Equipa Redactorial:
Júlio Faceira Guedes
Sílvia Machado
Emília Costa
DESTAQUES
Especializações e Formações XZ
2008/2009
TESTEMUNHOS REAIS
Santa Casa de Misericórdia
Centro Paroquial e Social
de Vale de Cambra
de S. Jorge
Editorial
Sustentabilidade das Instituições de Solidariedade Social: como?
O clima de incerteza, insegurança, receio, frustração, …, que envolve as organizações, particularmente nos últimos
meses, tem também uma influência decisiva nalgumas Instituições de Solidariedade Social conscientes que o mesmo pode
proporcionar algumas oportunidades, mas também riscos acrescidos, em particular num sector socioeconómico cuja dependência do Estado é significativa e demasiado frágil face a alterações inesperadas nas políticas ou modelos de financiamento,
cuja insuficiência pode induzir estrangulamentos quer organizacionais quer financeiros.
Infelizmente o Estado nem sempre assume o seu papel, delegando, às vezes irresponsavelmente, nas Instituições de Solidariedade Social aquela que deveria ser uma das suas principais missões, mas fazendo exigências a estas organizações, que o
próprio Estado não cumpre e que não são coerentes com as contrapartidas que lhes proporciona. O Estado assume frequentemente um comportamento arrogante e prepotente, detentor de um poder económico e legal que utiliza abusivamente, descredibilizando o papel das Instituições, minimizando a sua capacidade e qualidade de intervenção, provocando uma sistemática erosão na vontade das Instituições fazerem mais e melhor, usufruindo da notoriedade e dos efeitos do inegável trabalho efectuado
por estas, retendo franjas importantes dos orçamentos e distribuindo migalhas com pompa e circunstancia.
As Instituições têm necessidade de aumentar as suas receitas. Mas como? Da cultura da generalidade destas Instituições não
faz parte o boicote à “recepção de novos utentes”, ou o “fechar as portas temporariamente”, ou o “reivindicar na rua” para obter
subsídios mais justos face à natureza da sua actividade e aos custos envolvidos.
Então o que fazer? Aumentar as prestações a pagar pelos utentes? Tal poderá não ser coerente com os seus princípios, com a
sua Missão e com a capacidade financeira da generalidade daqueles que usufruem dos seus serviços. Então? Utilizar a mãode-obra dos utentes para produzir produtos vendáveis? Desenvolver e vender actividades lúdicas ou formativas? Estimular a
solidariedade da sociedade? Desenvolver actividades orientadas para a optimização dos recursos internos, sejam eles salas
de formação, salas de dança, ginásios, …? Contratualizar com a Segurança Social X% das vagas e “Vender” o resto da disponibilidade a clientes com maior poder de compra? Concentrar as suas actividades só e apenas nas actividades para as quais
os subsídios são aceitáveis?
A resposta é complexa, admitindo-se que a melhoria da qualidade da gestão pode potenciar uma resposta mais eficaz.
No entanto cada organização tem de efectuar uma urgente reflexão, sustentada pelas suas especificidades e orientada para o
necessário aumento de receitas, reconhecendo-se que a redução de custos pode ser muito mais difícil. Admito contudo que a
sustentabilidade das Instituições dependerá fortemente de uma nova postura do Estado que as deve encarar como um parceiro
social e não como um mero fornecedor de serviços sociais.
Júlio Faceira Guedes
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Instituições Sociais
Sílvia Machado
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Sistema de Gestão da Qualidade e Certificação nas Respostas Sociais dedicadas à DefiPÁGINA 2
ciência
Uma realidade vivida com maior intensidade…
“Par a cha ma r a a tenç ão d o lei to r, col oque uma f ras e in teres s an te o u um a cit ação do bloco aqui. ”
As respostas sociais dedicadas a pessoas portadoras de deficiência, pelas características que lhes assistem, não
podem ser encaradas com o mesmo olhar do que as dedicadas à terceira idade ou infância.
