UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA BACHARELADO EM COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS DIGITAIS Felipe de Almeida Freitas Maurício Ernesto Moura Ramos Júnior MARKETING 3.0: Elaboração de uma cartilha para a inserção de estratégias colaborativas na criação de novos empreendimentos. João Pessoa 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA BACHARELADO EM COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS DIGITAIS Felipe de Almeida Freitas Maurício Ernesto Moura Ramos Júnior MARKETING 3.0: Elaboração de uma cartilha para a inserção de estratégias colaborativas na criação de novos empreendimentos. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Comunicação em Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba. Sob orientação do profº. Cleber Matos de Morais. João Pessoa 2014 Catalogação da Publicação na Fonte. Universidade Federal da Paraíba. Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA). Freitas, Felipe de Almeida. Marketing 3.0: elaboração de uma cartilha para a inserção de estratégias colaborativas na criação de novos empreendimentos./ Felipe de Almeida Freitas, Maurício Ernesto Moura Ramos Júnior. João Pessoa, 2014. 42f.:il. Relatório (Graduação em Comunicação em Mídias Digitais) – Universidade Federal da Paraíba - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Orientador: Prof.º Ms. Cleber Matos de Moraes 1. Marketing colaborativo. 2. Mídias sociais. 3. Marketing 3.0. 4. Facebook. I. Título. BSE-CCHLA CDU 316.774 AGRADECIMENTOS A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a nossa formação com qualidade nessa instituição. Ao eterno e querido Profº Olavo Antonio Saraiva Mendes, por ser como um pai para o curso. Ao nosso orientador, Cleber Morais, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio. E as nossas queridíssimas namoradas, Myraí Segal e Caroline Galiza, por seu grande amor e paciência no processo. Resumo Este presente produto, é parte de um estudo sobre marketing colaborativo aplicado em forma de cartilha impressa, onde utilizaremos uma das redes sociais com mais influência no mundo hoje, o Facebook. Foi aplicado, para isso, métricas de monitoramento de mídias sociais para ter uma pesquisa mais apurada do nosso produto, diretamente com usuários da rede social , onde poderão interagir com o produto final, confeccionado com os dados obtidos. O marketing 3.0 será usada como referencia principal para esses novos empreendedores que estão entrando no mercado. Palavras-chave: Marketing colaborativo. Monitoramento e métricas de mídias sociais. Marketing 3.0. Facebook. Empreendedorismo. Abstract This item is part of a collaborative study of marketing applied in the form of printed, where we use one of the most influential social networks in the world today, Facebook. Has been applied to this, metrics for monitoring social media to have a more thorough search of our product directly to social network users, where they can interact with the final product, made with the data obtained. The 3.0 marketing phase will be used as the main reference for these new empreededores that are entering the market. Keywords: Collaborative marketing. Monitoring and metrics of social media. 3.0 Marketing. Facebook. Entrepreneurship. Lista de figuras, gráficos e tabelas Figura 01 - Teste de marcas……………………………………………………….P. 18 Figura 02 - Marca aprovada……………………………………………………….P. 19 Figura 03 - Folhetos com Qrcode…..…….………………………………………..P. 21 Figura 04 - Cartaz do experimento em campo ……..…………….…………….....P. 21 Figura 05 - Capa e imagem de perfil da página escolhidos………...………….….P. 22 Figura 06 - Exemplo de postagem aprovada. ……...………………………….….P. 23 Figura 07 - Linha de tempo do projeto…………………...…………………….... P. 24 Figura 08 - Linha de tempo da página do “Destaque Esta Ideia”……………….. P. 25 Figura 09 - Todas as postagens no facebook…………...……….………….……. P. 27 Figura 10 - Nome do produto definido…………………..……………………… P. 31 Figura 11 - Produto visto por fora..………………………………………...……..P. 32 Figura 12 - Produto aberto (visual final).……………………..………………….. P. 33 Figura 13 - Capa definitiva do produto.……………………………………….….P. 34 Gráfico 01 - Acessos dos Qrcodes do cartaz………………..…………………….P. 28 Gráfico 02 - Número de acessos orgânicos e pagos …………..…………….….P. 29 Gráfico 03 - Usuários únicos que acessaram a página por sexo e idade………….P. 30 Tabela 01 - Calendário de publicações……………………………………………P. 19 Sumário 1 - Introdução ……............................…………………………….….... P. 07 2 - Referencial Teórico …………………………............................…... P. 08 2.1 Marketing 2.2 Marketing 3.0 2.3 Comunicação Integrada ao marketing 2.4 QRcode 2.5 Monitoramento e métricas das mídias sociais 3 - Metodologia ………………………………............................………. P. 16 3. 1 - O começo do projeto 3. 2 - Planejamento de identidade visual segundo a proposta. 3. 3 - Elaboração de conteúdo e cronograma do experimento 3. 4 - Preparando material de divulgação da página, pôster, qrcodes com links encurtados, nos lugares estratégicos 3. 5 - Preparação de conteúdo para a página. 3. 6 - Lançamento dia 30 de junho, qrcodes espalhados, links prontos, postagens agendadas. 3. 7 - Envio de convite para amigos e pessoas próximas, alcances virais. 3. 8 - Seguimos o cronograma de postagens, e o alcance orgânico fluía naturalmente. 3. 9 - Inclusão de patrocínio na página do experimento, para verificação o alcance pago. 3. 10 - Constatação do aumento do desempenho do alcance por meio do patrocínio da pagina. 3. 11 - Processo de conclusão de postagens e dados recolhidos do qrcode 3. 12 - Começamos a separar dados vindos do Facebook, como o número de pessoas que viram a página sem influências patrocinadas somados com os pagos. 3. 13 - Tabelas de dados do Facebook relacionadas: Acompanhamento da página, curtidas e interações. 3. 14 - Com a Analise finalizada, começamos a estudar como seria o produto do ponto de vista teórico. 3. 15 - Fechado o conteúdo decidimos como seria o design da cartilha e escolhemos a melhor maneira de leitura do produto. 4 - Conclusão …….......................………………..................…………….….... P. 36 5 - Cronograma ……………………………………….........................……...… P. 39 6 - Recursos Humanos......................................................................................... P. 40 7 - Equipamentos................................................................................................. P. 40 8 - Softwares utilizados....................................................................................... P. 41 9 - Referências ………………………………….............................….......……. P. 42 10 - Anexos …………………………………........................................................ P. 44 1 - INTRODUÇÃO No atual cenário da comunicação, com o advento da Internet, as pessoas passaram por inúmeras mudanças no que diz respeito a comportamento no ambiente digital. Com esse movimento cada vez maior, o número de ferramentas que auxiliam no desenvolvimento de empreendimentos cresce dia após dia, o que contribui positivamente para novos empreendedores. Essas questões vem gerando grandes mudanças no comportamento do mercado, mesmo com a sua expansão vinculado a maior adesão do comercio online. Empresas recém-formadas sofrem com uma série empecilhos para se estabilizar. Esses novos empreendimentos tem um caminho tão inóspito e competitivo que cada vez mais afastam a entrada no mercado . Como tornar essa relação favorável para ambas as partes? O que faz essas tendências se apresentarem? Philip Kotler1 em “Marketing 3.0 : As Forças que Estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano” (2010), discute questões sobre as principais tendências mercadológicas, observando as transformações sofridas nas ultimas décadas e validando os principais aspectos da história do comercio. Em suas pesquisas, ele observou que a relação empresa-consumidor sofreu diversas atualizações, algo que se distância dos sistemas mercantis empregados na Primeira Revolução Industrial. Neste período, os produtos ofertados no comércio atendiam uma necessidade geral. Com o passar dos anos e o incremento da tecnologia a relação produtorconsumidor se estreitou. O pareamento das partes resultou num possível modelo de marketing baseado nessas tecnologias: o Marketing colaborativo. Esta vertente tende ao máximo se aproximar do consumidor final, de forma a fidelizar o seu produto e vender a experiência da compra. Neste modelo, integrou-se as mídias sociais que vieram ajudar essa aproximação de uma forma humanizada e casual. A partir desse cenário, este projeto tem como objetivo, a elaboração de um manual didático voltado para empreendedores que pretendem fortalecer sua marca com a utilização dos princípios do Marketing 3.0 (KOTLER, Philip. Marketing 3.0: As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010). 1 Philip Kotler, conhecido como o “pai do Marketing Moderno”, é professor de marketing Internacional da Kellogg School of Management, Northwestern University. O Wall Street Journal o considera um dos seis mais influentes pensadores da área de negócios. A proposta visa introduzir novas alternativas para a inserção de meios digitais na gestão das novas empresas. Para isso, será utilizada a rede social com maior número de usuários, o Facebook2. Esta dispões de um ambiente próprio para analise de dados, permitindo o mapeamento das pessoas que vierem a acessar, de alguma forma, a página criada especialmente para o experimento. Através dele, podemos calcular, alcance, engajamento, comentários positivos, negativos e o envolvimento do nicho da experiência. Com base nesses dados, será feito o produto focando no melhor resultado para eleger o conteúdo da cartilha através da colaboração e análise em redes sociais. 2 Referencial teórico 2.1 Marketing A Revolução Industrial, movimento social e industrial surgido no século XVIII, foi o marco transitório entre os sistemas de produção manufatureiro e o capitalismo. Antes da máquina a vapor, principal marco da primeira fase do capitalismo, os produtos eram artesanais, de produção lenta e em baixa escala. O capitalismo, com suas máquinas e instalações de fabricas, permitiu a produção em série e em larga escala. Como descreve Hobsbawn ao decorrer do seu livro “A era das Revoluções”, onde descreve o desenvolvimento da revolução industrial como um processo progressivo. De fato, a revolução industrial não foi um episódio com um princípio e um fim. Não tem sentido perguntar quando se "completou", pois sua essência foi a de que a mudança revolucionária se tornou norma deste então. Ela ainda prossegue; quando muito podemos perguntar quando as transformações econômicas chegaram longe o bastante para estabelecer uma economia substancialmente industrializada, capaz de produzir, em termos amplos, tudo que desejasse dentro dos limites das técnicas disponíveis, uma "economia industrial amadurecida" para usarmos o termo técnico. (HOBSBAWN , 2006, p. 22) A partir deste cenário de revoltas sociais pelo mundo, envolvendo os grandes burgueses que eram detentores de todos os meios de produção e os proletariados que se sentiam injustiçados com suas exaustivas cargas de trabalho que chegavam até 16 horas por dia, com baixíssima remuneração e condições de trabalho que os levavam a exaustão extrema por esforço repetitivo. Os burgueses detentores desse poder 2 Facebook é um dos maiores sites de serviço de rede social do mundo. Utiliza-se da frase como slogan “No Facebook você pode se conectar e compartilhar o que quiser com quem é importante em sua vida”. aproveitavam a pobreza dos trabalhadores os forçando a trabalhar cada vez mais, para gerar riquezas, enquanto o proletariado trabalhavam quase para sua subsistência, pois muitos vinham do campo onde não tiveram oportunidade e pensavam encontraram na industria uma forma de tentar fugir dessa miséria. Este cenário alienado com a vasta mão-de-obra disponível tornou clara a desvalorização dos trabalhadores, como coloca A. Efimov: Enquanto na década de noventa do século XVIII o tecelão ganhava até quatro libras esterlinas por semana, nos princípios do século XIX, depois da invenção do tear de Cartwright, seus salários desceram a treze schillings 8, em 1806, a dez schillings e em 1816, a cinco schilligs3. E isto acontecia, precisamente, quando os preços dos produtos de primeira necessidade subiam. (A. EFIMOV, 1945, p.38) A venda dos bens, se baseava entre o vendedor e comprador, não existia concorrência e os produtos não eram confeccionados para atender às necessidades do comprador, mas sim em serem funcionais e diretos, não se considerava o design das mercadorias, nem havia preocupação com melhorias. A despreocupação dos vendedores quanto as suas peças, tornavam inexistentes as características que faziam a diferenciação do produto com o concorrente ou qualquer outro aspecto. Alguns modelos de produção fizeram muito sucesso, como o Fordismo, que revolucionou a industria automobilística. Henry Ford4 pensou em uma linha de montagem, altamente sincronizada onde os trabalhadores eram contratados para fazerem determinada tarefa, que geralmente era montagem de peças, e uma esteira conduzia aquele produto para um outro operário que terminava o serviço do próximo, e assim por diante, fazendo com que no final da esteira um carro estivesse pronto. Um processo simples que fazia que o tempo fosse reduzido, gerando mais lucro e produtividade de seus trabalhadores. Um modelo produção seguido por vários donos de indústrias, na época. A Revolução Industrial estimulou a produção de bens de consumo, a alta oferta de produtos fez nascer a necessidade de pensar em estratégias que fizessem o público comprar as mercadorias produzidas. Estes e outros aspectos são descritos por Gomes e Schilling: equivalente à vigésima parte de uma libra (EFIMOV, A. História da época do capitalismo industrial. Rio de Janeiro: Vitória, 1945, p.38). 