Relatório Anual 2011
Lisboa, março de 2012
Lisboa • Funchal
• Nordeste • Povoação • Corvo
www.spea.pt
Relatório Anual 2011
Lisboa, março de 2011
Trabalhar para o estudo e conservação das aves e seus habitats, promovendo um
desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das
gerações futuras.
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma organização não governamental de
ambiente que trabalha para a conservação das aves e dos seus habitats em Portugal. Como
associação sem fins lucrativos, depende do apoio dos sócios e de diversas entidades para
concretizar as suas acções. Faz parte de uma rede mundial de organizações de ambiente, a
BirdLife International, que actua em mais de 100 países e tem como objectivo a preservação da
diversidade biológica através da conservação das aves, dos seus habitats e da promoção do
uso sustentável dos recursos naturais.
- Relatório Anual 2011 – 2/56 -
ÍNDICE
04 A PALAVRA DA PRESIDENTE DA DIREÇÃO NACIONAL
06 EDITORIAL, PELO DIRETOR EXECUTIVO
07 APRESENTAÇÃO DA SPEA
08 OS PROGRAMAS OPERACIONAIS DA SPEA E AS ATIVIDADES EM 2011
08 ....Departamento de Cidadania Ambiental
15....Departamento de Conservação / Programa Terrestre
21....Departamento de Conservação / Programa Marinho
25....SPEA Madeira
31....SPEA Açores
37 A ESTRUTURA DA SPEA
38 APRESENTAÇÃO DE CONTAS 2011
38 ....Balanço
40....Demonstração de Resultados por naturezas
41....Demonstrações de Fluxos de Caixa
43 ....Demonstração de Alterações no Capital Próprio
45....Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados
53 RELATÓRIO DE AUDITORIA
55 PARECER DO CONSELHO FISCAL
Capa: a Cagarra Calonectris diomedea foi a Ave do Ano em 2011 eleita pelos sócios da SPEA (foto de Luís Ferreira).
Classificada com estatuto de “Vulnerável” em Portugal continental e “Pouco preocupante” nas ilhas pelo Livro Vermelho dos
Vertebrados de Portugal, os números de cagarra têm vindo a diminuir ao longo dos anos. A poluição marinha por
hidrocarbonetos, a mortalidade associada a algumas artes de pesca e a introdução de predadores nos locais de nidificação,
são ameaças sérias que têm posto em risco o futuro da espécie. Nas ilhas dos Açores e Madeira, as luzes artificiais
causam o encadeamento dos juvenis recém saídos dos ninhos, deixando-os vulneráveis a atropelamentos e/ou predadores.
A cagarra pode ser observada em grandes números entre fevereiro e novembro nos Arquipélagos dos Açores e Madeira e
em números mais reduzidos ao longo da costa de Portugal continental. A SPEA tem vindo a alertar a opinião pública para o
declínio global das aves marinhas e a cagarra tem sido o símbolo de diversas campanhas e projetos atualmente a decorrer,
LIFE Ilhas Santuário para as aves marinhas, FAME, Projeto de Diagnóstico e Minimização do Impacte da Iluminação
Pública nas Aves Marinhas, LIFE Ilhéus do Porto Santo, LIFE MarPro.
- Relatório Anual 2011 – 3/56 -
A PALAVRA DA PRESIDENTE DA DIRECÇÃO NACIONAL
Caros Sócios
Marcamos mais um ano na história da SPEA e é neste grande encontro anual que temos a
oportunidade de mostrar todo o trabalho que foi feito, todas as vitórias alcançadas e os grandes
entraves à conservação das nossas espécies.
Cada vez mais a SPEA reúne à sua volta pessoas anónimas preocupadas com a correta evolução
dos tempos, e fortemente motivadas a fazer algo que inverta o rumo das coisas. Cada vez mais a
SPEA é chamada a defender as suas posições e valores junto das mais altas instituições
governamentais, e também junto de organizações congéneres - facto que nos motiva muito pois
agora, mais do que nunca, é importante trabalharmos juntos em prol do bem comum - as nossas
Aves.
Ao longo deste ano procurámos parcerias novas, benefícios novos para os Sócios e procurámos
mostrar a vantagem que existe em associar a ciência que nos une à paixão que nos move e
encontrando formas de interceder, cada vez mais, pelas aves e seus habitats.
Em 2011 continuámos a apoiar instituições além fronteiras, nunca esquecendo que foi com um
apoio como este que a SPEA vingou e obedece hoje a valores tão nobres como o respeito.
Com uma equipa de trabalho incansável levámos a SPEA a Sagres e ao Machico para dois
grandes eventos da vida da nossa associação. Tivemos oportunidade de mostrar a mais de um
milhar de pessoas, pessoalmente, o que fazemos. Reunimos à volta da SPEA esforços e
recuperámos fôlego para voltar a Sagres já este ano e para preparar outros eventos que juntem
os nossos sócios, promovam a ornitologia e a conservação das nossas espécies.
A linha temporal não ficaria completa sem o registo do nascimento em directo on-line da ave do
ano 2011 e a possibilidade que o sítio da internet "Lua de Mel no Corvo" deu a muitos sócios e
amigos de acompanhar e sentir de perto, através das redes sociais, a evolução da pequena
Calonectris diomedea. Foi também um ano de forte dinamismo da Loja da SPEA com a
comercialização de produtos de excelência em óptica e com o incremento da variedade de
produtos.
2011 marcou a agenda como sendo o Ano Internacional das Florestas e o Ano Europeu do
Voluntariado, iniciativas às quais a SPEA deu o seu contributo. Aproveitamos também aqui para
saudar e felicitar todos os que tiveram oportunidade de integrar estas acções.
E falando em Voluntários, é bom vincar a nobreza de ser voluntário. É com grande orgulho que a
SPEA reúne à sua volta anónimos que abdicam de algo que é seu por direito para ajudar
desinteressadamente a SPEA nas suas atividades. A realização do Atlas das Aves Invernantes e
Migradoras, feito inédito a nível nacional, os Censos de Aves Comuns, as atividades para sócios e
público em geral, entre tantas outras iniciativas, contam com a colaboração de voluntários sem a
qual algumas iniciativas ficariam por concretizar. É também graças ao trabalho voluntário que a
SPEA tem agora uma biblioteca mais arrumada à espera da sua visita - e consulta.
Se em 2010 falámos em ano de muitas mudanças, creio que 2011 trouxe alguma estabilidade
que esperamos poder cimentar no corrente ano.
- Relatório Anual 2011 – 4/56 -
Não nos iludimos perante a realidade de um ano difícil, mas vamos continuar a trabalhar, como
sempre temos feito, agora ainda com maior empenho, para dar as boas vindas a novos sócios, a
novas ideias e projetos que traduzam a história de 18 anos de vida da SPEA.
Obrigada por continuarem a apoiar a SPEA na sua Missão.
Sem os nossos sócios e amigos seria muito mais difícil.
Clara Ferreira
Presidente da Direção Nacional
- Relatório Anual 2011 – 5/56 -
EDITORIAL, PELO DIRETOR EXECUTIVO
Este relatório mostra, em todos os seus resultados, um crescimento da SPEA enquanto
organização com ação fundamental no mundo da conservação das aves e da biodiversidade. Os
projetos são cada vez mais diversificados e abrangem áreas mais vastas, como a promoção do
turismo de natureza, a gestão de espaços naturais e o envolvimento das comunidades locais na
preservação das aves e dos seus habitats.
Muito do que fazemos se deve aos voluntários. De tudo o que este relatório apresenta como ano
de trabalho e seus resultados, um dos factos mais impressionantes são as listas de voluntários
que participaram nas ações de conservação e de monitorização e censos. Para isso muito ajudou
o lançamento do Atlas das Aves Invernantes e Migradoras, mas também as participações do
Censo de Aves Comuns, do Chegadas, do CANAN, do projeto Arenaria, dos Dias RAM, dos
censos de milhafres/mantas, enfim, uma série enorme de ações que só uma associação com
grande base de apoio poderia fazer. A todos o nosso obrigado!
Esses mesmos voluntários foram reconhecidos pela colaboração em mais dois grandes marcos
da vida da SPEA - o VII Congresso de Ornitologia, em paralelo com as primeiras Jornadas
Macaronésicas, que juntaram colegas de Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde no Machico,
na Madeira; e o Festival de Sagres, marcando um crescente interesse pela observação das aves e
do seu impacto no turismo. São marcos que prometem novos desafios e resultados.
Mas os tempos mais próximos serão difíceis, devido à enorme crise financeira que se instalou no
país e no mundo. O seu impacto no mundo da conservação de natureza e de biodiversidade traz
consequências negativas cujos sinais começam a surgir: alguns mecanismos financeiros são
cortados, algumas entidades cortam os fundos disponíveis para biodiversidade e mesmo o futuro
quadro comunitário para 2014-2020 é incerto e negativo. Mesmo se a proteção do património
natural é imprescindível e um estudo recente demonstra que os “empregos verdes”, relativos à
gestão de áreas protegidas, às energias renováveis e atividades sustentáveis são cada vez mais
importantes.
Mais que nunca devemos dar uma resposta, convidando mais sócios e mais apoiantes para a
causa que defendemos - um mundo saudável, sem extinção de espécies nem degradação de
habitats. No próximo ano de 2012 continuaremos a contar com os voluntários e com o maior
grupo de colaboradores que alguma vez tivemos, já que em 2011 chegámos a ter, pela primeira
vez, mais de 50 colaboradores permanentes a trabalhar na SPEA.
Esperamos conseguir vencer este desafio, que estará para já centrado na campanha da ave do
ano: a rola-brava. Com esta espécie poderemos chamar a atenção para a necessidade cada vez
maior de assegurar uma caça sustentável e responsável, e a proteção de espécies migradoras
que cada vez mais enfrentam ameaças de decréscimo. Por esta e todas as razões que aqui
apresentamos pedimos o apoio continuado e participado de todos os sócios.
Luís Costa
Diretor Executivo
- Relatório Anual 2011 – 6/56 -
APRESENTAÇÃO DA SPEA
A SPEA é uma associação sem fins lucrativos que promove o estudo e a conservação das aves
em Portugal. Foi fundada em 25 de novembro de 1993, correspondendo a um desejo
manifestado por um grande número de profissionais e amadores desenvolvendo actividade na
área da Ornitologia e conservação da avifauna. Desde 1999 que é o parceiro da BirdLife
International e a principal Organização Não Governamental de Ambiente em Portugal com
objetivos de conservação das aves. A SPEA tem como Missão: trabalhar para o estudo e a
conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a
viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras.
Os principais objetivos da Sociedade são:
‣
Promover, dinamizar e divulgar o estudo da biologia das aves e desenvolver as bases
científicas e técnicas para a aplicação de medidas de gestão e conservação.
‣
Promover a conservação das populações de aves que vivem no estado selvagem e dos
seus habitats, em particular no território português.
‣
Contribuir para a valorização e promoção da Ornitologia, nas suas diversas vertentes,
através da elaboração e divulgação de princípios orientadores desta disciplina.
Nas Orientações estratégicas SPEA 2011-2013 (disponíveis em http://www.spea.pt/fotos/editor2/
estrategia_spea_2011_13.pdf) são considerados, para o triénio 2011-2013, três pilares
fundamentais, sobre os quais serão desenvolvidas linhas estratégicas que acompanharão a
aplicação de acções específicas para cada departamento dentro da SPEA e para cada grupo de
trabalho cuja actividade interfere directamente no desenvolvimento quotidiano da SPEA.
Os três pilares identificados foram:
A.
Conservação - Conservação activa das aves e dos seus habitats, com base nos estatutos
de conservação, a nível nacional e internacional
B.
Capacidade de Mobilização - Desenvolver a organização interna e investir na relação com
sócios, parceiros e actores externos, promovendo a SPEA e mobilizando-os para uma
participação activa na conservação e estudo das aves
C.
Desenvolvimento do Potencial Científico - Obtenção e divulgação de dados científicos e
de monitorização que apoiem a conservação das aves
Para o pôr em prática, a SPEA conta com Sedes em Lisboa, Funchal e Nordeste (Açores), além
de Sedes de projectos na Povoação e no Corvo, onde trabalhava um quadro profissional com 44
colaboradores além de um grupo importante de voluntários e estagiários, no final de 2011, e
diversos grupos de trabalho e actividades baseadas em trabalho da extensa rede de voluntários,
que constituem um recurso fundamental para a associação e motivo de orgulho e exemplo de
cidadania. Com estes meios, a SPEA coordena ou participa em diversos projectos com recurso a
financiamentos comunitários ou patrocinados, integrados nos seus departamentos: Cidadania
Ambiental, Conservação (Marinho/Terrestre), SPEA Madeira, e SPEA Açores.
- Relatório Anual 2011 – 7/56 -
OS PROGRAMAS OPERACIONAIS DA SPEA E AS ACTIVIDADES EM 2011
Departamento de Cidadania Ambiental
C.M. Oeiras
O Departamento de Cidadania Ambiental compreende várias áreas de atuação, nomeadamente a
gestão de sócios, a dinamização de campanhas e eventos, o turismo ornitológico, a educação e
sensibilização ambiental, a dinamização da loja SPEA, o programa de voluntariado e toda a
componente de divulgação e comunicação. Muitas das ações realizadas não são exclusivas
deste departamento, sendo transversais a toda a ação da SPEA e de outros departamentos, pelo
que há uma estreita colaboração entre os elementos deste departamento e os outros colegas e
colaboradores. Em termos de balanço geral das ações realizadas em 2011, face ao que estava
previsto, o resultado é muito positivo, tendo-se conseguido atingir praticamente todos os
objetivos definidos sendo que, em vários casos, superámos as expectativas e conseguimos ainda
VII Congresso de Ornitologia da SPEA & I Jornadas
Macaronésicas de Ornitologia
29 e 31 de outubro de 2011
!
- Relatório Anual 2011 – 8/56 -
Iniciativa conjunta da SPEA com o Parque Natural da Madeira, a
Sociedad Española de Ornitolgía (SEO/BirdLife) e associação
Biosfera, de Cabo Verde, que decorreu em Machico, na Madeira.
Ao longo dos três dias de congresso, que envolveram cerca de 150
participantes, foram apresentados mais de 70 trabalhos, entre
comunicações orais e posters, tendo sido atribuídos prémios aos
melhores trabalhos de cada categoria. Este congresso foi mais uma
organização de sucesso, que contou com o envolvimento do
Departamento de Cidadania Ambiental e da equipa da SPEAMadeira.
dar resposta a diversas solicitações, aproveitando oportunidades que foram surgindo ao longo do
ano.
Fidelização e aumento do número de sócios
A gestão de sócios e potenciais sócios assenta na perceção que este é um dos pilares mais
importantes da associação e que exige um constante acompanhamento administrativo, financeiro
e de comunicação. Os meios à disposição, sejam materiais ou de recursos humanos para
assegurar a realização de tudo o que envolve esta gestão nem sempre são os suficientes ou os
mais eficazes, sobretudo por limitações financeiras, e por isso achamos sempre que mais e
melhor se poderia fazer; contudo, os resultados anuais têm sido muito gratificantes e 2011 não foi
exceção, tal como se pode constatar na breve descrição que se segue acerca do que foi
realizado e conseguido a este nível.
Em 2011 inscreveram-se na SPEA 254 novos sócios, mais 44 que no ano anterior e fixou o
número total de sócios em 3.183. A campanha de recuperação de sócios com quotas em atraso
teve resultados positivos, pelo que irá continuar em 2012. A regularização das quotas ocorre ao
longo de todo o ano, contudo é mais evidente nas alturas próximas de eventos ou de atividades,
nos quais os sócios usufruem de regalias se tiverem as quotas atualizadas (exclusividade para
sócios ou descontos/gratuitidade nas inscrições).
A “internet” e as “atividades SPEA” são os principais meios através dos quais os novos sócios
tiveram conhecimento da Sociedade, seguidos de “amigos e/ou familiares” e “universidade/
escola/emprego”. O principal motivo indicado pelos novos sócios para justificarem a sua inscrição
é a “participação em atividades” seguido de “apoiar a conservação das aves”. Em oposição, o
principal motivo indicado para a desistência de sócios foram os “fatores financeiros”.
Em 2011 continuou-se com a estratégia de angariação de sócios que vem sendo adotada nos
últimos anos, e que assenta em aproveitar-se todas as oportunidades para se falar do trabalho da
SPEA e da importância do papel do sócio, quer seja quando alguém se dirige à sede, quer
durante as ações e eventos em que a SPEA participa. A recolha e gestão de contactos de não
sócios interessados em estar a par das ações da SPEA tem sido uma importante ferramenta de
angariação de sócios; em 2011, 44 dos subscritores da SPEA on-line tornaram-se sócios.
As atividades continuam a ser um importante aspeto para a manutenção e angariação de sócios.
Porém, em 2011 houve um decréscimo do seu número devido ao menor número de guias e
formadores disponíveis para as realizar. Foram organizadas pela SPEA 11 saídas de campo (uma
das quais a Espanha), 2 saídas de barco e 1 curso de cantos de aves. Para minimizar os
impactos do menor numero de saídas e cursos, a SPEA tem tentado encontrar soluções
alternativas, que passam pelo estabelecimento de parcerias, a nível de co-organização de ações,
ou apoio na divulgação de iniciativas com interesse para os sócios, ou obtenção de descontos
para os sócios em serviços de animação ou alojamentos. A este nível, foram efetuados 5 novos
protocolos com empresas de animação turística, 4 alojamentos, e divulgaram-se ainda 56
atividades organizadas por empresas, associações, universidades ou municípios parceiros.
Outra regalia dos sócios é a subscrição da revista Pardela impressa, tendo-se assegurado a sua
distribuição quadrimestral, nomeadamente com os números 40, 41 e 42. Estudou-se a
possibilidade da sua produção ser feita num formato mais amigo do ambiente, mas esta acabou
por não se concretizar devido aos elevados custos de impressão que esta nova opção implicava.
Campanhas e eventos
Das campanhas e eventos que decorreram em 2011, destaca-se pela positiva a campanha da
Ave do Ano 2011, cuja espécie escolhida pelos sócios foi a cagarra. Entre as ações
programadas, salienta-se a ação “Viaje com a ave do ano”, que angariou €425 em donativos e
conseguiu 10 padrinhos, e a ação de construção de casas ninho na Ilha da Berlenga, que contou
com o apoio de um grupo de voluntários e do Pingo Doce. O facto da cagarra ser uma espécie
alvo de vários projetos a decorrer na SPEA fez com que fosse mais fácil integrar na campanha
ações de campo e obter-se fundos para dinamizar iniciativas de conservação e comunicação.
- Relatório Anual 2011 – 9/56 -
Estava prevista a presença da SPEA no XIV Encontro Nacional de Estudantes de Biologia, na
Terra Sã (Porto) e no Green Fest (Estoril). Participamos na primeira iniciativa (com uma palestra,
dois workshops e uma banca com informação), mas não estivemos presente nos outros dois
eventos, nomeadamente por restrições financeiras e devido à sobreposição da data com eventos
importantes da SPEA.
Por último, a SPEA esteve envolvida no Ano Internacional das Florestas, liderado pela Secretaria
de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural e pela Comissão Nacional da UNESCO. Esta
iniciativa arrancou de forma muito participada com o envolvimento de diversas entidades públicas
e privadas; contudo, devido a fatores externos à SPEA, a campanha foi perdendo força e muitas
ações acabaram por não se concretizar, tendo os resultados finais ficado muito aquém das
expectativas iniciais, no nosso entender.
