Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Psicologia Laís Claudino Moreira Ribeiro Silvana Carneiro Maciel (orientadora) Patrícia Fonseca de Souza Bárbara Gregório Gouveia Aline Cristine da Silva Lima Malu Nunes de Oliveira *Pesquisa financiada pelo CNPq (PIBIC) segunda-feira, 19 de março de 12 Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Psicologia PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DE DEPENDENTES QUÍMICOS EM TRATAMENTO Laís Claudino Moreira Ribeiro Silvana Carneiro Maciel (orientadora) Patrícia Fonseca de Souza Bárbara Gregório Gouveia Aline Cristine da Silva Lima Malu Nunes de Oliveira *Pesquisa financiada pelo CNPq (PIBIC) segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução A dependência química é conceituada no CID-10 como: segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução A dependência química é conceituada no CID-10 como: segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução A dependência química é conceituada no CID-10 como: •U m c o n j u n t o d e f e n ô m e n o s f i s i o l ó g i c o s , comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou de uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham maior valor. segunda-feira, 19 de março de 12 Introdução A dependência química é conceituada no CID-10 como: •U m c o n j u n t o d e f e n ô m e n o s f i s i o l ó g i c o s , comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou de uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham maior valor. segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) • 1. Desejo para consumir a substância segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) • 1. Desejo para consumir a substância • 2. Dificuldade em controlar o consumo segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) • 1. Desejo para consumir a substância • 2. Dificuldade em controlar o consumo • 3. Síndrome de abstinência segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) • • • • 1. 2. 3. 4. Desejo para consumir a substância Dificuldade em controlar o consumo Síndrome de abstinência Evidência de tolerância segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) • • • • • 1. Desejo para consumir a substância 2. Dificuldade em controlar o consumo 3. Síndrome de abstinência 4. Evidência de tolerância 5. Abandono progressivo de outras atividades segunda-feira, 19 de março de 12 Critérios de dependência: 3 ou mais fatores (CID -10) • • • • • • 1. Desejo para consumir a substância 2. Dificuldade em controlar o consumo 3. Síndrome de abstinência 4. Evidência de tolerância 5. Abandono progressivo de outras atividades 6. Persistência do consumo apesar das complicações segunda-feira, 19 de março de 12 Percurso Metodológico segunda-feira, 19 de março de 12 Percurso Metodológico • Tipo de estudo: estudo de campo, exploratório, de cunho quantitativo, com uma visão psicossocial do fenômeno estudado e que seguiu as normas éticas de pesquisa com seres humanos. segunda-feira, 19 de março de 12 Percurso Metodológico • Tipo de estudo: estudo de campo, exploratório, de cunho quantitativo, com uma visão psicossocial do fenômeno estudado e que seguiu as normas éticas de pesquisa com seres humanos. • Lócus da pesquisa: instituições de tratamento para dependentes químicos, hospitais psiquiátricos, públicos e privados, na cidade de João Pessoa, Paraíba e CAPSad. segunda-feira, 19 de março de 12 Percurso Metodológico • Tipo de estudo: estudo de campo, exploratório, de cunho quantitativo, com uma visão psicossocial do fenômeno estudado e que seguiu as normas éticas de pesquisa com seres humanos. • Lócus da pesquisa: instituições de tratamento para dependentes químicos, hospitais psiquiátricos, públicos e privados, na cidade de João Pessoa, Paraíba e CAPSad. • Amostra: 100 dependentes químicos, sendo 58 dependentes de álcool e 42 de crack. É uma amostra não probabilística e de conveniência. Como critério de inclusão utilizou-se: dependentes químicos (álcool e\ou crack: CID10 F10 e\ou F19) em