Ficha Técnica
DIRETOR DO PROJETO:
Cesar Cunha Campos
SUPERVISOR: Ricardo Simonsen
DIRETOR DE CONTROLE
Antônio Carlos Kfouri Aidar
Diretor de mercado:
CORPO TÉCNICO:
José Bento Amaral
Ana Maria Castelo
Ana Paula Ramos
André Michelin
Sergio Câmara Bandeira
Roberto Aragão
Robson Gonçalves
3
sumário
Ficha Técnica
Sumário
Destaques
Apresentação: A cadeia produtiva da construção.
03
05
06
09
1. A dinâmica industrial e a produção de materiais de construção
10
2. A dinâmica setorial
O perfil da cadeia
A evolução recente
Tributos gerados pelo crescimento da produção e do emprego
Os canais de distribuição
12
12
13
15
16
3. Nível de atividade, desempenho regional e comércio exterior
Vendas, PIB e emprego: materiais e equipamentos
Crescimento regional das vendas: indústria e comércio
Comércio exterior
19
19
24
26
4. O mercado imobiliário em 2012: um novo patamar de crescimento
Mercado Imobiliário: queda no crédito, nos lançamentos e nas vendas
O Programa Minha Casa Minha Vida
28
28
32
5. Perfis da Indústria de Materiais e de Equipamentos
Aços longos
Cimento
Concreto e Fibrocimento
Material Elétrico
Material Plástico
Metais Sanitários e Válvulas
Produtos Cerâmicos
Tintas e Vernizes
Vidros
Máquinas e equipamentos para a construção
35
36
38
40
42
44
46
48
50
52
54
6. Conheça a cadeia da construção
Elos da produção
Metodologia
Elos da Produção
56
56
58
60
5
Destaques
Crescimento do PIB da cadeia
Desempenho regional do comércio
Em 2012, o valor adicionado da cadeia produtiva da construção, isto é, o PIB setorial,
foi de R$ 328,5 bilhões, o equivalente a 8,8% do PIB do país. Houve crescimento nominal de 4,3% frente a 2011. Descontada a inflação, houve queda real de 2,9%
Em 2012, a região Centro-Oeste assumiu a liderança das vendas de materiais de
construção no comércio, com expansão de 11,1% frente a 2011. Em seguida, aparece
o Nordeste, com alta de 10,3%.
Construção civil
Desempenho regional das vendas industriais
No mesmo período, o PIB das construtoras cresceu 4,6% em termos nominais, o que
corrigido pelo INCC-DI representou uma queda de 2,7%. Esse ritmo mais lento e aquém
do esperado foi decisivo para conter a expansão da cadeia.
As vendas industriais desaceleraram no Nordeste, com alta de 5,3% contra 11,8%
no ano anterior. A região perdeu a liderança para o Sul do País, onde o crescimento
nominal das vendas foi de 7,9%. O segundo melhor desempenho nessa base de comparação ficou por conta do Centro Oeste (6,1%). Nas duas últimas posições ficaram o
Sudeste (4,6%) e o Norte (0,2%).
Arrecadação continua em alta
Em 2012, os impostos e taxas gerados pelas atividades da cadeia produtiva da construção somaram R$ 77,5 bilhões, o que representou uma carga tributária de 23,6%, percentual semelhante ao observado nos anos recentes. Frente ao ano anterior, a arrecadação cresceu 4,3% em termos nominais, o que representou uma queda real de 1,6%.
Desempenho da indústria de materiais
O PIB da indústria de materiais e equipamentos cresceu 3,5% em termos nominais. Descontada a inflação (INCC-DI materiais e equipamentos), houve queda de 1,1% frente a
2011. A queda se concentrou nos segmentos produtores de máquinas e equipamentos
para construção (24,1%).
Persiste o descompasso entre vendas industriais e no comércio de
materiais
Em 2012, como nos anos anteriores, persistiu o descompasso entre o desempenho da
indústria e do comércio. As vendas da indústria de materiais apresentaram crescimento
nominal de 5,3%. No comércio, essa alta chegou a 8%. Descontada a elevação de preços (INCC-DI Materiais), as taxas de crescimento das vendas da indústria e do comércio
de materiais em 2012 foram de 1% e 3,3%, respectivamente.
Emprego
O emprego na indústria de materiais e equipamentos chegou em 2012 a 795,9 mil
postos de trabalho. A região Sudeste foi responsável por 52,4% desses postos de trabalho, seguida pela região Sul com 23,4%. Em relação a 2011, a expansão do emprego foi de 1,1%. Nas construtoras, a alta no emprego foi de 3% no mesmo período.
Comércio exterior
Entre 2011 e 2012, o ritmo de crescimento das importações desacelerou, passando de
16,4% para 4,5%. Já as exportações cresceram pelo terceiro ano consecutivo. Ainda
assim, o déficit comercial setorial voltou a crescer em 2012, superando novamente a
marca de US$ 1,1 bilhão.
7
apresentação
a cadeia produtiva da
construção
Dando continuidade a uma parceria exitosa, a Associação Brasileira da Indústria
de Material de Construção apresenta, em parceria com a Fundação Getulio
Vargas, O Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais. Essa
iniciativa, que já se repete há oito anos, visa oferecer aos associados da ABRAMAT
e ao público em geral uma visão ampla e integrada, estimando e atualizando de
maneira contínua os principais indicadores da cadeia e de seus elos.
Nesse sentido, o ano de 2012 desperta interesse especial por conta das peculiaridades
do cenário macroeconômico e de suas repercussões sobre a cadeia da construção.
Câmbio, inflação, emprego e produção industrial foram fatores de destaque. Em paralelo, diversas medidas de defesa comercial foram adotadas, com impactos relevantes
para muitos dos segmentos da indústria de materiais duramente atingidos pelo crescimento das importações nos anos anteriores. Por fim, observou-se a desaceleração do
ritmo de atividade das construtoras, principal destino final dos produtos da indústria.
Esse somatório de fatores gerou um quadro complexo. As vendas e o PIB da indústria
de materiais apresentaram crescimento abaixo dos indicadores setoriais de inflação,
mas o nível de emprego voltou a crescer. Tal fato demonstra que ajustes no ambiente
macro podem favorecer de maneira decisiva a reação industrial. Já nos segmentos
produtores de máquinas e equipamentos, o quadro foi bem menos favorável. Houve
forte oscilação das vendas e do PIB e a recuperação que se ensaiou no ano anterior
não se sustentou, apesar da alta do emprego. Esse descompasso ocorreu, em boa
medida, por conta da piora nas expectativas de crescimento da economia como um
todo, cujos efeitos tendem a ser mais intensos sobre os produtores de bens de capital.
Mas os números revelam, também, o grande esforço da indústria brasileira de materiais de construção no sentido de manter seus níveis de atividade e emprego, reagindo
ao contexto da desaceleração do PIB e da produção industrial como um todo.
A presente edição traz os números mais atualizados relativos à cadeia da construção,
incluindo ampla revisão das bases de dados decorrentes de alterações geradas pela
publicação da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e das pesquisas estruturais do IBGE relativas ao ano de 2011. Essa revisão resultou, em alguns casos, na
atualização de séries históricas, especialmente as relativas ao emprego setorial.
9
1
A dinâmica industrial e a
produção de materiais de
construção
Os dados da Tabela 1.1 ilustram o contexto adverso em que operou a indústria brasileira no ano passado. Desde o início da crise internacional, em 2008, as taxas de
crescimento têm sido baixas. Mas 2012 foi um ano particularmente difícil. Em termos
de produção física, a indústria de transformação apresentou queda de 2,7%, anulando boa parte dos avanços obtidos nos anos anteriores.
Tabela
1.1
Produção física da indústria, 2008-12
Taxas de variação médias anuais por segmento
Segmentos da Indústria
10
2008-2010
2011
2012
Indústria de Transformação
1,1%
0,3%
-2,7%
Bens de Consumo
1,8%
-0,4%
-0,8%
Bens de Consumo Duráveis
1,6%
-2,0%
-3,4%
Bens de Consumo Não Duráveis
1,8%
0,1%
0,0%
-0,1%
3,2%
-11,8%
Bens Intermediários
0,8%
0,3%
-1,6%
Insumos Típicos da Construção
2,4%
4,0%
1,4%
Bens de Capital
da construção tiveram um desempenho francamente melhor do que a média da indústria. Ainda assim, como veremos ao longo deste estudo, essa reação variou bastante
dentre os segmentos produtores de materiais. Outros indicadores como faturamento e
agregação de valor (PIB dos segmentos) não tiveram desempenho tão favorável.
No front inflacionário, a alta do INCC-Materiais foi muito semelhante à registrada no
ano anterior, passando de 4,3% para 4,9% entre 2011 e 2012. Essa ligeira aceleração
da inflação setorial demonstra que a indústria não repassou para seus preços a alta
cambial de mais de 16,5%1 ocorrida ao longo do ano passado, ganhando competitividade frente aos importados.
Por fim, como já apontado em estudo anterior2, as importações de materiais de construção desaceleraram, muito embora tenham apresentado crescimento frente ao ano anterior. Entre 2011 e 2012, as taxas de crescimento passaram de 16,1% para 4,5%. Ainda
assim, o déficit setorial de comércio externo permaneceu acima de US$ 1,1 bilhão.
Em resumo, a indústria de materiais de construção reagiu de maneira positiva frente
ao quadro geral de desaceleração do crescimento, expandindo o nível de emprego e a
produção física apesar da evolução menos favorável do faturamento e do PIB. Espera-se que o ambiente macroeconômico mais equilibrado e mais favorável ao aumento da
produtividade sustente esse padrão, avançando na criação das condições necessárias
à retomada do desenvolvimento industrial.
Fonte: IBGE
De modo semelhante ao que ocorreu na indústria de materiais, em 2012, a produção
de máquinas e equipamentos (bens de capital) apresentou o pior desempenho, seguida pela produção de bens duráveis de consumo.
Nesse contexto adverso, diversas iniciativas de estímulo foram adotadas pelo Governo
Federal, tanto no campo tributário, com a manutenção das medidas de desoneração
fiscal, quanto no campo da defesa comercial.
Os números da tabela mostram que, em termos de produção física, os insumos típicos
1
2
Média da taxa de câmbio comercial de 2012 contra média de 2011.
Importações e Competitividade na Indústria Brasileira de Materiais de Construção. ABRAMAT-FGV, 2013.
11
2
A dinâmica setorial
A indústria de materiais representou a segunda principal contribuição ao PIB da cadeia, somando R$ 55,2 bilhões, ou 16,8% de toda a cadeia. Os produtores de máquinas e equipamentos, por sua vez, geraram valor da ordem de R$ 4,7 bilhões ou 1,4%
do total. Assim, os dois segmentos responderam por 18,2% do PIB da cadeia e criaram
796 mil ocupações. As atividades de comércio de materiais e serviços responderam
por 8,9% e 6,5% do PIB da cadeia, respectivamente.
O PERFIL DA CADEIA
Em 2012, o valor adicionado pela cadeia produtiva da construção civil somou R$
328,5 bilhões, o que representou 8,8% do PIB do país. Todos os elos dessa cadeia
foram responsáveis pela geração de 13,4 milhões de ocupações, entre empregados
– com e sem carteira de trabalho –, trabalhadores por conta própria e proprietários.