Turismo Ornitológico
O Turismo Ornitológico é uma área em franco crescimento e na qual a SPEA tem estado bastante
envolvida nos últimos anos. Em 2011, integrou a candidatura do projeto liderado pela SEO/
BirdLife “IPOT-International project of ornithological tourism in protected areas in the
Mediterranean Basin”, que viria a obter financiamento do Programa Leonardo Da Vinci e cujos
trabalhos se iniciaram no final do ano. A presença em feiras da especialidade foi assegurada
como previsto, nomeadamente, na Observanatura (Sado), Nauticampo (Lisboa) e British
Birdwatching Fair (Reino Unido). A participação no evento da BirdLife “European BirdWatch”
continuou a verificar-se em 2011, em moldes semelhantes aos outros anos, através do
envolvimento de outras entidades nacionais e na divulgação conjunta das ações de observação
de aves desenvolvidas pelas mesmas. No total decorreram 12 atividades dinamizadas por 10
entidades, tendo envolvido 180 participantes.
É intenção da SPEA obter a acreditação como entidade formadora, contudo este objetivo ainda
não se concretizou em 2011 pois aguarda-se a resposta ao pedido de reconhecimento da SPEA
para ter estatuto de utilidade pública, pois esta designação irá facilitar o processo de obtenção da
referida certificação.
II Festival de Observação de Aves - Sagres
30 setembro a 2 outubro (3 dias)
!
‣ Mais de 700 participantes
‣ Parceiros locais: 24 restaurantes, 16 alojamentos, 4 empresas
de animação turística, 4 lojas
‣ 88 atividades, o que equivale a mais de 210 horas de ações.
‣ 118 espécies de aves observadas
‣ Participantes de Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha,
Suiça, Reino Unido, Bélgica, Suécia, Canadá, Rússia e
Estados Unidos da América
‣ 53 noticias/artigos sobre o festival nos media nacionais e
estrangeiros
‣ Almargem e CMVP foram os promotores do evento e a SPEA
a entidade executora
Mark Crathorne
A SPEA tem apoiado outras entidades a desenvolver ações relacionadas com a observação de
aves e a impulsionar esta modalidade a nível nacional, destacando-se em 2011 a elaboração dos
conteúdos para o Roteiro de turístico turismo de natureza “Observação de Aves – Portugal”
editado pelo Turismo de Portugal, elaboração dos textos para o guia de aves do Museu Municipal
de Loures, o envolvimento no evento “Onda Jovem”, da CM Sesimbra, o passeio “Com pés e
asas” dinamizado pela Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira (Seixal) e o Workshop e saída
de campo na Mata da Machada e Sapal de Coina, em colaboração com a CM Barreiro,
- Relatório Anual 2011 – 10/56 -
Centros Ambientais
A SPEA tem nos seus objetivos a médio/longo termo dinamizar polos de educação e
sensibilização ambiental no Continente, à semelhança do que acontece com o Centro Ambiental
do Priolo (CAP), nos Açores. Em 2011 esteve envolvida num grupo de trabalho com a CM
Sesimbra responsável por avaliar a viabilidade de criação de uma Reserva de Âmbito Local,
projeto que iria incluir um programa de atividades para a Lagoa Pequena, mas até ao momento
este processo ainda não foi concluído. Contudo, a SPEA tem dinamizado iniciativas dirigidas ao
público em geral e aos sócios nessa IBA, destacando-se a ação de voluntariado empresarial com
Associação Grace, que envolveu 93
participantes.
Comunicação em números
Em 2011 iniciaram-se também
conversações com a CM Vila do Bispo para
a criação um pólo de investigação, formação
e educação ambiental em Sagres, e cuja
c o n c re t i z a ç ã o e s t á d e p e n d e n t e d a
disponibilização de local para esse efeito
Educação e sensibilização ambiental
‣
‣
‣
‣
‣
‣
‣
76 comunicados de imprensa
Twitter: 420 seguidores no final do ano
Facebook: 4442 gostos no final do ano
SOL: edições 331 a 374;
SOL em inglês: edições19 a 21
10 artigos em revistas parceiras
Tempo de antena emitido 3 vezes
O ano de 2011 foi vasto em iniciativas de
sensibilização ambiental envolvendo sobretudo a comunidade escolar, mas não só. Decorreram
as duas últimas visitas ainda no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade, e que contaram
com a presença de eurodeputados portugueses. Desenvolveram-se várias outras ações em
escolas, nomeadamente, 15 saídas de campo no concelho de Oeiras envolvendo 331 alunos,
enquadradas na parceria entre a SPEA e este Município, e ações pontuais noutros locais do país,
que contaram no total com a presença de mais de 130 alunos.
A SPEA continuou a apoiar as visitas guiadas no Jardim Botânico de Lisboa dinamizadas pelo
Museu Nacional de História Natural, tendo-se realizado 4 ações que contaram com a presença de
cerca de 60 participantes.
As atividades De Olho nas Aves são atualmente uma importante aposta da SPEA para envolver o
público em geral. Decorrem mensalmente atividades em Lisboa e no Porto (2 locais), sendo neste
caso asseguradas por um grupo de voluntários. Participaram ao todo cerca de 300 pessoas.
As atividades da SPEA nos meses de verão têm estado nos últimos anos associadas à iniciativa
“Biologia no verão” do Programa Ciência Viva , que constitui um excelente veículo de divulgação
junto do público em geral. Em 2011 foram desenvolvidas pela SPEA mais de 50 atividades no
âmbito deste programa, tendo a maioria decorrido em São Miguel, através do CAP.
Loja SPEA
A loja SPEA aumentou significativamente o número de vendas face ao ano anterior. Dezembro
continua a ser o mês de maior procura, e em 2011 a quantidade de pedidos nessa época do ano
foi de tal ordem que exigiu o reforço de recursos humanos afetos à loja, de forma a conseguir-se
dar resposta em tempo útil a todas as solicitações e encomendas.
A venda de material ótico na loja foi uma nova aposta que acabou por superar as expetativas,
tornando-se a SPEA o representante das marcas Opticron e Swarovski. O Guia de Aves Comuns
e o livro “Aves de Portugal” são os artigos que se seguiram a nível dos mais vendidos na loja.
- Relatório Anual 2011 – 11/56 -
!
A página da loja continua a ser a mais vista do site SPEA, sendo de salientar que a maioria dos
pedido feitos on-line provêm de não sócios, demonstrando que a loja é, também, um veículo de
divulgação da associação.
Divulgação e Comunicação
A divulgação em 2011 consolidou-se nas redes sociais, nas revistas parceiras (Revista do
Agricultor, Revista Parques e Vida Selvagem e Turcaça) e no próprio site. O novo layout da
newsletter (SPEA on-line “SOL”), bem como o novo sistema de envio revelou-se mais prático e
eficiente, levando também mais pessoas a visitar o site institucional. As redes sociais revelam-se
cada vez mais um importante veículo de dinamização de pessoas e divulgação, o que se
comprovou com a campanha do Melro. Esta ação acabou por revelar-se um excelente veículo na
divulgação da SPEA em 2011 e que obteve os objetivos pretendido em termos da preservação
dessa espécie.
Voluntários da SPEA
A ano de 2011 foi marcado pelas comemorações do Ano Europeu do Voluntariado (AEV). A SPEA
foi parceira do AEV, tendo estado presente nas Tours do Voluntariado que se realizaram em
Lisboa, na Madeira e nos Açores. Continuamos a acolher novos voluntários do Serviço Voluntário
Europeu, e salientamos o trabalho da voluntária Coralie Lozano, que ajudou a re-estruturar o
programa de voluntariado da SPEA. Este ano foi ainda marcado pelo início dos trabalhos de
campo do Atlas das Aves Invernantes e Migradoras de Portugal, no qual se inscreveram mais de
200 observadores voluntários. Durante o VII Congresso que se realizou na Madeira, vários
voluntários que colaboram com a SPEA-Madeira foram homenageados publicamente.
No final do ano, colaboravam com a SPEA mais de 500 voluntários diferentes.
- Relatório Anual 2011 – 12/56 -
Departamento de Sócios, Actividades e Educação Ambiental
Coordenadora: Alexandra Lopes
Staff: Alexandra Lopes, Joana Domingues, Susana Alves, Susana Costa e Vanessa Oliveira
Colaboradores e voluntários:
Sede: Coralie Lozano (SVE)
De Olho nas Aves – Porto: Joana Vilela, Sofia Tavares, Daniel Gomes, Iolanda Rocha, Flávio Oliveira,
Nuno Abreu
Spring Alive: Marta Guerreiro
Feiras e atividades de observação de aves: Alexandre Leitão, Ana Alexandra Fonseca, Anabela Silva,
António Ferreira, Cândida Delgado, Carlos Cruz (Kau), Dulce Castanheira, Fábia Azevedo, Faísca, Filipa
Machado, Francisco Gutierres, Graça Paquete, Guillaume Rethore, Helder Costa, Inês Gonçalves, João
Farminhão, João Ministro, João Pereira, João Tiago Tavares, Jorge Gonçalves, José Cordeiro, José
Monteiro, José Pedro Tavares, Lourenço Marques, Luís Cancela da Fonseca, Luís Santos, Luís Velez, Luís
Vieira, Marcelo Dias, Marcial Felgueiras, Marco Correia, Margarida Castro, Marta Guerreiro, Miguel
Gaspar, Milene Matos, Nadine Pires, Nelson Fonseca, Nelson Pereira, Paulo Fernandes, Paulo Marques,
Pedro Ramalho, Raquel Marques, Raquel Moura, Raquel Tavares, Ricardo Tomé, Rui Eufrásia, Rui Pedro,
Sérgio Ribeiro, Simon Wates, Thijs Valkenburg, Zéltia Lopez, Zito Colaço
Revista Pardela: Adrian Uszkiewicz, Alberto Maia, Alessandro Abate, Anaise Dacremont Andreia Penado,
António Cunha, Associação Guarda-Rios do Lima, Arnoud B. van den Berg, Atlas das Aves do
Arquipélago da Madeira, Augusto Faustino, Bernardo Nabais, Birding Canárias Bruno Maia, Bruno Pinto,
Carlos Cabral, Carlos Pereira, Carlos Pimenta, Carlos Ribeiro Clara Ferreira, D’Almeida Simões, David
Rodrigues, Dinis Cortes, Diogo Carvalho, Diogo Veríssimo, Doğa Dernegi, Eduardo Santos, Faísca, Filipe
Viveiros, Gabriel Sierra, Gonçalo Cardoso, Gonçalo Elias, Graça Pereira, Helder Costa, J. Kramer, João
Carrilho, João Madeira, João Ministro, João Quaresma, Joaquim Antunes, José Juan Hernández, José
Paulo Ruas, José Pedro Monteiro, José Pedro Tavares, José Policarpo, José Viana, Juan José Ramos
Melo, Luís Avelar, Luís Ferreira, Marco Nunes Correia, Maria Dias, Marina Yagodkina, Marta Moreno
García, Miguel Lecoq, Neil Anders, Noelia Carrillo, Oliver Yanes, OTOP, Paul Donald, Paulo Alves, Paulo
Catry, Paulo Gaspar, Pedro Alvito, Pedro Fernandes, Pedro Monteiro, Rafael Palomo, Ricardo Lima,
Ricardo Lourenço, Ricardo Guerreiro, Ricardo Rocha, Rita Moreira, Roger Haltum, Romão Machado, Rui
Freitas, Sarah Stow, Sílvia Nunes, Teresa Catry, Turcaça, Victor Maia, Vítor Gonçalves.
Financiado por:
‣ As Atividades “Biologia no verão” foram financiadas pela Agência Ciência Viva
‣ A participação na BBF teve o patrocínio da Direção Geral de Turismo dos Açores e da Associação de
Turismo dos Açores e do Turismo do Algarve.
‣ A revista Pardela teve os patrocínios de: Birding Canárias, Esteller/Swarovski; Opricron;
‣ Os projetos de Serviço Voluntário Europeu são financiados pela Agência Portuguesa para a Gestão do
Programa Juventude em Ação
‣ O Festival de Observação de Aves de Sagres foi financiado pelo PO Algarve 21 (no âmbito do projeto
Via Algarviana 2 que é liderado pela Associação Almargem) e pela Câmara Municipal de Vila, tendo
contando ainda com o patrocínio da Cerveja Sagres
‣ As atividades de educação ambiental promovidas no concelho de Oeiras foram financiadas pela C.M.
Oeiras
‣ O Guia de Aves Comuns teve o patrocínio da Swarovski, obtido por intermédio da empresa Esteller
‣ As atividades “De Olho nas Aves” têm apoio da Swarovski, traduzido no empréstimo de material ótico,
e contaram ainda com o patrocínio da Mitsubishi Corporation Fund
‣ O Congresso teve apoio financeiro, em serviços, géneros ou cedência de materiais de: ABB,
Associação Regional de Turismo dos Açores, AVIS, BirdLife Holanda (Vogelbescherming Nederland),
Bonita da Madeira, Câmara Municipal do Funchal, Câmara Municipal de Machico, Delegação Escolar
de Machico, Delta Cafés, Direção Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Madeira,
Direção Regional de Turismo da Madeira, , Direcção Regional de Juventude (da Madeira), Figura
Virtual, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Hotel White Waters, Hotel D. Pedro, Lipton Ice Tea /
Unilever, Naturlink, Parque Ecológico do Funchal, PROFOR, RESUL, SATA, SIG, ZON Madeira.
- Relatório Anual 2011 – 13/56 -
Parceiros:
A Abegoaria, A Rocha, Agência Portuguesa do Ambiente, AISEC Iscte, Alternativtour, Associação de
Estudantes de Faculdade de Ciências de Lisboa, Associação Grace, Associação Transumância e
Natureza, Beach Hut Watersports, Biosfera I, Biovirtual, Birding in Portugal, BirdLife International, C.M.
Barreiro, C.M. Funchal, C.M. Peniche, C.M. Portimão, C.M. Vila do Bisco, Cape Cruiser, CEAI, Centro de
Ciência Viva do Porto Moniz, Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Tomar, CISE, Colégio
“Os Aprendizes”, Delegação Escolar de Machico, Direcção Regional de Turismo dos Açores, Direcção
Regional de Juventude da Madeira, Diterra, Ecoceanus, EDP, EMAC - Empresa de Ambiente de Cascais,
E.M., S.A., Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, Escola Secundária c/3º CEB da Amora,
Estalagem Parque do Rio, Formosamar, GRACE - Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial,
Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga, Grupo Flamingo, Iberian Nature, ICNB, Inter-Accion,
Loja de História Natural, Mar Ilimitado, Mata do Buçaco, Monte do Álamo, Núcleo de Estudantes de
Biotecnologia e Biologia Marinha, de Peniche, Opticron, Parceiros do Festival de Observação de Aves de
Sagres, Passeios Ria Formosa, Pingo Doce, Pousadas de Portugal, Quercus – Braga, Quercus - Castelo
Branco, Quercus – Guarda, Quercus - Ribatejo e Estremadura, Quinta do Barranco da Estrada, Rota
Jovem, Rotas do Sal, Serviço do Parque Natural da Madeira, Sociedad Española de Ornitologia (SEO/
BirdLife), Swarovski Optik, Terra Azul, Terras de Mouros, TESE – projeto DoSomething, Tradicampo,
Troviscais, Turismo de Portugal, Turismo do Algarve, Zeiss.
- Relatório Anual 2011 – 14/56 -
Departamento de Conservação / Programa Terrestre
O Programa Terrestre da SPEA engloba diferentes projetos e campanhas, com os seguintes
objetivos:
‣ Manter os meios agro-florestais e agrícolas ricos em aves e biodiversidade;
‣ Conservar as populações de aves ameaçadas que dependem dos meios agrícolas e florestais;
‣ Proteger as IBAs e as suas populações de aves;
‣ Monitorizar as populações de aves comuns como ferramenta essencial de gestão das
espécies e dos habitats.
Para alcançar estes objetivos a SPEA tem trabalhado na conservação dos meios rurais, através
de projetos dirigidos para espécies e habitats e da pressão dirigida para influenciar políticas
relevantes. Tem desenvolvido também uma atividade importante na valorização da biodiversidade
rural, através da sensibilização dos agricultores e da promoção do turismo ornitológico.
Em 2011 o Programa Terrestre da SPEA recebeu talvez os primeiros encontrões da crise e da
austeridade financeira. O Departamento de conservação terrestre é um pequeno programa
dentro da SPEA, no que diz respeito ao número de colaboradores (apenas 6, metade dos quais a
tempo parcial). Por isso, a grande expectativa para 2011 era a candidatura LIFE+ Imperial, que
não foi aprovada, apesar das indicações provenientes do rumo dos acontecimentos no início do
ano. Vimos assim goradas as esperanças de ampliar a equipa e de reforçar fortemente a
componente de conservação de espécies ameaçadas. A equipa arregaçou as mangas e
trabalhamos em dois sentidos, por um lado o esforço técnico de avançar com várias
candidaturas a projetos de conservação, que possam garantir a continuidade do trabalho, e por
outro o valorizar e desenvolver aquilo que temos de melhor que são os programas de
monitorização e o voluntariado científico. Em 2011 foi desenvolvida uma segunda candidatura
LIFE+ para a águia-imperial e cinco outras candidaturas mais pequenas, a outras fontes de
financiamento (Programa da Rede Rural Nacional, Fundo EDP Biodiversidade e MbZ Species
Conservation Fund), para objetivos de conservação relacionados com IBA e espécies ameaçadas
e para monitorização.
- Relatório Anual 2011 – 15/56 -
O Programa Terrestre é pequeno em termos de funcionários, mas grande em termos de
colaboradores voluntários, resultados e expectativas. Felizmente temos o que chamamos
voluntários “cinco estrelas”, que dão muitíssimo do seu tempo e empenho pelos programas e
projetos da SPEA. Não teríamos o actual Censo de Aves Comuns (CAC), sem o Ricardo Martins,
a Ana Leal e Ana Teresa Marques, nem Projecto Chegadas sem o Henk Feith e o Noticiário
Ornitológico sem o Nuno Vieira e o Stuart MacKay. Mesmo o projeto maior do Programa
Terrestre, o Atlas da Aves Invernantes e Migradoras de Portugal, que teve o seu lançamento
em 2011, só existe devido à preciosa dedicação por parte de 11 coordenadores regionais
voluntários, também eles “cinco estrelas”.
Em 2011 colaboraram com o Programa Terrestre da SPEA várias centenas de voluntários de
campo, recolhendo informação para os vários projetos de monitorização. O arranque do projeto
Atlas foi talvez o aspecto mais marcante do ano. O Atlas foi o projeto mais mediático deste
departamento, foi também o mais abrangente dentro dos sócios da SPEA e da restante
comunidade ornitológica. Mas também os outros projectos de monitorização (CAC, Censo de
Aves de Natal e Ano Novo (CANAN), Chegadas, NOCTUA e Noticiário Ornitológico) envolveram
centenas de pessoas e deram os seus resultados anuais, como era esperado. Este extenso
programa de monitorização começa a dar frutos para a acção da SPEA e para a conservação da
natureza em Portugal. Os dados do CAC, por exemplo, têm estado na base da posição da SPEA
sobre gestão cinegética, cujo momento mais alto em 2011 foi a campanha para a retirada do
melro da lista das espécies caçáveis. A escolha da Ave do Ano 2012 foi também baseada nos
dados do CAC e do Chegadas e à extensa informação acumulada pela SPEA nos quase dez
anos do seu programa de monitorização.
