UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROGRAMA NOVO MESTRE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
DOCÊNCIA DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL
O ENSINO TÉCNICO DE TELECOMUNICAÇÕES
NO NÍVEL MÉDIO
Mônica Oliveira de Souza
Rio de Janeiro, Dezembro de 2001.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROGRAMA NOVO MESTRE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
DOCÊNCIA DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL
O ENSINO TÉCNICO DE TELECOMUNICAÇÕES
NO NÍVEL MÉDIO
Mônica Oliveira de Souza
Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação
Lato Sensu em Complementação Pedagógica da
Universidade
Candido
Planejamento
e
Mendes,
Pró-Reitoria
Desenvolvimento;
Diretoria
de
de
Projetos Especiais. Instituto de Pesquisas SócioPedagógicas
como
requisito
para
obtenção
Certificado.
Orientador: Prof a Maria Ester de Araújo Oliveira
Rio de Janeiro, Dezembro de 2001.
de
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, soberano maior,
por ter me criado e me colocado neste mundo,
com muita garra para cada vez mais lutar
e alcançar meus objetivos.
À Prof a Maria Ester, o meu muito obrigada,
pelos esclarecimentos e ensinamentos.
Aos meus grandes amigos e colegas de trabalho
da Escola Técnica Estadual República
e Colégio Técnico Atlas,
meu muito obrigada,
pois me auxiliaram demais para a realização deste trabalho.
"Estes são os inúteis, desajeitados
conselhos que eu lhe dedico. Ninguém
saberia segui-los. Mas eu não queria outra
coisa: escrever sobre essa arte um poema
cujo calor subisse ao seu rosto. Tratava-se
de lhe inflamar, não de lhe ensinar".
(Genet)
APRESENTAÇÃO
Este trabalho tem como objetivo a análise do Ensino Técnico
de
Nível
Médio,
Telecomunicação,
sua
especificamente
importância,
o
suas
Curso
Técnico
considerações
e
em
sua
aplicação na realidade.
Visitamos a Escola Estadual República, que fica no Complexo
do CEI de Quintino, no período do ano de 2001.
Contamos com o auxílio das Orientadoras Educacionais,
Supervisores, Direção Geral, Coordenadores de Área, Secretário
Escolar, Professores, Alunos etc.
O trabalho foi realizado através de estágio, aulas práticas,
entrevistas, visitação e levantamento bibliográfico.
Procuramos buscar o máximo de informações e dar aos nossos
leitores a maior especificidade do nosso tema proposto que é o
Ensino Técnico de Nível Médio, em particular o Curso Técnico em
Telecomunicação.
No Capítulo I intitulado histórico, veremos um pouco da
história da Escola Técnica Estadual República e suas anuâncias.
No Capítulo II, intitulado Descrição do Curso Técnico em
Telecomunicação, teremos o que é o Curso, mas aplicações, mais
tendências, o Mercado de trabalho, assim como o conteúdo
Curricular e os critérios de Avaliação.
No Capítulo III, intitulado análise, faremos uma prévia de
tudo o que falamos com algumas críticas ou até sugestões.
No Capítulo IV, faremos a Conclusão de todo o nosso
trabalho.
No Capítulo V, teremos a Bibliografia, assim como todo o
material de que nos valemos para a concretização deste trabalho.
SUMÁRIO HISTÓRICO
600 AC
1791
1870
1880
1910
1930
1951
1958
1958–1959
1960
1962
1963
1964
1966
1968
1969
1970
Sistemas de telecomunicações visual através de
sinais de fogo e estações (humanas / repetidoras)
Invenção
do
Semaphore
–
sistema
de
telecomunicações visual através de dispositivos
Claude Chappe
(França)
mecânicos (braços) operados manualmente no alto
de torres
John
Ty ndall Experiência com transmissão de luz com o uso de
(Inglaterra)
um fino jato de água.
Alexander Grahan Invenção do Photophone – sistema para transmitir
Bell (EUA)
voz utilizando-se de um feixe de luz.
Hondros e Deby e
Análise de guias de onda dielétricos
(Alemanha)
Primeiras experiências de transmissão de luz em
Camb (Alemanha)
fibras de vidro.
Heel
/
Holanda
Invenção da Fiberscope – sistema de transmissão
Hopkins e Kapany
de imagens através de um feixe de fibras.
(Inglaterra)
Shawlow e Townes
Invenção do laser.
(EUA)
Kapany e outros Proposta da fibra óptica com estrutura de núcleo e
(Inglaterra)
casca.
Mauman (EUA)
Operação do primeiro laser a rub
Primeiro fotodiodo P/N de silício de alta
EUA
velocidade.
Primeira demonstração de emissão de luz não
EUA
coerente (LED)
Nishiwa e outros Proposta de guia de onda óptica de gás com
(Japão)
variação gradual do índice de refração.
Kao
e
Hock Sugestão de uso de fibras de vidro com núcleo e
casca em sistemas de transmissão a longa distância
(Inglaterra)
Melchior e Ly nch fotodiodo de avalanche (APD) de germânio de alta
velocidade.
(EUA)
Kawakami
e Análise de fibra óptica com índice gradual.
Niszawa
(Japão)
Kasonochy e outros Primeiro diodo laser com dupla heteroestrutura
(EUA)
(DHS)
Ùchida e outros
Primeira preformas de fibras ópticas com índice
(Japão) Pearson e
gradual.
outros (EUA)
Kapron e Kentck
Fabricação da fibra óptica com atenuação de 20 dB
Gregos
(EUA) Kay ashi
outros (EUA)
1971
1972
1975
1976
1977
1977-1978
1979
1980-1981
1981
1982
1983
e / Km.
Burrus e Miller
Gloge (EUA)
Primeiro diodo laser com operação contínua em
temperatura ambiente.
Primeiro LED para transmissão por fibra óptica.
Teoria simplificada e fibras ópticas.
Desenvolvimento de fibras ópticas com núcleo
líquido.
Store (EUA)
Corning
Glass
Fabricação de fibra multimodo com pedras de ‘4
Works (EUA)
dB/Km.
Bell Labs (EUA)
Fibra óptica com 2,5 dB/Km.
Pay ne e Ganbling Reconhecimento da janela de dispersão mínima
(Inglaterra)
(1300 nm) para fibras ópticas de sílica.
Fibra óptica com 0,47 dB/Km em 1200 nm.
Honguchi e Osanai
(Japão)
Primeiro sistema de CATV com fibra ópticas.
Inglaterra
Sistema experimental em campo a 45 Mbps na
EUA
Região de 0,82 Mn.
Primeiro sistema telefônico com fibra óptico em
operação a regular.
Goodwin e outros
(EUA)
Diodo laser com vida útil superior a 7.000 hs.
Dentai
e
outros
(EUA)
Desenvolvimento de LED de alta radiança em
1300nm.
EUA, Europa e
Japão
Primeiro geração de sistemas comerciais a 0,85µm
em testes de campo
EUA,
Europa
e
Japão
Primeiro sistemas experimentais com fibras
multimodo em 1300 nm.
Miy a e outros
Anunciada a fibra monomodo com 0,20 dB/nm em
(Japão)
1550nm.
EUA,
Europa
e Instalação, teste e operação da segunda geração de
Japão
sistemas comerciais (1,3 nm).
Ainslie e outros
Demonstração de fibra monomodo com desvio de
(Inglaterra)
dispersão zero para 1550 nm.
Maly ion
e
Mc
Sistema experimental em 1,5 nm com alcance sem
Donna
repetidores de 102 nm.
(Inglaterra)
Yamada e outros
(Japão)
Stern e outros
(Inglaterra)
Bhaga Vatula
(Inglaterra)
EUA,
Europa
Sistema experimental com 1,55 nm e 2 Gbps com
alcance de 51,5 nm.
Primeiras demonstrações no campo de emendas de
fibras monomodo com perdas de 0,2 dB.
Fibra monomodo com núcleo segmentado (fibra
com dispersão plana).
e Conectores
para
fibras
monomodo
com
perda
1984
Japão
inferior a 0,3 dB comercialmente disponíveis.
Japão
Sistema comercial em 1300 nm a 400 Mbps e
alcance sem repetidor até 25nm.
Sistema comercial em 1300 nm a 1,7 Gbps até 40
nm.
Sistema experimental a 4 Gbps com 103 nm de
alcance.