Tabela
2.2
PIB e ocupação na cadeia da construção, 2012
Elos da Cadeia
Tabela
2.1
Produção, renda e ocupação na cadeia da
construção, 2012, R$ milhões
Operações
12
Fornecedores
Outros
Máquinas e Materiais de
Elos** Equipamentos construção
(A)
(B)
(C)
Construção
(D)
Total da
cadeia
(A+B+C+D)
Valor adicionado bruto (PIB)
55.185
4.751
55.161
213.416
328.513
Remunerações
27.378
2.054
18.399
90.797
138.627
Excedente operacional bruto
e rendimento misto bruto
25.600
2.607
35.151
120.227
183.585
Outros impostos sobre a
produção e subsídios
2.207
90
1.611
2.393
6.301
Consumo intermediário
64.772
6.612
68.898
201.388
341.669
10.997 125.992
414.804
671.750
Valor da produção
Fator trabalho (pessoas)*
119.957
3.035.182
R$ milhão
(%)
Pessoas
(%)
213.416
65,0%
9.600.128
71,5%
Indústria de materiais
55.161
16,8%
746.087
5,6%
Comércio de materiais
29.295
8,9%
942.366
7,0%
Serviços
21.495
6,5%
673.842
5,0%
Máquinas e equipamentos
4.751
1,4%
49.854
0,4%
Outros fornecedores
4.393
1,3%
1.418.974
10,6%
328.513
100,0%
13.431.251
100,0%
Construção
Elos de Produção
49.854 746.087 9.600.128 13.431.251
Pessoal Ocupado
PIB
Total da Cadeia
Fonte: FGV.
A Evolução Recente
O crescimento vigoroso dos últimos anos permitiu que a cadeia da construção ganhasse participação na economia brasileira. No entanto, depois de alcançar 8,9% do PIB
do país em 2011, a cadeia da construção teve sua participação reduzida para 8,8%
em 2012. O resultado expressa a revisão dos números de 2011,3 que já mostraram
uma redução expressiva das taxas de crescimento em todos os elos na comparação
com o desempenho de 2010.
Fonte: FGV. (*) Inclui proprietários e sócios, empregados com e sem carteira de trabalho e trabalhadores por
conta própria; média no ano. (**) Inclui comércio de materiais e serviços da construção.
Na comparação dos valores correntes de 2012 com o ano anterior, o PIB da cadeia
apresentou crescimento de 4,3%, o que representou queda real de 2,9%.4
O setor da construção civil respondeu pela maior parcela do valor agregado – R$
213,4 bilhões, ou 65% do PIB de toda a cadeia. O setor também foi responsável pelo
maior número de ocupados: 9,6 milhões ou 71,5% do total de pessoas.
O baixo crescimento do setor da construção contribuiu de forma determinante para
o resultado aquém do esperado no ano de 2012. Na comparação com 2011, o PIB
elevou-se 4,6% em termos nominais, o que corrigido pelo INCC-DI representou uma
queda de 2,7%.
A revisão incorporou os números das pesquisas econômicas e as estimativas do PIB da construção e do País realizadas pelo IBGE.
4
Valores corrigidos pelo INCC-DI médio de 2012.
3
13
Para o setor, o ano foi marcado por mudanças em sua dinâmica: a composição e intensidade do crescimento mudaram de forma bastante significativa. A construção iniciou o
ano com taxas vigorosas de crescimento ainda comandadas pelo segmento imobiliário,
mas que foram arrefecendo. No decorrer do ano, o segmento de infraestrutura passou
a registrar taxas mais robustas, impulsionando o crescimento setorial.
A mudança decorreu de fatores importantes: i) a conclusão de obras habitacionais iniciadas em 2010; e ii) a retomada das obras viárias a partir da liberação dos recursos
do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Essa dinâmica diferenciada pode ser percebida a partir dos números do emprego com carteira. Em 2011,
o número de empregados pelas empresas de construção em todo País registrou alta de
11,8%, em relação a 2010, sendo que no segmento imobiliário, o crescimento foi de
12,2% e em infraestrutura houve queda de 0,5%. Em 2012, o emprego das construtoras
cresceu 5,9%, mas no segmento de infraestrutura, a alta foi de 7,6% e no imobiliário, de
apenas 2,5%, todos na comparação com o ano anterior. Vale notar que os resultados,
que respondem pelo desempenho do segmento formal, indicam uma mudança de ritmo,
mas não representam retração. Estima-se que as empresas representem mais de 60% do
PIB do setor da construção.
14
A outra parcela do PIB da construção resulta das obras de autogestão e autoconstrução
e das obras de reforma e manutenção realizadas pelas famílias. O bom desempenho
do comércio varejista em 2012 indica que essa parcela do PIB da construção pode ter
se expandido mais que o segmento formal. Como essas obras têm uma produtividade
muito inferior à das empresas devem ter contribuído menos para o resultado final. Vale
notar que pela ótica de volume, que é estimada pelo IBGE a partir da produção de materiais de construção, o PIB da construção cresceu 1,4% em 2012.
Por sua vez, o PIB da indústria de materiais registrou uma elevação de 6% na comparação com o ano anterior, ou de 1,6% acima da inflação5, o que totaliza um crescimento
real superior a 20% desde 2009. No entanto, depois do crescimento extraordinário de
2010, o desempenho da indústria tem se mostrado bastante volátil, refletindo o aumento
das importações. De todo modo, a despeito da desaceleração das atividades das construtoras em 2012, a indústria conseguiu assegurar um resultado positivo que se pode ser
associado a medidas de defesa comercial e à desvalorização cambial ocorrida.
Esse desempenho mais favorável da indústria de materiais não foi acompanhado pela
indústria de equipamentos, que foi bastante afetada pelo crescimento das incertezas em
relação ao crescimento setorial. O cenário mais incerto afetou as decisões de investimento das empresas e contribuiu para a queda expressiva do PIB, que chegou a 18,5%
em termos nominais na comparação com 2011.
5
Valores corrigidos pelo INCC-DI Materiais médio de 2012.
A despeito do resultado positivo da indústria de materiais, ainda assim, manteve-se
a discrepância em relação ao desempenho do comércio de materiais que continuou
crescendo em ritmo superior. Em 2012, o PIB do comércio teve alta nominal de 10,1%.
Por fim, os números de 2012 confirmam um cenário já vislumbrado em 2011, onde
as taxas de crescimento da cadeia mostram-se mais comedidas. Assim, se por um
lado a desvalorização cambial mais intensa de 2013 abre caminho para uma maior
recuperação da indústria de materiais no mercado interno, por outro, tem-se uma
desaceleração do setor da construção, o que deve impedir um crescimento maior de
toda a cadeia. Nesse sentido vale ressaltar a mudança da dinâmica onde o segmento
de infraestrutura começa a ganhar mais relevância no cenário setorial.
Tributos gerados pelo crescimento da produção e do emprego
Em 2012, os impostos e taxas gerados pelas atividades da cadeia produtiva da construção somaram R$ 77,5 bilhões, o que representou uma carga tributária de 23,6% do
PIB da cadeia. Como não houve mudança na carga tributária nos dois últimos anos,
o volume de tributos tem acompanhado o movimento do PIB setorial. Assim, em 2012,
o volume de tributos arrecadados em todos os elos registrou crescimento nominal de
4,3%, o que corrigido pela inflação representou uma queda real de 1,6%.
Tabela
2.3
Carga tributária na cadeia da construção,
2012, R$ milhões
Elos de Produção
Fornecedores
Impostos
Outros
Elos*
(A)
Máquinas e
Equipamentos
(B)
5.507
422
3.923
22.429
32.281
Impostos sobre renda
e propriedade
10.603
685
6.600
27.364
45.252
Receita tributária
16.111
1.107
10.522
49.794
77.533
29,2%
23,3%
19,1%
23,3%
23,6%
Impostos sobre produção
e importação
Carga tributária sobre o PIB
Fonte: FGV. (*) Inclui comércio de materiais e serviços da construção.
Materiais de Construção
construção
(D)
(C)
Total da
cadeia
(A+B+C+D)
15
Os impostos sobre a renda e a propriedade representaram a maior parte dos tributos
arrecadados, 58% ou R$ 45,3 bilhões. Os impostos sobre a produção e importação somaram R$ 32,3 bilhões.
O setor da construção respondeu por 64% do total dos tributos gerados pela cadeia. Na
indústria de materiais, o total de tributos representou uma carga de 19,1% do PIB setorial.
Figura
2.1
Origens, canais de distribuição e destino dos
materiais de construção, 2012
OrigeNS
Canais de
Distribuição
Destinos
Construtoras
Os canais de distribuição
Como na edição anterior, o fluxo da cadeia da construção civil foi mapeado a partir dos
dados mais recentes, desde os segmentos ofertantes (indústria e importações) até o consumo final (construtoras, famílias, exportações), passando pelos canais de comercialização
(varejo e atacado).
A apresentação feita nesta edição teve como principal objetivo estimar quanto da produção da indústria brasileira de materiais de construção se destina a cada uma das categorias de consumidor final e por que canais de distribuição passa essa produção.
16
Como esperado, as construtoras são o principal destino da oferta total de materiais. São
as construtoras que respondem por mais de 45% das demanda final. Em seguida, aparecem as famílias, com 35,8%. A categoria “outros”, com quase 14%, é composta por
outras pessoas jurídicas como condomínios, hospitais e órgãos públicos como prefeituras
que realizam pequenas obras de manutenção. A menor parcela é representada pelas
exportações, com 5,4% da demanda total.6
Indústria
91,8%
Atacado
14,7%
Importações
8,2%
Varejo
43,9%
45,2%
Exportações
5,4%
Famílias
35,8%
Outros
13,6%
Total: 100%
Total: 58,5%
Total: 100%
Fonte: FGV
A figura 2.1 apresenta esses fluxos de forma ordenada na cadeia, desde a origem
até o destino final. Nota-se que pouco menos de 60% da distribuição da oferta de
materiais passa pelo comércio (atacado e varejo). O restante corresponde às compras
diretas, feitas tipicamente pelas construtoras junto à indústria e aos importadores.
GRÁFICO 2.1
Composição das vendas da
indústria, 2012
26,8%
Para o varejo
Para o atacado
19,8%
7%
5,5%
6
Esses dados são estimativas do volume das operações, obtidas a partir dos valores nominais de deflacionados.
Para as construtoras
40,9%
Para a própria indústria
Exportação
17
3
GRÁFICO 2.2
Composição das compras das
construtoras, 2012
Nível de atividade,
desempenho regional e
comércio exterior
Da indústria
24,2%
Do atacado
49,7%
Do varejo
19,7%
Importação
Vendas, PIB e emprego: materiais e equipamentos
6,4%
GRÁFICO 2.3
Distribuição compras de materiais
de construção pelas construtoras
segundo atividade, 2012
35%
49%
Construção de edifícios
Obras da Infraestrutura
16%
Servicos esp. para construção
Mais uma vez, o desempenho dos diferentes segmentos foi bastante desigual. Mas, o
cenário se inverteu em relação ao ano anterior, com forte retração na produção de
equipamentos e avanço na produção de materiais para a construção.
GRÁFICO 2.4
Assim, em 2012, as vendas de materiais tiveram crescimento nominal de 5,3%. Descontada a variação do INCC - Materiais, a alta real foi de 1%. Já no segmento de
máquinas e equipamentos, observou-se queda de 18,6% no valor nominal das vendas
Considerando a variação do INCC materiais, a queda chega a mais de 20%. O quadro foi semelhante em termos da geração de valor e renda, isto é, de crescimento do
PIB. Nos segmentos produtores de materiais registrou-se alta real de 1,6%. Já o PIB dos
segmentos de máquinas e equipamentos recuou 24%. Com isso, o desempenho total
do PIB da indústria de materiais, máquinas e equipamentos de construção foi -1,1%
em 2012.
