDA EM RATOS, COM O LASER DE DIODO DE ALTA POTÊNCIA COMO TERAPIA COADJUVANTE AO TRATAMENTO PERIODONTAL BARRETOS 2012 Curso de Mestrado em Ciências Odontológicas ROBERTO COELHO CAIADO AVALIAÇÃO HISTOMÉTRICA DO TRATAMENTO DA DOENÇA PERIODONTAL INDUZIDA EM RATOS, COM LASER DE DIODO DE ALTA POTÊNCIA COMO TERAPIA COADJUVANTE AO TRATAMENTO PERIODONTAL Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Ciências Odontológicas do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos, para obtenção do título de mestre em Periodontia. Orientadora: Profa. Dra. Letícia Helena Theodoro Coorientador: Prof. Dr. Valdir Gouveia Garcia BARRETOS 2012 Caiado, Roberto Coelho. Avaliação histométrica do tratamento da doença periodontal induzida em ratos, com laser de diodo de alta potência como terapia coadjuvante ao tratamento periodontal. / Roberto Coelho Caiado. - Barretos: [s.n.], 2012. 58 f.; 30 cm. Dissertação (Mestrado) – Educacional de Barretos, Odontológicas. Centro Universitário da Fundação Curso de Mestrado em Ciências Orientadora: Prof. Dra. Letícia Helena Theodoro. Coorientador: Prof. Dr. Valdir Gouveia Garcia. 1. Periodontite; 2. Lasers; 3. Laser de diodo; 4. Ratos. DADOS CURRICULARES ROBERTO COELHO CAIADO Nascimento 22.04.1965 – GOIÂNIA - GO. Filiação Aurisan Ramos Caiado Maria Ana Coelho Caiado 1988/1991 Graduação em Odontologia – Universidade de Alfenas - MG. 1994/1995 Especialização em Endodontia – Associação Brasileira de Odontologia A.B.O. - Seção de Goiás. 2000/2002 Especialização em Implantodontia – Universidade Federal de Uberlândia - MG. 2010/2012 Curso de Mestrado em Ciências Odontológicas do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - SP. AGRADECIMENTOS Ao Reitor do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos, Prof. Dr. Reginaldo da Silva; ao Pró-Reitor de Graduação, Profa. Dra. Sissi Kawai Marcos; e, ao Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, Profa. Dra. Fernanda Scarmato de Rosa. Ao Prof. Dr. Benedicto Egbert Corrêa de Toledo, Coordenador do Curso de PósGraduação em Ciências Odontológicas, e à Profa. Dra. Ana Emília Farias Pontes, Vice-Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas, pela dedicação ao curso de mestrado do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos. Por me ensinarem que trabalho e estudo devem sempre andar juntos, por toda a vida. À minha orientadora, Prof. Dra. Letícia Helena Theodoro, exemplo de dedicação e entusiasmo para o conhecimento científico e o ensino da ciência, contribuindo com a verdade independentemente dos resultados. Meus respeitos, minha admiração e o sentimento de profunda gratidão por ter-me aceito e conduzido com presteza e saber. Ao coorientador, Prof. Dr. Valdir Gouveia Garcia, pelo valioso conhecimento, experiência, paciência, tranquilidade, profissionalismo e educação. Educação de um sábio professor, que não mede esforços e sempre, sempre e sempre nos estimula e anima, para nos ajudar a crescer constantemente, meu muito, muito e muito obrigado. AOS DOUTORES DE BARRETOS A todos os professores do Curso de Mestrado: Prof. Dr. Alex Tadeu Martins, Profa. Dra. Ana Emília Farias Pontes, Prof. Dr. Celso Eduardo Sakakura, Prof. Dr. Elcio Marcantônio Júnior , Profa. Dra. Elizângela Partata Zuza, Prof. Dr. Fernando Salimon Ribeiro, Profa. Dra. Juliana Rico Pires, Prof. Dr. Valdir Gouveia Garcia, Profa. Dra. Letícia Helena Theodoro, Profa. Dra. Lisete Diniz Ribas Casagrande, Prof. Dr. Osvaldo Eduardo Aielo, Profa. Dra. Patrícia Amoroso de Andrade, Profa. Dra. Patrícia Helena Rodrigues de Souza, Prof. Dr. Raphael Carlos Comelli Lia, Prof. Dr. Rogério Margonar, que colaboraram para o meu crescimento em momentos distintos e importantes. A vocês, minha mais profunda gratidão. Para sempre. AOS DOUTORES DE ARAÇATUBA Ao Prof. Dr. Juliano Milanezi de Almeida, que para mim foi uma satisfação pessoal e profissional muito grande conhecer. Pautado em suas pesquisas, tornou meu caminho menos tortuoso. À Profa. Mariéllen Longo, que processou todo o material de laboratório, doutoranda de Periodontia da UNESP Araçatuba, por tanta simpatia e presteza, meu muito obrigado. À Profa. Dra. Maria José Nagata e ao Prof. Dr. Álvaro Francisco Bosco, que me receberam muitíssimo bem, com toda gentileza e cordialidade. Aos professores, doutorandos do Departamento de Periodontia da UNESP Araçatuba: Profa. Mariéllen Longo, Prof. Erivan Gualberto Jr., Profa. Víviam Noronha Novas, Profa. Natália Campos, Profa. Natália Pola, Profa. Paula Faleiros. Aos funcionários e acadêmicos bolsistas de Odontologia (iniciação científica): Joilson Lélis, Márcio Ferro e Camila Khiralah, com quem tive o prazer de participar das pesquisas laboratoriais e de colaborar para o conhecimento científico. Meu muito obrigado!!! AOS AMIGOS E PROFESSORES DE BARRETOS Aos meus amigos e colegas de mestrado, companheiros de laboratório, de seminários, (quantos seminários!), de conquistas do conhecimento e de saber, saber aprender. Que nossos esforços e empenho sejam conquistas de grande valia para a realização em nosso trabalho e nossas vidas. Obrigado pelo convívio com cada um de vocês: Marília Gil, Marcelo Brunozzi, Carlos Deyver, Marcelo Messias, Daniel Palhares, Cássio Torres, Gilberto Pereira e Luciano Queiroz, meu colega de quilometragem. Quanta quilometragem! Sônia, minhas desculpas, e mais desculpas, mas muito obrigado, por toda sua simpatia e tranquilidade, mesmo naquelas horas em que dez pessoas falam com você ao mesmo tempo, e você, com maestria, organiza tudo bem, do seu jeito. Muito obrigado. A todos os amigos funcionários das clínicas, dos laboratórios, e também do biotério, Sr. Darcy Thomaz de Aquino, que nos deram suporte para o andamento da obra! Aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para este processo. AOS AMIGOS E PROFESSORES DA BAHIA Agradeço aos amigos da Bahia, por esta rica convivência quando chegavam à Bahia, sempre cheia de alegria, respeito e amizade, oh, Pai! Quanta alegria! AGRADECIMENTOS ESPECIAIS À minha esposa Valéria, pelo companheirismo e apoio constantes, no transcurso de nossas vidas; Às minhas filhas Tatiana e Julia, pela compreensão durante a minha ausência e distância durante o período do Mestrado, o que se fez necessário; A Deus, por iluminar e guiar nossos caminhos! SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS ........................................................................... 13 RESUMO ............................................................................................................. 15 ABSTRACT .......................................................................................................... 