Em 2011 terminaram alguns projetos de conservação importantes, como o Avifauna III, em
linhas eléctricas, e a primeira fase do Projeto-piloto, em sistemas agrícolas. Projetos que
deveriam ter sequência, mas cuja continuação não está garantida. Dois grandes desafios
aparecem em evidência para 2012. Por um lado, continuar o bom trabalho de mobilizar,
organizar e valorizar o imenso capital humano e científico do programa de monitorização, e por
outro encontrar apoios e financiamentos que possam sustentar a ação da SPEA na conservação
das aves. No primeiro desafio é necessário levar a bom termo o projeto Atlas e valorizar os outros
projetos de monitorização; no outro desafio é muito importante encontrar financiamento para
projetos de conservação de espécies ameaçadas e para a rede das IBA. Não será tarefa fácil em
plena crise económica, mas todos juntos podemos conseguir.
Marcos do Programa Terrestre em 2011:
‣ Arranque do projeto Atlas das Aves Invernantes e Migradoras de Portugal (oito reuniões da
Comissão Científica, cinco ações de treino, 230 voluntários envolvidos no projeto, mais de 300
quadrículas amostradas).
‣ Sucesso da campanha para retirar o melro da lista da espécies cinegéticas para a época
2011/2012.
‣ Programa IBA: dez novos vigilantes em 2011 e desenvolvimento de ações em várias IBA
(Montesinho e Nogueira, Peneda-Gerês, Vale do Côa, Douro Internacional, Ria de Aveiro, Paul
de Arzila, Albufeira do Caia, Lagoa Pequena, Cuba, Costa Sudoeste e Lagoa dos Salgados).
- Relatório Anual 2011 – 16/56 -
‣ Desenvolvimento normal dos programas CAC, CANAN e Chegadas, com o envolvimento de
muitas dezenas de voluntários (ver abaixo), produção de relatórios anuais e realização de
intervenções públicas (ex. campanha do melro).
‣ Remodelação da equipa do Noticiário Ornitológico, com ganhos na regularidade da sua
publicação.
‣ Primeiro relatório do programa NOCTUA de monitorização de aves noturnas.
‣ A plataforma on-line PortugalAves atinge os 1.000 utilizadores e os 80.000 registos.
‣ Criação do Grupo de Trabalho em águia-de-bonelli, e monitorização das populações da
espécie na região do Oeste.
‣ Início do processo Bird Reporting, com o ICNB e ao abrigo da Diretiva Aves da União
Europeia, e no processo Birds in Europe 3 com a BirdLife International.
‣ Encerramento do Avifauna III, 240 km de linhas elétricas corrigidas, 198 km de linhas elétricas
monitorizadas, e o envolvimento de 12 voluntários.
‣ Encerramento da primeira fase do Projeto-piloto com a CAP, LPN e DGADR, foi caracterizada
a situação de referência relativa à biodiversidade em 16 explorações agrícolas, de vários tipos,
representativas da paisagem agrícola de Portugal.
‣ Candidaturas a novos projetos: 2ª candidatura LIFE+ Imperial, a mesma parceria, um projecto
mais equilibrado, mas com cofinanciamento mais difícil, duas candidaturas ao Programa Rede
Rural Nacional e duas candidaturas Fundo EDP Biodiversidade.
‣ Cabo Verde: uma candidatura em parceira às bolsas MbZ Species Conservation Fund;
inclusão de Cabo Verde nos objetivos do Critical Ecossystem Partnership Fund; participação
da associação cabo-verdiana Biosfera I nas primeiras Jornadas Ornitológicas da Macaronésia;
e boas perspetivas de trabalho futuro em gestão de ilhas e ilhéus, aves marinhas e erradicação
de predadores.
‣ Comunicação: 11 comunicados de imprensa, edição semanal do Noticiário Ornitológico; seis
artigos na Pardela, representação da SPEA em mais de 32 eventos públicos, vários artigos nas
revistas da CAP, Caça, etc., contacto constante com jornalistas e apoio ao programa de
actividades para os sócios.
Departamento de Conservação - Programa Terrestre
Coordenador: Domingos Leitão
Staff: Julieta Costa e Hugo Sampaio
Atlas das Aves Migradoras e Invernantes: Comissão Científica Atlas: Domingos Leitão, Helder Costa,
Pedro Geraldes, Carlos Godinho, Julia Almeida, Pedro Sepúlveda, Rita Melo, Afonso Rocha e Frederico
Lobo; Apoio Atlas: Vanessa Oliveira, Ana Meirinho, Hugo Sampaio, Carlos Godinho; Coordenadores
Regionais Atlas: Miguel Cardoso, Paulo Travassos, Pedro Cardia, Barbara Fráguas e José Jambas, Paulo
Tenreiro, Eduardo Realinho, Helder Cardoso, Carlos Pacheco, Henk Feith, Carlos Cruz (KAU), Vitor
Encarnação, Ana Teresa Marques, Marcial Felgueiras, João Tiago Tavares, Isabel Fagundes, Carlos
Pereira; Colaboradores Atlas: Agostinho Alves Tomás, Alexandra Filipa Soares Rodrigues, Alexandre
Hespanhol Leitão, Alfonso Godino, Alice Gama, Álvaro Reis, Ana Alexandra Fonseca, Ana Carolina Ferraz,
Ana Cesário, Ana Coelho Ferreira, Ana Isabel Fagundes, Ana Lopes Pereira, Ana Luísa Catarino, Ana
Margarida Marques, Ana Maria Pereira, Ana Penteado, Ana Teresa Marques, Ana Teresa Pereira, André
Antunes, André Ornelas Ferreira, Andreia Dias, António Antunes Gonçalves, António Barreira, António
Ginja, António Mendonça, António Monteiro, António Vasconcelos, Bárbara Fráguas, Bernardo Conde,
Bruno Leitão, Carlos Almeida, Carlos Carrapato, Carlos Cruz (Kau), Carlos Franco, Carlos Godinho,
Carlos Jorge Marques, Carlos Magalhães, Carlos Manuel Duarte de Almeida Magalhães, Carlos Pacheco,
Carlos Pedro Santos, Carlos Silva, Carlos Vilhena, Catarina Dopico, Cátia Gouveia, Cátia Sofia Matos,
Claire Duchenne, Cláudio Ferreira, Cláudio Heitor, Clive Viney, Daniela da Costa, Daniela da Costa, Dário
- Relatório Anual 2011 – 17/56 -
Cerejeira, David Amaro, David Correia, David Guimarães, Domingos Leitão, Edgar Ribeiro, Eduardo
Mendes, Eduardo Realinho, Fernando Gaspar, Fernando Leão, Filipe Canário, Filipe Ceia, Filipe Martins,
Francisco Azevedo, Francisco Barros, Francisco Conceição, Francisco Maia, Francisco Morinha,
Frederico Lobo, Georg Schreier, Gonçalo Hilário, Helder Cardoso, Helder Costa, Hélder Vieira, Helena
Batalha, Helena Campos, Henk Feith, Hernani Mesquita, Hugo Sampaio, Hugo Velez, Hugo Zina, Inês
Rangel, Inês Roque, Isidoro Teodoro, Ivo Coelho, Jaime Braga Bairos, Joana Cruz, João Adrião, João
Castellano, João Farminhão, João Gaiola, João Guilherme, João Luís Almeida, João Manuel Monteiro,
João Monteiro, João Nunes, João Paulo Carvalho, João Petronilho, João Quadrado, João Rodrigues,
João Tiago Tavares, Joaquim Muchaxo, Joël Bried, Jorge Amaral, Jorge Antunes, Jorge Cardoso, Jorge
Safara, Jorge Santos, Jorge Silva, José Antunes, José Conde, José Jambas, José Marques, José Miguel
Oliveira, José Paulo Cortez, José Paulo Monteiro, José Pinto, José Ramón, Júlio Reis, Leila Duarte, Luís
Carreira, Luis Côrte-Real, Luís Costa, Luís de Sousa, Luis Guilherme Felizardo de Sousa, Luís Nogueira
dos Santos, Luís Santos, Luis Silva, Luis Sousa, Luís Venâncio, Luís Vieira, Magnus Robb, Manuel
Aldeias, Manuel Dias Matos, Manuel Jorge Díez dos Santos, Manuel Jorge Santos, Manuel Vasconcelos
Abreu, Manuela Nunes, Marc Van Dalém, Marcial Felgueiras, Marco Garcia, Marco Nunes, Marco Nunes
Correia, Maria do Rosário Rodrigues, Maria João Cunha, Maria Margarida Azeredo, Mário Costa, Mário
do Carmo, Mário Estevens, Mário Ferreira, Mário Santos, Marisa Gomes, Marta Acácio, Marta do Céu
Francisco, Marta Fonseca, Mena Ferreira, Miguel Cardoso, Miguel Gaspar, Miguel Mendes, Milene Matos,
Natália Melo, Nelson Pereira, Nuno Barros, Nuno Cidraes-Vieira, Nuno Faria, Nuno Guégués, Nuno Luz,
Nuno Martins, Nuno Oliveira, Nuno Santos, Paulo Alves, Paulo Belo, Paulo Encarnação, Paulo Ferreira,
Paulo Paixão, Paulo Tenreiro, Paulo Travassos, Pedro Barão Cunha, Pedro Cardia, Pedro Correia, Pedro
Fernandes, Pedro Geraldes, Pedro Grilo, Pedro Loureiro, Pedro Lourenço, Pedro Miguel Araújo, Pedro
Mónica Baptista Ribeiro, Pedro Nicolau, Pedro Pereira, Pedro Ramalho, Pedro Ramos, Pedro Salgueiro,
Pedro Sepúlveda, Raquel Tavares, Ricardo Barrela, Ricardo Belo, Ricardo Brandão, Ricardo Ceia, Ricardo
Jorge, Ricardo Lima, Ricardo Nabais, Ricardo Ramalho, Rúben Coelho, Rui Caratão, Rui Ferreira, Rui
Lourenço, Rui Marcão, Rui Massano, Rui Morgado, Rui Pedro Mendes Correia Caratão, Rui Pucarinho,
Rute Costa, Samuel Infante, Samuel Sousa, Samuel Viana, Sérgio Bruno Ribeiro, Sérgio Correia, Sérgio
Doutor, Sérgio Marques, Sérgio Timóteo, Sofia Cruz, Sofia Freitas, Susana Biber Rodrigues, Susana
Peixoto, Tânia Abelha, Vicente Olazabal, Vitor Encarnação
Coordenadores IBAs: Hugo Sampaio, Julieta Costa, Isabel Fagundes; Vigilantes de IBAs: Ana Isabel
Fagundes, António Vasconcelos, Sara Riso, Barbara Fraguas, Alice Gama, José Ferreira, Paulo
Travassos, Cláudia Ferraz, Cláudia Rato, Anne Bartlett, Ricardo Nabais, João Neves, Pedro Pires, Samuel
Infante, Miguel Lecoq, José Conde, Filipe Martins, João Paulo Batista, Ricardo Jorge Lopes, Jael Palhas,
Susana Velazques, Michael Armelin, Sónia Borges, Graça Ribeiro, Ana Meirinho, Lurdes Parracho, Joana
Andrade, Eliana Sales, Marco Pires, Sarah Oliveira, João Paulo Silva, Ivo Coelho, Carlos Vilhena, João
Carlos Claro, Duarte Quintas, Alexandre Leitão, Luís Venâncio, Sérgio Rolo, Nuno Barros, Nelson
Fonseca, Miguel Mendes, João Pinto, Márcio Alexandre, Rui Eufrásia, Simon Wates, Teresa Saraiva,
Miguel Pais, João Ministro, Tânia Correia, Rui Pimentel, Cátia Gouveia, Rosa Pires
Coordenação CAC: Ricardo Martins, Julieta Costa, Ana Leal, Ana Teresa Marques, Ana Isabel Fagundes,
Hugo Sampaio, Domingos Leitão; Gestão de base de dados CAC: Ana Meirinho; Colaboradores CAC:
Alice Gama, António Monteiro, Carlos Santos, Fernando Romão, Helena Campos, Hugo Sampaio, João
Quadrado, Jorge Amaral, Luísa Catarino, Marco Nunes, Mário Santos, Paulo Belo, Ricardo Timóteo,
Agostinho Tomás, Alexandra Carvalho, Alexandra Fonseca, Ana Leal, Ana Rita Ferreira, António Rosa,
António Xeira, Bernard Brookes, Bruno Pinto, Carla Pacheco, Carlos Carvalho, Carlos Pacheco, Carolina
Bloise, Cláudio Heitor, David Hurst, Domingos Leitão, Eurico Correia, Filipe Canário, Gonçalo Elias, Hany
Alonzo, Hélder Conceição, Henk Feith, Inês Henriques, Joana Andrade, Joana Santana, João Pedro Pina,
Jorge Cancela, Jorge Coimbra, José Alberto, José C. Ferreira, José M. Coxo, José Paulo Monteiro, Júlio
Reis, Luís Carreira, Luís Carvalho, Luís Gordinho, Luís Reino, Luís Santos, Luís Sousa, Luís Silva, Luís
Venâncio, Luís Vieira, Manuel Diez Santos, Manuel Matos, Marco Correia, Michael Armelin, Miguel
Canaverde, Miguel Gaspar, Miguel Lecoq, Nadine Pires, Paulo Alves, Paulo Catry, Pedro Fernandes,
Pedro Loureiro, Pedro Lourenço, Raquel Tavares, Ricardo Correia, Ricardo Tomé, Rita Arnauth Moreira,
Rogério M. Pereira, Rui Marcão, Rui Massano, Rui Morgado, Susana Rosa, Susana Pereira, Vanda
Miravent, Verónica Bogalho, Virgínia P. Castro, Afonso Rocha, Alexandre Leitão, Ana Teresa Marques,
Cristina Cardoso, Carlos Carrapato, Carlos Godinho, Carlos Pereira, Carlos Vilhena, Clive Viney, Colm
Moore, Daniel Sobral, David Borralho, David Santos, Elsa Fernandes, Filipe Dias, Francisco Conceição,
Francisco Maia, Francisco Pereira, Frank McClintock, Guillaume Rethoré, Helder Costa, Ivo Coelho, Israel
Silva, João C. Rodrigues, João Carvalho, João Guilherme, João Rodrigues, João Tiago Tavares, John
Burton, José Antunes, José Eduardo, José M. Pereira, José Rodrigues, Leila Duarte, Luís Costa, Marcial
Felgueiras, Michael Armelin, Miguel Braga, Miguel Capelo, Miguel Gaspar, Miguel Mendes, Nuno
Matadouro, Nuno Martins, Paulo Pinto, Pedro Grilo, Pedro Pereira, Ricardo Belo, Ricardo Martins, Ruben
Rodrigues, Rui Lourenço, Rui Rebelo, Rui Rufino, Sónia Antunes, Sérgio Elias, Simon Wates, Susana
- Relatório Anual 2011 – 18/56 -
Reis, Teresa Saraiva, Thys Valkenburg, Tiago Carvalho, Vítor Azevedo, André Batista, Andreia Proença,
Carla Veríssimo, Carlos Pereira, Cecília Melo, Jaime Braga Bairos, João Estevan, Luís Aguiar, Marlene
Nóia, Michelle Goh, Rui Botelho, Rui Pimentel, Sandra Hervias, Tânia Pipa, Verónica Neves, Vitor Coelho,
André Ferreira, Cátia Freitas, Cátia Gouveia, Isabel Fagundes, Luís Nunes, Marta Nunes, Pedro Augusto,
Pedro Sepúlveda, Bruno Aveiro
Coordenação CANAN: Domingos Leitão; Colaboradores CANAN: Tiago Rodrigues, Ana Luísa Machado,
Pedro Moreira, Mário Santos, Ana Alexandra da Fonseca, Jose Pedro Tavares, Raquel Tavares, Carlos
Pacheco, Vitor Garcia, Henk Feith, Ricardo Silva, Domingos Leitão, Artur Leitão, Nuno Oliveira, José
Oliveira, Ricardo Belo, Agostinho Tomás, Manuel Matos, Marco Correia, Paulo Alves, Arnaldo Cruz, Daniel
Magalhães, Pedro Geraldes , Manuel dos Santos, Carlos Vilhena, Nuno Soares, Paula Martins, Glenis
Vowles, Ralph Vowles, Miguel Mendes
Coordenação Chegadas: Henk Feith; Apoio tratamento de dados Chegadas: Luis Reino, Joana Santana;
Colaboradores Chegadas: Isidoro S. Teodoro, Miguel Braga, A. Sousa, Joana Andrade, Miguel Cardoso,
Afonso Rocha, João Ferreira, Miguel Gaspar, Agostinho Tomás, João Godinho, Alexandra Fonseca, João
Guilherme, Miguel Rolo, Alexandre Leitão, João Paulo Carvalho, Nelson Fonseca, João Pereira, Nelson
Pereira, Álvaro Reis, João Pinto Godinho, Nigel Jackson, Ana Luísa Catarino, João Rodrigues, Nuno
Cidraes Vieira, Ana Marquês, João Tiago Tavares, Nuno Morgado Martins, André H, João Tomás, Nuno
Oliveira, Andreia Dias, Joaquim Muchaxo, Nuno Soares, Joost Valkenburg, Patrícia Rodrigues, António
Antunes Gonçalves, Jorge L. Duarte, Paulo Alves, António Cunha Pereira, Jorge Menezes, Paulo Barros,
António Monteiro, Jorge Safara, Paulo Catry, António Pereira, Jorge Vicente, Paulo Dias, António Ribeiro,
José Antunes, Paulo Eduardo Cardoso, António Rosa, José Conde, Paulo Maio, António Xeira, José
Costa, Paulo P. Pinto, Beatriz Ginja, José de Sousa, Paulo Paixão, Camilo Carneiro, José Eduardo, Paulo
Pereira, Carlos Godinho, José Guerra, Paulo Tenreiro, Carlos Pacheco, José Paulo Monteiro, Pedro
Cardia, Carlos Patrício, José Prata dos Reis, Pedro Correia, Carlos Santos, José Rodrigues, Pedro
Fernandes, Carlos Vilhena, Pedro Horta, Cátia Marques, José Viana, Pedro Loureiro, Claúdia Ferreira,
Júlio Neto, Pedro Lourenço, Cláudia Ferreira, Júlio Reis, Pedro Marques, Clive Viney, June Taylor, Pedro
Martins, Coelho C, Kelle Moreau, Pedro Moreira, Daniel Fortuno, Pedro Pereira, David Rodrigues, Ligia
Batalha, Pedro Ramalho, Dennis Cotton, Lisete Matos, Peter Dedicoat, Dinis Cortes, Luís Almeida, Rafael
Matias, Domingos Leitão, Luís Costa, Raquel Neves dos Santos, Luís Gordinho, Raquel Tavares, Edgar
Gomes, Luís Guilherme, Ricardo Ceia, Eduardo Realinho, Luís Ramos, Ricardo Nabais, Emanuel Ribeiro,
Luís Reino, Ricardo Tomé, Fernando Serra, Luís Rodrigues, Rita Ferreira, Filipa Bragança, Luís Santos,
Rui Caratão, Filipe Martins, Luís Sarmento, Rui Constantino, Francisco Barros, Luís Venâncio, Rui Marcão,
Francisco Conceição, Luísa Catarino, Samuel Infante, Frank McClintock, Magnus Robb, Sara Carvalho,
Frank Spaapen, Manuel Jorge dos Santos, Sara Roda, Frederico Morais, Manuel Malva, Simon Wates,
Frederik Ström, Manuel Matos, Stuart MacKay, Manuel Vasconcelos Abreu, Teresa Catry, Gonçalo Elias,
Marco Fachada, Thys Valkenburg, Guillaume Réthoré, Margarida Azeredo, Tiago Correia, Helder Cardoso,
Maria de Sousa, Tiago Ventura, Helder Vieira, Maricée Ten Bosch, Tim van Nus, Helena Batalha, Mário
Carmo, Henk Feith, Mário Estevens, T Voerle, Hugo Rodrigues, Mário Pinto, Vitor Gago, Hugo Sampaio,
Matthias Tissot, Vitor Garcia, Hugo Zina, Mauro Machado, Inês Catry
Coordenação NOCTUA: Rui Lourenço, Inês Roque, Ricardo Tomé; Colaboradores NOCTUA: Adriana
Silva, Agostinho Tomás, Alexandra Fonseca, Alexandre H. Leitão, Ana Cordeiro, Ana Jones, Ana Laborda,
Ana Marques, Ana Meirinho, Ana Teresa Marques, André Aguiar, Andreia Dias, Carlos Godinho, Carlos
Pacheco, Célia Gomes, Clara Silva, Cláudio Luzio Dias, David Rodrigues, Domingos Francisco, Dyana
Reto, Edgar Gomes, Eduardo Realinho, Fábia Azevedo, Fernando Pereira, Filipa Machado, Filipe Canário,
Filipe Gomes, Francisco Morinha, Gil Costa, Hany Alonso, Helena Batalha, Hélia Gonçalves, Hugo
Laborda Sampaio, Hélder Soares, Hugo Zina, Inês Henriques, Inês Roque, Irina Oliveira, Joana Andrade,
Joana Domingues, Joana Figueiredo, João Quadrado, João Rabaça, João Tiago Marques, João Tiago
Tavares, Jorge Henriques, José Carlos Morais, Julieta Costa, Lígia Batalha, Lourenço Marques, Lúcia
Lopes, Luís Novo, Luís Rosa, Luís Rui Custódia, Luís Venâncio, Luísa Catarino, Manuel Matos, Marco
Mirinha, Mariana Marques, Mário Carmo, Mário Estevens, Marisa Arosa, Michal Puchir, Nadine Pires, Nélia
Penteado, Nuno Barros, Nuno Faria, Nuno Oliveira, Paulo Alves, Paulo Cardoso, Paulo Catry, Pedro
Salgueiro, Pedro Costa, Pedro Moreira, Pedro Pereira, RIAS, Ricardo Brandão, Ricardo Ceia, Ricardo
Monteiro, Ricardo Nabais, Ricardo Tomé, Rita Ferreira, Rui Lourenço, Sara Araújo, Sérgio Correia, Susana
Costa, Thijs Valkenburg, Tiago Rodrigues, Vanessa Oliveira, Vítor Nascimento
Coordenação do Noticiário Ornitológico: Nuno Cidraes-Vieira, Hugo Sampaio, Domingos Leitão; Apoio ao
Noticiário Ornitológico: Stuart MacKay, Susana Costa, Susana Alves
Coordenação projeto Linhas elétricas: Julieta Costa; Assistente do projeto Linhas Elétricas: Rita Moreira;
Colaboradores Linhas Elétricas: Joana Cruz, Ana Andrade, Carlos Magalhães, Diana Canas, José Pereira,
Luís Avelar, Nuno Luz, Ricardo Timóteo, Sara Silva, Rui Pedro, Diogo Oliveira, Maria do Rosário Vitorino
- Relatório Anual 2011 – 19/56 -
Grupo de Trabalho em águia-de-bonelli: Rita Ferreira, Jorge Vicente, Luis Palma
Financiamentos por: Fundação EDP, Programa da Rede Rural Nacional, EDP Distribuição, ANA
Aeroportos de Portugal, Programa Leonardo Da Vinci,
Entidades parceiras: Labor/Universidade de Évora, ICNB, Parque Natural da Madeira, Secretaria Regional
do Ambiente e do Mar (Açores), Associação Portuguesa de Anilhadores de Aves, A Rocha, Agrupamento
Vertical de Escolas de Portel, Associação Natureza e Transumância, Parque Biológico de Gaia, Escola
Superior Agrária de Viana do Castelo, Gabinete de Planeamento e Políticas (Ministério da Agricultura),
Pan-European Common Bird Monitoring Scheme, Biodiversity4All, CERVAS/ALDEIA, Confederação dos
Agricultores de Portugal, Liga para a Proteção da Natureza, Direção-Geral de Agricultura e
Desenvolvimento Rural, EDP Distribuição, Quercus, SEO/BirdLife, Royal Society for the Protection of
Birds, University of Cambridge, Biosfera I, Plataforma Sabor Livre, Associação para Gestão Florestal
Responsável, Almargem, ARH-Algarve, ARH-Alentejo
- Relatório Anual 2011 – 20/56 -
Departamento de Conservação / Programa Marinho
Este Programa, criado em 2005 e que teve como sua origem o projeto LIFE “IBAs Marinhas”,
constitui já toda uma referência em Portugal e na rede Europeia da BirdLife International. Ao
longo de 2011, a implementação de três grandes projetos no Continente e nos Açores, junto de
muitos outros onde a SPEA é parceira, marcaram o dia a dia do nosso grupo de colaboradpres.
