Relatório Anual 2011 Lisboa, março de 2012 Lisboa • Funchal • Nordeste • Povoação • Corvo www.spea.pt Relatório Anual 2011 Lisboa, março de 2011 Trabalhar para o estudo e conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras. A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma organização não governamental de ambiente que trabalha para a conservação das aves e dos seus habitats em Portugal. Como associação sem fins lucrativos, depende do apoio dos sócios e de diversas entidades para concretizar as suas acções. Faz parte de uma rede mundial de organizações de ambiente, a BirdLife International, que actua em mais de 100 países e tem como objectivo a preservação da diversidade biológica através da conservação das aves, dos seus habitats e da promoção do uso sustentável dos recursos naturais. - Relatório Anual 2011 – 2/56 - ÍNDICE 04 A PALAVRA DA PRESIDENTE DA DIREÇÃO NACIONAL 06 EDITORIAL, PELO DIRETOR EXECUTIVO 07 APRESENTAÇÃO DA SPEA 08 OS PROGRAMAS OPERACIONAIS DA SPEA E AS ATIVIDADES EM 2011 08 ....Departamento de Cidadania Ambiental 15....Departamento de Conservação / Programa Terrestre 21....Departamento de Conservação / Programa Marinho 25....SPEA Madeira 31....SPEA Açores 37 A ESTRUTURA DA SPEA 38 APRESENTAÇÃO DE CONTAS 2011 38 ....Balanço 40....Demonstração de Resultados por naturezas 41....Demonstrações de Fluxos de Caixa 43 ....Demonstração de Alterações no Capital Próprio 45....Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados 53 RELATÓRIO DE AUDITORIA 55 PARECER DO CONSELHO FISCAL Capa: a Cagarra Calonectris diomedea foi a Ave do Ano em 2011 eleita pelos sócios da SPEA (foto de Luís Ferreira). Classificada com estatuto de “Vulnerável” em Portugal continental e “Pouco preocupante” nas ilhas pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, os números de cagarra têm vindo a diminuir ao longo dos anos. A poluição marinha por hidrocarbonetos, a mortalidade associada a algumas artes de pesca e a introdução de predadores nos locais de nidificação, são ameaças sérias que têm posto em risco o futuro da espécie. Nas ilhas dos Açores e Madeira, as luzes artificiais causam o encadeamento dos juvenis recém saídos dos ninhos, deixando-os vulneráveis a atropelamentos e/ou predadores. A cagarra pode ser observada em grandes números entre fevereiro e novembro nos Arquipélagos dos Açores e Madeira e em números mais reduzidos ao longo da costa de Portugal continental. A SPEA tem vindo a alertar a opinião pública para o declínio global das aves marinhas e a cagarra tem sido o símbolo de diversas campanhas e projetos atualmente a decorrer, LIFE Ilhas Santuário para as aves marinhas, FAME, Projeto de Diagnóstico e Minimização do Impacte da Iluminação Pública nas Aves Marinhas, LIFE Ilhéus do Porto Santo, LIFE MarPro. - Relatório Anual 2011 – 3/56 - A PALAVRA DA PRESIDENTE DA DIRECÇÃO NACIONAL Caros Sócios Marcamos mais um ano na história da SPEA e é neste grande encontro anual que temos a oportunidade de mostrar todo o trabalho que foi feito, todas as vitórias alcançadas e os grandes entraves à conservação das nossas espécies. Cada vez mais a SPEA reúne à sua volta pessoas anónimas preocupadas com a correta evolução dos tempos, e fortemente motivadas a fazer algo que inverta o rumo das coisas. Cada vez mais a SPEA é chamada a defender as suas posições e valores junto das mais altas instituições governamentais, e também junto de organizações congéneres - facto que nos motiva muito pois agora, mais do que nunca, é importante trabalharmos juntos em prol do bem comum - as nossas Aves. Ao longo deste ano procurámos parcerias novas, benefícios novos para os Sócios e procurámos mostrar a vantagem que existe em associar a ciência que nos une à paixão que nos move e encontrando formas de interceder, cada vez mais, pelas aves e seus habitats. Em 2011 continuámos a apoiar instituições além fronteiras, nunca esquecendo que foi com um apoio como este que a SPEA vingou e obedece hoje a valores tão nobres como o respeito. Com uma equipa de trabalho incansável levámos a SPEA a Sagres e ao Machico para dois grandes eventos da vida da nossa associação. Tivemos oportunidade de mostrar a mais de um milhar de pessoas, pessoalmente, o que fazemos. Reunimos à volta da SPEA esforços e recuperámos fôlego para voltar a Sagres já este ano e para preparar outros eventos que juntem os nossos sócios, promovam a ornitologia e a conservação das nossas espécies. A linha temporal não ficaria completa sem o registo do nascimento em directo on-line da ave do ano 2011 e a possibilidade que o sítio da internet "Lua de Mel no Corvo" deu a muitos sócios e amigos de acompanhar e sentir de perto, através das redes sociais, a evolução da pequena Calonectris diomedea. Foi também um ano de forte dinamismo da Loja da SPEA com a comercialização de produtos de excelência em óptica e com o incremento da variedade de produtos. 2011 marcou a agenda como sendo o Ano Internacional das Florestas e o Ano Europeu do Voluntariado, iniciativas às quais a SPEA deu o seu contributo. Aproveitamos também aqui para saudar e felicitar todos os que tiveram oportunidade de integrar estas acções. E falando em Voluntários, é bom vincar a nobreza de ser voluntário. É com grande orgulho que a SPEA reúne à sua volta anónimos que abdicam de algo que é seu por direito para ajudar desinteressadamente a SPEA nas suas atividades. A realização do Atlas das Aves Invernantes e Migradoras, feito inédito a nível nacional, os Censos de Aves Comuns, as atividades para sócios e público em geral, entre tantas outras iniciativas, contam com a colaboração de voluntários sem a qual algumas iniciativas ficariam por concretizar. É também graças ao trabalho voluntário que a SPEA tem agora uma biblioteca mais arrumada à espera da sua visita - e consulta. Se em 2010 falámos em ano de muitas mudanças, creio que 2011 trouxe alguma estabilidade que esperamos poder cimentar no corrente ano. - Relatório Anual 2011 – 4/56 - Não nos iludimos perante a realidade de um ano difícil, mas vamos continuar a trabalhar, como sempre temos feito, agora ainda com maior empenho, para dar as boas vindas a novos sócios, a novas ideias e projetos que traduzam a história de 18 anos de vida da SPEA. Obrigada por continuarem a apoiar a SPEA na sua Missão. Sem os nossos sócios e amigos seria muito mais difícil. Clara Ferreira Presidente da Direção Nacional - Relatório Anual 2011 – 5/56 - EDITORIAL, PELO DIRETOR EXECUTIVO Este relatório mostra, em todos os seus resultados, um crescimento da SPEA enquanto organização com ação fundamental no mundo da conservação das aves e da biodiversidade. Os projetos são cada vez mais diversificados e abrangem áreas mais vastas, como a promoção do turismo de natureza, a gestão de espaços naturais e o envolvimento das comunidades locais na preservação das aves e dos seus habitats. Muito do que fazemos se deve aos voluntários. De tudo o que este relatório apresenta como ano de trabalho e seus resultados, um dos factos mais impressionantes são as listas de voluntários que participaram nas ações de conservação e de monitorização e censos. Para isso muito ajudou o lançamento do Atlas das Aves Invernantes e Migradoras, mas também as participações do Censo de Aves Comuns, do Chegadas, do CANAN, do projeto Arenaria, dos Dias RAM, dos censos de milhafres/mantas, enfim, uma série enorme de ações que só uma associação com grande base de apoio poderia fazer. A todos o nosso obrigado! Esses mesmos voluntários foram reconhecidos pela colaboração em mais dois grandes marcos da vida da SPEA - o VII Congresso de Ornitologia, em paralelo com as primeiras Jornadas Macaronésicas, que juntaram colegas de Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde no Machico, na Madeira; e o Festival de Sagres, marcando um crescente interesse pela observação das aves e do seu impacto no turismo. São marcos que prometem novos desafios e resultados. Mas os tempos mais próximos serão difíceis, devido à enorme crise financeira que se instalou no país e no mundo. O seu impacto no mundo da conservação de natureza e de biodiversidade traz consequências negativas cujos sinais começam a surgir: alguns mecanismos financeiros são cortados, algumas entidades cortam os fundos disponíveis para biodiversidade e mesmo o futuro quadro comunitário para 2014-2020 é incerto e negativo. Mesmo se a proteção do património natural é imprescindível e um estudo recente demonstra que os “empregos verdes”, relativos à gestão de áreas protegidas, às energias renováveis e atividades sustentáveis são cada vez mais importantes. Mais que nunca devemos dar uma resposta, convidando mais sócios e mais apoiantes para a causa que defendemos - um mundo saudável, sem extinção de espécies nem degradação de habitats. No próximo ano de 2012 continuaremos a contar com os voluntários e com o maior grupo de colaboradores que alguma vez tivemos, já que em 2011 chegámos a ter, pela primeira vez, mais de 50 colaboradores permanentes a trabalhar na SPEA. Esperamos conseguir vencer este desafio, que estará para já centrado na campanha da ave do ano: a rola-brava. Com esta espécie poderemos chamar a atenção para a necessidade cada vez maior de assegurar uma caça sustentável e responsável, e a proteção de espécies migradoras que cada vez mais enfrentam ameaças de decréscimo. Por esta e todas as razões que aqui apresentamos pedimos o apoio continuado e participado de todos os sócios. Luís Costa Diretor Executivo - Relatório Anual 2011 – 6/56 - APRESENTAÇÃO DA SPEA A SPEA é uma associação sem fins lucrativos que promove o estudo e a conservação das aves em Portugal. Foi fundada em 25 de novembro de 1993, correspondendo a um desejo manifestado por um grande número de profissionais e amadores desenvolvendo actividade na área da Ornitologia e conservação da avifauna. Desde 1999 que é o parceiro da BirdLife International e a principal Organização Não Governamental de Ambiente em Portugal com objetivos de conservação das aves. A SPEA tem como Missão: trabalhar para o estudo e a conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras. Os principais objetivos da Sociedade são: ‣ Promover, dinamizar e divulgar o estudo da biologia das aves e desenvolver as bases científicas e técnicas para a aplicação de medidas de gestão e conservação. ‣ Promover a conservação das populações de aves que vivem no estado selvagem e dos seus habitats, em particular no território português. ‣ Contribuir para a valorização e promoção da Ornitologia, nas suas diversas vertentes, através da elaboração e divulgação de princípios orientadores desta disciplina. Nas Orientações estratégicas SPEA 2011-2013 (disponíveis em http://www.spea.pt/fotos/editor2/ estrategia_spea_2011_13.pdf) são considerados, para o triénio 2011-2013, três pilares fundamentais, sobre os quais serão desenvolvidas linhas estratégicas que acompanharão a aplicação de acções específicas para cada departamento dentro da SPEA e para cada grupo de trabalho cuja actividade interfere directamente no desenvolvimento quotidiano da SPEA. Os três pilares identificados foram: A. Conservação - Conservação activa das aves e dos seus habitats, com base nos estatutos de conservação, a nível nacional e internacional B. Capacidade de Mobilização - Desenvolver a organização interna e investir na relação com sócios, parceiros e actores externos, promovendo a SPEA e mobilizando-os para uma participação activa na conservação e estudo das aves C. Desenvolvimento do Potencial Científico - Obtenção e divulgação de dados científicos e de monitorização que apoiem a conservação das aves Para o pôr em prática, a SPEA conta com Sedes em Lisboa, Funchal e Nordeste (Açores), além de Sedes de projectos na Povoação e no Corvo, onde trabalhava um quadro profissional com 44 colaboradores além de um grupo importante de voluntários e estagiários, no final de 2011, e diversos grupos de trabalho e actividades baseadas em trabalho da extensa rede de voluntários, que constituem um recurso fundamental para a associação e motivo de orgulho e exemplo de cidadania. Com estes meios, a SPEA coordena ou participa em diversos projectos com recurso a financiamentos comunitários ou patrocinados, integrados nos seus departamentos: Cidadania Ambiental, Conservação (Marinho/Terrestre), SPEA Madeira, e SPEA Açores. - Relatório Anual 2011 – 7/56 - OS PROGRAMAS OPERACIONAIS DA SPEA E AS ACTIVIDADES EM 2011 Departamento de Cidadania Ambiental C.M. Oeiras O Departamento de Cidadania Ambiental compreende várias áreas de atuação, nomeadamente a gestão de sócios, a dinamização de campanhas e eventos, o turismo ornitológico, a educação e sensibilização ambiental, a dinamização da loja SPEA, o programa de voluntariado e toda a componente de divulgação e comunicação. Muitas das ações realizadas não são exclusivas deste departamento, sendo transversais a toda a ação da SPEA e de outros departamentos, pelo que há uma estreita colaboração entre os elementos deste departamento e os outros colegas e colaboradores. Em termos de balanço geral das ações realizadas em 2011, face ao que estava previsto, o resultado é muito positivo, tendo-se conseguido atingir praticamente todos os objetivos definidos sendo que, em vários casos, superámos as expectativas e conseguimos ainda VII Congresso de Ornitologia da SPEA & I Jornadas Macaronésicas de Ornitologia 29 e 31 de outubro de 2011 ! - Relatório Anual 2011 – 8/56 - Iniciativa conjunta da SPEA com o Parque Natural da Madeira, a Sociedad Española de Ornitolgía (SEO/BirdLife) e associação Biosfera, de Cabo Verde, que decorreu em Machico, na Madeira. Ao longo dos três dias de congresso, que envolveram cerca de 150 participantes, foram apresentados mais de 70 trabalhos, entre comunicações orais e posters, tendo sido atribuídos prémios aos melhores trabalhos de cada categoria. Este congresso foi mais uma organização de sucesso, que contou com o envolvimento do Departamento de Cidadania Ambiental e da equipa da SPEAMadeira. dar resposta a diversas solicitações, aproveitando oportunidades que foram surgindo ao longo do ano. Fidelização e aumento do número de sócios A gestão de sócios e potenciais sócios assenta na perceção que este é um dos pilares mais importantes da associação e que exige um constante acompanhamento administrativo, financeiro e de comunicação. Os meios à disposição, sejam materiais ou de recursos humanos para assegurar a realização de tudo o que envolve esta gestão nem sempre são os suficientes ou os mais eficazes, sobretudo por limitações financeiras, e por isso achamos sempre que mais e melhor se poderia fazer; contudo, os resultados anuais têm sido muito gratificantes e 2011 não foi exceção, tal como se pode constatar na breve descrição que se segue acerca do que foi realizado e conseguido a este nível. Em 2011 inscreveram-se na SPEA 254 novos sócios, mais 44 que no ano anterior e fixou o número total de sócios em 3.183. A campanha de recuperação de sócios com quotas em atraso teve resultados positivos, pelo que irá continuar em 2012. A regularização das quotas ocorre ao longo de todo o ano, contudo é mais evidente nas alturas próximas de eventos ou de atividades, nos quais os sócios usufruem de regalias se tiverem as quotas atualizadas (exclusividade para sócios ou descontos/gratuitidade nas inscrições). A “internet” e as “atividades SPEA” são os principais meios através dos quais os novos sócios tiveram conhecimento da Sociedade, seguidos de “amigos e/ou familiares” e “universidade/ escola/emprego”. O principal motivo indicado pelos novos sócios para justificarem a sua inscrição é a “participação em atividades” seguido de “apoiar a conservação das aves”. Em oposição, o principal motivo indicado para a desistência de sócios foram os “fatores financeiros”. Em 2011 continuou-se com a estratégia de angariação de sócios que vem sendo adotada nos últimos anos, e que assenta em aproveitar-se todas as oportunidades para se falar do trabalho da SPEA e da importância do papel do sócio, quer seja quando alguém se dirige à sede, quer durante as ações e eventos em que a SPEA participa. A recolha e gestão de contactos de não sócios interessados em estar a par das ações da SPEA tem sido uma importante ferramenta de angariação de sócios; em 2011, 44 dos subscritores da SPEA on-line tornaram-se sócios. As atividades continuam a ser um importante aspeto para a manutenção e angariação de sócios. Porém, em 2011 houve um decréscimo do seu número devido ao menor número de guias e formadores disponíveis para as realizar. Foram organizadas pela SPEA 11 saídas de campo (uma das quais a Espanha), 2 saídas de barco e 1 curso de cantos de aves. Para minimizar os impactos do menor numero de saídas e cursos, a SPEA tem tentado encontrar soluções alternativas, que passam pelo estabelecimento de parcerias, a nível de co-organização de ações, ou apoio na divulgação de iniciativas com interesse para os sócios, ou obtenção de descontos para os sócios em serviços de animação ou alojamentos. A este nível, foram efetuados 5 novos protocolos com empresas de animação turística, 4 alojamentos, e divulgaram-se ainda 56 atividades organizadas por empresas, associações, universidades ou municípios parceiros. Outra regalia dos sócios é a subscrição da revista Pardela impressa, tendo-se assegurado a sua distribuição quadrimestral, nomeadamente com os números 40, 41 e 42. Estudou-se a possibilidade da sua produção ser feita num formato mais amigo do ambiente, mas esta acabou por não se concretizar devido aos elevados custos de impressão que esta nova opção implicava. Campanhas e eventos Das campanhas e eventos que decorreram em 2011, destaca-se pela positiva a campanha da Ave do Ano 2011, cuja espécie escolhida pelos sócios foi a cagarra. Entre as ações programadas, salienta-se a ação “Viaje com a ave do ano”, que angariou €425 em donativos e conseguiu 10 padrinhos, e a ação de construção de casas ninho na Ilha da