SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SUL SENAI−RS FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI PORTO ALEGRE PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PORTO ALEGRE – RS 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA MANTENEDORA: Nome: SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Departamento Regional do Rio Grande do Sul CNPJ: 03.775.069/0001-85 End.: Av. Assis Brasil, 8787 - Bairro Sarandi Cidade: Porto Alegre Fone: (51) 3347-8820 E-mail: [email protected] UF: RS CEP: 91140-001 Fax: (51) 3347-8670 DA MANTIDA: Nome: FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI PORTO ALEGRE CNPJ: 03.775.069/0066-20 End.: Av. ASSIS BRASIL, Nº. 8450 - Bairro Sarandi Cidade: Porto Alegre Fone: (51) 3347-8400 E-mail: [email protected] UF: Fax: RS CEP: 91140-001 (51) 3347-8400 2 Antes do compromisso, há hesitação, a oportunidade de recuar, uma ineficácia permanente. Em todo ato de iniciativa (e de criação), há uma verdade elementar cujo desconhecido destrói muitas idéias e planos esplêndidos. No momento em que nos comprometemos de fato, a Providência também age. Ocorre toda espécie de coisas que de outro modo nunca ocorreriam. Toda uma cadeia de eventos emana da decisão, fazendo vir em nosso favor todo tipo de encontros, de incidentes e de apoio material imprevistos, que ninguém poderia sonhar que surgiriam em seu caminho. Começa tudo o que possas fazer, ou que sonhas poder fazer. A ousadia traz em si o gênio, o poder e a magia. Goethe 3 APRESENTAÇÃO O Projeto Pedagógico Institucional é um instrumento norteador de todas as ações da Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre, em consonância com a Missão Institucional, a Política da Qualidade, os Valores, os Projetos Pedagógicos dos Cursos, a legislação educacional e a sua realidade. Esta primeira proposta define a visão e as expectativas da mantenedora e dos profissionais envolvidos no projeto de implantação desta nova vertente de atuação do SENAI-RS: a EDUCAÇÃO SUPERIOR. A partir desse compromisso, a instituição define sua política de trabalho em consonância com as necessidades e expectativas gerais da sociedade local e em interface permanente com o mercado de trabalho global e com o sistema educacional. Estas perspectivas inovadoras, em face de sua importância e significado, constituem-se em marco referencial e desafio a mudança de paradigmas, onde a comunidade escolar se empenha em um processo coletivo para definir o currículo e as formas de viabilizar e concretizar o seu projeto educativo. POR QUE PROJETO? O termo projeto vem do latim projectu, particípio passado do verbo projicere, que significa lançar para diante, que avança que pressupõe antecipação imaginária do futuro e de suas possibilidades. É uma idéia de ação planejada com vistas ao futuro, ou seja, de uma ação consciente voltada para a criação de uma nova realidade. POR QUE POLÍTICO? É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica”. POR QUE PEDAGÓGICO? É a possibilidade da efetivação da intencionalidade da Instituição, no sentido de definir ações educativas e as características necessárias para cumprir seus propósitos e sua intencionalidade. Portanto, este documento constitui-se num processo permanente de reflexão e discussão, pelo diálogo construtivo das práticas da Instituição, dando 4 transparência a seus valores socioculturais. Enquanto Projeto, objetiva e sinaliza uma meta, que envolve fundamentalmente as dimensões política e pedagógica indissociadas, porém intimamente relacionadas entre si, nele fundidas. Pensar e fazer educação formal, numa perspectiva político-pedagógica, significa compreender que a educação não é um mero trabalho que se executa no interior de uma sala de aula ou de uma instituição, limitando a relação professoraluno. Significa que o ato pedagógico carrega implicações sociais. Ele não é neutro, está marcado pela prática social de cada momento histórico. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade e pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da Instituição. “Dissociar a tarefa pedagógica do aspecto político é difícil, visto que o educador é político enquanto educador, e o político é educador pelo próprio fato de ser político”. (Gadotti, Freire, Guimarães) Neste sentido, o Projeto Político e Pedagógico não é algo pronto e acabado, deve ser alterado e inovado sempre que necessário, ou seja, adequando-se ao momento ou assumindo uma postura crítica frente à realidade. Possui uma intencionalidade, apontando para a superação de uma realidade e para a construção de outra. A ação pedagógica é a explicitação do caminho e da forma pensada, refletida e construída por um coletivo, para dar respostas aos atuais desafios educacionais. A implantação deste projeto implica na formação de discentes mais envolvidos e comprometidos com o seu processo de aprendizagem, sujeitos responsáveis e autônomos, implicando na vivência do espírito de parceria, de integração entre teoria e prática, conteúdo e realidade, objetividade e subjetividade, ensino e avaliação, meios e fins, tempo e espaço, professor e aluno, reflexão e ação, dentre muitos múltiplos fatores interagentes do processo pedagógico. Este PPI tem por objetivos subsidiar aos docentes e toda a comunidade acadêmica da IES a aprender a aprender, a conquistar a autonomia cognitiva, desenvolvendo competências e inteligências, aprendendo a caminhar por conta própria, mas não sozinho e nem desenvolver uma atividade qualquer e sim que, a 5 partir da análise de compreensão da realidade, através da discussão coletiva consiga fazer escolhas, e atuar de forma crítica e transformadora dentro da realidade da Instituição. 6 SUMÁRIO 1. PERFIL INSTITUCIONAL ..................................................................... 08 1.1. Da Mantenedora .............................................................................. 08 1.2. Da Mantida ...................................................................................... 10 2. CONTEXTO DE INSERÇÃO ................................................................. 13 2.1. Caracterização e Localização Geográfica ....................................... 16 3. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS ............................................................ 22 3.1. Do SENAI-RS .................................................................................. 22 3.2. Da Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre .......................... 23 3.2.1. Das Finalidades: ..................................................................... 23 3.2.2. Dos Fundamentos da Ação Educativa ................................... 24 4. PRINCÍPIOS ÉTICO-POLÍTICOS .......................................................... 26 5. PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS .............................................................. 28 5.1. Princípios Pedagógicos ................................................................... 33 6. POLÍTICAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ........................... 43 6.1. Diretrizes para o Ensino .................................................................. 43 6.2. Diretrizes para Iniciação Científica e Pesquisa Aplicada ........................... 44 6.3. Diretrizes para a Extensão ........................................................................... 46 6.3.1. Princípios da Extensão ....................................................................... 47 6.3.2. Ações de Extensão ............................................................................. 47 6.4. Diretrizes para a Qualificação Docente ....................................................... 49 7. POLÍTICAS DE INTERFACES COM A COMUNIDADE ........................ 50 8. POLÍTICA DE AVALIAÇÃO .................................................................. 52 9. REFERENCIAIS .................................................................................... 54 7 1. PERFIL INSTITUCIONAL 1.1. Da Mantenedora O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI foi criado em 22 de janeiro de 1942, pelo Decreto Lei nº. 4048 com a finalidade de formar recursos humanos e dar aporte tecnológico à indústria brasileira que também sofria as conseqüências da desorganização no mundo, provocada pela II Guerra Mundial. Na ocasião a escassez da oferta de mão de obra qualificada do imigrante europeu, levou os empresários da área da indústria à organização de uma entidade que oferecesse cursos destinados a formar e capacitar profissionais indispensáveis às fábricas, que aos poucos se instalavam, e que atendesse às necessidades do mercado de trabalho. Com uma experiência de 64 anos de atividades, o SENAI, instituição de direito privado mantido através de contribuição compulsória das indústrias, atua em Educação Profissional, na prestação de serviços de consultoria, em apoio tecnológico, na pesquisa aplicada, na captação e transferência de tecnologias, em serviços laboratoriais e disseminação de informação tecnológica gerando soluções que garantem a competitividade e a excelência na formação de profissionais para as empresas industriais. O Departamento Regional do Rio Grande do Sul, vinculado ao Sistema FIERGS, Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, criado em agosto de 1942, tem o compromisso de apoiar a indústria em seu desenvolvimento. Hoje é sinônimo de credibilidade e competência em Educação Profissional, na capacitação e apoio tecnológico aos mais diversos segmentos industriais pela qualidade dos serviços que desenvolve. A rede SENAI-RS compreende o Departamento Regional e 131 Unidades Operacionais, dentre elas, 61 fixas (Centros Tecnológicos, Centro Nacional de Tecnologias Limpas, Escolas de Educação Profissional, Centros de Educação Profissional e Agências de Educação Profissional), 44 móveis e outras extensões e unidades semipermanentes. Sua atuação abrange, entre outras, as áreas de alimentos e bebidas, automação, automotiva, celulose e papel, construção civil, couro e calçados, 8 educação, eletroeletrônica, energia, gemologia e joalheria, gestão, gráfica e editorial, madeira e mobiliário, meio ambiente, metalmecânica, metrologia, mineração, minerais não metálicos, petróleo e gás, polímeros, química, refrigeração e climatização, segurança do trabalho, tecnologia da informação, telecomunicações, têxtil e vestuário, transporte e turismo. Em 1999 o SENAI-RS obteve as primeiras Unidades certificadas pela Norma NBR ISO 9001/94, tendo a Gestão pela Qualidade como elemento crítico de sua Missão, comprometendo-se a: Assegurar que a Qualidade, a melhoria contínua e o cuidado com o meio ambiente sejam de responsabilidade de todos; Praticar a Qualidade no processo de administração e em seus serviços, educacionais e tecnológicos, garantindo a satisfação dos seus clientes. Atua intensamente na educação profissional, de forma direta, na formação inicial e continuada e no nível técnico, e em cooperação, com outras instituições no nível superior. Os cursos de formação inicial e continuada são desenvolvidos nas seguintes modalidades: - Iniciação Profissional: prepara o aluno para o desempenho profissional de tarefas básicas de menor complexidade; - Aprendizagem Industrial: qualifica, no nível da educação inicial e continuada jovens aprendizes, caracterizada pela articulação entre formação e trabalho; - Qualificação Profissional: prepara jovens e adultos para o exercício de uma profissão, de acordo com o perfil requerido no mercado de trabalho; - Aperfeiçoamento Profissional: atualização, ampliação ou complementação de competências profissionais de trabalhadores adquiridas por meio de formação profissional ou no trabalho. No nível técnico os cursos visam à habilitação profissional de técnico, em determinada área profissional, destinados a alunos matriculados ou egressos do ensino médio ou equivalente. As estratégias pedagógicas adotadas pelo SENAI já conferem um diferencial ao egresso: conforme Relatório PRO-SIGA (Relatório de Pesquisa – Avaliação Externa do SENAI-RS, janeiro de 2006), 91% dos supervisores 9 contratariam novos alunos do SENAI, 94,8% recomendariam a contratação de alunos do SENAI a outras empresas e 67% entendem que as ofertas de cursos estão afinadas com o Plano de Carreira da empresa. A Assistência Técnica/Tecnológica caracteriza-se por atividades de diagnóstico, orientação para melhoria e solução de problemas relativos aos processos de produção e gestão das empresas; A Informação Tecnológica tem por objetivo a oferta de serviços que envolvem a captação, adequação e difusão de informações tecnológicas. Em 2005, o SENAI-RS realizou 160.457 matrículas nas diversas modalidades de ensino, perfazendo um total de 16.333.209 alunos hora. Prestou 14.549 atendimentos em serviços tecnológicos com um total de 182.042 horas técnicas. Resultados que refletem a busca das indústrias por qualificação tecnológica e soluções inovadoras para sua produção, assim como o reconhecimento ao trabalho realizado pelo SENAI. 