UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROGRAMA NOVO MESTRE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DOCÊNCIA DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL O ENSINO TÉCNICO DE TELECOMUNICAÇÕES NO NÍVEL MÉDIO Mônica Oliveira de Souza Rio de Janeiro, Dezembro de 2001. UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROGRAMA NOVO MESTRE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DOCÊNCIA DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL O ENSINO TÉCNICO DE TELECOMUNICAÇÕES NO NÍVEL MÉDIO Mônica Oliveira de Souza Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Complementação Pedagógica da Universidade Candido Planejamento e Mendes, Pró-Reitoria Desenvolvimento; Diretoria de de Projetos Especiais. Instituto de Pesquisas SócioPedagógicas como requisito para obtenção Certificado. Orientador: Prof a Maria Ester de Araújo Oliveira Rio de Janeiro, Dezembro de 2001. de AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus, soberano maior, por ter me criado e me colocado neste mundo, com muita garra para cada vez mais lutar e alcançar meus objetivos. À Prof a Maria Ester, o meu muito obrigada, pelos esclarecimentos e ensinamentos. Aos meus grandes amigos e colegas de trabalho da Escola Técnica Estadual República e Colégio Técnico Atlas, meu muito obrigada, pois me auxiliaram demais para a realização deste trabalho. "Estes são os inúteis, desajeitados conselhos que eu lhe dedico. Ninguém saberia segui-los. Mas eu não queria outra coisa: escrever sobre essa arte um poema cujo calor subisse ao seu rosto. Tratava-se de lhe inflamar, não de lhe ensinar". (Genet) APRESENTAÇÃO Este trabalho tem como objetivo a análise do Ensino Técnico de Nível Médio, Telecomunicação, sua especificamente importância, o suas Curso Técnico considerações e em sua aplicação na realidade. Visitamos a Escola Estadual República, que fica no Complexo do CEI de Quintino, no período do ano de 2001. Contamos com o auxílio das Orientadoras Educacionais, Supervisores, Direção Geral, Coordenadores de Área, Secretário Escolar, Professores, Alunos etc. O trabalho foi realizado através de estágio, aulas práticas, entrevistas, visitação e levantamento bibliográfico. Procuramos buscar o máximo de informações e dar aos nossos leitores a maior especificidade do nosso tema proposto que é o Ensino Técnico de Nível Médio, em particular o Curso Técnico em Telecomunicação. No Capítulo I intitulado histórico, veremos um pouco da história da Escola Técnica Estadual República e suas anuâncias. No Capítulo II, intitulado Descrição do Curso Técnico em Telecomunicação, teremos o que é o Curso, mas aplicações, mais tendências, o Mercado de trabalho, assim como o conteúdo Curricular e os critérios de Avaliação. No Capítulo III, intitulado análise, faremos uma prévia de tudo o que falamos com algumas críticas ou até sugestões. No Capítulo IV, faremos a Conclusão de todo o nosso trabalho. No Capítulo V, teremos a Bibliografia, assim como todo o material de que nos valemos para a concretização deste trabalho. SUMÁRIO HISTÓRICO 600 AC 1791 1870 1880 1910 1930 1951 1958 1958–1959 1960 1962 1963 1964 1966 1968 1969 1970 Sistemas de telecomunicações visual através de sinais de fogo e estações (humanas / repetidoras) Invenção do Semaphore – sistema de telecomunicações visual através de dispositivos Claude Chappe (França) mecânicos (braços) operados manualmente no alto de torres John Ty ndall Experiência com transmissão de luz com o uso de (Inglaterra) um fino jato de água. Alexander Grahan Invenção do Photophone – sistema para transmitir Bell (EUA) voz utilizando-se de um feixe de luz. Hondros e Deby e Análise de guias de onda dielétricos (Alemanha) Primeiras experiências de transmissão de luz em Camb (Alemanha) fibras de vidro. Heel / Holanda Invenção da Fiberscope – sistema de transmissão Hopkins e Kapany de imagens através de um feixe de fibras. (Inglaterra) Shawlow e Townes Invenção do laser. (EUA) Kapany e outros Proposta da fibra óptica com estrutura de núcleo e (Inglaterra) casca. Mauman (EUA) Operação do primeiro laser a rub Primeiro fotodiodo P/N de silício de alta EUA velocidade. Primeira demonstração de emissão de luz não EUA coerente (LED) Nishiwa e outros Proposta de guia de onda óptica de gás com (Japão) variação gradual do índice de refração. Kao e Hock Sugestão de uso de fibras de vidro com núcleo e casca em sistemas de transmissão a longa distância (Inglaterra) Melchior e Ly nch fotodiodo de avalanche (APD) de germânio de alta velocidade. (EUA) Kawakami e Análise de fibra óptica com índice gradual. Niszawa (Japão) Kasonochy e outros Primeiro diodo laser com dupla heteroestrutura (EUA) (DHS) Ùchida e outros Primeira preformas de fibras ópticas com índice (Japão) Pearson e gradual. outros (EUA) Kapron e Kentck Fabricação da fibra óptica com atenuação de 20 dB Gregos (EUA) Kay ashi outros (EUA) 1971 1972 1975 1976 1977 1977-1978 1979 1980-1981 1981 1982 1983 e / Km. Burrus e Miller Gloge (EUA) Primeiro diodo laser com operação contínua em temperatura ambiente. Primeiro LED para transmissão por fibra óptica. Teoria simplificada e fibras ópticas. Desenvolvimento de fibras ópticas com núcleo líquido. Store (EUA) Corning Glass Fabricação de fibra multimodo com pedras de ‘4 Works (EUA) dB/Km. Bell Labs (EUA) Fibra óptica com 2,5 dB/Km. Pay ne e Ganbling Reconhecimento da janela de dispersão mínima (Inglaterra) (1300 nm) para fibras ópticas de sílica. Fibra óptica com 0,47 dB/Km em 1200 nm. Honguchi e Osanai (Japão) Primeiro sistema de CATV com fibra ópticas. Inglaterra Sistema experimental em campo a 45 Mbps na EUA Região de 0,82 Mn. Primeiro sistema telefônico com fibra óptico em operação a regular. Goodwin e outros (EUA) Diodo laser com vida útil superior a 7.000 hs. Dentai e outros (EUA) Desenvolvimento de LED de alta radiança em 1300nm. EUA, Europa e Japão Primeiro geração de sistemas comerciais a 0,85µm em testes de campo EUA, Europa e Japão Primeiro sistemas experimentais com fibras multimodo em 1300 nm. Miy a e outros Anunciada a fibra monomodo com 0,20 dB/nm em (Japão) 1550nm. EUA, Europa e Instalação, teste e operação da segunda geração de Japão sistemas comerciais (1,3 nm). Ainslie e outros Demonstração de fibra monomodo com desvio de (Inglaterra) dispersão zero para 1550 nm. Maly ion e Mc Sistema experimental em 1,5 nm com alcance sem Donna repetidores de 102 nm. (Inglaterra) Yamada e outros (Japão) Stern e outros (Inglaterra) Bhaga Vatula (Inglaterra) EUA, Europa Sistema experimental com 1,55 nm e 2 Gbps com alcance de 51,5 nm. Primeiras demonstrações no campo de emendas de fibras monomodo com perdas de 0,2 dB. Fibra monomodo com núcleo segmentado (fibra com dispersão plana). e Conectores para fibras monomodo com perda 1984 Japão inferior a 0,3 dB comercialmente disponíveis. Japão Sistema comercial em 1300 nm a 400 Mbps e alcance sem repetidor até 25nm. Sistema comercial em 1300 nm a 1,7 Gbps até 40 nm. Sistema experimental a 4 Gbps com 103 nm de alcance. EUA AT&T Bill Labs (EUA) Sistemas experimentais de fibras monomodo com dispersão deslocada mínima com alcance de 220 nm (140 Mbps) e 230 nm (34 Mbps). Inglaterra 1985 EUA, Japão Europa e Fibras monomodo com dispersão mínima, comercialmente disponíveis. Olsson e outros (EUA) Sistema experimental em 1,55 nm com capacidade de 2000 Gbps, nm usando 10 canais WDM. Sistema experimental em 1548 nm, com fibras monomodo com dispersão deslocada a 2 Gbps e alcance de 108 nm. KDD (Japão) Sistema experimental em 1530 nm, com fibras monomodo com dispersão deslocada a 565 Mbps e alcance de 240 nm. Nec (Japão) 1986 BRTZ (Inglaterra) EUA, Japão deslocada Europa Sistema experimental em 1550 nm, com fibra monomodo com dispersão deslocada a 2,4 Gbps e e alcance de 71 nm. Diodo laser DFB disponível comercialmente. 