4 Henry Ford foi um empreendedor estadunidense, fundador da Ford Motor Company e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa automóveis em menos tempo e a um menor custo. 3 Kury (no artigo “Evolução do Marketing para o Marketing 3.0: O Marketing de Causa”): Durante a Revolução Industrial, o grande objetivo era padronizar e ganhar em escala sobre todos os produtos, que eram praticamente sem distinção e não havia necessidade de escolha para o consumidor. Essa era a época do Marketing 1.0, quando o marketing era voltado somente para o produto, para a produção em escala, mercadorias com preço baixo e grande número de compradores. (GOMES e KURY, 2013) No início o marketing se preocupava com a produção e distribuição de bens e mercadorias, seu objetivo era “vender a todo custo”. A visão deste segmento, na época, destacava o produto, este deveria ser fabricado em grande quantidade, pois só assim seria possível atender a necessidade de consumo da população, que crescia exponencialmente, e ser distribuído com eficiência. A preocupação com o cliente ou qualidade do produto não existiam, pois a concorrência era baixa e o marketing era eficaz o suficiente para convencer o público a comprar o produto disponível. Após a 2ª Guerra Mundial, havia um excesso de produtos no mercado, a oferta superou a procura e os produtos acumularam no estoque. Neste momento, a produção não era o foco do processo, agora a maior preocupação era melhorar os seus pontos fracos, assim a venda e a melhoria da qualidade dos produtos assumiram a posição de destaque do processo. Durante este período percebeu-se que a estratégia de “vender a todo custo” não era tão funcional, as vendas neste modelo eram esporádicas e não fidelizavam os consumidores, pois estes sentiam-se enganados ao comprar um produto com características inferiores ao divulgado. A mudança na relação entre o consumidor, mercado e produto produziu um novo conceito de marketing, sendo as preocupações com as vendas e o relacionamento com o cliente o marco deste novo modelo, denominado marketing 2.0. O mesmo é orientado ao consumidor e possui o objetivo de satisfazer e reter compradores, para isso as instituições se preocuparam em interagir com o consumidor, de forma que o relacionamento entre elas fosse mais direto, de um para um. A qualidade e o diferencial do produto passaram a ser o foco principal. O discurso adotado deveria considerar o usuário. Com os avanços tecnológicos nos anos 80, as ferramentas de comunicação evoluíram para o estado de integração mundial. Impulsionado principalmente pela a expansão do mercado internacional. Esse processo foi determinado pela integração dos meios de comunicação no mercado corporativo, onde corporações espalhadas em diferentes regiões do mundo poderiam se comunicar em tempo real. Posteriormente com o passar do anos essa tendência abrangeu os diversos setores. Kotler descreve assim essas mudanças no mercado: “Vemos o marketing transformando-se mais uma vez, em resposta à nova dinâmica do meio. Vemos as empresas expandindo seu foco dos produtos para os consumidores, e para as questões humanas. (KOTLER, 2010, p. 22) Essas mudanças redesenharam vários aspectos do mercado mundial. A relação entre compradores e empresas tornou-se mais complexa. Sendo os clientes aqueles que mais impulsionaram estas mudanças. Com o crescimento do mercado, uma série de empresas e grupos concorriam para obter maior numero de consumidos, dando aos mesmo mais poder na escolha. Em contrapartida as marcas verificaram a necessidade de aprimorar sua marcas para estes novos clientes. Essa mudança de postura requer uma maior disponibilidade de dialogo das empresas com o cliente, o que redefiniu as desigualdades de poder entre as partes. 2.2 Marketing 3.0 A efetivação do modelo de comunicação e marketing 3.0, caracteriza-se pela implementação do ser humano como ponto central do desenvolvimento social de maneira sustentável. Podemos destacar as redes sociais como base para essa mudança de comportamento na internet, mídias que influenciam cada vez mais nosso cotidiano. Ao decorrer das décadas, tem-se uma evidente convergência nas forças em relação marcas e consumidores. Uma relação em que um modelo de negócio que sequer esperava uma resposta dos consumidos, pôde se transformou em uma relação quase que individual. Para justificar estas mudanças, pode-se citar a importância da informação no marketing para criar um Marketing colaborativo. Para as empresas já estabelecidas no mercado, a implementação de recursos de Marketing 3.0 é um processo a princípio mais simplificado, dada a sua vasta rede de contatos e o peso de sua marca já consolidada no mercado. Nesses casos, promoções em redes sociais e modelos de fidelização chegam a bons resultados rapidamente. Entretanto para negócios recém-formados e sem marca consolidada no meio, lidar com um mercado abundantemente rigoroso, torna-se um desafio. Estas novas empresas necessitam de assessoria adequada e serenidade nas suas ações. Um dos princípios para essas novas empresas é buscar sempre informações do seu público e se relacionar de maneira ativa constantemente por canais de comunicação. O empreendedorismo é uma das temáticas mais abrangentes no mercado de trabalho atualmente. É tema de discussão sobre o futuro profissional de muitos alunos. "Na pesquisa empreendedorismo nas universidades brasileiras 2012 apresentou um retrato do jovem empreendedor no país, resultante de entrevistas colhidas com 6.215 universitários de todas as regiões, entre fevereiro e maio de 2012. Segundo o estudo, 6 em cada 10 estudantes universitários brasileiros gostariam de ter a própria empresa no futuro." (PEZZONI, 2012). Entretanto nem todos os futuros empreendedores tem acesso aos estudos relacionados a gestão empresarial na sua grade de disciplinas acadêmica ou mesmo procuram instituições que podem ajudá-los, isto os distanciam um pouco da realidade de abrir seu próprio negócio. "A maior parte das novatas era de pequeno porte, porém, foram as maiores que demonstraram capacidade de resistir por mais tempo no mercado, revela a pesquisa. Segundo o IBGE, após três anos de existência, 48,2% das empresas não sobreviveu." (PEQUENAS EMPRESAS E GRANDES NEGÓCIOS, 2012). Diante disto, a informação de que quase metade das empresas fecham em menos três anos de existência, demonstra que as expectativas deste empreendedores divergem consideravelmente da atual realidade do mercado. Uma série de conhecimentos