tratamento e maiores de 18 anos. segunda-feira, 19 de março de 12 Percurso Metodológico • Tipo de estudo: estudo de campo, exploratório, de cunho quantitativo, com uma visão psicossocial do fenômeno estudado e que seguiu as normas éticas de pesquisa com seres humanos. • Lócus da pesquisa: instituições de tratamento para dependentes químicos, hospitais psiquiátricos, públicos e privados, na cidade de João Pessoa, Paraíba e CAPSad. • Amostra: 100 dependentes químicos, sendo 58 dependentes de álcool e 42 de crack. É uma amostra não probabilística e de conveniência. Como critério de inclusão utilizou-se: dependentes químicos (álcool e\ou crack: CID10 F10 e\ou F19) em tratamento e maiores de 18 anos. • Instrumento: para a coleta de dados utilizou-se uma entrevista que continha perguntas acerca das características sócio-demográficas dos respondentes. segunda-feira, 19 de março de 12 segunda-feira, 19 de março de 12 RESULTADOS E DISCUSSÕES segunda-feira, 19 de março de 12 TABELA 01 DROGAS Droga Valid Valid Cumulative Percent Percent 58,0 58,0 álcool Frequency Percent 58 58,0 crack 42 42,0 42,0 Total 100 100,0 100,0 segunda-feira, 19 de março de 12 100,0 segunda-feira, 19 de março de 12 • Quanto ao tipo de droga que motivou a busca do tratamento, 58% dos participantes estavam em tratamento devido ao álcool e 42% devido ao uso do crack. Embora haja uma ligeira maioria de participantes em tratamento devido ao álcool destacamos o crescente consumo do crack e consequente busca de tratamentos devido ao abuso dessa droga. segunda-feira, 19 de março de 12 • Quanto ao tipo de droga que motivou a busca do tratamento, 58% dos participantes estavam em tratamento devido ao álcool e 42% devido ao uso do crack. Embora haja uma ligeira maioria de participantes em tratamento devido ao álcool destacamos o crescente consumo do crack e consequente busca de tratamentos devido ao abuso dessa droga. • Oliveira e Nappo (2008) revelam que apesar dos esforços empregados para o controle do crack, no período de 2001 a 2005, observou-se um aumento do “uso na vida” dessa droga na população geral. segunda-feira, 19 de março de 12 TABELA 02: IDADE x DROGAS segunda-feira, 19 de março de 12 segunda-feira, 19 de março de 12 • Percebe-se que a dependência química é um problema grave que atinge indivíduos de várias idades não limitando-se aos adolescentes, com destaque para a faixa etária dos dependentes abarcando idades produtivas e que a dependência termina retirando o indivíduo da sociedade e do campo de trabalho; segunda-feira, 19 de março de 12 • Percebe-se que a dependência química é um problema grave que atinge indivíduos de várias idades não limitando-se aos adolescentes, com destaque para a faixa etária dos dependentes abarcando idades produtivas e que a dependência termina retirando o indivíduo da sociedade e do campo de trabalho; • Destaque, também, para o número elevado de dependentes de crack com idade mais jovem. Tuller, Rosa e Menegatti (2007) apontam que o crack age em um prazo muito curto e causa uma enorme dependência, e para Stamm e Bressan (2007), o estabelecimento da dependência do álcool é um processo lento, de modo que os efeitos nocivos segunda-feira, 19 de março de 12 TABELA 03: INÍCIO DO USO Inicio do Uso X Droga Crosstabulation Count Inicio Uso 6 até 12 anos 13 até 19 anos 20 até 30 anos 31 ou mais Total segunda-feira, 19 de março de 12 Droga álcool crack 12 11 Total 23 42 16 58 2 8 10 2 7 9 58 42 100 TABELA 04: Nº DE INTERNAMENTOS Internamentos X Droga Crosstabulation Count Internamentos 1 2 até 5 6 até 11 12 até 17 Total segunda-feira, 19 de março de 12 Droga álcool crack 17 15 25 23 6 2 4 0 Total 32 48 8 4 18 até 23 3 2 5 24 ou mais 3 0 3 58 42 100 segunda-feira, 19 de março de 12 • Início do uso de drogas, observa-se que o primeiro contato com essas substâncias ocorreu entre 6 e 12 anos; e que a iniciação no mundo das drogas, na sua maioria, acontece na adolescência até os 19 anos, chamando atenção para todas as conseqüências que o consumo de