16 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 17 2 OBJETIVO ............................................................................................... 20 3 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................... 21 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Animais ..................................................................................................... 33 4.2 Protocolo experimental ............................................................................ 33 4.2.1 Protocolo da periodontite experimental e grupos experimentais ............. 33 4.2.2 Raspagem e alisamento radicular (RAR) .................................................. 34 4.3 Laser de diodo .......................................................................................... 35 4.4 Períodos experimentais ............................................................................ 37 4.5 Processamento laboratorial ..................................................................... 38 4.6 Análise dos resultados 4.6.1 Análise histométrica .................................................................................. 38 4.6.2 Análise estatística ...................................................................................... 39 5 RESULTADOS......................................................................................... 41 6 DISCUSSÃO ............................................................................................. 47 7 CONCLUSÃO .......................................................................................... 52 8 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 53 ANEXO 1 – Aprovação do Comitê de Ética para Realização do Estudo ...... 58 13 LISTA DE ABREVIATURAS Densidade energética - Quantidade de energia aplicada em uma área. É expressa em Joules por centímetro quadrado (J/cm2). Hertz (Frequência) - Número de oscilações completas de uma onda por segundo e expresso em Hertz ou pulsos por segundo. IPV - Índice de placa visível. Joule - Uma unidade de energia, abreviada como J. Laser - Acrônimo de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (Luz Amplificada pela Emissão Estimulada de Radiação). Laser GaAlAs - Laser de Gálio-Alumínio-Arsênio. Laser CO2 - Laser de Dióxido de Carbono. Laser Er:YAG - Laser de Erbium: Ytrium - Aluminum - Garnet. Laser He-Ne - Laser de Hélio - Neônio. Laser Nd:YAG - Laser de Neodimium: YAG. mg - Miligrama, equivalente à milésima parte do grama. ml - Mililitro, equivalente à milésima parte do litro. mW - Milionésima parte do Watt. nm - Nanometro. μm - Micrometro. ISP - Índice de sangramento papilar. ISG - Índice de sangramento gengival. PS - Profundidade à sondagem. PO - Perda óssea. 14 FG - Fluido gengival. RAR - Raspagem e alisamento radicular. RG - Recessão gengival. SS - Sangramento à sondagem. NIC - Nível de Inserção Clínica. PCR - Reação de polimerase em cadeia. W = Watt - Unidade de potência. Um Watt é igual a um Joule por segundo. AsGa - Arsênio-Gálio. g - grama. HeNe - Hélio-Neônio. InGaAlP - Índio-Gálio-Alumínio-Fósforo. J/cm2 - Joule/centímetro quadrado. mm - milímetro. N/cm - Newton/centímetro. HE - Hematoxilina e Eosina. ssrRNAS - subunidade ribossomal rnas. 15 RESUMO Caiado RC. Avaliação histométrica do tratamento da doença periodontal induzida em ratos, com laser de diodo de alta potência como terapia coadjuvante ao tratamento periodontal. [Dissertação de Mestrado]. Barretos: Curso de Mestrado em Ciências Odontológicas da UNIFEB; 2012. O objetivo deste estudo foi avaliar o laser de GaAlAs (808 nm) como terapia coadjuvante à raspagem e alisamento radicular (RAR) para o tratamento da periodontite experimental induzida em ratos. A doença periodontal foi induzida por colocação de uma ligadura em torno do molar inferior em 45 ratos divididos em 3 grupos (n=15). Após sete dias, a ligadura foi removida e os animais foram divididos em grupos: G1 - raspagem e alisamento radicular (RAR), G2 – RAR, e irradiação com laser de diodo (1 W, 20 segundos, 10 Hz, 10 J), G 3 - irradiação com laser de diodo (1 W, 20 segundos, 10 Hz, 10 J). Cinco animais de cada grupo foram sacrificados após 7, 15 e 30 dias. A área de perda óssea na região de bifurcação foi histometricamente analisada. Os dados foram analisados estatisticamente (p<0,05). Os animais do G1 apresentaram maior perda óssea (2,33 ± 0,45) quando comparados com animais de G2 (1,48 ± 0,21) em 7 dias (p≥0,05). Não se observou diferença estatisticamente significante entre G2 e G3. Concluiu-se que o laser de diodo, em parâmetros utilizados no presente estudo, foi eficaz como terapia adjuvante à raspagem e alisamento radicular na redução da perda óssea em periodontite induzida em ratos no estágio inicial de avaliação. Palavras-chaves: Periodontite, lasers, lasers de diodo, ratos. 16 ABSTRACT Caiado RC. Histometric assessment of the treatment of periodontal disease in rats induced with diode high intensity laser as therapy adjuvant to periodontal treatment. [Dissertação de Mestrado]. Barretos: Curso de Mestrado em Ciências Odontológicas da UNIFEB; 2012. The aim of this study was to evaluate the GaAlAs Diode laser (808nm) as an adjunctive therapy to scaling and root planning (SRP) for the treatment of experimentally induced periodontitis in rats. Periodontal disease was induced by placing a ligature around the mandibular molar in 45 rats divided into 3 groups (n=15). After seven days, ligature was removed and animals were divided in groups: G1 - scaling and root planning (SRP); G2- SRP and diode laser irradiation (1W; 20 seconds; 10 Hz; 10 J); G3- Diode laser irradiation. Five animals from each group were euthanized at days 7, 15, and 30. The area of bone loss in the furcation region was histometrically analyzed. Data were analyzed statistically (P<0.05). The animals of G1 presented more bone loss (2.33± 0.45) when compared to animals of G2 (1.48±0.21) at 7 days (p≥0.05). It was observed no statistical significance difference among G2 and G3. It was concluded that diode laser, in parameters used in this study, was effective as an adjunctive therapy to scaling and root planning in reducing bone loss in periodontitis induced in rats in the earlier evaluation. Keywords: Periodontitis, lasers, diode lasers, rats. 17 1 INTRODUÇÃO A inflamação e destruição dos tecidos periodontais são resultantes da resposta de um hospedeiro susceptível ao biofilme dentário, contendo bactérias gram-negativas (SCHENKEIN, 2006). No biofilme dentário encontram-se espécies bacterianas como Aggregactibacter actinomycetemcomitans (Aa), Porphyromonas gingivalis (Pg), Prevotella