Berlenga, que contou com o apoio de um grupo de voluntários e do Pingo Doce. O facto da cagarra ser uma espécie alvo de vários projetos a decorrer na SPEA fez com que fosse mais fácil integrar na campanha ações de campo e obter-se fundos para dinamizar iniciativas de conservação e comunicação. - Relatório Anual 2011 – 9/56 - Estava prevista a presença da SPEA no XIV Encontro Nacional de Estudantes de Biologia, na Terra Sã (Porto) e no Green Fest (Estoril). Participamos na primeira iniciativa (com uma palestra, dois workshops e uma banca com informação), mas não estivemos presente nos outros dois eventos, nomeadamente por restrições financeiras e devido à sobreposição da data com eventos importantes da SPEA. Por último, a SPEA esteve envolvida no Ano Internacional das Florestas, liderado pela Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural e pela Comissão Nacional da UNESCO. Esta iniciativa arrancou de forma muito participada com o envolvimento de diversas entidades públicas e privadas; contudo, devido a fatores externos à SPEA, a campanha foi perdendo força e muitas ações acabaram por não se concretizar, tendo os resultados finais ficado muito aquém das expectativas iniciais, no nosso entender. Turismo Ornitológico O Turismo Ornitológico é uma área em franco crescimento e na qual a SPEA tem estado bastante envolvida nos últimos anos. Em 2011, integrou a candidatura do projeto liderado pela SEO/ BirdLife “IPOT-International project of ornithological tourism in protected areas in the Mediterranean Basin”, que viria a obter financiamento do Programa Leonardo Da Vinci e cujos trabalhos se iniciaram no final do ano. A presença em feiras da especialidade foi assegurada como previsto, nomeadamente, na Observanatura (Sado), Nauticampo (Lisboa) e British Birdwatching Fair (Reino Unido). A participação no evento da BirdLife “European BirdWatch” continuou a verificar-se em 2011, em moldes semelhantes aos outros anos, através do envolvimento de outras entidades nacionais e na divulgação conjunta das ações de observação de aves desenvolvidas pelas mesmas. No total decorreram 12 atividades dinamizadas por 10 entidades, tendo envolvido 180 participantes. É intenção da SPEA obter a acreditação como entidade formadora, contudo este objetivo ainda não se concretizou em 2011 pois aguarda-se a resposta ao pedido de reconhecimento da SPEA para ter estatuto de utilidade pública, pois esta designação irá facilitar o processo de obtenção da referida certificação. II Festival de Observação de Aves - Sagres 30 setembro a 2 outubro (3 dias) ! ‣ Mais de 700 participantes ‣ Parceiros locais: 24 restaurantes, 16 alojamentos, 4 empresas de animação turística, 4 lojas ‣ 88 atividades, o que equivale a mais de 210 horas de ações. ‣ 118 espécies de aves observadas ‣ Participantes de Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, Suiça, Reino Unido, Bélgica, Suécia, Canadá, Rússia e Estados Unidos da América ‣ 53 noticias/artigos sobre o festival nos media nacionais e estrangeiros ‣ Almargem e CMVP foram os promotores do evento e a SPEA a entidade executora Mark Crathorne A SPEA tem apoiado outras entidades a desenvolver ações relacionadas com a observação de aves e a impulsionar esta modalidade a nível nacional, destacando-se em 2011 a elaboração dos conteúdos para o Roteiro de turístico turismo de natureza “Observação de Aves – Portugal” editado pelo Turismo de Portugal, elaboração dos textos para o guia de aves do Museu Municipal de Loures, o envolvimento no evento “Onda Jovem”, da CM Sesimbra, o passeio “Com pés e asas” dinamizado pela Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira (Seixal) e o Workshop e saída de campo na Mata da Machada e Sapal de Coina, em colaboração com a CM Barreiro, - Relatório Anual 2011 – 10/56 - Centros Ambientais A SPEA tem nos seus objetivos a médio/longo termo dinamizar polos de educação e sensibilização ambiental no Continente, à semelhança do que acontece com o Centro Ambiental do Priolo (CAP), nos Açores. Em 2011 esteve envolvida num grupo de trabalho com a CM Sesimbra responsável por avaliar a viabilidade de criação de uma Reserva de Âmbito Local, projeto que iria incluir um programa de atividades para a Lagoa Pequena, mas até ao momento este processo ainda não foi concluído. Contudo, a SPEA tem dinamizado iniciativas dirigidas ao público em geral e aos sócios nessa IBA, destacando-se a ação de voluntariado empresarial com Associação Grace, que envolveu 93 participantes. Comunicação em números Em 2011 iniciaram-se também conversações com a CM Vila do Bispo para a criação um pólo de investigação, formação e educação ambiental em Sagres, e cuja c o n c re t i z a ç ã o e s t á d e p e n d e n t e d a disponibilização de local para esse efeito Educação e sensibilização ambiental ‣ ‣ ‣ ‣ ‣ ‣ ‣ 76 comunicados de imprensa Twitter: 420 seguidores no final do ano Facebook: 4442 gostos no final do ano SOL: edições 331 a 374; SOL em inglês: edições19 a 21 10 artigos em revistas parceiras Tempo de antena emitido 3 vezes O ano de 2011 foi vasto em iniciativas de sensibilização ambiental envolvendo sobretudo a comunidade escolar, mas não só. Decorreram as duas últimas visitas ainda no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade, e que contaram com a presença de eurodeputados portugueses. Desenvolveram-se várias outras ações em escolas, nomeadamente, 15 saídas de campo no concelho de Oeiras envolvendo 331 alunos, enquadradas na parceria entre a SPEA e este Município, e ações pontuais noutros locais do país, que contaram no total com a presença de mais de 130 alunos. A SPEA continuou a apoiar as visitas guiadas no Jardim Botânico de Lisboa dinamizadas pelo Museu Nacional de História Natural, tendo-se realizado 4 ações que contaram com a presença de cerca de 60 participantes. As atividades De Olho nas Aves são atualmente uma importante aposta da SPEA para envolver o público em geral. Decorrem mensalmente atividades em Lisboa e no Porto (2 locais), sendo neste caso asseguradas por um grupo de voluntários. Participaram ao todo cerca de 300 pessoas. As atividades da SPEA nos meses de verão têm estado nos últimos anos associadas à iniciativa “Biologia no verão” do Programa Ciência Viva , que constitui um excelente veículo de divulgação junto do público em geral. Em 2011 foram desenvolvidas pela SPEA mais de 50 atividades no âmbito deste programa, tendo a maioria decorrido em São Miguel, através do CAP. Loja SPEA A loja SPEA aumentou significativamente o número de vendas face ao ano anterior. Dezembro continua a ser o mês de maior procura, e em 2011 a quantidade de pedidos nessa época do ano foi de tal ordem que exigiu o reforço de recursos humanos afetos à loja, de forma a conseguir-se dar resposta em tempo útil a todas as solicitações e encomendas. A venda de material ótico na loja foi uma nova aposta que acabou por superar as expetativas, tornando-se a SPEA o representante das marcas Opticron e Swarovski. O Guia de Aves Comuns e o livro “Aves de Portugal” são os artigos que se seguiram a nível dos mais vendidos na loja. - Relatório Anual 2011 – 11/56 - ! A página da loja continua a ser a mais vista do site SPEA, sendo de salientar que a maioria dos pedido feitos on-line provêm de não sócios, demonstrando que a loja é, também, um veículo de divulgação da associação. Divulgação e Comunicação A divulgação em 2011 consolidou-se nas redes sociais, nas revistas parceiras (Revista do Agricultor, Revista Parques e Vida Selvagem e Turcaça) e no próprio site. O novo layout da newsletter (SPEA on-line “SOL”), bem como o novo sistema de envio revelou-se mais prático e eficiente, levando também mais pessoas a visitar o site institucional. As redes sociais revelam-se cada vez mais um importante veículo de dinamização de pessoas e divulgação, o que se comprovou com a campanha do Melro. Esta ação acabou por revelar-se um excelente veículo na divulgação da SPEA em 2011 e que obteve os objetivos pretendido em termos da preservação dessa espécie. Voluntários da SPEA A ano de 2011 foi marcado pelas comemorações do Ano Europeu do Voluntariado (AEV). A SPEA foi parceira do AEV, tendo estado presente nas Tours do Voluntariado que se realizaram em Lisboa, na Madeira e nos Açores. Continuamos a acolher novos voluntários do Serviço Voluntário Europeu, e salientamos o trabalho da voluntária Coralie Lozano, que ajudou a re-estruturar o programa de voluntariado da SPEA. Este ano foi ainda marcado pelo início dos trabalhos de campo do Atlas das Aves Invernantes e Migradoras de Portugal, no qual se inscreveram mais de 200 observadores voluntários. Durante o VII Congresso que se realizou na Madeira, vários voluntários que colaboram com a SPEA-Madeira foram homenageados publicamente. No final do ano, colaboravam com a SPEA mais de 500 voluntários diferentes. - Relatório Anual 2011 – 12/56 - Departamento de Sócios, Actividades e Educação Ambiental Coordenadora: Alexandra Lopes Staff: Alexandra Lopes, Joana Domingues, Susana Alves, Susana Costa e Vanessa Oliveira Colaboradores e voluntários: Sede: Coralie Lozano (SVE) De Olho nas Aves – Porto: Joana Vilela, Sofia Tavares, Daniel Gomes, Iolanda Rocha, Flávio Oliveira, Nuno Abreu Spring Alive: Marta Guerreiro Feiras e atividades de observação de aves: Alexandre Leitão, Ana Alexandra Fonseca, Anabela Silva, António Ferreira, Cândida Delgado, Carlos Cruz (Kau), Dulce Castanheira, Fábia Azevedo, Faísca, Filipa Machado, Francisco Gutierres, Graça Paquete, Guillaume Rethore, Helder Costa, Inês Gonçalves, João Farminhão, João Ministro, João Pereira, João Tiago Tavares, Jorge Gonçalves, José Cordeiro, José Monteiro, José Pedro Tavares, Lourenço Marques, Luís Cancela da Fonseca, Luís Santos, Luís Velez, Luís Vieira, Marcelo Dias, Marcial Felgueiras, Marco Correia, Margarida Castro, Marta Guerreiro, Miguel Gaspar, Milene Matos, Nadine Pires, Nelson Fonseca, Nelson Pereira, Paulo Fernandes, Paulo Marques, Pedro Ramalho, Raquel Marques, Raquel Moura, Raquel Tavares, Ricardo Tomé, Rui Eufrásia, Rui Pedro, Sérgio Ribeiro, Simon Wates, Thijs Valkenburg, Zéltia Lopez, Zito Colaço Revista Pardela: Adrian Uszkiewicz, Alberto Maia, Alessandro Abate, Anaise Dacremont Andreia Penado, António Cunha, Associação Guarda-Rios do Lima, Arnoud B. van den Berg, Atlas das Aves do Arquipélago da Madeira, Augusto Faustino, Bernardo Nabais, Birding Canárias Bruno Maia, Bruno Pinto, Carlos Cabral, Carlos Pereira, Carlos Pimenta, Carlos Ribeiro Clara Ferreira, D’Almeida Simões, David Rodrigues, Dinis Cortes, Diogo Carvalho, Diogo Veríssimo, Doğa Dernegi, Eduardo Santos, Faísca, Filipe Viveiros, Gabriel Sierra, Gonçalo Cardoso, Gonçalo Elias, Graça Pereira, Helder Costa, J. Kramer, João Carrilho, João Madeira, João Ministro, João Quaresma, Joaquim Antunes, José Juan Hernández, José Paulo Ruas, José Pedro Monteiro, José Pedro Tavares, José Policarpo, José Viana, Juan José Ramos Melo, Luís Avelar, Luís Ferreira, Marco Nunes Correia, Maria Dias, Marina Yagodkina, Marta Moreno García, Miguel Lecoq, Neil Anders, Noelia Carrillo, Oliver Yanes, OTOP, Paul Donald, Paulo Alves, Paulo Catry, Paulo Gaspar, Pedro Alvito, Pedro Fernandes, Pedro Monteiro, Rafael Palomo, Ricardo Lima, Ricardo Lourenço, Ricardo Guerreiro, Ricardo Rocha, Rita Moreira, Roger Haltum, Romão Machado, Rui Freitas, Sarah Stow, Sílvia Nunes, Teresa Catry, Turcaça, Victor Maia, Vítor Gonçalves. Financiado por: ‣ As Atividades “Biologia no verão” foram financiadas pela Agência Ciência Viva ‣ A participação na BBF teve o patrocínio da Direção Geral de Turismo dos Açores e da Associação de Turismo dos Açores e do Turismo do Algarve. ‣ A revista Pardela teve os patrocínios de: Birding Canárias, Esteller/Swarovski; Opricron; ‣ Os projetos de Serviço Voluntário Europeu são financiados pela Agência Portuguesa para a Gestão do Programa Juventude em Ação ‣ O Festival de Observação de Aves de Sagres foi financiado pelo PO Algarve 21 (no âmbito do projeto Via Algarviana 2 que é liderado pela Associação Almargem) e pela Câmara Municipal de Vila, tendo contando ainda com o patrocínio da Cerveja Sagres ‣ As atividades de educação ambiental promovidas no concelho de Oeiras foram financiadas pela C.M. Oeiras ‣ O Guia de Aves Comuns teve o patrocínio da Swarovski, obtido por intermédio da empresa Esteller ‣ As atividades “De Olho nas Aves” têm apoio da Swarovski, traduzido no empréstimo de material ótico, e contaram ainda com o patrocínio da Mitsubishi Corporation Fund ‣ O Congresso teve apoio financeiro, em serviços, géneros ou cedência de materiais de: ABB, Associação Regional de Turismo dos Açores, AVIS, BirdLife Holanda (Vogelbescherming Nederland), Bonita da Madeira, Câmara Municipal do Funchal, Câmara Municipal de Machico, Delegação Escolar de Machico, Delta Cafés, Direção Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Madeira, Direção Regional de Turismo da Madeira, , Direcção Regional de Juventude (da Madeira), Figura Virtual, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Hotel White Waters, Hotel D. Pedro, Lipton Ice Tea / Unilever, Naturlink, Parque Ecológico do Funchal, PROFOR, RESUL, SATA, SIG, ZON Madeira. - Relatório Anual 2011 – 13/56 - Parceiros: A Abegoaria, A Rocha, Agência Portuguesa do Ambiente, AISEC Iscte, Alternativtour, Associação de Estudantes de Faculdade de Ciências de Lisboa, Associação Grace, Associação Transumância e Natureza, Beach Hut Watersports, Biosfera I, Biovirtual, Birding in Portugal, BirdLife International, C.M. Barreiro, C.M. Funchal, C.M. Peniche, C.M. Portimão, C.M. Vila do Bisco, Cape Cruiser, CEAI, Centro de Ciência Viva do Porto Moniz, Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Tomar, CISE, Colégio “Os Aprendizes”, Delegação Escolar de Machico, Direcção Regional de Turismo dos Açores, Direcção Regional de Juventude da Madeira, Diterra, Ecoceanus, EDP, EMAC - Empresa de Ambiente de Cascais, E.M., S.A., Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, Escola Secundária c/3º CEB da Amora, Estalagem Parque do Rio, Formosamar, GRACE - Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga, Grupo Flamingo, Iberian Nature, ICNB, Inter-Accion, Loja de História Natural, Mar Ilimitado, Mata do Buçaco, Monte do Álamo, Núcleo de Estudantes de Biotecnologia e Biologia Marinha, de Peniche, Opticron, Parceiros do Festival de Observação de Aves de Sagres, Passeios Ria Formosa, Pingo Doce, Pousadas de Portugal, Quercus – Braga, Quercus - Castelo Branco, Quercus – Guarda, Quercus - Ribatejo e Estremadura, Quinta do Barranco da Estrada, Rota Jovem, Rotas do Sal, Serviço do Parque Natural da Madeira, Sociedad Española de Ornitologia (SEO/ BirdLife), Swarovski Optik, Terra Azul, Terras de Mouros, TESE – projeto DoSomething, Tradicampo, Troviscais, Turismo de Portugal, Turismo do Algarve, Zeiss. - Relatório Anual 2011 – 14/56 - Departamento de Conservação / Programa Terrestre O Programa Terrestre da SPEA engloba diferentes projetos e campanhas, com os seguintes objetivos: ‣ Manter os meios agro-florestais e agrícolas ricos em aves e biodiversidade; ‣ Conservar as populações de aves ameaçadas que dependem dos meios agrícolas e florestais; ‣ Proteger as IBAs e as suas populações de aves; ‣ Monitorizar as populações de aves comuns como ferramenta essencial de gestão das espécies e dos habitats. Para alcançar estes objetivos a SPEA tem trabalhado na conservação dos meios rurais, através de projetos dirigidos para espécies e habitats e da pressão dirigida para influenciar políticas relevantes. Tem desenvolvido também uma atividade importante na valorização da biodiversidade rural, através da sensibilização dos agricultores e da promoção do turismo ornitológico. Em 2011 o Programa Terrestre da SPEA recebeu talvez os primeiros encontrões da crise e da austeridade financeira. O Departamento de conservação terrestre é um pequeno programa dentro da SPEA, no que diz respeito ao número de colaboradores (apenas 6, metade dos quais a tempo parcial). Por isso, a grande expectativa para 2011 era a candidatura LIFE+ Imperial, que não foi aprovada, apesar das indicações provenientes do rumo dos acontecimentos no início do ano. Vimos assim goradas as esperanças de ampliar a equipa e de reforçar fortemente a componente de conservação de espécies ameaçadas. A equipa arregaçou as mangas e trabalhamos em dois sentidos, por um lado o esforço técnico de avançar com várias candidaturas a projetos de conservação, que possam garantir a continuidade do trabalho, e por outro o valorizar e desenvolver aquilo que temos de melhor que são os programas de monitorização e o voluntariado científico. Em 2011 foi desenvolvida uma segunda candidatura LIFE+ para a águia-imperial e cinco outras candidaturas mais pequenas, a outras fontes de financiamento (Programa da Rede Rural Nacional, Fundo EDP Biodiversidade e MbZ Species Conservation Fund), para objetivos de conservação relacionados com IBA e espécies ameaçadas e para monitorização. - Relatório Anual 2011 – 15/56 - O Programa Terrestre é pequeno em termos de funcionários, mas grande em termos de colaboradores voluntários, resultados e expectativas. Felizmente temos o que chamamos voluntários “cinco estrelas”, que dão muitíssimo do seu tempo e empenho pelos programas e projetos da SPEA. Não teríamos o actual Censo de Aves Comuns (CAC), sem o Ricardo Martins, a Ana Leal e Ana Teresa Marques, nem Projecto Chegadas sem o Henk Feith e o Noticiário Ornitológico sem o Nuno Vieira e o Stuart MacKay. Mesmo o projeto maior do Programa Terrestre, o Atlas da Aves Invernantes e Migradoras de Portugal, que teve o seu lançamento em 2011, só existe devido à preciosa dedicação por parte de 11 coordenadores regionais voluntários, também eles “cinco estrelas”. Em 2011 colaboraram com o Programa Terrestre da SPEA várias centenas de voluntários de campo, recolhendo informação para os vários projetos de monitorização. O arranque do projeto Atlas foi talvez o aspecto