aplicados ao mercado são necessários para o início de um novo projeto, principalmente no atual cenário competitivo em que se encontra o Brasil. Em meio a este gigantesco fluxo, os atuais consumidores procuram por opções que mais condizem com seus valores, e não apenas satisfação com a compra do produto, como ocorria algumas décadas atrás. Como destaca Kotler (2000, p.33) quando define o que é valor de mercado: "O produto ou oferta alcançará êxito se proporcionar valor e satisfação ao comprador-alvo. O comprador escolhe entre diferentes ofertas com base naquilo que parece proporcionar o maior valor" Com isso, pode-se entender que valor agregado de um produto está cada vez mais distante do seu valor de confecção e mais próximo do seu significado como marca. Esse processo deixa claro que a prioridade das análises do marketing no mercado tem migrado para característica mais pessoais, sendo o consumidor o maior foco delas. A formulação da análise segmentada do mercado contribui positivamente para o desenvolvimento de soluções voltadas para o consumidor. A interpretação dos pontos de maior interesse mapeados com o auxílio das ferramentas de marketing digital é essencial para o empreendedor que busca informações sobre o seu público. 2.3 Comunicação Integrada ao marketing Gerir uma empresa em um ambiente de promoção digital é um processo longo e importante para estabelecer sua marca. O conceito atual da comunicação integrada ao marketing desenvolve um modelo contínuo de adequação da marca ao mercado através de veículos que possuam métricas fáceis de ser captadas. Esse processo determina como práticas empresariais anexadas com estudos publicitários podem determinar a forma como cada empresa deve se estabelecer no seu mercado. Como descreve Kotler (2006, p. 559): Planejamento de comunicação em marketing que reconhece o valor agregado de um plano abrangente, capaz de avaliar os papeis estratégicos de uma série de disciplinas da comunicação [...] e de combiná-las para oferecer clareza, coerência e impacto máximo por meio de mensagens integradas com coesão. De acordo com este conceito, todos os elementos da estratégia de comunicação em um projeto empresarial devem ser formulados de maneira a convergir em uma única mensagem, contendo o impacto necessário para que o público consumidor seja motivado de maneira eficiente. Para o receptor da mensagem, o tom deste impacto é um diferencial que pode destacar a marca da empresa. Atrelando elementos transmidiáticos a projetos que utilizam ferramentas de mídias digitais é possível constatar diversos dados relacionados a abrangência de público. A analise deste dados auxiliam na dinâmica de promoção e detêm papel importante no desenvolvimento das estatísticas destas campanhas; além de atrelar um novo nível de informação para empresa. A integração e diversas mídias possibilita a construção de narrativas transmidiáticas com interação dos consumidores. Conforme explicado por (JENKINS, (2008, p.47): A narrativa transmidiática refere-se a uma nova estética que surgiu em resposta à convergência das mídias – uma estética que faz novas exigências aos consumidores e depende da participação ativa de comunidades de conhecimento . A narrativa transmidiática é a arte da criação de um universo. Atualmente este recurso transmidiaticos está cada vez sendo mais usado, principalmente para o mercado publicitário, no qual campanhas apostam na interatividade em ambientes online como ponte chave de sua tentativa de filiação, assim possibilitando a melhor comunicação de marca. 2.4 QRcode O qrcode5 é uma ferramenta de conversão de conteúdo em imagem codificadas em duas dimensões. Este recurso é comumente utilizado para a identificação de produtos e para endereçamento de sites. Entre as suas características estão a sua rapidez de leitura e confecção, a grande capacidade de informações e facilidade de uso. A maior vantagem do qrcode está vinculado a sua flexibilidade e independência em relação a leitura de seus códigos. O processo de leitura é feito como descreve Gabriel no livro "Marketing na Era" (2010): “Para que seja possível digitalizar um QRCode é necessário que o dispositivo móvel possua além de câmera fotográfica um leitor de mobile tagging apropriado para o sistema operacional do aparelho”. ( p. 184) Seu crescente uso está vinculado principalmente a popularização da internet móvel em celulares com câmera, tablets entre outros dispositivos com acesso a tecnologias “3G e 4G”6, sendo ela uma das mais presentes ferramentas de interação com o consumidor nas campanhas publicitárias. 2.5 Monitoramento e métricas das mídias sociais O Monitoramento das novas mídias sociais é vital para um novo empreendimento. Com sua ausência volta-se a tempos muito antigos, na era do vender só pelo dinheiro, o que se tinha era apenas lucro e nunca uma evolução em seu produto. 5 Código de barras bidimensional que pode ser facilmente escanerizado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera. (descrição retirada do Wikipédia). 6 Padrões e tecnologias de telefonia móvel, com velocidade relativa à banda larga. O feedback7 era totalmente desconsiderado pelos empresários e donos de manufaturas. Posteriomente esse sistema se moldou em uma realidade mais competitiva, graças a concorrência e o aumento do poder de escolha do consumidor. Empresas interagem com seus clientes, que deixam retornos valiosos para empresas a cada uso ou acesso. O monitoramento adequado faz toda a diferença nessa situação. Quando bem aproveitado, o profissional de comunicação pode gerar valiosos relatórios acerca de determinado tema ou produto, que gera um grande aumento em vendas ou de valor de marca: "Quando existe visão, o monitoramento se torna uma fonte riquíssima o desenvolvimento de uma organização como um todo." (Monteiro, 2012, p.49). Segundo Monteiro (2012), as empresas que aceitam essa ideia, tendem a crescer e se firmar no mercado, mas o uso desse aparato vai muito além de números "O trabalho de monitoramento e métricas em mídias sociais vai muito além de tabulação do número de fãs e seguidores de uma marca." (p.49). De acordo com Silva (2012), um bom trabalho de monitoramento e métricas tem com características: “- Usar dados e métricas de forma criativa, além do óbvio. - Utilizada antes, durante e depois da gestão da comunicação; - Para reporte de resultados, mas também para planejamento, pesquisa, otimização e aprendizado; - Possível de ser realizada por qualquer comunicador com conhecimento básico de matemática; - Fácil de ser realizada.” (SILVA, 2012). Quando cita-se métricas ligadas a redes sociais, pensa-se diretamente em números, mas o erro está neste fato, pois números não os únicos fatores determinantes para se planejar um marketing nas mídias sociais. O profissional tem que trabalhar com a visão que métricas reduzem as incertezas, o que é acurado, porem nunca com uma métrica eliminam incertezas. “É muito comum, na gestão de uma empresa confundir a redução da incerteza com a eliminação da incerteza. A diferença é sutil, mas pode prejudicar o negócio.” (MONTEIRO, 2012, p.55) 7 Feedback é uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a uma determinado pedido ou acontecimento. (definição do site significados.com.br) 3 Metodologia 3. 