Quando desinseridos do seu seio social e familiar, estes utentes necessitam de especiais desempenhos dos colaboradores da Instituição, na sua dimensão física, psíquica, intelectual, espiritual, emocional, cultural e social, sem
limitações nos seus direitos, quer humanos quer à extrema qualidade do serviço prestado. Para que esta qualidade
seja exequível é fundamental que haja uma cultura organizacional e boas práticas implementadas e orientadas.
As boas práticas deverão assentar num prisma de confiança, diversidade, criatividade, afecto, dedicação, orientação reflectida, assumida e avaliada.
O Instituto de Segurança Social lançou um Manual de Boas Práticas dedicado a estas respostas sociais, assim
como está previsto sair em breve o Manual da Gestão da Qualidade nas Respostas Sociais direccionadas ao CAO
(Centro de Actividades Ocupacionais) e Lar Residencial.
Estas linhas orientadoras, tendo como base a melhoria contínua, a evidência do serviço prestado, a reflexão e articulação das actividades, a gestão por processos e por objectivos, limando arestas como a liderança e gestão estratégica da Instituição, gestão dos colaboradores/utentes e familiares, gestão dos equipamentos, intervenção da Instituição na e para a comunidade, numa aposta na inovação e diversidade de intervenção para e no utente, entre
outros, tem como visão a Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade mediante as características de cada
resposta social.
Este ano, o QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), através do POPH, lançou um Programa
“ARQUIMEDES”, filósofo este que veio dar esperança às Instituições dedicadas às pessoas portadoras de deficiência de verem certificadas as suas respostas sociais, através de referenciais reconhecidos internacionalmente,
designadamente a tão conhecida NP EN ISO 9001:2000 ou pela EQUASS.
Esta vaga de esperança adveio da oportunidade de financiamento de todo o processo de implementação do Sistema da Gestão da Qualidade na organização bem como a respectiva certificação, visando a melhoria da qualidade
do serviço prestado, a sua reorganização, simplificação, assim como consolidar e reforçar o reconhecimento dos
princípios da ética, da inovação organizacional, da gestão por processos, da aprendizagem continua, da responsabilização e da melhoria sistemática das competências de todos os profissionais, constituindo alavancas estruturantes e fundamentais para a sustentabilidade da sua actividade.
Nesta era em que a auto-sustentabilidade e a Qualidade são as palavras de ordens do quotidiano, a Implementação
do Sistema de Gestão da Qualidade nas respostas sociais dedicadas à deficiência e sua certificação que antes
parecia uma miragem, hoje é uma realidade, cada vez mais intensa, merecedora, necessária e valorizada!
Como dizia o Filósofo ARQUIMEDES “Dai-me um ponto de apoio e levantarei o mundo…”
Sílvia Machado
Consultora de SGQ nas IPSS
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A Deficiência Mental: uma de entre muitas possibilidades do ser humano
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A deficiência mental está inserida em sistemas de categorias há séculos, aparecendo como demência e comprometimento permanente da racionalidade e do controle comportamental. Essa compreensão pode ter contribuído para a
“Par a cha ma r a a tenç ão d o lei to r, col oque uma f ras e in teres s an te o u um a cit ação do bloco aqui. ”
manutenção do preconceito e influenciado pensamentos e atitudes discriminatórios acerca da deficiência mental,
como se verifica em muitas sociedades modernas.
Coerente com a prática de classificação e de distinção por categorias, a deficiência mental tem sido identificada
como uma condição individual, inerente e restrita à pessoa em si.
De acordo com o modelo proposto em 1992 pela American Assocation on Mental Retardation (AAMR) “a deficiência
mental refere-se a limitações substanciais no funcionamento actual. É caracterizada por um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, associado a limitações relativas a duas ou mais áreas do comportamento
adaptativo: comunicação, autonomia, actividades domésticas, socialização, autonomia na comunidade, responsabilidade, saúde e segurança, habilidades académicas, lazer e trabalho. Esta deficiência manifesta-se antes dos 18
anos de idade.”
Com esta nova definição, a “responsabilidade” da existência de deficiência passa agora por uma actuação conjunta
com a envolvente da pessoa, ao contrário do que acontecia antes, em que a responsabilidade era exclusiva do indivíduo.