EUA
AT&T Bill Labs
(EUA)
Sistemas experimentais de fibras monomodo com
dispersão deslocada mínima com alcance de 220
nm (140 Mbps) e 230 nm (34 Mbps).
Inglaterra
1985
EUA,
Japão
Europa
e
Fibras monomodo com dispersão
mínima, comercialmente disponíveis.
Olsson e outros
(EUA)
Sistema experimental em 1,55 nm com capacidade
de 2000 Gbps, nm usando 10 canais WDM.
Sistema experimental em 1548 nm, com fibras
monomodo com dispersão deslocada a 2 Gbps e
alcance de 108 nm.
KDD
(Japão)
Sistema experimental em 1530 nm, com fibras
monomodo com dispersão deslocada a 565 Mbps e
alcance de 240 nm.
Nec
(Japão)
1986
BRTZ
(Inglaterra)
EUA,
Japão
deslocada
Europa
Sistema experimental em 1550 nm, com fibra
monomodo com dispersão deslocada a 2,4 Gbps e
e alcance de 71 nm.
Diodo laser DFB disponível comercialmente.
1987
1988
Iwashita
Matsumoto
(Japão)
EUA,
Europa
Taiwan
e
Sistema corrente experimental a 400 Mbps com
290 nm de alcance.
Operação
do
1o
cabo
óptico
transatlântico (TAT-8) entre EUA
e (França e Inglaterra).
submarino
e Europa
Cabo óptico submarino de 3 a geração (1,55 nm)
sem repetidores (104 nm).
INTRODUÇÃO
A transmissão de sinais elétricos por condutores metálicos tem
sido usada há mais de um século. Nos últimos anos a tecnologia de
telecomunicações teve um notável avanço, chegando à transmissão
simultânea de 10800 canais de conversão telefônica por um único
par de condutores coaxiais.
As características físicas dos cabos com condutores de cobre
fazem a atenuação aumentar a razão da raiz quadrada da freqüência
dos sinais elétricos. Com o incremento da largura de banda de
transmissão
as
distâncias
entre
as
repetidoras
diminuirão
proporcionalmente.
Além disso, campos eletromagnéticos e eletrostáticos podem
perturbar sinais conduzidos por cabos metálicos.
A transmissão de sinais de telecomunicações por cabos de
fibra óptica oferece diversas vantagens distintas neste sentido.
Em lugar de uma portadora elétrica de CA, usa-se luz com um
comprimento de onda na região infravermelha.
Visto que a freqüência da luz é muito elevada, a largura da
faixa do sinal é muito pequena, comparada com a largura disponível,
ou seja, de algumas centenas de MHz a relação largura de faixa do
sinal/freqüência da portadora é ainda menor que 10 -5.
Por conseguinte, a atenuação que ocorre ao longo do meio de
transmissão é determinada exclusivamente pela freqüência da luz
infravermelha, sem consideração da largura de faixa do sinal. A
atenuação dependente da freqüência do sinal, que ocorre em
condutores metálicos, deixa de existir.
Pelo fato de a fibra óptica ser um não-condutor, não há
possibilidade de indução de qualquer tensão estranha por campos
eletromagnéticos ou eletrostáticos, que possam perturbar o sinal.
Isto significa, também, que cabos de fibras ópticas vizinhas
não podem interferir (diafonia), garantindo um desacoplamento
perfeito entre circuitos adjacentes. Além disso, o transmissor e o
receptor são galvanicamente separados.
As fibras ópticas podem ser recomendadas como meio de
transmissão ideal em todos os casos onde fortes interferências são
prováveis de ser encontradas como, por exemplo, em sistemas de
alta tensão ou estradas de ferro.
A HISTÓRIA DO ENSINO TÉCNICO NO BRASIL
Já em 1887, se sentia a necessidade de uma reestruturação no
Ensino Técnico no Brasil.
Surgiu nesta época, a necessidade da Organização do Ensino
Técnico no Brasil, pois havia grandes lacunas no Sistema de Ensino
Público. Era notável a falta de Escolas Técnicas ou Profissionais no
país. O que havia era insignificante diante da necessidade da
população e as urgências daquela época.
Surgiu no ano de 1920, na era industrial, a grande necessidade
de elementos técnicos para o desenvolvimento de tarefas que só a
eles competia, pois só eles tinham a formação técnica necessária ao
desempenho das mesmas.
O assunto era tratado no Brasil com tamanha frieza que podia
ser considerado uma indiferença quase criminosa, ao passo que nos
países
cultos,
havia
escolas
industriais,
escolas
agrícolas,
comerciais, cursos profissionais e técnicos de várias ordens. No
Brasil nada havia até aquele momento.
O Ensino Profissionalizante no Brasil tornou-se obrigatório a
partir de 1971 pela antiga Lei 5.692 da Reforma de Ensino de
11/08/71 e a LDB 7044 que altera e reformula o Ensino Profissional
(Art. 1 o , Art. 4 o , par. 1 o e 2 o ).
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DE PESSOAS INFLUENTES DA
ÉPOCA LIGADAS AO ENSINO TÉCNICO
Para Fidélis Reis, homem político dos anos 1927, e autor do
Projeto de Ensino Técnico, a instrução técnica profissional é um
simples aspecto da tarefa hercúlea de preparar e adaptar à vida as
gerações do amanhã.
Vale a pena ressaltar a preocupação e a defesa do Professor
Domingos Marcellini. Já dizia ele: "Urge entregar aos técnicos a
direção do ensino industrial". O Professor Domingos Marcellini era
altamente crítico em relação a dar a César o que é de César. "Quem
dirige uma empresa que desconhece, só pode dirigi-la por pouco
tempo".
Esta é a realidade brasileira. O que mais vemos em nosso país
são pessoas que nada têm a ver com a educação e é a eles que ela
deve obediência, por isso é o caos que é.
A Educação Técnica no Brasil começou a ser passada por
professores normalistas, que nada têm a ver com artes e ofícios.
O Prof. Cândido Mota Filho, ex-ministro da Educação e
Cultura disse ao Diário de São Paulo em 17/02/1956 que o Ensino
Médio (Secundário e Profissional)",se encontrava um caos e
precisava haver mudanças.
O
Conselheiro
Rui
Barbosa
já
reclamava
pelo
ensino
profissional, mesmo antes da instauração da República.
Pela "FOLHA DA MANHÃ" de 25/10/55, declarou o deputado
Paula Lima, ao tomar posse da Secretaria de Educação e Cultura de
São Paulo: "Preocupa-nos sobremaneira o impressionante déficit de
operários qualificados de que ainda se ressente o nosso grandioso
parque industrial".Ainda hoje, cumpre abolir o preconceito que
existe contra o trabalho manual, incutindo no espírito dos jovens a
idéia de que o trabalho é função normal do homem na sociedade
civilizada.
Disse o Jornalista Francisco Sodero em "O TEMPO" edição de
26/10/55 que Da. Carolina Ribeiro, ao transmitir ao substituto Sr.
Paula Lima, o seu cargo, aludiu ao desinteresse do povo pelas
escolas Técnico-Profissionais. Todos queriam ser doutores.
A idéia correta é que devemos educar o povo mostrando-lhe
que os doutores não existem sem que as outras profissões lhes
concedam o de que necessitam.
O Sr. Homero Silva, no "DIÁRIO DA NOITE" de 28/11/55,
expressou-se desta forma: "A formação de técnicos é problema
fundamental no Brasil. A Indústria e o Comércio se queixam da
falta de técnicos e muito pouco se tem feito até agora para formálos".
Da conferência pronunciada na Federação das Indústrias pelo
Sr. Carlos Benko, destacamos os seguintes tópicos:
"É imprescindível que maiores esforços
sejam feitos para aperfeiçoar e multiplicar
a formação dos técnicos. Não tenho
elementos nem possibilidades de me
aprofundar na parte da organização do
Ensino Técnico em nosso país, entretanto
pelo que me foi dado observar, alterações
são necessárias".
O próprio Ministro da Educação e Saúde da época, Sr. Clóvis
Salgado, reafirmou seu propósito de dar a máxima atenção ao
ensino profissional a fim de que se tivesse menos doutores e mais
técnicos, pois é o pessoal operacional que representa, na prática,
um forte elemento propulsor do progresso mundial.