intermedia (Pi), Tannerella forsythia (Tf), Campylobacter rectus (Cr), Peptostreptococcus micros (Pm), Eikenellacorrodens (Ec), Fusobacterium nucleatum (Fn), Eubacterium sp, Streptococcus intermedius (Si) e Treponema sp, que têm sido associadas à doença periodontal. Outras espécies bacterianas, leveduras e vírus ainda não têm seu papel etiológico e sua relevância clínica definidos (SOCRANSKY et al., 2006). Clinicamente, há evidências de que a Raspagem e Alisamento Radicular (RAR), com instrumentos manuais ou ultrassônicos, é a terapia mais efetiva no tratamento da doença periodontal. No entanto, sua efetividade é limitada em determinadas condições clínicas, como em áreas de bi ou trifurcações e depressões radiculares (AOKI et al., 2004). Além desses fatos, a completa remoção de depósitos de bactérias e de suas toxinas da superfície radicular não é removida com a terapia periodontal mecânica (ADRIAENS et al., 2004). Embora antibióticos sistêmicos e locais sejam utilizados no tratamento periodontal, seu uso frequente tem a desvantagem de produzir microrganismos resistentes (AOKI et al., 2004). Desta forma, o desenvolvimento de novos sistemas para raspagem e aplainamento radicular e de novas tecnologias para 18 auxiliar na redução bacteriana, em áreas portadoras de doença periodontal, é requerido (AOKI et al., 2004). Os lasers de alta potência têm sido desenvolvidos com tecnologia e fibras ópticas para acessar as bolsas periodontais, com a grande vantagem de terem um forte efeito bactericida (ANDO et al., 1994; HAYPEK et al., 2001). Dentre os lasers de alta potência, o laser de diodo tem sido objeto de estudos de vários autores como terapia coadjuvante à RAR (KAMMA et al., 2009; DE MICHELI et al., 2011; ALVES et al., 2012; GIANNELLI et al., 2012). Alguns estudos clínicos têm demonstrado uma redução de microrganismos periodontopatógenos em bolsas irradiadas com laser de diodo de alta potência (GIANNELLI et al., 2012; KAMMA et al., 2009), enquanto outros estudos clínicos não demonstraram maior redução de bactérias periodontopatogênicas em bolsas irradiadas, quando comparadas às tratadas com terapia mecânica convencional (CARUSO et al., 2008; DE MICHELI et al., 2011). Com relação aos parâmetros clínicos periodontais, alguns estudos observaram maior redução de profundidade de sondagem e de nível de inserção clínica em sítios periodontais que foram tratados com RAR e irradiação com laser de diodo (CARUSO et al., 2008; KAMMA et al., 2009), enquanto outros estudos não demonstraram vantagens clínicas com a utilização do laser de diodo como terapia coadjuvante à RAR (DE MICHELI et al., 2011; ALVES et al., 2012), ou demonstraram moderada melhora clínica (BORRAJO et al., 2004). Apesar de vários estudos clínicos avaliarem o efeito do laser de diodo como terapia coadjuvante ao tratamento periodontal convencional (BORRAJO et al., 19 2004; CARUSO et al., 2008; KAMMA et al., 2009; De MICHELI et al., 2011; ALVES et al., 2012), poucos são os estudos que avaliam por meio de análise histológica, em modelo animal, o efeito do laser de diodo associado ou não à RAR, sobre os tecidos periodontais acometidos por doença periodontal (FONTANA et al., 2009). 20 2 OBJETIVO O objetivo do presente estudo foi avaliar histometricamente a influência do laser de diodo de alta potência, como terapia coadjuvante ao tratamento periodontal mecânico convencional, em áreas com doença periodontal induzida em ratos. 21 3 REVISÃO DA LITERATURA Moritz et al.(1997) trabalharam com laser de diodo de alta potência (805nm), onde avaliaram 50 pacientes que apresentavam bolsas periodontais com profundidade mínima de sondagem de 4mm. Avaliaram os índices de sangramento e necessidade periodontal dos pacientes e a flora microbiana em relação aos seguintes microrganismos: Actinobacillus actinomycetencomitans, Prevotella intermedia, Porphyromonas gingivalis e bactérias totais. Neste estudo, dividiram os 50 pacientes em dois grupos: Grupo 1- 37 pacientes, onde utilizou-se laser associado à raspagem e alisamento radicular; Grupo 2- 13 pacientes, onde realizou-se RAR. Utilizaram parâmetros de 2,5 W, 50Hz, por 1 segundo a cada mm de profundidade de bolsa em modo pulsado (10ms/pulso). Aplicou-se o laser com a fibra paralela ao longo do eixo do dente, com movimentos de varredura de apical para coronal. Assim, obteve-se redução bacteriana no Grupo 1, de 71,2 % no número de bactérias totais, redução de 57,7 % no número de Actinobacillus actinomycetencomitans, redução de 55,9 % no número de Porphyromonas gingivalis e 62,2 % no número de Prevotella intermedia. Já no grupo 2, houve uma redução de 25 % no número de bactérias totais, redução de 0 % no número de Actinobacillus actinomycetencomitans, redução de 42 % no número de Porphyromonas gingivalis, e 17 % no número de Prevotella intermedia. Morritz et al.(1998) realizaram um estudo com 50 pacientes divididos em dois grupos: Grupo 1 - 37 pacientes que foram submetidos à RAR e aplicação do laser; Grupo 2 - 13 pacientes submetidos à RAR e bochechos com água oxigenada. Os pacientes foram inicialmente avaliados e clinicamente observou-se 22 índice de sangramento, índice de placa, profundidade de sondagem e, microbiologicamente, o número de bactérias totais, quantidade de Actinobacillus actinomycetencomitans, Prevotella intermedia e Porphyromonas gingivalis. O laser de diodo de alta potência (805nm) foi utilizado com parâmetros de 2,5 W, 50 Hz, por 1 segundo a cada mm de profundidade de bolsa em modo pulsado (10ms/pulso). Aplicou-se a fibra paralela ao longo eixo do dente, com movimentos de varredura de apical para coronal. Houve uma redução bacteriana de 100 % no grupo em que se utilizou o laser associado à RAR, e 58,4 % de redução bacteriana no grupo onde se utilizou água oxigenada e RAR. Observaram-se melhores resultados no grupo em que se realizou RAR com associação do laser, tanto em relação aos resultados microbiológicos quanto aos parâmetros periodontais. Kreisler et al.(2002) avaliaram, in vitro, 187 dentes extraídos por problema periodontal que passaram por um processo de raspagem e alisamento radicular, com uso de cureta e jato de bicarbonato. Os corpos de prova foram testados alterando-se a potência do laser de diodo (809nm) de 0,5W a 2,5W, a uma distância de 0,5mm do corpo de prova e variando o tempo de 10 a 30 segundos por corpo de prova. A fibra óptica foi posicionada a 90o ou a 10o. Também se levou em conta o sangue e a solução salina presentes na superfície da raiz. Os corpos de prova foram processados e analisados em microscopia eletrônica de varredura. Observou-se que potências até 1W não tiveram efeito negativo na raiz. Já em modo contínuo e potências de 1,5W, 2,0W e 2,5W, observou-se carbonização total ou parcial da superficie da raiz em função do tempo de 23 exposição. Concluíram no estudo que o laser de diodo de alta potência pode causar dano aos tecidos periodontais, sendo que os parâmetros de 1,5W, na angulação de 10o, até 20 segundos, não prejudicam os tecidos periodontais. Theodoro et al.