1987 1988 Iwashita Matsumoto (Japão) EUA, Europa Taiwan e Sistema corrente experimental a 400 Mbps com 290 nm de alcance. Operação do 1o cabo óptico transatlântico (TAT-8) entre EUA e (França e Inglaterra). submarino e Europa Cabo óptico submarino de 3 a geração (1,55 nm) sem repetidores (104 nm). INTRODUÇÃO A transmissão de sinais elétricos por condutores metálicos tem sido usada há mais de um século. Nos últimos anos a tecnologia de telecomunicações teve um notável avanço, chegando à transmissão simultânea de 10800 canais de conversão telefônica por um único par de condutores coaxiais. As características físicas dos cabos com condutores de cobre fazem a atenuação aumentar a razão da raiz quadrada da freqüência dos sinais elétricos. Com o incremento da largura de banda de transmissão as distâncias entre as repetidoras diminuirão proporcionalmente. Além disso, campos eletromagnéticos e eletrostáticos podem perturbar sinais conduzidos por cabos metálicos. A transmissão de sinais de telecomunicações por cabos de fibra óptica oferece diversas vantagens distintas neste sentido. Em lugar de uma portadora elétrica de CA, usa-se luz com um comprimento de onda na região infravermelha. Visto que a freqüência da luz é muito elevada, a largura da faixa do sinal é muito pequena, comparada com a largura disponível, ou seja, de algumas centenas de MHz a relação largura de faixa do sinal/freqüência da portadora é ainda menor que 10 -5. Por conseguinte, a atenuação que ocorre ao longo do meio de transmissão é determinada exclusivamente pela freqüência da luz infravermelha, sem consideração da largura de faixa do sinal. A atenuação dependente da freqüência do sinal, que ocorre em condutores metálicos, deixa de existir. Pelo fato de a fibra óptica ser um não-condutor, não há possibilidade de indução de qualquer tensão estranha por campos eletromagnéticos ou eletrostáticos, que possam perturbar o sinal. Isto significa, também, que cabos de fibras ópticas vizinhas não podem interferir (diafonia), garantindo um desacoplamento perfeito entre circuitos adjacentes. Além disso, o transmissor e o receptor são galvanicamente separados. As fibras ópticas podem ser recomendadas como meio de transmissão ideal em todos os casos onde fortes interferências são prováveis de ser encontradas como, por exemplo, em sistemas de alta tensão ou estradas de ferro. A HISTÓRIA DO ENSINO TÉCNICO NO BRASIL Já em 1887, se sentia a necessidade de uma reestruturação no Ensino Técnico no Brasil. Surgiu nesta época, a necessidade da Organização do Ensino Técnico no Brasil, pois havia grandes lacunas no Sistema de Ensino Público. Era notável a falta de Escolas Técnicas ou Profissionais no país. O que havia era insignificante diante da necessidade da população e as urgências daquela época. Surgiu no ano de 1920, na era industrial, a grande necessidade de elementos técnicos para o desenvolvimento de tarefas que só a eles competia, pois só eles tinham a formação técnica necessária ao desempenho das mesmas. O assunto era tratado no Brasil com tamanha frieza que podia ser considerado uma indiferença quase criminosa, ao passo que nos países cultos, havia escolas industriais, escolas agrícolas, comerciais, cursos profissionais e técnicos de várias ordens. No Brasil nada havia até aquele momento. O Ensino Profissionalizante no Brasil tornou-se obrigatório a partir de 1971 pela antiga Lei 5.692 da Reforma de Ensino de 11/08/71 e a LDB 7044 que altera e reformula o Ensino Profissional (Art. 1 o , Art. 4 o , par. 1 o e 2 o ). ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DE PESSOAS INFLUENTES DA ÉPOCA LIGADAS AO ENSINO TÉCNICO Para Fidélis Reis, homem político dos anos 1927, e autor do Projeto de Ensino Técnico, a instrução técnica profissional é um simples aspecto da tarefa hercúlea de preparar e adaptar à vida as gerações do amanhã. Vale a pena ressaltar a preocupação e a defesa do Professor Domingos Marcellini. Já dizia ele: "Urge entregar aos técnicos a direção do ensino industrial". O Professor Domingos Marcellini era altamente crítico em relação a dar a César o que é de César. "Quem dirige uma empresa que desconhece, só pode dirigi-la por pouco tempo". Esta é a realidade brasileira. O que mais vemos em nosso país são pessoas que nada têm a ver com a educação e é a eles que ela deve obediência, por isso é o caos que é. A Educação Técnica no Brasil começou a ser passada por professores normalistas, que nada têm a ver com artes e ofícios. O Prof. Cândido Mota Filho, ex-ministro da Educação e Cultura disse ao Diário de São Paulo em 17/02/1956 que o Ensino Médio (Secundário e Profissional)",se encontrava um caos e precisava haver mudanças. O Conselheiro Rui Barbosa já reclamava pelo ensino profissional, mesmo antes da instauração da República. Pela "FOLHA DA MANHÃ" de 25/10/55, declarou o deputado Paula Lima, ao tomar posse da Secretaria de Educação e Cultura de São Paulo: "Preocupa-nos sobremaneira o impressionante déficit de operários qualificados de que ainda se ressente o nosso grandioso parque industrial".Ainda hoje, cumpre abolir o preconceito que existe contra o trabalho manual, incutindo no espírito dos jovens a idéia de que o trabalho é função normal do homem na sociedade civilizada. Disse o Jornalista Francisco Sodero em "O TEMPO" edição de 26/10/55 que Da. Carolina Ribeiro, ao transmitir ao substituto Sr. Paula Lima, o seu cargo, aludiu ao desinteresse do povo pelas escolas Técnico-Profissionais. Todos queriam ser doutores. A idéia correta é que devemos educar o povo mostrando-lhe que os doutores não existem sem que as outras profissões lhes concedam o de que necessitam. O Sr. Homero Silva, no "DIÁRIO DA NOITE" de 28/11/55, expressou-se desta forma: "A formação de técnicos é problema fundamental no Brasil. A Indústria e o Comércio se queixam da falta de técnicos e muito pouco se tem feito até agora para formálos". Da conferência pronunciada na Federação das Indústrias pelo Sr. Carlos Benko, destacamos os seguintes tópicos: "É imprescindível que maiores esforços sejam feitos para aperfeiçoar e multiplicar a formação dos técnicos. Não tenho elementos nem possibilidades de me aprofundar na parte da organização do Ensino Técnico em nosso país, entretanto pelo que me foi dado observar, alterações são necessárias". O próprio Ministro da Educação e Saúde da época, Sr. Clóvis Salgado, reafirmou seu propósito de dar a máxima atenção ao ensino profissional a fim de que se tivesse menos doutores e mais técnicos, pois é o pessoal operacional que representa, na prática, um forte elemento propulsor do progresso mundial. Contudo, infelizmente, até hoje, os técnicos e até os professores são tratados como espúrios. Não existe, ainda, o reconhecimento real do valor do técnico, assim como a sua remuneração é aquém do que deveria ser. Eis porque prevalece o desinteresse pelo ensino profissional. Ensino que, educando as mãos de seus alunos, habilitando-os no manejo das modernas e novas tecnologias. Sabem os técnicos, embora empiricamente, como governar uma classe, o que perguntar aos alunos, como se servir do quadronegro, de que maneira conduzir os trabalhos, como manter a disciplina, como deve se portar um professor. Lia-se no “DIÁRIO DE SÃO PAULO DE 18/08/57, se prosseguirmos com o critério de dar valor somente ao Diploma e nenhuma consideração por quem sabe fazer e faz a contento, graças à tarimba de vários lustros, continuaremos como estamos, isto é, com a quase totalidade dos dirigentes lamentavelmente desajustados. Celestin Frenet, grande educador francês, pensava similarmente ao prof. Domingos Marcellini. É pena que nas Empresas, nas Escolas, nem sempre os dirigentes são pessoas técnicas que entendem do assunto. Se assim o fossem teriam condições de incentivar e valorizar o seu corpo de técnicos como profissionais, inclusive