Contudo,
infelizmente,
até
hoje,
os
técnicos
e
até
os
professores são tratados como espúrios. Não existe, ainda, o
reconhecimento real do valor do técnico, assim como a sua
remuneração é aquém do que deveria ser. Eis porque prevalece o
desinteresse pelo ensino profissional. Ensino que, educando as
mãos de seus alunos, habilitando-os no manejo das modernas e
novas tecnologias.
Sabem os técnicos, embora empiricamente, como governar
uma classe, o que perguntar aos alunos, como se servir do quadronegro, de que maneira conduzir os trabalhos, como manter a
disciplina, como deve se portar um professor.
Lia-se no “DIÁRIO DE SÃO PAULO DE 18/08/57, se
prosseguirmos com o critério de dar valor somente ao Diploma e
nenhuma consideração por quem sabe fazer e faz a contento, graças
à tarimba de vários lustros, continuaremos como estamos, isto é,
com
a
quase
totalidade
dos
dirigentes
lamentavelmente
desajustados.
Celestin
Frenet,
grande
educador
francês,
pensava
similarmente ao prof. Domingos Marcellini.
É pena que nas Empresas, nas Escolas, nem sempre os
dirigentes são pessoas técnicas que entendem do assunto. Se assim
o fossem teriam condições de incentivar e valorizar o seu corpo de
técnicos como profissionais, inclusive com melhores salários.
Obviamente, haveria uma melhor reciprocidade, haveria um maior
reconhecimento da superioridade do técnico. Já a valorização dessa
classe, não haverá progresso nem paz social.
“Quem não sabe fazer, não sabe mandar”, e se não há
harmonia entre a chefia e os técnicos com certeza não haverá
progresso bilateral. Se o seu técnico for valorizado como pessoa,
como profissional e for remunerado adequadamente tenha a certeza
de que a sua indústria só tenderá a se desenvolver. Felizmente hoje
em dia, no Brasil, já estão sendo aproveitados Técnicos no Ensino
Profissional, embora ainda não em grande escala. A maioria dos
professores apresenta formação livresca, alheios à vida real que o
técnico tem de enfrentar. A voz da experiência nas oficinas,
contando às vezes 15, 20 anos, muitas vezes é esquecida.
O diploma é importante, mas de nada valerá se na prática nada
se sabe executar.
"A Organização Internacional do Trabalho
talvez ainda não saiba que o Brasil possui
técnicos em número suficiente, faltandolhes, apenas, a consideração moral e
material que merecem. Se o soubesse, não
mandaria
vir
técnicos
estrangeiros;
deveria a O.I.T. empregar essa verba em
bolsas de estudos para brasileiros. Os
gastos com um técnico estrangeiro são
três vezes mais que o valor do custeio com
três bolsistas nossos. E vale a pena
acrescentar que os nossos técnicos que
vão para o exterior como bolsistas, trazem
seus conhecimentos para sempre ao país."
(Diário de São Paulo de 23/03/1958).
Em 1993, o escritor Antenor Ramos Barreto preconizava:
"A escola deve ser antes de tudo a escola
do trabalho; do trabalho que produz os
meios para a vida e para o conforto. É
preciso ensinar a produzir. A virtude é
filha do trabalho."
Na brochura: "Les Méthodes Apprentissage de l'Enseignement
Technique", editada em 1949, vemos na França como se conceitua o
Ensino
Técnico.
"O
Ensino
Técnico
fundamenta-se
nos
conhecimentos técnicos e dos ofícios, e em longas experiências de
aprendizagem".
Segundo o conceito do grande pedagogo americano, Dewey,
"o trabalho é a preparação para a vida pela vida".
Segundo Theobaldo Miranda Santos, somente a eficiência
técnica pode assegurar a prosperidade das nações civilizadas. A
Constituição Federal, artigo 157, não mais permite que se dê maior
valor ao trabalho intelectual do que ao manual ou técnico, pois não
há quem não se sirva diariamente das milhares de conquistas dos
técnicos.
No ensino técnico o aluno recebe um Diploma de Habilitação
Profissional e não de Bacharel. Tal é a importância do técnico ele
poderia ser comparado a glóbulos vermelhos, ou hemáceas, que
circulam
nas
construindo
e
artérias
do
alimentando
nosso
os
extenso
músculos
da
parque
nação,
industrial,
com
sua
incessante atividade. Sua importância administrativa e operacional
é de tal evidência que salta aos olhos de toda pessoa que quer
enxergar. É que eles possuem a ciência da construção, da estética,
do rigoroso acabamento de suas obras artísticas ou mecânicas.
Sabem que os problemas das oficinas são específicos.
Todo técnico industrial que adquiriu o domínio de uma
complexa profissão, pode-se dizer que passou pela prova de fogo,
porque
essa
aquisição
equivale
ao
mais
completo
teste
de
inteligência e habilidade manual que aplicar se possa.
Disse o Sr. Zulfo de Freitas Mallmann, Presidente da
Federação e Centro das Indústrias do Distrito Federal em "O
TEMPO" do dia 26/10/1958:
"O Congresso Nacional deve aprovar uma
Lei que entregue a César o que é de
César, isto é, que se coloque Técnicos
Industriais na Direção Industrial, para
que possamos assistir ao triunfo da
técnica neste imenso, riquíssimo, mas
desafortunado país".
A Educação Profissional no Brasil está intimamente associada
ao processo de desenvolvimento industrial, ao êxodo rural e à
conseqüente urbanização.
A primeira notícia de um esforço governamental em direção à
profissionalização data de 1809, quando um Decreto do Príncipe
Regente, futuro D. João VI, criou o "Colégio das Fábricas", logo
após a suspensão da proibição de funcionamento de indústrias
manufatureiras em terras brasileiras. Posteriormente, em 1816 era
proposta a criação da Escola de Belas Artes, com o propósito de
articular o ensino das ciências e do desenho para os ofícios
mecânicos. Bem depois, em 1861, foi organizado, por Decreto Real,
o Instituto Comercial do Rio de Janeiro, cujos diplomados tinham
preferência no preenchimento de cargos públicos das Secretarias de
Estado.
Em 1906, o Ensino Profissional passa a ser atribuição do
Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Consolida-se,
então, uma política de incentivo ao desenvolvimento do Ensino
Industrial, Comercial e Agrícola.
Quanto ao Ensino Comercial, são fundadas escolas comerciais
em São Paulo, como a Fundação Escola de Comércio Álvares
Penteado, e escolas comerciais públicas no Rio de Janeiro, Bahia,
Pernambuco e Minas Gerais entre outras. Nilo Peçanha, em 1910,
afirma que é preciso: “habilitar os filhos dos desfavorecidos da
fortuna com indispensável preparo técnico e intelectual”.
Este Presidente instalou uma série de dezenove escolas de
aprendizes artificies destinadas aos pobres e humildes”, distribuídas
nas várias Unidades da Federação. Eram escolas similares aos
Liceus de Artes e Ofícios, voltadas basicamente para o ensino
industrial, mas custeadas pelo próprio Estado.
Foram criadas entidades especializadas como o SENAI em
1942 e o SENAC em 1946, bem como a transformação das antigas
Escolas de Aprendizes Artífices em Escolas Técnicas.
Ainda em 1942, o Governo Vargas, por um Decreto-Lei,
estabeleceu o conceito de menor aprendiz para os efeitos de
legislação profissional e, por outro Decreto-Lei, dispôs sobre a
"Organização da Rede Federal de Estabelecimentos de Ensino
Industrial". Com estas providências, a educação profissional se
consolidou no Brasil, muito embora ainda continuasse a ser
concebida preconceituosamente como uma educação de segunda
categoria.
Apenas na década de 50 é que se permitiu a equivalência entre
os estudos acadêmicos e profissionalizantes. A Lei Federal n
1.076/50 permitia que concluintes de cursos profissionais pudessem
continuar estudos acadêmicos nos níveis superiores, desde que
prestassem exames das disciplinas não estudadas naqueles cursos e
provassem possuir o nível de conhecimentos indispensável à
realização dos aludidos estudos.
A Lei Federal 5.692/71, que reformulou a Lei Federal n
4.024/61 no tocante ao ensino de primeiro e segundo graus, atual
ensino fundamental, também representa um capítulo importante na
história da educação profissional, ao introduzir a profissionalização
generalizada no então denominado segundo grau.