1 - O começo do projeto A ideia começou depois de uma longa conversa com o nosso orientador, onde passamos a adotar uma nova abordagem para o nosso produto. Inicialmente, o projeto era voltado para construção de uma cartilha para novos empreendedores universitários. Mas para atender a lógica do Marketing 3.0, criamos uma página no facebook, onde daríamos dicas para novos empreendedores, de forma simples e intuitiva; e aproveitariamos para colher o feedback do nosso público para confecção da cartilha. Mas para isso, teríamos que escolher bem a segmentaçao, pois trataria de publicações que interagiriam com o publico em forma de provocação. Como a cartilha era focada em passos para se tornar um bom empreendedor usando o Marketing 3.0, decidimos escolher o nome do projeto com algo que desse a entender diretamente o que se tratava. Escolhemos alguns nomes de uma lista, e acabamos por definir "Destaque Esta Ideia", por ser um nome persuasivo, remeter a cupons de descontos e cartazes mais encontrados em universidades (nos quais destacamos papeis com informações, cursos ou telefones pra venda de utensílios) e remeter também ao destaque de notoriedade ou sobressair. Como isso vimos a necessidade de trazer o nosso público pra uma esfera mais moderna, pois o produto teria uma linguagem mais coloquial, ideal para audiências que estão entrando e saindo da universidade com espírito de empreender. 3. 2 - Planejamento de identidade visual segundo a proposta. Como estabelecemos o nome "Destaque esta ideia" pensamos rapidamente na referência do papel destacável para a nossa identidade visual do produto. Pensando em cores, tivemos a impressão que o preto com azul chamaria atenção, por serem destacáveis uma da outra, fechando um visual único, e com um apelo atraente, fugindo um pouco do padrão. Tivemos ajuda de amigos e fizemos vários testes de marca, até chegarmos em nossa marca final. Figura 01 - Teste de marcas legenda: Duas dos primeiros testes da marca Com o auxilio do diretor de arte, Izaac Brito, ilustrador profissional, fizemos a primeira marca com a ideia de "destaque" o que foi reprovada por nosso orientador posteriormente, por parecer um adesivo e fugir da nossa ideia inicial de papel. Tivemos problemas depois disso, o que atrasou em algumas semanas o lançamento da página e acertos da identidade da marca. Passado por esses contratempos, sentamos e refizemos a marca, até chegar no que pensávamos para a página, e que acabou sendo aprovado por nosso orientador. Figura 02 - Marca aprovada legenda:Arte escolhida para ser a marca final do produto, que depois foi usada na página do facebook. Definida a marca, era hora de começar o restante da identidade para as postagens no facebook e divulgação da página. 3. 3 - Elaboração de conteúdo e cronograma do experimento Definimos uma semana de experimento, pois julgamos prudente para esse teste criar um calendário diário de postagens. Não seria interessante que se prolongasse por um período superior, pois o envolvimento tende a cair depois de certo tempo, e queríamos ser novidade durante todo o experimento. Sendo assim sete dias foram marcados em nosso cronograma, definimos o número de imagens para publicações que iriam no ar ao dia, e após pesquisas, concluímos que três postagens seriam ideais para página. Tabela 01 - Calendário de publicações Legenda: Calendário de postagens, três postagens ao dia. Em outra pesquisa, constatamos a importância de definir horários específicos para cada tipo de postagem, que seriam segmentadas seguindo um roteiro predefinido. Pela manhã, as pessoas não estão muito pré-dispostas a ler algo grande, então focaríamos em mensagens mais motivacionais, com apelos visuais mais simples. As 12:00 horas, na pagina, postagens como liderança, foco e marketing empresarial, pareciam ser mais apropriadas para o horário por se tratar de horário comercial. Enfim, as postagens das 19:30, que seria um momento de reflexão do dia, onde teríamos conteúdo sobre planejamento, rendas,despesas e Breakthrough que trata de novos progressos e avanços. Além disso, ficou claro que se achássemos conveniente alterar a estratégia ao longo do experimento, o faríamos para sentir se havia algum tipo de mudança, além de claro, erros que por ventura viessem a acontecer. Por fim, planejamos também um pequeno vídeo de 35 segundos, introdutório sobre a página, e do que se trataria. Escolhemos a técnica de motion graphics que se utiliza de palavras e elementos visuais animados, de forma a deixar o assunto mais descontraído para o nosso público. 3. 4 - Preparando material de divulgação da página, pôster, qrcodes com links encurtados, nos lugares estratégicos Em conversa com o nosso orientador, foi apontada a necessidade de uma divulgação diferenciada, afim de acarear mais dados sobre acessos, não só na internet como uma rede fechada. Então pensamos em expandir com a ideia de transmídia, somando alguns dados de centros dentro do campus IV da Universidade Federal da Paraíba, que por acaso se interessariam em acessar de forma viral pequenos pedaços de QRcodes que espalharíamos em quatro centros de estudos, que foram eles respectivamente: CCHLA (Centro de ciências humanas, letras e arte), CCSA (Centro de Ciências Sociais Aplicadas), CCTA (Centro de comunicação, turismo e artes) e o DEMID (Departamento de mídias digitais). Entramos na ideia, pensamos em um poster grande com os dizeres em tom de provocação "Você tem uma ideia?" com a alusão a nossa marca, mas a escondendo de certa forma. Usamos folhas de papel A3, e tirinhas em fileiras para encaixar no anúncio do nosso experimento, pensamos em um número de dois posters por centro, com 30 pequenos folhetos destacáveis onde tinha os mesmos dizeres que o cartaz, somando a ele um pequeno qrcode , que levaria a um link encurtado8 que por sua vez, tem um sistema próprio de contagem de acessos. Figura 03 - Folhetos com qrcode legenda: um dos folhetos destacáveis que foram colados. O que pensamos então era fazer a cada centro que fossemos colar os cartazes, quatro distintos links, cada um nomeado com os respectivos centros, e em cada centro criar um qrcode único, que nos faria ter a contagem correta em cada centro, do número de pessoas que acessaram os nossos links, além de é claro, acessarem e conhecerem no dia de lançamento a nossa página. Essa interação com os encurtadores era mais uma ferramenta de monitoramento do alcance da mensagem, em especial da capacidade do público de lidar com tecnologia e a resposta online a ação off-line. 8 O link encurtado foi uma forma que encontraram de diminuir o espaço que os endereços de web tinham, afim de economizar caracteres, e de ser mais fácil lembrança, por conter poucos dígitos. Figura 04 - Cartaz do experimento em campo legenda: Cartaz que foi escolhido para abrigar os folhetos. 