Assim, o conceito de deficiência mental deve apresentar-se com uma abordagem que deve ser multidisciplinar,
multifactorial e intergeracional. É necessário compreender que existem factores biológicos (pré-determinados, que,
por vezes, não se conseguem controlar) que, relacionados com os factores ambientais (com a possibilidade de se
encontrar limites ou facilidades no meio), constituem ou podem constituir componentes de atraso ou diferentes formas de desenvolvimento específico, que poderão desenvolver e dar origem a diferentes diferenciações sociais que
potenciam o estigma em relação à pessoa portadora de deficiência.
No ser humano estão presentes várias áreas de desenvolvimento e não é suficiente avaliar uma só área, para
designar alguém que possui ou não, perturbações do comportamento adaptativo ou deficiência mental. O ser humano é um ser biopsicosocial e, como tal, é necessário avaliar várias áreas para avaliar as reais capacidades nos diferentes domínios do comportamento humano para se poderem retirar conclusões e intervir para manter as capacidades remanescentes e desenvolver as que estão em défice. Qualquer criança é uma combinação de características
que aparecem da sua constituição genética e das condições do meio a que é exposta. O seu comportamento deriva
de vários factores intrínsecos e extrínsecos presentes no meio que a rodeia. Assim, é possível dizer que as crianças
portadoras de deficiência mental não constituem um único grupo homogéneo e de fácil reconhecimento em qualquer situação. São crianças com características “especiais”.
Emília Costa
Consultora de SGQ nas IPSS
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O TESTEMUNHO DAS INSTITUIÇÕES...
Santa Casa de Misericórdia de Vale de Cambra
Fundada em Maio de 1952, a Santa Casa da Misericórdia de Vale de
Cambra tem como Missão desenvolver uma plataforma institucional que
permita a prestação de um serviço de excelência a todos os utentes e
demais interessados nas actividades da Instituição, promovendo a respectiva inclusão social.
Actualmente atende cerca de 350 utentes distribuídos pelas valências
de CAT (Centro de Acolhimento Temporário de Menores), Creche, Préescolar, ATL, Centro de Convívio, Centro de Dia, Apoio Domiciliário,
Internamento Social e Internamento em Suites. Nesta última valência,
os Seniores ficam instalados num dos 16 apartamentos constituídos por
quarto, quarto de banho completo e sala de estar com varanda e kitchenette. Este espaço ainda que independente e privado, fica integrado
num complexo residencial com serviços de recepção, saúde e lazer
adequado às necessidades dos utentes.
O grande desafio para 2008/09 é a creche “Non Stop”. A Santa Casa da
Misericórdia de Vale de Cambra atenta aos anseios da comunidade
encontra-se a desenvolver uma estratégia que apoie as jovens famílias
com filhos menores. Sendo um concelho essencialmente industrializado
luta com a dificuldade de respostas sociais para crianças em horários
de fim de dia e nocturnos. Deste modo a Instituição conta assegurar os
cuidados pessoais às crianças, cujos pais trabalham por turnos, permitindo assim mais e melhores oportunidades de emprego para a população activa, sem descorar o cuidado familiar. Para esta iniciativa conta-
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O TESTEMUNHO DAS INSTITUIÇÕES...
Centro Paroquial e Social de S. Jorge
O Centro Paroquial e Social de São Jorge (CPSSJ) funciona desde 2002 e é
uma Instituição Particular da Solidariedade Social criada para responder às
necessidades sociais em termos de equipamentos, não só para os idosos mas
também para as crianças. O CPSSJ tem em funcionamento três respostas
sociais: Lar de idosos, Centro de Dia e ATL (Actividades de Tempos Livres). O
Centro veio dar continuidade a uma prática de intervenção social realizada nas
freguesias de S. Jorge, Ermelo, Oliveira e Vale (Arcos de Valdevez).