1.2. Da Mantida A Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre − FATEC teve sua proposta de implantação aprovada através da Resolução 003/2004, do Conselho Regional do SENAI-RS, com o objetivo de oferecer Cursos Superiores de Tecnologia, ampliando assim, a oferta de educação profissional do SENAI-RS. A Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre funcionará no complexo de uma estrutura física, onde já existem o Centro de Educação Profissional SENAI Artes Gráficas, o Centro Nacional de Tecnologias Limpas – CNTL, o Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas SENAI − CETA/RS, o Núcleo de Educação a Distância − NEAD e a Escola de Educação Profissional SENAI Porto Alegre. O Centro de Educação Profissional de Artes Gráficas foi inaugurado em 1980, para atender a demanda de formação profissional da indústria gráfica do Estado. Ao longo deste período, firmou-se no cenário do setor gráfico, como agente fundamental na educação profissional, atuando nas modalidades de Aprendizagem, Qualificação e Aperfeiçoamento nas áreas de Pré-Impressão, 10 Impressão e Acabamento Editorial Gráfico e na Assessoria Técnica e Tecnológica às empresas nas questões da qualidade, meio-ambiente, design gráfico e outros processos gráficos. O Centro Nacional de Tecnologias Limpas – CNTL SENAI- RS/UNIDO/UNEP, foi criado em 1995, buscando a qualificação da indústria, através: de programas de capacitação e formação de recursos humanos; prestação de serviços técnicos; divulgação de informação tecnológica; transferência e geração de novas tecnologias; de pesquisa aplicada; produção científica e tecnológica e da absorção seletiva das tecnologias disponíveis (nacionais ou estrangeiras) às quais adiciona elementos inovadores, capazes de adequá-los às carências do campo a que serve, seja uma microrregião, no âmbito do Estado, do País e até mesmo para o exterior. O Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas SENAI − CETA/RS implantado em 2000 é uma organização de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico, que atua em parceria com as instituições de P&D, oferecendo às indústrias soluções técnicas, viáveis e inovadoras com a utilização de tecnologias avançadas. Seu objetivo é implementar uma quebra de paradigma em gestão de pesquisa aplicada, baseando-se no Modelo Fraunhofer (Alemanha) de gestão de projetos, que promove a forte integração entre centros de pesquisa e as necessidades da indústria. O Núcleo de Educação a Distância, criado em 2003, visa integrar as competências de desenvolvimento de softwares de simulação do com a de cursos Multimídia com a mesma qualidade da educação presencial. Tem por objetivos identificar oportunidades relevantes para comercialização de programas de educação a distância, estruturar um sistema de oferta, desenvolvimento e acompanhamento de programas de educação a distância conciliando formas de atendimento presencial e a distância, potencializando o uso das novas tecnologias de informação e de comunicação. A Escola de Educação Profissional SENAI Porto Alegre, credenciada e autorizada a funcionar a partir de julho de 2005, através do Parecer nº 431/2005 do Conselho Estadual de Educação do RS, desenvolve os Cursos Técnicos em 11 Redes de Computadores e Eletrônica Industrial e cursos da modalidade formação inicial e continuada de trabalhadores nas áreas da indústria e de telecomunicações. A Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre está sendo criada especialmente com o objetivo de implantar os Cursos Superiores de Tecnologia em Automação Industrial e Sistemas Integrados de Telecomunicações, ampliando assim, a oferta de educação profissional do SENAI-RS. Portanto, como instituição mantida, ainda não possui cursos autorizados nem outras atividades. Sendo a educação profissional, o escopo de atuação do SENAI-RS, onde a inovação, o aperfeiçoamento contínuo, a qualidade e competência são referenciais de sua atuação, a implantação de cursos superiores, no nível tecnológico, tem o propósito de ampliar sua atuação. 12 2. CONTEXTO DE INSERÇÃO A partir da década de 80, as novas formas de organização e de gestão modificaram estruturalmente o mundo do trabalho. Um novo cenário econômico e produtivo se estabeleceu com o desenvolvimento e emprego de tecnologias complexas agregadas à produção a prestação de serviços e pela crescente internacionalização das relações econômicas. A velocidade do progresso científico e tecnológico e da transformação dos processos de produção torna os conhecimentos rapidamente superados, exigindo atualizações contínuas, colocando novas exigências para a formação do cidadão. Neste contexto de grandes mudanças pode-se identificar macro tendências tais como: 3 Revolução científica e tecnológica; 3 Sociedade do conhecimento/Informação; 3 Globalização política econômica; 3 Emergência de novos valores sociais; 3 Gestão ambiental; 3 Novos modelos de organização e trabalho; 3 Novo papel do Estado. A globalização econômica, fenômeno atual e irreversível, muda a geografia política, universaliza informações, tecnologias, produção, abre fronteiras como também faz surgir questões de sociabilidade humana em espaços cada vez mais amplos, exigindo o fortalecimento da identidade local e regional para que cada comunidade não perca sua identidade cultural. Ela traçou uma nova carta do mundo, fazendo surgir novos pólos de dinamismo baseados no comércio mundial, afirma o Relatório Mundial sobre Educação da UNESCO, coordenado por Jacques Delors. A competitividade desenfreada tornou-se uma regra, obrigando todos os países a arranjar trunfos específicos para participar do desenvolvimento das relações econômicas mundiais e tornando ainda mais transparente a separação 13 entre os que ganham e os que perdem entre os que globalizam e os que são globalizados. É visível que o mundo tornou-se globalizado, mas as oportunidades não. A globalização é um processo determinado pelo funcionamento dos mercados e da economia que repercute diretamente na cultura e nos costumes dos povos. Na ótica político-econômica, prevalece um modelo de Estado, no qual o mercado passa a ser o agente regulador das condições "de compra e venda" do bem estar pessoal e coletivo. É um modelo em que os princípios da liberdade, da livre concorrência e da competição afloram como os eixos norteadores desse mercado. Vivemos sob a ideologia neoliberal, cujo ideário prioriza os princípios de liberdade para competir e o individualismo, tendo sempre em vista o mercado, com a maximização da eficiência e do lucro, num crescente processo de exclusão. Dois terços da população mundial representam os excluídos de um progresso fantástico, jamais visto na história da humanidade e que poderia transformar a vida de todos em uma existência feliz, se o crescimento científicotecnológico incluísse em seus projetos o bem estar de todos. É uma sociedade de flagrantes injustiças sociais que prioriza o Ter em detrimento do Ser, que não prima pelo exercício do princípio democrático da liberdade, que desestimula atitudes de respeito à individualidade e ao respeito mútuo. Percebe-se que alguns segmentos da sociedade estão preocupados com os problemas sociais, promovendo através de ONG's e associações a conscientização da população para a importância de sua participação em decisões, como por exemplo, o combate à corrupção política, a busca de tolerância e ao diálogo entre as diferentes culturas, religiões e governos. As inovações tecnológicas, assim como a informatização e a robótica, a busca de maior produtividade e de qualidade homogênea, têm concorrido para acentuar o desemprego. Segundo o Relatório Mundial da Cultura, devido ao uso de tecnologias de capital e conhecimento intensivo, o emprego para a vida toda praticamente não existe mais. Esse mesmo relatório alerta para o fato de que não basta apenas educar. É preciso empregar convenientemente os conhecimentos 14 adquiridos. O fortalecimento das pessoas pela educação cidadã será sempre um caminho seguro para enfrentar a crise do desemprego. No setor de trabalho, o consagrado modelo fordista-taylorista cede lugar a novos desenhos conceituais e operacionais. As tendências atuais valorizam e destacam a inteligência distribuída e a elevação contínua da qualidade; enfatizando o desenvolvimento de competências que permitam a indispensável adaptação a mercados em mutação e oscilações constantes. As empresas passaram a exigir trabalhadores cada vez mais qualificados. À destreza manual se agregam novas competências relacionadas com a inovação, a criatividade, o trabalho em equipe e a autonomia na tomada de decisões, mediadas por novas tecnologias da informação. Assim, o trabalho assume um novo significado, com um sujeito ativo, pessoa humana que se apropria destes conhecimentos e se aprimora para atuar no mundo do trabalho e na prática social. Os avanços do conhecimento criam possibilidades de intervenção em áreas inexploradas. Citamos, por exemplo, os avanços na biogenética que fazem emergir questões de ordem ética, merecedoras de debates em nível global. Instituições educacionais que ignorem as tendências que delineiam o amanhã deixarão de ser relevantes na vida dos seus alunos e rapidamente irão desaparecer. Não se concebe, atualmente, a educação profissional como simples instrumento de política assistencialista ou linear às demandas do mercado de trabalho, mas sim, como importante estratégia para que os cidadãos tenham efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade. É necessário um modelo de ensino que tenha a flexibilidade para atender a diferentes pessoas e situações e às mudanças permanentes que caracterizam o mundo da sociedade da informação; a diversidade que garanta a atenção às necessidades de diferentes grupos em diferentes espaços e situações; e a contextualização que, assegure uma base comum, diversifique os trajetos, permita a constituição dos significados e dê sentido à aprendizagem e ao aprendido. Por outro lado, apresenta-se com clareza a necessidade da construção de valores e de novas práticas de relação social que permitam o reconhecimento e a valorização da existência das diferenças étnicas e culturais, e a suspensão da 15 relação de dominação e exclusão, ao mesmo tempo em que se constitui a solidariedade. Assim como a preservação do meio ambiente, os direitos humanos são colocados como assunto de interesse de toda a humanidade. O conhecimento é o instrumento principal aos que vão continuar atuando em atividades tradicionais ou não tradicionais. Faz-se necessário o desenvolvimento das competências básicas, tanto para o exercício da cidadania quanto para o desempenho de atividades profissionais, tais como: capacidade de abstração, desenvolvimento do pensamento sistêmico (ao contrário da compreensão parcial e fragmentada dos fenômenos), criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar múltiplas alternativas para a solução de um problema, ou seja, do desenvolvimento do pensamento divergente, da capacidade de trabalhar em equipe, da disposição para procurar e aceitar críticas, da disposição para o risco, do desenvolvimento do pensamento crítico, do saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento, da capacidade de empreender, do autodesenvolvimento. 