Composição das vendas do
varejo, 2012
81,6%
Para as famílias
Para as construtoras
18
14,5%
Outras
3,9%
GRÁFICO 2.5
29,8%
Composição das vendas do
atacado, 2012
43,1%
Para a construção
27,1%
Para o varejo
Outras (*)
29,6%
GRÁFICO 2.6
Composição das importações, 2012
Pelo varejo
29,1%
Pelas construtoras
29,7%
11,6%
As vendas da indústria de materiais, máquinas e equipamentos para a construção
foram próximas a R$ 137 bilhões em 2012. Considerando as revisões das bases de
dados do IBGE, o crescimento nominal frente a 2011 foi de 2,9%. Descontada a variação do INCC materiais, houve queda real de 1,7%.
Pela indústria
Pelo atacado
11,6%
Gráficos 2.1 a 2.6
Fonte: FGV. (*) Inclui outras pessoas jurídicas além das construtoras e das empresas do varejo, como condomínios,
prefeituras, fábricas etc.
Em termos da distribuição do valor gerado, os segmentos produtores de materiais ganharam espaço, respondendo por 92,1% do PIB total em razão do mal momento da
indústria de máquinas e equipamentos. O mesmo ocorreu em relação às vendas e a
parcela dos segmentos produtores de materiais voltou a aumentar, chegando a 92,0%.
Apenas no emprego, a participação dos segmentos produtores de máquinas e equipamentos se elevou, chegando em 2012 a 6,3%. No caso da indústria de materiais,
essa parcela foi de 93,7%.
19
Tabela
3.1
Vendas, geração de renda e ocupação na indústria de
materiais e equipamentos, 2012
Vendas da
Indústria*
(R$ milhões)
Segmentos
Indústrias de materiais
PIB**
% (R$ milhões)
Pessoal
Ocupado***
% (Empregados)
Tabela
Vendas da Indústria*
%
125.992
92,0
55.161
92,1
746.087
93,7
6.396
4,7
3.890
6,5
62.210
7,8
500
0,4
253
0,4
10.578
1,3
3.974
2,9
1.953
3,3
33.782
4,2
Tintas, vernizes, esmaltes, lacas e afins
4.945
3,6
2.369
4,0
13.951
1,8
Produtos de material plástico
8.866
6,5
3.659
6,1
53.488
6,7
Extração de pedra, areia e argila
Desdobramento de madeira
Produtos de madeira, cortiça e material trançado exceto móveis
1
Vidro e de produtos do vidro
2.208
1,6
1.119
1,9
11.338
1,4
Cimento
18.236
13,3
8.342
13,9
16.670
2,1
Artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e
13.860
10,1
6.039
10,1
127.375
16,0
11.179
8,2
6.006
10,0
164.201
20,6
7.213
5,3
3.577
6,0
47.397
6,0
estuque
Produtos cerâmicos2
Aparelhamento de pedras e fabr. de cal e de outros
20
produtos de minerais não-metálicos
Ferro-gusa e de ferroligas
Siderurgia
Tubos - exceto em siderúrgicas3
Metalurgia de metais não-ferrosos
4
Estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada
5
Tanques, caldeiras e reservatórios metálicos
2.131
1,6
921
1,5
4.928
0,6
16.577
12,1
5.380
9,0
18.181
2,3
1.654
1,2
618
1,0
2.935
0,4
4.624
3,4
1.209
2,0
7.290
0,9
7.970
5,8
4.222
7,0
102.659
12,9
636
0,5
272
0,5
2.367
0,3
Produtos diversos de metal6
2.046
1,5
782
1,3
17.874
2,2
Motores, bombas, compressores e equipamentos de
2.232
1,6
1.061
1,8
6.966
0,9
10.745
7,8
3.491
5,8
41.897
5,3
10.997
8,0
4.751
7,9
49.854
6,3
927
0,7
513
0,9
10.730
1,3
Máquinas e equipamentos de uso geral
3.392
2,5
1.511
2,5
21.790
2,7
Máquinas e equipamentos de usos na extração mineral e
6.678
4,9
2.726
4,6
17.334
2,2
59.912 100,0
795.941
100,0
transmissão
7
Equipamentos para distribuição e controle de energia
elétrica
Indústrias de máquinas e equipamentos para construção
Artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais
8
construção
TOTAL
136.989 100,0
3.2
Distribuição e crescimento regionais da indústria
de materiais, 2012
Fonte: FGV.
Notas: * Não inclui vendas de materiais importados. ** Valor adicionado. *** Com carteira de trabalho; valores referentes
a dezembro. (1) Inclui tubos e conexões, acessórios sanitários, revestimentos e esquadrias de plástico. (2) Inclui tijolos,
ladrilhos, telhas e louças sanitárias. (3) Tubos de aço com costura. (4) Inclui tubos e perfis de cobre e alumínio. (5) Inclui
esquadrias. (6) Inclui pregos, parafusos, calhas, pias e cubas. (7) Inclui fios e cabos elétricos para uso em construção. (8)
Inclui fechaduras, dobradiças e cadeados.
Regiões e Unidades
da Federação
NORTE
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá
Tocantins
NORDESTE
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
SUDESTE
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
SUL
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
CENTRO OESTE
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Goiás
Distrito Federal
BRASIL
R$ milhões
Participação
Crescimento
5.582
825
265
1.289
102
2.373
116
611
17.760
1.558
903
3.023
1.382
1.319
3.795
452
1.110
4.218
66.052
16.251
4.803
7.371
37.628
29.512
9.908
10.844
8.760
7.086
1.061
1.962
3.307
756
125.992
4,4%
0,7%
0,2%
1,0%
0,1%
1,9%
0,1%
0,5%
14,1%
1,2%
0,7%
2,4%
1,1%
1,0%
3,0%
0,4%
0,9%
3,3%
52,4%
12,9%
3,8%
5,9%
29,9%
23,4%
7,9%
8,6%
7,0%
5,6%
0,8%
1,6%
2,6%
0,6%
100,0%
0,2%
4,3%
0,6%
-2,4%
12,4%
-1,5%
16,4%
2,2%
5,3%
6,1%
2,8%
8,6%
-2,1%
4,0%
5,1%
4,3%
13,9%
4,3%
4,6%
4,7%
7,5%
6,9%
3,7%
7,9%
8,2%
8,1%
7,5%
6,1%
4,6%
9,6%
4,4%
6,5%
5,3%
Fonte: FGV.
Nota: *Vendas em R$ correntes. Não inclui máquinas e equipamentos para construção
21
Tabela
3.3
Distribuição e crescimento regionais das vendas
do varejo de materiais, 2012
Tabela
Vendas do Varejo*
Regiões e Unidades
da Federação
22
NORTE
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá
Tocantins
NORDESTE
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
SUDESTE
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
SUL
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
CENTRO OESTE
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Goiás
Distrito Federal
BRASIL
Vendas da indústria
R$ milhões
Participação
Crescimento
6.909
1.276
239
1.369
138
2.810
359
718
19.374
2.103
946
2.556
1.407
1.504
3.701
1.138
890
5.129
39.157
9.934
1.865
6.475
20.883
15.493
6.209
4.487
4.797
9.323
1.397
1.911
4.362
1.654
90.256
7,7%
1,4%
0,3%
1,5%
0,2%
3,1%
0,4%
0,8%
21,5%
2,3%
1,0%
2,8%
1,6%
1,7%
4,1%
1,3%
1,0%
5,7%
43,4%
11,0%
2,1%
7,2%
23,1%
17,2%
6,9%
5,0%
5,3%
10,3%
1,5%
2,1%
4,8%
1,8%
100,0%
9,0%
-6,2%
-0,4%
7,5%
-0,6%
12,6%
65,0%
17,7%
11,4%
22,0%
12,6%
11,7%
22,8%
32,9%
0,1%
15,4%
14,0%
7,1%
5,1%
3,5%
9,0%
8,4%
4,6%
8,1%
10,7%
8,1%
4,9%
12,3%
12,5%
18,0%
14,5%
1,4%
8,0%
Fonte: FGV.
Nota: *Vendas em R$ correntes. Não inclui máquinas e equipamentos para construção
3.4
Ranking regional nas vendas* de materiais de
construção, 2012
Vendas do varejo
Ordem Unidade da Federação R$ milhões
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
São Paulo
Minas Gerais
Santa Catarina
Paraná
Rio Grande do Sul
Rio de Janeiro
Espírito Santo
Bahia
Pernambuco
Goiás
Ceará
Pará
Mato Grosso
Maranhão
Rio Grande do Norte
Paraíba
Amazonas
Sergipe
Mato Grosso do Sul
Piauí
Rondônia
Distrito Federal
Tocantins
Alagoas
Acre
Amapá
Roraima
37.628
16.251
10.844
9.908
8.760
7.371
4.803
4.218
3.795
3.307
3.023
2.373
1.962
1.558
1.382
1.319
1.289
1.110
1.061
903
825
756
611
452
265
116
102
Ordem
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
Unidade da Federação
São Paulo
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Paraná
Bahia
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Goiás
Pernambuco
Pará
Ceará
Maranhão
Mato Grosso
Espírito Santo
Distrito Federal
Paraíba
Rio Grande do Norte
Mato Grosso do Sul
Amazonas
Rondônia
Alagoas
Piauí
Sergipe
Tocantins
Amapá
Acre
Roraima
R$ milhões
20.883
9.934
6.475
6.209
5.129
4.797
4.487
4.362
3.701
2.810
2.556
2.103
1.911
1.865
1.654
1.504
1.407
1.397
1.369
1.276
1.138
946
890
718
359
239
138
Fonte: FGV.
Nota: * Vendas em R$ correntes. Não inclui a indústria de máquinas e equipamentos para construção.
23
Crescimento regional das vendas: indústria e comércio
Apesar do ritmo mais moderado, as importações de materiais continuaram avançando
e ampliando sua participação no mercado nacional. Por conta disso, persistiu o descompasso entre a indústria e o comércio. Em 2012, as vendas da indústria de materiais
apresentaram crescimento nominal de 5,3%. No comércio, essa alta chegou a 8%.
Descontada a elevação de preços setoriais, as taxas de crescimento das vendas da
indústria e do comércio de materiais em 2012 foram de 1% e 3,3%, respectivamente.
Na comparação com 2011, o padrão de crescimento regional da indústria se alterou.
Apesar de ainda ser expressivo, o ritmo de crescimento das vendas industriais desacelerou fortemente no Nordeste, baixando da casa de dois dígitos e chegando a 5,3% em
2012. Com isso, a região perdeu a liderança para o Sul do País, onde o crescimento
nominal das vendas foi de 7,9%. O segundo melhor desempenho nessa base de comparação ficou por conta do Centro Oeste (6,1%). Nas duas últimas posições ficaram o
Sudeste (4,6%) e o Norte (0,2%).
24
A distribuição das vendas da indústria de materiais de construção não se alterou significativamente de 2011 para 2012. O principal fator de mudança foi a leve perda de participação do Sudeste na produção total da indústria de materiais, que passou de 52,8%
para 52,4%, e o incremento da parcela do Sul, que passou de 22,9% para 23,4%.
Entre as unidades da Federação as posições também não se alteraram significativamente em 2012. São Paulo e Minas Gerais continuaram respondendo pelo maior volume
de vendas da indústria, somando um total de R$ 53,9 bilhões em vendas, o que corresponde a 42,8% do total nacional. Ainda assim, por conta do melhor desempenho em
outras regiões, esse percentual também caiu ligeiramente em relação ao registrado no
ano anterior (43,7%).
O ranking regional mostra uma grande evolução dos estados de Santa Catarina e do
Espirito Santo que passaram da 7ª para a 3ª colocação e da 12ª para a 7ª, respectivamente. Por outro lado, os estados do Rio de Janeiro e da Bahia perderam 3 posições
cada um ocupando a 6ª e a 8ª posição, respectivamente.
Tabela
3.5
Distribuição e crescimento regionais da indústria
de materiais, 2012
Indústrias de Materiais
Regiões e Unidades
da Federação
NORTE
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá
Tocantins
NORDESTE
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
SUDESTE
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
SUL
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
CENTRO OESTE
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Goiás
Distrito Federal
BRASIL
Fonte: FGV.