O Lar de idosos do CPSSJ acolhe 16 utentes, maioritariamente da freguesia de
S. Jorge e freguesias limítrofes (Ermelo, Oliveira e Vale). O Centro de Dia está
a funcionar com 15 idosos, que durante a semana (segunda a sexta) passam o
dia (das 9h00 às 18h00) na instituição e no fim-de-semana têm os serviços de
apoio domiciliário. O CPSSJ assegura serviços de transporte, refeições, cuidados de saúde, higiene e conforto, aquisição e administração da mediação,
acompanhamento a consultas, tratamento de roupas, convívio e ocupação de
tempos livres. Todos estes serviços são adaptados às necessidades e interesses de cada idoso. ATL está a funcionar durante o ano lectivo com um número
reduzido de crianças (a partir dos seis anos), devido ao prolongamento do
horário escolar; no entanto, nas interrupções lectivas – férias de natal, Carnaval, Páscoa e Verão – está a funcionar (das 9h00 às 18h30) com 26 crianças
das freguesias de S. Jorge, Vale e Oliveira.
O CPSSJ tem, também, em funcionamento uma Empresa de Inserção, que
visa a integração socioprofissional de desempregados de longa duração e/ou
jovens em risco de exclusão. Tem ao serviço cinco trabalhadores que prestam
serviços agrícolas, de lavandaria e de apoio domiciliário.
O lema do CPSSJ “Viver e Envelhecer com Dignidade” faz parte da filosofia
da instituição, que dá total primazia aos interesses e necessidades dos idosos,
propiciando-lhes bem-estar físico e psicológico.
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Será que podemos confiar na segurança dos alimentos que consumimos?
Na revista Proteste de Novembro de 2008, é apresentado o resultado de um estudo realizado à qualidade das condições higiénicas em que o frango se encontrava à venda. Os resultados obtidos não foram os melhores, a classificação dada a 66 de 69 amostras foi de “inaceitável”.
No passado mês de Outubro, dezenas de crianças foram transportadas para um Hospital da zona norte do País,
com suspeitas de intoxicação alimentar.
Infelizmente, cada vez mais como consumidores que somos, questionamo-nos sobre o que fazer para melhorar a
nossa alimentação.
É da responsabilidade dos gestores das organizações que participam na preparação, confecção e distribuição de
alimentos, garantirem a segurança e qualidade dos alimentos que nos fornecem.
Desde Janeiro de 2006 é obrigatório para todas as entidades que manipulem, preparem confeccionem e distribuem alimentos, implementar o sistema de segurança alimentar baseado nos
princípios do HACCP.
A implementação deste sistema deve ser realizado de forma suportada e validada a eficácia das
medidas que foram desenvolvidas, sendo este processo contínuo, devendo retratar o funcionamento de cada organização.
A segurança e a qualidade dos alimentos que consumimos constituem uma preocupação central para os consumidores.
Pelo estilo de vida que temos, cada vez mais fazemos refeições fora das nossas casas, procurando refeições rápidas para reduzir, ao máximo, o tempo que despendemos na confecção dos alimentos, levando muita das vezes a
uma alimentação pouco cuidada e variada.
Hoje em dia, encontra-se muito em voga a “Alimentação Saudável”. Mas afinal, do que se trata?
Não é nenhum “bicho-de-sete-cabeças”… Mas antes, uma solução com sete partes: os sete grupos da roda dos alimentos! Desde as frutas, aos legumes, passando pelas gorduras, pela carne,
pelo peixe, arroz massa e batatas… Uma alimentação saudável deve ser, acima de tudo, variada
e equilibrada, respeitando a fatia que cada grupo ocupa na roda. Não é necessário “cortar” em
nada, nem sofrer de saudades do tão desprezado e tão adorado, chocolate… Apenas necessitam
de três coisas: conta, peso e medida. Assim, tudo poderá fazer parte do nosso quotidiano…
As nossas ementas devem ser equilibradas e primar também pela variedade. A sua elaboração, cuidada, estruturada e calculada, deverá conter todos os alimentos, nas proporções adequadas. No entanto, devem ser tidos em conta os alimentos que possam conter substâncias potencialmente perigosas para a saúde, como os alergénios, pelo
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Será que podemos confiar nos na segurança dos alimentos que consumimos?