A educação profissional, na atual LDB, não substitui a
educação básica e nem com ela concorre. A educação profissional
complementa a educação básica. A valorização de uma não
representa a negação de importância da outra. A melhoria da
qualidade da educação profissional pressupõe uma educação básica
de qualidade compatível. Uma eficiente educação profissional,
alicerçada em sólida educação básica, constitui a chave do êxito dos
países desenvolvidos, especialmente num mundo pautado pela
competição,
inovação
tecnológica
e
crescentes
exigências
de
qualidade, produtividade e conhecimento.
O Decreto Federal n 2.208/97, que se seguiu à LDB concebeu
uma organização curricular para o ensino técnico de forma
independente do ensino médio. Associou a formação técnica a uma
educação básica mais sólida e apontou a necessidade de definição
mais clara de diretrizes curriculares, com o objetivo de adequá-las
às tendências mais recentes do mercado de trabalho. Este Decreto,
ao regulamentar os artigos 39 a 42 (Capítulo III do Título V) e o
parágrafo 2 o do artigo 39 da Lei Federal n 9.394/96, configurou
três
níveis
tecnólogo,
de
educação
com
objetivos
profissional:
de
básico,
qualificar,
técnico
e
de
reprofissionalizar,
especializar, aperfeiçoar e atualizar os trabalhadores em seus
conhecimentos técnicos, visando sua inserção e melhor desempenho
no exercício do trabalho.
As Escolas Técnicas Federais, foram criadas em 1909, através
do Decreto n
7.566, de 23 de setembro, assinado então pelo
Presidente da República, Dr. Nilo Peçanha, que na época percebeu a
necessidade da formação de mão-de-obra especializada para atender
às exigências do desenvolvimento industrial do país. Iniciando-se,
assim, as atividades do Governo Federal no campo do ensino dos
ofícios.
Consta,
no
referido
Decreto,
que
o
objetivo
desses
estabelecimentos era habilitar os filhos dos desfavorecidos da
fortuna com razoável preparo técnico e intelectual.
As atividades das escolas fundadas em 1909, na época
vinculadas ao Ministério da Agricultura, foram desenvolvidas em
várias Unidades da Federação (Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia,
Espírito Santo, Rio de Janeiro (Campos), São Paulo, Minas Gerais,
Goiás, Santa Catarina).
Essas
Instituições,
a
princípio
denominadas
Escolas
de
Aprendizes Artífices, em 1937, passaram a ser chamadas Liceus
Industriais. Em 1959, transformaram-se em autarquias federais,
adquirindo autonomia didática, financeira, administrativa e técnica,
passando em 1967 a denominarem-se Escolas Industriais Federais.
A denominação Escola Técnica Federal data de 1968.
No Governo do Presidente Getúlio Vargas, em 1942, foram
criadas mais três escolas, em Pelotas — RS, em Ouro Preto — MG e
no Rio de Janeiro, hoje denominada Escola Técnica Federal de
Química. Mais recentemente, em 1963, através da Lei n 8.670 de
30 de junho, foi criada a Escola Técnica Federal de Roraima. Sua
implantação data de 5 de janeiro de 1994.
Como Escolas Técnicas Estaduais, citaremos uma série delas.
Todas estas estão vinculadas à Fundação de Apoio às Escolas
Técnicas,
órgão
este
vinculado
à
Secretaria
de
Ciência
e
Tecnologia. Até o momento, mantém sob sua gestão, dezessete
Escolas Técnicas, que oferecem uma série de Cursos Técnicos.
REGIMENTO ESCOLAR DAS ESCOLAS TÉCNICAS
ESTADUAIS/RJ FAETEC, ANO 2000/2001.
As escolas são as seguintes:
— Escola Técnica Estadual República
Rua Clarimundo de Melo, 847 — Quintino — RJ
— Escola Técnica Ferreira Viana
Rua General Canabarro, 291 — Maracanã — RJ
— ETE Henrique Lage
Rua Guimarães Júnior, 182 — Barreto — RJ
— ETE João Luiz do Nascimento
Rua Luia de Lima, 272 — Nova Iguaçu — RJ
— ETE João Barcelos Martins
Rua Alberto Lamego, 712 — Horto — Campos — RJ
— ETE Juscelino Kubitscheck
Rua Jornalista Antônio Freitas, 75 — Jd. América — RJ
— ETE Oscar Tenório
Rua Xavier Curado, s/n — Marechal Hermes — RJ
— ETE Visconde de Mauá
Rua João Vicente, 1775 — Marechal Hermes — RJ
— ETE Adolpho Bloch
Av. Bartolomeu de Gusmão, 850 — São Cristóvão — RJ
— ETE de Transportes Engenheiro Silva Freire
Rua Dr. Padilha, 1 — Engenho de Dentro — RJ
— ETE Santa Cruz
Largo do Bodegão, 46 — Sta. Cruz — RJ
— ETE Agrícola Antônio Carlos
Av. Rio Grande do Sul, s/n — Guarus — Campos — RJ
— Instituto de Educação do Rio de Janeiro
Rua Mariz e Barros, 275 — Tijuca — RJ
—
Relação dos CETEP
• Petrópolis
Av. Getúlio Vargas, 333 — Quintanilha — Petrópolis
• Três Rios
Rua Manuel Maia, 211 — Centro — Três Rios
• Volta Redonda
Rua 10, 9 — Volta Grande II — Volta Redonda — RJ
• Pádua
Rodovia RJ 186, Km 45
Atualmente o Ensino Profissional no Brasil, está sendo
controlado pelo PROEP (Programa de Expansão da Educação
Profissional).
Segundo o MEC, a Reforma da Educação Profissional, deve
estar cada vez mais integrada à comunidade e à realidade do
trabalho. Com o aprimoramento nos estudos haverá o crescimento
pessoal de cada técnico e conseqüentemente o nosso país ganhará
muito com isso.
Pensamos, com esta prévia, Ter oferecido aos nossos leitores,
uma boa iniciação sobre a História do Ensino Técnico no Brasil.
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DA ESCOLA TÉCNICA
ESTADUAL REPÚBLICA
A
Escola
Técnica
Estadual
República
situa-se
na
Rua
Clarimundo de Mello, 847 — Quintino Bocaiúva — Rio de Janeiro.
Fica dentro do complexo CEI (Centro de Educação Integral)
de Quintino.
Com o fim do Governo Marcello Alencar e, já no Governo
Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira, o CEI ganha um
novo nome CETEP (Centro de Ensino Técnico e Profissionalizante).
Para se ter uma melhor idéia, sua origem física vem da extinta
Escola XV de Novembro (FUNABEM).
A Escola Técnica Estadual República é uma Unidade de
Ensino da Rede Estadual, diretamente vinculada à Fundação de
Apoio à Escola Técnica (FAETEC), órgão integrante da estrutura da
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, de acordo com o
parágrafo 1 o do artigo 1 o do Decreto n 22.011 de 09.02.96. Agora
também sob a co-gestão da Secretaria Estadual de Educação e
Secretaria de Agricultura.
A Escola Técnica Estadual República foi inaugurada em
07.05.96, durante o Governo Marcello Alencar, sendo o Sr. Eloy
Fernandez Y Fernandez o Secretário da Secretaria de Estado de
Ciência e Tecnologia. A Fundação de Apoio à Escola Pública —
FAEP (atual FAETEC), representada pela sua Presidente a Prof(a).
Nilda Teves Ferreira.
A Escola Técnica Estadual República ocupa uma área de
aproximadamente 300.000 m 2 .Tem um total de 65 salas de aula nos
seus quatro andares. Possui forma estrutural antiga, bem arrojada,
mas de uma beleza que lhe é peculiar, sendo envolta por muitas
árvores e gramados, o que a torna acolhedora e muito simpática.
Tem quatro quadras esportivas onde seus alunos podem jogar e onde
se fazem as práticas de Educação Física.
Possui uma Biblioteca pequena para o número de alunos e
com
um
acervo
insuficiente
em quantidade
e
em
títulos
a
necessidade de seus alunos.
Há um projeto de melhoria da Biblioteca. Está sendo liderado
pelo Prof. Osvaldo Theodoro Neto (Coordenador de Apoio ao
Ensino e Pesquisas). Busca-se ajuda junto ao SENAI, em termos de
informações e orientação, com o objetivo de ampliar a Biblioteca.
Há uma Capela Católica no 3 o andar, onde periodicamente há
Missas, rezadas geralmente pelo Padre Francisco José Leite Jacó
(Vigário Paroquial da Igreja Matriz de São Jorge em Quintino),
principalmente na Primeira Comunhão (catequese), comemorações
importantes e de requiem (7 o dia, 30 o dia).