Nota: *Empregados com carteira.
Construtoras
Emprego*
Crescimento
Emprego*
Crescimento
35.265
5.215
1.676
8.141
645
14.992
734
3.862
112.197
9.843
5.703
19.097
8.731
8.334
23.977
2.856
7.010
26.646
417.275
102.663
30.341
46.563
237.708
186.439
62.594
68.506
55.339
44.765
6.702
12.397
20.893
4.773
795.941
-3,9%
0,1%
-3,5%
-6,3%
7,9%
-5,5%
11,7%
-1,9%
1,0%
1,8%
-1,4%
4,2%
-6,0%
-0,3%
0,9%
0,0%
9,3%
0,1%
0,3%
0,5%
3,1%
2,5%
-0,5%
3,6%
3,8%
3,7%
3,1%
1,8%
0,4%
5,2%
0,2%
2,2%
1,1%
211.238
43.835
7.813
38.638
4.077
94.390
8.687
13.798
723.905
58.127
33.336
93.711
49.836
48.869
176.894
35.951
33.106
194.075
1.703.317
404.020
75.737
356.853
866.707
466.666
176.537
121.542
168.587
268.682
36.320
49.247
97.435
85.680
3.373.808
4,6%
1,1%
3,4%
0,3%
13,2%
8,6%
17,4%
-5,0%
0,5%
-11,0%
5,5%
-2,5%
4,9%
8,8%
6,3%
-8,8%
5,1%
-1,8%
3,8%
4,1%
2,2%
8,8%
1,9%
2,7%
1,2%
2,7%
4,5%
3,1%
4,1%
17,5%
3,2%
-4,2%
2,9%
25
O quadro observado no varejo de materiais em 2012 foi bastante diverso. O processo
de desconcentração, já observado nos anos anteriores, avançou e o Sudeste perdeu
participação nas vendas, passando de 44,5% para 43,4% do total nacional. Os dois
maiores estados da região tiveram crescimento das vendas abaixo da média nacional.
Em São Paulo, o faturamento cresceu 4,6% e, em Minas Gerais, apenas 3,5%. Descontadas as variações de preço, esses números passam para o campo negativo:
-0,1% e -1%, respectivamente.
Gráfico
2500
Entre os estados, não houve alterações significativas na posição do ranking das vendas
do comércio na comparação com 2011. As primeiras duas colocações continuaram
sendo ocupadas por São Paulo e Minas Gerais que, juntos, responderam por vendas de
R$ 30,8 bilhões. Ainda assim, a parcela somada desses dois estados recuou, passado
de 35,4% das vendas totais do comércio de materiais para 34,1% entre 2011 e 2012.
26
US$ MILHÕES
2206
2000
Já no Nordeste, o crescimento nominal das vendas de materiais manteve-se na casa dos
dois dígitos, chegando a 11,4% em 2012. Graças a esse bom desempenho, a participação da região no comércio de materiais ultrapassou a marca de 20% do total nacional.
Mas, em termos de taxa de crescimento no ano, a região Centro-Oeste assumiu a liderança, com alta superior a 12% e destaque para o estado do Mato Grosso.
3.1
Saldo do comércio exterior brasileiro de materiais
de construção – valor FOB, 2005-2012
1770
1831
1500
1770
769
582
500
-500
Comércio exterior
Segundo dados revisados do sistema AliceWeb do Ministério do Desenvolvimento, o
déficit no comércio exterior brasileiro de materiais de construção voltou a se agravar
em 2012. Essa piora foi da ordem de 5,7% e o saldo negativo se aproximou da marca
de US$ 1,2 bilhão contra US$ 1,1 bilhão registrado no ano anterior.
7
-1000
-1105
-1167
-1500
2005
Antecipando-se à entrada em vigor de algumas das medidas de defesa comercial,
especialmente aquelas relacionadas à chamada “Guerra dos Portos”, alguns importadores anteciparam suas operações, o que contribuiu para o crescimento de 4,7% das
importações. Ainda assim, houve clara desaceleração em relação ao ano anterior,
quando as importações haviam crescido mais de 16%.
27
-710
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: FGV a partir de dados revisado do sistema AliceWeb do Ministério do Desenvolvimento.
O menor ritmo de crescimento das importações no ano passado também foi resultado
da elevação da TEC – Tarifa Externa Comum do Mercosul para diversos produtos da
indústria de materiais que vinham apresentando crescimento muito rápido das importações, caso típico dos produtos de vidro.
As exportações de materiais de construção, por sua vez, continuam em processo de
progressiva recuperação. Em 2012, seu valor ultrapassou a marca de US$ 3,5 bilhões, tendo avançado cerca de US$ 100 milhões frente ao ano anterior. Foi o terceiro
ano consecutivo de alta. Desde 2009, o crescimento médio anual tem sido de 6,2%.
Apesar disso, o patamar atingido em 2012 ainda é mais de 8,5% inferior ao pico da
série, atingido em 2007.
Em comparação com a edição 2012 deste estudo, nota-se pequena alteração nos números do saldo comercial,
especialmente em 2011. Isso se deve ao fato, comum no comércio exterior, da correção de erros e omissões nos
fluxos de exportação e importação que é feita meses depois do fechamento de cada ano.
7
8
Ao longo de todo este estudo, a menos de menção explícita, os dados de comércio exterior foram considerados
no conceito FOB – Free on Board, isto é, referem-se apenas ao valor das mercadores, livres de custos de frete e
seguros de carga. Esse conceito também não considera os custos de internalização, como tributos e gastos com o
despacho aduaneiro.
4
O mercado imobiliário em
2012: um novo patamar de
crescimento
Gráfico
9000
4.1
Vendas no mercado imobiliário, unidades
habitacionais, 2008-2012
Recife
São Paulo
Porto alegre
8000
Se o ano de 2010 representou o auge do crescimento do mercado imobiliário, em
2012 os sinais do desaquecimento começaram a se tornar evidentes. O emprego, uma
das variáveis mais importantes para acompanhar a evolução da atividade setorial,
apontou a mudança na dinâmica do crescimento, no qual se destacou a redução no
ritmo de contratação do segmento de edificações.
Mercado Imobiliário: queda no crédito, nos lançamentos e nas vendas
Dificuldades na obtenção de mão de obra qualificada e no licenciamento para iniciar
novas obras, associadas à elevação expressiva do metro quadrado contribuíram para
a diminuição dos lançamentos e das vendas do mercado imobiliário em grande parte
das regiões metropolitanas em 2011 e 2012.
28
Vale observar que em 2012, além dos preços elevados no mercado imobiliário nacional, houve também maior restrição na concessão do crédito habitacional. Em um
cenário que combinou crise europeia, baixo crescimento dos EUA e desaceleração da
economia chinesa, o número de financiamentos contratados registrou queda de 8% na
comparação com 2011.
A queda nas vendas implicou um menor volume de novas obras. Se se tem um ciclo de
obras sendo concluído sem que as etapas iniciais registrem algum dinamismo, é possível esperar que o emprego reduza o ritmo de crescimento. De fato, o reinício do ciclo
com um menor número de obras afetou as contratações ao longo do ano passado.
40000
35000
7000
30000
6000
25000
5000
4000
2008
Recife
2009
2010
2011
Porto Alegre
2012
São Paulo
Fonte: CBICdados.
29
Gráfico
4.2
Crédito habitacional (poupança), unidades
contratadas, 2007-2012
500.000
400.000
300.000
200.000
2007
Fonte: Abecip.
2008
2009
2010
2011
2012
O desempenho por segmento de atividade da construção confirma a progressiva desaceleração nos segmentos de preparação de terrenos (fase inicial da obra) e em edificações. Por outro lado, emprego no segmento de acabamento (etapa final) manteve
taxas bastante vigorosas, embora também tenha mostrado diminuição no ritmo de
crescimento.
Como as razões da queda no volume de lançamentos e vendas foram muito distintas,
ainda não é possível apontar o novo patamar em que o mercado deve se acomodar. No
início de 2013, o crédito voltou a se expandir em ritmo forte, mas o vigor do mercado
imobiliário ainda não foi plenamente recuperado. No Rio de Janeiro e em São Paulo as
vendas voltaram a crescer, mas mantêm-se baixas na maior parte das capitais.
É possível notar que a desaceleração tornou-se mais expressiva a partir do segundo
semestre de 2012 e se estendeu pelos primeiros meses de 2013.
Assim já é possível notar que progressivamente as empresas de edificações começaram a
se preocupar mais com a questão da demanda e menos com a obtenção de mão de obra
qualificada. A Sondagem da Construção da FGV apontou claramente essa mudança.
Gráfico
com carteira na construção, Brasil, 20104.3 Emprego
2012 Taxas em 12 meses
35%
Gráfico
30%
Sondagem da Construção. Limitações à melhoria
dos negócios*, empresas de edificações, Brasil,
2010-2012.
4.4
60
25%
50
48,5
30
31
46,2
20%
40
15%
29,6
30
10%
5,74%
5%
20
ja
m
n/
10
ar
/
m 10
ai
/1
0
ju
l/
10
se
t/
1
no 0
v/
10
ja
n/
m 11
ar
/
m 11
ai
/1
1
ju
l/
11
se
t/
1
no 1
v/
1
ja 1
n/
m 12
ar
/
m 12
ai
/1
2
ju
l/
12
se
t/
1
no 2
v/
1
ja 2
n/
1
m 3
ar
/1
m 3
ai
/1
3
0%
0,52%
-0,78%
-1,61%
-5%
Preparação de terrenos
Fonte: MTE/FGV
Imobiliário
Obras de acabamento
14,7
10
6,9
9,5
TOTAL
dez10
dez11
Escassez de mão de obra qualificada
(*) As assinalações compreendem outros ítens e somam mais de 100%
Fonte: FGV/IBRE
dez12
Demanda insuficiente
O Programa Minha Casa Minha Vida
O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), lançado em 2009, conjugou os objetivos de estímulo à economia com os de política social. A primeira fase do programa
envolveu a contratação de um milhão de moradias e a segunda, a construção de mais
dois milhões em um prazo de quatro anos.
A primeira fase do programa foi integralmente contratada (1,005 milhão) até o final
de 2010. A segunda fase, iniciada em 2011, tinha até dezembro de 2012, contratado
1,275 milhão de unidades.
A segunda fase do programa, além da expansão da meta de construção, priorizou a
faixa 1, que atende às famílias com renda de até R$ 1.600,00. Esse grupo passou a
abranger 60% da meta total. Nessa faixa, os subsídios representam até 90% do valor
do imóvel.
Ao final de 2012, o programa havia entregado 1,114 milhão de habitações das duas
fases.
32
Em pesquisa realizada com empresários da construção sobre o programa Minha Casa
Minha Vida,9 as empresas apontaram que a principal dificuldade é a escassez de terrenos aptos à construção de moradia popular a preços compatíveis com a estrutura de
custos. Isso explica a dificuldade de atendimento da meta nessas áreas. (Gráfico 4.5)
No entanto, equacionar o problema da terra é tarefa dos municípios. Ou seja, cabe
ao município definir políticas que favoreçam a disponibilização de terrenos, o que envolve aspectos tributários, definição de ocupação, instalação de infraestrutura urbana
e equipamentos sociais.
Assim, pode-se dizer que as obras do Programa Minha Casa Minha Vida continuaram contribuindo para a geração de renda e emprego na cadeia. Como ainda há um
percentual elevado de obras a serem realizadas, esse impacto ainda deverá ocorrer
ao longo de 2013 e 2014, atenuando o arrefecimento da atividade no mercado imobiliário de alta e média renda.