Trata-se assim de uma ferramenta imprescindível para proporcionar uma alimentação saudável e, também, mais
segura. Hoje em dia, cada vez mais as instituições optam por desenvolverem as ementas em parceria com um
Nutricionista, que avalia os utentes e, de acordo com as suas patologias, faixa etária e gostos, adapta as ementas
de forma a torná-las mais saudáveis e agradáveis para todos.
Não convêm esquecer a água: esse líquido tão precioso, tão vital para a vida, saúde e bem-estar e tantas vezes mal
amado e esquecido nas carteiras e nas portas dos carros… É por esta
mesma razão que ocupa o centro da roda, por ser fundamental para a
vida, e também por estar contido em todos os alimentos, desde a seca
batata ao sumarento melão!
Porém, uma alimentação saudável não se faz só de comida ou, como
alguns falsos mitos ainda teimam em persistir, da falta dela. Necessita
também da conjugação de exercício físico e de uma boa mão cheia de
bom humor e felicidade! E por exercício físico não se entenda horas e
horas a fio de ginásio: basta uma simples e refrescante caminhada, milagrosa tanto para arejar ideias como gastar umas calorias.
Laurinda Castro, Consultora na Área Alimentar — Nutricionista e
Marta Tinoco, Consultora da área alimentar – Eng.ª Alimentar
A XZ Consultores SA em movimento no III Sector...
1 - Anualmente, são realizados no mínimo, dois Colóquios sobre temas da actualidade...
2 -Trimestralmente, é lançado o Ciclo das IPSS’s, composto por um vasto leque de acções de formação de pequena duração;
3 - Semestralmente, realizam-se Workshops temáticos, sendo o último deste ano no dia 2 de Dezembro,
Dezembro entre as
9h/13h, em Braga, sobre o tema “Reflexão sobre os Efeitos da Nova Norma ISO 9001:2008 nos Sistema de
Gestão da Qualidade nas IPSS” (os conteúdos programáticos já se encontram no site habitual…www.xzconsultores.pt
Estando sempre disponível para:
4 - Apresentar o QREN, apoia as IPSS na identificação de eventuais investimentos a realizar e instruir candidaturas;
5 - Realizar diagnósticos simplificados ao Sistema de Gestão da Segurança Alimentar (HACCP), ao Sistema de
Gestão da Segurança e Higiene (emergência, riscos, …) assim como ao Sistema de Gestão da Qualidade na
sua IPSS, gratuitamente, e apresentar os respectivos relatórios;
6 - Identificar as necessidades de formação dos seus profissionais, instruir candidaturas a Programas Comunitários
e Nacionais e gerir todo o Plano de Formação.
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O CAMINHO A SEGUIR NA PREVENÇÃO
Hoje, a Gestão da Higiene e Segurança do Trabalho (HST) é uma área multidisciplinar, abrange todas as
actividades de qualquer organização e tem como objectivo principal a prevenção dos riscos profissionais, a minimização dos custos económicos decorrentes dos acidentes, o contributo para a melhoria do desempenho dos trabalhadores e garantia de segurança para todos os seus utilizadores.
Nos dias de hoje, de uma forma geral, verifica-se uma preocupação, por parte das Instituições Sociais, em integrar
este sistema de gestão nas suas organizações, bem como, a dinamização dos projectos de vida e um cuidado no
acompanhamento aos utentes.
No entanto, no decorrer da implementação deste sistema,
P Á G somos
I N A 8confrontados com algumas contrariedades, principalmente no que se refere à Segurança contra Incêndios. As carências são mais notórias nos edifícios antigos,
onde há uma ausência de procedimentos que possam possibilitar uma reacção adequada dos diversos agentes
envolvidos, em situação de eventual catástrofe, nos quais se verifica a desadequação das instalações a pessoas
com mobilidade condicionada, em especial no que diz respeito ao acesso a edifícios, a desadequada implementação dos mecanismos de segurança contra incêndios, seja no referente à omissão, em algumas situações, de mecanismos de alerta, alarme e extinção de incêndios, seja, sobretudo, ao nível da elaboração de planos de emergência,
ou do índice de periodicidade de acções formativas realizadas a todos os colaboradores. A grande maioria das instituições não têm um plano de emergência, nem são implementadas acções de treino específico dos colaboradores e
dos utentes, por parte dos bombeiros ou pelo Serviço de Protecção Civil da região.