mais marcante do ano. O Atlas foi o projeto mais mediático deste departamento, foi também o mais abrangente dentro dos sócios da SPEA e da restante comunidade ornitológica. Mas também os outros projectos de monitorização (CAC, Censo de Aves de Natal e Ano Novo (CANAN), Chegadas, NOCTUA e Noticiário Ornitológico) envolveram centenas de pessoas e deram os seus resultados anuais, como era esperado. Este extenso programa de monitorização começa a dar frutos para a acção da SPEA e para a conservação da natureza em Portugal. Os dados do CAC, por exemplo, têm estado na base da posição da SPEA sobre gestão cinegética, cujo momento mais alto em 2011 foi a campanha para a retirada do melro da lista das espécies caçáveis. A escolha da Ave do Ano 2012 foi também baseada nos dados do CAC e do Chegadas e à extensa informação acumulada pela SPEA nos quase dez anos do seu programa de monitorização. Em 2011 terminaram alguns projetos de conservação importantes, como o Avifauna III, em linhas eléctricas, e a primeira fase do Projeto-piloto, em sistemas agrícolas. Projetos que deveriam ter sequência, mas cuja continuação não está garantida. Dois grandes desafios aparecem em evidência para 2012. Por um lado, continuar o bom trabalho de mobilizar, organizar e valorizar o imenso capital humano e científico do programa de monitorização, e por outro encontrar apoios e financiamentos que possam sustentar a ação da SPEA na conservação das aves. No primeiro desafio é necessário levar a bom termo o projeto Atlas e valorizar os outros projetos de monitorização; no outro desafio é muito importante encontrar financiamento para projetos de conservação de espécies ameaçadas e para a rede das IBA. Não será tarefa fácil em plena crise económica, mas todos juntos podemos conseguir. Marcos do Programa Terrestre em 2011: ‣ Arranque do projeto Atlas das Aves Invernantes e Migradoras de Portugal (oito reuniões da Comissão Científica, cinco ações de treino, 230 voluntários envolvidos no projeto, mais de 300 quadrículas amostradas). ‣ Sucesso da campanha para retirar o melro da lista da espécies cinegéticas para a época 2011/2012. ‣ Programa IBA: dez novos vigilantes em 2011 e desenvolvimento de ações em várias IBA (Montesinho e Nogueira, Peneda-Gerês, Vale do Côa, Douro Internacional, Ria de Aveiro, Paul de Arzila, Albufeira do Caia, Lagoa Pequena, Cuba, Costa Sudoeste e Lagoa dos Salgados). - Relatório Anual 2011 – 16/56 - ‣ Desenvolvimento normal dos programas CAC, CANAN e Chegadas, com o envolvimento de muitas dezenas de voluntários (ver abaixo), produção de relatórios anuais e realização de intervenções públicas (ex. campanha do melro). ‣ Remodelação da equipa do Noticiário Ornitológico, com ganhos na regularidade da sua publicação. ‣ Primeiro relatório do programa NOCTUA de monitorização de aves noturnas. ‣ A plataforma on-line PortugalAves atinge os 1.000 utilizadores e os 80.000 registos. ‣ Criação do Grupo de Trabalho em águia-de-bonelli, e monitorização das populações da espécie na região do Oeste. ‣ Início do processo Bird Reporting, com o ICNB e ao abrigo da Diretiva Aves da União Europeia, e no processo Birds in Europe 3 com a BirdLife International. ‣ Encerramento do Avifauna III, 240 km de linhas elétricas corrigidas, 198 km de linhas elétricas monitorizadas, e o envolvimento de 12 voluntários. ‣ Encerramento da primeira fase do Projeto-piloto com a CAP, LPN e DGADR, foi caracterizada a situação de referência relativa à biodiversidade em 16 explorações agrícolas, de vários tipos, representativas da paisagem agrícola de Portugal. ‣ Candidaturas a novos projetos: 2ª candidatura LIFE+ Imperial, a mesma parceria, um projecto mais equilibrado, mas com cofinanciamento mais difícil, duas candidaturas ao Programa Rede Rural Nacional e duas candidaturas Fundo EDP Biodiversidade. ‣ Cabo Verde: uma candidatura em parceira às bolsas MbZ Species Conservation Fund; inclusão de Cabo Verde nos objetivos do Critical Ecossystem Partnership Fund; participação da associação cabo-verdiana Biosfera I nas primeiras Jornadas Ornitológicas da Macaronésia; e boas perspetivas de trabalho futuro em gestão de ilhas e ilhéus, aves marinhas e erradicação de predadores. ‣ Comunicação: 11 comunicados de imprensa, edição semanal do Noticiário Ornitológico; seis artigos na Pardela, representação da SPEA em mais de 32 eventos públicos, vários artigos nas revistas da CAP, Caça, etc., contacto constante com jornalistas e apoio ao programa de actividades para os sócios. Departamento de Conservação - Programa Terrestre Coordenador: Domingos Leitão Staff: Julieta Costa e Hugo Sampaio Atlas das Aves Migradoras e Invernantes: Comissão Científica Atlas: Domingos Leitão, Helder Costa, Pedro Geraldes, Carlos Godinho, Julia Almeida, Pedro Sepúlveda, Rita Melo, Afonso Rocha e Frederico Lobo; Apoio Atlas: Vanessa Oliveira, Ana Meirinho, Hugo Sampaio, Carlos Godinho; Coordenadores Regionais Atlas: Miguel Cardoso, Paulo Travassos, Pedro Cardia, Barbara Fráguas e José Jambas, Paulo Tenreiro, Eduardo Realinho, Helder Cardoso, Carlos Pacheco, Henk Feith, Carlos Cruz (KAU), Vitor Encarnação, Ana Teresa Marques, Marcial Felgueiras, João Tiago Tavares, Isabel Fagundes, Carlos Pereira; Colaboradores Atlas: Agostinho Alves Tomás, Alexandra Filipa Soares Rodrigues, Alexandre Hespanhol Leitão, Alfonso Godino, Alice Gama, Álvaro Reis, Ana Alexandra Fonseca, Ana Carolina Ferraz, Ana Cesário, Ana Coelho Ferreira, Ana Isabel Fagundes, Ana Lopes Pereira, Ana Luísa Catarino, Ana Margarida Marques, Ana Maria Pereira, Ana Penteado, Ana Teresa Marques, Ana Teresa Pereira, André Antunes, André Ornelas Ferreira, Andreia Dias, António Antunes Gonçalves, António Barreira, António Ginja, António Mendonça, António Monteiro, António Vasconcelos, Bárbara Fráguas, Bernardo Conde, Bruno Leitão, Carlos Almeida, Carlos Carrapato, Carlos Cruz (Kau), Carlos Franco, Carlos Godinho, Carlos Jorge Marques, Carlos Magalhães, Carlos Manuel Duarte de Almeida Magalhães, Carlos Pacheco, Carlos Pedro Santos, Carlos Silva, Carlos Vilhena, Catarina Dopico, Cátia Gouveia, Cátia Sofia Matos, Claire Duchenne, Cláudio Ferreira, Cláudio Heitor, Clive Viney, Daniela da Costa, Daniela da Costa, Dário - Relatório Anual 2011 – 17/56 - Cerejeira, David Amaro, David Correia, David Guimarães, Domingos Leitão, Edgar Ribeiro, Eduardo Mendes, Eduardo Realinho, Fernando Gaspar, Fernando Leão, Filipe Canário, Filipe Ceia, Filipe Martins, Francisco Azevedo, Francisco Barros, Francisco Conceição, Francisco Maia, Francisco Morinha, Frederico Lobo, Georg Schreier, Gonçalo Hilário, Helder Cardoso, Helder Costa, Hélder Vieira, Helena Batalha, Helena Campos, Henk Feith, Hernani Mesquita, Hugo Sampaio, Hugo Velez, Hugo Zina, Inês Rangel, Inês Roque, Isidoro Teodoro, Ivo Coelho, Jaime Braga Bairos, Joana Cruz, João Adrião, João Castellano, João Farminhão, João Gaiola, João Guilherme, João Luís Almeida, João Manuel Monteiro, João Monteiro, João Nunes, João Paulo Carvalho, João Petronilho, João Quadrado, João Rodrigues, João Tiago Tavares, Joaquim Muchaxo, Joël Bried, Jorge Amaral, Jorge Antunes, Jorge Cardoso, Jorge Safara, Jorge Santos, Jorge Silva, José Antunes, José Conde, José Jambas, José Marques, José Miguel Oliveira, José Paulo Cortez, José Paulo Monteiro, José Pinto, José Ramón, Júlio Reis, Leila Duarte, Luís Carreira, Luis Côrte-Real, Luís Costa, Luís de Sousa, Luis Guilherme Felizardo de Sousa, Luís Nogueira dos Santos, Luís Santos, Luis Silva, Luis Sousa, Luís Venâncio, Luís Vieira, Magnus Robb, Manuel Aldeias, Manuel Dias Matos, Manuel Jorge Díez dos Santos, Manuel Jorge Santos, Manuel Vasconcelos Abreu, Manuela Nunes, Marc Van Dalém, Marcial Felgueiras, Marco Garcia, Marco Nunes, Marco Nunes Correia, Maria do Rosário Rodrigues, Maria João Cunha, Maria Margarida Azeredo, Mário Costa, Mário do Carmo, Mário Estevens, Mário Ferreira, Mário Santos, Marisa Gomes, Marta Acácio, Marta do Céu Francisco, Marta Fonseca, Mena Ferreira, Miguel Cardoso, Miguel Gaspar, Miguel Mendes, Milene Matos, Natália Melo, Nelson Pereira, Nuno Barros, Nuno Cidraes-Vieira, Nuno Faria, Nuno Guégués, Nuno Luz, Nuno Martins, Nuno Oliveira, Nuno Santos, Paulo Alves, Paulo Belo, Paulo Encarnação, Paulo Ferreira, Paulo Paixão, Paulo Tenreiro, Paulo Travassos, Pedro Barão Cunha, Pedro Cardia, Pedro Correia, Pedro Fernandes, Pedro Geraldes, Pedro Grilo, Pedro Loureiro, Pedro Lourenço, Pedro Miguel Araújo, Pedro Mónica Baptista Ribeiro, Pedro Nicolau, Pedro Pereira, Pedro Ramalho, Pedro Ramos, Pedro Salgueiro, Pedro Sepúlveda, Raquel Tavares, Ricardo Barrela, Ricardo Belo, Ricardo Brandão, Ricardo Ceia, Ricardo Jorge, Ricardo Lima, Ricardo Nabais, Ricardo Ramalho, Rúben Coelho, Rui Caratão, Rui Ferreira, Rui Lourenço, Rui Marcão, Rui Massano, Rui Morgado, Rui Pedro Mendes Correia Caratão, Rui Pucarinho, Rute Costa, Samuel Infante, Samuel Sousa, Samuel Viana, Sérgio Bruno Ribeiro, Sérgio Correia, Sérgio Doutor, Sérgio Marques, Sérgio Timóteo, Sofia Cruz, Sofia Freitas, Susana Biber Rodrigues, Susana Peixoto, Tânia Abelha, Vicente Olazabal, Vitor Encarnação Coordenadores IBAs: Hugo Sampaio, Julieta Costa, Isabel Fagundes; Vigilantes de IBAs: Ana Isabel Fagundes, António Vasconcelos, Sara Riso, Barbara Fraguas, Alice Gama, José Ferreira, Paulo Travassos, Cláudia Ferraz, Cláudia Rato, Anne Bartlett, Ricardo Nabais, João Neves, Pedro Pires, Samuel Infante, Miguel Lecoq, José Conde, Filipe Martins, João Paulo Batista, Ricardo Jorge Lopes, Jael Palhas, Susana Velazques, Michael Armelin, Sónia Borges, Graça Ribeiro, Ana Meirinho, Lurdes Parracho, Joana Andrade, Eliana Sales, Marco Pires, Sarah Oliveira, João Paulo Silva, Ivo Coelho, Carlos Vilhena, João Carlos Claro, Duarte Quintas, Alexandre Leitão, Luís Venâncio, Sérgio Rolo, Nuno Barros, Nelson Fonseca, Miguel Mendes, João Pinto, Márcio Alexandre, Rui Eufrásia, Simon Wates, Teresa Saraiva, Miguel Pais, João Ministro, Tânia Correia, Rui Pimentel, Cátia Gouveia, Rosa Pires Coordenação CAC: Ricardo Martins, Julieta Costa, Ana Leal, Ana Teresa Marques, Ana Isabel Fagundes, Hugo Sampaio, Domingos Leitão; Gestão de base de dados CAC: Ana Meirinho; Colaboradores CAC: Alice Gama, António Monteiro, Carlos Santos, Fernando Romão, Helena Campos, Hugo Sampaio, João Quadrado, Jorge Amaral, Luísa Catarino, Marco Nunes, Mário Santos, Paulo Belo, Ricardo Timóteo, Agostinho Tomás, Alexandra Carvalho, Alexandra Fonseca, Ana Leal, Ana Rita Ferreira, António Rosa, António Xeira, Bernard Brookes, Bruno Pinto, Carla Pacheco, Carlos Carvalho, Carlos Pacheco, Carolina Bloise, Cláudio Heitor, David Hurst, Domingos Leitão, Eurico Correia, Filipe Canário, Gonçalo Elias, Hany Alonzo, Hélder Conceição, Henk Feith, Inês Henriques, Joana Andrade, Joana Santana, João Pedro Pina, Jorge Cancela, Jorge Coimbra, José Alberto, José C. Ferreira, José M. Coxo, José Paulo Monteiro, Júlio Reis, Luís Carreira, Luís Carvalho, Luís Gordinho, Luís Reino, Luís Santos, Luís Sousa, Luís Silva, Luís Venâncio, Luís Vieira, Manuel Diez Santos, Manuel Matos, Marco Correia, Michael Armelin, Miguel Canaverde, Miguel Gaspar, Miguel Lecoq, Nadine Pires, Paulo Alves, Paulo Catry, Pedro Fernandes, Pedro Loureiro, Pedro Lourenço, Raquel Tavares, Ricardo Correia, Ricardo Tomé, Rita Arnauth Moreira, Rogério M. Pereira, Rui Marcão, Rui Massano, Rui Morgado, Susana Rosa, Susana Pereira, Vanda Miravent, Verónica Bogalho, Virgínia P. Castro, Afonso Rocha, Alexandre Leitão, Ana Teresa Marques, Cristina Cardoso, Carlos Carrapato, Carlos Godinho, Carlos Pereira, Carlos Vilhena, Clive Viney, Colm Moore, Daniel Sobral, David Borralho, David Santos, Elsa Fernandes, Filipe Dias, Francisco Conceição, Francisco Maia, Francisco Pereira, Frank McClintock, Guillaume Rethoré, Helder Costa, Ivo Coelho, Israel Silva, João C. Rodrigues, João Carvalho, João Guilherme, João Rodrigues, João Tiago Tavares, John Burton, José Antunes, José Eduardo, José M. Pereira, José Rodrigues, Leila Duarte, Luís Costa, Marcial Felgueiras, Michael Armelin, Miguel Braga, Miguel Capelo, Miguel Gaspar, Miguel Mendes, Nuno Matadouro, Nuno Martins, Paulo Pinto, Pedro Grilo, Pedro Pereira, Ricardo Belo, Ricardo Martins, Ruben Rodrigues, Rui Lourenço, Rui Rebelo, Rui Rufino, Sónia Antunes, Sérgio Elias, Simon Wates, Susana - Relatório Anual 2011 – 18/56 - Reis, Teresa Saraiva, Thys Valkenburg, Tiago Carvalho, Vítor Azevedo, André Batista, Andreia Proença, Carla Veríssimo, Carlos Pereira, Cecília Melo, Jaime Braga Bairos, João Estevan, Luís Aguiar, Marlene Nóia, Michelle Goh, Rui Botelho, Rui Pimentel, Sandra Hervias, Tânia Pipa, Verónica Neves, Vitor Coelho, André Ferreira, Cátia Freitas, Cátia Gouveia, Isabel Fagundes, Luís Nunes, Marta Nunes, Pedro Augusto, Pedro Sepúlveda, Bruno Aveiro Coordenação CANAN: Domingos Leitão; Colaboradores CANAN: Tiago Rodrigues, Ana Luísa Machado, Pedro Moreira, Mário Santos, Ana Alexandra da Fonseca, Jose Pedro Tavares, Raquel Tavares, Carlos Pacheco, Vitor Garcia, Henk Feith, Ricardo Silva, Domingos Leitão, Artur Leitão, Nuno Oliveira, José Oliveira, Ricardo Belo, Agostinho Tomás, Manuel Matos, Marco Correia, Paulo Alves, Arnaldo Cruz, Daniel Magalhães, Pedro Geraldes , Manuel dos Santos, Carlos Vilhena, Nuno Soares, Paula Martins, Glenis Vowles, Ralph Vowles, Miguel Mendes Coordenação Chegadas: Henk Feith; Apoio tratamento de dados Chegadas: Luis Reino, Joana Santana; Colaboradores Chegadas: Isidoro S. Teodoro, Miguel Braga, A. Sousa, Joana Andrade, Miguel Cardoso, Afonso Rocha, João Ferreira, Miguel Gaspar, Agostinho Tomás, João Godinho, Alexandra Fonseca, João Guilherme, Miguel Rolo, Alexandre Leitão, João Paulo Carvalho, Nelson Fonseca, João Pereira, Nelson Pereira, Álvaro Reis, João Pinto Godinho, Nigel Jackson, Ana Luísa Catarino, João Rodrigues, Nuno Cidraes Vieira, Ana Marquês, João Tiago Tavares, Nuno Morgado Martins, André H, João Tomás, Nuno Oliveira, Andreia Dias, Joaquim Muchaxo, Nuno Soares, Joost Valkenburg, Patrícia Rodrigues, António Antunes Gonçalves, Jorge L. Duarte, Paulo Alves, António Cunha Pereira, Jorge Menezes, Paulo Barros, António Monteiro, Jorge Safara, Paulo Catry, António Pereira, Jorge Vicente, Paulo Dias, António Ribeiro, José Antunes, Paulo Eduardo Cardoso, António Rosa, José Conde, Paulo Maio, António Xeira, José Costa, Paulo P. Pinto, Beatriz Ginja, José de Sousa, Paulo Paixão, Camilo Carneiro, José Eduardo, Paulo Pereira, Carlos Godinho, José Guerra, Paulo Tenreiro, Carlos Pacheco, José Paulo Monteiro, Pedro Cardia, Carlos Patrício, José Prata dos Reis, Pedro Correia, Carlos Santos, José Rodrigues, Pedro Fernandes, Carlos Vilhena, Pedro Horta, Cátia Marques, José Viana, Pedro Loureiro, Claúdia Ferreira, Júlio Neto, Pedro Lourenço, Cláudia Ferreira, Júlio Reis, Pedro Marques, Clive Viney, June Taylor, Pedro Martins, Coelho C, Kelle Moreau, Pedro Moreira, Daniel Fortuno, Pedro Pereira, David Rodrigues, Ligia Batalha, Pedro Ramalho, Dennis Cotton, Lisete Matos, Peter Dedicoat, Dinis Cortes, Luís Almeida, Rafael Matias, Domingos Leitão, Luís Costa, Raquel Neves dos Santos, Luís Gordinho, Raquel Tavares, Edgar Gomes, Luís Guilherme, Ricardo Ceia, Eduardo Realinho, Luís Ramos, Ricardo Nabais, Emanuel Ribeiro, Luís Reino, Ricardo Tomé, Fernando Serra, Luís Rodrigues, Rita Ferreira, Filipa Bragança, Luís Santos, Rui Caratão, Filipe Martins, Luís Sarmento, Rui Constantino, Francisco Barros, Luís Venâncio, Rui Marcão, Francisco Conceição, Luísa Catarino, Samuel Infante, Frank McClintock, Magnus Robb, Sara Carvalho, Frank Spaapen, Manuel Jorge dos Santos, Sara Roda, Frederico Morais, Manuel Malva, Simon Wates, Frederik Ström, Manuel Matos, Stuart MacKay, Manuel Vasconcelos Abreu, Teresa Catry, Gonçalo Elias, Marco Fachada, Thys Valkenburg, Guillaume Réthoré, Margarida Azeredo, Tiago Correia, Helder Cardoso, Maria de Sousa, Tiago Ventura, Helder Vieira, Maricée Ten Bosch, Tim van Nus, Helena Batalha, Mário Carmo, Henk Feith, Mário Estevens, T Voerle, Hugo Rodrigues, Mário Pinto, Vitor Gago, Hugo Sampaio, Matthias Tissot, Vitor Garcia, Hugo Zina, Mauro Machado, Inês Catry Coordenação NOCTUA: Rui Lourenço, Inês Roque, Ricardo Tomé; Colaboradores NOCTUA: Adriana Silva, Agostinho Tomás, Alexandra Fonseca, Alexandre H. Leitão, Ana Cordeiro, Ana Jones, Ana Laborda, Ana Marques, Ana Meirinho, Ana Teresa Marques, André Aguiar, Andreia Dias, Carlos Godinho, Carlos Pacheco, Célia Gomes, Clara Silva, Cláudio Luzio Dias, David Rodrigues, Domingos Francisco, Dyana Reto, Edgar Gomes, Eduardo Realinho, Fábia Azevedo, Fernando Pereira, Filipa Machado, Filipe Canário, Filipe Gomes, Francisco Morinha, Gil Costa, Hany Alonso, Helena Batalha, Hélia Gonçalves, Hugo Laborda Sampaio, Hélder Soares, Hugo Zina, Inês Henriques, Inês Roque, Irina Oliveira, Joana Andrade, Joana Domingues, Joana Figueiredo, João Quadrado, João Rabaça, João Tiago Marques, João Tiago Tavares, Jorge Henriques, José Carlos Morais, Julieta Costa, Lígia Batalha, Lourenço Marques, Lúcia Lopes, Luís Novo, Luís Rosa, Luís Rui Custódia, Luís Venâncio, Luísa Catarino, Manuel Matos, Marco Mirinha, Mariana Marques, Mário Carmo, Mário Estevens, Marisa Arosa, Michal Puchir, Nadine Pires, Nélia Penteado, Nuno Barros, Nuno Faria, Nuno Oliveira, Paulo Alves, Paulo Cardoso, Paulo Catry, Pedro Salgueiro, Pedro Costa, Pedro Moreira, Pedro Pereira, RIAS, Ricardo Brandão, Ricardo Ceia, Ricardo Monteiro, Ricardo Nabais, Ricardo Tomé, Rita Ferreira, Rui Lourenço, Sara Araújo, Sérgio Correia, Susana Costa, Thijs Valkenburg, Tiago Rodrigues, Vanessa Oliveira, Vítor Nascimento Coordenação do Noticiário Ornitológico: Nuno Cidraes-Vieira, Hugo Sampaio, Domingos Leitão; Apoio ao Noticiário Ornitológico: Stuart MacKay, Susana Costa, Susana Alves Coordenação projeto Linhas elétricas: Julieta Costa; Assistente do projeto Linhas Elétricas: Rita Moreira; Colaboradores Linhas Elétricas: Joana Cruz, Ana Andrade, Carlos Magalhães, Diana Canas, José Pereira, Luís Avelar, Nuno Luz, Ricardo Timóteo, Sara