drogas acarreta na vida de um indivíduo que está em formação bio-psico e social. segunda-feira, 19 de março de 12 • Início do uso de drogas, observa-se que o primeiro contato com essas substâncias ocorreu entre 6 e 12 anos; e que a iniciação no mundo das drogas, na sua maioria, acontece na adolescência até os 19 anos, chamando atenção para todas as conseqüências que o consumo de drogas acarreta na vida de um indivíduo que está em formação bio-psico e social. • Número de internamentos para o tratamento da DQ: 48% tiveram de 2 até 5 internamentos. Esses dados evidenciam o quanto é presente a recaída no tratamento da dependência química, fato este que acarreta descrença na recuperação do dependente. segunda-feira, 19 de março de 12 • Início do uso de drogas, observa-se que o primeiro contato com essas substâncias ocorreu entre 6 e 12 anos; e que a iniciação no mundo das drogas, na sua maioria, acontece na adolescência até os 19 anos, chamando atenção para todas as conseqüências que o consumo de drogas acarreta na vida de um indivíduo que está em formação bio-psico e social. • Número de internamentos para o tratamento da DQ: 48% tiveram de 2 até 5 internamentos. Esses dados evidenciam o quanto é presente a recaída no tratamento da dependência química, fato este que acarreta descrença na recuperação do dependente. • “A dependência química é um transtorno crônico e pela própria natureza apresenta tendências a episódios de recaída, e que esses episódios de retorno ao uso de drogas ocorre, principalmente, devido as dificuldades em administrar as barreiras que surgem na jornada de um dependente em recuperação.” (Buchelle, Marcatt e Rabelo ; 2004) segunda-feira, 19 de março de 12 segunda-feira, 19 de março de 12 • Ao levar em consideração a escolaridade dos usuários, identificou-se que 9% são analfabetos, 52% chegaram ao ensino fundamental, 34% ao ensino médio e apenas 5% ao ensino superior. segunda-feira, 19 de março de 12 • Ao levar em consideração a escolaridade dos usuários, identificou-se que 9% são analfabetos, 52% chegaram ao ensino fundamental, 34% ao ensino médio e apenas 5% ao ensino superior. • Diante destes dados compreende-se a estreita relação entre o uso de drogas e a baixa escolaridade. segunda-feira, 19 de março de 12 • Ao levar em consideração a escolaridade dos usuários, identificou-se que 9% são analfabetos, 52% chegaram ao ensino fundamental, 34% ao ensino médio e apenas 5% ao ensino superior. • Diante destes dados compreende-se a estreita relação entre o uso de drogas e a baixa escolaridade. • Um estudo, realizado na cidade de Curitiba, verificou as características de adolescentes institucionalizados para o tratamento da dependência química e constatou que, em relação à escolaridade, 62% desses jovens haviam abandonado os estudos (Alves & Kossobzky, 2002). segunda-feira, 19 de março de 12 segunda-feira, 19 de março de 12 Considerações Finais segunda-feira, 19 de março de 12 segunda-feira, 19 de março de 12 segunda-feira, 19 de março de 12 Uma vez que os resultados desta pesquisa mostraram que o primeiro contato com as drogas acontece na adolescência, sugere-se a realização de estudos mais aprofundados, com esse público. Dessa maneira, poder-se-á compreender melhor o conhecimento elaborado por esses sujeitos em seu contexto sociocultural, especificamente no que tange aos fatores que determinam o consumo de drogas em fase tão precoce, para assim produzir elementos que permitam uma atuação preventiva. segunda-feira, 19 de março de 12 Uma vez que os resultados desta pesquisa mostraram que o primeiro contato com as drogas acontece na adolescência, sugere-se a realização de estudos mais aprofundados, com esse público. Dessa maneira, poder-se-á compreender melhor o conhecimento elaborado por esses sujeitos em seu contexto sociocultural, especificamente no que tange aos fatores que determinam o consumo de drogas em fase tão precoce, para assim produzir elementos que permitam uma atuação preventiva. segunda-feira, 19 de março de 12