(2003) avaliaram o efeito dos lasers de Er:YAG e de diodo (810 nm) sobre superficies radiculares por meio de análise térmica e morfológica. Os dentes passaram por raspagem e alisamento radicular com instrumentos manuais e foram divididos em 3 grupos, com 5 espécimes em cada grupo. O Grupo 1 - foi irradiado com laser de Er:YAG 100mJ/ pulso, 10 Hz, ponta de 1,3 mm, focado, em contato com a superfície irradiada e com refrigeração contínua. O Grupo 2 - foi irradiado com laser de diodo com 1W de potência, pulsado, com intervalo de 0,05 ms com uma fibra de 320µm. O Grupo 3 - foi irradiado com laser de diodo alterando para 1,4 W. Verificaram que, nestes parâmetros avaliados, tanto o laser de Er:YAG quanto o de diodo não induzem aumentos indesejáveis de temperatura pulpar. Romanos et al.(2004) avaliaram o efeito de superfícies gengivais de porcos irradiadas com lase de diodo: Grupo 1 - As faces vestibulares foram raspadas e alisadas com instrumentos manuais. Grupo 2 - As bolsas linguais foram tratadas com raspagem e alisamento radicular e laser de diodo de alta potência (980nm), em modo contínuo com 2W e 4W, por 15 segundos. A análise histológica comprovou que a raspagem e alisamento radicular associada ao laser de diodo de alta potência promoveu a remoção completa do remanescente epitelial. Borrajo et al.(2004) avaliaram clinicamente 30 pacientes com periodontite moderada, que foram divididos em dois grupos: Grupo 1 - RAR; Grupo 2 - RAR 24 associada ao laser de diodo de alta potência (980nm; 2W). Os pacientes foram reavaliados após 42 dias. A média do índice de sangramento marginal do grupo de raspagem e alisamento radicular foi de 0,24 em relação a 0,43 do grupo de raspagem e alisamento radicular associado ao laser de diodo de alta potência. O Grupo 1 teve redução 19,55 % menor nos índices de sangramento à sondagem do que o Grupo 2, porém não houve diferenças nos níveis clínicos de inserção. Haypek et al.(2006) avaliaram o efeito do laser de diodo em culturas de fibroblastos in vitro: Grupo 1 - RAR com curetas manuais, irradiação com laser de diodo (808nm), modo pulsado; Grupo 2 - RAR com curetas manuais, irradiação com laser de diodo (808nm), modo contínuo; Grupo 3 - RAR com intrumentos manuais (curetas de Gracey). Os corpos de prova do Grupo 1 foram irradiados com um laser de diodo de alta potência (GaAlAs), com um comprimento de onda de 808 nm. No Grupo 1, o laser foi entregue através de uma fibra óptica de 400 µm em contato com a superfície dos corpos de prova, com potência de 1,5W, no modo pulsado, com frequência de 10Hz, resultando em uma potência média de 0,75W e densidade de potência de 298,5W/cm2 no final da fibra. No Grupo 2, o laser foi utilizado com potência 1,5W no modo contínuo, densidade de potência de 597,1W/cm2, irradiados por 30 segundos, com movimentos de varredura, paralelos ao longo do eixo do dente. Um exemplar de cada grupo foi preparado e processado para avaliação em microscópio eletrônico de varredura, para análise de topografia. Células derivadas de células gengivais foram cultivadas e semeadas nas superfícies dos corpos de prova. O ensaio de proliferação celular ocorreu nos três grupos, sendo que no modo pulsado a proliferação celular foi em maior 25 número, porém não significativo. Os parâmetros do laser usado foram termicamente seguros neste experimento. Nas análises microscópicas não se evidenciou carbonização, apenas fusão e solidificação, talvez em função do ângulo de irradiação, que foi de 0o. Theodoro et al.(2006) avaliaram in vitro, por meio de microscopia eletrônica de varredura, a adesão de elementos sanguíneos à superfície radicular após irradiação com laser de alta potência: Er: YAG (2,94µm) e diodo GaAlAs (808nm), bem como os efeitos sobre a morfologia das superfícies irradiadas. Os dentes foram divididos em: Grupo 1 - apenas raspagem e alisamento radicular (RAR); Grupo 2 - RAR + laser de Er:YAG (7,6 J/cm2 por pulso); Grupo 3 - RAR + laser de Er:YAG (12,9 J/cm2 por pulso); Grupo 4 - RAR + laser de diodo (90 J/cm2 por pulso); Grupo 5 - RAR + laser de diodo (108 J/cm2 por pulso). Dividida a amostra, cada grupo de 10 dentes recebeu tecido sanguíneo, e 10 dentes não receberam. A fibra óptica foi posicionada perpendicularmente à superfície, e a irradiação realizada durante 15 segundos de irradiação com movimentos de varredura. Após a irradiação das amostras, foi aplicado sobre a superfície das raízes sangue humano de uma doadora saudável em 10 corpos de prova de cada grupo. Demonstrou-se no estudo que o laser de diodo promoveu uma inibição da aderência de componentes sanguíneos, e que o laser de Er:YAG facilitou a adesão dos componentes sanguíneos. Castro et al.(2006) realizaram estudo in vivo com 30 pacientes portadores de doença periodontal moderada. Eles foram selecionados aleatoriamente para se 26 submeterem à RAR com curetas, ou raspagem e alisamento radicular combinada com laser de GaAlAs (980 nm; 2 W) aplicado por meio de fibra óptica de 2 mm de diâmetro durante 10 segundos em cada face, inclusive nas proximais. O índice de sangramento da papila (ISP), sangramento à sondagem (SS) e nível clínico de inserção (NIC) foram registrados no início e final do tratamento. Ao final do tratamento, o ISP médio no grupo tratado com laser foi de 0,24 contra 0,43 no grupo do tratamento convencional (p = 0,014). No grupo submetido à raspagem e alisamento radicular, a diminuição do SS foi de 19,55% menos (p <0, 0001) do que nos grupos também tratados com laser. No entanto, as diferenças NIC não foram significativas entre os dois grupos (p = 0,67). Concluíram, no estudo, que a raspagem e alisamento radicular em combinação com laser produzem melhora clínica moderada em relação ao tratamento tradicional. O grupo tratado com laser teve uma redução importante de sensibilidade, e pacientes submetidos a esse tipo de tratamento relataram menos desconforto durante o tratamento, bem como uma diminuição importante da sensibilidade antes do tratamento periodontal. Caruso et al.