2.1. Caracterização e Localização Geográfica No mundo globalizado, o desenvolvimento tecnológico e os modernos processos de produção industrial vêm se difundindo rapidamente, por meio dos processos de internacionalização da economia. Reflexos desse processo já são observados de forma intensa no Brasil, obrigando as indústrias nacionais a adaptarem-se às novas exigências deste mercado competitivo. No Brasil, a conjunção de vários resultados positivos, assim como a convergência da inflação para metas estabelecidas atesta a solidez dos fundamentos macroeconômicos do país e ratificam as perspectivas favoráveis para continuidade do crescimento sustentado da economia no médio e longo prazo. Os dados do IBGE divulgados pelo Banco Central (Relatório de inflação. Vol. 7, n.3. Setembro, 2005), indicam recuperação do rendimento real e da queda da taxa de desemprego nos últimos meses. A produção da indústria de transformação, que corresponde a mais de 95% da produção do setor industrial, 16 aumentou 1,5% em comparação aos trimestres encerrados em julho e abril de 2005, comparando-se estes dados com o mesmo período de 2004. Nesse período, observa-se um crescimento de 4,3% na produção do setor industrial de bens duráveis, não duráveis, de consumo e bens intermediários, sinalizando uma tendência positiva na produção industrial liderada pela expansão do crédito e das exportações. O Rio Grande do Sul, com pouco mais de 3% do território brasileiro, abriga 6% da população (10.187.798 habitantes), 4ª no ranking das estatísticas do PIB do país com um valor de R$ 152,71 bilhões e o PIB per capta, por sua vez, de R$ 14,08 mil reais (Fonte: estimativas preliminares sobre a economia do estado, divulgadas pela Fundação de Economia e Estatística – FEE, em 2005), é segundo pólo comercial e industrial de transformação nacional. Sua localização, no extremo sul do país, o torna importante no cenário do Mercosul, fator decisivo para a atração de novos investimentos dos países vizinhos que pertencem a esse bloco. De acordo com Castilhos (Castilhos, C.C. “Os números favoráveis da Indústria e a sustentabilidade do Crescimento”). (In: Indicadores Econômicos FEE, v. 32, nº 4 de 2004), a indústria gaúcha, assim como a Brasileira, apresentou uma tendência ascendente na produção industrial a partir de agosto de 2003, embora em alguns momentos as curvas tenham se movimentado em sentido contrário. Conforme divulgado pela FEE (Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul), com base no Diese (Índice de Desenvolvimento Socioeconômico), Porto Alegre está em 5º lugar entre os municípios do Rio Grande do Sul nos anos de 2001 e 2002. A ABINEE – Associação Brasileira da Indústria eletroeletrônica que agrega, no Rio Grande do Sul, empresas da área da indústria, como a Altus, BCM, Coester, Full Gauge, Inova, Novus, NBN, Fockink, Embrasul e Microhard, focadas na automação industrial, registra os seguintes percentuais, comparando-se dados do ano de 2004 com o mesmo período de 2005: 17% de incremento no faturamento total, incremento de 23% nas exportações, decremento de 7% nas importações bem como discreto incremento no número de empregados. Os fabricantes de bens ligados ao processo de produção, como equipamentos industriais e automação industrial apresentaram, neste 17 período, sinais de crescimento estimulados do compromisso do governo em garantir a estabilidade econômica. Nas indústrias da região metropolitana de Porto Alegre, verifica-se a crescente utilização de ferramentas de Automação Industrial nas fases de projetos (Desenho Assistido por Computador - CAD) e produção (Manufatura Auxiliada por Computador - CAM) e que a automação é largamente aplicada no controle de processos industriais com utilização de sensores, atuadores, manipuladores robotizados, Controladores Lógicos Programáveis – CLPs e sistemas supervisórios em máquinas automatizadas e na Integração de Sistemas de Manufatura (Manufatura Integrada por Computador - CIM), exigindo assim, profissionais qualificados para instalar, manter e integrar sistemas de automação industrial. O sistema de telecomunicações do estado também se encontra em expansão: As empresas especializadas na execução de serviços terceirizados geram demanda pelo profissional com competências de telecomunicações em quase todo país, porém a maior demanda está concentrada nos grandes pólos tecnológicos, sendo Porto Alegre um dos principais do país. Segundo o Sindicado dos Telefônicos do RS - SINTTEL/RS, o estado emprega diretamente, cerca de 12 mil pessoas na área de telecomunicações. As principais empresas operadoras e prestadoras de serviços na área de telefonia são: ETE, PAMPA, Brasil Telecom – BRT, VIVO, CLARO, TIM, GVT, OEMTEL, BH, CCO, MONDO, sendo que os núcleos técnicos, comerciais e de gestão destas empresas estão, quase que totalmente, concentrados na cidade de Porto Alegre. A rede de fibra ótica, em implantação no estado, deverá atender cerca de 200 sedes municipais em conexão com os demais municípios do Estado, formando assim uma rede integrada dos serviços de telecomunicações que permitirá a transmissão de dados e sinais de TV, telefonia móvel, multimídia, etc. O Estado possui também veículos de comunicação com um expressivo número de jornais com circulação diária (5 somente na capital), 334 emissoras de rádio e 24 emissoras de TV (Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul - www.scp.rs.gov.br/atlas). Outro importante mercado de trabalho para profissionais com competências na área de telecomunicações, são as empresas localizadas na grande Porto Alegre, que produzem hardwares e softwares para o setor, como, por exemplo, 18 Digitel, Parks, Digicom, Perto, Datacom, Digistar, WDN e o parque tecnológico da PUC (TecnoPUC). Porto Alegre é a capital do Rio Grande do Sul, estado localizado no extremo sul do País, que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai. Criada em 23 de agosto de 1808, possui área de 496,8 km2, distribuída entre a parte continental e um conjunto de ilhas. A parte continental é circundada por 40 morros que abrangem 65% da extensão territorial limitada por uma orla fluvial de 72 km O ponto culminante localiza-se no Morro Santana, região leste da cidade, atingindo 311,2 m. Os pontos mais baixos situam-se, na área continental, no Aeroporto Salgado Filho, com 1,1 m e, no Arquipélago, na Ilhas das Flores, aonde chega a apenas 0,1 m. O município é limitado ao sul e oeste pelo Lago Guaíba; e a leste, pelos municípios de Alvorada e Viamão; e ao norte pelo rio Gravataí. A população cresceu a uma taxa média geométrica anual de 0,93%, no período de 1991-2000, enquanto que o Brasil cresceu 1,63% e o Rio Grande do Sul 1,22%. Segundo dados do IBGE – Censo Demográfico de 2000, o município possui população de 1.360.590 habitantes, representando 13,36% do total do Rio Grande do Sul que é de 10.187.842 habitantes e 36,50% do total da região metropolitana, constituída por 31 municípios (Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul - www.scp.rs.gov.br/atlas), incluindo municípios considerados pólos industriais como Canoas, Campo Bom, Estância Velha, Esteio, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Viamão, pela quantidade, porte e diversidade de empresas sediadas. A partir da década de 1990, a cidade recebeu reconhecimento nacional pela sua qualidade de vida. O IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), elaborado pelo PNUD/IPEA/FJP, apresentou bons resultados em 1991 e 2000. A cidade ocupa atualmente a 11ª posição no ranking das cidades Brasileiras, sendo a primeira entre as cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Atualmente dois projetos importantes estão sendo desenvolvidos e implantados no estado: Porto Alegre Tecnópole (projeto que reúne governo do Estado, Prefeitura de Porto Alegre, Ufrgs, PUCRS, Unisinos, Fiergs, Federasul, Sebrae e Cut); e Tecnópole da Serra (projeto que reúne as Prefeituras e Câmara de Vereadores da Aglomeração Urbana do Nordeste do Estado, Universidade de Caxias do Sul e a 19 Segunda Região da Fiergs). O Porto Alegre Tecnópole é uma iniciativa de nove instituições representativas do poder público, do meio empresarial, do meio acadêmico e dos trabalhadores que, em 1995, formalizaram parceria para desenvolver ações conjuntas e articuladas visando a promoção sócio-econômica da Região Metropolitana de Porto Alegre, com base na inovação e no desenvolvimento tecnológico. A educação tem um enorme efeito sobre a empregabilidade da mão-deobra em todo o Brasil. De acordo com (Neves, Dourado, 1999), cada ano adicional de escolaridade eleva em pouco mais de 12% as chances de um membro da população economicamente ativa do Brasil conseguir um emprego ou posição ocupacional formal. De modo geral, as empresas mais competitivas, ao realizarem seus processos seletivos buscam profissionais com formação superior. Esta realidade contribui como fator que direciona todos aqueles que ambicionam empregos de melhor qualidade a procurar vaga em uma instituição de ensino superior. Diante deste cenário, observa-se a expansão do campo de atuação da educação profissional, como resposta às necessidades evidenciadas por estas transformações vividas pelo mundo. Elas são mais significativas quando considerado o cenário regional industrial, uma vez que um dos objetivos da educação profissional é qualificar recursos humanos com competências necessárias para enfrentar esses desafios. Neste contexto, a instituição de educação superior tem um papel estratégico. É sua tarefa formar um cidadão e um profissional que atenda às exigências de um mercado que se modifica a cada momento. Portanto, o SENAI, ao direcionar seus esforços para a Educação Superior Tecnológica, garante um diferencial de competitividade que não é determinado exclusivamente pela tecnologia, mas nasce na conjunção de vários fatores, dentre os quais se destaca a qualificação de recursos humanos. Para cumprir sua missão busca proporcionar ao aluno a formação necessária para o seu pleno desenvolvimento e a aquisição de competências para o trabalho, preparando-o para a autogestão, a criatividade e a inovação do 20 conhecimento como forma de vencer desafios, buscar empregabilidade e assegurar trabalhidade, tornando-os aptos ao exercício da cidadania. 