As Instituições de carácter social, dedicadas às pessoas na faixa etária mais débil, designadamente crianças e idosos assim como pessoas portadoras de deficiência, têm de ter uma postura pró-activa, “mais vale prevenir do que
remediar” já reza o ditado, sendo que o caminho a seguir passa pela verificação / implementação das condições de
segurança no que diz respeito a: segurança do edifício, realização de inspecções / vistorias pelo Serviço Nacional
de Bombeiro e Protecção Civil (Portaria n.º 1444/2002), actualização de vistorias de manutenção das instalações
eléctricas, das instalação e equipamentos de gás, espaços e equipamentos de jogos e recreios, realização de exercícios de evacuação, existência de meios de intervenção imediata contra incêndios, bem como a sua manutenção e
garantir que o edifício esteja dotado de saídas de emergência em número suficiente.
É necessário desfazer alguns mitos que se tornaram em crenças enganosas: não basta ter Plantas de Emergência
afixadas na Instituição se a mesma já foi alvo de obras/alterações, não basta que hajam Plantas se nunca foram
testadas com os colaboradores que prestam serviço nesse período, dispor de extintores se os colaboradores não
sabem utilizá-los, ter extintores jamais é sinónimo de ter salvaguardado um Sistema contra Incêndios, é preciso proporcionar formação devendo a Segurança e Higiene no Trabalho ser tema obrigatório no Plano de Formação Anual
da Instituição, sempre carente de renovação anual.
Susete Moreira
Consultora em Higiene e Segurança no Trabalho
Técnica Superior de SHT
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A Certificação como medida de apoio na Reabilitação Energética nos Edifícios de
Serviços duma Instituição Particular de Solidariedade Social
:
Apesar do elevado ritmo de construção nova verificado
nos últimos anos, o parque edificado português e em
particular o do sector das Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), mesmo que de construção mais
recente, ainda é genericamente um parque envelhecido.
Uma parte significativa desse parque encontra-se bastante degradada, por razões diversas, de onde se destaca as que se prendem com as dificuldades sentidas no
cumprimento da legislação relativa à conservação dos
edifícios.
Muitos desses edifícios exigem intervenções de fundo
que visam melhorar as suas características de habitabilidade, e tendo praticamente todos eles sido construídos
antes da existência de regulamentação térmica de edifícios (referente ao desempenho térmico da sua envolvente), apresentam uma deficiente qualidade térmica e energética, que se traduz, essencialmente, em envolventes
com um isolamento térmico insatisfatório.
A reabilitação térmica e energética de edifícios constitui
assim uma das vias mais promissoras para a correcção
de situações de inadequação funcional, proporcionando
a melhoria da qualidade térmica e das condições de conforto dos seus habitantes, permitindo reduzir o consumo
de energia para aquecimento, arrefecimento, ventilação e
iluminação.
Ao recorrer a serviços de Certificação no âmbito dos DL
78/2006 e 79/2006 é facilitada desta forma o acesso a
informação técnica privilegiada, bem como a um estudo
técnico de elevada fiabilidade, contribuindo para o objectivo estratégico de redução das necessidades energéticas das IPSS e possibilitando, em muitas situações, a
correcção de certas patologias ligadas à presença de
humidade e à degradação do aspecto nos edifícios.
Problemas relacionados com a energia decorrente da
má envolvente de edifícios existentes.
Quando se analisa a possibilidade de incluir medidas de
eficiência energética num edifício é importante não só
considerar o seu grau de deterioração, devido a diversos
factores, como sejam o envelhecimento natural dos
materiais ou a falta de manutenção, mas também que as
características actuais dos edifícios podem conduzir a
uma redução do seu desempenho térmico e a consumos
de energia elevados, quer na estação fria, quer na estação quente.