(2008) realizaram estudo de boca dividida em 13 pacientes com periodontite crônica, para avaliar a eficiência do laser de diodo (980nm) como coadjuvante no tratamento periodontal em relação à RAR. Parâmetros clínicos e microbiológicos foram avaliados após 6 meses de tratamento. O laser foi utilizado com os seguintes parâmetros: 2,5 W, por 30 segundos, com intervalos de 60 segundos no modo pulsado. Utilizou-se para análise microbiológica PCR multiplex para identificar as bactérias periodontopatogênicas (Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Campylobacter rectus, Fusobacterium nucleatum, 27 Tannerella forsythia, Eikenella corrodens, Porphyromonas gingivallis, Prevotella intermédia e Treponema denticola). Observaram que os parâmetros clínicos periodontais tiveram uma discreta melhora, porém não houve diferença significante na redução microbiana. Kamma et al.(2009) tiveram em seu trabalho o objetivo de comparar o efeito da raspagem e alisamento radicular (RAR), o tratamento apenas com laser de diodo (LAS), e a combinação RAR + LAS, por meio de parâmetros clínicos periodontais e em pacientes com periodontite agressiva. Foram avaliados clinicamente 30 pacientes com periodontite agressiva: índice de placa, sangramento à sondagem (SS), profundidade clínica de sondagem (PS) e nível clínico de inserção (NIC). O laser de diodo (980nm) foi utilizado no modo contínuo com 2 W de potência. Amostras de placa foram colhidas 2 semanas, 12 semanas e 6 meses pós-tratamento. Os níveis de Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Treponema denticola e carga bacteriana total foram avaliados usando sondas ssrRNA. Ao final do período de observação, verificaram-se diferenças significativas para PS e NIC entre os 3 grupos: RAR + LAS, RAR, e LAS. Não houve diferenças detectadas pela percentagem de placa e percentagem de bactérias totais em quaisquer dos grupos de tratamento de 6 meses. Seto (2009) avaliou a redução de periodontopatógenos por meio de PCR (reação de polimerase em cadeia) em tempo real, para Porphyromoas gingivalis, Treponema denticola e Tannerela forsythia em sítios de 24 pacientes portadores de periodontite crônica irradiados com laser de diodo. Utilizou um laser de diodo 28 de alta potência com 808nm, 1,5 W, 597,1 W/cm2, durante 20 segundos, no modo contínuo, com duas aplicações (uma, 1 dia após RAR; e outra, 7 dias após a primeira semana). Os resultados demonstraram que não houve redução significativa das bactérias com o uso do laser de diodo. Fontana et al.(2009) fizeram um estudo in vivo (modelo animal) com o objetivo de avaliar os efeitos térmicos provocados pelo laser de diodo (810 nm) com até 1,2 W sobre os tecidos periodontais. A doença periodontal foi induzida em molares de 96 ratos com ligadura. Várias potências de irradiação foram investigadas: 400, 600, 800, 1000, 1200 mW. As bolsas foram irradiadas usando uma fibra óptica de 300 µm. A ligadura foi mantida em torno do dente durante 27 dias, e removida antes da irradiação com o laser. Após a indução da doença periodontal crônica, a aplicação do laser foi em toda a extensão da bolsa ao redor do dente, num movimento semicircular constante, sem qualquer tipo de sistema de arrefecimento externo. Este procedimento foi repetido três vezes para cada dente, por 9 segundos, com um total de 27 segundos em movimentos constantes. Os animais foram sacrificados com 4 e 10 dias após a irradiação. Características histológicas observadas em 4 e 10 dias foram muito semelhantes, caracterizando um pouco a variação intragrupo. Não foi observada injúria de epitélio, cemento, esmalte, carbonização da dentina ou do osso em ambos os períodos de avaliação (4 e 10 dias após o tratamento). Apesar da retração gengival, algumas amostras apresentaram reparo parcial do tecido periodontal. O reparo dos tecidos foi mais evidente aos 10 dias. Entretanto, no grupo de 1200 mW, cinco dos 16 animais exibiram sinais variáveis de carbonização, para grau moderado na área mesial do 29 dente. Os resultados demonstraram que a irradiação dos tecidos periodontais nesses parâmetros com potência de até 1000 mW era termicamente segura. De Micheli et al.(2011) realizaram um estudo com 36 pacientes, que apresentavam periodontite crônica, com profundidade de sondagem ≥ 5 mm. Os dois grupos receberam raspagem e alisamento radicular, e o grupo teste recebeu aplicação do laser de diodo (808 ± 5 nm), com 1,5W, no modo contínuo, por 20 segundos, a 1 mm aquém da profundidade clínica de sondagem. Foram realizadas duas sessões com intervalo semanal, o laser foi aplicado um dia depois da raspagem e alisamento radicular, e uma semana depois, com o objetivo de minimizar o efeito térmico. Foram coletadas amostras microbiológicas no início e após 42 dias. As placas foram incubadas em cultura de microaerofilia através do método da chama de vela para avaliar Actinobacillus actinomycetemcomitans (anaeróbio facultativo), Porphyromonas gingivalis e Prevotella. Após 42 dias do início do tratamento, observou-se redução média de 2,1 mm na profundidade de sondagem no grupo teste; já no grupo controle, 2,4 mm, sendo significativa nos dois grupos, porém mais favorável no grupo controle. No grupo teste, houve uma redução média de 1,2 mm, e no grupo controle houve uma redução média de 1,9 mm do nível clínico de inserção, sendo significativa nos dois grupos, porém melhor no grupo teste. Com relação ao índice de placa, houve redução significativa nos dois grupos, sem diferença significativa entre os grupos. Nos resultados microbiológicos, houve redução significativa de bactérias totais e unidade formadora de colônias tanto no grupo teste quanto no grupo controle; já 30 nas bactérias pigmentadas de preto, houve maior redução no grupo teste, embora não tenha sido estatisticamente significativa. Calderín et al.(2012) realizaram estudo clínico utilizando-se de análise imunoistoquímica, para avaliar 27 pacientes divididos em 3 grupos de 9 pacientes: G1 - pacientes submetidos à RAR; G2 - RAR associada à irradiação (laser de diodo 670 nm, 200mW, 60s); G3 - RAR associada a irradiações com laser nos dias 1, 2, 4, 7 e 11. Foram registrados os níveis clínicos de inserção, e amostras do fluido gengival foram colhidas no início do tratamento, e após 4 e 8 semanas, com intenção de avaliar: interleucina1 beta (IL-1β), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), receptor do fator nuclear Kb ligante (RANKL), e osteoprotegerina (OPG). Observou-se que o laser repetido mais vezes promoveu uma redução significativa dos parâmetros clínicos. Várias sessões da irradiação com laser mostraram maior tendência e rapidez na redução dos mediadores próinflamatórios. A conclusão foi de que o uso repetido da terapia a laser reduz os níveis do fluido gengival de alguns mediadores pró-inflamatórios, como interleucina1 beta (IL-1β) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), bem como a relação entre RANKL e OPG e os níveis do fluido gengival. Giannelli et al.