21 3. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS 3.1. Do SENAI-RS MISSÃO “Contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento pleno e sustentável do país, promovendo a educação pra o trabalho e a cidadania, a assistência técnica e tecnológica, a produção e disseminação de informação e adequação, geração e difusão de tecnologia”. VISÃO “Em 2010 o SENAI consolidará posição nacional de liderança como instituição de educação para o trabalho, reconhecida internacionalmente, tecnologicamente inovada e gerida por resultados”. POLÍTICA DA QUALIDADE O SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DO RIO GRANDE DO SUL tem a Gestão pela Qualidade determinada como elemento crítico de sua Missão, comprometendo-se a: 1. Assegurar que a qualidade, a melhoria contínua e o cuidado com o meio ambiente sejam de responsabilidade de todos; 2. Praticar a qualidade no processo de administração e em seus serviços educacionais e tecnológicos, garantindo a satisfação dos seus clientes. Indicadores - número de comitês implantados; - percentual de funcionários participantes em equipes de qualidade e ambiental; - índice do PGPQ; 22 - percentual de satisfação dos clientes; - percentual de não –conformidades identificadas em auditorias; - percentual de satisfação dos colaboradores. VALORES - Conduta ética em todas as relações; - Gestão participativa; - Foco no cliente e no mercado; - Cultura voltada para resultados; - Valorização das pessoas; - Responsabilidade pública e cidadania. VETOR DE NEGÓCIOS O negócio central do SENAI-RS é a educação para o trabalho, com ações diferenciadas conforme as necessidades dos clientes e com retração nas modalidades não demandadas ou com demanda declinante. Os negócios complementares (Assessoria Técnica e Tecnológica, Serviços Laboratoriais, Serviços Técnicos, Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Experimental) devem estar sempre intimamente ligados à Educação para o Trabalho, como forma de mantê-la atualizada e dinâmica e, para proporcionar a plena utilização de recursos técnicos e tecnológicos disponíveis. 3.2. Da Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre 3.2.1. Das Finalidades: I. estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; 23 II. formar profissionais nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III. incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV. promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, da publicação ou de outras formas de comunicação; V. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; e, VII. promover a extensão, aberta à participação da população, visando a difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. 3.2.2. Dos Fundamentos da Ação Educativa: - no desenvolvimento de currículos sintonizados com as Diretrizes Curriculares Nacionais, associados em referenciais teóricos e às novas metodologias de ensino para o desenvolvimento de competências, que possibilitem a formação de profissionais com as competências necessárias para atuarem com uma visão crítica da realidade; - na articulação da iniciação científica e da extensão com a vida acadêmica ao ensino, promovendo a difusão de conhecimentos tecnológicos, científicos e 24 culturais e a formação científica, a coerência técnica, tecnológica;natureza de desenvolvimento tecnológico; - na busca constante para o desenvolvimento e a transferência de tecnologia como fonte motivadora de renovação e de atualização do patrimônio tecnológico; - na integração com instituições no âmbito nacional e internacional visando o alcance dos objetivos propostos, através de convênios, acordos e contratos; - no desenvolvimento integral do indivíduo, para que ele possa compreender o mundo em que vive, fazer suas escolhas, melhorar sua situação de vida e contribuir na construção de relações sociais mais justas (Ética e Cidadania); - no desenvolvimento do potencial empreendedor do educando, apoiando idéias inovadoras, viabilizando a participação em eventos e o acesso às incubadoras de empresas (Empreendedorismo); - na construção de uma nova forma de consciência, crítica, ética e ecológica, centrada na melhoria da qualidade de vida e na compreensão das questões ambientais, e da sua importância para a sobrevivência da espécie e do planeta (Educação Ambiental); - em princípios e práticas de Gestão pela Qualidade, onde todos são líderes do processo e principais agentes de sua viabilização, de modo a assegurar a consecução dos objetivos e a satisfação dos clientes; - na melhoria da qualidade do ensino integrando teoria e prática; otimizando os currículos; qualificando o corpo docente; utilizando a biblioteca como meio de aprendizagem; incorporando a informática no processo de formação profissional. 25 4. PRINCÍPIOS ÉTICO-POLÍTICOS A Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre, em consonância com a Missão, Valores e Política da Qualidade, tem por compromisso oferecer uma educação de qualidade, amparada em princípios de valorização permanente do seu corpo discente e do quadro de funcionários com respeito aos direitos fundamentais do ser humano e o tratamento igualitário. Princípios: • Da ÉTICA e da CIDADANIA, trabalhando esses conceitos em todos os componentes curriculares numa apreciação crítica e não preconceituosa, fazendo da faculdade um lugar de convívio democrático. • Da RESPONSABILIDADE AMBIENTAL, propondo discussões, atividades e participando da conservação e preservação ambiental através de valores e conceitos como ciclos naturais, fluxos de energia, biodiversidade, proteção e respeito à natureza cumprindo, disseminando e fazendo cumprir sua Política Ambiental. • Da VALORIZAÇÃO DA VIDA saudável, propondo atividades de prevenção, conscientização sobre saúde pessoal e coletiva através de palestras, debates e campanhas, criando uma política local de prevenção em defesa da vida. • Da SEGURANÇA, da organização e da limpeza dos ambientes de trabalho, reduzindo os riscos de acidentes laborais, cumprindo e fazendo cumprir as normas de segurança. • Da LIDERANÇA pelo capital intelectual com regras definidas do saber fazer, conviver e ser, privilegiando a informação transformada em conhecimento através das competências a serem construídas. • Do DESENVOLVIMENTO, de uma formação plena, onde o domínio da técnica e o humanismo se complementam dando maior consistência ao conhecimento e a tecnologia. 26 • Do EXERCÍCIO DO ESPÍRITO CRÍTICO, das potencialidades criativas, da estética e de auto-realização, incentivando e encorajando a proposição de novas idéias e soluções. • Da CONVIVÊNCIA e da comunicação social em clima de verdade, compreensão, diálogo, justiça e solidariedade usando como ferramenta as linhas de comunicação da Faculdade. • Da INFORMAÇÃO e difusão do conhecimento disponibilizando subsídios, atividades, cursos, seminários, treinamentos e apoio tecnológico ao setor no qual atua, buscando estabelecer trocas permanentes com todos os setores da sociedade. • Da ATUALIZAÇÃO proporcionando cursos, seminários, palestras melhorando a capacitação dos colaboradores, instrumentalizando-os em novas tecnologias para melhor desempenho, produtividade e realização profissional. • Da TRANSFORMAÇÃO proporcionando atividades que visem auxiliar na formação de um indivíduo pró-ativo, capaz de prever, antecipar, projetar, desenvolver e realizar, que saiba transformar informações em conhecimentos de forma a atender suas expectativas e as do mercado. • Da BUSCA, organização, seleção e aplicação dos conhecimentos propostos. • Da CONFORMIDADE com a legislação que normatiza e orienta a educação superior de nível tecnológico, para desenvolver os conteúdos formativos pertinentes das Unidades Curriculares de cada curso com critérios traduzidos numa metodologia própria, particular que identifique o egresso da FATEC SENAI Porto Alegre pela sua “Filosofia e Proposta Pedagógica”. 27 5. PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS Desde sua criação, o SENAI, em âmbito nacional, tem-se pautado pela busca da excelência e procurado em sua trajetória atender às necessidades do processo produtivo, com cursos e programas voltados para a educação profissional, visando à elevação nos níveis de qualificação profissional dos trabalhadores, bem como à formação de cidadãos criativos e empreendedores. Estas necessidades estão intimamente relacionadas com as transformações sociais, políticas e econômicas que se desenham no País e no mundo, ocasionadas pelos efeitos da atual ordem econômica mundial, tanto no que diz respeito à tecnologia quanto às novas formas de organização do trabalho. À educação profissional credita-se, portanto, o importante papel de contribuir para a formação de pessoas autônomas, capazes de mobilizar conhecimentos, habilidades, valores e atitudes diante de situações de vida pessoal e profissional, de formar um quadro referencial que fomente a possibilidade de melhor qualidade de vida, nos planos individual e coletivo. Portanto, a construção do conhecimento implica em uma ação compartilhada, já que é através dos outros que as relações entre sujeito e objeto de conhecimento são estabelecidas. Deve haver um redimensionamento do valor das interações sociais (entre discentes e docentes) no contexto escolar. Essas passam a ser entendidas como condição necessária para a produção de conhecimentos por parte dos discentes, particularmente àquelas que permitam o diálogo, a cooperação e a troca de informações mútuas, o confronto de pontos de vista divergentes e que implicam na divisão de tarefas onde cada um tem uma responsabilidade que, somadas, resultarão no alcance de um objetivo comum. Cabe, ao docente não somente permitir que elas ocorram como também promovêlas no cotidiano das salas de aula. Neste pressuposto, a heterogeneidade, característica presente em qualquer grupo de pessoas, passa a ser vista como fator preponderante para as interações em sala de aula. Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contexto familiar, valores e níveis de conhecimento imprimem ao cotidiano educacional a possibilidade de repertórios, de visão de mundo, 28 confrontos, ajuda mútua e consequentemente ampliação das capacidades individuais. Nessa abordagem, temos referência as quatro premissas apontadas pela UNESCO, como eixos estruturais da educação na sociedade contemporânea: • Aprender a aprender Prioriza-se o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento, considerado como meio e como fim. Meio, enquanto forma de compreender a complexidade do mundo, condição necessária para viver dignamente, para desenvolver possibilidades pessoais e profissionais, para se comunicar. Fim, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir. O aumento dos saberes que permitem compreender o mundo favorece o desenvolvimento da curiosidade intelectual, estimula o senso crítico e permite compreender o real, mediante a aquisição da autonomia na capacidade de discernir. • Aprender a fazer O desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de novas aptidões tornam-se processos essenciais, na medida em que criam as condições necessárias para o enfrentamento das novas situações que se colocam. Privilegiar a aplicação da teoria na prática e enriquecer a vivência da ciência na tecnologia e destas no social passa a ter uma significação especial no desenvolvimento da sociedade contemporânea. • Aprender a viver Trata-se de aprender a viver junto, desenvolvendo o conhecimento do outro e a percepção das interdependências, de modo a permitir a realização de projetos comuns ou a gestão inteligente dos conflitos inevitáveis. • Aprender a ser Aprender a ser supõe a preparação do indivíduo para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si mesmo, frente às diferentes circunstâncias da vida. Supõe ainda exercitar a liberdade de pensamento, discernimento, 29 sentimento e imaginação, para desenvolver os seus talentos e permanecer, tanto quanto possível dono do seu próprio destino. Sintonizado com as mudanças no contexto do trabalho e em consonância com a Legislação Educacional vigente que estabelece, entre outras, uma nova organização curricular com foco no modelo baseado em competências, o SENAI Nacional, em parceria com os Departamentos Regionais, estruturou um conjunto de ações que subsidiassem as atividades de educação profissional coerente com as imposições da contemporaneidade e assegurando, assim, uma educação profissional vinculada às demandas do mundo produtivo e dos cidadãos. Dentre estas ações foi concebido, pelo Departamento Nacional do SENAI, o Projeto Estratégico Nacional “Formação Profissional com base em Competências”, que teve como objetivo a estruturação de metodologias que subsidiassem a estruturação das propostas de educação profissional, no que se refere ao processo formativo (Cursos) e ao processo de avaliação para fins de certificação profissional. Os documentos que constituem as metodologias na abordagem de competências, concebidos no âmbito do referido projeto, são os seguintes: Comitês Técnicos Setoriais – Estrutura e funcionamento; Elaboração de perfis profissionais; Elaboração do desenho curricular baseado em competências; e Avaliação e certificação de competências. O Comitê Técnico Setorial é um fórum técnico-consultivo, composto por especialistas de empresas, representantes de associações patronais e sindicais, do meio acadêmico e de instituições públicas das áreas de Educação, Trabalho e/ou Ciência e Tecnologia e técnicos do SENAI, e está voltado para o debate, a troca de informações e conhecimentos que possibilitem a elaboração de perfis profissionais com uma visão atual e prospectiva. O Comitê define os perfis de qualificações profissionais, etapa fundamental para a elaboração do desenho curricular e o desenvolvimento de instrumentos de avaliação; A Elaboração do Perfil Profissional tem por objetivo prioritário estabelecer um marco coerente para atualizar e garantir a qualidade da educação profissional, assim como articular a oferta formativa correspondente aos distintos níveis de 30 educação e qualificação. Consiste no tratamento das informações, disponibilizadas pelo Comitê Técnico Setorial, através de uma análise funcional que leva em conta o contexto de trabalho, os sistemas organizativos, as relações funcionais, os resultados da produção de bens e de serviços e as demandas futuras a fim de identificar os diferentes níveis de competências profissionais. Esta análise ampla possibilita contextualizar funções que supõem conhecimentos, habilidades e capacidades de gestão. O Desenho Curricular é a fase de organização da proposta formativa para o desenvolvimento de competências, com estrutura modularizada, tendo por referência o perfil profissional e as possibilidades de saídas intermediárias. A última fase apresenta a concepção de Avaliação de Competências, como um processo de coleta de evidências que compreende a verificação de competências desenvolvidas no processo formativo, com base na definição clara e explícita dos padrões de desempenho. A definição de um modelo de ensino, para os próximos anos deve estar assentada sobre três eixos básicos: a flexibilidade para atender a diferentes pessoas e situações e às mudanças permanentes que caracterizam o mundo da sociedade da informação; a diversidade que garante a atenção às necessidades de diferentes grupos em diferentes espaços e situações; e a contextualização que, assegurando uma base comum, diversifique os trajetos, permita a constituição dos significados e dê sentido à aprendizagem e ao aprendido. Estas metodologias embasam as ações educativas na perspectiva da Pedagogia de Competências e nos remete para a adoção de uma prática pedagógica que: • privilegia metodologias ativas centradas no sujeito que aprende, com base em ações desencadeadas por desafios, problemas e projetos; • desloca o foco do trabalho educacional do ensinar para o aprender, do que vai ser ensinado para o que é preciso aprender no mundo contemporâneo e futuro; • valoriza o docente no papel de facilitador e mediador do processo de aprendizagem; 31 • visa formar alunos com autonomia, iniciativa, pró-atividade, capazes de solucionar problemas, alcançar a metacognição, realizar auto-avaliação e, por conseqüência, conduzir sua autoformação e aperfeiçoamento; • enfatiza a importância do planejamento sistemático das atividades pedagógicas pelos docentes em termos de atividades e projetos para o exercício das competências pretendidas, bem como do processo de avaliação. Essas abordagens acerca da prática pedagógica nos conduzem à reflexão sobre a função do docente, que acaba por agregar duas necessidades fundamentais: de conhecimentos específicos da profissão na área técnica em que atua e de metodologia adequada para o desenvolvimento da referida prática pedagógica. Sendo assim, o docente tem duplo papel, desenvolve simultaneamente conteúdos e processos cognitivos, que são pré-requisitos da aprendizagem significativa. É importante ressaltar que uma prática pedagógica eficaz não depende somente do docente, mas de toda a equipe envolvida no processo de aprendizagem. O docente é fundamental neste contexto de mudança. De acordo com Perrenoud (1999), a “Revolução das Competências” só acontecerá se, durante a formação profissional, os futuros (e atuais) docentes experimentarem-na pessoalmente. Sem essas estruturas de apoio é muito difícil pedir que se trabalhe na perspectiva das competências. E acrescenta: “Não podemos esperar, no entanto, que tudo fique claro para agirmos. Toda a prática educacional tem por base certas apostas teóricas. Aceitas tais apostas, é importante ganhar o maior número delas. A amplitude das incertezas e a complexidade das noções implicadas não são os menores obstáculos, ao contrário, um dos maiores desafios é conquistar o maior número de parceiros nesta luta e caminhar em conjunto. É necessário coletivizar incerteza, reconhecer os próprios limites e os limites da instituição e, dentro desses limites, avançar o máximo possível e só saberemos os limites do possível se tentarmos o impossível, como disse Hinkelamaert” (PERRENOUD, 1999). 32 5.1. Princípios Pedagógicos A proposta curricular elaborada para os Cursos Superiores de Tecnologia se constitui num desafio, para a renovação e concepção de prática pedagógica buscando dar respostas às transformações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho e estabelecendo uma sintonia entre educação, trabalho e o desenvolvimento de competências, entendidas como a capacidade pessoal de articular os diferentes saberes. Para a estruturação dos Cursos foram utilizadas de metodologias específicas (Metodologias para Desenvolvimento e Avaliação de Competências: formação e certificação profissional − SENAI-DN), como opção para se obter uma percepção efetiva da realidade do mercado de trabalho e das necessidades das empresas, agregando valor ao processo formativo. Portanto, o perfil profissional de cada curso, é resultado de uma análise funcional e do tratamento de informações disponibilizadas pelo Comitê Técnico Setorial, sob a ótica de um enfoque funcional-dedutivo, onde primeiramente se estabeleceu a competência geral (síntese do essencial a ser realizado pelo trabalhador) seguindo-se níveis de desdobramento (grandes funções, sub-funções e seus padrões de desempenho), com as funções contextualizadas, englobando conhecimentos, habilidades e atitudes. Tendo como foco o desenvolvimento das competências previstas no perfil profissional de conclusão, o desenho curricular está estruturado em Módulos, organizados em Unidades Curriculares. As Unidades Curriculares são unidades pedagógicas que articulam os conteúdos formativos, numa visão interdisciplinar, por conjuntos coerentes e significativos de conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais (estas últimas entendidas como qualidades pessoais) com vistas ao desenvolvimento das competências. Esta articulação possibilita a recorrência (buscar, recorrer aos conteúdos formativos já tratados anteriormente) às Unidades Curriculares, durante o desenvolvimento do Curso. Considerando o caráter relacional e dinâmico do conceito de competência, o desenvolvimento das Unidades Curriculares é planejado de forma integrada entre os docentes e o Coordenador do Curso, estabelecendo o detalhamento, o aprofundamento e a relação dos conteúdos formativos, das qualidades pessoais 33 envolvidas, construindo uma visão comum e geral dos mesmos no Módulo e, em particular do envolvimento de cada docente. Para que se desenvolvam competências profissionais realmente significativas para o perfil profissional é necessária à adoção de metodologias centradas no sujeito que aprende, ancorando-se no planejamento sistemático das atividades pedagógicas pelos docentes, em termos de atividades, desafios ou projetos para o exercício das competências pretendidas. A opção por uma prática pedagógica reflexiva adquire contornos muito mais desafiadores do que uma simples questão semântica, pois esta é uma alteração fundamental do enfoque didático da lógica dos conteúdos para a lógica das competências. Exercer a prática pedagógica reflexiva é desenvolver a consciência crítica dos educandos, ultrapassando sistematicamente as fronteiras das salas de aula, em busca do conhecimento onde ele está sendo aplicado. As atividades desenvolvidas necessitam de forte contextualização e correlação com a realidade e aplicabilidade, a fim de que os conteúdos possam ser realmente significativos. A prática pedagógica reflexiva desenvolve nos educandos a capacidade de gerar novas idéias, decidir o que deve ser feito e criar soluções eficazes, aplicando os conhecimentos adquiridos. Estimula a compreensão das relações entre vários objetos, idéias e situações, exigindo que os educandos utilizem as técnicas apropriadas e estratégias para aprender e aplicar novos conceitos e habilidades. Em âmbito pessoal, incrementa, também, o senso de responsabilidade pelo trabalho desenvolvido, estimulando a autogestão e fazendo com que o aluno acesse, de forma acurada, seu próprio conhecimento, suas habilidades e aptidões para que programe metas realísticas para si. O exercício da reflexão tende a aumentar a auto-estima do educando, fazendo com que ele acredite mais em si mesmo e em seu valor como profissional e como cidadão, estimulando o seu relacionamento com outras pessoas em variadas situações. Com relação à integridade e