Silva, Rui Pedro, Diogo Oliveira, Maria do Rosário Vitorino - Relatório Anual 2011 – 19/56 - Grupo de Trabalho em águia-de-bonelli: Rita Ferreira, Jorge Vicente, Luis Palma Financiamentos por: Fundação EDP, Programa da Rede Rural Nacional, EDP Distribuição, ANA Aeroportos de Portugal, Programa Leonardo Da Vinci, Entidades parceiras: Labor/Universidade de Évora, ICNB, Parque Natural da Madeira, Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (Açores), Associação Portuguesa de Anilhadores de Aves, A Rocha, Agrupamento Vertical de Escolas de Portel, Associação Natureza e Transumância, Parque Biológico de Gaia, Escola Superior Agrária de Viana do Castelo, Gabinete de Planeamento e Políticas (Ministério da Agricultura), Pan-European Common Bird Monitoring Scheme, Biodiversity4All, CERVAS/ALDEIA, Confederação dos Agricultores de Portugal, Liga para a Proteção da Natureza, Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, EDP Distribuição, Quercus, SEO/BirdLife, Royal Society for the Protection of Birds, University of Cambridge, Biosfera I, Plataforma Sabor Livre, Associação para Gestão Florestal Responsável, Almargem, ARH-Algarve, ARH-Alentejo - Relatório Anual 2011 – 20/56 - Departamento de Conservação / Programa Marinho Este Programa, criado em 2005 e que teve como sua origem o projeto LIFE “IBAs Marinhas”, constitui já toda uma referência em Portugal e na rede Europeia da BirdLife International. Ao longo de 2011, a implementação de três grandes projetos no Continente e nos Açores, junto de muitos outros onde a SPEA é parceira, marcaram o dia a dia do nosso grupo de colaboradpres. Além das atividades ligadas diretamente aos projectos, a equipa marinha participou intensamente em muitas outras atividades de lóbi, de influência política e advocacy, voluntariado ambiental e participação em processos de consulta pública. No Continente, dois projetos ocuparam a maior parte do nosso tempo: o projeto Interreg FAME (Future of the Atlantic Marine Environment) e o início do projeto LIFE MARPRO demonstraram a importância de continuar a monitorização marinha e a recolha de dados muito valiosos da distribuição das aves marinhas na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal continental. O trabalho do novo pessoal contratado, ao nível da preparação e execução das ações de campo, atualização e análise de dados e divulgação, foi fundamental para cumprimento das ações previstas. A colaboração junto de outras instituições públicas e privadas demonstrou, mais uma vez, a importância de estabelecer parcerias multidisciplinares. O resultado é um enorme volume de novos dados, obtidos maioritariamente através de censos marinhos, mas também através de censos costeiros, observações de aves arrojadas nas praias ou observações pontuais, que continuaram a atualizar e reforçar, de forma ininterrupta, a base de dados de aves marinhas da SPEA, uma base de dados que começou em 2004 e que já é, sem dúvida nenhuma, a maior e mais atual recompilação da avifauna marinha portuguesa. O Projeto LIFE+ Ilhas Santuário para Aves Marinhas, a decorrer nas ilhas açorianas de Corvo e São Miguel, entrou no seu terceiro e mais decisivo ano, com a construção da vedação antipredadores na primeira reserva propriedade da SPEA, a primeira em todo o hemisfério norte no que diz respeito à criação de áreas terrestres livres de predadores, e portanto ideais para a nidificação de aves marinhas. Foi sem duvida a ação mais importante de entre muitas outras, que certamente irá transformar a paisagem da ilha a longo prazo. Como referido no anterior relatório, desde 2009 que o Coordenador do Programa Marinho da SPEA é também o Coordenador do Programa Marinho Europeu, e assim a implicação internacional do nosso trabalho continuou a ser uma prioridade. Em Bruxelas, cabe destacar a - Relatório Anual 2011 – 21/56 - definição da primeira Estratégia Marinha Europeia, elaborada em conjunto com todos os parceiros da BirdLife International, e a criação de um grupo de trabalho especialista em aves marinhas e conservação. O grupo, chamado “European Marine Task Force, coordenará todas as atividades, projetos e recolha de dados realizada na Europa e servirá como fórum de debate a nível continental. Mas o trabalho da equipa marinha da SPEA não ficou apenas nos projetos principais. Foram implementados muitos projetos de monitorização marinha que contaram com a colaboração de inúmeros voluntários, os projectos Arenaria e os dias RAM são dois excelentes exemplos. A enorme quantidade de dados, tão úteis nos processos de discussão pública, dos quais a SPEA é proprietária, não existiria sem o apoio desinteressado de tantas pessoas, que nos ajudam e colaboram de forma constante, e sem as quais não poderíamos ter chegado tão longe. Finalmente, cabe destacar o esforço realizado junto das instituições nacionais e europeias para conseguir uma melhor e mais efetiva proteção do nosso mar e das suas espécies. Infelizmente, os resultados ainda não são os esperados, o Governo Português continua sem declarar como legalmente protegidas nenhuma das IBA marinhas identificadas em 2008, e em 2012 a SPEA irá realizar uma queixa oficial junto da Comissão Europeia. A cagarra Calonectris diomedea foi a Ave do Ano em 2011 eleita pelos sócios da SPEA. Classificada com o estatuto de ameaça de “Vulnerável” em Portugal continental e “Pouco preocupante” nas ilhas pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, os números de cagarra têm vindo a diminuir ao longo dos anos. A poluição marinha por hidrocarbonetos, a mortalidade associada a algumas artes de pesca e a introdução de predadores nos locais de nidificação, são ameaças sérias que têm posto em risco o futuro da espécie. Ao longo de 2011, a SPEA tem vindo a alertar a opinião pública para o declínio global das aves marinhas e a Cagarra tem sido o símbolo de diversas campanhas e projetos atualmente a decorrer, LIFE Ilhas Santuário para as aves marinhas, FAME, Projecto de Diagnóstico e Minimização do Impacte da Iluminação Pública nas Aves Marinhas, LIFE Ilhéus do Porto Santo, LIFE MarPro. Projeto LIFE Ilhas Santuário para Aves Marinhas O projecto entrou no seu terceiro ano, tendo a maior partes dos objectivos sido conseguidos, e a generalidade das acções decorre de acordo com o previsto e dentro dos prazos e orçamento previstos, apenas havendo a registar algum atraso, devido à ocorrência de factores não previsíveis no início do projecto, na ação C2 (vedação anti-predadores), cuja construção foi finalizada em Outubro de 2011. Mais de 16.000 plantas foram criadas na estufa do Corvo em colaboração com a Escola Secundária Mouzinho da Silveira, das quais cerca de 10.000 já foram plantadas nas áreas de intervenção do projeto; no Ilhéu de Vila Franca do Campo, em colaboração com o projeto Laurissilva Sustentável, foram criadas em estufa milhares de plantas, das quais 8.000 já foram plantadas no ilhéu que apresenta muito bons resultados de crescimento de vegetação nativa, após o corte e erradicação das invasoras (sobretudo canas); continuaram os trabalhos de mapeamento da vegetação invasora; continuaram os trabalhos de censo de mamíferos invasores e de investigação das suas épocas de actividade e reprodução; foram realizadas várias sessões de esclarecimento público, e publicados vários artigos científicos e posters com os primeiros resultados do projeto; o projeto manteve activo o blogue e site oficiais, tendo mesmo o blogue sido considerado um exemplo de boa comunicação de um projecto LIFE pela equipa da unidade LIFE da Comissão Europeia; a vedação anti-predadores foi construída na reserva biológica, com técnicos da Nova Zelândia a auxiliar, dando o seu apoio técnico nesta acção pioneira; foram realizadas várias exposições e ações de educação ambiental, tanto no Corvo como em São Miguel; foi criado o site ‘Lua de mel no Corvo’ com um ninho de cagarro disponível na internet em tempo real e que foi visitado por mais de 25.000 pessoas de 70 países diferentes, no que constituiu um dos maiores sucessos de comunicação da SPEA. - Relatório Anual 2011 – 22/56 - Projecto Interreg FAME No segundo ano de execução do projeto foram desenvolvidas várias ações de campo, nomeadamente para recolha de informação de aves marinhas através de: censos marinhos (2 campanhas dirigidas a toda a costa continental a bordo do veleiro WILMA, e 2 campanhas a bordo do navio oceanográfico Noruega), censos costeiros mensais (contagens RAM em 5 a 6 pontos), censos de comportamento no cabo Raso e cabo Carvoeiro (quinzenais), censo da população reprodutora de cagarra nos ilhéus da Berlenga (completando o censo iniciado em 2010 para todo o arquipélago), colocação de GPS-loggers (39) e geolocators (24) em cagarras na ilha da Berlenga, campanha de construção e recuperação de caixas-ninho de cagarra na Berlenga (com a participação de 12 voluntários), censo preliminar da população reprodutora e colocação de geolocators em roques-de-castro no Farilhão Grande, e realização de transetos nas praias para deteção de aves arrojadas (cerca de 110 km na primavera e repetidos no outono). No âmbito da avaliação de interacções com as pescas foram realizados cerca de 100 inquéritos em 7 portos de pesca, e foram conduzidas as primeiras monitorizações a bordo de embarcações pesqueiras. Iniciou-se o desenvolvimento de uma plataforma webGIS que será concluída e actualizada em 2012. Em parceria com o Centro de Energia das Ondas foi promovido o workshop “Energias renováveis marinhas e Biodiversidade”, que decorreu em Peniche e contou com 60 participantes. No que diz respeito a divulgação, realizou-se em Oeiras um evento de promoção do projecto, que incluiu um passeio a bordo do veleiro WILMA com 7 jornalistas, algumas sessões de observação de aves no cabo Carvoeiro, foram produzidos vários materiais de divulgação (folheto, cartazes, t-shirts, painéis sobre as aves das Berlengas, sacos de pano), foi apresentado um póster científico no Congresso da SPEA e o site do projecto foi sendo constantemente actualizado e melhorado. Foram realizadas várias reuniões de trabalho com os parceiros nacionais, e a SPEA, como coordenadora do grupo “Managing Marine Environment”, organizou a 2ª reunião para todos os parceiros (que decorreu em Dublin), tendo ainda participado nas reuniões dos grupos “Gathering Data by Monitoring & Tracking” e “Communications”. Projecto LIFE MarPro No primeiro ano de execução do projeto, a SPEA coordenou as ações de compilação de informação e harmonização das plataformas de SIG em uso pelos parceiros (Ação A1), programa de voluntariado (D3) e Ações de formação para técnicos, voluntários e outros grupos interessados (E5). Sobre a ação relacionada com a abundância e distribuição das espécies alvo, os técnicos do Programa Marinho participaram na campanha realizada a bordo do navio Santa Maria Manuela. No Congresso da SPEA foi apresentado um póster sobre a avaliação de interações entre aves marinhas e pescas, realizada através de questionários a mestres de pesca. A SPEA esteve também presente no evento de lançamento do projecto, que decorreu em agosto, durante o Festival dos Oceanos (Parque das Nações). Base de dados marinha A SPEA conta com uma base de dados de censos marinhos, comum a todo o Programa Marinho, onde se encontram os dados dos censos visuais marinhos efetuados desde 2004 até ao presente. A base de dados encontra-se ligada a um Sistema de Informação Geográfica para visualização e análise dos resultados. Até final de 2011 foram realizados mais de 85.000 pontos de observação, em toda a região marítima de Portugal continental e ilhas, o que consiste em perto de 7.000 horas de observação. Foram identificadas mais de 140 espécies de aves, num total de cerca de 391.000 aves que foram observadas em todo o território português. - Relatório Anual 2011 – 23/56 - Departamento de Conservação - Programa Marinho Coordenador: Iván Ramírez Staff: Pedro Geraldes, Ana Meirinho, Joana Andrade, Ana Isabel Fagundes, Sandra Hervías, Carlos Silva, Nuno Oliveira, Tânia Pipa, Nuno Barros, Vanessa Oliveira, Colaboradores não contratados pela SPEA: Vítor Paiva (Universidade de Coimbra) Colaboradores voluntários: Ana Caldeira, Adelaide Silva, Adriana Silva, Afonso Rocha, Alexandra Fonseca, Alexandre Leitão, Ana Almeida, Ana Filipa Costa, Ana Gomes, Ana Henriques, Ana Laborda, Ana Paula Alminhana, Ana Rodrigues, Antonieta Nunes, António Gonçalves, António Paulino, Augusto Faustino, Beatriz Ginja, Bert Van der Auwermeulen, Bruno Aveiro, Cândida Delgado, Carla Gomes, Carla Pereira, Carlos Horta, Carlos Pereira, Cátia Freitas, Cecília Melo, Claire Duchenne, Cláudia Furtado, Cristina Maldonado, David Correia, Diogo Carvalho, Diogo Raposo, Diogo Silveira, Dionisio Sousa, Edgar Ribeiro, Eva Rosello Laporta, Fernando Cristovão Rodrigues, Filipa Bragança, Filipe Canário, Filipe Ceia, Filipe Moniz, Francisco Espírito, Gonçalo Hilário, Gonçalo Marques, Guillaume Rethore, Helena Batalha, Helder Silva, Hany Alonso, Holly Jukes, Hugo Zina, Inês Bravo, Inês Catry, Inês Gonçalves, Jaime Ramos, Jakob Katzenberger, Jane, Jannes andschoff, Joaquim Muchaxo, Joana Costa, Joana Miodonsky, Joana Ramírez, Joana Santana, Joana Soares, João Pereira, João Rodrigues, Jorge Cardoso, Jorge Menezes, José Amaral Marques, José Benedicto, José Bento, José Lemos, José Luís, José Manuel Monteiro, José Paulo Monteiro, Julia Garcia Herrera, Júlio Reis, June Taylor, Kathrine Puttick, Karen Cunningham, Leila Duarte, Lucas Vinhas, Luís Aguiar, Luís Avelar, Luís Ferreira, Luís Queirós, Luís Santos, Marc Van Dalem, Márcia Pinto, Marco Faleiro, Marco Machado, Maria Helena Lopes, Maria Peixe Dias, Mário Estevens, Marisa Airosa, Maura Pacheco, Michael Armelin, Miguel Barreto, Miguel Conde Teira, Miguel Mendes, Nádia Sousa, Nélia Mestre, Nelson Pereira, Nigel Agar, Norberto Silva, Nuno Câmara, Nuno Rodrigues, Nuno Sarmento, Nuno Vieira, Patrícia Candelas, Paul, Paulo Catry, Paulo Travassos, Pedro Augusto, Pedro Domingos, Pedro Fernandes, Pedro Martins, Pedro Moreira, Pedro Rodrigues, Peter Dedicoat, Renata Martins, Ricardo Ceia, Ricardo Lima, Ricardo Tomé, Rita Bastos, Rui Costa, Rui Ferreira, Rui Lourenço, Rui Pedro, Rui Pimentel, Sandra Mealha, Sara Roda, Sérgio Correia, Sérgio Fernandes, Sérgio Ribeiro, Sónia Alexandre, Ophélie Reis, Otília Tavares, Tânia Basílio, Tatiana Leal, Teresa Catry, Teresa Melo, Thijs Valkenburg, Tiago Henriques, Tiago Pereira, Valentina Piacentini, Zeltia Lopez, Financiado por: Fundo Comunitário Life+ da Comissão Europeia, BirdLife International, Global Seabird Programme, Royal Society for the Protection of Birds, Espaço Atlântico (INTERREG) Instituições Parceiras: Departamento de Oceanografia e Pescas; Universidade dos Açores; Instituto do Mar; Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas; Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais da Madeira – Parque Natural da Madeira; Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade; Instituto Hidrográfico; Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Museu da Baleia da Madeira; Museu Nacional de HIstória Natural, Aeroclube de Portugal; Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem; Universidade do Minho; Centro de Energia das Ondas; Martifer; Associação Portuguesa Meridiano 10; Universidade de Aveiro; Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar - Relatório Anual 2011 – 24/56 - SPEA Madeira A SPEA Madeira teve um ano de 2011 em cheio, com o desenvolvimento de diversos projetos, censos e atividades, e que no final do ano foi coroado de sucesso com a realização do VII Congresso de Ornitologia da SPEA e das I Jornadas Macaronésicas de Ornitologia. 