(2012) realizaram um estudo com o objetivo de quantificar a presença de periodontopatógenos em biópsias gengivais de periodontite em pacientes tratados com diferentes lasers (GaAs diodo; Er:YAG; Nd:YAG; laser de CO2) e, histologicamente, analisar seus efeitos sobre a gengiva. Foram 16 pacientes com periodontite crônica, submetidos à raspagem convencional, clorexidina tópica, e, imediatamente, à irradiação da gengiva com laser. Pequenas 31 biópsias gengivais foram submetidas à análise de PCR em tempo real (reação em cadeia da polimerase) e citofluorescência para identificar periodontopatógenos (expressão endotelial ICAM-1), que foram avaliados por análise histológica e imunofluorescência. O DNA de bactérias como: Porphyromonas gingivalis, Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Fusobacterium nucleatum, Treponema denticola, Prevotella intermedia, e corrodens Ekenella foram detectados em todas as amostras. Os lasers de Nd:YAG e de diodo foram capazes de erradicar bactérias periodontopatogênicas dentro de células epiteliais gengivais das bolsas periodontais, sem causar danos ao tecido conjuntivo e de ruptura microvascular. Eles também reduziram imunomarcação ICAM-1 pelo endotélio vascular. Os resultados demonstraram que o laser de Er:YAG induziu marcada ruptura microvascular e sangramento; e, não completamente e seletivamente, ablação do epitélio gengival infectado; e o laser de CO2 induziu, pelo calor, a coagulação da lâmina própria. Este estudo indicou que periodontopatógenos podem persistir no interior das células fora do epitélio da bolsa, apesar do tratamento periodontal convencional. Além disso, concluíram que os lasers de Nd:YAG e diodo são capazes de erradicar a bactéria intra e extracelular desses locais. Alves et al.(2012), realizaram um estudo de boca dividida, clínico randomizado, para avaliar a eficácia da RAR associada ao laser de diodo de alta potência em terapia periodontal, por meio de parâmetros clínicos e redução microbiana. Um par de dentes contralaterais, unirradiculares, com profundidade de sondagem > 5 mm, foi escolhido a partir de cada paciente. Todos os pacientes receberam tratamento periodontal não-cirúrgico, após o qual os dentes 32 experimentais foram designados para qualquer grupo: de teste ou de controle. Ambos os dentes receberam polimento e alisamento radicular e coronal (RAR) e os dentes atribuídos ao grupo de teste (RAR + DL) foram irradiados com o laser de diodo 808 ± 5 nm, durante 20 segundos, em duas faces isoladas, com uma semana de intervalo. O laser foi utilizado no modo contínuo, com potência de 1,5 W, e densidade de potência de 193,7 W/cm2. Os dados clínicos e microbiológicos foram coletados no início do estudo, após 6 semanas, e após 6 meses da terapia. Na análise microbiológica, uma significativa redução após 6 semanas (P≤ 0,05) foi observada, tanto quanto unidades formadoras de colônia (UFC), para ambos os grupos. Houve melhora significativa de todos os parâmetros clínicos, sem diferença estatística, entre os grupos, no período de 6 semanas e no de 6 meses. 33 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Animais Foram utilizados 45 ratos machos (Rattus norvegicus, albinus, Wistar), pesando aproximadamente de 250 a 300 g. Os animais foram mantidos em gaiolas plásticas com ração e água ad libitum. Antes dos procedimentos cirúrgicos, todos os animais foram mantidos num ambiente com temperatura estável (22 ± 2°C), por um período de 5 dias. Todos os protocolos descritos foram aprovados pela Comissão de Ética em Experimentação Animal (CEEA) da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, (protocolo FOA 7698/10, cópia no Anexo 1). A pesquisa foi realizada seguindo as normas do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal e a legislação em vigor. 4.2 Protocolo experimental 4.2.1 Protocolo da periodontite experimental e grupos experimentais Para todos os procedimentos cirúrgicos, os animais foram anestesiados por injeção intramuscular de 0,4 ml/100 g de peso corporal de cloridrato de ketamina (Vetaset® – Fort Dodge Iowa – EUA) associado à 0,2 ml/ 100g de peso corporal de cloridrato de xilazina (Coopazine® – Coopers São Paulo – Brasil). 34 Nos primeiros molares inferiores esquerdos foi induzida a periodontite, com um fio de algodão número 24 (Corrente Algodão n°24; Coats Corrente, SP, Brasil) mantido em posição subgengival por meio de nós cirúrgicos para induzir a periodontite experimental (ALMEIDA et al., 2008; FERNANDES et al., 2009). Após 7 dias da indução da periodontite experimental, a ligadura adaptada nos primeiros molares inferiores esquerdos dos animais de todos os grupos foi removida. A seguir, os animais foram divididos aleatoriamente em 3 grupos, seguindo uma tabela gerada em computador. Para melhor padronização, o animal 1 foi a primeira escolha, seguido pelos animais 2 e 3. Nos 3 grupos de 15 animais, cada grupo foi definido de acordo com os seguintes tratamentos locais a serem realizados nos primeiros molares inferiores esquerdos: G1 - raspagem e alisamento radicular (RAR) (Fig.1); G2 - RAR e irradiação com laser de diodo; G3 - Irradiação com laser de diodo (Fig.2). 4.2.2 Raspagem e alisamento radicular (RAR) Nos molares de todos os animais foi realizada a RAR com curetas manuais mini – Five #1-2 (Hu-Friedy Co. Inc., Chicago, IL, EUA), com 10 movimentos de tração disto-mesial nas faces vestibular e lingual. As áreas interproximais e de furca foram raspadas com as mesmas curetas, com movimentos de tração cérvicooclusais. Os procedimentos de RAR foram realizados por um mesmo operador experiente. 35 Figura1. Raspagem e alisamento radicular no primeiro molar inferior esquerdo. Figura 2. Irradiação com laser de diodo no primeiro molar inferior esquerdo. 