Em termos de hierarquização das medidas de eficiência
energética do ponto de vista da análise custo-benefício,
as mais favoráveis são, em geral, as que incidem nos
vãos envidraçados, em regra geral, o custo por metro
quadrado da substituição de vidro simples por duplo, ou
da substituição da caixilharia por outra com melhor
desempenho térmico, é muito maior do que o verificado
para as paredes exteriores e coberturas.
O conhecimento do processo de reabilitação/
recuperação é vital para o sucesso do investimento.
O processo de reabilitação/recuperação do parque imobiliário existente envolve, em geral, recursos que representam entre 25 a 30% dos referentes ao esforço despendido nas novas construções.
Como facilmente se demonstra, a Certificação Energética
constitui uma das vertentes com maior interesse entre o
conjunto de medidas de reabilitação de edifícios.
O conhecimento tão exaustivo quanto possível das medidas de reabilitação energética e dos seus condicionalismos técnicos e funcionais constituem elementos relevantes para que se possam tomar as opções mais correctas
e melhor fundamentadas.
Na Certificação Energética deverão ser consideradas
intervenções que conduzam não apenas a reduções dos
consumos/facturas energéticas, mas também a melhorias acústicas, de conforto, e da qualidade da construção,
entre outras.
Paulo Sarabanda
Consultor na área Energética
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FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS
FORMAÇÃO FINANCIADA
SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO
REFERENCIAL: TÉCNICO/A DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO
Código
Curso
Nível
Duração
3771
Normativas Legais Aplicadas à Actividade Profissional
3
50
3773
Técnicas de Planeamento de Prevenção de Riscos Profissionais
3
50
3777
Fundamentos Gerais de Higiene do Trabalho
3
25
3780
Fundamentos Gerais de Segurança do Trabalho
3
25
3781
Segurança no Trabalho – Avaliação e Controlo de Riscos
3
50
3782
Segurança no Trabalho – Equipamentos
3
25
3785
Metodologias de Avaliação de Riscos Profissionais
3
25
3786
Controlo de Riscos Profissionais
3
50
Nível
Duração
ÁREA ALIMENTAR
REFERENCIAL: TÉCNICO/A DE CONTROLO DE QUALIDADE ALIMENTAR
Código
Curso
1708
Noções de HACCP
3
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1709
Nutrição
3
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1728
Implementação e Avaliação do Sistema HACCP
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ENQUADRAMENTO NA ORGANIZAÇÃO
REFERENCIAL: TÉCNICO/A DE QUALIDADE
Código
Curso
Nível
Duração
5159
Ferramentas da Qualidade
3
50
0723
Controlo Estatístico do Processo
3
25
5167
Melhoria da Qualidade
3
25
0714
Qualidade e Aspectos Comportamentais
3
50
0715
Gestão da Qualidade – Evolução e Normas do Sistema
3
50
0716
Gestão por Processos
3
25
0717
Metodologias de Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade
3
25
0727
Metrologia e Calibração
3
50
0729
Auditorias ao Sistema de Gestão da Qualidade
3
50
0737
Gestão da Qualidade – Área Alimentar
3
50
ACÇÕES NÃO CALENDARIZADAS *
Código
Curso
Nível
Referencial
Duração
0649
Estrutura e Comunicação Organizacional
3
Técnico/a Apoio à Gestão
25
0591
Planeamento e Áreas Funcionais da Organização
3
Técnico/a Apoio à Gestão
25
0592
Legislação Laboral
3
Técnico/a Apoio à Gestão
25
0664
Aplicações Informáticas de Contabilidade
3
Técnico/a Apoio à Gestão
25
0366
Plano de Marketing
3
Técnico/a Apoio à Gestão
50
0620
Controlo de Gestão
3
Técnico/a Apoio à Gestão
50
0622
Auditoria e Controlo Interno
3
Técnico/a Apoio à Gestão
50
3296
Higiene e Segurança Alimentar
3
Técnico/a de Cozinha/Pastelaria
25
4212
Comunicação Interpessoal
3