à honestidade, permite que o educando identifique e reconheça situações e condições que possam vir a se configurar como uma quebra de valores sociais ou pessoais, levando-o à compreensão das conseqüências da 34 violação de crenças e códigos e, na maioria das vezes, à escolha de um curso ético de ação. Neste contexto, o docente atua como um provocador de situações de aprendizagem desafiadoras e instigantes, que exijam intensas relações entre o educando, o ambiente de trabalho e os demais recursos disponibilizados para o desenvolvimento da atividade educativa. É na prática pedagógica, na organização das situações docentes, na complexa teia de relações e de interdependência existente no dia-a-dia é que reside o espaço privilegiado para materializar ideais e propósitos educacionais em ações efetivas. Para uma prática pedagógica eficaz elegem-se alguns princípios facilitadores de uma aprendizagem significativa, objetivo para o qual se voltam docentes e demais agentes educacionais: • Uma organização curricular flexível, reflexo da atenção ao contexto do trabalho e das empresas, às demandas sociais e às necessidades dos alunos, requer o tratamento interdisciplinar de conhecimentos e práticas profissionais. • A interdisciplinaridade se caracteriza pela abordagem integrada de campos de conhecimentos afins, possibilitando o diálogo entre eles. Assume-se o conhecimento como socialmente construído e historicamente situado. Tem caráter global, tanto nas situações profissionais como nas situações de vida. O recorte de conhecimentos em estratos específicos atende a aspectos de funcionalidade, porém sabe-se que as situações, com as quais o aluno se depara, solicitam arregimentação de competências, de forma integrada. Descobre-se, na perspectiva da interdisciplinaridade, o caráter global do fenômeno em estudo, rompendo-se a visão fragmentada e estanque. Esse aspecto traz implicações para a prática pedagógica que poderá se enriquecer com o desenvolvimento de projetos integradores, de pesquisas, de resolução de situações-problema e de desafios. • Contextualização: é outro princípio orientador de práticas pedagógicas que fortalece a aprendizagem significativa e, por isto, mais duradoura. Contextualizar implica conferir significado a fatos, fenômenos, conhecimentos e 35 práticas, com base nas percepções, conhecimentos, experiências, enfim, nas representações sociais trazidas pelos alunos. De acordo com Suzana Burnier, os conhecimentos prévios são as estruturas de acolhimento de novos conceitos e, por isso, devem ser cuidadosamente investigados pelo docente e levados em conta no momento de construir atividades de aprendizagem. • Desenvolvimento de capacidades que sustentam competências: segundo Léa Depresbiteris, as capacidades são transversais, manifestando-se em uma ou mais competências ou, ainda, uma mesma competência pode solicitar múltiplas capacidades. Trata-se, pois, de avançar para além do desempenho aparente expresso em tarefas e práticas prescritas, descobrindo e estimulando o desenvolvimento de capacidades que permeiam transversalmente as competências, sabendo que estas se aprimoram ao longo da vida. • Privilegiar o aprender a aprender, através do estímulo à resolução de problemas novos, à aceitação da dúvida como propulsora do pensar. Aprender significa mais do que reproduzir a realidade, repetir o já estabelecido. A descoberta de novas perspectivas, de soluções ainda não pensadas, a visão inusitada, a atribuição de significado próprio ao que é ensinado indicam que a verdadeira aprendizagem está em curso. Para Pedro Demo, o conhecimento não deve gerar respostas definitivas, mas perguntas inteligentes. • Aproximar a formação ao mundo real, ao trabalho e às práticas sociais através do desenvolvimento de tarefas autênticas que possuem utilidade e significado para o trabalho e para a vida. Tal aspecto poderá se constituir em facilitador da inserção profissional e da manutenção do trabalhador em atividade produtiva, reforçando a sua “laborabilidade”. • Integrar teoria e prática: a prática constitui e organiza o currículo, o que evidencia a centralidade desse aspecto. Por meio de uma visão ampliada do que seja prática profissional – toda oportunidade de pôr em ação o aprendizado – percebe-se a importância de tratar os fundamentos técnicos, científicos e as bases tecnológicas segundo situações que reflitam os contextos de cada profissão. Cabe ressaltar, igualmente, que integrar teoria e prática não se esgota nas relações que se estabelecem entre as duas dimensões. É 36 necessário ir mais além, através da capacidade que permita ao aluno ter um olhar atento sobre os seus próprios processos de raciocínio. Isto o habilitará a explicitar e avaliar caminhos e alternativas pelos quais optou na resolução de problemas. • Avaliação da aprendizagem: vista sob a ótica de função reguladora, diagnóstica, formativa e promotora da melhoria contínua, no âmbito do ensino e da aprendizagem. • Por fim, deseja-se que a prática pedagógica tenha também presente o valor da afetividade, como condição para uma aprendizagem significativa. Assim, ao lado da seriedade e da atenção que o estudo exige, resguarda-se o espaço da alegria, da convivência, da empatia e da solidariedade no ambiente escolar. Assim, quando se busca uma aprendizagem significativa, que considera as diferenças individuais, que reflete contextos reais, que privilegia o fazer e o porquê se faz de determinada forma, que estimula a criatividade e a autonomia, então se faz necessário que os ambientes escolares correspondam a esses objetivos. É importante lembrar que, quando se fala em ambiente de aprendizagem não se está focalizando unicamente a sala de aula convencional ou a oficina pedagógica. Múltiplas são as oportunidades de aprender e múltiplos são os espaços de aprendizagem. Potencializar o uso dessas diversas possibilidades, recorrendo a outros ambientes como bibliotecas, espaços da comunidade e das empresas, ambientes naturais, entre outros, alarga horizontes e enriquece a formação. Algumas características se mostram desejáveis nos ambientes de aprendizagem com os recursos neles presentes: • Possibilitar a expressão de diferentes modos de aprender; • Flexibilizar o atendimento a demandas e a necessidades individuais de aprendizagem; • Expressar, sempre que possível, a complexidade do mundo real – empresarial e social; 37 • Possibilitar a integração funcional no sentido de que os diversos atores que interagem no processo formativo, em especial os docentes, possam se articular, discutir questões comuns, afinar entendimentos, o que fortalecerá a ação coletiva, quando necessária, e a gestão compartilhada. É corrente, hoje, a idéia de que o desenvolvimento de competências supõe uma aprendizagem por meio de situações desafiadoras, que permitem ao aluno lidar com o novo e crescer em autonomia. Diante dessa afirmação, algumas questões se impõem. A primeira delas é que o aluno, na maioria das vezes, apresenta dificuldade para lidar com o novo. A segunda, é que o docente se ressente, geralmente, de uma melhor preparação para conduzir situações dessa natureza. O docente tem um papel importante, pois exerce as funções de selecionar problemas desafiantes, atuais e adequados aos alunos, de planejar e preparar o ambiente para o trabalho, e de estimular os alunos a organizarem suas próprias investigações, além de manter ativas as discussões. Em consonância com os pressupostos abordados, a mediação pedagógica se apresenta como possibilidade metodológica capaz de apoiar uma aprendizagem significativa. Nessas circunstâncias, a mediação da aprendizagem parte do pressuposto de que toda situação educativa deve considerar a presença de três elementos: o docente, o aluno e a situação criada pela interação entre eles. Segundo Vygotski, a mediação incide sobre o que ele chamou de zona de desenvolvimento proximal. Esse conceito se refere à distância entre o nível de desenvolvimento real, que pode ser determinado pelo modo como o aluno resolve, sozinho, as situações apresentadas, e o nível de desenvolvimento potencial, que se refere ao que o aluno é capaz de resolver, quando mediado pelo docente. Podemos, então, dizer que a zona de desenvolvimento proximal, por ser o espaço da aprendizagem, deve se constituir em objeto de reflexão pelo docente. Entendemos a mediação como a arte de fazer perguntas. Não aquelas focadas nos conteúdos e nos resultados que o aluno alcança, pois, dessa forma, estaríamos privilegiando a aprendizagem por conteúdos. Mas perguntas que 38 assegurem a condução do processo de lidar com o novo, produzindo no aluno um nível mais abstrato de pensamento, pois, segundo Feuerstein, a aprendizagem se caracteriza pelo desenvolvimento de habilidades mentais mais complexas que permitem lidar melhor com o mundo. Diríamos que, complementando o pensamento, não só lidar com o mundo, mas se tornar um agente transformador desse mundo. Diante da necessidade de solucionar situações desafiadoras, as perguntas devem ajudar a decodificar informações, a definir quais são os problemas a serem resolvidos, a analisar, a realizar inferências, a comparar, a levantar hipóteses, a classificar, a definir regras e princípios e a transferir aprendizagens com o estabelecimento de relação entre a situação atual e as já vivenciadas, entre outras. E como diz Freire: “Estou certo, porém, de que é preciso deixar claro, mais uma vez, que a nossa preocupação pela pergunta não pode ficar apenas em nível da pergunta pela pergunta. O importante, sobretudo, é ligar, sempre que possível à pergunta e a resposta a ações que foram praticadas ou a ações que podem vir a ser praticadas ou refeitas”. Desse modo, as perguntas voltadas para o quê e, principalmente, para o porquê estimulam no aluno mudanças cognitivas que resultam na melhoria do seu potencial de aprendizagem. Já as perguntas voltadas para o como, levam-no a dar-se conta da importância da aprendizagem estruturada, que conduz o seu pensamento de forma sistemática. A mediação da busca de uma alternativa otimista promove um comportamento totalmente diferente: reexaminar a situação problemática e procurar pistas que possam ter escapado à nossa atenção, recorrer a informações adicionais, pesquisar experiências passadas relevantes, estabelecer comparações, utilizar o raciocínio hipotético e demais processos mentais que desenvolvam o funcionamento cognitivo. É oportuno considerar também que, com a continuidade do trabalho de mediação, o aluno adquirirá mais autonomia em relação ao seu aprendizado e o docente observará que a sua intervenção torna-se menos necessária. O resultado 39 desejado é que o aluno, ao longo de sua aprendizagem mediada, aprenda a mediar-se diante de situações novas. Assim, podemos dizer que o docente é mediador, quando: • tem um papel de parceiro na aprendizagem; • é uma testemunha privilegiada do embate entre o mediado e o ambiente; • é um observador do comportamento do mediado, avaliando-o e favorecendo seu progresso, sua melhoria no pensar; • instaura uma relação de ajuda e não de sancionamento, de coerção; • tem uma tarefa essencial de organizar o contexto, imaginando e propondo situações-problema adequadas; • consegue colocar-se no lugar do outro, perceber sua lógica e suas intenções. As estratégias pedagógicas são desenvolvidas através de metodologias integradoras, buscando a interdisciplinaridade e