Possui uma Sala de Áudio Visual, onde são realizadas
diversas reuniões de pais, de professores, Palestras, Conselhos de
Classe e às vezes, são exibidos filmes para os alunos que queiram e
estejam livres para tal.
Existe uma Saleta onde funciona uma Rádio. Durante o
Almoço/Recreio dos alunos rola um som para descontração e
animação da garotada, assim como serve para passar alguns avisos.
São os próprios alunos do Grêmio os responsáveis pela Rádio.
Há também o Clube Técnico, ainda em caráter inicial; Os
alunos dos diversos cursos, que queiram, podem fazer parte.
A Escola tem os Laboratórios específicos para cada Curso,
onde os alunos fazem suas aulas práticas, assim como os de
Química, Biologia e Física, que são comuns a todos. Neles os
alunos podem ter uma melhor visão das matérias e fazer algumas
experiências.
No dia 07 de maio de 1999, no 3 o aniversário da Escola houve
a inauguração do Centro Cultural, espaço este, onde os alunos
podem obter maiores informações de cunho geral. A finalidade do
Centro Cultural é a divulgação da cultura em si. Busca junto a
outras repartições informações importantes, visando sempre o
aprimoramento do aluno e do professor. Busca a obtenção de
material de divulgação, intercâmbio social e informativo. O Centro
Cultural procura trazer até a Escola a visita de Palestrantes, com
temas e debates educativos.
A Escola conta com um Refeitório onde aproximadamente
1.200 alunos almoçam diariamente. Também durante os Recreios de
Manhã e Tarde é servido um lanche.
O
Setor
Supervisora
Pedagógico
Pedagógica,
do
três
Colégio
é
Orientadoras
composto
por
uma
Educacionais,
uma
Psicóloga e uma Assistente Social que se desdobram para atender a
todos os alunos e responsáveis, quando é o caso.
A Escola Técnica Estadual República, é muito bem aceita na
Comunidade. É muito procurada. Quando é chegada a data das
inscrições, a fila parece interminável, ocorrendo até tumultos.
No
ano
de
2000,
aproximadamente
64.000
candidatos
disputaram às 7.900 vagas oferecidas nos diversos cursos; já no ano
de 2001 foram quase 100.000 candidatos para aproximadamente
9.700 vagas.
A disputa é grande para garantir uma vaga. O aluno faz o
Concurso. Se ele conseguir o número de pontos necessários, a vaga
é dele. O D.R.E. (Departamento de Relações Estudantis), que é o
órgão responsável pelo Concurso e ingresso do aluno na Escola, é
muito criterioso e respeita na íntegra a escolha de curso e a lista de
classificação do mesmo.
Em
1997,
ao
Escola
Técnica
Estadual
República,
foi
considerada pela comunidade, pais e alunos como a terceira melhor
Escola do Rio de Janeiro, através de pesquisa pelo Jornal O DIA do
dia 4 de janeiro de 1998.
A Filosofia da Escola Técnica Estadual República é ver a
Educação como dever da Família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A Escola Técnica Estadual República não faz distinção de
raça, cor ou culto. O educando é aceito e tratado com igualdade.
Os alunos são procedentes de diversas classes sociais. Esta
heterogeneidade auxilia no desenvolvimento e crescimento do
educando, pois eles entre si vivenciam a diversidade destas classes
e aprendem bastante com estas diferenciações.
O projeto CEI a qual a Escola Técnica Estadual República
pertence, baseia-se no trinômio ESCOLARIDADE, LUDICIDADE e
TRABALHO, formando com estas três palavras a proposta de cada
escola que pertencem à FAETEC (Fundação de Apoio às Escolas
Técnicas).
Tanto os professores como os funcionários, também são
escolhidos por Concurso Público.
No momento ainda há Funcionários Federais (cedidos),
remanescentes da antiga e extinta ESCOLA XV de NOVEMBRO.
Compõem o Quadro de Funcionários, que, aos poucos, vão
retornando para seus órgãos de origem.
Quando não é possível preencher as vagas existentes, por
Concurso Público, Professores, Monitores e Funcionários são
contratados, através da FAETEC ou COOTRACEI (Cooperativa
pertencente ao próprio CEI).
O Corpo Docente da E.T.E.R. conta com 100 Professores da
Formação Geral e 140 Professores da Formação Técnica
Os funcionários são em número de 45, assim distribuídos:
— 10 Agentes Administrativos
— 16 Monitores
— 06 Auxiliares de Serviços Gerais
— 04 Operadores de Micro
— 04 Funcionários da Cooperativa
— 05 Funcionários Federais que exercem funções administrativas
de monitoria, coordenação e até mesmo atuam na Direção.
Consta-se um total de 295 pessoas envolvidas no processo
aducativo, administrativo e informativo dos 5.629 alunos de nível
médio que há na Escola.
O Corpo Discente da ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA,
distribuído por cursos:
Técnico em Eletrônica
1220 alunos
Técnico em Enfermagem
1094 alunos
Técnico em Informática
1988 alunos
Técnico em Mecânica
Técnico em Telecomunicações
795 alunos
1327 alunos
Hoje a estrutura direcional da Escola Técnica Estadual
República é a seguinte:
Diretora Geral: Prof . Abtônio José dos Santos Pires
Coordenador Administrativo: Prof. Hilton Ferreira Magalhães
Coordenadora Técnico-Pedagógica: Prof a Ana Maria Prado Aquino
Coord. de Apoio ao Ensino e Pesquisa: Prof. Reinaldo Lopes
Gerente de Rotinas e Disciplina: Prof. João Venceslau Porto
Secretário Escolar: Sr. Lourival Valentim Marchetti
Coord. de Turno: Prof. Márcio Douglas / Sônia
Coordenador de Disciplina: Sr. João
Coordenador Curso Mecânica: Prof. Anderson Teixeira Boanafina
Coordenador Curso Informática: Prof. Rinaldo Mendes de Lima
Coord. Cursos Eletrônica e Telecomunicações: Prof. Elton de ª
Burity
Coordenadora Curso Enfermagem: Prof a Danielle de Souza Santos
Coordenadora Matemática: Prof a Mariângela
Coord. Física: Prof. Alexandre
Secretária da Direção: Ângela Maria Rocha
Administrativo: Ivan Mendonça Borges
Coordenador Química: Prof a Cristiane Vieira Nunes Barbosa Lopes
Coord. História: Prof . Walter
Coord. Biologia: Prof. Eduardo Augusto de Azevedo Gesteira
Coord. Inglês: Prof a Fátima Cristina Bittencourt Rangel
Coord. Literatura: Prof. Marcílio
Coord. Sociologia: Prof. Ricardo César da Rocha Costa
Coord. Educ. Artística: Prof a Maria Cristina da Silva Cardoso
Coord. Português: Prof a Eugênia Maria F. do Vale Tavares
Coord. Geografia: Prof. Nunes
Setor Técnico Pedagógico
Orientadoras Educacionais
Prof a Cláudia da Cruz
Prof a Danúzia Cardoso de Almeida
Prof a Silvia Regina Pinto Silva
Supervisora Pedagógica
Prof a Maria Luiziara Goiana de Souza
Assistente Social
Sr a Marilda Cerqueira Viegas
Psicóloga
Prof a Ana Maria Cruz Alves
O Centro de Ensino Integral de Quintino, foi a primeira
unidade
da
FAETEC
a
integrar
o
Ensino
Técnico
com
o
Profissionalizante. Criado em 1995, numa área de 1 milhão e 300
mil m 2 , todo arborizado, ele é hoje uma referência de ensino, sendo
apontada no ano de 1997 como a terceira melhor escola do Rio de
Janeiro. Com um total de 35.693 alunos, o CETEP QUINTINO
(atual nome) engloba as seguintes unidades:
Escola Técnica Estadual República
Escola de Ensino Fundamental República
Centro de Informática
Escola de Ensino Industrial (ESEI)
Escola de Ensino Comercial
Escola de Artes
Escola de Hotelaria
Escola de Corte e Costura
Modelagem Industrial
Oficina de Beleza
Escola de Teatro
Centro Esportivo
Centro Interamericano de Artes Marciais
Escola de Música
Unidade Profissionalizante da Área de Saúde
Casa da Criança (Creche)
Centro de Reabilitação Infantil
Escola Favo de Mel (para Deficientes Físicos e Mentais)
O CETEP de Quintino é conhecido pela comunidade como
Oficina de Ensino, por oferecer sessenta e quatro (64) Cursos
Profissionalizantes, tendo metas ainda mais ambiciosas para o
Futuro.