com melhores salários. Obviamente, haveria uma melhor reciprocidade, haveria um maior reconhecimento da superioridade do técnico. Já a valorização dessa classe, não haverá progresso nem paz social. “Quem não sabe fazer, não sabe mandar”, e se não há harmonia entre a chefia e os técnicos com certeza não haverá progresso bilateral. Se o seu técnico for valorizado como pessoa, como profissional e for remunerado adequadamente tenha a certeza de que a sua indústria só tenderá a se desenvolver. Felizmente hoje em dia, no Brasil, já estão sendo aproveitados Técnicos no Ensino Profissional, embora ainda não em grande escala. A maioria dos professores apresenta formação livresca, alheios à vida real que o técnico tem de enfrentar. A voz da experiência nas oficinas, contando às vezes 15, 20 anos, muitas vezes é esquecida. O diploma é importante, mas de nada valerá se na prática nada se sabe executar. "A Organização Internacional do Trabalho talvez ainda não saiba que o Brasil possui técnicos em número suficiente, faltandolhes, apenas, a consideração moral e material que merecem. Se o soubesse, não mandaria vir técnicos estrangeiros; deveria a O.I.T. empregar essa verba em bolsas de estudos para brasileiros. Os gastos com um técnico estrangeiro são três vezes mais que o valor do custeio com três bolsistas nossos. E vale a pena acrescentar que os nossos técnicos que vão para o exterior como bolsistas, trazem seus conhecimentos para sempre ao país." (Diário de São Paulo de 23/03/1958). Em 1993, o escritor Antenor Ramos Barreto preconizava: "A escola deve ser antes de tudo a escola do trabalho; do trabalho que produz os meios para a vida e para o conforto. É preciso ensinar a produzir. A virtude é filha do trabalho." Na brochura: "Les Méthodes Apprentissage de l'Enseignement Technique", editada em 1949, vemos na França como se conceitua o Ensino Técnico. "O Ensino Técnico fundamenta-se nos conhecimentos técnicos e dos ofícios, e em longas experiências de aprendizagem". Segundo o conceito do grande pedagogo americano, Dewey, "o trabalho é a preparação para a vida pela vida". Segundo Theobaldo Miranda Santos, somente a eficiência técnica pode assegurar a prosperidade das nações civilizadas. A Constituição Federal, artigo 157, não mais permite que se dê maior valor ao trabalho intelectual do que ao manual ou técnico, pois não há quem não se sirva diariamente das milhares de conquistas dos técnicos. No ensino técnico o aluno recebe um Diploma de Habilitação Profissional e não de Bacharel. Tal é a importância do técnico ele poderia ser comparado a glóbulos vermelhos, ou hemáceas, que circulam nas construindo e artérias do alimentando nosso os extenso músculos da parque nação, industrial, com sua incessante atividade. Sua importância administrativa e operacional é de tal evidência que salta aos olhos de toda pessoa que quer enxergar. É que eles possuem a ciência da construção, da estética, do rigoroso acabamento de suas obras artísticas ou mecânicas. Sabem que os problemas das oficinas são específicos. Todo técnico industrial que adquiriu o domínio de uma complexa profissão, pode-se dizer que passou pela prova de fogo, porque essa aquisição equivale ao mais completo teste de inteligência e habilidade manual que aplicar se possa. Disse o Sr. Zulfo de Freitas Mallmann, Presidente da Federação e Centro das Indústrias do Distrito Federal em "O TEMPO" do dia 26/10/1958: "O Congresso Nacional deve aprovar uma Lei que entregue a César o que é de César, isto é, que se coloque Técnicos Industriais na Direção Industrial, para que possamos assistir ao triunfo da técnica neste imenso, riquíssimo, mas desafortunado país". A Educação Profissional no Brasil está intimamente associada ao processo de desenvolvimento industrial, ao êxodo rural e à conseqüente urbanização. A primeira notícia de um esforço governamental em direção à profissionalização data de 1809, quando um Decreto do Príncipe Regente, futuro D. João VI, criou o "Colégio das Fábricas", logo após a suspensão da proibição de funcionamento de indústrias manufatureiras em terras brasileiras. Posteriormente, em 1816 era proposta a criação da Escola de Belas Artes, com o propósito de articular o ensino das ciências e do desenho para os ofícios mecânicos. Bem depois, em 1861, foi organizado, por Decreto Real, o Instituto Comercial do Rio de Janeiro, cujos diplomados tinham preferência no preenchimento de cargos públicos das Secretarias de Estado. Em 1906, o Ensino Profissional passa a ser atribuição do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Consolida-se, então, uma política de incentivo ao desenvolvimento do Ensino Industrial, Comercial e Agrícola. Quanto ao Ensino Comercial, são fundadas escolas comerciais em São Paulo, como a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, e escolas comerciais públicas no Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais entre outras. Nilo Peçanha, em 1910, afirma que é preciso: “habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com indispensável preparo técnico e intelectual”. Este Presidente instalou uma série de dezenove escolas de aprendizes artificies destinadas aos pobres e humildes”, distribuídas nas várias Unidades da Federação. Eram escolas similares aos Liceus de Artes e Ofícios, voltadas basicamente para o ensino industrial, mas custeadas pelo próprio Estado. Foram criadas entidades especializadas como o SENAI em 1942 e o SENAC em 1946, bem como a transformação das antigas Escolas de Aprendizes Artífices em Escolas Técnicas. Ainda em 1942, o Governo Vargas, por um Decreto-Lei, estabeleceu o conceito de menor aprendiz para os efeitos de legislação profissional e, por outro Decreto-Lei, dispôs sobre a "Organização da Rede Federal de Estabelecimentos de Ensino Industrial". Com estas providências, a educação profissional se consolidou no Brasil, muito embora ainda continuasse a ser concebida preconceituosamente como uma educação de segunda categoria. Apenas na década de 50 é que se permitiu a equivalência entre os estudos acadêmicos e profissionalizantes. A Lei Federal n 1.076/50 permitia que concluintes de cursos profissionais pudessem continuar estudos acadêmicos nos níveis superiores, desde que prestassem exames das disciplinas não estudadas naqueles cursos e provassem possuir o nível de conhecimentos indispensável à realização dos aludidos estudos. A Lei Federal 5.692/71, que reformulou a Lei Federal n 4.024/61 no tocante ao ensino de primeiro e segundo graus, atual ensino fundamental, também representa um capítulo importante na história da educação profissional, ao introduzir a profissionalização generalizada no então denominado segundo grau. A educação profissional, na atual LDB, não substitui a educação básica e nem com ela concorre. A educação profissional complementa a educação básica. A valorização de uma não representa a negação de importância da outra. A melhoria da qualidade da educação profissional pressupõe uma educação básica de qualidade compatível. Uma eficiente educação profissional, alicerçada em sólida educação básica, constitui a chave do êxito dos países desenvolvidos, especialmente num mundo pautado pela competição, inovação tecnológica e crescentes exigências de qualidade, produtividade e conhecimento. O Decreto Federal n 2.208/97, que se seguiu à LDB concebeu uma organização curricular para o ensino técnico de forma independente do ensino médio. Associou a formação técnica a uma educação básica mais sólida e apontou a necessidade de definição mais clara de diretrizes curriculares, com o objetivo de adequá-las às tendências mais recentes do mercado de trabalho. Este Decreto, ao regulamentar os artigos 39 a 42 (Capítulo III do Título V) e o parágrafo 2 o do artigo 39 da Lei Federal n 9.394/96, configurou três níveis tecnólogo, de educação