9 Pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a CBIC em abril de 2013
Gráfico
4.5
Dificuldades de operação com o PMCMV (*)
Disponibilidade de terrrenos
78,8
Processos de aprovação junto à orgãos do
governo do estado
77,3
Contratação de mão de obra qualificada
75,3
Legalização para entrega dos
empreendimentos
73,5
Serviços de cartórios
73
Viabilização do empreendimento no valor
estabelecido pelo programa
Concessionárias - ligação à rede de energia
elétrica e saneamento
72,7
71,3
Processo de desligamento e Repasse
69,9
Processo de aprovação junto às Prefeituras
69,2
Morosidade burocrática das instituições
financiadoras na contratação
69,2
Documentaçào dos compradores
58,1
Fiscalização do Ministério do Trabalho
56,8
Adequação da renda dos compradores às
condições dos programas
Fiscalização das obras
55,1
42,7
(*) A escala varia de zero a 100. Valores acima de 50 indicam mais dificuldade e abaixo de 50 pouca dificuldade.
Fonte: SindusCon-SP
33
5
PERFIS DA INDÚSTRIA
DE MATERIAIS E DE
EQUIPAMENTOS
AÇOS LONGOS
CIMENTO
CONCRETO E FIBROCIMENTO
MATERIAL ELÉTRICO
MATERIAL PLÁSTICO
METAIS SANITÁRIOS E VÁLVULAS
PRODUTOS CERÂMICOS
TINTAS E VERNIZES
VIDRO
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO
1
O faturamento cresceu 4,7% em 2012
AÇOS LONGOS
24 000
36
O déficit comercial voltou a crescer de maneira expressiva, ultrapassando a marca de
US$ 280 milhões em 2012. Na comparação com o ano anterior, o aumento foi de
190%. Ainda assim, esse saldo é cerca de
1/3 menor do que o recorde registrado em
2010.
O nível de emprego caiu ligeiramente em
comparação a 2011. O segmento perdeu
pouco menos de 400 postos de trabalho. O
nível de emprego em 2012 foi de cerca de
18,2 mil empregados segundo dados revisados do Ministério do Trabalho. O emprego segue concentrado na região Sudeste,
que responde por 87% da ocupação formal,
seguida pelo Sul com 6,2%.
O valor adicionado por trabalhador em
2012 chegou a R$ 282,6 bilhões, apresentando crescimento de cerca de 0,5% entre
2011 e 2012 em termos reais, isto é, já descontada a inflação setorial.
48,5%
22 000
-42,4%
20 000
18 000
29,2%
12,5% 7,2%
4,7%
-2,3%
16 000
O valor nominal das vendas da siderurgia
de aços longos cresceu 4,7% em 2012 em
relação ao ano anterior chegando a R$ 16,6
bilhões. Houve desaceleração em comparação com o ano anterior, quando a alta do
indicador havia chegado a dois dígitos.
Já o valor adicionado, isto é, o PIB do segmento, diminuiu 3,7% já descontada a inflação setorial. Segundo dados revisados do
IBGE, a estimativa é de que o PIB setorial
tenha atingido R$ 5,3 bilhões em 2012.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
14 000
R$ Milhão
Faturamento Líquido
16.576,6
Valor Bruto da Produção
17.461,5
Consumo Intermediário
12.323,5
Valor Adicionado
5.138,0
Remunerações
5.396,1
Salários
3.550,2
Contribuições sociais
1.059,2
Outros*
12 000
786,7
Exelente operacional bruto
10 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
11.180,5
Pessoal ocupado (pessoas)**
18.181
Produtividade
VA por trabalhador (em R$)
Aços Longos
Valor Adicionado em R$ milhão *
Atividades (CNAE): Vergalhões e outros
aços longos utilizados na construção.
Produtos: Vergalhões e outros itens de
aços longos para construção civil.
14 000
10 000
16,6%
-54,3%
14,4% -2,1%
33,3% -2,7%
8 000
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
Ano 2012
Empregados*
(%)
-10,2%
(% ao ano)
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
16 000
12 000
282.603
Evolução da produtividade do trabalho
-1,6%
Comércio exterior, US$ milhões
Importações
Saldo
Comercial
382,52
85,98
296,54
406,52
107,90
298,62
2007
382,32
129,92
252,40
2008
349,15
297,92
51,23
2009
179,29
236,20
-56,91
6 000
Ano
4 000
2005
2 000
2006
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
Exportações
Norte
309
1,7%
Nordeste
693
3,8%
2010
192,74
610,71
-417,97
15.823
87,0%
2011
240,83
337,32
-96,48
1.131
6,2%
2012
189,74
470,78
-281,04
225
1,2%
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
empregados*
0,6%
22 000
12,3%
20 000
18 000
40,7%
1,9%
-2,1%
5,0%
-3,0%
16 000
14 000
1,7%
12 000
3,8%
8 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
1,2%
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
87,0%
6,2%
10 000
Fonte: FGV
37
2
Aumento de 7,3% na produção física em 2012.
Cimento
A evolução recente da produção e das vendas de cimento demonstra que a atividade
das construtoras segue crescendo, mas em
ritmo mais lento. Segundo dados do SNIC
(Sindicato Nacional da Indústria do Cimento) a produção física de cimento cresceu
7,3% em 2012 depois de avançar mais de
8,4% no ano anterior.
38
O valor nominal das vendas de cimento
cresceu quase 9,9% em 2012, fechando o
ano no valor de R$ 18,2 bilhões. Em termos
nominais, houve clara desaceleração na
comparação com 2011, quando o indicador havia apresentado crescimento de mais
de 19% segundo dados revisados do IBGE.
O valor adicionado do segmento (PIB setorial) teve alta de 6,7% já descontada a inflação setorial. Com isso, o indicador atingiu a
marca de R$ 8,3 bilhões em 2012.
9,9%
20 000
Combinados, os números de geração de valor (PIB) e emprego resultaram em alta da
produtividade setorial (valor adicionado por
trabalhador). Em termos reais, esse indicador registrou alta de 0,8% em 2012.
19,2%
18 000
-7,1%
16 000
brasileiro. Ainda assim, observou-se aumento de 8% no déficit comercial que chegou a US$ 193 milhões no ano.
12 000
7,2%
65,2%
14 000
11,9% -3,2%
R$ Milhão
Faturamento Líquido
18.236,1
Valor Bruto da Produção
20.748,9
Consumo Intermediário
13.160,3
Valor Adicionado
7.588,6
Remunerações
4.964,0
Salários
3.038,6
Contribuições sociais
10 000
902,0
Outros*
8 000
1.023,4
Exelente operacional bruto
6 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
13.272,1
Pessoal ocupado (pessoas)**
16.670
Produtividade
VA por trabalhador (em R$)
cimento
Valor Adicionado em R$ milhão *
Atividades (CNAE): Cimento Portland
Produtos: Cimento Portland
14 000
10 000
38,3%
33,0%
-14,9%
Ano 2012
Empregados*
Norte
(%)
Comércio exterior, US$ milhões
Exportações
Importações
Saldo
Comercial
2005
43,10
20,67
22,43
2006
51,93
18,46
33,47
2007
85,80
27,01
58,79
2008
59,78
36,67
23,11
2009
20,75
58,13
-37,38
6 000
Ano
4 000
2 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
928
5,6%
4.107
24,6%
2010
10,13
139,12
-128,99
2011
11,54
190,29
-178,76
2012
9,22
202,28
-193,06
Sudeste
7.649
45,9%
Sul
2.106
12,6%
Centro-Oeste
0,9%
(% ao ano)
-17,3% 7,5% 1,2% 6,7%
8 000
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
455.227
Evolução da produtividade do trabalho
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
16 000
12 000
Nordeste
O emprego cresceu de forma expressiva em
2012. Segundo dados revisados do Ministério do Trabalho, o nível de emprego setorial chegou a 16,6 mil pessoas, com alta de
5,8% na comparação com 2011.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
1.880
11,3%
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
empregados*
18 000
7,4%
16 000
14 000
-2,0%
7,8%
8,3%
-1,0%
5,8%
9,7%
12 000
10 000
5,6%
8 000
24,6%
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
45,9%
12,6%
4 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
11,3%
O comércio exterior é pouco expressivo no
setor cimenteiro. Apesar do avanço, as importações equivaleram em 2012 a pouco
mais de 2% da demanda total do mercado
6 000
Fonte: FGV
39
3
Mais de 1.500 novos empregos criados
Concreto e
fibrocimento
Revertendo o crescimento do ano anterior, o
segmento de concreto e fibrocimento registrou queda de 1,9% no valor nominal das
vendas, que chegaram a R$ 13,9 bilhões
em 2012. O mesmo percentual foi registrado no caso do valor adicionado (PIB setorial). Descontada alta de preços, o indicador
recuou 8,6% na comparação com os dados
revisados de 2011.
40
O comércio exterior é pouco expressivo
nessa indústria por conta de características técnicas dos produtos. Ainda assim, as
importações seguem em alta, tendo crescido quase 30% em 2012. Combinado com
a queda nas exportações, essa alta resultou no crescimento de quase 40% no déficit
comercial do segmento, que ultrapassou a
marca de R$ 90 milhões no ano passado.
Mesmo assim, as importações respondem
por apenas 1,5% do mercado nacional.
Combinadas, as trajetórias do PIB e do emprego no segmento resultaram em queda no
valor da produtividade (valor agregado por
trabalhador) Em termos reais, a baixa nesse
indicador foi de 3% em 2012.
19,7%
16 000
32,8%
12 000
10 000
8 000
-1,9%
30,9%
14 000
23,3%
10,4% 16,4%
6 000
2 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
CONCRETO E FIBROCIMENTO
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
Empregados*
Norte
Faturamento Líquido
13.860,2
Valor Bruto da Produção
14.529,4
Consumo Intermediário
8.373,3
Valor Adicionado
6.156,0
Remunerações
6.575,4
Salários
4.287,2
Contribuições sociais
1.295,7
992,5
Exelente operacional bruto
7.284,8
Pessoal ocupado (pessoas)**
127.375
Produtividade
VA por trabalhador (em R$)
Atividades (CNAE): Argamassas, blocos,
canos, tubos, chapas, telhas, tijolos e artigos
de gesso.
Produtos: Argamassas de cimento, blocos
de concreto, artefatos diversos de concreto
e fibrocimento (tubos, chapas, telhas, etc);
gesso para construção civil em suas diversas
formas (em pó, em placas, e chapas de gesso
acartonado).
Ano 2012
R$ Milhão
Outros*
4 000
Nordeste
O nível de emprego cresceu 1,2% em 2012,
passando de 127 mil empregados. Foram
criados no ano liquidamente mais de 1.500
novos postos de trabalho. Desde 2009, a
criação acumulada de empregos no segmento passa de 27 mil postos. Em 2012, a
região Sudeste respondeu por pouco mais
de 44% da ocupação setorial, seguida pelo
Sul (26,6%) e pelo Nordeste (16,2%).
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
(%)
Valor Adicionado em R$ milhão *
48.330
Evolução da produtividade do trabalho
4,4%
(% ao ano)
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
16 000
14 000
12 000
10 000
25,7%
8 000
6 000
17,6% 5,7% 10,7%
12,4% -1,9%
38,4%
Comércio exterior, US$ milhões
Ano
Exportações
Importações
Saldo
Comercial
4 000
2005
6,54
8,76
-2,22
2 000
2006
15,67
10,14
5,53
2007
24,92
21,09
3,83
2008
34,69
28,06
6,62
2009
43,88
26,57
17,30
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
5.699
4,5%
20.629
16,2%
2010
34,31
41,59
-7,29
2011
19,27
83,90
-64,63
2012
17,80
108,06
-90,27
Sudeste
56.351
44,2%
Sul
33.894
26,6%
Centro-Oeste
10.802
8,5%
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
empregados*
9,7%
130 000
14,6%
120 000
7,0%
12,3%
110 000
100 000
90 000
4,5%
1,2%
13,3%
12,9%
80 000
16,2%
60 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
8,5%
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
44,2%
26,6%
70 000
Fonte: FGV
41
4
As importações permaneceram elevadas em 2012
Material
Elétrico
O segmento de material elétrico e fios e cabos continuou sendo afetado pelo crescimento das importações que bateram recorde em
2012. Houve crescimento de 1,2% frente a
2011 e o valor das importações manteve-se
na casa de US$ 1,6 bilhão. Pelo segundo
ano consecutivo, o déficit comercial do segmento ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão.