Segundo o Diretor do CETEP, Prof. Sérgio Tanaka, o Centro
já está atendendo mães de alunos em atividades artísticas e está
desenvolvendo
projetos
de
atendimento
à
terceira
idade,
acompanhados por professores especializados. O CETEP Quintino
estuda a ampliação do número de vagas já para o próximo curso. Os
servidores deverão ter em breve cursos de qualificação profissional
na
área
de
Informática,
atividades
culturais,
esportivas
e
oportunidade de concluir o primeiro grau em Módulos do Telecurso.
O Centro Esportivo oferece uma gama extensa e variada de
esportes aos alunos das Escolas de 1 o e 2 o graus como aulas de
Educação Física, que faz parte da Grade Curricular deles, assim
como são oferecidos na comunidade vários esportes, como: natação,
Jazz, Teatro, Judô, Karatê, Jiu Jitsu, Boxe Tailandês, Boxe Inglês,
Ginástica Olímpica, Ginástica Rítmica, Handball, Futsal, Futebol,
Taekwondo, Capoeira, Dança de Salão, Atletismo, Vôlei, Basquete,
Ballet.
CAPÍTULO II
DESCRIÇÃO DO CURSO TÉCNICO
EM TELECOMUNICAÇÕES
Este curso tem duração de 3 anos, irá qualificar o aluno como
Técnico
em
Telecomunicações.
O
aluno
terá
um
Registro
Profissional na CREA.
O Técnico em Telecomunicações executa tarefas ligadas a
projetos de elaboração, construção, montagem, manutenção e
reparação de instalações em equipamentos de telecomunicações.
O Técnico em Telecomunicação é aquele profissional que
instala, produz, conserta, opera e mantém a operacionalidade de um
equipamento de telecomunicação.
O Técnico tem como função a racionalização do trabalho
quando
solicitado
pelos
industriais que
desejam
aumentar
a
produção sem aumentar o número de trabalhadores.
A Telecomunicação abrange tarefas de executar tarefas nobres
com tal qualidade que ao homem sozinho seria impossível.
É fascinante conhecer um pouco do assunto. É impossível
negar a evidência da utilização da Telecomunicação na vida diária
de cada pessoa, assim como a sua utilização no mundo. A
Telecomunicação tomou um vulto tão grande que se quiséssemos
deter esse processo seria impossível. O uso da Telecomunicação
moderno tornou-se irreversível.
Os alunos do Curso Técnico em Telecomunicações da Escola
Técnica Estadual República são na maioria do sexo masculino. As
meninas são em número bem reduzido.
Os alunos além das aulas de matérias técnicas, passam,
também, pelas Disciplinas de Formação Geral, pois na E.T.E.R. a
formação é de Nível Médio, associado ao Profissional.
Na Escola Técnica Estadual República tem 6 (seis) turmas do
1 o ano, 9 (nove) turmas do 2 o ano e 3 (três) turmas do 3 o ano. Cada
turma tem aproximadamente 28 alunos.
Quando na 3 a série, no segundo semestre, os alunos terão que
cumprir Estágio de no mínimo 400 horas, para obterem o Diploma
de Técnico em Telecomunicação. Caso contrário, só obterão
Certificado de Auxiliar Técnico em Telecomunicação.
O aluno que não conseguir Estágio e não completar todos os
módulos (Matérias Técnicas) dentro dos 3 anos programados no
curso, terá ainda 2 anos a mais para fazê-lo.
ESTÁGIO
Como dissemos anteriormente, o aluno do Curso Técnico em
Telecomunicação, precisa cumprir Estágio de no mínimo 400 horas,
para a conclusão do Curso e obtenção do Diploma.
A Central de Estágios, um dos setores da FAETEC, tem um
cadastro de várias empresas onde os seus alunos cumprem as tarefas
de estágios.
Este cadastro de Empresas fica em aberto, de modo que a
qualquer momento uma nova Empresa poderá ser cadastrada desde
que se adeqüe às normas da FAETEC.
Embora não sejam poucas as Empresas cadastradas, o número
de vagas é insuficiente para o número de alunos.
É comum após formados, ficarem na dependência deste
estágio um bom tempo. Ainda bem que os alunos têm 2 anos após a
conclusão do curso para fazerem os chamados Módulos, que são as
Matérias
Técnicas,
que
poderão
ficar
pendentes
e,
conseqüentemente, o seu estágio também poderá ser feito após isso.
As Empresas são muito exigentes e criteriosas e a oferta de
vagas é pequena diante da demanda.
Nem sempre os estágios são remunerados, mas não é isto o
que mais pesa. O que realmente preocupa é o número de vagas
reduzido para o tão esperado e necessário Estágio.
Podemos mencionar algumas empresas onde os alunos da
E.T.E.R. costumam fazer os seus Estágios.
— Telemar S/A
— Tv Globo
— Philips do Brasil
— General Eletric
Podemos citar também, onde os alunos podem e devem tentar
conseguir seus Estágios.
— Fundação MUDES
— CIEE (Centro de Integração Empresa Escola)
— Central de Estágios
As alunos são encaminhados através de uma carta de
apresentação da Escola.
MERCADO DE TRABALHO
O Ensino Técnico é muito importante no Estado do Rio de
Janeiro, no Brasil e em todo mundo,. Embora o mercado de trabalho
seja restrito, pois atravessamos uma crise de empregos, talvez a
pior dos tempos. O mercado continua buscando e exigindo cada vez
mis técnicos de qualidade.
Podemos dizer que a remuneração é baixa, mas os bons irão
sobreviver. É fundamental que o técnico esteja sempre atualizado,
fazendo
novos
cursos,
buscando
cada
vez
mais
o
seu
aperfeiçoamento.
Parece irônica a comparação, mas ela é real. Entre um técnico
brasileiro e um técnico estrangeiro, lamentavelmente, embora com a
mesma capacidade, o técnico estrangeiro ganha o triplo do técnico
brasileiro.
O perfil hoje exigido para o exercício de uma atividade
técnica sofreu grande mutação. Ao técnico formado com base nas
diretrizes curriculares apoiadas no Parecer CFE n 45/72 era exigida
unicamente
uma
sólida
formação
específica.
O
técnico
em
mecânica, por exemplo, não precisava transitar por nenhuma outra
área onde houvesse qualquer componente diverso do de sua
formação, mesmo que pertencesse ao mesmo setor de economia,
como por exemplo, a eletrônica.
Acontece
que
o
mundo
do
trabalho
está
se
alterando
profundamente, muito embora ainda continuemos a conviver, como
que contracenando em um mesmo palco, com dois paradigmas. Esta
nova realidade de trabalho pressupõe a superação do paradigma das
qualificações limitadas às exigências dos postos de trabalho,
definidos em análises ocupacionais, e determina a emergência de
um novo modelo de educação profissional centrado na noção de
competências. Estas devem ser ao mesmo tempo, sólidas no seu
campo específico de trabalho e mais amplas, polivalentes, de modo
a propiciar condições para que essa transição seja possível, uma vez
que o trânsito entre áreas é essencial para um competente
desempenho profissional, nos termos da moderna empresa.
O profissional técnico no momento terá de mostrar uma
educação mais ampla, abrangente e polivalente.
Aos profissionais de hoje, é exigido em doses crescentes,
maior
flexibilidade
de
raciocínio,
autonomia
intelectual,
pensamento crítico, iniciativa própria e espírito empreendedor, bem
como capacidade de visualização e resolução de problemas.
Com a globalização econômica, a temática prioritária no
campo de trabalho, passou a ser a competitividade. Nesse caminho,
a necessidade de se impor num mercado sem fronteiras fez com que
as economias substituíssem o trabalho humano pela eficiência e
perfeição da alta tecnologia, muitas vezes gerando desemprego ou
realocando trabalhador. (Otávio Ianni, 1992)
Na sociedade moderna, trabalhar é estar pronto para enfrentar
problemas de que se renovam diariamente, optando e arbitrando e
não somente executando. No processo de mutação vivenciado pelas
empresas, busca entender os novos requisitos necessários para a
ocupação de um posto de trabalho. É necessário a integração, assim
como a ampliação de conhecimentos em áreas conexas às produções
de base. (Zarifan, 1966)
Dentro desta concepção, constata-se que o emprego está
emfase de extinção.