com objetivos profissional: de básico, qualificar, técnico e de reprofissionalizar, especializar, aperfeiçoar e atualizar os trabalhadores em seus conhecimentos técnicos, visando sua inserção e melhor desempenho no exercício do trabalho. As Escolas Técnicas Federais, foram criadas em 1909, através do Decreto n 7.566, de 23 de setembro, assinado então pelo Presidente da República, Dr. Nilo Peçanha, que na época percebeu a necessidade da formação de mão-de-obra especializada para atender às exigências do desenvolvimento industrial do país. Iniciando-se, assim, as atividades do Governo Federal no campo do ensino dos ofícios. Consta, no referido Decreto, que o objetivo desses estabelecimentos era habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com razoável preparo técnico e intelectual. As atividades das escolas fundadas em 1909, na época vinculadas ao Ministério da Agricultura, foram desenvolvidas em várias Unidades da Federação (Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro (Campos), São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina). Essas Instituições, a princípio denominadas Escolas de Aprendizes Artífices, em 1937, passaram a ser chamadas Liceus Industriais. Em 1959, transformaram-se em autarquias federais, adquirindo autonomia didática, financeira, administrativa e técnica, passando em 1967 a denominarem-se Escolas Industriais Federais. A denominação Escola Técnica Federal data de 1968. No Governo do Presidente Getúlio Vargas, em 1942, foram criadas mais três escolas, em Pelotas — RS, em Ouro Preto — MG e no Rio de Janeiro, hoje denominada Escola Técnica Federal de Química. Mais recentemente, em 1963, através da Lei n 8.670 de 30 de junho, foi criada a Escola Técnica Federal de Roraima. Sua implantação data de 5 de janeiro de 1994. Como Escolas Técnicas Estaduais, citaremos uma série delas. Todas estas estão vinculadas à Fundação de Apoio às Escolas Técnicas, órgão este vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia. Até o momento, mantém sob sua gestão, dezessete Escolas Técnicas, que oferecem uma série de Cursos Técnicos. REGIMENTO ESCOLAR DAS ESCOLAS TÉCNICAS ESTADUAIS/RJ FAETEC, ANO 2000/2001. As escolas são as seguintes: — Escola Técnica Estadual República Rua Clarimundo de Melo, 847 — Quintino — RJ — Escola Técnica Ferreira Viana Rua General Canabarro, 291 — Maracanã — RJ — ETE Henrique Lage Rua Guimarães Júnior, 182 — Barreto — RJ — ETE João Luiz do Nascimento Rua Luia de Lima, 272 — Nova Iguaçu — RJ — ETE João Barcelos Martins Rua Alberto Lamego, 712 — Horto — Campos — RJ — ETE Juscelino Kubitscheck Rua Jornalista Antônio Freitas, 75 — Jd. América — RJ — ETE Oscar Tenório Rua Xavier Curado, s/n — Marechal Hermes — RJ — ETE Visconde de Mauá Rua João Vicente, 1775 — Marechal Hermes — RJ — ETE Adolpho Bloch Av. Bartolomeu de Gusmão, 850 — São Cristóvão — RJ — ETE de Transportes Engenheiro Silva Freire Rua Dr. Padilha, 1 — Engenho de Dentro — RJ — ETE Santa Cruz Largo do Bodegão, 46 — Sta. Cruz — RJ — ETE Agrícola Antônio Carlos Av. Rio Grande do Sul, s/n — Guarus — Campos — RJ — Instituto de Educação do Rio de Janeiro Rua Mariz e Barros, 275 — Tijuca — RJ — Relação dos CETEP • Petrópolis Av. Getúlio Vargas, 333 — Quintanilha — Petrópolis • Três Rios Rua Manuel Maia, 211 — Centro — Três Rios • Volta Redonda Rua 10, 9 — Volta Grande II — Volta Redonda — RJ • Pádua Rodovia RJ 186, Km 45 Atualmente o Ensino Profissional no Brasil, está sendo controlado pelo PROEP (Programa de Expansão da Educação Profissional). Segundo o MEC, a Reforma da Educação Profissional, deve estar cada vez mais integrada à comunidade e à realidade do trabalho. Com o aprimoramento nos estudos haverá o crescimento pessoal de cada técnico e conseqüentemente o nosso país ganhará muito com isso. Pensamos, com esta prévia, Ter oferecido aos nossos leitores, uma boa iniciação sobre a História do Ensino Técnico no Brasil. CAPÍTULO I HISTÓRICO DA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA A Escola Técnica Estadual República situa-se na Rua Clarimundo de Mello, 847 — Quintino Bocaiúva — Rio de Janeiro. Fica dentro do complexo CEI (Centro de Educação Integral) de Quintino. Com o fim do Governo Marcello Alencar e, já no Governo Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira, o CEI ganha um novo nome CETEP (Centro de Ensino Técnico e Profissionalizante). Para se ter uma melhor idéia, sua origem física vem da extinta Escola XV de Novembro (FUNABEM). A Escola Técnica Estadual República é uma Unidade de Ensino da Rede Estadual, diretamente vinculada à Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC), órgão integrante da estrutura da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, de acordo com o parágrafo 1 o do artigo 1 o do Decreto n 22.011 de 09.02.96. Agora também sob a co-gestão da Secretaria Estadual de Educação e Secretaria de Agricultura. A Escola Técnica Estadual República foi inaugurada em 07.05.96, durante o Governo Marcello Alencar, sendo o Sr. Eloy Fernandez Y Fernandez o Secretário da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. A Fundação de Apoio à Escola Pública — FAEP (atual FAETEC), representada pela sua Presidente a Prof(a). Nilda Teves Ferreira. A Escola Técnica Estadual República ocupa uma área de aproximadamente 300.000 m 2 .Tem um total de 65 salas de aula nos seus quatro andares. Possui forma estrutural antiga, bem arrojada, mas de uma beleza que lhe é peculiar, sendo envolta por muitas árvores e gramados, o que a torna acolhedora e muito simpática. Tem quatro quadras esportivas onde seus alunos podem jogar e onde se fazem as práticas de Educação Física. Possui uma Biblioteca pequena para o número de alunos e com um acervo insuficiente em quantidade e em títulos a necessidade de seus alunos. Há um projeto de melhoria da Biblioteca. Está sendo liderado pelo Prof. Osvaldo Theodoro Neto (Coordenador de Apoio ao Ensino e Pesquisas). Busca-se ajuda junto ao SENAI, em termos de informações e orientação, com o objetivo de ampliar a Biblioteca. Há uma Capela Católica no 3 o andar, onde periodicamente há Missas, rezadas geralmente pelo Padre Francisco José Leite Jacó (Vigário Paroquial da Igreja Matriz de São Jorge em Quintino), principalmente na Primeira Comunhão (catequese), comemorações importantes e de requiem (7 o dia, 30 o dia). Possui uma Sala de Áudio Visual, onde são realizadas diversas reuniões de pais, de professores, Palestras, Conselhos de Classe e às vezes, são exibidos filmes para os alunos que queiram e estejam livres para tal. Existe uma Saleta onde funciona uma Rádio. Durante o Almoço/Recreio dos alunos rola um som para descontração e animação da garotada, assim como serve para passar alguns avisos. São os próprios alunos do Grêmio os responsáveis pela Rádio. Há também o Clube Técnico, ainda em caráter inicial; Os alunos dos diversos cursos, que queiram, podem fazer parte. A Escola tem os Laboratórios específicos para cada Curso, onde os alunos fazem suas aulas práticas, assim como os de Química, Biologia e Física, que são comuns a todos. Neles os alunos podem ter uma melhor visão das matérias e fazer algumas experiências. No dia 07 de maio de 1999, no 3 o aniversário da Escola houve a inauguração do Centro Cultural, espaço este, onde os alunos podem obter maiores informações de cunho geral. A finalidade do Centro Cultural é a divulgação da cultura em si. Busca junto a outras repartições informações importantes, visando sempre o aprimoramento do aluno e do professor. Busca a obtenção de material de divulgação, intercâmbio social e informativo. O Centro Cultural procura trazer até a Escola a visita de Palestrantes, com temas e debates educativos. A Escola conta com um Refeitório onde aproximadamente 1.200 alunos almoçam diariamente. Também durante os Recreios de Manhã e Tarde é servido