2011 ficou também marcado pela primeira candidatura da SPEA Madeira a um Life+, em que a SPEA é a beneficiária principal da candidatura, com a Direção Regional de Florestas e o Parque Natural da Madeira como parceiros. Este projecto visa a conservação do fura-bardos, subespécie endémica da Macaronésia que ocorre apenas na ilha da Madeira e no arquipélago de Canárias. Além dos trabalhos na ilha da Madeira a SPEA tem aumentado também a sua representação no Porto Santo, com a realização das diferentes ações do LIFE Ilhéus do Porto Santo, assim como a extensão à ilha vizinha do Censo de Mantas, Atlas das Aves Migradoras e Invernantes, CAC e Projeto Arenaria. Desta forma tem sido aumentada a nossa visibilidade junto da população e entidades públicas e privadas da ilha. No âmbito do programa anual da SPEA Madeira, além dos projetos específicos que são realizados, muitos dos quais com o apoio de voluntários, têm sido desenvolvidas diversas atividades direcionadas quer para os sócios como para o público escolar e população em geral, com destaque para o melhoramento do programa de educação ambiental. Atualmente contamos com 188 sócios na Madeira. Projeto Avaliação do Impacte das Linhas Elétricas de Média Tensão sobre algumas Espécies de Aves Vulneráveis (2009-2011) Foi com base nos resultados do estudo desenvolvido entre 2007 e 2008 que surgiu o presente projeto, o qual tem como principais objetivos i) identificar as principais áreas de ocorrência, estimativa populacional e a susceptibilidade de colisão da galinhola, roque-de-castro e almanegra nas linhas situadas na área do Paul da Serra e Caniçal, ii) apresentar medidas corretivas, de modo a reduzir o número de incidentes com estas espécies. Em 2011 continuaram-se as prospeções mensais das Linhas Elétricas em ambas as áreas de estudo e os postos de observação mensais para deteção da galinhola nas 4 linhas do Paul da Serra. De destacar que a EEM efetuou alterações na linha do Caniçal, reduzindo consideravelmente o seu comprimento e suprimindo o segmento mais problemático ao nível da mortalidade por colisão de almas-negras. Até dezembro de 2011 foram detetadas 52 aves mortas por interação com as linhas elétricas, 51 por colisão e apenas 1 por electrocussão. O - Relatório Anual 2011 – 25/56 - maior número de registos de mortalidade por colisão afetam a alma-negra, com dez casos, seguida da gaivota-de-patas-amarelas, com oito ocorrências, e da galinhola com seis. Durante este ano foram analisados os dados referentes ao I Censo da Galinhola e elaborado o relatório referente aos mesmos. Os dados indicam a existência de uma população de 162 machos reprodutores. Estes dados foram apresentados sob a forma de póster no VII Congresso da SPEA. De acordo com os dados obtidos nos pontos de observação realizados nas linhas, verifica-se a interação de galinhola com as quatro linhas monitorizadas, quer em habitats de pastagem de montanha como também em urzal. Verifica-se uma sazonalidade nos contactos com esta espécie, sendo que no período compreendido entre os meses de julho e dezembro não foram obtidos contactos com machos em roding. Os dados dos primeiros 2 anos de projeto foram apresentados no seminário Linhas elétricas, Iluminação e Avifauna, inserido no VII Congresso da SPEA. Na página web da SPEA foi ainda criado um microsite dedicado ao projecto, onde foram incluídas diversas informações sobre o mesmo. Diagnóstico e Minimização do Impacte da Iluminação Pública sobre Aves Marinhas (2009-2011) Este projecto pretende identificar pontos na rede de iluminação pública com incidência problemática nas aves marinhas, assim como identificar as medidas de minimização necessárias para reduzir o número de incidentes verificados. Pretende-se desenvolver uma campanha de sensibilização junto dos municípios e população local, em especial junto das áreas mais sensíveis. Com este projecto pretendemos demonstrar que é possível e importante manter o balanço entre a vida selvagem e a saúde humana, segurança e interesses económicos. Em 2011 deu-se seguimento aos contactos com as autarquias e outras entidades com responsabilidade na colocação/definição de luminárias na faixa costeira da ilha, no sentido de alertar para esta problemática e apresentar propostas de alteração. Com o acordo das autarquias, a EEM implementou alterações em 5 localidades (Caniçal, Machico, Caniço, Calheta e Jardim do Mar) que se refletiram em significativa poupança energética, na ordem dos 7323 kWh/mês, o que corresponde ao total de 752,07 €/mês. Todas estas alterações foram monitorizadas pela SPEA e efetuados pontos de escuta para avaliar o efeito das alterações na atividade das aves marinhas. Em 2011 continuou-se a desenvolver a campanha de divulgação e sensibilização, nas quais participaram 675 pessoas, o que se refletiu também no aumento do número de aves marinhas recolhidas – 127, em especial cagarras e almas-negras. Os dados dos primeiros 2 anos de projeto foram apresentados no seminário Linhas elétricas, Iluminação e Avifauna, inserido no VII Congresso da SPEA. Na página web da SPEA foi ainda criado um microsite dedicado ao projecto, onde foram incluídas diversas informações sobre o mesmo, assim como os primeiros resultados da recolha de aves marinhas encandeadas. Projeto LIFE Ilhéus do Porto Santo (2010 – 2014) Projecto desenvolvido pelo Serviço do Parque Natural da Madeira com parceria com a SPEA, cujo objetivo é garantir que os ilhéus do Porto Santo e a área marinha adjacente atinjam um estatuto de conservação estável e auto-sustentável. Além da recuperação do habitat de nidificação das aves marinhas, prevê-se continuar com o seguimento das aves marinhas nidificantes nestes ilhéus, assim como melhorar a iluminação pública do Porto Santo de forma a minimizar o impacte sobre as mesmas. Em Maio de 2011 teve lugar o Workshop de apresentação do projeto em que todos os grupos de trabalho (aves, moluscos, flora, invasoras, etc) foram dados a conhecer e apresentados os principais objetivos a cumprir. Neste workshop a SPEA apresentou a situação da iluminação pública no Porto Santo e a campanha de recolha de aves marinhas. Em 2011 deu-se início a algumas das acções previstas, nomeadamente seguimento de pintainhos e cagarras do ilhéu de Cima (colocação de GLS loggers nos pintainhos e GPS loggers - Relatório Anual 2011 – 26/56 - nas cagarras), prospeção em terra e por mar de possíveis áreas de nidificação do garajau-rosado e realização de censos marinhos entre Madeira e Porto Santo com o apoio da Porto Santo Line e Museu da Baleia. Foi ainda realizada a primeira reunião do grupo de trabalho para a elaboração do plano de minimização dos efeitos negativos da iluminação pública sobre as aves marinhas, que inclui elementos da CM Porto Santo, PNM, EEM e SPEA, implementado o programa de recolha de aves marinhas encadeadas e realizadas palestras nas escolas para divulgação do projeto e sensibilização para a recolha de aves marinhas. VII Congresso de Ornitologia da SPEA Pela primeira o congresso nacional da SPEA teve lugar fora de Portugal continental e em 2011 a cidade escolhida foi Machico, na ilha da Madeira. Este evento incluiu também a realização das I Jornadas Macaronésicas de Ornitologia, contando com a participação de elementos dos 4 arquipélagos (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde) A SPEA Madeira deu apoio na organização do evento, nomeadamente na seleção do espaço, angariação de apoios e patrocínios, organização do programa não-científico, divulgação do evento, organização de alojamentos e transportes e organização do seminário Linhas elétricas, Iluminação e Avifauna. Projecto LIFE Eco-Compatível (2010-2014) Este projecto é desenvolvido pelo Serviço do Parque Natural da Madeira em parceria com a SPEA e tem como objetivo comunicar para a sustentabilidade socio-económica, usufruto humano e biodiversidade em Sítios da rede Natura 2000 no arquipélago da Madeira. Desta forma pretendese reforçar e melhorar a compatibilidade das atividades com impacto socio-económico e cultural, tais como turismo, pesca e agricultura, com a gestão das reservas naturais, habitats e espécies listadas na Rede Natura 2000. Em 2011 foi dada continuação à elaboração dos manuais de boas práticas para agricultores, pescadores e agentes ligados à actividade turística, assim como foram iniciados os inquéritos aos pescadores sobre bycatch. Projeto LIFE SOS Freira-do-bugio A freira-do-bugio Pterodroma deserta é uma das espécies mais ameaçadas da Europa e este projeto, coordenado pelo Parque Natural da Madeira, tem como objectivo assegurar a área de nidificação da espécie no Bugio, nas ilhas Desertas, e adquirir conhecimento sobre os locais de ocorrência no mar. Durante o ano 2011 foram efetuadas revisões aos textos da monografia e acompanhado o trabalho junto do designer. O evento de lançamento do livro teve lugar em outubro, fechando assim os trabalhos no âmbito deste projecto. Projeto Puffinus O Projeto Puffinus visa a conservação do patagarro Puffinus puffinus no Parque Ecológico do Funchal e teve início em 1994. Desde 2005 que a SPEA é parceira deste projeto que atualmente tem como objectivos i) o controlo de predadores nas áreas de nidificação, ii) a aquisição de conhecimento sobre a ecologia da espécie, iii) a divulgação do projeto na comunidade escolar e população geral. Este projeto reveste-se de grande importância pelo facto de esta espécie ser pouco conhecida, nomeadamente os seus hábitos reprodutores e requisitos ambientais. Este desconhecimento, que é generalizado para os arquipélagos da Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias) deve-se essencialmente à dificuldade de descobrir os seus ninhos, em escarpas de difícil acesso. Em 2011 os trabalhos foram essencialmente dedicados à recuperação do vale de Santa Luzia, fortemente fustigado pelo temporal de fevereiro de 2010 e pelo incêndio de agosto de 2010. - Relatório Anual 2011 – 27/56 - Foram realizadas acções de voluntariado para realização de dispersão de sementes, plantação, recuperação dos trilhos e da casa de apoio. De forma a angariar fundos para a continuação dos trabalhos e aquisição de material de montanha, equipamentos de segurança, construção de ninhos artificiais e aquisição de aparelho para emissão de chamamentos, foi submetida uma candidatura ao fundo Mark Constantine (aguarda resposta) e organizado um leilão silencioso que foi desenvolvido durante o VII Congresso da SPEA e no qual foram angariados cerca de 300 €. Atlas das Aves Nidificantes da Madeira Desenvolvido em parceria com o Parque Natural da Madeira, tem como principais objetivos conhecer a distribuição de todas as espécies que nidificam no arquipélago da Madeira. Teve início em 2009 e prolonga-se por 3 anos. Em 2011 deu-se continuidade à realização das visitas sistemáticas e aumentou-se o tempo dedicado à realização de visitas não sistemáticas com o apoio do staff e estagiários da SPEA. Foi realizado o censo de garajaus no Porto Santo. O website foi actualizado com os dados de 2011 e contactados voluntários para colaborar nos registos casuais e visitas não sistemáticas. Atlas das Aves Invernantes e Migradoras Este Atlas tem como objetivo obter informação acerca da distribuição e abundância relativa de todas as espécies de aves invernantes e migradoras em Portugal continental e arquipélagos dos Açores e Madeira. Na Madeira a SPEA ficou responsável pela angariação de voluntários, distribuição de quadrículas e validação dos dados. No 1º ano do Atlas foram cobertas 12 quadrículas, incluindo a ilha do Porto Santo, com a colaboração de 11 voluntários. Censo de Mantas A manta Buteo buteo é uma das três aves de rapina diurnas que ocorre no arquipélago da Madeira, sendo esta a de maiores dimensões. Este censo, que teve início em 2006, é baseado no conceito de “Cidadania pela Ciência” no qual é reconhecido a importância da participação de cidadãos voluntários para o sucesso do projecto. Em 2011 o censo contou com a maior participação de voluntários de sempre (35), que conseguiram cobrir grande parte da ilha da Madeira e Porto Santo. O censo foi amplamente divulgado na imprensa regional. Programas de monitorização na Madeira O Censo de Aves Comuns (CAC) é um programa de monitorização a longo prazo de aves comuns nidificantes e seus habitats, em Portugal. Este projeto tem sido realizado na Madeira desde 2004. O CAC no arquipélago da Madeira foi assegurado por 8 colaboradores que efectuaram 9 quadrículas, incluindo a ilha do Porto Santo. O Projecto Arenaria tem como objectivo a monitorização anual das praias de Portugal continental e ilhas, de modo a obter dados que permitam avaliar as tendências populacionais das aves, em particular as limícolas, que utilizam a faixa não estuarina da costa portuguesa durante o Inverno. Durante 2011, no arquipélago da Madeira foram cobertas 9 praias, incluindo o Porto Santo, com a colaboração de 10 voluntários A RAM (Rede de observação de Aves e Mamíferos Marinhos) é uma rede de observação de aves marinhas que se iniciou ao largo das costas Cantábricas e Galegas e atualmente foi alargada a toda a Península Ibérica, incluindo a costa portuguesa e os arquipélagos da Madeira e Açores. Na Madeira foram asseguradas contagens mensais em pelo menos um posto de observação, localizado no Porto Moniz. Estas contagens contaram com a participação de 8 elementos, entre Staff SPEA e voluntários. - Relatório Anual 2011 – 28/56 - Newsletter SPEA-Madeira – A SPEA na Madeira necessitava de um contacto mais direto com os sócios residentes no arquipélago, de forma a divulgar e promover as suas atividades e projetos em desenvolvimento. Durante o ano 2011 a newsletter foi enviada quinzenalmente para cerca de 190 contactos. Serviço Voluntariado Europeu O SVE permite aos jovens levar a cabo serviço de voluntariado com uma duração de até 12 meses num país que não o seu país de residência. Este serviço é um programa de aprendizagem não formal que permite aos voluntários adquirirem novas competências e aprenderem novas línguas, para além de descobrirem outras culturas. Durante 2011 foram submetidas 3 candidaturas mas apenas uma foi aprovada. A partir de março 2012 a SPEA Madeira contará com a colaboração de duas voluntárias espanholas pelo período de um ano. Programa de Educação Ambiental Em 2011 foi criado um programa de educação ambiental, com elaboração de plano de atividades educativas para distribuição entre a comunidade escolar e centros comunitários. Este programa contempla uma série de palestras (Bisbis e as Aves da Laurissilva, Reservas Marinhas do Arquipélago da Madeira, Aves Emblemáticas do Arquipélago da Madeira, Aves do Arquipélago da Madeira, A Cagarra e as Aves Marinhas do Arquipélago da Madeira) que são realizadas em escolas, lares de idosos, centros comunitários, casas do povo, entre outros locais. Em 2011 foram realizadas diversas palestras em todos os concelhos da ilha da Madeira que englobaram a participação de aproximadamente 200 pessoas. Também neste programa foram incluídos os cursos e as saídas de campo dirigidas a sócios e demais interessados. Foram realizadas 5 saídas de campo (Fim de semana nas Desertas, Passeio de caiaque, visita aos Balcões – no âmbito da Ciência Viva, visita à lagoa do Lugar de Baixo e visita à Reserva Natural da Rocha do Navio – no âmbito do 18º aniversário da SPEA). Nestas atividades participaram 31 pessoas. Foi realizado um curso de observação e identificação de aves migradoras no Porto Santo, em colaboração com a empresa municipal Porto Santo Verde, que contou com a participação de 21 pessoas. Monitorização de Aves nos Aeroportos da Madeira Em 2011 a SPEA Madeira foi contactada para apresentar uma proposta de minimização dos efeitos da avifauna nos aeroportos da Madeira e Porto Santo. O projeto foi aprovado no final do ano e terá início em fevereiro de 2012. - Relatório Anual 2011 – 29/56 - SPEA Madeira Coordenadora: Ana Isabel Fagundes Staff: Cátia Gouveia Estagiários: Bruno Aveiro, Eva Laporta, Patrícia Candelas, Salvadora Martínez Colaboradores e voluntários: Álvaro Pereira, Bruno, André Ferreira, Carla Dias, Carmo Rodrigues, Cátia Freitas, Dionísio Sousa, Fabrício Nunes, Gonçalo Direito, Gonçalo Vieira, Henrique José Rodrigues, João Nunes, José Ferreira, Laura Castelló, Lia Rodrigues, Llia Pereira, Luís Direito, Marco Paulo Abreu Mendonça, Maria de Jesus Nunes, Maria João Aveiro, Maria Ornelas, Maria Raquel Ferreira, Marília Aveiro, Mário Augusto, Marta Nunes, Micaela Melim, Mónica Lopes, Nádia Coelho, Nicola Castro, Nuno Rodrigues, Octávio Rodrigues, Pedro Augusto, Pedro Sepúlveda Monteiro, Renato Nunes, Roberto Moritz, Rosa Alves, Rui Alves, Sofia Freitas, Teresa Leão, Tiago Gomes, Vânia Dias, Vicente Reinecke, Victor Hugo Velosa e Victor Reinecke Financiamentos externos por: Comissão Europeia/Programa LIFE, EEM - Empresa de Electricidade da Madeira, Município do Funchal, Parque Natural da Madeira, Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais Instituições Parceiras: PNM – Parque Natural da Madeira e PECOF – Parque Ecológico do Funchal. Entidades Colaboradoras: Câmara Municipal do Porto Santo, Centro Ciência Viva do Porto Moniz, Direcção Regional de Juventude, Horizonte do Atlântico, Museu da Baleia, Porto Santo Line, Seaborn, Sea the best, Sociedade Porto Santo Verde, Sociedade Protectora dos Animais Domésticos - Relatório Anual 2011 – 30/56 - SPEA Açores Ao longo dos últimos anos a ação da SPEA nos Açores, tem sido dirigida fortemente para a preservação de espécies e habitats prioritários; espécies e habitats que enfrentam várias ameaças e que pela sua riqueza em termos de biodiversidade, muita dela endémica dos Açores, são dos mais importante patrimónios do arquipélago. Habitats que desempenham também importantes funções que afetam não só a Natureza mas também o Homem, são muitos os serviços que prestam a todos nós e cujo esforço para a sua recuperação é também um esforço para a melhoria direta da qualidade de vida das populações. Para além da conservação e estudo das espécies e habitats, tem sido um objetivo garantir a sua sustentabilidade a médio/longo prazo através de um maior envolvimento das pessoas e entidades, procurando compatibilizar a conservação de um importante e vasto património ambiental com o desenvolvimento económico sustentável das populações e da Região de forma a promover e garantir a conservação desta Natureza única. O trabalho feito com os vários parceiros na preparação da candidatura das Terras do Priolo à Carta Europeia de Turismo Sustentável será o melhor exemplo. O ano de 2011 foi de muito trabalho em todos os projetos desenvolvidos na Região, casos do LIFE+ Laurissilva Sustentável, LIFE+ Ilhas Santuário para as Aves Marinhas (ver Programa Marinho), das Linhas Elétricas e Avifauna, o Centro Ambiental do Priolo, etc. Em Ano Internacional das Florestas, muitas atividades foram feitas no sentido de divulgar a Floresta Natural dos Açores e as muitas espécies de flora nativa e endémica que enriquecem estas ilhas. Durante o ano de 2011 foram desenvolvidos nos Açores os seguintes projetos: ‣ Projeto LIFE+ Laurissilva Sustentável ‣ Centro Ambiental do Priolo ‣ Projeto Interação Aves e Linhas Elétricas (com a EDA) ‣ Projeto Censo Aves Comuns ‣ Atlas das Aves Invernantes ‣ Plano de monitorização do Priolo ‣ Censo de Milhafres - Relatório Anual 2011 – 31/56 - ‣ Desenvolvimento e apoio de outras atividades de monitorização, sensibilização e divulgação ‣ Projeto LIFE+ Ilhas Santuário para as Aves Marinhas (ver Programa Marinho) Projeto LIFE+ Laurissilva Sustentável Tendo como principal objetivo a recuperação e conservação dos habitats prioritários existentes na área da Zona de Proteção Especial do Pico da Vara/Ribeira do Guilherme na Ilha de São Miguel, nomeadamente áreas de floresta nativa (Laurissilva dos Açores) e de turfeiras de altitude dos Graminhais, procura desenvolver um conjunto de ações que permita a sustentabilidade desta região a longo prazo. Tem sido desenvolvido um vasto conjunto de ações de recuperação de habitat, de monitorização, ações experimentais para aumentar as áreas disponíveis, ações ao nível do turismo de natureza e ações de sensibilização e divulgação. Este projeto