3. 5 - Preparação de conteúdo para a página Começamos então a focar os nossos esforços para a criação do conteúdo da página do facebook. Utilizamos os softwares de manipulação de imagens e criação de vetoriais para a produção de peças. Com a identidade visual já definida, buscamos agora uma forma mais limpa de passar para o nosso público as mensagens, definimos no máximo 300 caracteres, pensando nos leitores, evitando ter muito pra se ler, mas que houvesse um conteúdo explicativo conciso. Figura 05 - Capa e imagem de perfil da página escolhidos. legenda: Seguindo a identidade visual pensada desde o começo. Depois da identidade visual definida, e postagens já em processo de finalização, definimos uma capa e foto de perfil para a o facebook, defendendo sempre a ideia de papel destacado, e aprovamos junto com o nosso orientador uma marca, que levaríamos para todas nossas postagens, para se quando fosse compartilhado, mostrasse a fonte com mais exatidão. Figura 06 - Exemplo de postagem aprovada. legenda: Primeira postagem teste, aprovada pelo nosso orientador a ir para página. Com os exemplos prontos, agora chegou a hora de preparar o vídeo introdutório para a página. pensamos bem, e definimos um simples texto com as provocações que fizemos nos cartazes e posters, para a assimilação do que se tratava. Sua duração foi de 35 segundos por se tratar de algo mais publicitário, mas que remetesse com casualidade a seriedade do nosso conteúdo. E assim foi feito, texto simples e explicativo, mostrando animações de texto e convidando nosso público a curtir a página para ficar atualizado do conteúdo voltado para empreendedores em ascensão. Figura 07 - Linha de tempo do projeto legenda: Montagem pronta, no After Effects. Enfrentamos certa dificuldade com o software, pois o mesmo requer uma estação de trabalho mais desenvolvida para rodar com suas totais funcionalidades sem interrupções. Algumas horas de trabalho foram empregadas nele, para juntar todas as frases e desenvolver suas animações, após isso, foi exportado e mandado para a plataforma do Youtube,9 onde já estava pronto para lançamento. 9 YouTube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. (definição do wikipédia) 3. 6 - Lançamento dia 30 de junho, Qrcodes espalhados, links prontos, postagens agendadas No dia do lançamento da página, acessamos o facebook, e liberamos a página para visualização de todos, pois ela ainda estava oculta para os últimos ajustes. Feito isso, nos reunimos para a colagem dos cartazes nos centros já definidos, a afim de atrair o máximo de atenção, os fixamos em pontos de melhor visualização, murais de avisos das praças, lanchonetes e corredores de alta circulação de alunos. Liberamos também o vídeo, não no horário esperado por falhas de operação e acabamos por atrasar a postagem prevista das 12:00 horas. Então foi publicado apenas o vídeo para explicação da página, que foi postado as 14:00 horas, do mesmo dia, e a postagem de imagem foi transferida para a noite, para maior visualização das audiências. 3. 7 - Envio de convite para amigos e pessoas próximas, alcances virais No mesmo dia ao lançamento do experimento, convidamos todos os nossos contatos e divulgamos em algumas páginas para as pessoas que por ventura, se interessariam pelo tema. Como parte de experiência, não insistimos para que nossos amigos pessoais participassem, ficando apenas o convite para a entrada para a página, assim como foi nos cartazes com os qrcodes, deixando que se espalhasse naturalmente, para testarmos o alcance de compartilhamentos naturais que essas pessoas poderiam gerar. Com isso,verificamos a abrangência de nossa rede pessoal, dado vital para determinarmos evidencias futuras. 3. 8 - Seguimos o cronograma de postagens, e o alcance orgânico fluía naturalmente Figura 08 - Linha de tempo da página do “Destaque Esta Ideia” legenda: Linha de tempo atual do projeto Na terça-feira e respectivamente na quarta-feira, após o dia de lançamento, começamos a perceber alguns números da página. Chegamos a um número limitado de amigos, mas o alcance não teve tanto impacto como imaginamos, não percebemos então tanta interação por parte da nosso ciclo de amizade. Poucos comentários na página, o que víamos eram apenas visualizações, algumas curtidas e compartilhamentos em postagens. Como já estava programado, iríamos seguir o roteiro e pagar para o facebook patrocinar a página para alcançarmos maiores números. 3. 9 - Inclusão de patrocínio na página do experimento, para verificação o alcance pago No quarto dia, após verificarmos a chegada do limite de nossas redes de amizades, decidimos expandir o alcance de nossas publicações e iniciar a participação de grupos de pessoas que se apresentavam fora de nosso ciclo. Investimos R$45,00 reais em uma publicidade patrocinada para nossa página. O sistema do facebook utiliza filtro de direcionamento para que o investimento seja direcionado. É possível escolher palavras chaves, sexo e até idade, assim tornando a publicidade mais direta ao seu publico. O sistema do facebook utiliza filtro de direcionamento para que o investimento seja direcionado, é possível escolher palavras-chaves, sexo, idade, além de outros atributos. Assim tornando a publicidade mais efetiva. 3. 10 - Constatação do aumento do desempenho do alcance por meio do patrocínio da pagina A frequência de usuários que curtiam a pagina aumentou consideravelmente, dado o orçamento limitado, que fizemos, e o nosso alcance chegou a bons números, porém o número de interações ainda era desanimador, mesmo com todo o esforço. Ganhamos novos seguidores que compartilharam e interagiram com o experimento, assim contribuindo a entender quando o conteúdo tinha agradado, mesmo que pouco tiramos os dados suficientes para levar o experimento para frente. Como visto na tabela abaixo: Tabela 02 - Números de usuários pagos e orgânicos Data (Destaque esta ideia - Facebook) 30/06 476 (Orgânicos) 01/07 624 (Orgânicos) 02/07 536 (Orgânicos) 03/07 234 (Orgânicos) + (218 Pagos) 04/07 183 (Orgânicos) + (659 Pagos) 05/07 297 (Orgânicos) + (1254 Pagos) 06/07 334 (Orgânicos) + (1370 Pagos) Total 6185 (Acessos) Usuários orgânicos são aqueles que chegam a página sem influência de patrocínio pago. E pagos são aqueles entraram a partir do patrocínio. 3. 