4.3 Laser de diodo O laser utilizado no presente estudo foi o TheraLase®surgery (Fig.3), que é um laser classe 3 B, de acordo com a IEC60825-1 (DMC Equipamentos Ltda, São Carlos, São Paulo, Brasil), e que apresenta as seguintes características: 36 Tensão de operação: 90~240 VAC Fusível: 3A Potência: 40W Frequência: 50/60HZ Emissor visível: laser vermelho-luz guia Comprimento de onda: 660nm(típico) Potência útil do emissor: 2,5 mW Meio ativo: GaAIAs Emissor invisível: laser infravermelho Comprimento de onda: 808nm(típico) Potência útil do emissor: 4,5W Fibra óptica flexível: 400 µm de diâmetro Regime de operação: contínuo - pode variar de 0,1J até 100J; Pulsado - varia de 50us até 1000ms; Assistido - potência mínima e máxima já estabelecidas, não sendo possível ultrapassá-las; Seleção - pode variar entre 0,54,5W. 37 Figura 3. TheraLase®surgery O laser com comprimento de onda de 808nm foi utilizado com a fibra paralela ao longo do eixo do dente na bolsa/sulco periodontal, com movimento de varredura durante 10 segundos na face vestibular e 10 segundos na face lingual dos primeiros molares inferiores do lado esquerdo, com potência de 1W no modo interrompido (10 Hz) e energia de 10 J. 4.4 Períodos experimentais De cada grupo, 5 animais foram eutanasiados aos 7, 15 e 30 dias após a realização dos tratamentos locais da periodontite pela administração de uma dose letal de Tiopental® (150 mg/kg de peso corporal) (Cristália, Ltda., Itapira, SP, Brasil). A mandíbula de cada animal foi removida, separada em duas partes e fixada em formol tamponado a 4% por um período de 48 horas. 38 4.5 Processamento laboratorial Após fixação, os espécimes obtidos foram lavados em água corrente e descalcificados em solução de Ácido Etilenodiaminotetracético (EDTA) a 18% por 6 a 8 semanas. Após inclusão dos espécimes em parafina, cortes semisseriados (4 μm) foram obtidos no sentido mésio-distal. Foram corados 150 cortes com hematoxilina e eosina (HE), para análise por microscopia óptica. 4.6 Análise dos resultados 4.6.1 Análise histométrica Os cortes corados pela técnica de HE foram analisados para verificar a Perda Óssea (PO) e as características do ligamento periodontal na região de furca dos primeiros molares. Após exclusão do primeiro e do último corte histológico, nos quais a região de furca foi evidente, foram selecionados 5 cortes equidistantes de cada espécime, para análise histomorfométrica (ALMEIDA et al., 2008). Esta seleção foi realizada por um examinador treinado e cego ao tratamento efetuado. Outro examinador calibrado e cego ao tratamento efetuado realizou a análise histomorfométrica. A PO na região de furca foi histometricamente determinada utilizando-se de um sistema de análise de imagem (Fig.4; Axiovision 4.8.2, Carl Zeiss MicroImaging GmbH, 07740 Jena, Germany). 39 A PO de cada espécime foi medida três vezes pelo mesmo examinador, em dias diferentes, com o propósito de reduzir a variação nos dados (ALMEIDA et al., 2008). As três medidas obtidas foram analisadas estatisticamente para análise de concordância com nível de 5% de significância (Teste Kappa). Figura 4. PO na região de furca histometricamente mensurada, Axiovision 4.8.2, Carl Zeiss MicroImaging GmbH, 07740 Jena, Germany. 4.6.2 Análise estatística A análise estatística dos dados histométricos obtidos foi realizada pelo programa BioEstat 5.0 (Instituto de Desenvolvimento Indústria Sustentável Mamirauá Brasileira, Belém, PA, Brasil). A hipótese de não haver diferença 40 estatisticamente significante na taxa de perda óssea na região de furca, entre os diferentes grupos e períodos, nos dentes com periodontite induzida, foi testada. Após análise da normalidade dos dados pelo teste Shapiro-Wilk, a análise intragrupo e intergrupo foi realizada pela análise de variâncias a dois critérios (ANOVA), seguida do Teste Tukey, com nível de significância de 5%. 41 5 RESULTADOS Os resultados histométricos estão apresentados na Tabela 1, e as Figuras 5 a 13 ilustram as áreas de perda óssea dos espécimes mais representativos em cada grupo e período. Ao se compararem os diferentes tratamentos realizados, observou-se, após 7 dias, que os animais tratados apenas com a RAR (G1) apresentaram maior PO (2,33 ± 0,45 mm²; p<0,05; Fig.5), comparados ao grupo da associação da RAR com o laser de diodo (G2) (1,4850 ± 0,21) (p<0,05; Fig.8). Em todos os períodos analisados, os animais dos grupos G2 e G3 não demonstraram diferença estatisticamente significante na área de PO quando comparados entre si (p≥0,05; Fig.8, Fig.9, Fig.10, Fig.11, Fig.12 e Fig.13). Com relação à comparação intragrupo, os resultados demonstraram menor perda óssea após 30 dias, quando comparados ao período apenas no G1 (p<0,05). Tabela 1 - Média e desvio padrão em mm2 (M±DP) da perda óssea na região de furca dos primeiros molares inferiores do lado esquerdo nos grupos e períodos. Períodos 7 dias 15 dias 30 dias M ± DP M ± DP M ± DP G1 2,33 ± 0,45 § 1,79 ± 0,22 1,23 ± 0,09 § G2 1,48 ± 0,21 * 1,34 ± 0,25 # 1,12 ± 0,22 # G3 1,81 ± 0,03 1,48 ± 0,64 # 1,27 ± 0,18 # Grupos * Diferença estatisticamente significante com G1 no mesmo período # Diferença estatisticamente significante com o G1 no período de 7 dias. § Diferença estatisticamente significante entre os períodos no mesmo grupo. 42 Figura 5 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 1 (RAR) - 7 dias. (A) - aumento original 5X; (B) - aumento original 40X. Figura 6 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 1 (RAR) - 15 dias. (A) - aumento original 5X; (B) - aumento original 40X. 43 Figura 7 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 1 (RAR) - 30 dias. (A) - aumento original 5X; (B) - aumento original 40X. Figura 8 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 2 (RAR + laser de diodo) - 7 dias. (A) - aumento original 5X; (B) - aumento original 40X. 44 Figura 9 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 2 (RAR + laser de diodo) - 15 dias. (A) - aumento original 5X; (B) - aumento original 40X. Figura 10 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 2 (RAR + laser de diodo) - 30 dias. (A) - aumento original 5X; (B) - aumento original 40X. 45 Figura 11 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 3 (laser de diodo) - 7 dias. (A) - aumento original 5X; (B) aumento original 40X. Figura 12 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 3 (laser de diodo) - 15 dias. (A) - aumento original 5X; (B) aumento original 40X. 46 Figura 13 - Fotomicrografia ilustrando área do ligamento periodontal e perda óssea na área de furca. Grupo 3 (laser de diodo) - 30 dias. (A) - aumento original 5X; (B) aumento original 40X. 47 6 DISCUSSÃO Na análise dos resultados do presente estudo, observou-se que, aos 7 dias, os animais tratados apenas com a RAR (G1) apresentaram maior PO, comparados ao grupo da associação da RAR com o laser de diodo. Este resultado pode ser justificado pelo efeito somatório do debridamento mecânico e remoção do biofilme obtido com a raspagem e aplainamento radicular, associado ao efeito da redução microbiana complementada com a irradiação da bolsa com o laser de diodo (MORITZ et al., 1998; KAMMA et al., 2009). Além da redução bacteriana das bactérias presentes na superfície radicular e da bolsa periodontal, o laser de diodo pode ter promovido a remoção de tecido epitelial contaminado pela invasão bacteriana (GIANNELLI et al., 2012). Por outro lado, os resultados demonstraram que o uso do laser de diodo como tratamento alternativo à RAR pode ser considerado efetivo no controle da perda óssea, pois os resultados não demonstraram diferenças significantes quando comparados ao grupo da RAR em todos os períodos experimentais. O efeito da irradiação laser nos tecidos depende do comprimento de onda dos lasers e da absorbância dos tecidos. Nos tecidos biológicos, a absorção é devida, principalmente, à presença de moléculas livres de água, proteínas, pigmentos e outras macromoléculas (THEODORO et al., 2003). Outros parâmetros de irradiação também podem interferir na resposta biológica dos tecidos, como potência, modo de emissão do laser, angulação da fibra óptica e tempo de exposição (NIEMZ, 1996). 