um lanche. O Setor Supervisora Pedagógico Pedagógica, do três Colégio é Orientadoras composto por uma Educacionais, uma Psicóloga e uma Assistente Social que se desdobram para atender a todos os alunos e responsáveis, quando é o caso. A Escola Técnica Estadual República, é muito bem aceita na Comunidade. É muito procurada. Quando é chegada a data das inscrições, a fila parece interminável, ocorrendo até tumultos. No ano de 2000, aproximadamente 64.000 candidatos disputaram às 7.900 vagas oferecidas nos diversos cursos; já no ano de 2001 foram quase 100.000 candidatos para aproximadamente 9.700 vagas. A disputa é grande para garantir uma vaga. O aluno faz o Concurso. Se ele conseguir o número de pontos necessários, a vaga é dele. O D.R.E. (Departamento de Relações Estudantis), que é o órgão responsável pelo Concurso e ingresso do aluno na Escola, é muito criterioso e respeita na íntegra a escolha de curso e a lista de classificação do mesmo. Em 1997, ao Escola Técnica Estadual República, foi considerada pela comunidade, pais e alunos como a terceira melhor Escola do Rio de Janeiro, através de pesquisa pelo Jornal O DIA do dia 4 de janeiro de 1998. A Filosofia da Escola Técnica Estadual República é ver a Educação como dever da Família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A Escola Técnica Estadual República não faz distinção de raça, cor ou culto. O educando é aceito e tratado com igualdade. Os alunos são procedentes de diversas classes sociais. Esta heterogeneidade auxilia no desenvolvimento e crescimento do educando, pois eles entre si vivenciam a diversidade destas classes e aprendem bastante com estas diferenciações. O projeto CEI a qual a Escola Técnica Estadual República pertence, baseia-se no trinômio ESCOLARIDADE, LUDICIDADE e TRABALHO, formando com estas três palavras a proposta de cada escola que pertencem à FAETEC (Fundação de Apoio às Escolas Técnicas). Tanto os professores como os funcionários, também são escolhidos por Concurso Público. No momento ainda há Funcionários Federais (cedidos), remanescentes da antiga e extinta ESCOLA XV de NOVEMBRO. Compõem o Quadro de Funcionários, que, aos poucos, vão retornando para seus órgãos de origem. Quando não é possível preencher as vagas existentes, por Concurso Público, Professores, Monitores e Funcionários são contratados, através da FAETEC ou COOTRACEI (Cooperativa pertencente ao próprio CEI). O Corpo Docente da E.T.E.R. conta com 100 Professores da Formação Geral e 140 Professores da Formação Técnica Os funcionários são em número de 45, assim distribuídos: — 10 Agentes Administrativos — 16 Monitores — 06 Auxiliares de Serviços Gerais — 04 Operadores de Micro — 04 Funcionários da Cooperativa — 05 Funcionários Federais que exercem funções administrativas de monitoria, coordenação e até mesmo atuam na Direção. Consta-se um total de 295 pessoas envolvidas no processo aducativo, administrativo e informativo dos 5.629 alunos de nível médio que há na Escola. O Corpo Discente da ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA, distribuído por cursos: Técnico em Eletrônica 1220 alunos Técnico em Enfermagem 1094 alunos Técnico em Informática 1988 alunos Técnico em Mecânica Técnico em Telecomunicações 795 alunos 1327 alunos Hoje a estrutura direcional da Escola Técnica Estadual República é a seguinte: Diretora Geral: Prof . Abtônio José dos Santos Pires Coordenador Administrativo: Prof. Hilton Ferreira Magalhães Coordenadora Técnico-Pedagógica: Prof a Ana Maria Prado Aquino Coord. de Apoio ao Ensino e Pesquisa: Prof. Reinaldo Lopes Gerente de Rotinas e Disciplina: Prof. João Venceslau Porto Secretário Escolar: Sr. Lourival Valentim Marchetti Coord. de Turno: Prof. Márcio Douglas / Sônia Coordenador de Disciplina: Sr. João Coordenador Curso Mecânica: Prof. Anderson Teixeira Boanafina Coordenador Curso Informática: Prof. Rinaldo Mendes de Lima Coord. Cursos Eletrônica e Telecomunicações: Prof. Elton de ª Burity Coordenadora Curso Enfermagem: Prof a Danielle de Souza Santos Coordenadora Matemática: Prof a Mariângela Coord. Física: Prof. Alexandre Secretária da Direção: Ângela Maria Rocha Administrativo: Ivan Mendonça Borges Coordenador Química: Prof a Cristiane Vieira Nunes Barbosa Lopes Coord. História: Prof . Walter Coord. Biologia: Prof. Eduardo Augusto de Azevedo Gesteira Coord. Inglês: Prof a Fátima Cristina Bittencourt Rangel Coord. Literatura: Prof. Marcílio Coord. Sociologia: Prof. Ricardo César da Rocha Costa Coord. Educ. Artística: Prof a Maria Cristina da Silva Cardoso Coord. Português: Prof a Eugênia Maria F. do Vale Tavares Coord. Geografia: Prof. Nunes Setor Técnico Pedagógico Orientadoras Educacionais Prof a Cláudia da Cruz Prof a Danúzia Cardoso de Almeida Prof a Silvia Regina Pinto Silva Supervisora Pedagógica Prof a Maria Luiziara Goiana de Souza Assistente Social Sr a Marilda Cerqueira Viegas Psicóloga Prof a Ana Maria Cruz Alves O Centro de Ensino Integral de Quintino, foi a primeira unidade da FAETEC a integrar o Ensino Técnico com o Profissionalizante. Criado em 1995, numa área de 1 milhão e 300 mil m 2 , todo arborizado, ele é hoje uma referência de ensino, sendo apontada no ano de 1997 como a terceira melhor escola do Rio de Janeiro. Com um total de 35.693 alunos, o CETEP QUINTINO (atual nome) engloba as seguintes unidades: Escola Técnica Estadual República Escola de Ensino Fundamental República Centro de Informática Escola de Ensino Industrial (ESEI) Escola de Ensino Comercial Escola de Artes Escola de Hotelaria Escola de Corte e Costura Modelagem Industrial Oficina de Beleza Escola de Teatro Centro Esportivo Centro Interamericano de Artes Marciais Escola de Música Unidade Profissionalizante da Área de Saúde Casa da Criança (Creche) Centro de Reabilitação Infantil Escola Favo de Mel (para Deficientes Físicos e Mentais) O CETEP de Quintino é conhecido pela comunidade como Oficina de Ensino, por oferecer sessenta e quatro (64) Cursos Profissionalizantes, tendo metas ainda mais ambiciosas para o Futuro. Segundo o Diretor do CETEP, Prof. Sérgio Tanaka, o Centro já está atendendo mães de alunos em atividades artísticas e está desenvolvendo projetos de atendimento à terceira idade, acompanhados por professores especializados. O CETEP Quintino estuda a ampliação do número de vagas já para o próximo curso. Os servidores deverão ter em breve cursos de qualificação profissional na área de Informática, atividades culturais, esportivas e oportunidade de concluir o primeiro grau em Módulos do Telecurso. O Centro Esportivo oferece uma gama extensa e variada de esportes aos alunos das Escolas de 1 o e 2 o graus como aulas de Educação Física, que faz parte da Grade Curricular deles, assim como são oferecidos na comunidade vários esportes, como: natação, Jazz, Teatro, Judô, Karatê, Jiu Jitsu, Boxe Tailandês, Boxe Inglês, Ginástica Olímpica, Ginástica Rítmica, Handball, Futsal, Futebol, Taekwondo, Capoeira, Dança de Salão, Atletismo, Vôlei, Basquete, Ballet. CAPÍTULO II DESCRIÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES Este curso tem duração de 3 anos, irá qualificar o aluno como Técnico em Telecomunicações. O aluno terá um Registro Profissional na CREA. O Técnico em Telecomunicações executa tarefas ligadas a projetos de elaboração, construção, montagem, manutenção e reparação de instalações em equipamentos de telecomunicações. O Técnico em Telecomunicação é aquele profissional que instala, produz, conserta, opera e mantém a operacionalidade de um equipamento de telecomunicação. O Técnico tem como função a racionalização do trabalho quando solicitado pelos industriais que desejam aumentar a produção sem aumentar o número de trabalhadores. A Telecomunicação abrange tarefas de executar tarefas nobres com tal qualidade que ao homem sozinho seria impossível. É fascinante conhecer