Além das atividades ligadas diretamente aos projectos, a equipa marinha participou intensamente
em muitas outras atividades de lóbi, de influência política e advocacy, voluntariado ambiental e
participação em processos de consulta pública.
No Continente, dois projetos ocuparam a maior parte do nosso tempo: o projeto Interreg FAME
(Future of the Atlantic Marine Environment) e o início do projeto LIFE MARPRO demonstraram a
importância de continuar a monitorização marinha e a recolha de dados muito valiosos da
distribuição das aves marinhas na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal continental. O
trabalho do novo pessoal contratado, ao nível da preparação e execução das ações de campo,
atualização e análise de dados e divulgação, foi fundamental para cumprimento das ações
previstas. A colaboração junto de outras instituições públicas e privadas demonstrou, mais uma
vez, a importância de estabelecer parcerias multidisciplinares. O resultado é um enorme volume
de novos dados, obtidos maioritariamente através de censos marinhos, mas também através de
censos costeiros, observações de aves arrojadas nas praias ou observações pontuais, que
continuaram a atualizar e reforçar, de forma ininterrupta, a base de dados de aves marinhas da
SPEA, uma base de dados que começou em 2004 e que já é, sem dúvida nenhuma, a maior e
mais atual recompilação da avifauna marinha portuguesa.
O Projeto LIFE+ Ilhas Santuário para Aves Marinhas, a decorrer nas ilhas açorianas de Corvo
e São Miguel, entrou no seu terceiro e mais decisivo ano, com a construção da vedação antipredadores na primeira reserva propriedade da SPEA, a primeira em todo o hemisfério norte no
que diz respeito à criação de áreas terrestres livres de predadores, e portanto ideais para a
nidificação de aves marinhas. Foi sem duvida a ação mais importante de entre muitas outras, que
certamente irá transformar a paisagem da ilha a longo prazo.
Como referido no anterior relatório, desde 2009 que o Coordenador do Programa Marinho da
SPEA é também o Coordenador do Programa Marinho Europeu, e assim a implicação
internacional do nosso trabalho continuou a ser uma prioridade. Em Bruxelas, cabe destacar a
- Relatório Anual 2011 – 21/56 -
definição da primeira Estratégia Marinha Europeia, elaborada em conjunto com todos os
parceiros da BirdLife International, e a criação de um grupo de trabalho especialista em aves
marinhas e conservação. O grupo, chamado “European Marine Task Force, coordenará todas as
atividades, projetos e recolha de dados realizada na Europa e servirá como fórum de debate a
nível continental.
Mas o trabalho da equipa marinha da SPEA não ficou apenas nos projetos principais. Foram
implementados muitos projetos de monitorização marinha que contaram com a colaboração de
inúmeros voluntários, os projectos Arenaria e os dias RAM são dois excelentes exemplos. A
enorme quantidade de dados, tão úteis nos processos de discussão pública, dos quais a SPEA é
proprietária, não existiria sem o apoio desinteressado de tantas pessoas, que nos ajudam e
colaboram de forma constante, e sem as quais não poderíamos ter chegado tão longe.
Finalmente, cabe destacar o esforço realizado junto das instituições nacionais e europeias para
conseguir uma melhor e mais efetiva proteção do nosso mar e das suas espécies. Infelizmente,
os resultados ainda não são os esperados, o Governo Português continua sem declarar como
legalmente protegidas nenhuma das IBA marinhas identificadas em 2008, e em 2012 a SPEA irá
realizar uma queixa oficial junto da Comissão Europeia.
A cagarra Calonectris diomedea foi a Ave do Ano em 2011 eleita pelos sócios da SPEA.
Classificada com o estatuto de ameaça de “Vulnerável” em Portugal continental e “Pouco
preocupante” nas ilhas pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, os números de cagarra
têm vindo a diminuir ao longo dos anos. A poluição marinha por hidrocarbonetos, a mortalidade
associada a algumas artes de pesca e a introdução de predadores nos locais de nidificação, são
ameaças sérias que têm posto em risco o futuro da espécie. Ao longo de 2011, a SPEA tem
vindo a alertar a opinião pública para o declínio global das aves marinhas e a Cagarra tem sido o
símbolo de diversas campanhas e projetos atualmente a decorrer, LIFE Ilhas Santuário para as
aves marinhas, FAME, Projecto de Diagnóstico e Minimização do Impacte da Iluminação Pública
nas Aves Marinhas, LIFE Ilhéus do Porto Santo, LIFE MarPro.
Projeto LIFE Ilhas Santuário para Aves Marinhas
O projecto entrou no seu terceiro ano, tendo a maior partes dos objectivos sido conseguidos, e a
generalidade das acções decorre de acordo com o previsto e dentro dos prazos e orçamento
previstos, apenas havendo a registar algum atraso, devido à ocorrência de factores não
previsíveis no início do projecto, na ação C2 (vedação anti-predadores), cuja construção foi
finalizada em Outubro de 2011.
Mais de 16.000 plantas foram criadas na estufa do Corvo em colaboração com a Escola
Secundária Mouzinho da Silveira, das quais cerca de 10.000 já foram plantadas nas áreas de
intervenção do projeto; no Ilhéu de Vila Franca do Campo, em colaboração com o projeto
Laurissilva Sustentável, foram criadas em estufa milhares de plantas, das quais 8.000 já foram
plantadas no ilhéu que apresenta muito bons resultados de crescimento de vegetação nativa,
após o corte e erradicação das invasoras (sobretudo canas); continuaram os trabalhos de
mapeamento da vegetação invasora; continuaram os trabalhos de censo de mamíferos invasores
e de investigação das suas épocas de actividade e reprodução; foram realizadas várias sessões
de esclarecimento público, e publicados vários artigos científicos e posters com os primeiros
resultados do projeto; o projeto manteve activo o blogue e site oficiais, tendo mesmo o blogue
sido considerado um exemplo de boa comunicação de um projecto LIFE pela equipa da unidade
LIFE da Comissão Europeia; a vedação anti-predadores foi construída na reserva biológica, com
técnicos da Nova Zelândia a auxiliar, dando o seu apoio técnico nesta acção pioneira; foram
realizadas várias exposições e ações de educação ambiental, tanto no Corvo como em São
Miguel; foi criado o site ‘Lua de mel no Corvo’ com um ninho de cagarro disponível na internet
em tempo real e que foi visitado por mais de 25.000 pessoas de 70 países diferentes, no que
constituiu um dos maiores sucessos de comunicação da SPEA.
- Relatório Anual 2011 – 22/56 -
Projecto Interreg FAME
No segundo ano de execução do projeto foram desenvolvidas várias ações de campo,
nomeadamente para recolha de informação de aves marinhas através de: censos marinhos (2
campanhas dirigidas a toda a costa continental a bordo do veleiro WILMA, e 2 campanhas a
bordo do navio oceanográfico Noruega), censos costeiros mensais (contagens RAM em 5 a 6
pontos), censos de comportamento no cabo Raso e cabo Carvoeiro (quinzenais), censo da
população reprodutora de cagarra nos ilhéus da Berlenga (completando o censo iniciado em
2010 para todo o arquipélago), colocação de GPS-loggers (39) e geolocators (24) em cagarras
na ilha da Berlenga, campanha de construção e recuperação de caixas-ninho de cagarra na
Berlenga (com a participação de 12 voluntários), censo preliminar da população reprodutora e
colocação de geolocators em roques-de-castro no Farilhão Grande, e realização de transetos
nas praias para deteção de aves arrojadas (cerca de 110 km na primavera e repetidos no
outono).
No âmbito da avaliação de interacções com as pescas foram realizados cerca de 100 inquéritos
em 7 portos de pesca, e foram conduzidas as primeiras monitorizações a bordo de embarcações
pesqueiras. Iniciou-se o desenvolvimento de uma plataforma webGIS que será concluída e
actualizada em 2012. Em parceria com o Centro de Energia das Ondas foi promovido o
workshop “Energias renováveis marinhas e Biodiversidade”, que decorreu em Peniche e contou
com 60 participantes.
No que diz respeito a divulgação, realizou-se em Oeiras um evento de promoção do projecto,
que incluiu um passeio a bordo do veleiro WILMA com 7 jornalistas, algumas sessões de
observação de aves no cabo Carvoeiro, foram produzidos vários materiais de divulgação (folheto,
cartazes, t-shirts, painéis sobre as aves das Berlengas, sacos de pano), foi apresentado um
póster científico no Congresso da SPEA e o site do projecto foi sendo constantemente
actualizado e melhorado.
Foram realizadas várias reuniões de trabalho com os parceiros nacionais, e a SPEA, como
coordenadora do grupo “Managing Marine Environment”, organizou a 2ª reunião para todos os
parceiros (que decorreu em Dublin), tendo ainda participado nas reuniões dos grupos “Gathering
Data by Monitoring & Tracking” e “Communications”.
Projecto LIFE MarPro
No primeiro ano de execução do projeto, a SPEA coordenou as ações de compilação de
informação e harmonização das plataformas de SIG em uso pelos parceiros (Ação A1), programa
de voluntariado (D3) e Ações de formação para técnicos, voluntários e outros grupos
interessados (E5). Sobre a ação relacionada com a abundância e distribuição das espécies alvo,
os técnicos do Programa Marinho participaram na campanha realizada a bordo do navio Santa
Maria Manuela. No Congresso da SPEA foi apresentado um póster sobre a avaliação de
interações entre aves marinhas e pescas, realizada através de questionários a mestres de pesca.
A SPEA esteve também presente no evento de lançamento do projecto, que decorreu em
agosto, durante o Festival dos Oceanos (Parque das Nações).
Base de dados marinha
A SPEA conta com uma base de dados de censos marinhos, comum a todo o Programa
Marinho, onde se encontram os dados dos censos visuais marinhos efetuados desde 2004 até
ao presente. A base de dados encontra-se ligada a um Sistema de Informação Geográfica para
visualização e análise dos resultados.
Até final de 2011 foram realizados mais de 85.000 pontos de observação, em toda a região
marítima de Portugal continental e ilhas, o que consiste em perto de 7.000 horas de observação.
Foram identificadas mais de 140 espécies de aves, num total de cerca de 391.000 aves que
foram observadas em todo o território português.
- Relatório Anual 2011 – 23/56 -
Departamento de Conservação - Programa Marinho
Coordenador: Iván Ramírez
Staff: Pedro Geraldes, Ana Meirinho, Joana Andrade, Ana Isabel Fagundes, Sandra Hervías, Carlos Silva,
Nuno Oliveira, Tânia Pipa, Nuno Barros, Vanessa Oliveira, Colaboradores não contratados pela SPEA:
Vítor Paiva (Universidade de Coimbra)
Colaboradores voluntários: Ana Caldeira, Adelaide Silva, Adriana Silva, Afonso Rocha, Alexandra
Fonseca, Alexandre Leitão, Ana Almeida, Ana Filipa Costa, Ana Gomes, Ana Henriques, Ana Laborda,
Ana Paula Alminhana, Ana Rodrigues, Antonieta Nunes, António Gonçalves, António Paulino, Augusto
Faustino, Beatriz Ginja, Bert Van der Auwermeulen, Bruno Aveiro, Cândida Delgado, Carla Gomes, Carla
Pereira, Carlos Horta, Carlos Pereira, Cátia Freitas, Cecília Melo, Claire Duchenne, Cláudia Furtado,
Cristina Maldonado, David Correia, Diogo Carvalho, Diogo Raposo, Diogo Silveira, Dionisio Sousa, Edgar
Ribeiro, Eva Rosello Laporta, Fernando Cristovão Rodrigues, Filipa Bragança, Filipe Canário, Filipe Ceia,
Filipe Moniz, Francisco Espírito, Gonçalo Hilário, Gonçalo Marques, Guillaume Rethore, Helena Batalha,
Helder Silva, Hany Alonso, Holly Jukes, Hugo Zina, Inês Bravo, Inês Catry, Inês Gonçalves, Jaime Ramos,
Jakob Katzenberger, Jane, Jannes andschoff, Joaquim Muchaxo, Joana Costa, Joana Miodonsky, Joana
Ramírez, Joana Santana, Joana Soares, João Pereira, João Rodrigues, Jorge Cardoso, Jorge Menezes,
José Amaral Marques, José Benedicto, José Bento, José Lemos, José Luís, José Manuel Monteiro, José
Paulo Monteiro, Julia Garcia Herrera, Júlio Reis, June Taylor, Kathrine Puttick, Karen Cunningham, Leila
Duarte, Lucas Vinhas, Luís Aguiar, Luís Avelar, Luís Ferreira, Luís Queirós, Luís Santos, Marc Van Dalem,
Márcia Pinto, Marco Faleiro, Marco Machado, Maria Helena Lopes, Maria Peixe Dias, Mário Estevens,
Marisa Airosa, Maura Pacheco, Michael Armelin, Miguel Barreto, Miguel Conde Teira, Miguel Mendes,
Nádia Sousa, Nélia Mestre, Nelson Pereira, Nigel Agar, Norberto Silva, Nuno Câmara, Nuno Rodrigues,
Nuno Sarmento, Nuno Vieira, Patrícia Candelas, Paul, Paulo Catry, Paulo Travassos, Pedro Augusto,
Pedro Domingos, Pedro Fernandes, Pedro Martins, Pedro Moreira, Pedro Rodrigues, Peter Dedicoat,
Renata Martins, Ricardo Ceia, Ricardo Lima, Ricardo Tomé, Rita Bastos, Rui Costa, Rui Ferreira, Rui
Lourenço, Rui Pedro, Rui Pimentel, Sandra Mealha, Sara Roda, Sérgio Correia, Sérgio Fernandes, Sérgio
Ribeiro, Sónia Alexandre, Ophélie Reis, Otília Tavares, Tânia Basílio, Tatiana Leal, Teresa Catry, Teresa
Melo, Thijs Valkenburg, Tiago Henriques, Tiago Pereira, Valentina Piacentini, Zeltia Lopez,
Financiado por: Fundo Comunitário Life+ da Comissão Europeia, BirdLife International, Global Seabird
Programme, Royal Society for the Protection of Birds, Espaço Atlântico (INTERREG)
Instituições Parceiras: Departamento de Oceanografia e Pescas; Universidade dos Açores; Instituto do
Mar; Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas; Secretaria Regional do Ambiente e dos
Recursos Naturais da Madeira – Parque Natural da Madeira; Instituto de Conservação da Natureza e
Biodiversidade; Instituto Hidrográfico; Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Museu da Baleia da
Madeira; Museu Nacional de HIstória Natural, Aeroclube de Portugal; Sociedade Portuguesa de Vida
Selvagem; Universidade do Minho; Centro de Energia das Ondas; Martifer; Associação Portuguesa
Meridiano 10; Universidade de Aveiro; Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar
- Relatório Anual 2011 – 24/56 -
SPEA Madeira
A SPEA Madeira teve um ano de 2011 em cheio, com o desenvolvimento de diversos projetos,
censos e atividades, e que no final do ano foi coroado de sucesso com a realização do VII
Congresso de Ornitologia da SPEA e das I Jornadas Macaronésicas de Ornitologia. 2011 ficou
também marcado pela primeira candidatura da SPEA Madeira a um Life+, em que a SPEA é a
beneficiária principal da candidatura, com a Direção Regional de Florestas e o Parque Natural da
Madeira como parceiros. Este projecto visa a conservação do fura-bardos, subespécie endémica
da Macaronésia que ocorre apenas na ilha da Madeira e no arquipélago de Canárias.