dedica também uma parte importante dos seus recursos para a produção de plantas nativas e endémicas que serão utilizadas em ações de replantação para reforço das áreas de floresta intervencionadas para controlo de espécies exóticas. Este projeto, que termina em 2012, é coordenado pela SPEA, tendo como parceiros a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar e a Câmara Municipal da Povoação, para além de um conjunto de outras entidades que colaboram no projeto: Direcção Regional dos Recursos Florestais, Direcção Regional de Turismo, SPRAçores e Câmara Municipal do Nordeste. A diversidade e extensão das ações deste projeto implicam a existência de uma grande equipa técnica e de campo. No final de 2011 a equipa do projeto era composta por 20 elementos para além dos estagiários e bolseiros que colaboraram ao longo do ano. O viveiro para produção de plantas está agora em pleno funcionamento tendo já ultrapassado a meta das 25.000 plantas em estufa. Em 2011 iniciaram-se os trabalhos de maior envergadura no planalto dos Graminhais tendo como objetivo repor as condições hidrológicas nesta área através da recuperação de caminhos, fecho de valas de drenagem e outras ações que irão permitir a recuperação deste habitat. Ao longo de 2011 foi também feito um forte esforço na elaboração da candidatura das Terras do Priolo à Carta Europeia de Turismo Sustentável através de uma metodologia participativa que envolveu as populações, entidades privadas e públicas. Durante o ano de 2011 os principais resultados obtidos foram: ‣ Ações de conservação e recuperação do habitat ‣ Continuação dos trabalhos na 3ª área de Intervenção – Malhada – para controlo de Cletra e Conteira em cerca de 6 ha; ‣ Manutenção da rede de trilhos de trabalho existente e algumas das áreas intervencionadas nos últimos anos; ‣ Remoção de Gigante (Gunnera tinctoria) no planalto dos Graminhais em colaboração com a Direcção Regional dos Recursos Florestais numa área total de cerca 90 ha; ‣ Plantação de mais de 10.000 plantas nativas em cerca de 5,5 ha na área de intervenção do Labaçal/Pico da Vereda, estrada da Tronqueira; ‣ Recolha de sementes e estacas para produção de plantas em viveiro, repicagem e acompanhamento das plantas germinadas; ‣ Viveiro em funcionamento com produção total em 2011 de cerca de 50.000 plantas, das quais 20.000 já plantadas em áreas de intervenção (17.000 na Tronqueira e mais 3.500 no Ilhéu de Vila Franca) ‣ Continuação dos trabalhos de recuperação das Turfeiras dos Graminhais: fecho de valas e abertura de muros, fecho e recuperação de acesso, plantação, recuperação do trilho pedestre, numa área de cerca de 75ha ‣ Ações de estudo e monitorização dos habitats ‣ Monitorização da regeneração natural de Laurissilva e instalação de novas área de monitorização; - Relatório Anual 2011 – 32/56 - ‣ Testes de controlo de Incenso, Gigante, Hortênsia e Silva; ‣ Monitorização da produção da plantas e sucesso de plantação ‣ Ações de divulgação, educação e sensibilização ambiental ‣ VII Jornadas de Conservação do Priolo (Ponta Delgada, São Miguel) ‣ Fim-de-semana da Floresta e da Biodiversidade (Nordeste, São Miguel) ‣ Participação na British Birdwatching Fair (Rutland, Inglaterra) em Agosto ‣ Reuniões e fóruns do processo de adesão à Carta Europeia de Turismo Sustentável ‣ Workshop sobre espécies invasoras (Universidade dos Açores, Terceira) ‣ Atividades diversas de divulgação no viveiro, na ZPE e em Escolas e colaboração com o Centro Ambiental do Priolo na realização de diversas atividades (À Descoberta da Laurissilva; Dia da Floresta Autóctone; De Ossos nas Mãos; Da Semente à Planta) ‣ Edição do guia interpretativo da ZPE – Terras do Priolo ‣ Produção de materiais didáticos para apoio escolar ‣ Exposição ”Uma floresta, um futuro” em diversos locais na Ilha de São Miguel ‣ Integração de 3 estagiários e 6 voluntários/bolseiros internacionais ‣ Colaboração com o projecto LIFE Ilhas Santuário para as Aves Marinhas ‣ Cerca de 185 referências noticiosas regionais e nacionais desde o início do projeto ‣ Manutenção de um blogue sobre o projeto, novo microsite, atualização de Facebook. Centro Ambiental do Priolo O Centro Ambiental do Priolo é o primeiro centro de interpretação e educação ambiental criado e coordenado pela SPEA. A sua criação enquadrou-se na vertente de sensibilização da população local do Projeto LIFE-Priolo, e foi possível graças à cedência da casa pela Direção Regional dos Recursos Florestais e o financiamento da Secretaria Regional de Ambiente e do Mar e dos fundos LEADER+ (ASDEPR). O Centro Ambiental do Priolo (CAP) recebeu em 2011 um total de 2390 visitantes de 21 nacionalidades diferentes, divididos por 540 visitas distintas. Os visitantes portugueses foram os mais numerosos (1657 visitantes, 1255 da população da ilha de São Miguel e 329 de Portugal Continental). A nacionalidade Inglesa com 192 visitantes, Alemanha com 102 visitantes, Holanda com 71 e Espanha com 72 visitantes são as nacionalidades mais frequentes. A SPEA-Açores, através do Centro Ambiental do Priolo promoveu ao longo do ano, atividades lúdico-educativas gratuitas, para a população em geral que permitem a aproximação e descoberta da Floresta Laurissilva e do Priolo, e de um modo geral da Biodiversidade dos Açores. Saídas de Observação de Aves: foram promovidas ao longo do ano 16 saídas de observação de aves abrangendo todos os Concelhos da Ilha de São Miguel. Estas saídas podem ser divididas em dois tipos, as saídas onde se percorre vários locais da área e as que são de ponto fixo. As de ponto fixo foram as que registaram menor participação com o total de 9 saídas com 35 participantes e 4 das quais não se realizaram por falta de participantes, nas restantes 7 saídas para observação de aves registou-se uma forte afluência por parte do público com um total de 101 participantes. Conheça um projeto de conservação!: organizados e realizados pelo staff do Centro Ambiental do Priolo em colaboração com o projeto LIFE Laurissilva Sustentável. Cada vez mais são aqueles que nos procuram com interesse em visitar as ações dos projetos de conservação que decorreram ou decorrem na ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme, sendo que foram realizadas mais de 10 visitas guiadas contando com mais de uma centena de participantes. - Relatório Anual 2011 – 33/56 - Percursos Pedestres: foram realizados 4 percursos que tiveram como destino o Pico da Vara - o ponto mais alto da Ilha de São Miguel -, através dos 2 acessos disponíveis: Algarvia e Planalto dos Graminhais. Através do Trilho pedestre do Planalto dos Graminhais promovemos duas subidas no qual tivemos um total de 38 participantes, enquanto pela Algarvia promovemos também duas subidas com um total de 18 participantes. Priolo, um tesouro da Tronqueira: o Priolo continua a ser, para muitos dos habitantes locais e para quem nos visita, um mistério e uma curiosidade, sendo que cada vez mais o Priolo se afirma como um símbolo da Ilha de São Miguel e dos Açores mas poucos são aqueles que o conhecem para além de registos fotográficos. No presente ano organizámos 9 atividades, sendo que uma das quais não se realizou por um imprevisto de última hora por parte do grupo inscrito. No total das 8 atividades registou-se uma afluência de 32 participantes. À descoberta da Laurissilva: esta atividade é praticamente “obrigatória” para quem nos visita e queira descobrir um pouco mais sobre a floresta natural dos Açores, foram realizadas dezenas de atividades nas áreas envolventes do CAP e da Reserva Florestal da Cancela do Cinzeiro com mais de 300 participantes. Nas atividades com escolas foram desenvolvidas mais de 40 atividades envolvendo cerca de 1500 jovens. Projeto Linhas Elétricas 2ª fase O projeto Linhas Elétricas e Avifauna dos Açores, parte integrante do Plano de Promoção do Desempenho Ambiental 2009/11 da EDA, tem por objetivos estimar o número de aves mortas por ano; identificar os locais e tipologias com maior mortalidade; prospetar maior amostra de linhas e apoios desses locais e dessas tipologias; saber quais as espécies mais afetadas; estabelecer prioridades de intervenção em cada ilha; promover alterações nos apoios e linhas (EDA), e realizar monitorizações após alteração. Foram estabelecidas prioridades de intervenção em cada ilha e em apoios já alterados ou a alterar procedeu-se à monitorização da eficácia das alterações efetuadas pela EDA. Os dados apontam para uma redução da mortalidade, mas as monitorizações foram em número reduzido, pelo que a continuidade dos trabalhos em 2012 se torna crucial. Para o estudo de eletrocussão, prospetaram-se em 2011, 796 apoios diferentes em todas as ilhas exceto Flores e Corvo. Foi registada mortalidade de 189 aves, maioritariamente milhafres (80), seguido de estorninhos-malhados (54) e pombos (26). As ilhas com maior mortalidade foram Santa Maria, Terceira e Graciosa. A EDA realizou, em todas as ilhas do estudo, alterações em 123 apoios de tipologias consideradas perigosas para as aves. No âmbito da colisão, foram prospetados 6 km e registadas 26 aves mortas. Foram colocados dispositivos anticolisão (espirais) em várias ilhas, contudo apenas com a continuidade dos estudos será possível obter resultados mais robustos. No âmbito do Projeto, a SPEA iniciou também uma Coleção de Referência de Ossos de Aves e uma Plumoteca, que pretendem dar apoio ao projeto e também a outros investigadores. Foi ainda criada uma exposição dedicada aos ossos de aves dos Açores, onde os visitantes podem comparar ossos de diferentes espécies da avifauna dos Açores, desde crânios, externos, asas e membros posteriores, observar esqueletos reconstituídos de milhafre e pombo-torcaz e folhear a plumoteca, importante como complemento à identificação de vestígios encontrados no campo. A exibição recebeu várias dezenas de pessoas que puderam descobrir como um simples osso pode ser importante para saber mais sobre as aves que nos rodeiam. Em paralelo, foi realizada a atividade “De ossos nas mãos”, no Centro Ambiental do Priolo, na Sede do Projeto LIFE Laurissilva Sustentável, e nas Escolas Básica e Secundária da Povoação e do Nordeste. - Relatório Anual 2011 – 34/56 - Censo de Milhafres O milhafre Buteo buteo é a maior ave de rapina que ocorre no arquipélago dos Açores (excepção às ilhas das Flores e do Corvo). Em 2006 a SPEA iniciou um projecto de Citizen Science (Cidadão-cientista) com o objectivo de monitorizar a população desta ave de grande importância ecológica e simbólica para os Açores, e cativar a participação do cidadão comum em projectos científicos, que adquire assim um novo olhar sobre a espécie. O resultado deste censo é assim útil ainda para a divulgação e sensibilização ambiental da espécie. Em 2011, nos Açores, participaram 161 voluntários que avistaram 861 milhafres nos cerca de 2400 km percorridos nas ilhas de São Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial. SPEA Açores Coordenador: Joaquim Teodósio Equipa técnica e estagiários: Azucena de la Cruz; Carla Veríssimo; Filipe Figueiredo; Joana Domingues; Rui Botelho; André Batista; Ana Mendonça; Ana Gonçalves; Fábio Rodrigues; Andreia Amaral; Lourdez Pérez; Eva Laporta; Ander Lasa; Imanol Mendizabal; Sara Lachun; Aizune Parro; Borja Murillo; Maria Jesus. Equipa de campo: José Mendonça, José Pacheco, André Fernandes, Bruno Oliveira, Hélder Festa; Hilberto Correia, João Oliveira; José Tavares; Marcelino Oliveira, Manuel Frias, António Pimentel, Armando Silva, Vitor Costa, José Aguiar e Nuno Melo. Financiamentos por: Fundo Comunitário LIFE+, Governo dos Açores - Secretaria Regional do Ambiente e do Mar e Direcção Regional de Turismo, ASDEPR (fundos LEADER+), EDA – Electricidade dos Açores, Preventing Extintions Programme (BirdLife International) Instituições Parceiras: Projeto Eco-escola da Escola Básica e Secundária de Nordeste, Ecoteca de São Miguel, Parque Natural de Ilha de São Miguel, Serviços de Ambiente de São Miguel, Câmara Municipal de Nordeste, Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Câmara Municipal da Povoação, Serviços Florestais de Nordeste,Direção Regional dos Recursos Florestais, Grupo Bensaude, CTT Açores, Tradicampo, Jornal Correio dos Açores, Jornal Açoriano Oriental, RDP Açores, Universidade dos Açores, Royal Society for the Protection of Birds, Universidad de La Laguna, Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) – Tenerife, BIRDWATCH, Birdlife International, Direcção Regional do Turismo, Associação de Turismo dos Açores, Delegação de Turismo de São Miguel, Associação Regional de Turismo (ART), Associação para o Desenvolvimento e a Promoção Rural (ASDEPR), Rede de Ecotecas Regionais, Direção Regional de Ambiente, Azorina S.a., Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, Escola Básica e Secundária da Povoação, Escola Profissional Monsenhor Maurício Amaral da povoação, Centro de Monitorização e Investigação das Furnas. Um especial agradecimento à Agência Melo e Grupo Bensaude por todo o apoio e colaboração dados ao longo dos últimos anos. Colaboradores e voluntários: Carlos Pereira, Roberto Reis, António Ventura, Pedro Monteiro, Vítor Coelho, Hélder Xavier, Cecília Melo, Filipe Barata, Hervé Roueché, Paulo Fernandes, Silvia Pimentel, Teresa Soares e André Medeiros, Séverine Bonnet, Guillaume Le Moulec, Carla Melo, José Pedro Tavares, Ricardo Ceia, Ruben Huttel, Jaime Ramos, Paulo Oliveira, Manuel Nogales, Eduardo Dias, José Palacios, Nelson Santos, Catarina Cymbron, Alice Melo, Carlos Rodrigues, Carlos Bulhão Pato, Luis Silva, Gerbrand Michielsen, Pedro Rodrigues, Ricardo Peixoto; Pedro Domingos, Sandra Mealha, Patrícia Pedro, Marlene Noia, Luís Aguiar, Pedro Raposo, Décio Leal, Carla Silva, Verónica Neves, Jaime Bairos, Rui Botelho, Hugo Sampaio, Carlos Silva, Miguel Fontes, Paulo Castro, Sofia Marques, Concepción Fagundo, Eduardo Veiga, Hugo Rosa Silva, Jane Hill, Lucínia Oliveira, Marlene Noia, Paul Foster, Quentin Aufrére, Rúben Coelho, Rui Costa, Sofia Goulart, Tomás Melo, Verónica Neves, Vítor Costa Leite. Voluntários Censo de Milhafres 2011: Alberto Martins, Ana Loura, Henrique Chaves, Joana Pombo, João Palma, Liliana Marreiros, Maria Chaves, Paulo Chaves, Sérgio Oliveira, Sofia Freitas,Teresa Pombo, Aizune Parr, Ana Mendonça, Ana Cristina Costa, Ana Filipa Melo, Ana Hipólito, André Batista, Bárbara Correia, Carlos Pereira, Carlos Vieira, Carolina Ferraz, Cláudia Furtado, Custódia Batista, Daniel Sousa, Dina Gonçalves, Elisabete Medeiros, Filipa Dias, Filipa Teves, Filipa Viegas, Filipe Figueiredo, Filipe Luís, Gilda Pontes, Guadalupe Melo, Horácio Medeiros, Joana Cristina Câmara, Joana Noia, João Brum, João Pedro Melo, Jorge Manuel Cardoso, José Aires Teles, Lucínia Oliveira, Mafalda Castro, Marco Machado, Maria Arruda, Maria de Fátima Medeiros, Maria Helena Sousa, Pedro Diogo Medeiros, Pedro Sousa, Rui Sousa, Sandra Monteiro, Sara Lachun, Sónia Arruda, Susana Peixoto, Tiago Matos, André Santos, Bruno Santos, Carla Susana Aurora, Carlos Pereira, Carolina Viveiros, Cecília Melo, César Silva, Cristina Santos, - Relatório Anual 2011 – 35/56 - Dário Ponte, Eduardo Jorge Veiga, Elisabeth Pacheco, Elsa Violante Ferreira, Filipe Costa, Filomena Ferreira, Gustavo Silva, Héber Goulart, Hugo Mesquita, Ingrid Kellen, Isabel Barreiros, Isabel Dinis Medeiros, Joana Cunha Lourenço, João Medeiros, João Pedro Barreiros, José Antas de Barros, José Costa e Silva, Laia Sanz Carbonell, Lisa Fortuna, Maria Margarida Arruda, Maria Vitalina Barros, Mário Rego, Marisa Santos, Miguel Ferreira, Nuno Ávila, Pedro Magalhães, Rodrigo Nunes, Rúben Coelho, Sílvia Silva, Sofia Goulart, Sónia Pereira Teixeira, Susana Ázera, Tiago Toste, Victor Medina, Ana Batista, Ana Pereira, Ana Rita Lopes, Jorge M. Gonçalves, Luís Aguiar, Maria Cecília Vale Raposo, Olinda Silva, Pedro Manuel Raposo, Carina Cardoso, Carla Ávila, Cidália Ramada, Délis Fontes, Dina Nunes, Jacinto Bettencourt, Jorge Santos, Lúcia Alves, Marco Bettencourt, Marta Bettencourt, Ricardo Fontes, Tiago Rodrigues, Afonso Martins, Ana Paula Penha, António Terra, Bruno Machado, Cláudia Melo, Inês Terra, Jane Hill, Paul Foster, Teresa Melo, Vanda Serpa, Verónica Neves, André Nogueira Melo, Aurora Ribeiro, Bela Dutra, Clara Ângela Loureiro, Cristina Nava, Daniel Alves, Elisabeth Carvalho, Fernando Tempera, Frederico Cardigos, Gerald Taranto, Luís Silva, Mara Schmiing, Marlene Lemos, Orlanda André, Patrícia Pedro, Pedro Afonso, Raquel Pereira, Sílvia Lino, Tomás Melo, Marlene Noia, Paul Foster, Quentin Aufrére, Rúben Coelho, Rui Costa, Sofia Goulart, Tomás Melo, Verónica Neves, Vítor Costa Leite. Associações/Entidades parceiras do Censo de MIlhafres: Agrupamento de Escuteiros da Maia CNE 1089, Associação Regional de Canoagem dos Açores, Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo, Centro de Jovens Naturalistas de Santa Maria, Culturpico, Gê-Questa, GNR de Santa Maria, Grupo de Escoteiros nº 80 de Ponta Delgada, Os Montanheiros, Serviços de Ilha de Ambiente, Universidade dos Açores. - Relatório Anual 2011 – 36/56 - A ESTRUTURA DA SPEA A SPEA é uma associação com Órgãos Sociais eleitos e uma estrutura profissional, que contava, no final de 2011, com 3.183 sócios. Os órgãos associativos da SPEA são a Direção Nacional, a Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal. A Direção Nacional da SPEA, órgão que dirige a Sociedade, é constituída atualmente por seis elementos: Presidente, Vice-presidente, Tesoureiro e três Vogais. Compete à Direção Nacional, entre outras tarefas (ver Estatutos e Regulamento Interno em www.spea.pt), executar o Programa e Orçamento aprovados em Assembleia Geral, gerir e administrar a SPEA e apresentar contas dessa atividade. A actual Direção Nacional foi eleita em Assembleia Geral de 17 de junho de 2010 e é constituída pelos seguintes membros: Presidente: Vice-presidente: Tesoureiro: Vogais: Clara Casanova Ferreira José Manuel Monteiro Michael Armelin Jaime A. Ramos, José Paulo Monteiro e Adelino Gouveia A Mesa da Assembleia Geral é composta por um Presidente, um Vice Presidente e três Secretários. Ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral compete convocar e dirigir as sessões de Assembleia Geral. A atual Mesa da Assembleia Geral é composta pelos seguintes membros: Presidente: Vice-presidente: Secretários: Pedro Santos Coelho Cláudia Serrano Alexandre Hespanhol Leitão, Sérgio Timóteo e Pedro Monteiro O Conselho Fiscal é o órgão que tem a competência de examinar a escrita da SPEA e elaborar um parecer sobre o Relatório e Contas da Direção Nacional e divulgá-lo em Assembleia Geral Ordinária. É constituído por um Presidente, um Secretário e um Relator. O actual Conselho Fiscal é composto pelos seguintes membros: Presidente: Secretário: Relator: José Manuel Azevedo Vítor Couto Gonçalves Filipe Cansado O quadro profissional da SPEA era constituído, no final de 2011, por 44 colaboradores, e ainda 8 estagiários ou voluntários sem encargos para a associação. A SPEA conta ainda com o apoio benemérito e dedicado de muitos voluntários para todas as suas actividades, a quem agradece publicamente. - Relatório Anual 2011 – 37/56 - APRESENTAÇÃO DE CONTAS 2011 Balanço, em 31 de dezembro de 2011 Rubricas Períodos 2011 2010 ACTIVO Activo não corrente Activos fixos tangíveis 239.955,71 101.446,62 239.955,71 101.446,62 Propriedades de investimento Goodwill Activos tangíveis Activos biológicos Participações financeiras – método da equivalência patrimonial Participações financeiras – outros métodos Accionistas / sócios Outros activos financeiros Activos por impostos diferidos Activo corrente Inventários 4.944,39 Activos biológicos Clientes 88.364,09 45.320,97 Adiantamento a fornecedores Estado e outros entes públicos 516,00 Accionistas / sócios Outras contas a receber Diferimentos 306.133,38 52.429,63 1.415,00 2.275,38 2.342,88 2.360,44 690.459,95 552.735,62 1.094.175,40 655.122,04 1.334.131,40 756.568,66 Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros Activos não correntes detidos para venda Caixa e depósitos bancários Total do Activo - Relatório Anual 2011 – 38/56 - Rubricas Períodos 2011 2010 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio: Capital realizado 82.296,40 82.296,40 Acções (quotas) próprias Outros investimentos de capital próprio Prémios de emissão Reservas legais Outras reservas 18.631,08 13.860,08 Resultados transitados 30.113,98 -26.996,06 149.765,44 40.091,39 280.806,90 109.251,81 77.258,07 61.881,04 358.064,97 171.132,85 358.064,97 171.132,85 Ajustamentos em activos financeiros Excedentes de revalorização Outras variações no capital próprio Resultado líquido do período Interesses minoritários Total do capital próprio Passivo Passivo não corrente: Provisões Financiamentos obtidos Responsabilidades por benefícios pós-emprego Passivos por impostos diferidos Outras contas a pagar Passivo corrente: Fornecedores 36.634,51 Adiantamentos de clientes 35.012,99 18.926,22 Outras contas a pagar 107.301,80 119.710,15 Diferimentos 797.117,13 446.799,44 976.066,43 585.435,81 976.066,43 585.435,81 1.334.131,40 756.568,66 Estado e outros entes públicos Accionistas / sócios Financiamentos obtidos Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros Passivos não correntes detidos para venda Total do passivo Total do Capital Próprio e do Passivo - Relatório Anual 2011 – 39/56 - Demonstração individual dos resultados por naturezas Período findo em 31 de dezembro de 2011 Rubricas Períodos 2011 2010 Rendimentos e Gastos Vendas e serviços prestados Subsídios à exploração 116.847,80 17.625,43 1.151.236,51 1.191.025,78 Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos Variação nos inventários da produção Trabalhos para a própria entidade Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -18.111,80 Fornecimentos e serviços externos -529.000,94 -481.908,75 Gastos com o pessoal -806.657,40 -704.120,40 Outros rendimentos e ganhos 229.345,79 116.448,31 Outros gastos e perdas -10.429,36 -41.833,75 133.230,60 97.236,62 -55.024,73 -26.503,57 78.205,87 70.733,05 Imparidade de inventários (perdas/reversões) Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) Provisões (aumentos/reduções) Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) Aumentos/reduções de justo valor Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Gastos/reversões de depreciação e de amortização Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/ reversões) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e rendimentos similares obtidos 2.400,00 Juros e gastos similares suportados -3.347,80 -8.852,01 77.258,07 61.881,04 77.258,07 61.881,04 Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do período Resultado líquido do período - Relatório Anual 2011 – 40/56 - - Relatório Anual 2011 – 41/56 - CP = Capital Próprio AI = Activo Intangível AFT = Activo Fixo Tangível Legenda: POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2010 Outras operações Entradas para cobertura de perdas Distribuições Realizações de prémios de emissão Realizações de capital Operações com detentores de CP: Resultado integral Resultado líquido do período Outras alterações reconhecidas no CP Ajustamentos por impostos diferidos Exced.revalor.AFT e AI e respectivas variações Realização do exced.revalor.AFT e AI Diferenças de conversão de dem.financeiras Alterações de políticas contabilísticas Primeira adopção do referencial contabilístico Alterações do período: POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2010 MOVIMENTOS NO PERÍODO 6+7+8+10 10 9 = 7+8 8 7 6 Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Notas 82.296 82.296 Capital realizado Acções (quotas) próprias Outros instrumentos de capital Prémios de emissão Reservas legais 13.860 6.536 7.324 Outras reservas (26.996) 21.135 (48.131) Resultados transitados Ajustamentos em activos financeiros Excedente de revalorização DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO 2010 40.091 40.091 Outras variações no CP 61.881 61.881 -27671 27.671 Resultado líquido do período 171.132 69.160 TOTAL Interesses minoritários Página 1 de 2 171.132 69.160 TOTAL do Capital Próprio Montantes expressos em EUROS (sem decimais) Demonstração individual das alterações no capital próprio no período 2011 - Relatório Anual 2011 – 42/56 - CP = Capital Próprio AI = Activo Intangível AFT = Activo Fixo Tangível Legenda: POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2011 Outras operações Entradas para cobertura de perdas Distribuições Realizações de prémios de emissão Realizações de capital Operações com detentores de CP: Resultado integral Resultado líquido do período Outras alterações reconhecidas no CP Ajustamentos por impostos diferidos Exced.revalor.AFT e AI e respectivas variações Realização do exced.revalor.AFT e AI Diferenças de conversão de dem.financeiras Alterações de políticas contabilísticas Primeira adopção do referencial contabilístico Alterações do período: POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2011 MOVIMENTOS NO PERÍODO 6+7+8+10 10 9 = 7+8 8 7 6 Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Notas 82.296 82.296 Capital realizado Acções (quotas) próprias Outros instrumentos de capital Prémios de emissão Reservas legais 18.631 4.771 13.860 Outras reservas 30.114 57.110 (26.996) Resultados transitados Ajustamentos em activos financeiros Excedente de revalorização DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO 2011 149.765 109.674 40.091 Outras variações no CP 77.258 77.258 -61881 61.881 Resultado líquido do período 358.064 171.132 TOTAL Interesses minoritários Página 2 de 2 358.064 171.132 TOTAL do Capital Próprio Montantes expressos em EUROS (sem decimais) Demonstração individual de fluxos de caixa Períodos 2011 2010 Actividades operacionais Recebimentos de clientes 1.499.980,42 979.753,04 Pagamentos a fornecedores -492.366,43 -477.318,35 Pagamentos ao Pessoal -699.355,60 -601.872,03 308.258,39 -99.437,34 308.258,39 -99.437,34 -193.533,82 -71.941,00 23.930,00 25.522,62 -169.603,82 -46.418,38 Caixa gerada pelas operações Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/pagamentos Fluxos de caixa operacionais (1) Actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos Recebimentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos Subsídios ao investimento Juros e rendimentos similares Dividendos Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) Actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Realizações de capital e de outros investimentos de CP Cobertura de prejuízos Doações Outras operações de financiamento 2.400,00 Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos Juros e gastos similares -3.347,80 -8.852,01 Dividendos Redução de capital e de outros instrumentos de CP Outras operações de financiamento Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) -947,80 -8.852,01 137.706,77 -154.707,73 Caixa e seus equivalentes no início do período 555.096,06 709.803,79 Caixa e seus equivalentes no fim do período 692.802,83 555.096,06 Variação de Caixa e seus equivalentes Efeito das diferenças de câmbio - Relatório Anual 2011 – 43/56 - Notas sobre o resultado do exercício de 2011 Continuando a tendência do ano anterior, o ano de 2011 foi marcado pelo grave acentuar da crise financeira e de mercados, que tem afetado significativamente as economias nacional e global. Este ambiente económico tem levado a uma forte retração de empresas e mesmo ao cancelamento ou suspensão de algumas linhas de financiamento estatais e comunitárias, que tendem a eliminar todas as contribuições que não sejam necessárias ao seu funcionamento, entre estas as suas contribuições para causas ambientais. Apesar desse ambiente recessivo, a SPEA continuou a apresentar um resultado positivo, possível porque existem projetos a longo prazo que envolvem montantes elevados e estavam já contratualizados com antecedência, e por um esforço no controlo orçamental e na gestão de tesouraria de acordo com esse mesmo orçamento e com regras de contenção de custos. O resultado líquido do exercício é positivo em 77.258,07 euros, propondo-se em Assembleia Geral a sua aplicação para ano posterior, com objetivos de cumprimento da missão e do plano de atividades da SPEA. Notas explicativas da Demonstração dos Resultados por Naturezas 1. A rubrica Vendas e Serviços Prestados é constituída na sua maioria por receitas provenientes de prestações de serviços representando 64% do total desta rubrica, sendo o restante valor referente à loja com 24% e 12% relativo a atividades (saídas de campo). 2. Nos Subsídios à Exploração, com valor significativo destaca-se o da Comissão Europeia com 25% do valor da rubrica, da Secretaria Regional do Ambiente e Mar (Açores) com 37%, da EDP com 12%, da Royal Society for the Protection of Birds com 10% e restantes 16% de subsídios de menor valor repartidos por diversas entidades que têm dado um apoio importante à Sociedade. 3. Em relação à rubrica de Serviços Externos, esta encontra-se desagregada da seguinte forma: 36% em Serviços Especializados (trabalhos especializados, publicidade e propaganda, vigilância e segurança, honorários, conservação e reparação e outros), 28% Deslocações, Estadas e Transportes (deslocações e estadias e transportes de mercadorias) e 18% Serviços Diversos (rendas e alugueres, comunicação, seguros, contencioso e notariado, limpeza e higiene e conforto), 15% Materiais (ferramentas e utensílios de desgaste rápido, livros e documentação técnica e material de escritório) e 3% em Energia e Fluídos (eletricidade, combustíveis, água e fluídos). 4. Nos Gastos com Pessoal, 83% da rubrica são relativos às remunerações do pessoal, sendo 16% de encargos sobre remunerações, 1% de acidentes no trabalho e doenças profissionais e outros gastos com o pessoal. 5. Na rubrica Outros Rendimentos e Ganhos, o valor mais elevado refere-se a donativos com 47% do valor da rubrica, seguida de 28% com a comparticipação de despesas, 12% com a imputação de subsídios para o investimento, 11% com quotas e 2% distribuído com as restantes rubricas. 6. A rubrica de Outros Gastos e Perdas, corresponde fundamentalmente a gastos com parceiros de projetos Life, representando 63% do valor total da rubrica, 19% são relativos a devoluções e 18% com impostos indiretos. 7. A rubrica de Gastos/reversões de depreciação e de amortização, corresponde 33% a equipamento de transporte, 28% a edifícios e construções, 15% a equipamento administrativo, 13% a ferramentas e utensílios, 10% a equipamento básico e 1% a outras imobilizações corpóreas. - Relatório Anual 2011 – 44/56 - Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados 1. Identificação da entidade 1.1 - Designação da entidade: Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves 1.2 - Sede: Rua João Crisóstomo nº 18 4º Dto. - Lisboa 1.3 - Natureza da atividade: Associação 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras: 2.1 – Referencial contabilístico adoptado a) As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidas no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, e de acordo com a Estrutura Conceptual (EC), Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e Normas Interpretativas (NI) consignadas, respetivamente, nos Avisos n.os 15652/2009, 15655/2009 e 15653/2009, de 27 de agosto de 2009. 2.2 - Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excecionais, tenham sido derrogadas e dos respetivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e dos resultados da entidade. No presente exercício não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC. 2.3 - Indicação e comentário das contas do Balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior. Os valores constantes das demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro de 2011 são comparáveis em todos os aspetos significativos com os valores do exercício de 2010 3. Principais políticas contabilísticas: 3.1 - Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras: ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS (NCRF 7) Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2009 (data de transição para NCRF), encontramse registados ao seu custo de aquisição de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade. Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes depreciações e das perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método da linha reta em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Equipamento básico: 4 anos Equipamento de transporte: 4 anos Equipamento administrativo: 4 anos Outros activos fixos tangíveis: 4-8 anos As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como gastos do exercício em que ocorrem. Os ativos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrandose registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos fixos tangíveis são depreciados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam disponíveis para uso e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão. - Relatório Anual 2011 – 45/56 - As mais ou menos-valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na Demonstração dos resultados nas rubricas Outros rendimentos e ganhos ou Outros gastos e perdas. RÉDITO (NCRF 20) O rédito é valorizado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: - Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; - A Entidade não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; - O montante do rédito pode ser valorizado com fiabilidade; - É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Entidade; - Os custos suportados ou a suportar com a transacção podem ser valorizados com fiabilidade. O rédito proveniente das prestações de serviços é reconhecido, líquido de impostos, pelo justo valor do montante a receber. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: - O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; - É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Entidade; - Os custos suportados ou a suportar com a transação podem ser valorizados com fiabilidade; - A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser valorizada com fiabilidade. O rédito proveniente de royalties é reconhecido de acordo com o regime de periodização económica e atendendo à substância dos correspondentes contratos, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Entidade e o seu montante possa ser valorizado com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Entidade e o seu montante possa ser valorizado com fiabilidade. LOCAÇÕES (NCRF 9) A classificação das locações em financeiras ou operacionais depende da substância da transação e não da forma do contrato. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gastos na Demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. IMPARIDADE DE ATIVOS (NCRF 12) À data do Balanço é efetuada uma avaliação da existência objetiva de imparidades das quais resulte, nomeadamente, um impacto adverso decorrente de eventos ou alterações de circunstâncias que indiquem que o valor pelo qual os ativos se encontram reconhecidos possa não ser recuperável. Sempre que a quantia escriturada do ativo for superior à sua quantia recuperável, deve ser reconhecida uma perda por imparidade, registada de imediato na Demonstração dos resultados na rubrica de Perdas por imparidade. A reversão de perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, é registada quando há evidências de que estas perdas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na Demonstração dos resultados, na rubrica de Reversões de perdas por imparidade, e efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida, caso a perda não tivesse sido registada. SUBSÍDIOS DO GOVERNO E APOIOS DO GOVERNO (NCRF 22) Os subsídios governamentais, incluindo os não monetários pelo justo valor, são reconhecidos quando existe segurança de que sejam recebidos e cumpridas as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios à exploração são reconhecidos na Demonstração dos resultados na parte proporcional dos gastos suportados. Os subsídios ao investimento não reembolsáveis para financiamento de ativos tangíveis e intangíveis são registados no Capital próprio e reconhecidos na Demonstração dos resultados, proporcionalmente às depreciações/amortizações respectivas dos activos subsidiados. - Relatório Anual 2011 – 46/56 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS (NCRF 27) Os instrumentos financeiros encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios: Clientes e outras dívidas de terceiros As dívidas de clientes ou de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial. Fornecedores e outras dívidas a terceiros As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial. Periodizações As transações são contabilisticamente reconhecidas quando são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos são registados nas rubricas Outras contas a receber e a pagar e Diferimentos. Caixa e Depósitos bancários Os montantes incluídos na rubrica caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa e depósitos bancários, ambos imediatamente realizáveis e sem perda de valor. 