um pouco do assunto. É impossível negar a evidência da utilização da Telecomunicação na vida diária de cada pessoa, assim como a sua utilização no mundo. A Telecomunicação tomou um vulto tão grande que se quiséssemos deter esse processo seria impossível. O uso da Telecomunicação moderno tornou-se irreversível. Os alunos do Curso Técnico em Telecomunicações da Escola Técnica Estadual República são na maioria do sexo masculino. As meninas são em número bem reduzido. Os alunos além das aulas de matérias técnicas, passam, também, pelas Disciplinas de Formação Geral, pois na E.T.E.R. a formação é de Nível Médio, associado ao Profissional. Na Escola Técnica Estadual República tem 6 (seis) turmas do 1 o ano, 9 (nove) turmas do 2 o ano e 3 (três) turmas do 3 o ano. Cada turma tem aproximadamente 28 alunos. Quando na 3 a série, no segundo semestre, os alunos terão que cumprir Estágio de no mínimo 400 horas, para obterem o Diploma de Técnico em Telecomunicação. Caso contrário, só obterão Certificado de Auxiliar Técnico em Telecomunicação. O aluno que não conseguir Estágio e não completar todos os módulos (Matérias Técnicas) dentro dos 3 anos programados no curso, terá ainda 2 anos a mais para fazê-lo. ESTÁGIO Como dissemos anteriormente, o aluno do Curso Técnico em Telecomunicação, precisa cumprir Estágio de no mínimo 400 horas, para a conclusão do Curso e obtenção do Diploma. A Central de Estágios, um dos setores da FAETEC, tem um cadastro de várias empresas onde os seus alunos cumprem as tarefas de estágios. Este cadastro de Empresas fica em aberto, de modo que a qualquer momento uma nova Empresa poderá ser cadastrada desde que se adeqüe às normas da FAETEC. Embora não sejam poucas as Empresas cadastradas, o número de vagas é insuficiente para o número de alunos. É comum após formados, ficarem na dependência deste estágio um bom tempo. Ainda bem que os alunos têm 2 anos após a conclusão do curso para fazerem os chamados Módulos, que são as Matérias Técnicas, que poderão ficar pendentes e, conseqüentemente, o seu estágio também poderá ser feito após isso. As Empresas são muito exigentes e criteriosas e a oferta de vagas é pequena diante da demanda. Nem sempre os estágios são remunerados, mas não é isto o que mais pesa. O que realmente preocupa é o número de vagas reduzido para o tão esperado e necessário Estágio. Podemos mencionar algumas empresas onde os alunos da E.T.E.R. costumam fazer os seus Estágios. — Telemar S/A — Tv Globo — Philips do Brasil — General Eletric Podemos citar também, onde os alunos podem e devem tentar conseguir seus Estágios. — Fundação MUDES — CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) — Central de Estágios As alunos são encaminhados através de uma carta de apresentação da Escola. MERCADO DE TRABALHO O Ensino Técnico é muito importante no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil e em todo mundo,. Embora o mercado de trabalho seja restrito, pois atravessamos uma crise de empregos, talvez a pior dos tempos. O mercado continua buscando e exigindo cada vez mis técnicos de qualidade. Podemos dizer que a remuneração é baixa, mas os bons irão sobreviver. É fundamental que o técnico esteja sempre atualizado, fazendo novos cursos, buscando cada vez mais o seu aperfeiçoamento. Parece irônica a comparação, mas ela é real. Entre um técnico brasileiro e um técnico estrangeiro, lamentavelmente, embora com a mesma capacidade, o técnico estrangeiro ganha o triplo do técnico brasileiro. O perfil hoje exigido para o exercício de uma atividade técnica sofreu grande mutação. Ao técnico formado com base nas diretrizes curriculares apoiadas no Parecer CFE n 45/72 era exigida unicamente uma sólida formação específica. O técnico em mecânica, por exemplo, não precisava transitar por nenhuma outra área onde houvesse qualquer componente diverso do de sua formação, mesmo que pertencesse ao mesmo setor de economia, como por exemplo, a eletrônica. Acontece que o mundo do trabalho está se alterando profundamente, muito embora ainda continuemos a conviver, como que contracenando em um mesmo palco, com dois paradigmas. Esta nova realidade de trabalho pressupõe a superação do paradigma das qualificações limitadas às exigências dos postos de trabalho, definidos em análises ocupacionais, e determina a emergência de um novo modelo de educação profissional centrado na noção de competências. Estas devem ser ao mesmo tempo, sólidas no seu campo específico de trabalho e mais amplas, polivalentes, de modo a propiciar condições para que essa transição seja possível, uma vez que o trânsito entre áreas é essencial para um competente desempenho profissional, nos termos da moderna empresa. O profissional técnico no momento terá de mostrar uma educação mais ampla, abrangente e polivalente. Aos profissionais de hoje, é exigido em doses crescentes, maior flexibilidade de raciocínio, autonomia intelectual, pensamento crítico, iniciativa própria e espírito empreendedor, bem como capacidade de visualização e resolução de problemas. Com a globalização econômica, a temática prioritária no campo de trabalho, passou a ser a competitividade. Nesse caminho, a necessidade de se impor num mercado sem fronteiras fez com que as economias substituíssem o trabalho humano pela eficiência e perfeição da alta tecnologia, muitas vezes gerando desemprego ou realocando trabalhador. (Otávio Ianni, 1992) Na sociedade moderna, trabalhar é estar pronto para enfrentar problemas de que se renovam diariamente, optando e arbitrando e não somente executando. No processo de mutação vivenciado pelas empresas, busca entender os novos requisitos necessários para a ocupação de um posto de trabalho. É necessário a integração, assim como a ampliação de conhecimentos em áreas conexas às produções de base. (Zarifan, 1966) Dentro desta concepção, constata-se que o emprego está emfase de extinção. Há bem pouco tempo, para se conseguir uma vaga no mercado de trabalho era necessário Ter habilidades correspondentes a um papel específico, ou seja, a uma especialização. Com o avanço da tecnologia, o trabalhador terá uma formação polivalente e, também, outras qualidades como a de ser capaz de solucionar problemas em grupo. O modelo polivalente não se deixa envolver pelo imediatismo do mercado, mas sim com a formação do homem na sua totalidade, evitando simplesmente criar um trabalhador que venha a fazer parte do processo produtivo como uma engrenagem, submetido aos efeitos da alienação e da fadiga. O trabalhador deve ser formado para trabalhar de acordo com os parâmetros definidos pela tecnologia. Isto é, deve ser educado para saber utilizar a tecnologia como ferramenta que lhe permita expandir suas politécnico, capacidades. como o A ideal tecnologia para defende estimular desenvolvimento evolutivo do homem (Gitahy, 1996) o um modelo melhor A população brasileira economicamente ativa tem um dos mais baixos índices de escolaridade entre os países em desenvolvimento. O trabalhador brasileiro em média, freqüenta o curso básico durante 3 ou 2 anos, segundo o IBGE. Nos países desenvolvidos e nos emergentes, a média atinge até 10 anos. O principal componente da força de trabalho é o nível de escolaridade. A educação sempre caminhou lado a lado junto com as atividades produtivas. Daí a necessidade de se estudar mais para se ter possibilidades de competição e obtenção de êxito. O Brasil precisa dinamizar a educação. É urgente fazer da educação um movimento que abranja todas as atividades humanas em todos os setores, independente de ser formal ou informal e para isto, é preciso ter uma vontade política extremamente forte, além de muita criatividade. A população brasileira precisa aumentar o seu nível de conhecimento, pois os empregos no futuro serão cada vez menos estáveis. Obviamente, serão cada vez maiores as exigências