Além dos trabalhos na ilha da Madeira a SPEA tem aumentado também a sua representação no
Porto Santo, com a realização das diferentes ações do LIFE Ilhéus do Porto Santo, assim como a
extensão à ilha vizinha do Censo de Mantas, Atlas das Aves Migradoras e Invernantes, CAC e
Projeto Arenaria. Desta forma tem sido aumentada a nossa visibilidade junto da população e
entidades públicas e privadas da ilha.
No âmbito do programa anual da SPEA Madeira, além dos projetos específicos que são
realizados, muitos dos quais com o apoio de voluntários, têm sido desenvolvidas diversas
atividades direcionadas quer para os sócios como para o público escolar e população em geral,
com destaque para o melhoramento do programa de educação ambiental. Atualmente contamos
com 188 sócios na Madeira.
Projeto Avaliação do Impacte das Linhas Elétricas de Média Tensão sobre algumas Espécies de
Aves Vulneráveis (2009-2011)
Foi com base nos resultados do estudo desenvolvido entre 2007 e 2008 que surgiu o presente
projeto, o qual tem como principais objetivos i) identificar as principais áreas de ocorrência,
estimativa populacional e a susceptibilidade de colisão da galinhola, roque-de-castro e almanegra nas linhas situadas na área do Paul da Serra e Caniçal, ii) apresentar medidas corretivas, de
modo a reduzir o número de incidentes com estas espécies.
Em 2011 continuaram-se as prospeções mensais das Linhas Elétricas em ambas as áreas de
estudo e os postos de observação mensais para deteção da galinhola nas 4 linhas do Paul da
Serra. De destacar que a EEM efetuou alterações na linha do Caniçal, reduzindo
consideravelmente o seu comprimento e suprimindo o segmento mais problemático ao nível da
mortalidade por colisão de almas-negras. Até dezembro de 2011 foram detetadas 52 aves
mortas por interação com as linhas elétricas, 51 por colisão e apenas 1 por electrocussão. O
- Relatório Anual 2011 – 25/56 -
maior número de registos de mortalidade por colisão afetam a alma-negra, com dez casos,
seguida da gaivota-de-patas-amarelas, com oito ocorrências, e da galinhola com seis.
Durante este ano foram analisados os dados referentes ao I Censo da Galinhola e elaborado o
relatório referente aos mesmos. Os dados indicam a existência de uma população de 162
machos reprodutores. Estes dados foram apresentados sob a forma de póster no VII Congresso
da SPEA. De acordo com os dados obtidos nos pontos de observação realizados nas linhas,
verifica-se a interação de galinhola com as quatro linhas monitorizadas, quer em habitats de
pastagem de montanha como também em urzal. Verifica-se uma sazonalidade nos contactos
com esta espécie, sendo que no período compreendido entre os meses de julho e dezembro não
foram obtidos contactos com machos em roding.
Os dados dos primeiros 2 anos de projeto foram apresentados no seminário Linhas elétricas,
Iluminação e Avifauna, inserido no VII Congresso da SPEA. Na página web da SPEA foi ainda
criado um microsite dedicado ao projecto, onde foram incluídas diversas informações sobre o
mesmo.
Diagnóstico e Minimização do Impacte da Iluminação Pública sobre Aves Marinhas (2009-2011)
Este projecto pretende identificar pontos na rede de iluminação pública com incidência
problemática nas aves marinhas, assim como identificar as medidas de minimização necessárias
para reduzir o número de incidentes verificados. Pretende-se desenvolver uma campanha de
sensibilização junto dos municípios e população local, em especial junto das áreas mais sensíveis.
Com este projecto pretendemos demonstrar que é possível e importante manter o balanço entre
a vida selvagem e a saúde humana, segurança e interesses económicos.
Em 2011 deu-se seguimento aos contactos com as autarquias e outras entidades com
responsabilidade na colocação/definição de luminárias na faixa costeira da ilha, no sentido de
alertar para esta problemática e apresentar propostas de alteração.
Com o acordo das autarquias, a EEM implementou alterações em 5 localidades (Caniçal,
Machico, Caniço, Calheta e Jardim do Mar) que se refletiram em significativa poupança
energética, na ordem dos 7323 kWh/mês, o que corresponde ao total de 752,07 €/mês. Todas
estas alterações foram monitorizadas pela SPEA e efetuados pontos de escuta para avaliar o
efeito das alterações na atividade das aves marinhas.
Em 2011 continuou-se a desenvolver a campanha de divulgação e sensibilização, nas quais
participaram 675 pessoas, o que se refletiu também no aumento do número de aves marinhas
recolhidas – 127, em especial cagarras e almas-negras. Os dados dos primeiros 2 anos de
projeto foram apresentados no seminário Linhas elétricas, Iluminação e Avifauna, inserido no VII
Congresso da SPEA. Na página web da SPEA foi ainda criado um microsite dedicado ao
projecto, onde foram incluídas diversas informações sobre o mesmo, assim como os primeiros
resultados da recolha de aves marinhas encandeadas.
Projeto LIFE Ilhéus do Porto Santo (2010 – 2014)
Projecto desenvolvido pelo Serviço do Parque Natural da Madeira com parceria com a SPEA, cujo
objetivo é garantir que os ilhéus do Porto Santo e a área marinha adjacente atinjam um estatuto
de conservação estável e auto-sustentável. Além da recuperação do habitat de nidificação das
aves marinhas, prevê-se continuar com o seguimento das aves marinhas nidificantes nestes
ilhéus, assim como melhorar a iluminação pública do Porto Santo de forma a minimizar o impacte
sobre as mesmas.
Em Maio de 2011 teve lugar o Workshop de apresentação do projeto em que todos os grupos de
trabalho (aves, moluscos, flora, invasoras, etc) foram dados a conhecer e apresentados os
principais objetivos a cumprir. Neste workshop a SPEA apresentou a situação da iluminação
pública no Porto Santo e a campanha de recolha de aves marinhas.
Em 2011 deu-se início a algumas das acções previstas, nomeadamente seguimento de
pintainhos e cagarras do ilhéu de Cima (colocação de GLS loggers nos pintainhos e GPS loggers
- Relatório Anual 2011 – 26/56 -
nas cagarras), prospeção em terra e por mar de possíveis áreas de nidificação do garajau-rosado
e realização de censos marinhos entre Madeira e Porto Santo com o apoio da Porto Santo Line e
Museu da Baleia.
Foi ainda realizada a primeira reunião do grupo de trabalho para a elaboração do plano de
minimização dos efeitos negativos da iluminação pública sobre as aves marinhas, que inclui
elementos da CM Porto Santo, PNM, EEM e SPEA, implementado o programa de recolha de
aves marinhas encadeadas e realizadas palestras nas escolas para divulgação do projeto e
sensibilização para a recolha de aves marinhas.
VII Congresso de Ornitologia da SPEA
Pela primeira o congresso nacional da SPEA teve lugar fora de Portugal continental e em 2011 a
cidade escolhida foi Machico, na ilha da Madeira. Este evento incluiu também a realização das I
Jornadas Macaronésicas de Ornitologia, contando com a participação de elementos dos 4
arquipélagos (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde)
A SPEA Madeira deu apoio na organização do evento, nomeadamente na seleção do espaço,
angariação de apoios e patrocínios, organização do programa não-científico, divulgação do
evento, organização de alojamentos e transportes e organização do seminário Linhas elétricas,
Iluminação e Avifauna.
Projecto LIFE Eco-Compatível (2010-2014)
Este projecto é desenvolvido pelo Serviço do Parque Natural da Madeira em parceria com a SPEA
e tem como objetivo comunicar para a sustentabilidade socio-económica, usufruto humano e
biodiversidade em Sítios da rede Natura 2000 no arquipélago da Madeira. Desta forma pretendese reforçar e melhorar a compatibilidade das atividades com impacto socio-económico e cultural,
tais como turismo, pesca e agricultura, com a gestão das reservas naturais, habitats e espécies
listadas na Rede Natura 2000.
Em 2011 foi dada continuação à elaboração dos manuais de boas práticas para agricultores,
pescadores e agentes ligados à actividade turística, assim como foram iniciados os inquéritos aos
pescadores sobre bycatch.
Projeto LIFE SOS Freira-do-bugio
A freira-do-bugio Pterodroma deserta é uma das espécies mais ameaçadas da Europa e este
projeto, coordenado pelo Parque Natural da Madeira, tem como objectivo assegurar a área de
nidificação da espécie no Bugio, nas ilhas Desertas, e adquirir conhecimento sobre os locais de
ocorrência no mar. Durante o ano 2011 foram efetuadas revisões aos textos da monografia e
acompanhado o trabalho junto do designer. O evento de lançamento do livro teve lugar em
outubro, fechando assim os trabalhos no âmbito deste projecto.
Projeto Puffinus
O Projeto Puffinus visa a conservação do patagarro Puffinus puffinus no Parque Ecológico do
Funchal e teve início em 1994. Desde 2005 que a SPEA é parceira deste projeto que atualmente
tem como objectivos i) o controlo de predadores nas áreas de nidificação, ii) a aquisição de
conhecimento sobre a ecologia da espécie, iii) a divulgação do projeto na comunidade escolar e
população geral.
Este projeto reveste-se de grande importância pelo facto de esta espécie ser pouco conhecida,
nomeadamente os seus hábitos reprodutores e requisitos ambientais. Este desconhecimento,
que é generalizado para os arquipélagos da Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias) deve-se
essencialmente à dificuldade de descobrir os seus ninhos, em escarpas de difícil acesso.
Em 2011 os trabalhos foram essencialmente dedicados à recuperação do vale de Santa Luzia,
fortemente fustigado pelo temporal de fevereiro de 2010 e pelo incêndio de agosto de 2010.
- Relatório Anual 2011 – 27/56 -
Foram realizadas acções de voluntariado para realização de dispersão de sementes, plantação,
recuperação dos trilhos e da casa de apoio. De forma a angariar fundos para a continuação dos
trabalhos e aquisição de material de montanha, equipamentos de segurança, construção de
ninhos artificiais e aquisição de aparelho para emissão de chamamentos, foi submetida uma
candidatura ao fundo Mark Constantine (aguarda resposta) e organizado um leilão silencioso que
foi desenvolvido durante o VII Congresso da SPEA e no qual foram angariados cerca de 300 €.
Atlas das Aves Nidificantes da Madeira
Desenvolvido em parceria com o Parque Natural da Madeira, tem como principais objetivos
conhecer a distribuição de todas as espécies que nidificam no arquipélago da Madeira. Teve início
em 2009 e prolonga-se por 3 anos.
Em 2011 deu-se continuidade à realização das visitas sistemáticas e aumentou-se o tempo
dedicado à realização de visitas não sistemáticas com o apoio do staff e estagiários da SPEA. Foi
realizado o censo de garajaus no Porto Santo. O website foi actualizado com os dados de 2011 e
contactados voluntários para colaborar nos registos casuais e visitas não sistemáticas.
Atlas das Aves Invernantes e Migradoras
Este Atlas tem como objetivo obter informação acerca da distribuição e abundância relativa de
todas as espécies de aves invernantes e migradoras em Portugal continental e arquipélagos dos
Açores e Madeira.
Na Madeira a SPEA ficou responsável pela angariação de voluntários, distribuição de quadrículas
e validação dos dados. No 1º ano do Atlas foram cobertas 12 quadrículas, incluindo a ilha do
Porto Santo, com a colaboração de 11 voluntários.
Censo de Mantas
A manta Buteo buteo é uma das três aves de rapina diurnas que ocorre no arquipélago da
Madeira, sendo esta a de maiores dimensões. Este censo, que teve início em 2006, é baseado no
conceito de “Cidadania pela Ciência” no qual é reconhecido a importância da participação de
cidadãos voluntários para o sucesso do projecto.
Em 2011 o censo contou com a maior participação de voluntários de sempre (35), que
conseguiram cobrir grande parte da ilha da Madeira e Porto Santo. O censo foi amplamente
divulgado na imprensa regional.
Programas de monitorização na Madeira
O Censo de Aves Comuns (CAC) é um programa de monitorização a longo prazo de aves
comuns nidificantes e seus habitats, em Portugal. Este projeto tem sido realizado na Madeira
desde 2004. O CAC no arquipélago da Madeira foi assegurado por 8 colaboradores que
efectuaram 9 quadrículas, incluindo a ilha do Porto Santo.
O Projecto Arenaria tem como objectivo a monitorização anual das praias de Portugal continental
e ilhas, de modo a obter dados que permitam avaliar as tendências populacionais das aves, em
particular as limícolas, que utilizam a faixa não estuarina da costa portuguesa durante o Inverno.
Durante 2011, no arquipélago da Madeira foram cobertas 9 praias, incluindo o Porto Santo, com
a colaboração de 10 voluntários
A RAM (Rede de observação de Aves e Mamíferos Marinhos) é uma rede de observação de aves
marinhas que se iniciou ao largo das costas Cantábricas e Galegas e atualmente foi alargada a
toda a Península Ibérica, incluindo a costa portuguesa e os arquipélagos da Madeira e Açores. Na
Madeira foram asseguradas contagens mensais em pelo menos um posto de observação,
localizado no Porto Moniz. Estas contagens contaram com a participação de 8 elementos, entre
Staff SPEA e voluntários.
- Relatório Anual 2011 – 28/56 -
Newsletter SPEA-Madeira – A SPEA na Madeira necessitava de um contacto mais direto com os
sócios residentes no arquipélago, de forma a divulgar e promover as suas atividades e projetos
em desenvolvimento. Durante o ano 2011 a newsletter foi enviada quinzenalmente para cerca de
190 contactos.
Serviço Voluntariado Europeu
O SVE permite aos jovens levar a cabo serviço de voluntariado com uma duração de até 12
meses num país que não o seu país de residência. Este serviço é um programa de aprendizagem
não formal que permite aos voluntários adquirirem novas competências e aprenderem novas
línguas, para além de descobrirem outras culturas.
Durante 2011 foram submetidas 3 candidaturas mas apenas uma foi aprovada. A partir de março
2012 a SPEA Madeira contará com a colaboração de duas voluntárias espanholas pelo período
de um ano.
Programa de Educação Ambiental
Em 2011 foi criado um programa de educação ambiental, com elaboração de plano de atividades
educativas para distribuição entre a comunidade escolar e centros comunitários. Este programa
contempla uma série de palestras (Bisbis e as Aves da Laurissilva, Reservas Marinhas do
Arquipélago da Madeira, Aves Emblemáticas do Arquipélago da Madeira, Aves do Arquipélago da
Madeira, A Cagarra e as Aves Marinhas do Arquipélago da Madeira) que são realizadas em
escolas, lares de idosos, centros comunitários, casas do povo, entre outros locais. Em 2011
foram realizadas diversas palestras em todos os concelhos da ilha da Madeira que englobaram a
participação de aproximadamente 200 pessoas.
Também neste programa foram incluídos os cursos e as saídas de campo dirigidas a sócios e
demais interessados. Foram realizadas 5 saídas de campo (Fim de semana nas Desertas, Passeio
de caiaque, visita aos Balcões – no âmbito da Ciência Viva, visita à lagoa do Lugar de Baixo e
visita à Reserva Natural da Rocha do Navio – no âmbito do 18º aniversário da SPEA). Nestas
atividades participaram 31 pessoas.
Foi realizado um curso de observação e identificação de aves migradoras no Porto Santo, em
colaboração com a empresa municipal Porto Santo Verde, que contou com a participação de 21
pessoas.
Monitorização de Aves nos Aeroportos da Madeira
Em 2011 a SPEA Madeira foi contactada para apresentar uma proposta de minimização dos
efeitos da avifauna nos aeroportos da Madeira e Porto Santo. O projeto foi aprovado no final do
ano e terá início em fevereiro de 2012.
- Relatório Anual 2011 – 29/56 -
SPEA Madeira
Coordenadora: Ana Isabel Fagundes
Staff: Cátia Gouveia
Estagiários: Bruno Aveiro, Eva Laporta, Patrícia Candelas, Salvadora Martínez
Colaboradores e voluntários: Álvaro Pereira, Bruno, André Ferreira, Carla Dias, Carmo Rodrigues, Cátia
Freitas, Dionísio Sousa, Fabrício Nunes, Gonçalo Direito, Gonçalo Vieira, Henrique José Rodrigues, João
Nunes, José Ferreira, Laura Castelló, Lia Rodrigues, Llia Pereira, Luís Direito, Marco Paulo Abreu
Mendonça, Maria de Jesus Nunes, Maria João Aveiro, Maria Ornelas, Maria Raquel Ferreira, Marília
Aveiro, Mário Augusto, Marta Nunes, Micaela Melim, Mónica Lopes, Nádia Coelho, Nicola Castro, Nuno
Rodrigues, Octávio Rodrigues, Pedro Augusto, Pedro Sepúlveda Monteiro, Renato Nunes, Roberto
Moritz, Rosa Alves, Rui Alves, Sofia Freitas, Teresa Leão, Tiago Gomes, Vânia Dias, Vicente Reinecke,
Victor Hugo Velosa e Victor Reinecke
Financiamentos externos por: Comissão Europeia/Programa LIFE, EEM - Empresa de Electricidade da
Madeira, Município do Funchal, Parque Natural da Madeira, Secretaria Regional do Ambiente e dos
Recursos Naturais
Instituições Parceiras: PNM – Parque Natural da Madeira e PECOF – Parque Ecológico do Funchal.