48 O parâmetro de potência utilizado no presente estudo foi baseado no estudo in vitro, que não demonstrou aumento deletério da temperatura pulpar após a irradiação de superfícies radiculares com laser de diodo com 1 W de potência, no modo interrompido (THEODORO et al., 2003). Neste mesmo estudo, os autores não detectaram alterações microscópicas na superfície radicular irradiada, utilizando estes mesmos parâmetros de irradiação, porque o coeficiente de absorção do laser de diodo pela água foi pequeno (THEODORO et al., 2003). Outro estudo em animais também não demonstrou alterações histológicas significantes nos tecidos periodontais de ratos com doença periodontal, irradiados com laser de diodo com potências de até 1 W (FONTANA et al., 2009). Castro et al. (2006), por meio de análise histológica, não demonstraram alterações morfológicas em superfícies radiculares irradiadas com laser de diodo com 2W de potência, na presença de irrigação e com a fibra óptica do laser posicionada paralelamente ao longo eixo do dente. Em todos os períodos analisados no presente estudo, os animais dos grupos que foram tratados com RAR associada ao laser de diodo e apenas com laser não demonstraram diferença estatisticamente significante na área de perda óssea, quando comparados entre si (p≥0,05), demonstrando que não há vantagens na associação da RAR com a irradiação com laser de diodo, quando comparada à irradiação apenas com laser de diodo, no controle da perda óssea alveolar em ratos. Tais resultados podem ser justificados também pelo maior trauma aos tecidos periodontais, ocasionado pela ponta das curetas nos espécimes tratados 49 com RAR, quando comparado ao trauma ocasionado com a penetração da fibra óptica de entrega do feixe laser, que mede apenas 400 µm de diâmetro, além de uma possível redução efetiva das bactérias periodontopatogênicas nas bolsas periodontais contaminadas irradiadas com o laser de diodo (MORITZ et al., 1998; KAMMA et al., 2009). Com relação à reparação dos tecidos periodontais após os procedimentos de terapia periodontal, é de conhecimento que a adesão de células progenitoras na superfície radicular constitui um importante fator para a formação de nova inserção de fibras colágenas (GILMAN & MAXEI, 1986). Kreisler et al. (2001) demonstraram que a irradiação de superfícies radiculares com laser de diodo com potência de até 1 W durante 20 segundos não influenciou a adesão de células do ligamento periodontal. No entanto, outro estudo de Kreisler et al. (2002) demonstrou que a irradiação de bolsas periodontais com laser de diodo com potências maiores que 1 W pode causar carbonização de superfícies radiculares. Por outro lado, um estudo in vitro (THEODORO et al., 2006) avaliou o efeito da irradiação de superfícies radiculares sobre a adesão de elementos sanguíneos e demonstrou que houve uma inibição da adesão nas superfícies irradiadas com potências de 0,9 e 1,08 W, quando comparadas às superfícies irradiadas com laser de Er:YAG ou tratadas com RAR, embora a irradiação com laser de diodo não demonstre alterações morfológicas significantes na superfície radicular. 50 Entretanto, nesse estudo in vitro, diferentemente do utilizado na presente pesquisa, as amostras foram irradiadas com o laser posicionado perpendicularmente à superfície radicular, e o ângulo de saída da fibra com a superfície radicular pode influenciar a absorção (FOLWACZNY et al., 2001). Tais resultados foram confirmados em outro estudo in vitro de Kreisler et al. (2002), em que puderam demonstrar que o ângulo de irradiação dos tecidos com o laser de diodo tem um significante efeito no dano da superfície radicular. Além da potência e do ângulo da irradiação, a presença de sangue sobre a superfície radicular pode influenciar significativamente as alterações das superfícies radiculares irradiadas (KREISLER et al., 2002). Porém, nos estudos in vivo, como no presente, a fibra óptica foi posicionada paralelamente ao longo do eixo do dente, promovendo menores danos térmicos ao tecido irradiado. Alguns estudos têm demonstrado uma redução de microrganismos patogênicos em áreas irradiadas com laser de diodo (MORITZ et al., 1997; MORITZ et al., 1998; KAMMA et al., 2009; GIANNELLI et al., 2012), enquanto outros não demonstraram maior redução de microrganismos em bolsas tratadas com RAR e laser de diodo, quando comparada apenas à RAR (DE MICHELI et al., 2011; ALVES et al., 2012). As discrepâncias de resultados podem ser devidas às diferenças nos parâmetros de irradiação utilizados nos estudos. No presente estudo, apesar de não ter sido avaliada a redução de microrganismos nas áreas irradiadas, verificouse que o laser foi tão efetivo quanto a RAR, quando utilizado isoladamente no 51 controle da perda óssea em todos os períodos avaliados, podendo ser formulada a hipótese de que os parâmetros utilizados, além de seguros, podem ser efetivos. Assim sendo, acredita-se que outros estudos in vivo devam ser realizados para avaliar o efeito de diferentes parâmetros e métodos de irradiação do laser de diodo em áreas portadoras de periodontite, bem como avaliar o efeito desta irradiação sobre as bactérias periodontopatogênicas presentes em áreas portadoras de periodontite. 52 7 CONCLUSÃO A associação da irradiação com laser de diodo de alta potência com a terapia mecânica convencional em áreas de furca, com doença periodontal induzida em ratos, foi efetiva na redução da perda óssea alveolar no estágio inicial de avaliação. 53 8 REFERÊNCIAS Adriaens PA, Adriaens LM. Effects of nonsurgical periodontal therapy on hard and oft tissues. Periodontol 2000. 2004;36:121-45. Almeida JM, Theodoro LH, Bosco AF, Nagata MJ, Oshiiwa M, Garcia VG. In vivo effect of photodynamic therapy on periodontal bone loss in dental furcations. J Periodontol. 2008 Jun;79(6):1081-8. Ando Y, Aoki A, Watanabe H, Ishikawa I. 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