do mercado de trabalho. É necessário, portanto, melhorar a escola fundamental e oferecer educação técnica também aos trabalhadores que já se encontram no mercado. Respondendo a tantas mudanças, o mercado sugere a necessidade de um novo perfil profissional. As empresas precisam cada vez mais de profissionais técnicos especializados, voltados para processos de interpretação, elaboração e transformação. Entretanto, nos últimos anos, ocorreram no seio do parque industrial do país, movimentos generalizados que denotam um novo perfil qualitativo do trabalhador: — o crescimento da demanda por treinamento profissional de trabalhadores industriais; — crescente envolvimento das próprias empresas na formação de seus empregados; — mudanças qualitativas nesse treinamento, em termos de clientela e conteúdos ministrados ou requeridos, sinalizadores de um novo perfil de qualificação. Essas tendências são registradas pelas estatísticas de produção do SENAI, um dos principais agentes de formação profissional para a indústria, assim como pela PIAM — Pesquisa Industrial por Amostragem, que registra, há aproximadamente uma década, expansão na demanda por formação profissional na indústria. O empregado do futuro deverá ser competente, sem ser robotizado. Embora tenhamos um mercado de trabalho escasso e recessivo, acreditamos que quem estiver atualizado com um estudo globalizado e for eficiente, sempre conseguirá trabalho. 2.3 — Conteúdo Curricular X Carga Horária Língua Portuguesa Literatura História Geografia Física Química Biologia Matemática Língua Estrangeira Filosofia Sociologia Educação Física Educação Artística Formação Geral: TOTAL DE HORAS: 400 horas 240 horas 240 horas 240 horas 280 horas 280 horas 240 horas 480 horas 240 horas 080 horas 080 horas 240 horas 080 horas 3.120 horas Os alunos têm uma carga horária maior em Português e Matemática, pois na sua profissão de Técnicos em Telecomunicação, eles precisarão fazer relatórios técnicos e, portanto, terão que saber se expressar em textos e através de cálculos. Formação Técnica Desenho Básico Eletricidade Lab. Eletricidade 1 Medidas Elétricas 1 Telecomunicações Análises de Circuitos Eletrônica 1 Lab. Eletrônica Telefonia 1 Lab. Análises de Circuitos Eletrônica 2 Lab. Eletrônica Introdução à Ciência dos Computadores Informática 080 080 040 040 040 080 080 040 040 040 horas horas horas horas horas horas horas horas horas horas 040 horas 040 horas 040 horas 080 horas Telefonia 2 Técnicas Digitais Lab. Técnicas Digitais Medidas Telecomunicações 2 Radio Digital Arquitetura dos Computadores Multiflex Analógico (FDM) Comunicações Analógicas e Digitais Comunicação de Dados 1 Lab. De Medidas de Telecomunicação Antenas e Propagação Sistemas Operacionais Comunicações Ópticas 1 Fundamentos Empresariais 1 Multiplex Digital TDM Comunicações Digitais Via Satélite Comunicação de Dados 2 Sistemas de Televisão Infra-estrutura em Telecomunicações Organização e Normas Comunicações Ópticas 2 Fundamentos Empresariais 2 Estágio Supervisionado Total Geral: 040 040 040 040 horas horas horas horas 080 horas 040 horas 080 horas 080 horas 040 horas 040 horas 080 040 040 040 horas horas horas horas 080 horas 080 horas 080 horas 040 horas 040 horas 040 horas 040 horas 040 horas 400 horas 2320 horas Os Critérios de Avaliação na E.T.E.R. do Ensino Médio A verificação do rendimento escolar compreenderá a avaliação do aproveitamento, observados os critérios estabelecidos pela legislação vigente. A avaliação do aproveitamento escolar será contínua e cumulativa no decorrer do ano letivo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação do aproveitamento de todos os componentes curriculares deverá incidir sobre o desempenho do aluno nas diferentes situações de aprendizagem, considerados os objetivos propostos para cada uma delas. Na avaliação do aluno, serão utilizados, no mínimo, 2 (dois) instrumentos diversificados propostos pelo docente, com acompanhamento da Coordenação e Supervisão Educacional. O pano escolar deverá prever a operacionalização da sistemática de avaliação em cada componente curricular, bem como suas formas e instrumentos. Os alunos serão informados pelo docente, no início do ano letivo, da sistemática de avaliação em cada componente curricular. As sínteses dos resultados da avaliação do aproveitamento serão em notas, numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), sendo considerado aprovado o aluno que obtiver como média final, nota igual ou superior a 5,0 (cinco) em cada componente curricular. A média final do aluno será: a média aritmética dos 3 (três) primeiros bimestres; a soma do resultado obtido na média aritmética do 4 o bimestre dividida por 2. MF = {[mb1 + mb2 + mb3] + mb4} : 2 3 MF = média final Mb = média bimestral O aluno de aproveitamento insatisfatório (nota inferior a cinco), demonstrado no decorrer do processo de ensino- aprendizagem do período letivo, será submetido a estudos de recuperação contínua e paralela. O docente poderá, quando julgar necessário, encaminhar aos estudos de recuperação contínua e paralela o aluno que obtiver nota igual ou superior a 5,0 (cinco), para o aprimoramento do seu processo de aprendizagem. Os estudos de recuperação constituir-se-ão de atividades, recursos e metodologias diferenciadas, reorientação da aprendizagem individualizada, desenvolvidos pelos docentes e/ou monitores por eles designados e organizados da seguinte forma: 1 — contínua e integrada ao processo de aprendizagem, com objetivo de oferecer ao aluno condições de aprender o que está sendo ensinado; 2 — paralela, a realizar-se em turno diverso. A nota que representar os resultados obtidos pelo aluno nos estudos de recuperação substituirá a nota obtida anteriormente, caso esta tenha sido de valor inferior. Ao término do período letivo, o resultado da avaliação do aproveitamento do aluno será expresso, em cada componente curricular, numa média final, determinando o prosseguimento dos estudos ou a conclusão do curso. Ao aluno que persistir com insuficiência no seu rendimento escolar, após os estudos de recuperação paralela, a escola oferecerá ao final do período letivo, estudos de recuperação final em até 03 (três) componentes curriculares. Após os estudos de recuperação final, o aluno será submetido a uma avaliação cujo resultado substituirá a média final do(s) respectivo(s) componente(s) curricular(es), devendo alcançar a nota igual ou superior a 5,0 (cinco) para aprovação. Do Ensino Técnico Os pontos de avaliação que deverão ser modificados, são descritos a seguir: A avaliação do aproveitamento de todos os módulos deverá incidir sobre o desempenho do aluno nas diferentes situações de aprendizagem, considerados os objetivos propostos para cada uma delas. Para efeito de cálculo da média final, será efetuada a média aritmética dos (2) dois bimestres, em cada módulo. Os resultados da verificação do rendimento do aluno em cada módulo serão sistematicamente registrados, analisados com o aluno e sistematizados pelo docente numa única nota, encaminhada, ao final de cada período, à Secretaria da Escola que comunicará por escrito, ao aluno e, se menor, a seu responsável. CAPÍTULO III ANÁLISE Tivemos a oportunidade de observar, ao longo de vários anos de estudos e pesquisas, o quanto é importante um Curso Técnico. Ele prepara o aluno para o Mercado de Trabalho. É claro que só após estar trabalhando é que realmente, com sua vivência, este Técnico estará pronto. Obviamente, diante da globalização, o técnico, como qualquer outro profissional, terá que sempre estar se reciclando, se aprimorando diante das novas tecnologias, para não ser esmagado pelo sistema que prevalece no mercado de trabalho. Todo aquele profissional que for favorável à atualização e à polivalência e adotá-las na prática, cremos que não faltará emprego