Há bem pouco tempo, para se conseguir uma vaga no mercado
de trabalho era necessário Ter habilidades correspondentes a um
papel específico, ou seja, a uma especialização. Com o avanço da
tecnologia, o trabalhador terá uma formação polivalente e, também,
outras qualidades como a de ser capaz de solucionar problemas em
grupo.
O modelo polivalente não se deixa envolver pelo imediatismo
do mercado, mas sim com a formação do homem na sua totalidade,
evitando simplesmente criar um trabalhador que venha a fazer parte
do processo produtivo como uma engrenagem, submetido aos
efeitos da alienação e da fadiga.
O trabalhador deve ser formado para trabalhar de acordo com
os parâmetros definidos pela tecnologia. Isto é, deve ser educado
para saber utilizar a tecnologia como ferramenta que lhe permita
expandir
suas
politécnico,
capacidades.
como
o
A
ideal
tecnologia
para
defende
estimular
desenvolvimento evolutivo do homem (Gitahy, 1996)
o
um
modelo
melhor
A população brasileira economicamente ativa tem um dos
mais
baixos
índices
de
escolaridade
entre
os
países
em
desenvolvimento. O trabalhador brasileiro em média, freqüenta o
curso básico durante 3 ou 2 anos, segundo o IBGE. Nos países
desenvolvidos e nos emergentes, a média atinge até 10 anos.
O principal componente da força de trabalho é o nível de
escolaridade. A educação sempre caminhou lado a lado junto com as
atividades produtivas. Daí a necessidade de se estudar mais para se
ter possibilidades de competição e obtenção de êxito.
O Brasil precisa dinamizar a educação. É urgente fazer da
educação um movimento que abranja todas as atividades humanas
em todos os setores, independente de ser formal ou informal e para
isto, é preciso ter uma vontade política extremamente forte, além de
muita criatividade.
A população brasileira precisa aumentar o seu nível de
conhecimento, pois os empregos no futuro serão cada vez menos
estáveis. Obviamente, serão cada vez maiores as exigências do
mercado de trabalho. É necessário, portanto, melhorar a escola
fundamental e oferecer educação técnica também aos trabalhadores
que já se encontram no mercado.
Respondendo
a
tantas
mudanças,
o
mercado
sugere
a
necessidade de um novo perfil profissional. As empresas precisam
cada vez mais de profissionais técnicos especializados, voltados
para processos de interpretação, elaboração e transformação.
Entretanto, nos últimos anos, ocorreram no seio do parque
industrial do país, movimentos generalizados que denotam um novo
perfil qualitativo do trabalhador:
— o crescimento da demanda por treinamento profissional de
trabalhadores industriais;
— crescente envolvimento das próprias empresas na formação de
seus empregados;
— mudanças qualitativas nesse treinamento, em termos de clientela
e conteúdos ministrados ou requeridos, sinalizadores de um novo
perfil de qualificação.
Essas tendências são registradas pelas estatísticas de produção
do SENAI, um dos principais agentes de formação profissional para
a indústria, assim como pela PIAM — Pesquisa Industrial por
Amostragem,
que
registra,
há
aproximadamente
uma
década,
expansão na demanda por formação profissional na indústria. O
empregado do futuro deverá ser competente, sem ser robotizado.
Embora
tenhamos
um
mercado
de
trabalho
escasso
e
recessivo, acreditamos que quem estiver atualizado com um estudo
globalizado e for eficiente, sempre conseguirá trabalho.
2.3 — Conteúdo Curricular X Carga Horária
Língua Portuguesa
Literatura
História
Geografia
Física
Química
Biologia
Matemática
Língua Estrangeira
Filosofia
Sociologia
Educação Física
Educação Artística
Formação Geral:
TOTAL DE HORAS:
400 horas
240 horas
240 horas
240 horas
280 horas
280 horas
240 horas
480 horas
240 horas
080 horas
080 horas
240 horas
080 horas
3.120 horas
Os alunos têm uma carga horária maior em Português e
Matemática,
pois
na
sua
profissão
de
Técnicos
em
Telecomunicação, eles precisarão fazer relatórios técnicos e,
portanto, terão que saber se expressar em textos e através de
cálculos.
Formação Técnica
Desenho Básico
Eletricidade
Lab. Eletricidade 1
Medidas Elétricas 1
Telecomunicações
Análises de Circuitos
Eletrônica 1
Lab. Eletrônica
Telefonia 1
Lab. Análises de
Circuitos
Eletrônica 2
Lab. Eletrônica
Introdução à Ciência dos
Computadores
Informática
080
080
040
040
040
080
080
040
040
040
horas
horas
horas
horas
horas
horas
horas
horas
horas
horas
040 horas
040 horas
040 horas
080 horas
Telefonia 2
Técnicas Digitais
Lab. Técnicas Digitais
Medidas
Telecomunicações 2
Radio Digital
Arquitetura dos
Computadores
Multiflex Analógico
(FDM)
Comunicações Analógicas
e Digitais
Comunicação de Dados 1
Lab. De Medidas de
Telecomunicação
Antenas e Propagação
Sistemas Operacionais
Comunicações Ópticas 1
Fundamentos
Empresariais 1
Multiplex Digital TDM
Comunicações Digitais
Via Satélite
Comunicação de Dados 2
Sistemas de Televisão
Infra-estrutura em
Telecomunicações
Organização e Normas
Comunicações Ópticas 2
Fundamentos
Empresariais 2
Estágio Supervisionado
Total Geral:
040
040
040
040
horas
horas
horas
horas
080 horas
040 horas
080 horas
080 horas
040 horas
040 horas
080
040
040
040
horas
horas
horas
horas
080 horas
080 horas
080 horas
040 horas
040 horas
040 horas
040 horas
040 horas
400 horas
2320 horas
Os Critérios de Avaliação na E.T.E.R. do Ensino Médio
A verificação do rendimento escolar compreenderá a avaliação
do aproveitamento, observados os critérios estabelecidos pela
legislação vigente.
A avaliação do aproveitamento escolar será contínua e
cumulativa no decorrer do ano letivo, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação do aproveitamento de todos os componentes
curriculares deverá incidir sobre o desempenho do aluno nas
diferentes situações de aprendizagem, considerados os objetivos
propostos para cada uma delas.
Na avaliação do aluno, serão utilizados, no mínimo, 2 (dois)
instrumentos
diversificados
propostos
pelo
docente,
com
acompanhamento da Coordenação e Supervisão Educacional.
O
pano
escolar
deverá
prever
a
operacionalização
da
sistemática de avaliação em cada componente curricular, bem como
suas formas e instrumentos.
Os alunos serão informados pelo docente, no início do ano
letivo, da sistemática de avaliação em cada componente curricular.
As sínteses dos resultados da avaliação do aproveitamento
serão em notas, numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), sendo
considerado aprovado o aluno que obtiver como média final, nota
igual ou superior a 5,0 (cinco) em cada componente curricular.
A média final do aluno será: a média aritmética dos 3 (três)
primeiros bimestres; a soma do resultado obtido na média aritmética
do 4 o bimestre dividida por 2.
MF = {[mb1 + mb2 + mb3] + mb4} : 2
3
MF = média final
Mb = média bimestral
O aluno de aproveitamento insatisfatório (nota inferior a
cinco),
demonstrado
no
decorrer
do
processo
de
ensino-
aprendizagem do período letivo, será submetido a estudos de
recuperação contínua e paralela.
O docente poderá, quando julgar necessário, encaminhar aos
estudos de recuperação contínua e paralela o aluno que obtiver nota
igual ou superior a 5,0 (cinco), para o aprimoramento do seu
processo de aprendizagem.
Os estudos de recuperação constituir-se-ão de atividades,
recursos
e
metodologias
diferenciadas,
reorientação
da
aprendizagem individualizada, desenvolvidos pelos docentes e/ou
monitores por eles designados e organizados da seguinte forma:
1 — contínua e integrada ao processo de aprendizagem, com
objetivo de oferecer ao aluno condições de aprender o que está
sendo ensinado;
2 — paralela, a realizar-se em turno diverso.
A nota que representar os resultados obtidos pelo aluno nos
estudos de recuperação substituirá a nota obtida anteriormente, caso
esta tenha sido de valor inferior.