Para isso, foi determinante o recuou de mais
de 8% nas exportações em 2012.
42
O avanço das importações e a desaceleração do mercado interno contribuíram para
o recuo de 3,9% no valor nominal das vendas setoriais, que foram de pouco mais de
R$ 10,7 bilhões em 2012. Na mesma linha,
a geração de valor agregado (PIB setorial)
também sofreu um recuo da ordem de 3,9%.
Descontada a inflação setorial, o indicador
registrou queda de 7,8%.
A ocupação permaneceu estável no segmento. Segundo dados revisados do Ministério
do Trabalho, houve crescimento de apenas
0,1% no indicador. No ano anterior, o crescimento havia sido de quase 13%. Com isso,
o nível de emprego foi de 41,9 mil pessoas
em 2012.
O emprego segue concentrado no Sudeste,
que responde por quase 65% da ocupação
setorial, seguido do Sul (26,7%) e das regiões Norte e Nordeste (3,8% cada uma).
16 000
14 000
12 000
30,0%
-3,4%
-8,0% 12,6%
0,5% -3,9%
16,7%
10 000
8 000
6 000
4 000
2 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
MATERIAL ELÉTRICO
Atividades (CNAE): Fios e cabos, condutores elétricos, tanto para tensão inferior quanto superior a
1.000 V; Interruptores, estabilizadores, disjuntores,
fusíveis, tomadas e suportes para lâmpadas
Produtos: Fios e cabos, condutores elétricos, para
baixa e alta tensão, de cobre e alumínio; Interruptores, tomadas, disjuntores, chaves seccionadoras,
fusíveis e suportes para lâmpadas.
Empregados*
Norte
10.744,8
Valor Bruto da Produção
11.338,5
Consumo Intermediário
7.704,5
Valor Adicionado
3.634,0
Remunerações
2.570,8
Salários
1.703,6
Contribuições sociais
563,2
Outros*
304,1
Exelente operacional bruto
8.173,9
Pessoal ocupado (pessoas)**
41.897
Produtividade
4 500
20,6%
-4,4%
-4,1%
5,9%
-10,5%
-7,8%v
0,0%
4 000
Comércio exterior, US$ milhões
3 500
2005
248,41
444,58
-196,17
2006
333,55
476,74
-143,19
2007
475,01
893,11
-418,10
2008
547,28
1.237,44
-690,16
2009
410,15
897,60
-487,45
3,8%
2010
531,33
1.367,03
-835,70
2011
614,05
1.638,28
-1.024,22
2012
563,45
1.658,40
-1.094,95
Sudeste
27.153
64,8%
Sul
11.188
26,7%
579
1,4%
Centro-Oeste
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
5 500
5 000
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
2 500
Ano
2 000
1 500
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
empregados*
Fonte: FGV
65 000
60 000
55 000
4,3%
45 000
40 000
3,3%
-12,5% 10,2% -2,4%
12,8%
0,1%
8,3%
35 000
3,8%
26,7%
30 000
25 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
64,8%
-3,1%
(% ao ano)
Saldo
Comercial
3,3%
1.583
Valor Adicionado em R$ milhão *
86.737
Evolução da produtividade do trabalho
Importações
(%)
1.394
Nordeste
Faturamento Líquido
Exportações
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
Ano 2012
R$ Milhão
VA por trabalhador (em R$)
1,4%
A queda do PIB real e a estabilidade do emprego, fez com que a produtividade do segmento (valor agregado por trabalhador) caísse em 2012, atingindo a marca de R$ 86,78
mil ao ano.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
43
5
Construção civil representa 16% da demanda do segmento.
Material
plástico
De acordo com a Associação Brasileira da
Indústria do Plástico (Abiplast), a construção
civil segue sendo um dos grandes compradores de produtos de plástico, respondendo
por cerca de 16% da demanda total. Essa
parcela é semelhante à das compras da indústria de alimentos e bebidas e superior à
da indústria automotiva.
As vendas do segmento na cadeia da construção tiveram a quinta alta consecutiva em
2012 e seu valor nominal foi de aproximadamente R$ 8,9 bilhões. Na comparação
com 2011, houve crescimento de 7,5%.
44
Já o valor agregado (PIB setorial) superou a
marca de R$ 3,6 bilhões em 2012. Na comparação com o ano anterior, o crescimento
nominal foi de 7,4%. Descontada a variação
de preços no setor, o PIB exibiu leve retração
de 0,4%.
16 000
14 000
12 000
O número de empregos ativos no setor, por
sua vez cresceu 1,1% em 2012 e está concentrado basicamente nos estados da região
Sudeste e Sul do país com 57,5% e 26,5%
do total, respectivamente.
23,7%
10 000
A combinação da queda real do PIB setorial
e do crescimento do número de postos de
trabalho resultou em uma retração da produtividade real da ordem de 1,5% em 2012.
Atividades (CNAE): Assentos e tampas de sanitários, pias, banheiras, caixas de descarga, tubos,
conexões, portas, janelas, piscinas, persianas,
revestimentos de plásticos para pavimentos,
paredes, reservatórios e cisternas.
Produtos: Acessórios sanitários (assentos, caixas
de descarga e outros), tubos e conexões, calhas,
pias, banheiras, esquadrias e acessórios (portas,
janelas, persianas, etc), piscinas, reservatórios
e cisternas, revestimentos de paredes e pisos e
telhas plásticas.
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
Ano 2012
Empregados*
Norte
(%)
1.774
3,3%
5.236
9,8%
Sudeste
30.736
57,5%
Sul
14.193
26,5%
1.549
2,9%
Centro-Oeste
8 000
6 000
20,5%
12,3%
16,1% -2,5%
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
22,8%
2 000
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
7 000
3.404,4
Remunerações
5.280,3
Salários
3.490,1
Contribuições sociais
1.083,3
706,9
Exelente operacional bruto
3.585,9
Pessoal ocupado (pessoas)**
53.488
63.649
Evolução da produtividade do trabalho
-2,9%
(% ao ano)
5 000
5 000
4 000
18,8% -4,0% 5,4%
29,3%
12,0%
17,3%
-0,4%
Comércio exterior, US$ milhões
Exportações
Importações
Saldo
Comercial
2005
50,65
77,39
-26,74
2006
58,95
81,07
-22,12
2007
66,44
124,10
-57,66
2008
82,36
170,26
-87,90
2009
81,48
145,47
-63,99
2010
82,60
219,37
-136,77
2011
81,48
233,33
-151,85
2012
73,30
253,76
-180,47
3 000
Ano
2 000
1 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
empregados*
Fonte: FGV
80 000
88,4% 0,9%
22,9%
5,2%
11,7% -9,8%
1,1%
30 000
26,5%
5.777,1
Valor Adicionado
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
8 000
40 000
20 000
10 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
57,5%
9.181,5
Consumo Intermediário
Produtividade
Valor Adicionado em R$ milhão *
50 000
2,9%
8.866,3
Valor Bruto da Produção
VA por trabalhador (em R$)
60 000
9,8%
Faturamento Líquido
Outros*
4 000
70 000
3,3%
R$ Milhão
7,5%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
MATERIAL PLÁSTICO
Nordeste
Em relação à balança comercial, o fato que
chama a atenção este ano é que as exportações atingiram o seu menor patamar desde
2007, US$ 73 milhões, enquanto as importações continuaram a crescer. O resultado
foi um déficit comercial ainda maior nesse
ano, US$ 180 milhões, o que representa
um crescimento de quase 19% em relação
a 2011.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
45
6
Nível de emprego permaneceu estável em 2012.
METAIS
SANITÁRIOS E VÁLVULAS
46
Em termos regionais, as regiões Sul e Sudeste somadas respondem 97% dos empregos
do segmento de metais sanitários e válvulas.
A evolução recente do valor adicionado e a
manutenção do nível de emprego em patamares moderados fez com que a produtividade
do setor crescesse à taxa média de 3,2% desde 2009, superando o valor de R$ 155 mil
ao ano por trabalhador em valores de 2012.
-18,3%
2 500
13,7%
2 250
2 000
17,4%
-1,8%
-6,3%
10,6%
1 750
1 500
1 250
1 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
R$ Milhão
Faturamento Líquido
2.232,5
Valor Bruto da Produção
2.370,1
Consumo Intermediário
1.289,2
Valor Adicionado
1.080,8
Remunerações
1.478,9
Salários
983,7
Contribuições sociais
315,6
Outros*
179,6
Exelente operacional bruto
753,6
Pessoal ocupado (pessoas)**
6.966
Produtividade
VA por trabalhador (em R$)
METAIS SANITÁRIOS E VÁLVULAS
Valor Adicionado em R$ milhão *
Atividades (CNAE): Válvulas, torneiras, registros,
bombas e compressores.
Produtos: Metais sanitários (válvulas, torneiras,
registros, etc), válvulas hidráulicas de diversos
tipos utilizadas em edificações; bombas e compressores aplicados em obras de construção civil.
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
Ano 2012
Empregados*
Norte
(%)
29
Nordeste
O comércio exterior, por sua vez, mostra resultados menos animadores. Apesar das importações do setor não terem apresentado grande
crescimento, as exportações caíram ao menor
nível desde 2008 atingindo US$ 190 milhões.
Assim, o setor experimentou em 2012 o seu
pior resultado da balança comercial desde
2005 com déficit de US$ 139 milhões.
35,6%
2 750
As vendas de metais sanitários e válvulas em
2012 atingiram o valor de R$ 2,2 bilhões.
Em termos nominais, segundo dados revisados pelo IBGE, houve queda de 1,8% frente
a 2011. Em linha com esse movimento, a
geração de valor (PIB do segmento) também
recuou. Descontada a inflação setorial, a
queda foi ligeiramente superior a 5%.
O nível de emprego no setor cresceu 0,2%,
aproximando-se do patamar de 7 mil trabalhadores em 2012. No ano anterior, o crescimento do emprego havia sido de 0,4%. O
patamar de empregos observados em 2012
ainda era mais de 700 postos de trabalho
inferior ao valor observado no ano anterior
a crise de 2009.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
0,4%
112
1,6%
Sudeste
4.509
64,7%
Sul
2.247
32,3%
69
1,0%
Centro-Oeste
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
1 750
29,7%
1 500
5,3%
-14,5%
25,8% -5,1%
-11,1%
7,8%
1 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
empregados*
2005
73,93
107,85
-33,92
2006
137,64
134,33
3,31
2007
100,88
182,17
-81,29
2008
150,98
236,32
-85,34
2009
236,74
203,39
33,34
2010
191,91
275,38
-83,47
2011
264,24
317,06
-52,81
2012
190,75
330,47
-139,72
Fonte: FGV
11 000
12,1%
-6,1%
22,8%
-4,1% 0,4% 0,2%
-5,9%
6 000
32,3%
Saldo
Comercial
250
7 000
5 000
4 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
64,7%
Importações
500
8 000
1,0%
Exportações
Ano
9 000
1,6%
Comércio exterior, US$ milhões
750
10 000
0,4%
1,9%
(% ao ano)
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
2 000
1 250
155.159
Evolução da produtividade do trabalho
47
7
Produção física avançou 2,5% em 2012.