11 - Processo de conclusão de postagens e dados recolhidos do Qrcode Chegado o último dia, algumas decisões foram tomadas, e nem todas as postagens que estavam previstas no cronograma de postagens, foram ao ar. Algumas vezes tivemos de trocar os turnos de publicações para sentir se os números ajudavam, pouca coisa adiantou, mas o resultado apesar de não ser o esperado fluiu bem. Figura 09 - Todas as postagens no facebook legenda: Total de postagens no facebook (tirando os vídeos). finalizamos todo o apanhado e começamos a constatar alguns dados interessantes. Na contagem dos qrcodes dos cartazes vimos um número muito equilibrado de acessos. Gráfico 01 - Acessos dos Qrcodes do cartaz Total: 68 acessos (do dia 30 de junho ao dia 06 de julho/14) Contatamos que pessoas que passaram pelo CCSA tiveram mais contato com o nosso cartaz, de certa forma, foi o lugar que mais acessou aos links. Isso se reflete graças a natureza dos cursos do Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Administração, Economia entre outros tem um interesse maior nos estudos relacionados ao empreendedorismo, o que condiz com os nosso resultados. 3. 12 - Começamos a separar dados vindos do Facebook, como o número de pessoas que viram a página sem influências patrocinadas somados com os pagos. Com o experimento dividido em acessos orgânicos e pagos, achamos melhor segregar para analisar de onde vieram cada um. O dado a seguir é composto de pessoas que viram uma história da página “destaque esta ideia” desde o começo do seu lançamento até o término do mesmo. Gráfico 02 - Número de acessos orgânicos e pagos legenda: Número total de acessos orgânico e pagos durante todo o processo. Verificando o gráfico acima, podemos verificar que a abrangência de nossa rede teve um crescimento circunstancial nos primeiros dois dias do experimento. Posteriormente a isso, decidimos investir no quarto dia em publicidade paga do facebook, que reagiu com um crescimento de quatro a cinco vezes maior, se comparado a nossa abrangência de rede pessoa. 3. 13 - Tabelas de dados do Facebook relacionadas: Acompanhamento da página, curtidas e interações. Ao finalizar a separação dos dados obtidos nas estatísticas do facebook, verificamos que algumas das informações tiveram o resultado esperado e outras demonstraram resultados inesperados. Verificando os resultados do desempenho da página do facebook foi possível determinar que nosso público consumidor condiz com o que escolhemos na fundamentação deste projeto. Onde o maior número de curtidas na página partiu do recorte dos 18 aos 24 anos, para ambos os sexos. (ANEXO A) Gráfico 03 - Usuários únicos que acessaram a página por sexo e idade legenda: Dados demográficos agregados de pessoas que curtem sua página com base nas informações de idade e gênero disponíveis em seus perfis de usuário. (Usuários únicos) Em contrapartida acreditávamos que nossas publicações teriam números de comentários ao mesmo nível dos de curtidas e compartilhamentos, mas os resultados mostraram que em sua maioria o número de comentário sem manteve próximo ao zero. Ao fim deste processo, tínhamos uma quantidade significativa de dados sobre o alcance da página e o a relevância das publicações que nos auxiliaria na elaboração de nosso produto. 3. 14 - Com a Análise finalizada, começamos a estudar como seria o produto do ponto de vista teórico Com todo o processo de análise concluído, iniciamos o desenvolvimento teórico no nosso produto. Utilizamos algumas referências de cartilhas do mesmo gênero no mercado, desenvolvemos a sequência narrativa que daria forma a cartilha, onde colocamos apenas sete tópicos que achamos essenciais para auxiliar na meta do nosso produtor. A partir do desenvolvimento dessa estrutura, utilizamos os dados das publicações do facebook para estudarmos aqueles que iriam contribuir ao nosso produto. Reorganizamos e incluímos alguns tópicos que não estavam listados no primeiro roteiro da cartilha, como o caso do tópico “Custos e despesas”. Por fim com a entrada de alguns tópicos e a saída de outros chegamos ao título “8 Passos para Destacar sua Ideia”. Figura 10 - Nome do produto definido legenda: identidade parecida com a página do facebook. Certificamos de deixar a linguagem do material equivalente a do nosso público consumidor, então uma abordagem casual foi adotada, semelhando a linguagem da página. Com isso acreditamos torna a aceitação do material maior. Além de mantermos nosso produto próximo ao nosso experimento no facebook. 3. 15 - Fechado o conteúdo decidimos como seria o design da cartilha e escolhemos a melhor maneira de leitura do produto. Procuramos organizar a apresentação do conteúdo à medida que a cartilha fosse aberta, experimentamos vários processos de desdobramento e modo de leitura da cartilha até chegarmos ao definitivo. Esses cuidados foram necessários para evitarmos que mensagem do nosso produto fosse lido de maneira incorreta. Posteriormente escolhemos como implementaríamos a identidade visual do nosso material. Utilizando a identidade visual estabelecida para a página do destaque esta Ideia, precisamos adequar alguns elementos ao ambiente impresso para mantermos a unidade visual do produto e do projeto. Um ilustrador foi contratado para ilustrar toda a arte do projeto, optamos por artes em um estilo flat design10 atribuindo uma característica moderna e limpa ao produto. Figura 11 - Produto visto por fora. legenda:Uma amostra do já aprovado produto 10 Flat design é um estilo visual gráfico mais limpo, poucos elementos visuais, sem muitos detalhes, apenas formas e sombras, o que o deixa mais fácil de compreender o objetivo. (definição pelos autores) Figura 12 - Produto aberto, visual final. legenda: Produto aberto, final. Por fim, depois de elaborada toda a fundamentação teórica, gerenciamento de dados, concepção física do produto, partimos para os testes de impressão. Como o produto requer dobraduras para sua formação a escolha do papel era fundamental para chegarmos no resultado desejado. Utilizaremos uma folha de papel tipo offset no formato A3 que quando dobrada transforma-se em um A6, ideal para o tipo de produto. O papel offset por não ter cobertura é mais resistente a rachaduras na dobras além de absorver mais tinta dando um aspecto mais opaco ao produto. Com a primeira versão do produto impresso e finalizado encaminhamos ao nosso orientador para que fosse feita a primeira avaliação. Uma das primeira correções foi relacionada à forma como o produto era lido. Recomendou-se a mudança da capa que continha a logo do produto por uma chamada que estava dentro da cartilha. Essa medida direcionou visualmente nosso público ao conteúdo no produto. Figura 13 - Capa definitiva do produto. Legenda: Nova capa do produto, finalizada e aprovada. Também nos recomendou usar uma sequência de dobraduras