II Simpósio de Pesquisa e VI SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS Realizado nos dias 3, 4 e 5 de outubro de 2007 A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NO MUNICÍPIO DE ALFENAS, MINAS GERAIS DURANTE O ANO DE 2006 COSTA, Natália Venturelli*; REZENDE, Marcela Fernanda Vieira de*; GONÇALVES, Andressa M**; GRACIANO, Miriam M. C.***, NOGUEIRA, Denismar A.**** Trata-se de fase final de pesquisa sobre mortalidade fetal e neonatal precoce, que aninhava um inquérito domiciliar em um estudo ecológico de série temporal dos índices de mortalidade perinatal no município de Alfenas, inicialmente entre os anos de 2000-2004, mas posteriormente estendido até o ano de 2006. Avaliar a qualidade do pré-natal e da assistência ao parto no município e período em estudo. Estudo de inquérito, cuja amostra foi obtida por sorteio aleatório simples a partir de listagem de crianças nascidas vivas, proveniente do banco de dados do SINASC de 2006, cujo endereço de residência declarado da mãe pertencesse ao município de Alfenas. O número da pesquisa foi de 222 mulheres em um universo de 877. Aplicou-se questionário estruturado, com base nos critérios do Programa Nacional de Humanização do Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde. A análise foi feita por meio do programa SPSS. Foram avaliados indicadores socioeconômicos e demográficos, de saúde reprodutiva, morbidade na gravidez e utilização de serviços pré-natais. A cobertura de pré- natal observada foi de 98,6%, sendo que 22% das parturientes realizaram menos de seis consultas. Em 26,59% dos casos, o acompanhamento prénatal iniciou a partir do 2º trimestre de gravidez, sendo que 63,5% das pacientes submeteram-se a todos os exames complementares preconizados. Ou seja, detecta-se um índice de falha média na realização de procedimentos protocolares de pré-natal superior a 30%. A observação do cartão prénatal permitiu considerar como inadequado 12,7% dos casos, adequado em 42,6% dos casos e não avaliável em 44,1% dos casos, pois as mães não haviam sido instruídas para guardarem o cartão durante os dois primeiros anos de vida da criança. A escolaridade materna e a paridade mostraram associação significativa com a qualidade da atenção pré-natal. Quanto maior a escolaridade, melhor a qualidade da atenção pré-natal. Em relação à paridade, quanto maior o número de filhos, mais tardiamente a gestante inicia o acompanhamento pré- natal e menor o número de consultas observado. Quanto aos partos, 100% deles foram hospitalares; houve 60,4% de cesarianas e 39,6% de partos normais. A assistência pré- natal disponível na cidade de Alfenas, Minas Gerais, apesar de uma boa cobertura, deve ser revista do ponto de vista qualitativo. A inadequação do uso da assistência esteve associada a vários fatores indicativos da persistência de desigualdade social. Palavras-chaves: 1) Pré- natal. 2) PNHPN 3) Avaliação em saúde. ** Acadêmicas da Faculdade de Ciências Médicas - Bolsista da FAPEMIG/EDT 109-05 ** Acadêmica da Faculdade de Ciências Médicas *** Orientadora UNIFENAS de Alfenas **** Co-orientador Fonte Financiadora: FAPEMIG Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS Coordenação de Pesquisa e Pós -graduação – Rodovia MG 179 Km 0 – Alfenas – MG e-mail: [email protected] - www.unifenas.br/pesquisa