Produtos
Cerâmicos
Segundo dados da Associação Nacional
dos Fabricantes de Cerâmicas de Revestimento (ANFACER), a produção física de
produtos cerâmicos cresceu 2,5% em 2012,
desacelerando em relação ao ano anterior,
quando o crescimento ultrapassou a marca
de 12%.
O valor nominal das vendas em 2012 alcançou R$ 11,2 bilhões. Segundo dados
revisados do IBGE, o indicador teve crescimento nominal de 5,9%, taxa próxima da
registrada no ano anterior.
48
O valor adicionado (PIB do segmento)
acompanhou o crescimento das vendas, superando a marca de R$ 6 bilhões, o que
representou crescimento real de 3,5% frente
a 2011.
16 000
14 000
12 000
10 000
Segundo dados revisados do IBGE e do Ministério do Trabalho, essa alta foi de 3,9%.
Desde 2009, esse indicador teve crescimento médio anual de 5,5%, já descontada a
influência da inflação setorial.
O nível de emprego teve pequena queda em
2012, recuando 0,4% depois de dois anos
consecutivos de alta. Segundo dados revisados do Ministério do Trabalho, o total de
trabalhadores com carteira no setor foi próximo a 164 mil pessoas no ano.
15,4%
7,3%
16,7% -4,4%
22,5% 5,7%
5,9%
8 000
6 000
2 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Empregados*
6.336,8
Valor Adicionado
5.669,5
Remunerações
5.824,7
Salários
4.138,4
Contribuições sociais
1.133,1
553,1
Exelente operacional bruto
5.354,6
Pessoal ocupado (pessoas)**
164.201
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
9 000
8 000
2,6%
7 000
3,5%
28,3%
6 000
5 000
8,0%
10,5%
12,0% -4,9%
Comércio exterior, US$ milhões
2005
582,01
40,72
541,29
2006
614,04
50,80
563,24
2007
572,92
84,17
488,75
2008
465,88
132,16
333,71
2009
314,49
117,79
196,70
26,2%
2010
334,26
234,69
99,57
2011
363,55
382,52
-18,97
2012
328,85
352,73
-23,89
Sudeste
68.209
41,5%
Sul
32.200
19,6%
Centro-Oeste
10.344
6,3%
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
4 000
Ano
3 000
2 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
empregados*
Fonte: FGV
190 000
180 000
5,1%
170 000
150 000
6,4%
-0,4%
10,7%
160 000
2,5%
4,1%
2,3%
-1,1%
140 000
26,2%
130 000
120 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
6,3%
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
41,5%
4,8%
(% ao ano)
Saldo
Comercial
6,4%
42.983
Valor Adicionado em R$ milhão *
34.528
Evolução da produtividade do trabalho
Importações
(%)
10.465
19,6%
12.006,3
Consumo Intermediário
Exportações
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
O comportamento do PIB e do emprego
resultou na expansão da produtividade setorial (valor agregado por trabalhador).
11.179,3
Valor Bruto da Produção
VA por trabalhador (em R$)
Atividades (CNAE): Produtos cerâmicos nãorefratários, de uso não-estrutural, de uso
na construção (azulejos e pisos, inclusive
porcelanatos).
Produtos: Revestimentos cerâmicos de todos
os tipos e dimensões (incluindo cerâmicas
vermelhas, porcelanatos, pastilhas cerâmicas),
tijolos e blocos cerâmicos.
Nordeste
Faturamento Líquido
Produtividade
ProdutoS Cerâmicos
Norte
R$ Milhão
Outros*
4 000
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
Ano 2012
A reversão do saldo comercial, observada
em 2011, agravou-se em 2012. O valor
em dólares das importações caiu quase 8%,
mas as exportações recuaram ainda mais
(9,5%). Como consequência, o déficit comercial chegou a US$ 23,9 milhões, com
alta de 26% frente ao ano anterior.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
49
8
O PIB do segmento voltou a crescer em 2012.
Tintas e
vernizes
O ano de 2012 foi bastante favorável para
o segmento de tintas e vernizes, sobretudo
na comparação com o cenário menos favorável registrado em 2011. A partir de dados
revisados do IBGE, estima-se que as vendas
tenham registrado crescimento nominal de
quase 12%. O valor adicionado, isto é, o PIB
setorial, também teve desempenho positivo,
com alta de 4,6% já descontada a inflação
setorial.
50
As importações seguiram em alta em 2012.
O valor em dólares desse indicador registrou crescimento de 5,6%, pouco inferior ao
observado no caso das exportações (5,7%).
Como é característica do segmento, o saldo comercial foi bastante pequeno (US$ 4,4
milhões). Ainda assim, houve crescimento
de 6,8% frente a 2011
7 000
7 000
Combinados, os movimentos de alta do PIB
e estabilidade do emprego resultaram em
uma elevação da produtividade (valor agregado por trabalhador) no segmento. Descontada a inflação setorial, o crescimento
do indicador em 2012 foi de 4,6%.
30,0%
6 000
5 000
10,9%
13,2% 8,0%
-12,3%
-18,6% 11,9%
4 000
3 000
2 000
1 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
R$ Milhão
Faturamento Líquido
4.945,5
Valor Bruto da Produção
5.333,3
Consumo Intermediário
3.215,7
Valor Adicionado
2.117,6
Remunerações
1.386,8
Salários
905,5
Contribuições sociais
290,4
Outros*
190,8
Exelente operacional bruto
3.558,7
Pessoal ocupado (pessoas)**
13.951
Produtividade
VA por trabalhador (em R$)
Tintas e vernizes
Valor Adicionado em R$ milhão *
Atividades (CNAE): Tintas, vernizes, esmaltes e
lacas
Produtos: Tintas e vernizes de todos os tipos
utilizados em obras de construção civil.
3 500
38,0%
3 000
2 500
15,0%
Norte
Nordeste
Comércio exterior, US$ milhões
2005
33,98
33,86
0,12
2006
38,29
32,42
5,87
2007
47,82
42,17
5,64
2008
58,24
53,98
4,26
2009
45,04
43,97
1,06
12,8%
2010
55,91
54,00
1,91
2011
66,07
61,97
4,10
2012
69,83
65,45
4,38
Sudeste
8.703
62,4%
Sul
2.603
18,7%
634
4,5%
Centro-Oeste
23,4%
10,0%
Saldo
Comercial
1,6%
1.781
-18,3% 4,6%
Importações
(%)
230
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
1 500
Ano
1000
500
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
empregados*
Fonte: FGV
2 000
18 000
16 000
14 000
8,7%
-22,0%
7,0%
22,8%
-0,1%
13,6%
-8,9%
12 000
1,6%
10 000
12,8%
6 000
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
62,4%
18,7%
8 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
4,5%
5,1%
(% ao ano)
Exportações
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
Empregados*
-11,5%
151.788
Evolução da produtividade do trabalho
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
4 000
2 000
Ano 2012
O número de empregados com carteira praticamente não se alterou entre 2011 e 2012,
permanecendo em torno de 13,9 mil pessoas. A região Sudeste segue na liderança da
ocupação, respondendo por mais de 62%
dos empregos setoriais, seguida das regiões
Sul (18,7%) e Nordeste (12,8%).
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
51
9
Exportações e importações em baixa.
VIdro
Impactado pelo crescimento das importações nos anos recentes, o valor nominal das
vendas do segmento de vidros caiu 3,5% em
2012. Essa queda reverteu o ciclo de dois
anos consecutivos de altas desse indicador,
sempre na casa dos dois dígitos. Ainda assim, permaneceu 18% abaixo do registrado
em 2008. Com isso, as vendas setoriais passaram a R$ 2,2 bilhões.
52
O valor em dólares das importações recuou
14% em 2012, chegando a US$ 227 milhões, depois das fortes alta registradas nos
anos anteriores. Ainda assim, o nível das
importações foi cerca de 46% maior do que
em 2008. Por conta disso, a parcela dos importados no mercado local ultrapassou pela
primeira vez a marca de 20%. Já o valor
das exportações recuou 9,4%, chegando a
US$ 31,7 milhões. Por conta disso, o déficit comercial do segmento recuou cerca de
14,5%, chegando de US$ 195 milhões no
ano.
O PIB do segmento de vidro caiu 3,5% em
termos nominais em 2012 depois de ter
avançado mais de 6% no ano anterior. Descontada a inflação setorial, isso resultou em
queda de 7,1%. No ano passado, o número de empregados com carteira avançou
ligeiramente, com crescimento de 0,9%. A
região Sudeste, concentrou quase 68% do
emprego total, seguida pela região Sul, com
cerca de 16,6%.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
4 000
3 500
3 000
2 500
da. Descontada a inflação setorial, o recuo
foi superior a 7,9% em 2012.
18,3%
10,5%
24,3%
-3,5%
-30,7%
14,5%
62,6%
2 000
1 500
1 000
500
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
R$ Milhão
Faturamento Líquido
2.207,6
Valor Bruto da Produção
2.309,4
Consumo Intermediário
1.149,9
Valor Adicionado
1.159,5
Remunerações
1.069,5
Salários
687,1
Contribuições sociais
225,1
Outros*
157,3
Exelente operacional bruto
1.138,1
Pessoal ocupado (pessoas)**
11.338
Produtividade
VA por trabalhador (em R$)
VIDRO
Valor Adicionado em R$ milhão *
Atividades (CNAE): Chapas e folhas de vidros,
vidros laminados e temperados e ladrilhos.
Produtos: Vidros lisos e processados de todos
os tipos utilizados na construção civil; ladrilhos,
tijolos e pastilhas de vidro.
9,1%
1 750
-8,0%
57,7%
-41,5%
1 500
24,6%
1 250
6,4%
-7,1%
Ano 2012
Empregados*
Norte
(%)
165
1,5%
Nordeste
1.192
10,5%
Sudeste
7.701
67,9%
Sul
1.881
16,6%
399
3,5%
Centro-Oeste
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
55,44
51,61
3,83
2006
50,31
52,95
-2,63
2007
42,50
84,51
-42,01
2008
28,10
155,00
-126,90
2009
22,82
121,92
-99,09
2010
38,38
182,37
-143,98
2011
34,99
263,71
-228,72
2012
31,69
226,68
-194,99
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
empregados*
13 000
3,1%
12 000
0,9%
21,3%
-3,9%
12,0%
-3,5%
14,5%
8 000
16,6%
7 000
6 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
67,9%
Diante da queda do PIB e do crescimento
do emprego, a produtividade setorial (valor
agregado por trabalhador) teve forte que-
Saldo
Comercial
2005
9 000
3,5%
Importações
500
10 000
10,5%
Exportações
750
11 000
1,5%
Comércio exterior, US$ milhões
Ano
1 000
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
-3,9%
(% ao ano)
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
2 250
2 000
102.266
Evolução da produtividade do trabalho
Fonte: FGV
53
10
PIB e vendas interromperam ciclo de alta em 2012.
máquinas e equipamentos
para Construção
O valor nominal das vendas de máquinas e equipamentos recuou 18,6% em 2012. Essa queda
reverteu o movimento de crescimento observado nos dois anos anteriores, quando as vendas
do segmento haviam crescido mais de 30% ao
ano em média. Com isso, o faturamento setorial
foi de aproximadamente R$ 11 bilhões naquele
ano.
54
Tanto exportações quanto importações recuaram: 7% e 5%, respectivamente. Por conta disso,
o déficit comercial recuou cerca de 4%, passando de US$ 113,5 milhões para US$ 109 milhões
entre 2011 e 2012 segundo dados revisados do
sistema AliceWeb. Com o recuo mais acentuado da produção nacional, a participação das
importações na oferta local chegou a 2,9%, a
maior participação na série histórica iniciada
em 2005.