3.2 - Outras políticas contabilísticas relevantes: 3.3 - Juízos de valor (exceptuando os que envolvem estimativas) que o órgão de gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas e que tiveram maior impacte nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras: Na preparação das Demonstrações financeiras, a Direção Nacional baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes, considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. 3.5 - Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte): As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas ações que se planeiam realizar, sendo periodicamente revistas com base na informação disponível. As alterações nos factos e circunstâncias podem conduzir à revisão das estimativas, pelo que os resultados reais futuros poderão diferir daquelas estimativas. 4. Fluxos de caixa: 4.1 - Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes que não estão disponíveis para uso: Estão cativos valores dos seguintes depósitos à ordem conforme quadro: Entidade Conta Montante Observações SPEA 1.674,87 € Fundo maneio do Programa Terrestre SPEA 282,28 € Fundo maneio do Programa Marinho SPEA 200 € Fundo maneio do Projeto Laurissilva Sustentável Total 2.157,15 € 4.2 - Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários. Descrição Total de caixa Total de depósitos bancários - Relatório Anual 2011 – 47/56 - Conta 2.157,15 € 688.302,8 € Montante Observações 8. Ativos fixos tangíveis: 8.1 - Divulgações sobre ativos fixos tangíveis: a) Bases de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta; b) Métodos de depreciação usados; c) Vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas; d) Quantia escriturada bruta e depreciação acumulada (agregada com perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período; e e) Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período mostrando as adições, as revalorizações, as alienações, os ativos classificados como detidos para venda, as amortizações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras alterações, de acordo com o seguinte quadro: Descrição 31–12–2010 Adições Terrenos e recursos naturais 3.500 Edifícios e outras construções 3.965 Equipamento básico 150.214 Equipamento de transporte 175.625 Equipamento administrativo 53.543 Ativos detidos para venda Alienações 31–12–2011 3.500 156.253 160.218 7.172 157.386 23.930 151.695 2.145 55.688 23.370 27.963 51.333 Ativo tangível bruto 410.217 193.533 23.930 579.820 Depreciações acumuladas 308.770 55.025 23.930 Depreciações acumuladas 308.770 55.025 23.930 339.865 Ativo tangível líquido 101.447 138.509€ 0 39.955 Equipamentos biológicos Outros ativos tangíveis Investimentos em curso – Ativos tangíveis Perdas por imparidade e reversões acumuladas 339.865 8.6 - Depreciação, reconhecida nos resultados ou como parte de um custo de outros ativos, durante um período. Os Gastos de depreciação e amortização do período totalizaram o montante de 55.024,73€. 8.7 - Depreciação acumulada no final do período. O valor depreciação e amortizações acumuladas findo exercício do período ascende ao montante de 339.864,86 €. 10. Locações: 10.1 - Locações operacionais – Apenas existe um contrato de locação operacional com a Prosonic (Refª PRO-0709), relativo a uma maquina fotocopiadora instalada na sede Nacional. a) Total dos futuros pagamentos mínimos da locação nas locações operacionais não canceláveis para cada um dos seguintes períodos: i) Não mais de um ano; ii) Mais de um ano e não mais de cinco anos; iii) Mais de cinco anos. LOCAÇÕES OPERACIONAIS Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foi reconhecido como gastos do exercício o montante de 3.176,10 euros relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relativos a uma maquina fotocopiadora exploradas pela Entidade. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2011, a Entidade detinha, como locatário, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue: - Relatório Anual 2011 – 48/56 - Ano N: 3.176,10 € Ano N+1: 3.423,12 € Ano N+2: 3.423,12 € 21. Rédito: 21.1 - Políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvem a prestação de serviços. Ver Nota 3. 21.2 - Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito proveniente de: a) Venda de bens; b) Prestação de serviços; O rédito reconhecido no exercício findo a 31 de dezembro de 2011 e 2010, apresenta a seguinte decomposição: Rubricas 31–12–2011 Vendas 31–12–2010 Loja SPEA 41.964,62 € 15.294,05 € 74.883,18 € 2.331,38 Prestação de serviços … TOTAL 116.847,80€ 17.625,43€ 23. Subsídios do Governo e apoios do Governo: 23.1 - Política contabilística adotada para os subsídios do Governo, incluindo os métodos de apresentação adotados nas demonstrações financeiras. Ver Nota 3. 23.2 - Natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do Governo de que diretamente se beneficiou. Relativamente a recebimentos de subsídios governamentais de destacar cofinanciamentos para projetos por parte da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), Comissão Europeia, Programa da Rede Rural Nacional e Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT). Em 31 de dezembro de 2011, os valores recebidos e por receber de subsídios eram os seguintes: 31–12–2011 Subsídio Montante total Subsídios à exploração: Rédito recebido por receber acumulado do período Subsídio por reconhecer 354.119,38 1.151.236,51 1.151.236.51 797.117,13 149.765.44 149.765,44 24.572,57 149.765,44 1.301.001,95 1.301.001,95 378.691,95 946.882,57 Subsídios relacionados com activos: Total Estes subsídios, destinados ao investimento, encontram-se a ser reconhecidos em resultados, conforme Nota 3, de acordo com o período de vida útil dos ativos tangíveis e intangíveis respetivos, tendo sido reconhecido no exercício de 2011 o montante de 24.572,57 euros, relativo a ativos tangíveis. - Relatório Anual 2011 – 49/56 - 25. Acontecimentos após a data do balanço: 25.1 - Autorização para emissão: As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foram aprovadas pela Direção e autorizadas para emissão em 26 de março de 2012. 25.2 - Actualização da divulgação acerca de condições à data do Balanço. Após a data do Balanço não houve conhecimento de eventos ocorridos que afetem o valor dos ativos e passivos das demonstrações financeiras do período. 28. Instrumentos financeiros: Políticas contabilísticas 28.1 - Bases de mensuração utilizadas para os instrumentos financeiros e outras políticas contabilísticas utilizadas para a contabilização de instrumentos financeiros relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras. Ver Nota 3. Categorias de ativos e passivos financeiros 28.2 - Quantia escriturada de cada uma das categorias de ativos financeiros e passivos financeiros, no total e para cada um dos tipos significativos de ativos e passivos financeiros de entre cada categoria. a) Ativos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados; b) Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado menos imparidade; c) Instrumentos de capital próprio mensurados ao custo; d) Compromissos de empréstimo mensurados ao custo menos imparidade; e) Passivos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados; f) Passivos financeiros mensurados ao custo amortizado; g) Ativos financeiros para os quais foi reconhecida imparidade, com indicação, para cada uma das classes, separadamente, i) a quantia contabilística que resulta da mensuração ao custo ou custo amortizado e ii) a imparidade acumulada. Clientes/Fornecedores/Accionistas-Sócios/Outras contas a receber e a pagar/Pessoal Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Clientes/Fornecedores/Accionistas-Sócios/Outras contas a receber e a pagar e Pessoal apresentava a seguinte decomposição:: 31–12–2011 Corrente 31–12–2010 Total Não corrente Corrente Total Não corrente Ativos Clientes 88.364.09 45.320,97 Outras a Receber 306.133,38 88.364.09 306.133,38 52.429,63 45.320,97 52.429,63 Total do Ativo 394.497,47 394.497,47 97.750,60 97.750,60 Passivos Fornecedores 36.634,51 36.634,51 Outras a Pagar 107.301,80 107.301,80 119.710,15 119.710,15 Total do Passivo 143.936,31 143.936,31 119.710,15 119.710,15 250.561,16 250.561,16 -21.959,91 -21.959,91 Outras tributações Total líquido A rubrica do IVA representou um aumento significativo em relação ao ano transato pelo facto da Sociedade ter passado a liquidar IVA nas suas vendas da Loja e prestações de serviços. Estado e outros entes públicos Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Estado e outros entes públicos apresentava a seguinte decomposição: - Relatório Anual 2011 – 50/56 - 31–12–2011 Corrente 31–12–2010 Total Não corrente Corrente Total Não corrente Ativos Imposto sobre o rendimento Passivos 516,00 516,00 Retenção de impostos sobre rendimentos 5.151,95 5.151,95 4.604,17 4.604,17 Imposto sobre o valor acrescentado Outros impostos 15.895.89 15.895,89 489,59 489,59 Contribuições para a segurança social 13.965.15 13.965.15 13.832,46 13.832,46 35.012,99 35.012,99 18.926,22 18.926,22 Tributos das autarquias locais … Outras tributações Total Diferimentos Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Diferimentos apresentava a seguinte decomposição: 31–12–2011 Corrente Diferimentos Ativos Gastos a reconhecer Total 31–12–2010 Corrente Total Não corrente Total Não corrente 1.415 1.415 2.275,38 2.275,38 1.415.00 1.415.00 2.275,38 2.275,38 797.117,13 797.117,13 433.910,24 433.910,24 797.117,13 797.117,13 433.910,24 433.910,24 Passivos Rendimentos a reconhecer Total Relativamente aos Rendimentos a Reconhecer, os valores apurados são apurados pelo método de anulação do custo (lucro nulo), sendo que na desagregação dos valores temos Projecto Laurissilva Quotas Semear Futuro Total Valores 776.607,21 1.731,70 18.778,22 692.802,83 Caixa e Depósitos bancários Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Caixa e Depósitos bancários apresentava a seguinte decomposição: - Relatório Anual 2011 – 51/56 - 31–12–2011 31–12–2010 Caixa e depósitos bancários Ativos Caixa Depósitos à ordem Outros instrumentos financeiros Total 2.157,15 € 3.858,28 € 688.302,80 € 548.877,34 € 2.342.88 € 2.360,44 € 692.802,83 € 555.096,06 € Capital próprio Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Capital próprio apresentava a seguinte decomposição: 31–12–2011 31–12–2010 Capital próprio Capital Acções (quotas) próprias 82.296,40 82.296,40 Outros instrumentos de capital próprio Prémios de emissão Reservas legais Outras reservas 18.631,08 13.860,08 Resultados transitados 30.113,98 -26.996,06 Ajustamentos em activos financeiros Excedentes de revalorização Outras variações no capital próprio 149.765,44 40.091,39 Total 280.806,90 109.251,81 Capital Em 31 de dezembro de 2011, o capital próprio da Entidade, tem o valor nominal de 358.064,97 euros. Reserva Estatutária De acordo com os estatutos, pelo menos 20% do valor das quotas, aquando de resultado líquido anual positivo, tem de ser destinado ao reforço da Reserva Estatutária. - Relatório Anual 2011 – 52/56 - Relatório de auditoria “INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras de SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2011 (que evidencia um total de 1.334.131 euros e um total de capital social de 358.065 euros, incluindo um resultado líquido de 77.258 euros), a Demonstração dos resultados por naturezas, a Demonstração das alterações nos fundos patrimoniais, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade da Direcção a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Associação e o resultado das suas operações, as alterações nos fundos patrimoniais e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: ‣ a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela Direcção, utilizadas na sua preparação; ‣ a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; ‣ a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; ‣ a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e ‣ a verificação da concordância do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. OPINIÃO 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES, em 31 de dezembro de 2011, o resultado das suas operações, as alterações nos fundos patrimoniais e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. - Relatório Anual 2011 – 53/56 - RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. Lisboa, 28 de março de 2012 OLIVEIRA, REIS & ASSOCIADOS, SROC, Lda. Representada por Carlos Manuel Grenha, R.O.C. nº 1266” - Relatório Anual 2011 – 54/56 - Parecer do Conselho Fiscal “Exmos. Senhores Associados da SPEA Em cumprimento do disposto na alínea b) do Artigo 11º dos Estatutos da SPEA, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, vem o Conselho Fiscal apresentar à consideração da Assembleia Geral o seu Parecer sobre o Relatório e Contas da Direção Nacional referente ao exercício de 2011. No respeito pelas funções que lhe estão atribuídas pelos Estatutos e demais legislação aplicável, o Conselho Fiscal acompanhou a atividade da Direção Nacional e verificou o cumprimento das disposições estatutárias e do Regulamento Interno, nomeadamente através do exame das Demonstrações Financeiras e sua conformidade com a respetiva informação de suporte, no seguimento do que foram efectuadas algumas recomendações, designadamente em matéria de reforço do controlo interno e da tramitação documental entre os distintos pontos de operação da SPEA. Nestes termos, tendo em atenção tanto os resultados favoráveis de diversas auditorias efetuadas pelas instituições comunitárias e o teor do relatório de Auditoria emitido por Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda., de 28 de março de 2012, somos de parecer que o Balanço e a Demonstração de Resultados em 31 de dezembro de 2011, que evidencia um resultado positivo de € 77.258,07 (Setenta e sete mil duzentos e cinquenta e oito euro e sete cêntimos), traduzem de forma verdadeira e apropriada a situação económico-financeira naquela data. Desta forma, e face ao exposto, somos de parecer que ‣ Seja aprovado o Relatório e Contas da Direção Nacional, referente ao exercício de 2011; ‣ Seja aprovada a proposta da Direção Nacional sobre a aplicação do resultado do exercício, apresentado no relatório anual; ‣ Seja efectuada a apreciação geral da Administração e Fiscalização da SPEA, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves. Lisboa, 29 de março de 2012 O Conselho Fiscal José Manuel Azevedo (Presidente) Vitor Couto Gonçalves (Secretário) Filipe Cansado (Relator)” - Relatório Anual 2011 – 55/56 - A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) é uma organização não governamental de Ambiente sem fins lucrativos, que tem por missão trabalhar para o estudo e a conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras. A SPEA é o parceiro português da rede BirdLife International e está atualmente representada no Continente e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. No âmbito da sua atuação, é responsável pela designação e vigilância das Áreas Importantes para as Aves (do inglês Important Bird Areas - IBAs) e por desenvolver projetos de conservação dirigidos a algumas das aves mais ameaçadas na Europa, e seus habitats, nomeadamente, o sisão, o priolo e a freira-do-bugio. Dos mais de 3000 sócios que integram a SPEA, inclui-se praticamente toda a comunidade científica e técnica no campo da Ornitologia em Portugal. Para além dos projetos da área da investigação/conservação, a SPEA atua também na área da Sensibilização e Educação Ambiental. Para além disso, dinamiza um vasto programa de actividades, onde se incluem saídas de campo, cursos de ornitologia, ações de voluntariado, palestras, eventos, e edita revistas e livros técnicos e de divulgação geral. A SPEA é ainda promotora da Campanha Ave do Ano – em 2012, a rola-brava será a ave do ano. Como meio privilegiado de comunicação com os sócios, edita a revista quadrimestral Pardela e o boletim digital semanal SPEA On-Line. Esta última é gratuita e acessível a todos, sócios e nãosócios, podendo ser solicitada a sua subscrição através do e-mail [email protected]. As atualidades e informações sobre a SPEA podem também ser conhecidas nas redes sociais Facebook (http://www.facebook.com/spea.Birdlife) e Twitter (https://twitter.com/spea_birdlife). Caso queira ajudar a SPEA, pode fazê-lo de várias formas: ‣ Tornar-se Sócio e trazer mais sócios; ‣ Adquirir artigos da Loja SPEA; ‣ Apoiar a Campanha Ave do Ano; ‣ Fazer um donativo; ‣ Ser Voluntário nas nossas iniciativas e projectos. Visite o nosso site www.spea.pt e fique a conhecer melhor a SPEA! Torne-se Sócio! Avenida João Crisóstomo, 18-4º Dto 1000-179 Lisboa Tel. (+351) 213 220 430 / fax (+351) 213 220 439 www.spea.pt - Relatório Anual 2011 – 56/56 -