a articulação através de situaçõesmeio, concebidas e organizadas para promover o desenvolvimento de qualidades pessoais e de aprendizagens profissionais significativas. São utilizados métodos e técnicas socializados, que propiciem vivências e práticas coletivas e processos participativos, possibilitando a mobilização de conhecimentos e estimulando o raciocínio, a reflexão e a criatividade e o desenvolvimento de qualidades pessoais, tais como: Projetos Integradores: esta prática de ensino tem por características fundamentais a autenticidade e a intencionalidade de sua proposta que envolve complexidade e resolução de problemas e onde, a responsabilidade e a autonomia dos alunos são essenciais, pois eles são co-responsáveis pelo trabalho e pelas escolhas durante o desenvolvimento do mesmo. Traz uma nova perspectiva para o processo de ensino e aprendizagem, onde o conhecimento é construído em estreita relação com o contexto em que é utilizado. É um processo global e complexo, onde conhecer e intervir no real não se encontram dissociados, aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências 40 proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada. Ao participar de um projeto, o aluno está envolvido em uma experiência educativa em que o processo de construção de conhecimento está integrado às práticas vividas. Visitas Técnicas: O objetivo das visitas é oportunizar, através da observação sistêmica a contextualização de conhecimentos adquiridos, a identificação de processos nas empresas, as novas tecnologias, bem como promover a aproximação com o mercado de trabalho. Seminários/Palestras Técnicas: o contato com as tecnologias de ponta, utilizadas por empresas especializadas no setor resulta num enriquecimento para a formação do aluno propiciando constante atualização, troca de informações e experiências. O desenvolvimento dessa estratégia possibilita a mobilização e construção do conhecimento através da discussão e do estabelecimento das relações entre teoria e prática. Aulas Expositivas Dialogadas / Conversação Didática: Esta prática pedagógica se apresenta como situação de trabalho conjunto entre alunos e docentes e atinge seus objetivos quando os conhecimentos se tornam atividades de pensamento dos alunos e meios para o desenvolvimento das competências. As atividades/discussões são contextualizadas e correlacionadas com a realidade onde são aplicadas, de forma que os conteúdos possam adquirir sentidos e sejam realmente significativos. Aulas em Laboratórios: As aulas em laboratório são inerentes a natureza do Curso e articuladas pedagogicamente com as Unidades Curriculares constituindo-se em processo de experimentação e vivência ao longo do mesmo. Possibilitam o desenvolvimento de estudos de caso, de projetos, de questões apresentadas anteriormente ou formuladas no momento, de solução de problemas, e de qualidades pessoais. Para construir estas soluções, os alunos necessitam articular os seus conhecimentos, integrando conteúdos para tomar uma série de decisões que poderão levá-los ao alcance de um objetivo consistente. Situações Problema: É um procedimento didático ativo, uma vez que o aluno é colocado diante de uma situação problemática e para a qual tem de apresentar sugestões de solução, conforme a natureza do problema proposto, com base em 41 estudos anteriormente efetuados e na busca de novos conhecimentos. Possibilitam desenvolver o espírito crítico, a iniciativa e autoconfiança, habilidades de investigação, observação e formulação de hipóteses promovendo a aproximação da teoria com sua aplicabilidade. Uma prática pedagógica que se orienta em torno da mediação conduz, como se pode concluir, a uma re-significação da atuação do docente e dos demais agentes envolvidos no processo educacional. Construir conhecimento é estabelecer uma ação partilhada, através das relações, entre sujeito e objeto de conhecimento, particularmente, aquelas que permitam o diálogo, a cooperação e troca de informações, o confronto de pontos de vistas diferentes e que implicam no comprometimento de todos, onde cada um tem uma responsabilidade que somadas resultarão no alcance de um objetivo comum. Nesta concepção, a trajetória metodológica terá movimentos integrados na mobilização para a construção e síntese do conhecimento. O aluno é o sujeito do processo de ensino e aprendizagem, e sua inter-relação com o docente lhe dará as condições necessárias para o desenvolvimento da autonomia, tornando-o capaz de construir e gerenciar o conhecimento, e de enfrentar os desafios das constantes mudanças. 42 6. POLÍTICAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO. A FATEC SENAI Porto Alegre, em sua política de gestão de ensino tem como elementos essenciais à sintonia com os Princípios Institucionais, o Projeto Pedagógico, as Metodologias para o desenvolvimento de Competências do SENAI, a regionalidade, a qualidade de ensino, a atualização tecnológica e a indissociabilidade entre Ensino, Iniciação Científica, Pesquisa e Extensão. 6.1. Diretrizes para o Ensino A FATEC SENAI Porto Alegre, através de seu projeto pedagógico, desenvolve uma proposta de ensino integrado e contextualizado, focado em atividades que culminam em projetos integradores que visam democratizar o conhecimento tecnológico, promover a interdisciplinaridade das diversas unidades curriculares, desenvolver a consciência social e política, incentivar o trabalho em equipe, espírito criativo, crítico e investigativo bem como fomentar possibilidades de melhoria da qualidade de vida, nos planos individual e coletivo, expressados nas seguintes diretrizes: − Assegurar um ensino de qualidade compromissado e compatível com as expectativas dos alunos e da sociedade; − Qualificar o processo pedagógico administrativo, adotando metodologias diferenciadas e planejamento participativo entre os docentes com a elaboração e implementação de documentos norteadores; − Integrar-se com a comunidade e, em especial, com a comunidade industrial a fim de ampliar e consolidar a sua ação educativa, através de palestras, cursos, prestação de serviços, assessoria técnica e tecnológica e pesquisa aplicada; − Incentivar a produção e a inovação científico-tecnológica, a criação artística e cultural e suas aplicações no mundo do trabalho, através do desenvolvimento de projetos; − Estabelecer e implementar uma política de avaliação permanente da formação propiciada pelos cursos de graduação, reformulando seus projetos pedagógicos sempre que necessário. 43 6.2. Diretrizes para Iniciação Científica e Pesquisa Aplicada Desenvolver um ensino de qualidade, integrado e contextualizado pressupõe também agregar a investigação e a iniciação científica no seu cotidiano como suporte a sua qualificação e superação de uma visão dicotômica em relação à teoria e prática. A iniciação científica compreende toda a investigação que utiliza o método científico como instrumento de descoberta e diálogo com a realidade. A FATEC SENAI Porto Alegre, ao estabelecer uma política interna para iniciação à Pesquisa Aplicada e seu desenvolvimento, estimula seus alunos a participarem de eventos da área científico-tecnológica, sejam eles organizados pela própria Faculdade ou externos a ela. A Faculdade organizará a JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, uma vez por ano, com a finalidade de expor os trabalhos dos alunos a comunidade. Os trabalhos a serem desenvolvidos pelos alunos devem observar os seguintes aspectos: coerência técnica, tecnológica e científica; natureza de desenvolvimento tecnológico; importância econômica e social; difusão de conhecimentos tecnológicos, científicos e culturais; relação com os interesses econômicos e sociais da região; integração do ensino com a pesquisa e seu desenvolvimento. A Pesquisa Aplicada terá incentivos para o seu desenvolvimento, através de: bolsas semestrais, com possibilidade de renovação por até um ano aos dois melhores trabalhos apresentados na Jornada de Iniciação Científica; infra-estrutura para elaboração de pesquisa e montagem de protótipos; orientadores docentes; recursos para montagens de protótipos, viagens e apresentações em feiras, congressos, e outros eventos de interesse da Faculdade. O Concurso Nacional de Criatividade para Docente (CONCRID), realizado pelo Departamento Nacional do SENAI, a cada 2 anos, tem o objetivo de incentivar profissionais da instituição a desenvolverem projetos e processos inovadores em diferentes áreas tecnológicas. 44 O evento também tem como meta promover a qualidade da educação profissional e melhorar o intercâmbio entre equipes do SENAI e os setores produtivos. O CONCRID é regido por regulamento específico publicado na divulgação do evento. O projeto BITEC, (Bolsas de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico às Micro e pequenas Empresas) desenvolvido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Nacional) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem objetivo de transferir o conhecimento produzido nas instituições de ensino superior para as empresas. O programa prevê a distribuição de bolsas, entre instituições de ensino superior em todo o país para o desenvolvimento de pesquisas e estudos que facilitem a modernização tecnológica, o aumento da produtividade e da competitividade de micros e pequenas empresas. As bolsas são mensais e tem duração de seis meses. Cada trabalho será orientado por um pesquisador escolhido pela instituição de ensino. Os estudantes premiados com as bolsas serão selecionados a partir de comitês estaduais, formados por representantes do IEL e do SEBRAE. Os pesquisadores poderão escolher entre os temas Gestão da Qualidade, Segurança do Trabalho, Preservação Ambiental, Construção Civil, Informática, Empreendedorismo, Biotecnologia, Comércio Exterior, Conservação de Energia, Gestão Organizacional e Agronegócios. Ao final do convênio, os melhores trabalhos e monografias serão publicados em uma coletânea. O BITEC é regido por regulamento específico publicado na divulgação do evento. Para a consecução destas diretrizes e alcance dos objetivos estão previstas as seguintes estratégias: • Organização de núcleos temáticos integrados, racionalizando a utilização de recursos humanos, materiais e de instalações físicas; • Envolvimento de todos os cursos nas ações, visando institucionalizar os núcleos temáticos integrados; 45 • Estímulo aos recursos humanos dos cursos (alunos e professores) para as atividades criadoras e investigativas, proporcionando-lhes os recursos e os meios adequados para essas atividades; • Criar mecanismos e instrumentos que facilitem o intercâmbio da comunidade acadêmica com outras instituições; • Incentivar a participação de alunos e docentes em cursos, seminários e eventos similares para o desenvolvimento de suas potencialidades; • Alocar recursos orçamentários próprios e buscar outras fontes de recursos para financiar os projetos de iniciação científica; • Divulgar ou publicar, por editoração própria, em convênio com terceiros ou em publicações científicas tradicionais, mediante acordo e/ou intercâmbio, a produção científica de sua comunidade acadêmica. 6.3. Diretrizes para a Extensão A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre IES e Sociedade. A Extensão é uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da praxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à IES, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como conseqüências a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da IES. Além de instrumentalizadora deste processo dialético de teoria/prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social. 