12 000
10 000
A ocupação no setor cresceu 1,9% em 2012. Foi
um crescimento moderado em comparação aos
dois anos anteriores, quando o nível de emprego havia se expandido a taxa média de 10%
ao ano. Segundo dados revisados do Ministério
do Trabalho, o número de empregados no setor
chegou a 49,8 mil trabalhadores, o que representou a criação de mais de 900 postos no ano
passado.
14,2%
22,1%
1,1%
-18,6%
56,3%
-35,8%
8 000
6 000
2 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Nordeste
1.387,7
855,7
Exelente operacional bruto
4.402,7
Pessoal ocupado (pessoas)**
49.854
9 000
14,0%
8 000
6 000
-4,2%
(% ao ano)
Fonte: FGV
Nota: (*) previdência privada, benefícios e indenizações.
(**) Média do ano
10 000
7 000
116.877
Evolução da produtividade do trabalho
20,0%
4,3%
46,5%
-24,1%
-35,9%
-7,4%
Comércio exterior, US$ milhões
48,26
-22,54
31,03
62,36
-31,33
2007
43,81
85,66
-41,85
2008
47,74
121,38
-73,64
2009
42,17
96,74
-54,57
3,6%
2010
50,38
137,35
-86,98
2011
56,58
170,05
-113,46
2012
52,67
161,66
-108,99
67,8%
12.189
24,4%
1,8%
Fonte: FGV • Nota: (*) com carteira de trabalho
5 000
Ano
4 000
3 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) a preços de 2012.
empregados*
20,3%
55 000
50 000
45 000
-7,4%
4,6%
8,5%
1,2%
1,9%
-2,5%
40 000
35 000
2,3%
30 000
3,6%
24,4%
4.351,2
Contribuições sociais
25,72
33.808
25 000
20 000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: FGV
Nota: (*) com carteira de trabalho
67,8%
6.594,6
Salários
2006
Sul
1,8%
Remunerações
2005
2,3%
904
5.826,8
Saldo
Comercial
Sudeste
Centro-Oeste
6.131,8
Valor Adicionado
Importações
(%)
1.794
11.958,6
Consumo Intermediário
Exportações
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA OCUPAÇÃO
1.159
10.997,3
Valor Bruto da Produção
Produtividade
Valor Adicionado em R$ milhão *
Atividades (CNAE): máquinas e equipamentos
empregados na construção de edificações,
infraestrutura e obras de arte.
Produtos: equipamentos de todos os tipos
utilizados em canteiros de obras (exs. gruas,
guinchos, elevadores, balancins, escoramentos, misturadores, compactadores, etc.)
Norte
Faturamento Líquido
VA por trabalhador (em R$)
máquinas e equipamentos
para Construção
Empregados*
R$ Milhão
Outros*
4 000
Fonte: FGV
Nota: (*) receita líquida a preços correntes.
Ano 2012
O valor adicionado, isto é, o PIB do setor, recuou
24,1% em 2012, já descontada a inflação setorial, passando a R$ 4,7 bilhões. Em linha com
o comportamento do faturamento, esse retração
do PIB setorial interrompeu uma série de dois
anos de expansão. Ainda assim, a retração desse indicador foi menos intensa do que a observada em 2009, em razão da crise internacional.
20,1%
16 000
14 000
A produtividade, isto é, o valor agregado
por trabalhador, recuou mais de 25%, já
descontada a inflação setorial, chegando à
marca de R$ 116 mil por empregado em
valores de 2012.
Operações em 2012
Vendas* em R$ milhão
Fonte: FGV
55
6
Conheça a cadeia da
construção
Elos da produção
O conceito de cadeia produtiva refere-se aos estágios percorridos pelas matérias-primas, nos quais elas vão sendo transformadas e montadas, com o emprego de trabalho
e tecnologia. Por trás de um edifício pronto, há um complexo processo de produção,
que envolve elos da indústria da construção, da indústria de materiais, do comércio,
dos serviços e da indústria de equipamentos. O conjunto desses elos é chamado de
cadeia produtiva.
56
Cada material de construção empregado na obra tem sua própria cadeia produtiva.
Por exemplo, os blocos de concreto utilizados na edificação pertencem à cadeia produtiva dos produtos de calcário. Essa cadeia se inicia na extração do calcário, que é a
principal matéria-prima. O cimento é o produto intermediário e, num estágio de maior
transformação, encontra-se o bloco de concreto. A atividade de construir movimenta,
portanto, um amplo conjunto de atividades e por isso tem impactos que vão além dos
resultados diretos de sua produção.
A indústria da construção civil, o núcleo dentro da cadeia produtiva, é o destino da
produção dos demais segmentos envolvidos – em 2012, ela foi responsável por 65%
do PIB (ou valor agregado) e quase 71,5% do emprego da cadeia da construção. Assim, a construção civil determina, em grande medida, o nível de atividade de todos os
setores que a circundam.
A indústria de materiais e equipamentos, por sua vez, representou 16,8% do PIB e
5,6% do emprego da cadeia produtiva da construção em 2012. Nela destacam-se oito
cadeias de produção:
Madeiras
Argilas e silicatos
Calcários
Materiais químicos e petroquímicos
Siderurgia de aços longos
Metalurgia de não-ferrosos
Materiais elétricos
Máquinas e equipamentos para a construção
Cada uma dessas cadeias é formada por vários setores, responsáveis por uma vasta
gama de produtos.
A cadeia de produtos de madeira se inicia na extração vegetal, passa pelo comércio
de produtos in natura e chega às serrarias, onde ocorre o desdobramento da madeira,
ou seja, onde é serrada e trabalhada. A partir daí, ela é adquirida diretamente pela
construção civil (na forma de vigas e tábuas, por exemplo) ou é laminada ou transformada em chapas (compensada, prensada ou aglomerada), ou ainda é utilizada
para a fabricação de esquadrias, de casas pré-fabricadas, de estruturas de madeira
e artigos de carpintaria.
Da extração de minerais não metálicos e não orgânicos, caracterizam-se duas cadeias: a de argilas e silicatos e a dos calcários. A primeira é composta por produtos
cerâmicos não refratários (tijolos, telhas e ladrilhos), pisos e azulejos, louças sanitárias, vidro, pedra e areia. A segunda é formada por produtos à base de calcários,
como cimento, cal, gesso, concreto e fibrocimento.
A quarta cadeia produtiva é formada por produtos derivados de materiais químicos
e petroquímicos. Nela, encontram-se os compostos de plásticos (pisos, revestimentos
etc.), de PVC (tubos, conexões, revestimentos), bem como tintas, vernizes, impermeabilizantes, solventes, asfalto e fibras têxteis, que dão origem a artefatos de tapeçaria.
Nela também está o óleo diesel, empregado como combustível.
A quinta e sexta cadeias são compostas por produtos metálicos: a de produtos da
siderurgia e de produtos de metais ferrosos e a de produtos da metalurgia de metais
não ferrosos. As cadeias de metálicos, ferrosos e não ferrosos, englobam vergalhões
e outros produtos do aço (como pregos e arames), portas e esquadrias (de alumínio,
aço ou ferro), estruturas metálicas, metais sanitários, ferragens (como dobradiças e
fechaduras) e tubos de ferro galvanizado.
As cadeias de produtos de materiais elétricos e de máquinas e equipamentos combinam produtos de outras cadeias produtivas já citadas. A cadeia de materiais elétricos
é responsável pela produção de fios e cabos elétricos, de materiais para instalações
em circuito de consumo de energia e de aparelhos e equipamentos para distribuição e
controle de energia. Ela reúne, essencialmente, matérias-primas que vêm da cadeia de
produtos de matérias plásticas, com produtos da metalurgia de não ferrosos.
A cadeia de máquinas e equipamentos para obras e edificações faz parte da indústria
de bens de capital e é responsável pela produção de máquinas e equipamentos de
elevação de cargas e pessoas e de aparelhos de ar condicionado para uso central.
Essa cadeia emprega produtos da indústria metalmecânica e de material elétrico.
Boa parte da demanda por esses produtos da indústria de materiais é comercializada
por empresas atacadistas e varejistas de materiais de construção, que também pertencem à cadeia produtiva. O comércio representou 8,9% do PIB e 7% do emprego da
57
cadeia produtiva da construção em 2012. Além das empresas industriais e comerciais,
há uma vasta gama de prestadores de serviços (técnicos, financeiros de incorporação
etc.) que, direta ou indiretamente, estão envolvidos na cadeia produtiva da construção
– esse segmento representou 6,5% do PIB e 5% do emprego da cadeia da construção
em 2012.
Metodologia
Este estudo apresenta estimativas inéditas das operações da cadeia da construção civil
e da indústria de materiais entre 2005 e 2012. As pesquisas do IBGE trazem informações consolidadas até 2011 para os segmentos da indústria de materiais e para a
indústria da construção. Os dados de 2012, contudo, ainda são preliminares e foram
estimados a partir de informações setoriais de evolução de preços e de quantidades
físicas.
58
As informações setoriais de vendas e produção partiram da ABRAMAT, da Pesquisa
Mensal do Comércio e da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE e de
associações setoriais (ANFACER, SNIC etc.). Os dados de emprego e remunerações
vieram do sistema Rais/Caged do Ministério do Trabalho e Emprego e da pesquisa
mensal de emprego e desemprego do IBGE. A evolução de preços dos vários produtos
e serviços, por sua vez, foi obtida nos indicadores produzidos pela FGV (INCC e IPA)
e nos dados do Sistema Nacional de Preços ao Consumidor do IBGE.
Para estimar os valores de renda, emprego, investimento etc. de cada setor, a inferência baseou-se nas relações técnicas de produção obtidas nas matrizes insumo-produto
de 2008, considerando as evoluções de produtividade e custo observadas no passado
recente.
59
Elos da Produção •
Planta da Cadeia da Construção
Extração
Indústria de materiais de construção
Extração de madeira
Comércio e serviços
Desdobramento de madeira (serrarias)
Cerâmica vermelha
Argilas e silicatos
Pisos e azulejos
Construção
Esquadrias e estruturas de
madeira, artigos de carpintaria e
casas de madeira pré-fabricadas
Comércio varejista de
materiais de construção
Madeira laminada ou chapas de
madeira compensada, prensada
ou aglomerada
Autoconstrução e
autogestão
Louças sanitárias
Vidro plano
Não-orgânico
Cimento (inclusive clínquer)
Calcários
Extração de minerais
não-metálicos
Transformação de areia e pedra
Argamassa, concreto,
fibrocimento, gesso e estuque
Arquitetura, engenharia, projetos,
adm., serviços bancários e
serviços de mão-de-obra
Cal virgem e hidratada e gesso
Tintas e vernizes
Químicos e
petroquímicos
60
Comércio
atacadista de
materiais de
construção
Asfalto e diesel
Materias plásticos em
geral (pisos
revestimentos etc.)
Fabricação e fixação de fibras
têxteis
Artefatos de tapeçaria
Alojamento e alimentação
61
Construtoras
Aluguel de
máquinas
e equipamentos
Impermeabilizantes e solventes
PVC em forma
primária
Tubos e conexões
Materiais elétricos
Metais não ferrosos
Extração de minerais
metálicos
Metais sanitários
Financiamento da
produção
Portas e esquadrias
Portas e esquadrias
Siderurgia do aço
Vergalhões
Estruturas metálicas
Outros
Metalurgia (ferragens, tubos etc.)
Máquinas e equipamentos para
construção
Ar-condicionado
Intermediação financeira
Financiamento da
comercialização
Incorporadoras e
imobiliárias
62
63
criação: www.chetto.com.br
ABRAMAT
Rua General Furtado do Nascimento, 684 • Conj 63
Alto de Pinheiros • 05465 070 • São Paulo • SP
www.abramat.org.br
Download

Acesse - ABESC