Técnico/a de Cozinha/Pastelaria
25
3298
Gestão da Qualidade
3
Técnico/a de Cozinha/Pastelaria
25
3296
Higiene e Segurança Alimentar
3
Técnico/a de Cozinha/Pastelaria
25
3297
Sistema de HACCP
3
Técnico/a de Cozinha/Pastelaria
25
2773
Introdução ao CAD – Construção Civil
3
Técnico/a de Obra /Condutor de Obra
50
2801
CAD – Projecto de Construção Civil
3
Técnico/a de Obra /Condutor de Obra
25
3907
Planeamento de Obra
3
Técnico/a de Obra /Condutor de Obra
50
3909
Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
– Construção Civil
3
Técnico/a de Obra /Condutor de Obra
50
3910
Organização e Gestão da Empresa
3
Técnico/a de Obra /Condutor de Obra
50
3
Técnico/a de Instalações Eléctricas
25
3
Técnico/a de Instalações Eléctricas
25
0349
5331
Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
– Conceitos Básicos
Produção, Transporte e Distribuição de Energia
Eléctrica
5332
Sistemas de Segurança
3
Técnico/a de Instalações Eléctricas
25
5346
Instalações Eléctricas
3
Técnico/a de Instalações Eléctricas
25
0822
Gestão e Organização de Informação
2
Operador/a de Informática
25
0754
Processador de Texto
2
Operador/a de Informática
50
0756
Folha de Cálculo
2
Operador/a de Informática
50
0767
Internet - Navegação
2
Operador/a de Informática
25
0768
Criação de Sites Web
2
Operador/a de Informática
50
*A realização destas acções poderá ser efectuada a qualquer momento, desde que o n.º de inscritos o justifique.
PÁG.
12
A
VOZ
DAS
INSTITUIÇÕES
SOCIAIS
Associação Social Recreativa Juventude Vila Fonche
Cruz Vermelha – Delegação de Braga
Associação de Solidariedade Social S. Tiago de Fraião
Cruz Vermelha – Vale de Cambra
Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde
Associação de Deficientes Valecambrense
Casa do Povo de Tadim
Centro Social Cortegacense
Patronato Nossa Senhora da Torre
Centro Social Paroquial S. Pedro de Maceda
Centro Cultural e Social de Santo Adrião
Centro Social de Lourosa
Centro Social e Paroquial de São Pedro de Lomar
Centro Social Paroquial de Lavradas
Centro Social de Entre Ambos os Rios
CERCIVAR
Centro social Paroquial Izeda
Creche Mãe
Centro social Paroquial Ronfe
Centro Social e Paroquial de Ferreiros
Instituto de Reabilitação Social – IRIS
Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso
Centro Social Padre David Oliveira Martins – RUILHE
Santa Casa da Misericórdia de Lousã
Centro Social e Paroquial de Arcos de Valdevez
Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra
Centro Social e Paroquial de Rio Frio
Santa Casa da Misericórdia de Estarreja
Centro Social e Paroquial de Vale
Centro Social e Cultural de Ferreiros
Centro Social e Paroquial de São Jorge
Fundação Gaspar e Manuel Cardoso
Santa Casa da Misericórdia de Barcelos
Centro Social e Paroquial de Fontelo
GAF – Gabinete de Apoio à Família
Associação de Reformados de Lordelo
Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé
Lar de Santo António—Maia
Associação de Vila das Aves
Lar PAROQUIAL Santa Maria —Válega
Santa Casa da Misericórdia de Vagos
Santa Casa da Misericórdia de ARMAMAR
MAPADI
Centro Social de Burgo
A Casa do Caminho
Centro Social e Paroquial de Joane
Centro Social da Quinta do Anjo
Sol Nascente
Fraterna
Cruz Vermelha – Delegação de Fafe
Centro Social e Paroquial de S. João de Ovar
Colónia de Férias da Praia Azul
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Gestão da Qualidade
Gestão Ambiental
Gestão Industrial
Gestão da Formação
Gestão da Segurança, Higiene e Saúde
Segurança Alimentar/HACCP
Ensaios Laboratoriais
Sistemas de Informação
Gestão Hospitalar
Gestão da Energia
Gestão dos Recursos Humanos
keep Up Advancer – Gestão Integrada de Processos
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