Ao término do período letivo, o resultado da avaliação do
aproveitamento do aluno será expresso, em cada componente
curricular, numa média final, determinando o prosseguimento dos
estudos ou a conclusão do curso.
Ao aluno que persistir com insuficiência no seu rendimento
escolar, após os estudos de recuperação paralela, a escola oferecerá
ao final do período letivo, estudos de recuperação final em até 03
(três) componentes curriculares.
Após os estudos de recuperação final, o aluno será submetido
a uma avaliação cujo resultado substituirá a média final do(s)
respectivo(s) componente(s) curricular(es), devendo alcançar a nota
igual ou superior a 5,0 (cinco) para aprovação.
Do Ensino Técnico
Os pontos de avaliação que deverão ser modificados, são
descritos a seguir:
A avaliação do aproveitamento de todos os módulos deverá
incidir sobre o desempenho do aluno nas diferentes situações de
aprendizagem, considerados os objetivos propostos para cada uma
delas.
Para efeito de cálculo da média final, será efetuada a média
aritmética dos (2) dois bimestres, em cada módulo.
Os resultados da verificação do rendimento do aluno em cada
módulo serão sistematicamente registrados, analisados com o aluno
e sistematizados pelo docente numa única nota, encaminhada, ao
final de cada período, à Secretaria da Escola que comunicará por
escrito, ao aluno e, se menor, a seu responsável.
CAPÍTULO III
ANÁLISE
Tivemos a oportunidade de observar, ao longo de vários anos
de estudos e pesquisas, o quanto é importante um Curso Técnico.
Ele prepara o aluno para o Mercado de Trabalho. É claro que só
após estar trabalhando é que realmente, com sua vivência, este
Técnico estará pronto.
Obviamente, diante da globalização, o técnico, como qualquer
outro
profissional,
terá
que
sempre
estar
se
reciclando,
se
aprimorando diante das novas tecnologias, para não ser esmagado
pelo sistema que prevalece no mercado de trabalho.
Todo aquele profissional que for favorável à atualização e à
polivalência e adotá-las na prática, cremos que não faltará emprego
para ele.
Observamos
Telecomunicação
que
da
os
Escola
alunos
do
Técnica
Curso
Estadual
Técnico
em
República,
no
momento de estagiar, sofrem uma série de problemas, tais como:
— A escassez de estágios.
— O fato de, na maioria das vezes, estes estágios não serem
remunerados, o que muito desestimula o aluno.
— Dificuldade na conciliação dos horários de aula com os horários
do estágio. As empresas às vezes se mostram inflexíveis e a
Escola nem sempre consegue mudar o horário do aluno.
— Não é assegurado ao aluno a certeza de conseguir o tão
necessário
estágio.
Muitas
vezes
ficam
alucinados
à procura de um lugar para cumprir o seu estágio.
Mediante as dificuldades observadas, tomamos a liberdade de
sugerirmos algumas soluções, tais como a criação de mais estágios
no próprio estabelecimento e a criação de convênios com maior
número de empresas.
CONCLUSÃO
Foi a técnica que construiu o mundo dinâmico de hoje. A ela
devemos o número crescente de invenções que melhoram as
condições de vida humana.
Com a chegada e o avanço tecnológico da Telecomunicação,
houve a facilitação da vida do homem. Ganhou-se tempo, facilidade
e agilidade na comunicação entre estados e países. O Brasil
necessita
de
investimentos
urgentes
nesta
especializada
da
educação, dinamizando a mesma.
É necessário fazer da Educação Técnica de Nível Médio um
movimento que abranja os campos das atividades humanas, em todos
os setores, de forma que os nossos técnicos sejam mais bem
preparados para poderem se condicionar à realidade do momento.
Para isto, precisamos contar com uma vontade política muito
grande, além do uso da criatividade e objetividade.
O Brasil precisa aumentar o nível de conhecimento de toda a
população, em especial os nossos técnicos, pois eles representam a
mola propulsora do desenvolvimento.
Os empregos no futuro serão cada vez menos estáveis e mais
raros. Conseqüentemente, serão cada vez maiores as exigências do
mercado de trabalho. É necessário, portanto, melhorar a escola
básica para as crianças e prover de educação técnica os atuais
trabalhadores para que não saiam da circulação formal do mercado.
O Ensino Técnico de Nível Médio é extremamente importante, pois
as empresas precisam cada vez mais de profissionais competentes.
As Empresas inteligentes, preocupadas com o momento, com o
futuro e com o seu pessoal, elas próprias fornecem treinamento
adequado para que os seus empregados adquiram o novo perfil
qualitativo exigido pela Sociedade. O empregado do futuro deverá
ser eficiente, sem ser robotizado.
A globalização, que caracteriza o mundo de hoje, exige
instrumentos que possibilitem às pessoas sobreviverem, enfrentando
os desafios que esta nova forma de organização mundial impõe.
Aos governos cabe o compromisso de criar políticas e
condições para que as pessoas se apropriem desses instrumentos e
alcancem êxito em seus projetos pessoais e nos do grupo social a
que pertencem.
Em nosso país, o Governo Federal em parceria com os
Governos estaduais e municipais, sociedade civil organizada,
sindicatos e organismos internacionais, organizou-se para oferecer
os meios capazes de oportunizar a cada cidadão brasileiro acesso a
maior conhecimento e possibilidade de contribuir efetivamente para
o desenvolvimento do Brasil. Para tanto, a Educação especialmente
o Ensino Médio e a Educação Profissional tornou-se prioridades do
atual Governo.
O Ensino Médio que registra 57% de crescimento nos últimos
cinco anos, passou a formar cada vez mais jovens não apenas pela
melhoria da qualidade do ensino fundamental, mas, também, pela
exigência de níveis mais altos de escolaridade e de melhor
qualificação profissional por parte do setor produtivo.
A Educação Profissional passou a enfrentar mudanças, que
começam a ser desenvolvidas, atendendo a um número maior de
pessoas, e criando maiores chances de obtenção de certificados em
diferentes áreas técnicas. Em 1996, com a aprovação da Lei n
9.394, a Educação Profissional foi definida como complementar à
Educação Básica, portanto a ela articulada, mas podendo ser
desenvolvida em diferentes níveis, para jovens e adultos com
escolaridade diversa.
A Educação Profissional tem como objetivo não só a formação
de técnicos de nível médio, mas a qualificação, a requalificação, a
atualização tecnológica permanente e a habilitação nos níveis médio
e superior. Essas disposições foram regulamentadas pelo Decreto n
2.208, de 17 de abril de 1997, trazendo mudanças significativas
para nossa tradição de educação profissional, principalmente para o
Ensino Técnico.
Essas mudanças estão atendendo ainda mais a democratização
da educação no Brasil, pois respondem aos mais urgentes anseios da
população, que assim pode optar sobre o caminho que melhor
convém ao seu desenvolvimento pessoal e profissional. *
Após o presente estudo sobre o “ENSINO TÉCNICO EM
TELECOMUNICAÇÃO NO NÍVEL MÉDIO”, podemos assegurar
que ainda hoje a Sociedade Brasileira urge por Técnicos de Nível
Médio em várias modalidades. No nosso caso, o TÉCNICO EM
TELECOMUNICAÇÃO, verificamos o quanto ele é importante e
necessário no mundo de hoje, do amanhã e do sempre...
Como recomendações, convém adotar as seguintes:
— Nas Empresas, criação de um horário sempre inverso ao das
aulas do aluno em termos de meio expediente, com adequada
remuneração,
para
o
incentivo
e
manutenção
do
próprio
estagiário.
— Que o Setor Pedagógico da Escola mais a Central de Estágios da
FAETEC sejam mais ativos e providenciem estágios para todos
os alunos.
— Que a Coordenação do Curso Técnico em Telecomunicação se
empenhe mais nesse sentido, dando apoio e incentivo aos alunos.
*
Dados obtidos no Jornal FAETEC EM AÇÃO (Opinião do Secretário de Educação
Mé d ia e T e c n o ló g ic a d o ME C) .
— Que o setor Pedagógico efetue um trabalho de conscientização
dos alunos sobre sua importante profissão e o Mercado de
Trabalho.
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SOUZA FILHO, Tarquínio de. O ensino técnico no Brasil. Imprensa
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monica oliveira de souza - AVM Faculdade Integrada