mais funcional (em forma de "sanfona"). Onde as chances de erros na ordem de leitura são mínimas, de forma que esse processo tornou-se extremamente intuitivo. Em relação ao texto elaborado, foi nos orientado redefinir alguns pontos da introdução do produto que demonstravam pouca convicção sobre o conteúdo apresentado. Por fim, na página onde estão descritos os “8 passos”, foi recomendado uma aplicação visual menos formal do que a proposta inicialmente. onde retiramos os números de páginas e aplicamos linhas-guias ao fundo das imagens, guiando o leitor do começo para o fim do nosso produto. Conclusão O presente trabalho procurou justificar o uso dos princípios do marketing colaborativo para a elaboração do produto. Através deste estudo foi possível analisar uma serie de informações que ajudaram a entender como o mercado tem se comportado na era da internet. Este contexto demonstra que as estratégias de marketing, vem se moldando a um elemento cada vez mais forte no mercado, o consumidor com poder de escolha. Este que se apresenta como uma das principais características do que chamamos de terceira geração do marketing, vem evoluindo mais rapidamente graças à tecnologia. Tendo isso em vista, essas características demonstram que é necessário buscar seus clientes utilizando novas ferramentas de relacionamento online, alguns destes conceitos podem ser observados no cotidiano das redes sociais. O relacionamento mais próximo com os consumidores requer mais atenção por parte dos empreendedores, pois os clientes utilizam de sua visibilidade quanto à empresa. Hoje marcas carregam significado ao que o cliente acredita e espera de uma empresa, consequentemente o estudo da comunicação integrada ao marketing se torna fundamental em todo processo de desenvolvimento deste produto. Cada um destes elementos fundamentais para o embasamento teórico do projeto, apresentou uma maneira progressiva nas bibliografias usadas, tornando esse estudo natural. Isso demonstra o quão convergente as referências se mostraram ao longo deste estudo, principalmente na aplicação da análise do experimento na plataforma do Facebook. As redes sociais hoje são parte do cotidiano do marketing 3.0, em observações houve a percepção muito clara da sua eficácia. Porém o seu correto monitoramento e o uso de suas métricas são de muita importância para o empreendedor que deseja levar o seu négocio para frente. Com toda o estudo e análise de resultados foi possível chegar em um produto que abrangeu a maioria dos aspectos relevantes descritos neste trabalho. Estudar estes novos conceitos o marketing 3.0 se mostrou indispensável para a produção de um material que tem o objetivo de integrar o público consumidor. Dada a importância dessa pesquisa, descrever as aplicações de marketing colaborativo, análise de estatística em rede social e comunicação integrada ao marketing como conceitos de um produto, torna-os de extrema relevância para o mercado e academia. Uma análise de resultados com um maior recorte de tempo, poderia adicionar novas informações, além de torná-las mais conclusivas. informações coletadas por meio da interação dos usuários com o experimento. O experimento e sua finalidade em forma de cartilha impressa, pode ser distribuído em diversos ambientes estudantis, visto que seu teor é precisamente educacional. Se encaixando em faculdades, universidades, eventos de empreendedorismo, etc. O seu modelo se adéqua perfeitamente em empreendimentos, como ferramenta de retorno para seus produtos e interação com seus clientes. Por fim destacamos a recomendação dos autores descritos nas referências contidas neste trabalho, como fundamentais para novos acadêmicos que desejam compreender os aspectos da utilização de novas ferramentas de marketing associadas ao empreendedorismo. E que estes pesquisadores desenvolvimento dos temas supracitados. possam contribuir para o 4 - Cronograma Recursos Recursos Humanos: Ilustrador - Oito ilustrações em flat design para a parte interna do produto - R$500,00 Diagramador - Toda a organização do conteúdo textual e impresso - R$300,00 Impressão em gráfica - Confecção de um número limitado de exemplares (Folhas A3) Impressão de testes (Papel, dobraduras, tinta) - R$20,00 Impressão de definitivas para a banca avaliadora - R$ 60,00 Recursos Materiais Notebook Dell 15R - R$ 2.000 reais Notebook Dell 15R SE R$ 3.000 Reais Mesa digitalizadora Gráfica Wacom Intuos CTL 480L - R$297,00 Reais Equipamentos Computadores (Dois notebooks) - O uso dos notebooks, se deu para montagem da estrutura da página do experimento, como sua identidade visual, ilustrações, parte textual, vídeo motion de introdução e confecção da cartilha ilustrada. Mesa digitalizadora (Wacom Intuos CTL 480) - utilizada tanto na edição de vídeo, como na edição de imagens para a postagem no facebook do experimento e na diagramação do produto, por sua maior flexibilidade e fluidez para o trabalho. Softwares usados no produto Adobe Photoshop CC 2014 - Edição de imagens e ícones que serão usadas no nas postagens para o facebook, assim como dados escritos. Ilustrator CC 2014 - criação de Vetores de ícones e ilustrações com alta qualidade, que serão usados principalmente nas postagens da página no facebook, onde toda a sua identidade visual foi concebida, assim como a identidade e diagramação do produto final. After Effects CC 2014 - Criação de animações para o vídeo introdutório para o Youtube. (Motion Graphics). Audition CC 2014 - Edição de áudio usado na trilha do vídeo introdutório. Referências ALZAMORA, Geane; TARCIA, Lorena. Convergência e transmídia.Brazilian Journalism Research, v. 8, n. 1-2012, p. 22, 2012. Afinal, qual é o melhor horário pra postar no Facebook?. In: Wishpond Brasil. Disponível em: <http://blog.wishpond.com.br/post/52151873177/afinal-qual-e-omelhor-horario-pra-postar-no-facebook>. Acesso em: 20 jul.2014. Criando cronograma para seus conteúdos de marketing. In: Wishpond Brasil. Disponível em:<http://blog.wishpond.com.br/post/61659904619/criando-cronogramapara-seus-conteudos-de-marketing>. Acesso em: 20 jul.2014. EFIMOV, A. História da época do capitalismo industrial. Rio de Janeiro: Vitória, 1945, p.38. GOMES, Marília; KURY, Glaura. A Evolução do Marketing para o Marketing 3.0: O Marketing de Causa. In XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – Mossoró - RN – 2013 Disponivel em: <http://portalintercom.org.br/anais/nordeste2013/resumos/R37-0945-1.pdf>. Acesso em: 23 Jul. 2014. GABRIEL, Martha. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec Editora, 2010. HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções. Paz e terra, 2006. Interações com objetos em mídias sociais. 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Nos dias 30/06 e 06/07, o facebook não mostrava dados até então.