para ele. Observamos Telecomunicação que da os Escola alunos do Técnica Curso Estadual Técnico em República, no momento de estagiar, sofrem uma série de problemas, tais como: — A escassez de estágios. — O fato de, na maioria das vezes, estes estágios não serem remunerados, o que muito desestimula o aluno. — Dificuldade na conciliação dos horários de aula com os horários do estágio. As empresas às vezes se mostram inflexíveis e a Escola nem sempre consegue mudar o horário do aluno. — Não é assegurado ao aluno a certeza de conseguir o tão necessário estágio. Muitas vezes ficam alucinados à procura de um lugar para cumprir o seu estágio. Mediante as dificuldades observadas, tomamos a liberdade de sugerirmos algumas soluções, tais como a criação de mais estágios no próprio estabelecimento e a criação de convênios com maior número de empresas. CONCLUSÃO Foi a técnica que construiu o mundo dinâmico de hoje. A ela devemos o número crescente de invenções que melhoram as condições de vida humana. Com a chegada e o avanço tecnológico da Telecomunicação, houve a facilitação da vida do homem. Ganhou-se tempo, facilidade e agilidade na comunicação entre estados e países. O Brasil necessita de investimentos urgentes nesta especializada da educação, dinamizando a mesma. É necessário fazer da Educação Técnica de Nível Médio um movimento que abranja os campos das atividades humanas, em todos os setores, de forma que os nossos técnicos sejam mais bem preparados para poderem se condicionar à realidade do momento. Para isto, precisamos contar com uma vontade política muito grande, além do uso da criatividade e objetividade. O Brasil precisa aumentar o nível de conhecimento de toda a população, em especial os nossos técnicos, pois eles representam a mola propulsora do desenvolvimento. Os empregos no futuro serão cada vez menos estáveis e mais raros. Conseqüentemente, serão cada vez maiores as exigências do mercado de trabalho. É necessário, portanto, melhorar a escola básica para as crianças e prover de educação técnica os atuais trabalhadores para que não saiam da circulação formal do mercado. O Ensino Técnico de Nível Médio é extremamente importante, pois as empresas precisam cada vez mais de profissionais competentes. As Empresas inteligentes, preocupadas com o momento, com o futuro e com o seu pessoal, elas próprias fornecem treinamento adequado para que os seus empregados adquiram o novo perfil qualitativo exigido pela Sociedade. O empregado do futuro deverá ser eficiente, sem ser robotizado. A globalização, que caracteriza o mundo de hoje, exige instrumentos que possibilitem às pessoas sobreviverem, enfrentando os desafios que esta nova forma de organização mundial impõe. Aos governos cabe o compromisso de criar políticas e condições para que as pessoas se apropriem desses instrumentos e alcancem êxito em seus projetos pessoais e nos do grupo social a que pertencem. Em nosso país, o Governo Federal em parceria com os Governos estaduais e municipais, sociedade civil organizada, sindicatos e organismos internacionais, organizou-se para oferecer os meios capazes de oportunizar a cada cidadão brasileiro acesso a maior conhecimento e possibilidade de contribuir efetivamente para o desenvolvimento do Brasil. Para tanto, a Educação especialmente o Ensino Médio e a Educação Profissional tornou-se prioridades do atual Governo. O Ensino Médio que registra 57% de crescimento nos últimos cinco anos, passou a formar cada vez mais jovens não apenas pela melhoria da qualidade do ensino fundamental, mas, também, pela exigência de níveis mais altos de escolaridade e de melhor qualificação profissional por parte do setor produtivo. A Educação Profissional passou a enfrentar mudanças, que começam a ser desenvolvidas, atendendo a um número maior de pessoas, e criando maiores chances de obtenção de certificados em diferentes áreas técnicas. Em 1996, com a aprovação da Lei n 9.394, a Educação Profissional foi definida como complementar à Educação Básica, portanto a ela articulada, mas podendo ser desenvolvida em diferentes níveis, para jovens e adultos com escolaridade diversa. A Educação Profissional tem como objetivo não só a formação de técnicos de nível médio, mas a qualificação, a requalificação, a atualização tecnológica permanente e a habilitação nos níveis médio e superior. Essas disposições foram regulamentadas pelo Decreto n 2.208, de 17 de abril de 1997, trazendo mudanças significativas para nossa tradição de educação profissional, principalmente para o Ensino Técnico. Essas mudanças estão atendendo ainda mais a democratização da educação no Brasil, pois respondem aos mais urgentes anseios da população, que assim pode optar sobre o caminho que melhor convém ao seu desenvolvimento pessoal e profissional. * Após o presente estudo sobre o “ENSINO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÃO NO NÍVEL MÉDIO”, podemos assegurar que ainda hoje a Sociedade Brasileira urge por Técnicos de Nível Médio em várias modalidades. No nosso caso, o TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÃO, verificamos o quanto ele é importante e necessário no mundo de hoje, do amanhã e do sempre... Como recomendações, convém adotar as seguintes: — Nas Empresas, criação de um horário sempre inverso ao das aulas do aluno em termos de meio expediente, com adequada remuneração, para o incentivo e manutenção do próprio estagiário. — Que o Setor Pedagógico da Escola mais a Central de Estágios da FAETEC sejam mais ativos e providenciem estágios para todos os alunos. — Que a Coordenação do Curso Técnico em Telecomunicação se empenhe mais nesse sentido, dando apoio e incentivo aos alunos. * Dados obtidos no Jornal FAETEC EM AÇÃO (Opinião do Secretário de Educação Mé d ia e T e c n o ló g ic a d o ME C) . — Que o setor Pedagógico efetue um trabalho de conscientização dos alunos sobre sua importante profissão e o Mercado de Trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, M. Metodologia aplicada ao ensino técnico profissional. São Paulo: Pioneira, 1996. Boletim informativo da Escola Técnica Estadual República, n 1, 1998. Boletim informativo Notícias da FAETEC, 1999, 2000, 2001. CUNHA, Luiz Antônio. Política educacional no Brasil. A Profissionalização no Ensino Médio, Rio de Janeiro: Eldorado, 1972, Cap. 4. GIKOVATE, Flávio. A Arte de educar. Curso Positivo, 2001. GITAHY, M. L. et. alli. Trabalhadores urbanos e ensino profissional Campinas: Unicamp, 1986. IANNI, O . A sociedade global, Civilização brasileira. Rio de Janeiro, 1992. Jornal FAETEC EM AÇÃO, Ano I, n 7, Dez/98. ________. Ano III, n 11, Dez/99. LDBEN — Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Congresso Nacional — Lei n 5692 de 11/08/71 — Obrigatoriedade do Ensino Profissionalizante, Brasília, 1971. _______. Lei n 7044 de 18/10/1982. _______. Lei n 9394 de 20/12/1996. Título V. Cap. III, art. 39 à 42 (Reforma), Decreto n 2208 de 17/04/1997 e Portaria n 646 de 14/05/1994. _______. Lei 3277 de 28/10/99, arts. 1 o e 4 o — sobre estágio MARCELLINI, Domingos. O real valor dos técnicos industriais (Mestres e Artífices) — Opúsculo publicado pela Associação dos Docentes Técnicos do Ensino Industrial de São Paulo (ADTEISPO), 1958. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, CNE/ CEB. Brasília, 1999. Monografia do Prof. Elton de Azevedo Burity. Pós graduado em Docência Superior pela Faculdade Bithencourt da Silva — FABES “O Engenheiro como Docente no Ensino Técnico”, Rio de Janeiro, 1998. PRODEM (Programa de Desenvolvimento do Ensino Médio) — Curso de Eletrônica, vol. 3, MEC, 1975. Regimento das Escolas Técnicas Estaduais, vinculadas à Fundação de Apoio às Escolas Técnicas (FAETEC), de acordo com o § 1 o do art. 1 o do Decreto n 22.011 de 09/02/96. SOUZA FILHO, Tarquínio de. O ensino técnico no Brasil. Imprensa Nacional, 1887.