Entidades Colaboradoras: Câmara Municipal do Porto Santo, Centro Ciência Viva do Porto Moniz,
Direcção Regional de Juventude, Horizonte do Atlântico, Museu da Baleia, Porto Santo Line, Seaborn,
Sea the best, Sociedade Porto Santo Verde, Sociedade Protectora dos Animais Domésticos
- Relatório Anual 2011 – 30/56 -
SPEA Açores
Ao longo dos últimos anos a ação da SPEA nos Açores, tem sido dirigida fortemente para a
preservação de espécies e habitats prioritários; espécies e habitats que enfrentam várias ameaças
e que pela sua riqueza em termos de biodiversidade, muita dela endémica dos Açores, são dos
mais importante patrimónios do arquipélago. Habitats que desempenham também importantes
funções que afetam não só a Natureza mas também o Homem, são muitos os serviços que
prestam a todos nós e cujo esforço para a sua recuperação é também um esforço para a
melhoria direta da qualidade de vida das populações.
Para além da conservação e estudo das espécies e habitats, tem sido um objetivo garantir a sua
sustentabilidade a médio/longo prazo através de um maior envolvimento das pessoas e
entidades, procurando compatibilizar a conservação de um importante e vasto património
ambiental com o desenvolvimento económico sustentável das populações e da Região de forma
a promover e garantir a conservação desta Natureza única. O trabalho feito com os vários
parceiros na preparação da candidatura das Terras do Priolo à Carta Europeia de Turismo
Sustentável será o melhor exemplo.
O ano de 2011 foi de muito trabalho em todos os projetos desenvolvidos na Região, casos do
LIFE+ Laurissilva Sustentável, LIFE+ Ilhas Santuário para as Aves Marinhas (ver Programa
Marinho), das Linhas Elétricas e Avifauna, o Centro Ambiental do Priolo, etc.
Em Ano Internacional das Florestas, muitas atividades foram feitas no sentido de divulgar a
Floresta Natural dos Açores e as muitas espécies de flora nativa e endémica que enriquecem
estas ilhas.
Durante o ano de 2011 foram desenvolvidos nos Açores os seguintes projetos:
‣ Projeto LIFE+ Laurissilva Sustentável
‣ Centro Ambiental do Priolo
‣ Projeto Interação Aves e Linhas Elétricas (com a EDA)
‣ Projeto Censo Aves Comuns
‣ Atlas das Aves Invernantes
‣ Plano de monitorização do Priolo
‣ Censo de Milhafres
- Relatório Anual 2011 – 31/56 -
‣ Desenvolvimento e apoio de outras atividades de monitorização, sensibilização e divulgação
‣ Projeto LIFE+ Ilhas Santuário para as Aves Marinhas (ver Programa Marinho)
Projeto LIFE+ Laurissilva Sustentável
Tendo como principal objetivo a recuperação e conservação dos habitats prioritários existentes na
área da Zona de Proteção Especial do Pico da Vara/Ribeira do Guilherme na Ilha de São Miguel,
nomeadamente áreas de floresta nativa (Laurissilva dos Açores) e de turfeiras de altitude dos
Graminhais, procura desenvolver um conjunto de ações que permita a sustentabilidade desta
região a longo prazo. Tem sido desenvolvido um vasto conjunto de ações de recuperação de
habitat, de monitorização, ações experimentais para aumentar as áreas disponíveis, ações ao
nível do turismo de natureza e ações de sensibilização e divulgação. Este projeto dedica também
uma parte importante dos seus recursos para a produção de plantas nativas e endémicas que
serão utilizadas em ações de replantação para reforço das áreas de floresta intervencionadas
para controlo de espécies exóticas.
Este projeto, que termina em 2012, é coordenado pela SPEA, tendo como parceiros a Secretaria
Regional do Ambiente e do Mar e a Câmara Municipal da Povoação, para além de um conjunto
de outras entidades que colaboram no projeto: Direcção Regional dos Recursos Florestais,
Direcção Regional de Turismo, SPRAçores e Câmara Municipal do Nordeste.
A diversidade e extensão das ações deste projeto implicam a existência de uma grande equipa
técnica e de campo. No final de 2011 a equipa do projeto era composta por 20 elementos para
além dos estagiários e bolseiros que colaboraram ao longo do ano. O viveiro para produção de
plantas está agora em pleno funcionamento tendo já ultrapassado a meta das 25.000 plantas em
estufa. Em 2011 iniciaram-se os trabalhos de maior envergadura no planalto dos Graminhais
tendo como objetivo repor as condições hidrológicas nesta área através da recuperação de
caminhos, fecho de valas de drenagem e outras ações que irão permitir a recuperação deste
habitat. Ao longo de 2011 foi também feito um forte esforço na elaboração da candidatura das
Terras do Priolo à Carta Europeia de Turismo Sustentável através de uma metodologia
participativa que envolveu as populações, entidades privadas e públicas.
Durante o ano de 2011 os principais resultados obtidos foram:
‣ Ações de conservação e recuperação do habitat
‣ Continuação dos trabalhos na 3ª área de Intervenção – Malhada – para controlo de Cletra e
Conteira em cerca de 6 ha;
‣ Manutenção da rede de trilhos de trabalho existente e algumas das áreas intervencionadas nos
últimos anos;
‣ Remoção de Gigante (Gunnera tinctoria) no planalto dos Graminhais em colaboração com a
Direcção Regional dos Recursos Florestais numa área total de cerca 90 ha;
‣ Plantação de mais de 10.000 plantas nativas em cerca de 5,5 ha na área de intervenção do
Labaçal/Pico da Vereda, estrada da Tronqueira;
‣ Recolha de sementes e estacas para produção de plantas em viveiro, repicagem e
acompanhamento das plantas germinadas;
‣ Viveiro em funcionamento com produção total em 2011 de cerca de 50.000 plantas, das quais
20.000 já plantadas em áreas de intervenção (17.000 na Tronqueira e mais 3.500 no Ilhéu de
Vila Franca)
‣ Continuação dos trabalhos de recuperação das Turfeiras dos Graminhais: fecho de valas e
abertura de muros, fecho e recuperação de acesso, plantação, recuperação do trilho pedestre,
numa área de cerca de 75ha
‣ Ações de estudo e monitorização dos habitats
‣ Monitorização da regeneração natural de Laurissilva e instalação de novas área de
monitorização;
- Relatório Anual 2011 – 32/56 -
‣ Testes de controlo de Incenso, Gigante, Hortênsia e Silva;
‣ Monitorização da produção da plantas e sucesso de plantação
‣ Ações de divulgação, educação e sensibilização ambiental
‣ VII Jornadas de Conservação do Priolo (Ponta Delgada, São Miguel)
‣ Fim-de-semana da Floresta e da Biodiversidade (Nordeste, São Miguel)
‣ Participação na British Birdwatching Fair (Rutland, Inglaterra) em Agosto
‣ Reuniões e fóruns do processo de adesão à Carta Europeia de Turismo Sustentável
‣ Workshop sobre espécies invasoras (Universidade dos Açores, Terceira)
‣ Atividades diversas de divulgação no viveiro, na ZPE e em Escolas e colaboração com o
Centro Ambiental do Priolo na realização de diversas atividades (À Descoberta da Laurissilva;
Dia da Floresta Autóctone; De Ossos nas Mãos; Da Semente à Planta)
‣ Edição do guia interpretativo da ZPE – Terras do Priolo
‣ Produção de materiais didáticos para apoio escolar
‣ Exposição ”Uma floresta, um futuro” em diversos locais na Ilha de São Miguel
‣ Integração de 3 estagiários e 6 voluntários/bolseiros internacionais
‣ Colaboração com o projecto LIFE Ilhas Santuário para as Aves Marinhas
‣ Cerca de 185 referências noticiosas regionais e nacionais desde o início do projeto
‣ Manutenção de um blogue sobre o projeto, novo microsite, atualização de Facebook.
Centro Ambiental do Priolo
O Centro Ambiental do Priolo é o primeiro centro de interpretação e educação ambiental criado e
coordenado pela SPEA. A sua criação enquadrou-se na vertente de sensibilização da população
local do Projeto LIFE-Priolo, e foi possível graças à cedência da casa pela Direção Regional dos
Recursos Florestais e o financiamento da Secretaria Regional de Ambiente e do Mar e dos fundos
LEADER+ (ASDEPR).
O Centro Ambiental do Priolo (CAP) recebeu em 2011 um total de 2390 visitantes de 21
nacionalidades diferentes, divididos por 540 visitas distintas. Os visitantes portugueses foram os
mais numerosos (1657 visitantes, 1255 da população da ilha de São Miguel e 329 de Portugal
Continental). A nacionalidade Inglesa com 192 visitantes, Alemanha com 102 visitantes, Holanda
com 71 e Espanha com 72 visitantes são as nacionalidades mais frequentes.
A SPEA-Açores, através do Centro Ambiental do Priolo promoveu ao longo do ano, atividades
lúdico-educativas gratuitas, para a população em geral que permitem a aproximação e
descoberta da Floresta Laurissilva e do Priolo, e de um modo geral da Biodiversidade dos
Açores.
Saídas de Observação de Aves: foram promovidas ao longo do ano 16 saídas de observação de
aves abrangendo todos os Concelhos da Ilha de São Miguel. Estas saídas podem ser divididas
em dois tipos, as saídas onde se percorre vários locais da área e as que são de ponto fixo. As de
ponto fixo foram as que registaram menor participação com o total de 9 saídas com 35
participantes e 4 das quais não se realizaram por falta de participantes, nas restantes 7 saídas
para observação de aves registou-se uma forte afluência por parte do público com um total de
101 participantes.
Conheça um projeto de conservação!: organizados e realizados pelo staff do Centro Ambiental do
Priolo em colaboração com o projeto LIFE Laurissilva Sustentável. Cada vez mais são aqueles
que nos procuram com interesse em visitar as ações dos projetos de conservação que
decorreram ou decorrem na ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme, sendo que foram realizadas
mais de 10 visitas guiadas contando com mais de uma centena de participantes.
- Relatório Anual 2011 – 33/56 -
Percursos Pedestres: foram realizados 4 percursos que tiveram como destino o Pico da Vara - o
ponto mais alto da Ilha de São Miguel -, através dos 2 acessos disponíveis: Algarvia e Planalto
dos Graminhais. Através do Trilho pedestre do Planalto dos Graminhais promovemos duas
subidas no qual tivemos um total de 38 participantes, enquanto pela Algarvia promovemos
também duas subidas com um total de 18 participantes.
Priolo, um tesouro da Tronqueira: o Priolo continua a ser, para muitos dos habitantes locais e para
quem nos visita, um mistério e uma curiosidade, sendo que cada vez mais o Priolo se afirma
como um símbolo da Ilha de São Miguel e dos Açores mas poucos são aqueles que o conhecem
para além de registos fotográficos. No presente ano organizámos 9 atividades, sendo que uma
das quais não se realizou por um imprevisto de última hora por parte do grupo inscrito. No total
das 8 atividades registou-se uma afluência de 32 participantes.
À descoberta da Laurissilva: esta atividade é praticamente “obrigatória” para quem nos visita e
queira descobrir um pouco mais sobre a floresta natural dos Açores, foram realizadas dezenas de
atividades nas áreas envolventes do CAP e da Reserva Florestal da Cancela do Cinzeiro com
mais de 300 participantes.
Nas atividades com escolas foram desenvolvidas mais de 40 atividades envolvendo cerca de
1500 jovens.
Projeto Linhas Elétricas 2ª fase
O projeto Linhas Elétricas e Avifauna dos Açores, parte integrante do Plano de Promoção do
Desempenho Ambiental 2009/11 da EDA, tem por objetivos estimar o número de aves mortas
por ano; identificar os locais e tipologias com maior mortalidade; prospetar maior amostra de
linhas e apoios desses locais e dessas tipologias; saber quais as espécies mais afetadas;
estabelecer prioridades de intervenção em cada ilha; promover alterações nos apoios e linhas
(EDA), e realizar monitorizações após alteração.
Foram estabelecidas prioridades de intervenção em cada ilha e em apoios já alterados ou a
alterar procedeu-se à monitorização da eficácia das alterações efetuadas pela EDA. Os dados
apontam para uma redução da mortalidade, mas as monitorizações foram em número reduzido,
pelo que a continuidade dos trabalhos em 2012 se torna crucial.
Para o estudo de eletrocussão, prospetaram-se em 2011, 796 apoios diferentes em todas as
ilhas exceto Flores e Corvo. Foi registada mortalidade de 189 aves, maioritariamente milhafres
(80), seguido de estorninhos-malhados (54) e pombos (26).
As ilhas com maior mortalidade foram Santa Maria, Terceira e Graciosa.
A EDA realizou, em todas as ilhas do estudo, alterações em 123 apoios de tipologias
consideradas perigosas para as aves. No âmbito da colisão, foram prospetados 6 km e
registadas 26 aves mortas. Foram colocados dispositivos anticolisão (espirais) em várias ilhas,
contudo apenas com a continuidade dos estudos será possível obter resultados mais robustos.
No âmbito do Projeto, a SPEA iniciou também uma Coleção de Referência de Ossos de Aves e
uma Plumoteca, que pretendem dar apoio ao projeto e também a outros investigadores. Foi ainda
criada uma exposição dedicada aos ossos de aves dos Açores, onde os visitantes podem
comparar ossos de diferentes espécies da avifauna dos Açores, desde crânios, externos, asas e
membros posteriores, observar esqueletos reconstituídos de milhafre e pombo-torcaz e folhear a
plumoteca, importante como complemento à identificação de vestígios encontrados no campo. A
exibição recebeu várias dezenas de pessoas que puderam descobrir como um simples osso
pode ser importante para saber mais sobre as aves que nos rodeiam.
Em paralelo, foi realizada a atividade “De ossos nas mãos”, no Centro Ambiental do Priolo, na
Sede do Projeto LIFE Laurissilva Sustentável, e nas Escolas Básica e Secundária da Povoação e
do Nordeste.
- Relatório Anual 2011 – 34/56 -
Censo de Milhafres
O milhafre Buteo buteo é a maior ave de rapina que ocorre no arquipélago dos Açores (excepção
às ilhas das Flores e do Corvo). Em 2006 a SPEA iniciou um projecto de Citizen Science
(Cidadão-cientista) com o objectivo de monitorizar a população desta ave de grande importância
ecológica e simbólica para os Açores, e cativar a participação do cidadão comum em projectos
científicos, que adquire assim um novo olhar sobre a espécie. O resultado deste censo é assim
útil ainda para a divulgação e sensibilização ambiental da espécie. Em 2011, nos Açores,
participaram 161 voluntários que avistaram 861 milhafres nos cerca de 2400 km percorridos nas
ilhas de São Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial.
SPEA Açores
Coordenador: Joaquim Teodósio
Equipa técnica e estagiários: Azucena de la Cruz; Carla Veríssimo; Filipe Figueiredo; Joana Domingues;
Rui Botelho; André Batista; Ana Mendonça; Ana Gonçalves; Fábio Rodrigues; Andreia Amaral; Lourdez
Pérez; Eva Laporta; Ander Lasa; Imanol Mendizabal; Sara Lachun; Aizune Parro; Borja Murillo; Maria
Jesus.
Equipa de campo: José Mendonça, José Pacheco, André Fernandes, Bruno Oliveira, Hélder Festa;
Hilberto Correia, João Oliveira; José Tavares; Marcelino Oliveira, Manuel Frias, António Pimentel, Armando
Silva, Vitor Costa, José Aguiar e Nuno Melo.
Financiamentos por: Fundo Comunitário LIFE+, Governo dos Açores - Secretaria Regional do Ambiente e
do Mar e Direcção Regional de Turismo, ASDEPR (fundos LEADER+), EDA – Electricidade dos Açores,
Preventing Extintions Programme (BirdLife International)
Instituições Parceiras: Projeto Eco-escola da Escola Básica e Secundária de Nordeste, Ecoteca de São
Miguel, Parque Natural de Ilha de São Miguel, Serviços de Ambiente de São Miguel, Câmara Municipal de
Nordeste, Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Câmara Municipal da Povoação, Serviços
Florestais de Nordeste,Direção Regional dos Recursos Florestais, Grupo Bensaude, CTT Açores,
Tradicampo, Jornal Correio dos Açores, Jornal Açoriano Oriental, RDP Açores, Universidade dos Açores,
Royal Society for the Protection of Birds, Universidad de La Laguna, Consejo Superior de Investigaciones
Científicas (CSIC) – Tenerife, BIRDWATCH, Birdlife International, Direcção Regional do Turismo,
Associação de Turismo dos Açores, Delegação de Turismo de São Miguel, Associação Regional de
Turismo (ART), Associação para o Desenvolvimento e a Promoção Rural (ASDEPR), Rede de Ecotecas
Regionais, Direção Regional de Ambiente, Azorina S.a., Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, Escola
Básica e Secundária da Povoação, Escola Profissional Monsenhor Maurício Amaral da povoação, Centro
de Monitorização e Investigação das Furnas. Um especial agradecimento à Agência Melo e Grupo
Bensaude por todo o apoio e colaboração dados ao longo dos últimos anos.
Colaboradores e voluntários: Carlos Pereira, Roberto Reis, António Ventura, Pedro Monteiro, Vítor Coelho,
Hélder Xavier, Cecília Melo, Filipe Barata, Hervé Roueché, Paulo Fernandes, Silvia Pimentel, Teresa Soares
e André Medeiros, Séverine Bonnet, Guillaume Le Moulec, Carla Melo, José Pedro Tavares, Ricardo Ceia,
Ruben Huttel, Jaime Ramos, Paulo Oliveira, Manuel Nogales, Eduardo Dias, José Palacios, Nelson
Santos, Catarina Cymbron, Alice Melo, Carlos Rodrigues, Carlos Bulhão Pato, Luis Silva, Gerbrand
Michielsen, Pedro Rodrigues, Ricardo Peixoto; Pedro Domingos, Sandra Mealha, Patrícia Pedro, Marlene
Noia, Luís Aguiar, Pedro Raposo, Décio Leal, Carla Silva, Verónica Neves, Jaime Bairos, Rui Botelho,
Hugo Sampaio, Carlos Silva, Miguel Fontes, Paulo Castro, Sofia Marques, Concepción Fagundo, Eduardo
Veiga, Hugo Rosa Silva, Jane Hill, Lucínia Oliveira, Marlene Noia, Paul Foster, Quentin Aufrére, Rúben
Coelho, Rui Costa, Sofia Goulart, Tomás Melo, Verónica Neves, Vítor Costa Leite.