46 6.3.1. Princípios da Extensão: Tem-se hoje como princípio que, para a formação do Profissional Cidadão é imprescindível sua efetiva interação com a Sociedade, seja para se situar historicamente, para se identificar culturalmente ou para referenciar sua formação com os problemas que um dia terá de enfrentar. A Extensão, entendida como prática acadêmica que interliga a IES nas suas atividades de ensino e de iniciação científica, com as demandas da maioria da população, possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à sociedade como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para a superação das desigualdades sociais existentes. É importante consolidar a prática da Extensão, possibilitando a constante busca do equilíbrio entre as demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico. 6.3.2. Ações de Extensão: A linha básica da política de extensão da Faculdade é a de “inserção da instituição no contexto regional, como instrumento ativo no processo de construção e desenvolvimento sócio-econômico, político e cultural do Estado do Rio Grande do Sul, em especial da região metropolitana de Porto Alegre, a integração com empresas e instituições comunitárias de produção de conhecimento e tecnologia da região, o estímulo à criatividade e à originalidade e a consciência da mudança e da necessidade de uma educação permanente”. Os projetos de extensão desenvolvidos visam atender um conjunto de ações processuais contínuos de caráter educativo, social, cultural, científico e tecnológico e acontecem sob a forma de: • Cursos de Extensão Caracterizado por um conjunto articulado de ações pedagógicas, de caráter teórico e/ou prático, presencial ou a distância, planejada e organizada de maneira sistemática, com carga horária definida e processo de avaliação formal. Inclui oficina, work-shop, laboratório e treinamentos. As prestações de serviços 47 oferecidas como cursos, devem ser registradas como cursos. (os registros de cursos poderão ser classificados como de iniciação, atualização, qualificação profissional, aperfeiçoamento, a critério da Faculdade). • Eventos Ação de interesse técnico, social, científico, esportivo e artístico: Assembléia; Campanha de Difusão Cultural; Campeonato; Ciclo de Estudos; Circuito; Colóquio; Concerto; Conclave; Conferência; Congresso; Conselho; Debate; Encontro; Escola de Férias; Espetáculo; Exibição Pública; Exposição; Feira; Festival; Fórum; Jornada; Lançamento de Publicações e Produtos; Mesa Redonda; Mostra; Olimpíada; Palestra; Recital; Reunião; Semana de Estudos; Seminário; Show; Simpósio; Torneio; e outros (os registros de eventos poderão ter a classificação detalhada, a critério da Faculdade). • Prestação de Serviços A prestação de serviços deve ser produto de interesse acadêmico, científico, filosófico, tecnológico e artístico do ensino, pesquisa e extensão, devendo ser encarada como um trabalho social, ou seja, ação deliberada que se constitui a partir da realidade e sobre a realidade objetiva, produzindo conhecimentos que visem à transformação social ocorrendo através da realização de trabalho oferecido ou contratado por terceiros (comunidade ou empresa), incluindo assessorias, consultorias e cooperação interinstitucional. A prestação de serviços se caracteriza pela intangibilidade (o produto não pode ser visto, tocado ou provado a priori), inseparabilidade (produzido e utilizado ao mesmo tempo) e não resulta na posse de um bem. Deve ser registrada a prestação de serviços institucionais realizada pela Faculdade, seja este de caráter permanente ou eventual. Quando a prestação de serviço for oferecida como curso ou projeto de extensão, deve ser registrada como tal (os registros de prestação de serviços poderão ter a classificação detalhada, a critério da Faculdade, por exemplo: consultoria, assessoria, contrato, etc.). • Produção e Publicação Elaboração de produtos acadêmicos que instrumentalizam ou que são resultantes das ações de ensino, pesquisa e extensão, tais como cartilhas, vídeos, 48 filmes, softwares, CDs, cassetes, dentre outros (os registros de produção e publicação poderão ter a classificação detalhada, a critério da Faculdade). 6.4. Diretrizes para a Qualificação Docente A Faculdade tem a sua política de qualificação docente amparada na política de pessoal, organizada no Plano de Cargos e Salários do SENAI-RS, atendendo a Estrutura de Atividades e Salários – Área Fim do SENAI-RS. O Plano de Cargos e Salários apresenta a estruturação das atividades, com a definição das atribuições, perfil ocupacional, habilidades e competências, perfil de ingresso e responsabilidades prevendo progressões horizontais e verticais, levando em consideração a formação, conhecimento e atuação do profissional. Incentivos, como Programas de Desenvolvimento Pessoas, com parceria financeira, representam o cerne dos processos de mudança, inerentes e necessários ao ser humano e, sem dúvida, a grande força propulsora da manutenção e do crescimento da organização. O maior objetivo dos Programas de Desenvolvimento é o de proporcionar sistematicamente oportunidades de formação, aperfeiçoamento e desenvolvimento aos funcionários para o alcance dos objetivos organizacionais. O Sistema de Gestão da Qualidade define os processos de capacitação das pessoas, através de Procedimentos Regionais. No Plano de Ação da Faculdade será previsto orçamento específico para assegurar as ações para o desenvolvimento dos docentes, como por exemplo, a participação em cursos de curta, média e longa duração, seminários, feiras e outros eventos ligados à área de atuação. A área de Gestão de Pessoas coordena o Programa de Desenvolvimento em Parceria que tem por objetivo proporcionar sistematicamente oportunidades de aperfeiçoamento e desenvolvimento aos funcionários. 49 7. POLÍTICAS DE INTERFACES COM A COMUNIDADE Desde sua fundação, o SENAI-RS estabelece o desafio contínuo de implementar ações no campo da formação profissional e do desenvolvimento tecnológico aliado ao compromisso de promover a preservação do meio ambiente e a responsabilidade pública e a cidadania, atuando como um agente social efetivo nas ações inclusivas demandadas pela sociedade gaúcha. Estão instituídos mecanismos de articulação e vinculação com as empresas do setor industrial e a comunidade em geral, visando à expansão e maior abrangência de suas ações, bem como atualização permanente de seus produtos e serviços. As relações com a comunidade também são fator primordial para o fortalecimento das ações institucionais e pedagógicas e serão fortalecidas em ações como: − Articulação com as empresas identificando oportunidades de colocação dos futuros profissionais no mundo do trabalho; − Mostras Tecnológicas; − Boletins Informativos, divulgando as ações e serviços da instituição; − Visitas técnicas para os alunos nas empresas da região e outros Estados; − Interação com os Comitês Técnicos Setoriais; − Palestras proferidas por técnicos oriundos das empresas para comunidade escolar; − Participação em feiras, congressos, eventos, divulgando e promovendo as ações desenvolvidas na Faculdade; − Participação em ações sociais, na comunidade em geral. Os fundamentos da cidadania estão alicerçados na inserção do cidadão na vida produtiva, proporcionada pela educação para o trabalho através do desenvolvimento de suas competências profissionais. Nestes últimos anos, em que os debates de questões como a inclusão social, cidadania e preservação de recursos ambientais tornam-se mais intensos na sociedade constatamos também serem essas as preocupações da instituição. 50 A responsabilidade social sempre esteve presente na história do SENAI-RS, através do desenvolvimento de programas de capacitação, aprimoramento de suas potencialidades e na descoberta de novos talentos, com a intenção de promover a geração de renda e o crescimento econômico e social, os quais também serão gradativamente incorporados às ações da Faculdade. 51 8. POLÍTICA DE AVALIAÇÃO A Faculdade de Tecnologia SENAI Porto Alegre, a partir de seu funcionamento implantará as práticas de Avaliação de acordo com o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – SINAES. Em conformidade com o SINAES (Lei Federal n.º 10.861, de 15 de abril de 2004) será criada a Comissão Própria de Avaliação. A CPA possui regimento próprio e tem como objetivo subsidiar e auxiliar a gestão institucional em sua dimensão política, acadêmica e administrativa para promover os ajustes necessários à elevação do seu padrão de desempenho e à melhoria permanente da qualidade e pertinência das atividades desenvolvidas. A avaliação da IES tem o objetivo de garantir a qualidade e a melhoria contínua dos processos focados nas dez dimensões do SINAES com a participação efetiva de toda a comunidade acadêmica e civil. A auto-avaliação é um importante instrumento para a tomada de decisão, dela resultará um relatório abrangente e detalhado identificando suas fragilidades e potencialidades, contemplando análises e sugestões. Isto possibilita à Faculdade construir uma cultura de avaliação permanente e tomada de consciência sobre sua missão e finalidades acadêmica e social. A avaliação interna ou auto-avaliação tem como principais objetivos produzir conhecimentos, pôr em questão os sentidos do conjunto de atividades e finalidades cumpridas pela instituição, identificar as causas dos seus problemas e deficiências, aumentar a consciência pedagógica e capacidade profissional do corpo docente e técnico-administrativo, fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores institucionais, tornar mais efetiva a vinculação da instituição com a comunidade, julgar acerca da relevância científica e social de suas atividades e produtos, além de prestar contas à sociedade. O Sistema de Gestão da Qualidade, adotado pelo Departamento Regional do SENAI-RS, e o Plano de Avaliação do Curso são instrumentos de apoio à avaliação institucional. 52 A responsabilidade pela implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, na Faculdade é do Diretor e das pessoas que o assessoram diretamente na administração. Sua operacionalização envolve o comprometimento de toda a comunidade acadêmica buscando a melhoria contínua e o cuidado com o meio ambiente, praticando a qualidade em todos os processos. 53 9. REFERENCIAIS ABRAMOWICZ, Mere. Avaliando a avaliação da aprendizagem: um novo olhar. São Paulo: Lúmen, 1996. APPLE, Michael; BEANE, James. Escolas democráticas. São Paulo: Cortez Editora, 2001. ARNOLD, R. Pedagogía de la formación de adultos. CINTERFOR/OIT, 2004. Disponível em: <www.cinterfor.org.uy.>. Publicaciones ARROYO, Miguel G. Ofício de mestre: Imagens e auto-imagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. BARATO, Jarbas Novelino. Em busca de uma didática para o saber técnico – Boletim Técnico do SENAC, v. 30, n. 3, set./dez. 2004. BEHRENS, Marilda Aparecida. Projeto de aprendizagem colaborativa. In. Moran, José Manuel. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000. Quatro Pilares da Aprendizagem Colaborativa. BURNIER, Suzana. Pedagogia das competências: Conteúdos e métodos. 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