Voluntários Censo de Milhafres 2011: Alberto Martins, Ana Loura, Henrique Chaves, Joana Pombo, João
Palma, Liliana Marreiros, Maria Chaves, Paulo Chaves, Sérgio Oliveira, Sofia Freitas,Teresa Pombo, Aizune
Parr, Ana Mendonça, Ana Cristina Costa, Ana Filipa Melo, Ana Hipólito, André Batista, Bárbara Correia,
Carlos Pereira, Carlos Vieira, Carolina Ferraz, Cláudia Furtado, Custódia Batista, Daniel Sousa, Dina
Gonçalves, Elisabete Medeiros, Filipa Dias, Filipa Teves, Filipa Viegas, Filipe Figueiredo, Filipe Luís, Gilda
Pontes, Guadalupe Melo, Horácio Medeiros, Joana Cristina Câmara, Joana Noia, João Brum, João Pedro
Melo, Jorge Manuel Cardoso, José Aires Teles, Lucínia Oliveira, Mafalda Castro, Marco Machado, Maria
Arruda, Maria de Fátima Medeiros, Maria Helena Sousa, Pedro Diogo Medeiros, Pedro Sousa, Rui Sousa,
Sandra Monteiro, Sara Lachun, Sónia Arruda, Susana Peixoto, Tiago Matos, André Santos, Bruno
Santos, Carla Susana Aurora, Carlos Pereira, Carolina Viveiros, Cecília Melo, César Silva, Cristina Santos,
- Relatório Anual 2011 – 35/56 -
Dário Ponte, Eduardo Jorge Veiga, Elisabeth Pacheco, Elsa Violante Ferreira, Filipe Costa, Filomena
Ferreira, Gustavo Silva, Héber Goulart, Hugo Mesquita, Ingrid Kellen, Isabel Barreiros, Isabel Dinis
Medeiros, Joana Cunha Lourenço, João Medeiros, João Pedro Barreiros, José Antas de Barros, José
Costa e Silva, Laia Sanz Carbonell, Lisa Fortuna, Maria Margarida Arruda, Maria Vitalina Barros, Mário
Rego, Marisa Santos, Miguel Ferreira, Nuno Ávila, Pedro Magalhães, Rodrigo Nunes, Rúben Coelho, Sílvia
Silva, Sofia Goulart, Sónia Pereira Teixeira, Susana Ázera, Tiago Toste, Victor Medina, Ana Batista, Ana
Pereira, Ana Rita Lopes, Jorge M. Gonçalves, Luís Aguiar, Maria Cecília Vale Raposo, Olinda Silva, Pedro
Manuel Raposo, Carina Cardoso, Carla Ávila, Cidália Ramada, Délis Fontes, Dina Nunes, Jacinto
Bettencourt, Jorge Santos, Lúcia Alves, Marco Bettencourt, Marta Bettencourt, Ricardo Fontes, Tiago
Rodrigues, Afonso Martins, Ana Paula Penha, António Terra, Bruno Machado, Cláudia Melo, Inês Terra,
Jane Hill, Paul Foster, Teresa Melo, Vanda Serpa, Verónica Neves, André Nogueira Melo, Aurora Ribeiro,
Bela Dutra, Clara Ângela Loureiro, Cristina Nava, Daniel Alves, Elisabeth Carvalho, Fernando Tempera,
Frederico Cardigos, Gerald Taranto, Luís Silva, Mara Schmiing, Marlene Lemos, Orlanda André, Patrícia
Pedro, Pedro Afonso, Raquel Pereira, Sílvia Lino, Tomás Melo, Marlene Noia, Paul Foster, Quentin Aufrére,
Rúben Coelho, Rui Costa, Sofia Goulart, Tomás Melo, Verónica Neves, Vítor Costa Leite.
Associações/Entidades parceiras do Censo de MIlhafres: Agrupamento de Escuteiros da Maia CNE 1089,
Associação Regional de Canoagem dos Açores, Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo,
Centro de Jovens Naturalistas de Santa Maria, Culturpico, Gê-Questa, GNR de Santa Maria, Grupo de
Escoteiros nº 80 de Ponta Delgada, Os Montanheiros, Serviços de Ilha de Ambiente, Universidade dos
Açores.
- Relatório Anual 2011 – 36/56 -
A ESTRUTURA DA SPEA
A SPEA é uma associação com Órgãos Sociais eleitos e uma estrutura profissional, que contava,
no final de 2011, com 3.183 sócios. Os órgãos associativos da SPEA são a Direção Nacional, a
Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal.
A Direção Nacional da SPEA, órgão que dirige a Sociedade, é constituída atualmente por seis
elementos: Presidente, Vice-presidente, Tesoureiro e três Vogais. Compete à Direção Nacional,
entre outras tarefas (ver Estatutos e Regulamento Interno em www.spea.pt), executar o Programa
e Orçamento aprovados em Assembleia Geral, gerir e administrar a SPEA e apresentar contas
dessa atividade.
A actual Direção Nacional foi eleita em Assembleia Geral de 17 de junho de 2010 e é constituída
pelos seguintes membros:
Presidente:
Vice-presidente:
Tesoureiro:
Vogais:
Clara Casanova Ferreira
José Manuel Monteiro
Michael Armelin
Jaime A. Ramos, José Paulo Monteiro e Adelino Gouveia
A Mesa da Assembleia Geral é composta por um Presidente, um Vice Presidente e três
Secretários. Ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral compete convocar e dirigir as sessões
de Assembleia Geral. A atual Mesa da Assembleia Geral é composta pelos seguintes membros:
Presidente:
Vice-presidente:
Secretários:
Pedro Santos Coelho
Cláudia Serrano
Alexandre Hespanhol Leitão, Sérgio Timóteo e Pedro Monteiro
O Conselho Fiscal é o órgão que tem a competência de examinar a escrita da SPEA e elaborar
um parecer sobre o Relatório e Contas da Direção Nacional e divulgá-lo em Assembleia Geral
Ordinária. É constituído por um Presidente, um Secretário e um Relator. O actual Conselho Fiscal
é composto pelos seguintes membros:
Presidente:
Secretário:
Relator:
José Manuel Azevedo
Vítor Couto Gonçalves
Filipe Cansado
O quadro profissional da SPEA era constituído, no final de 2011, por 44 colaboradores, e ainda 8
estagiários ou voluntários sem encargos para a associação. A SPEA conta ainda com o apoio
benemérito e dedicado de muitos voluntários para todas as suas actividades, a quem agradece
publicamente.
- Relatório Anual 2011 – 37/56 -
APRESENTAÇÃO DE CONTAS 2011
Balanço, em 31 de dezembro de 2011
Rubricas
Períodos
2011
2010
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis
239.955,71
101.446,62
239.955,71
101.446,62
Propriedades de investimento
Goodwill
Activos tangíveis
Activos biológicos
Participações financeiras – método da equivalência patrimonial
Participações financeiras – outros métodos
Accionistas / sócios
Outros activos financeiros
Activos por impostos diferidos
Activo corrente
Inventários
4.944,39
Activos biológicos
Clientes
88.364,09
45.320,97
Adiantamento a fornecedores
Estado e outros entes públicos
516,00
Accionistas / sócios
Outras contas a receber
Diferimentos
306.133,38
52.429,63
1.415,00
2.275,38
2.342,88
2.360,44
690.459,95
552.735,62
1.094.175,40
655.122,04
1.334.131,40
756.568,66
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros
Activos não correntes detidos para venda
Caixa e depósitos bancários
Total do Activo
- Relatório Anual 2011 – 38/56 -
Rubricas
Períodos
2011
2010
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio:
Capital realizado
82.296,40
82.296,40
Acções (quotas) próprias
Outros investimentos de capital próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
18.631,08
13.860,08
Resultados transitados
30.113,98
-26.996,06
149.765,44
40.091,39
280.806,90
109.251,81
77.258,07
61.881,04
358.064,97
171.132,85
358.064,97
171.132,85
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Resultado líquido do período
Interesses minoritários
Total do capital próprio
Passivo
Passivo não corrente:
Provisões
Financiamentos obtidos
Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Passivos por impostos diferidos
Outras contas a pagar
Passivo corrente:
Fornecedores
36.634,51
Adiantamentos de clientes
35.012,99
18.926,22
Outras contas a pagar
107.301,80
119.710,15
Diferimentos
797.117,13
446.799,44
976.066,43
585.435,81
976.066,43
585.435,81
1.334.131,40
756.568,66
Estado e outros entes públicos
Accionistas / sócios
Financiamentos obtidos
Passivos financeiros detidos para negociação
Outros passivos financeiros
Passivos não correntes detidos para venda
Total do passivo
Total do Capital Próprio e do Passivo
- Relatório Anual 2011 – 39/56 -
Demonstração individual dos resultados por naturezas
Período findo em 31 de dezembro de 2011
Rubricas
Períodos
2011
2010
Rendimentos e Gastos
Vendas e serviços prestados
Subsídios à exploração
116.847,80
17.625,43
1.151.236,51
1.191.025,78
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos
Variação nos inventários da produção
Trabalhos para a própria entidade
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
-18.111,80
Fornecimentos e serviços externos
-529.000,94
-481.908,75
Gastos com o pessoal
-806.657,40
-704.120,40
Outros rendimentos e ganhos
229.345,79
116.448,31
Outros gastos e perdas
-10.429,36
-41.833,75
133.230,60
97.236,62
-55.024,73
-26.503,57
78.205,87
70.733,05
Imparidade de inventários (perdas/reversões)
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)
Provisões (aumentos/reduções)
Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis
(perdas/reversões)
Aumentos/reduções de justo valor
Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e
impostos
Gastos/reversões de depreciação e de amortização
Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/
reversões)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
Juros e rendimentos similares obtidos
2.400,00
Juros e gastos similares suportados
-3.347,80
-8.852,01
77.258,07
61.881,04
77.258,07
61.881,04
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimento do período
Resultado líquido do período
- Relatório Anual 2011 – 40/56 -
- Relatório Anual 2011 – 41/56 -
CP = Capital Próprio
AI = Activo Intangível
AFT = Activo Fixo Tangível
Legenda:
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2010
Outras operações
Entradas para cobertura de perdas
Distribuições
Realizações de prémios de emissão
Realizações de capital
Operações com detentores de CP:
Resultado integral
Resultado líquido do período
Outras alterações reconhecidas no CP
Ajustamentos por impostos diferidos
Exced.revalor.AFT e AI e respectivas variações
Realização do exced.revalor.AFT e AI
Diferenças de conversão de dem.financeiras
Alterações de políticas contabilísticas
Primeira adopção do referencial contabilístico
Alterações do período:
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2010
MOVIMENTOS NO PERÍODO
6+7+8+10
10
9 = 7+8
8
7
6
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
Notas
82.296
82.296
Capital
realizado
Acções
(quotas)
próprias
Outros
instrumentos de
capital
Prémios de
emissão
Reservas
legais
13.860
6.536
7.324
Outras
reservas
(26.996)
21.135
(48.131)
Resultados
transitados
Ajustamentos
em activos
financeiros
Excedente de
revalorização
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO 2010
40.091
40.091
Outras
variações no
CP
61.881
61.881
-27671
27.671
Resultado
líquido do
período
171.132
69.160
TOTAL
Interesses
minoritários
Página 1 de 2
171.132
69.160
TOTAL do
Capital
Próprio
Montantes expressos em EUROS (sem decimais)
Demonstração individual das alterações no capital próprio no período 2011
- Relatório Anual 2011 – 42/56 -
CP = Capital Próprio
AI = Activo Intangível
AFT = Activo Fixo Tangível
Legenda:
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2011
Outras operações
Entradas para cobertura de perdas
Distribuições
Realizações de prémios de emissão
Realizações de capital
Operações com detentores de CP:
Resultado integral
Resultado líquido do período
Outras alterações reconhecidas no CP
Ajustamentos por impostos diferidos
Exced.revalor.AFT e AI e respectivas variações
Realização do exced.revalor.AFT e AI
Diferenças de conversão de dem.financeiras
Alterações de políticas contabilísticas
Primeira adopção do referencial contabilístico
Alterações do período:
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2011
MOVIMENTOS NO PERÍODO
6+7+8+10
10
9 = 7+8
8
7
6
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
Notas
82.296
82.296
Capital
realizado
Acções
(quotas)
próprias
Outros
instrumentos de
capital
Prémios de
emissão
Reservas
legais
18.631
4.771
13.860
Outras
reservas
30.114
57.110
(26.996)
Resultados
transitados
Ajustamentos em
activos
financeiros
Excedente de
revalorização
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO 2011
149.765
109.674
40.091
Outras
variações no
CP
77.258
77.258
-61881
61.881
Resultado
líquido do
período
358.064
171.132
TOTAL
Interesses
minoritários
Página 2 de 2
358.064
171.132
TOTAL do
Capital
Próprio
Montantes expressos em EUROS (sem decimais)
Demonstração individual de fluxos de caixa
Períodos
2011
2010
Actividades operacionais
Recebimentos de clientes
1.499.980,42
979.753,04
Pagamentos a fornecedores
-492.366,43
-477.318,35
Pagamentos ao Pessoal
-699.355,60
-601.872,03
308.258,39
-99.437,34
308.258,39
-99.437,34
-193.533,82
-71.941,00
23.930,00
25.522,62
-169.603,82
-46.418,38
Caixa gerada pelas operações
Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos/pagamentos
Fluxos de caixa operacionais (1)
Actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis
Activos intangíveis
Investimentos financeiros
Outros activos
Recebimentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis
Activos intangíveis
Investimentos financeiros
Outros activos
Subsídios ao investimento
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Fluxos de caixa das actividades de investimento (2)
Actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Realizações de capital e de outros investimentos de CP
Cobertura de prejuízos
Doações
Outras operações de financiamento
2.400,00
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
Juros e gastos similares
-3.347,80
-8.852,01
Dividendos
Redução de capital e de outros instrumentos de CP
Outras operações de financiamento
Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3)
-947,80
-8.852,01
137.706,77
-154.707,73
Caixa e seus equivalentes no início do período
555.096,06
709.803,79
Caixa e seus equivalentes no fim do período
692.802,83
555.096,06
Variação de Caixa e seus equivalentes
Efeito das diferenças de câmbio
- Relatório Anual 2011 – 43/56 -
Notas sobre o resultado do exercício de 2011
Continuando a tendência do ano anterior, o ano de 2011 foi marcado pelo grave acentuar da
crise financeira e de mercados, que tem afetado significativamente as economias nacional e
global. Este ambiente económico tem levado a uma forte retração de empresas e mesmo ao
cancelamento ou suspensão de algumas linhas de financiamento estatais e comunitárias, que
tendem a eliminar todas as contribuições que não sejam necessárias ao seu funcionamento,
entre estas as suas contribuições para causas ambientais.
Apesar desse ambiente recessivo, a SPEA continuou a apresentar um resultado positivo,
possível porque existem projetos a longo prazo que envolvem montantes elevados e estavam
já contratualizados com antecedência, e por um esforço no controlo orçamental e na gestão
de tesouraria de acordo com esse mesmo orçamento e com regras de contenção de custos.
O resultado líquido do exercício é positivo em 77.258,07 euros, propondo-se em Assembleia
Geral a sua aplicação para ano posterior, com objetivos de cumprimento da missão e do
plano de atividades da SPEA.
Notas explicativas da Demonstração dos Resultados por Naturezas
1. A rubrica Vendas e Serviços Prestados é constituída na sua maioria por receitas
provenientes de prestações de serviços representando 64% do total desta rubrica,
sendo o restante valor referente à loja com 24% e 12% relativo a atividades (saídas de
campo).
2. Nos Subsídios à Exploração, com valor significativo destaca-se o da Comissão Europeia
com 25% do valor da rubrica, da Secretaria Regional do Ambiente e Mar (Açores) com
37%, da EDP com 12%, da Royal Society for the Protection of Birds com 10% e
restantes 16% de subsídios de menor valor repartidos por diversas entidades que têm
dado um apoio importante à Sociedade.
3. Em relação à rubrica de Serviços Externos, esta encontra-se desagregada da seguinte
forma: 36% em Serviços Especializados (trabalhos especializados, publicidade e
propaganda, vigilância e segurança, honorários, conservação e reparação e outros), 28%
Deslocações, Estadas e Transportes (deslocações e estadias e transportes de
mercadorias) e 18% Serviços Diversos (rendas e alugueres, comunicação, seguros,
contencioso e notariado, limpeza e higiene e conforto), 15% Materiais (ferramentas e
utensílios de desgaste rápido, livros e documentação técnica e material de escritório) e
3% em Energia e Fluídos (eletricidade, combustíveis, água e fluídos).
4. Nos Gastos com Pessoal, 83% da rubrica são relativos às remunerações do pessoal,
sendo 16% de encargos sobre remunerações, 1% de acidentes no trabalho e doenças
profissionais e outros gastos com o pessoal.
5. Na rubrica Outros Rendimentos e Ganhos, o valor mais elevado refere-se a donativos
com 47% do valor da rubrica, seguida de 28% com a comparticipação de despesas,
12% com a imputação de subsídios para o investimento, 11% com quotas e 2%
distribuído com as restantes rubricas.
6. A rubrica de Outros Gastos e Perdas, corresponde fundamentalmente a gastos com
parceiros de projetos Life, representando 63% do valor total da rubrica, 19% são relativos
a devoluções e 18% com impostos indiretos.
7. A rubrica de Gastos/reversões de depreciação e de amortização, corresponde 33% a
equipamento de transporte, 28% a edifícios e construções, 15% a equipamento
administrativo, 13% a ferramentas e utensílios, 10% a equipamento básico e 1% a outras
imobilizações corpóreas.
- Relatório Anual 2011 – 44/56 -
Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados
1. Identificação da entidade
1.1 - Designação da entidade: Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
1.2 - Sede: Rua João Crisóstomo nº 18 4º Dto. - Lisboa
1.3 - Natureza da atividade: Associação
2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras:
2.1 – Referencial contabilístico adoptado
a) As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em
Portugal, vertidas no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, e de acordo com a Estrutura Conceptual
(EC), Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e Normas Interpretativas (NI) consignadas,
respetivamente, nos Avisos n.os 15652/2009, 15655/2009 e 15653/2009, de 27 de agosto de 2009.
2.2 - Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excecionais, tenham sido
derrogadas e dos respetivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade de
estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e dos resultados da entidade.
No presente exercício não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC.
2.3 - Indicação e comentário das contas do Balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos
não sejam comparáveis com os do exercício anterior.
Os valores constantes das demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro de 2011 são
comparáveis em todos os aspetos significativos com os valores do exercício de 2010
3. Principais políticas contabilísticas:
3.1 - Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras:
ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS (NCRF 7)
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2009 (data de transição para NCRF), encontramse registados ao seu custo de aquisição de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das correspondentes depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
As depreciações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados,
pelo método da linha reta em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de
bens.
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Equipamento básico: 4 anos
Equipamento de transporte: 4 anos
Equipamento administrativo: 4 anos
Outros activos fixos tangíveis: 4-8 anos
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em
benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como
gastos do exercício em que ocorrem.
Os ativos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrandose registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos fixos
tangíveis são depreciados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam disponíveis para
uso e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.
- Relatório Anual 2011 – 45/56 -
As mais ou menos-valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a
diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo
registadas na Demonstração dos resultados nas rubricas Outros rendimentos e ganhos ou Outros gastos
e perdas.
RÉDITO (NCRF 20)
O rédito é valorizado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.
O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são
satisfeitas:
- Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;
- A Entidade não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;
- O montante do rédito pode ser valorizado com fiabilidade;
- É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Entidade;
- Os custos suportados ou a suportar com a transacção podem ser valorizados com fiabilidade.
O rédito proveniente das prestações de serviços é reconhecido, líquido de impostos, pelo justo valor do
montante a receber.
O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da
transação à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:
- O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
- É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Entidade;
- Os custos suportados ou a suportar com a transação podem ser valorizados com fiabilidade;
- A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser valorizada com fiabilidade.
O rédito proveniente de royalties é reconhecido de acordo com o regime de periodização económica e
atendendo à substância dos correspondentes contratos, desde que seja provável que benefícios
económicos fluam para a Entidade e o seu montante possa ser valorizado com fiabilidade.
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que
benefícios económicos fluam para a Entidade e o seu montante possa ser valorizado com fiabilidade.
LOCAÇÕES (NCRF 9)
A classificação das locações em financeiras ou operacionais depende da substância da transação e não
da forma do contrato.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gastos na
Demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
IMPARIDADE DE ATIVOS (NCRF 12)
À data do Balanço é efetuada uma avaliação da existência objetiva de imparidades das quais resulte,
nomeadamente, um impacto adverso decorrente de eventos ou alterações de circunstâncias que
indiquem que o valor pelo qual os ativos se encontram reconhecidos possa não ser recuperável.
Sempre que a quantia escriturada do ativo for superior à sua quantia recuperável, deve ser reconhecida
uma perda por imparidade, registada de imediato na Demonstração dos resultados na rubrica de Perdas
por imparidade.
A reversão de perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, é registada quando há
evidências de que estas perdas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na Demonstração dos
resultados, na rubrica de Reversões de perdas por imparidade, e efectuada até ao limite da quantia que
estaria reconhecida, caso a perda não tivesse sido registada.
SUBSÍDIOS DO GOVERNO E APOIOS DO GOVERNO (NCRF 22)
Os subsídios governamentais, incluindo os não monetários pelo justo valor, são reconhecidos quando
existe segurança de que sejam recebidos e cumpridas as condições exigidas para a sua concessão.
Os subsídios à exploração são reconhecidos na Demonstração dos resultados na parte proporcional dos
gastos suportados.
Os subsídios ao investimento não reembolsáveis para financiamento de ativos tangíveis e intangíveis são
registados no Capital próprio e reconhecidos na Demonstração dos resultados, proporcionalmente às
depreciações/amortizações respectivas dos activos subsidiados.
- Relatório Anual 2011 – 46/56 -
INSTRUMENTOS FINANCEIROS (NCRF 27)
Os instrumentos financeiros encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:
Clientes e outras dívidas de terceiros
As dívidas de clientes ou de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem
juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.
Fornecedores e outras dívidas a terceiros
As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não
vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.
Periodizações
As transações são contabilisticamente reconhecidas quando são geradas, independentemente do
momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os
correspondentes rendimentos e gastos são registados nas rubricas Outras contas a receber e a pagar e
Diferimentos.
Caixa e Depósitos bancários
Os montantes incluídos na rubrica caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa e
depósitos bancários, ambos imediatamente realizáveis e sem perda de valor.
3.2 - Outras políticas contabilísticas relevantes:
3.3 - Juízos de valor (exceptuando os que envolvem estimativas) que o órgão de gestão fez no processo
de aplicação das políticas contabilísticas e que tiveram maior impacte nas quantias reconhecidas nas
demonstrações financeiras:
Na preparação das Demonstrações financeiras, a Direção Nacional baseou-se no melhor conhecimento
e na experiência de eventos passados e/ou correntes, considerando determinados pressupostos
relativos a eventos futuros.
3.5 - Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar
ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte):
As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas ações que se
planeiam realizar, sendo periodicamente revistas com base na informação disponível. As alterações nos
factos e circunstâncias podem conduzir à revisão das estimativas, pelo que os resultados reais futuros
poderão diferir daquelas estimativas.
4. Fluxos de caixa:
4.1 - Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes que
não estão disponíveis para uso:
Estão cativos valores dos seguintes depósitos à ordem conforme quadro:
Entidade
Conta
Montante
Observações
SPEA
1.674,87 € Fundo maneio do Programa Terrestre
SPEA
282,28 € Fundo maneio do Programa Marinho
SPEA
200 € Fundo maneio do Projeto Laurissilva Sustentável
Total
2.157,15 €
4.2 - Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários.
Descrição
Total de caixa
Total de depósitos bancários
- Relatório Anual 2011 – 47/56 -
Conta
2.157,15 €
688.302,8 €
Montante
Observações
8. Ativos fixos tangíveis:
8.1 - Divulgações sobre ativos fixos tangíveis:
a) Bases de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta;
b) Métodos de depreciação usados;
c) Vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas;
d) Quantia escriturada bruta e depreciação acumulada (agregada com perdas por imparidade
acumuladas) no início e no fim do período; e
e) Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período mostrando as adições, as
revalorizações, as alienações, os ativos classificados como detidos para venda, as amortizações,
as perdas de imparidade e suas reversões e outras alterações, de acordo com o seguinte quadro:
Descrição
31–12–2010
Adições
Terrenos e recursos naturais
3.500
Edifícios e outras construções
3.965
Equipamento básico
150.214
Equipamento de transporte
175.625
Equipamento administrativo
53.543
Ativos
detidos para
venda
Alienações
31–12–2011
3.500
156.253
160.218
7.172
157.386
23.930
151.695
2.145
55.688
23.370
27.963
51.333
Ativo tangível bruto
410.217
193.533
23.930
579.820
Depreciações acumuladas
308.770
55.025
23.930
Depreciações acumuladas
308.770
55.025
23.930
339.865
Ativo tangível líquido
101.447
138.509€
0
39.955
Equipamentos biológicos
Outros ativos tangíveis
Investimentos em curso – Ativos tangíveis
Perdas por imparidade e reversões acumuladas
339.865
8.6 - Depreciação, reconhecida nos resultados ou como parte de um custo de outros ativos, durante um
período.
Os Gastos de depreciação e amortização do período totalizaram o montante de 55.024,73€.
8.7 - Depreciação acumulada no final do período.
O valor depreciação e amortizações acumuladas findo exercício do período ascende ao montante de
339.864,86 €.
10. Locações:
10.1 - Locações operacionais – Apenas existe um contrato de locação operacional com a Prosonic (Refª
PRO-0709), relativo a uma maquina fotocopiadora instalada na sede Nacional.
a) Total dos futuros pagamentos mínimos da locação nas locações operacionais não canceláveis para
cada um dos seguintes períodos:
i) Não mais de um ano;
ii) Mais de um ano e não mais de cinco anos;
iii) Mais de cinco anos.
LOCAÇÕES OPERACIONAIS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foi reconhecido como gastos do exercício o
montante de 3.176,10 euros relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional,
fundamentalmente relativos a uma maquina fotocopiadora exploradas pela Entidade.
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2011, a Entidade detinha, como locatário, contratos de locação
operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:
- Relatório Anual 2011 – 48/56 -
Ano N:
3.176,10 €
Ano N+1:
3.423,12 €
Ano N+2:
3.423,12 €
21. Rédito:
21.1 - Políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados
para determinar a fase de acabamento de transações que envolvem a prestação de serviços.
Ver Nota 3.
21.2 - Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito
proveniente de:
a) Venda de bens;
b) Prestação de serviços;
O rédito reconhecido no exercício findo a 31 de dezembro de 2011 e 2010, apresenta a seguinte
decomposição:
Rubricas
31–12–2011
Vendas
31–12–2010
Loja SPEA
41.964,62 €
15.294,05 €
74.883,18 €
2.331,38
Prestação de serviços
…
TOTAL
116.847,80€
17.625,43€
23. Subsídios do Governo e apoios do Governo:
23.1 - Política contabilística adotada para os subsídios do Governo, incluindo os métodos de
apresentação adotados nas demonstrações financeiras.
Ver Nota 3.
23.2 - Natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e
indicação de outras formas de apoio do Governo de que diretamente se beneficiou.
Relativamente a recebimentos de subsídios governamentais de destacar cofinanciamentos para projetos
por parte da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), Comissão Europeia, Programa da Rede
Rural Nacional e Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT).
Em 31 de dezembro de 2011, os valores recebidos e por receber de subsídios eram os seguintes:
31–12–2011
Subsídio
Montante
total
Subsídios à
exploração:
Rédito
recebido
por receber
acumulado
do período
Subsídio por
reconhecer
354.119,38
1.151.236,51
1.151.236.51
797.117,13
149.765.44
149.765,44
24.572,57
149.765,44
1.301.001,95
1.301.001,95
378.691,95
946.882,57
Subsídios
relacionados com
activos:
Total
Estes subsídios, destinados ao investimento, encontram-se a ser reconhecidos em resultados, conforme
Nota 3, de acordo com o período de vida útil dos ativos tangíveis e intangíveis respetivos, tendo sido
reconhecido no exercício de 2011 o montante de 24.572,57 euros, relativo a ativos tangíveis.
- Relatório Anual 2011 – 49/56 -
25. Acontecimentos após a data do balanço:
25.1 - Autorização para emissão:
As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foram aprovadas pela
Direção e autorizadas para emissão em 26 de março de 2012.
25.2 - Actualização da divulgação acerca de condições à data do Balanço.
Após a data do Balanço não houve conhecimento de eventos ocorridos que afetem o valor dos ativos e
passivos das demonstrações financeiras do período.
28. Instrumentos financeiros:
Políticas contabilísticas
28.1 - Bases de mensuração utilizadas para os instrumentos financeiros e outras políticas contabilísticas
utilizadas para a contabilização de instrumentos financeiros relevantes para a compreensão das
demonstrações financeiras.
Ver Nota 3.
Categorias de ativos e passivos financeiros
28.2 - Quantia escriturada de cada uma das categorias de ativos financeiros e passivos financeiros, no
total e para cada um dos tipos significativos de ativos e passivos financeiros de entre cada categoria.
a) Ativos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados;
b) Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado menos imparidade;
c) Instrumentos de capital próprio mensurados ao custo;
d) Compromissos de empréstimo mensurados ao custo menos imparidade;
e) Passivos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados;
f) Passivos financeiros mensurados ao custo amortizado;
g) Ativos financeiros para os quais foi reconhecida imparidade, com indicação, para cada uma das
classes, separadamente, i) a quantia contabilística que resulta da mensuração ao custo ou custo
amortizado e ii) a imparidade acumulada.
Clientes/Fornecedores/Accionistas-Sócios/Outras contas a receber e a pagar/Pessoal
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Clientes/Fornecedores/Accionistas-Sócios/Outras
contas a receber e a pagar e Pessoal apresentava a seguinte decomposição::
31–12–2011
Corrente
31–12–2010
Total
Não corrente
Corrente
Total
Não corrente
Ativos
Clientes 88.364.09 45.320,97
Outras a Receber
306.133,38
88.364.09 306.133,38
52.429,63
45.320,97
52.429,63
Total do Ativo
394.497,47
394.497,47
97.750,60
97.750,60
Passivos
Fornecedores
36.634,51
36.634,51
Outras a Pagar
107.301,80
107.301,80
119.710,15
119.710,15
Total do Passivo
143.936,31
143.936,31
119.710,15
119.710,15
250.561,16
250.561,16
-21.959,91
-21.959,91
Outras tributações
Total líquido
A rubrica do IVA representou um aumento significativo em relação ao ano transato pelo facto da
Sociedade ter passado a liquidar IVA nas suas vendas da Loja e prestações de serviços.
Estado e outros entes públicos
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Estado e outros entes públicos apresentava a
seguinte decomposição:
- Relatório Anual 2011 – 50/56 -
31–12–2011
Corrente
31–12–2010
Total
Não corrente
Corrente
Total
Não corrente
Ativos
Imposto sobre o
rendimento
Passivos
516,00
516,00
Retenção de impostos
sobre rendimentos
5.151,95
5.151,95
4.604,17
4.604,17
Imposto sobre o valor
acrescentado
Outros impostos
15.895.89
15.895,89
489,59
489,59
Contribuições para a
segurança social
13.965.15
13.965.15
13.832,46
13.832,46
35.012,99
35.012,99
18.926,22
18.926,22
Tributos das autarquias
locais
…
Outras tributações
Total
Diferimentos
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Diferimentos apresentava a seguinte decomposição:
31–12–2011
Corrente
Diferimentos
Ativos
Gastos a reconhecer
Total
31–12–2010
Corrente
Total
Não corrente
Total
Não corrente
1.415
1.415
2.275,38
2.275,38
1.415.00
1.415.00
2.275,38
2.275,38
797.117,13
797.117,13
433.910,24
433.910,24
797.117,13
797.117,13
433.910,24
433.910,24
Passivos
Rendimentos a
reconhecer
Total
Relativamente aos Rendimentos a Reconhecer, os valores apurados são apurados pelo método de
anulação do custo (lucro nulo), sendo que na desagregação dos valores temos
Projecto
Laurissilva
Quotas
Semear Futuro
Total
Valores
776.607,21
1.731,70
18.778,22
692.802,83
Caixa e Depósitos bancários
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Caixa e Depósitos bancários apresentava a seguinte
decomposição:
- Relatório Anual 2011 – 51/56 -
31–12–2011
31–12–2010
Caixa e depósitos bancários
Ativos
Caixa
Depósitos à ordem
Outros instrumentos financeiros
Total
2.157,15 €
3.858,28 €
688.302,80 €
548.877,34 €
2.342.88 €
2.360,44 €
692.802,83 €
555.096,06 €
Capital próprio
Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Capital próprio apresentava a seguinte
decomposição:
31–12–2011
31–12–2010
Capital próprio
Capital
Acções (quotas) próprias
82.296,40
82.296,40
Outros instrumentos de capital próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
18.631,08
13.860,08
Resultados transitados
30.113,98
-26.996,06
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
149.765,44
40.091,39
Total
280.806,90
109.251,81
Capital
Em 31 de dezembro de 2011, o capital próprio da Entidade, tem o valor nominal de 358.064,97 euros.
Reserva Estatutária
De acordo com os estatutos, pelo menos 20% do valor das quotas, aquando de resultado líquido anual
positivo, tem de ser destinado ao reforço da Reserva Estatutária.
- Relatório Anual 2011 – 52/56 -
Relatório de auditoria
“INTRODUÇÃO
1.
Examinámos as demonstrações financeiras de SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O
ESTUDO DAS AVES, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2011 (que
evidencia um total de 1.334.131 euros e um total de capital social de 358.065 euros,
incluindo um resultado líquido de 77.258 euros), a Demonstração dos resultados por
naturezas, a Demonstração das alterações nos fundos patrimoniais, a Demonstração dos
fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo.
RESPONSABILIDADES
2.
É da responsabilidade da Direcção a preparação de demonstrações financeiras que
apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Associação e o
resultado das suas operações, as alterações nos fundos patrimoniais e os fluxos de caixa,
bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de
um sistema de controlo interno apropriado.
3.
A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,
baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
ÂMBITO
4.
O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as
Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais
exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de
segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções
materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
‣ a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações
constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em
juízos e critérios definidos pela Direcção, utilizadas na sua preparação;
‣ a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua
divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
‣ a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;
‣ a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações financeiras; e
‣ a verificação da concordância do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.
5.
O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira
constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.
6.
Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da
nossa opinião.
OPINIÃO
7.
Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira
e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de
SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES, em 31 de dezembro de 2011, o
resultado das suas operações, as alterações nos fundos patrimoniais e os fluxos de caixa
no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos
geralmente aceites em Portugal.
- Relatório Anual 2011 – 53/56 -
RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS
É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com
as demonstrações financeiras do exercício.
Lisboa, 28 de março de 2012
OLIVEIRA, REIS & ASSOCIADOS, SROC, Lda.
Representada por
Carlos Manuel Grenha, R.O.C. nº 1266”
- Relatório Anual 2011 – 54/56 -
Parecer do Conselho Fiscal
“Exmos. Senhores Associados da SPEA
Em cumprimento do disposto na alínea b) do Artigo 11º dos Estatutos da SPEA, Sociedade
Portuguesa para o Estudo das Aves, vem o Conselho Fiscal apresentar à consideração da
Assembleia Geral o seu Parecer sobre o Relatório e Contas da Direção Nacional referente ao
exercício de 2011.
No respeito pelas funções que lhe estão atribuídas pelos Estatutos e demais legislação aplicável,
o Conselho Fiscal acompanhou a atividade da Direção Nacional e verificou o cumprimento das
disposições estatutárias e do Regulamento Interno, nomeadamente através do exame das
Demonstrações Financeiras e sua conformidade com a respetiva informação de suporte, no
seguimento do que foram efectuadas algumas recomendações, designadamente em matéria de
reforço do controlo interno e da tramitação documental entre os distintos pontos de operação da
SPEA.
Nestes termos, tendo em atenção tanto os resultados favoráveis de diversas auditorias efetuadas
pelas instituições comunitárias e o teor do relatório de Auditoria emitido por Oliveira, Reis &
Associados, SROC, Lda., de 28 de março de 2012, somos de parecer que o Balanço e a
Demonstração de Resultados em 31 de dezembro de 2011, que evidencia um resultado positivo
de € 77.258,07 (Setenta e sete mil duzentos e cinquenta e oito euro e sete cêntimos), traduzem
de forma verdadeira e apropriada a situação económico-financeira naquela data.
Desta forma, e face ao exposto, somos de parecer que
‣ Seja aprovado o Relatório e Contas da Direção Nacional, referente ao exercício de 2011;
‣ Seja aprovada a proposta da Direção Nacional sobre a aplicação do resultado do exercício,
apresentado no relatório anual;
‣ Seja efectuada a apreciação geral da Administração e Fiscalização da SPEA, Sociedade
Portuguesa para o Estudo das Aves.
Lisboa, 29 de março de 2012
O Conselho Fiscal
José Manuel Azevedo (Presidente)
Vitor Couto Gonçalves (Secretário)
Filipe Cansado (Relator)”
- Relatório Anual 2011 – 55/56 -
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) é uma organização não governamental
de Ambiente sem fins lucrativos, que tem por missão trabalhar para o estudo e a
conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a
viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras.
A SPEA é o parceiro português da rede BirdLife International e está atualmente representada no
Continente e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
No âmbito da sua atuação, é responsável pela designação e vigilância das Áreas Importantes
para as Aves (do inglês Important Bird Areas - IBAs) e por desenvolver projetos de conservação
dirigidos a algumas das aves mais ameaçadas na Europa, e seus habitats, nomeadamente, o
sisão, o priolo e a freira-do-bugio. Dos mais de 3000 sócios que integram a SPEA, inclui-se
praticamente toda a comunidade científica e técnica no campo da Ornitologia em Portugal.
Para além dos projetos da área da investigação/conservação, a SPEA atua também na área da
Sensibilização e Educação Ambiental. Para além disso, dinamiza um vasto programa de
actividades, onde se incluem saídas de campo, cursos de ornitologia, ações de voluntariado,
palestras, eventos, e edita revistas e livros técnicos e de divulgação geral. A SPEA é ainda
promotora da Campanha Ave do Ano – em 2012, a rola-brava será a ave do ano.
Como meio privilegiado de comunicação com os sócios, edita a revista quadrimestral Pardela e o
boletim digital semanal SPEA On-Line. Esta última é gratuita e acessível a todos, sócios e nãosócios, podendo ser solicitada a sua subscrição através do e-mail [email protected]. As
atualidades e informações sobre a SPEA podem também ser conhecidas nas redes sociais
Facebook (http://www.facebook.com/spea.Birdlife) e Twitter (https://twitter.com/spea_birdlife).
Caso queira ajudar a SPEA, pode fazê-lo de várias formas:
‣
Tornar-se Sócio e trazer mais sócios;
‣
Adquirir artigos da Loja SPEA;
‣
Apoiar a Campanha Ave do Ano;
‣
Fazer um donativo;
‣
Ser Voluntário nas nossas iniciativas e projectos.
Visite o nosso site www.spea.pt e fique a conhecer melhor a SPEA!
Torne-se Sócio!
Avenida João Crisóstomo, 18-4º Dto
1000-179 Lisboa
Tel. (+351) 213 220 430 / fax (+351) 213 220 439
www.spea.pt
- Relatório Anual 2011 – 56/56 -
Download

Relatório de Atividades e Contas de 2011