Primeiro resort de Mato Grosso será no Manso PÁGINA 2 economia [email protected] Penhor movimenta R$ 16 milhões PÁGINA 3 A GAZETA - 1C CUIABÁ, QUARTA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 2011 Aumento nos custos dos criadores será repassado para ESPECIAIS o varejo mato-grossense; peru está custando 44% mais AVES Ceia de Natal ficará até 20% mais cara este ano LAÍS COSTA MARQUES DA REDAÇÃO Aumento de custos para os criadores de aves vai deixar a ceia de Natal mais cara este ano em Mato Grosso. Alta no valor de grãos como milho e soja, que são utilizados na ração, reflete no preço do produto final, que ficará cerca de 20% mais caro nas gôndolas dos supermercados. Ano passado, em dezembro, o quilo do peru mais barato custava R$ 9,38, conforme apurou reportagem na época. Este ano, a mesma ave é vendida por R$ 13,60, o quilo, 44% a mais. Nem todos os produtos chegam mais caros aos consumidores. A carne suína registra queda de preço. Peça de pernil congelada, que em 2010 era encontrada por R$ 20,20 este ano pode ser comprada, este mês, por R$ 12,60, o quilo. Presidente da Associação Mato-grossense de Criadores de Aves (Amav), Tarcísio Schrueter explica que as aves estão pelo menos 18% mais cara neste final de ano. Como explica, os custo subiram com a alta das comoditties e o produtor precisou repassar para o varejo. Variação de preço, porém, não é tão acentuada como explica o presidente da Associação Mato-grossense de Supermercados (Asmat), Kássio Catena. Ele revela que, em geral, as carnes estão cerca de 5% mais caras, o que é comum entre um ano e outro devido a inflação. “Majoração não foi tão significativa e não deverá ter impacto sobre as vendas”. Shirlene Benedita da Costa, 30, é confeiteira e confessa que ainda não começou a fazer pesquisas de preços para comparar, mas afirma estabeleceu o limite de R$ 300 para gastar com a ceia e que o valor deve ser suficiente para comprar os alimentos para a noite de Natal. Proprietário de uma rede de supermercados em Mato Grosso, Altevir Magalhães, também não acredita em uma alta relevante para o bolso do consumidor. Segundo ele, deve haver adequação de preços em relação ao ano passado. “Nesta época as carnes costumam ficar um pouco mais caras, mas também são feitas promoções e os clientes precisam ficar atentos para isso”. Vigilante Luís Augusto Araújo Santos, 28, conta que pelo que tem percebido os preços nos supermercados têm apresentado queda e por isso acredita que este ano irá pagar um pouco menos pela ceia, ou poder comprar mais itens. A expectativa dele é desembolsar R$ 200 para um jantar para 4 pessoas. Com relação à carne suína, a queda no preço é consequência da desvalorização do produto uma vez que o setor amargou retrações este ano e também do embargo russo com relação à carne brasileira. Movimento - Surgimento de novas lojas de supermercado de Cuiabá e Várzea Grande poderá reduzir o crescimento individual das empresas. Kássio Catena explica que neste ano sua rede não aumentou os estoques porque com a maior concorrência a meta é que as vendas se mantenham neste fim de ano em comparação com 2010. Altevir Magalhães explica que a queda ou estabilidade é observada quando analisado contexto unitário de lojas que receberam concorrentes novos este ano, mas que no sentido macro as vendas estão melhores. “Houve uma ampliação de unidades e consequentemente divisão maior da comercialização”. Em um ano a região recebeu cerca de 10 unidades, seja de empresas novas ou expansão das já atuantes. Variação de preços Chico Ferreira Em 2010, quilo do peru mais barato custava R$ 9,38 e este ano, a mesma ave é vendida por R$ 13,60 Produto 2010 2011 Peru . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .R$ 9,38 . . . . . . . . .R$ 13,60 Aves especiais . . . . . . .R$ 5,67 . . . . . . . . .R$ 11,25 Pernil . . . . . . . . . . . . . . . . . .R$ 20,20 . . . . . . . .R$ 12,60 Eduardo Quadros/AE Exportações para o país estão suspensas desde junho deste ano Rússia inspeciona unidades frigoríficas de Mato Grosso LAÍS COSTA MARQUES DA REDAÇÃO A partir de hoje (30) uma comissão técnica da Rússia visita 4 plantas frigoríficas em Mato Grosso e uma fazenda para avaliar a adoção de medidas impostas para a retomada da relação comercial. Serão visitadas unidades em Cuiabá, Tangará da Serra, Barra do Garças e Rondonópolis. Ao todo serão 7 técnicos do Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) acompanhados por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Superintendente do Mapa em Mato Grosso, Chico Costa, confirma a vinda dos russos para avaliação das unidades mato-grossenses, porém revela que a intermediação foi feita via Brasília. Segundo nota divulgada pelo ministério, a comissão vai verificar se os padrões estão dentro do que ficou acordado entre os 2 países. A iniciativa integra as ações do governo brasileiro para ampliar as exportações para a Rússia. Passagem dos técnicos pelo país deve ocorrer até o dia 9 de dezembro, visitando também plantas de São Paulo e Goiás. Presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Luiz Antônio Freitas, explica que as ex- pectativas são positivas, até porque as empresas, juntamente com o Mapa, procuraram se adequar à exigências do país europeu. Segundo o representante dos frigoríficos, maioria das alterações solicitadas é com relação ao sistema de informações adotado no país, que gerava dúvidas. A Rússia suspendeu a compra de carnes de frigoríficos brasileiros em junho deste ano devido às irregularidades detectadas pela equipe técnica do país. Mataboi - Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat) desconsiderou o plano de recuperação judicial apresentado pelo frigorífico Mataboi apropriado. Proposta apresentada pela empresa prevê pagamento em parcelas trimestrais e a cada ano para um tipo de credor, sendo pago primeiro aqueles com menores valores a receber e assim sucessivamente. Somente no 4º ano após a aprovação os pecuaristas com crédito acima de R$ 90 mil começarão a receber. Superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, afirma que deste modo a proposta não agrada os produtores do Estado. Dívida do Mataboi com os pecuaristas de Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás é de R$ 120 milhões, sendo R$ 20 milhões só com produtores mato-grossenses. EM DÉBITO Conciliação atrai contribuintes REDAÇÃO DO GD Semana da Conciliação Fiscal, que integra a Semana Nacional da Conciliação, atrai contribuintes com débitos junto à prefeitura de Cuiabá que inclusive ainda não foram acionadas na Justiça. Inicialmente foram convocados cerca de duas mil pessoas que estão com pendências com relação ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), porém a procura deve ultrapassar a expectativa do executivo municipal. Evento é realizado em parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e segue até sexta-feira (02). Objetivo é liquidar entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões. Com a conciliação, pro- cessos que tramitavam há 10 anos na Justiça estadual estão sendo solucionados na hora. Para atrair os devedores, as dívidas pagas à vista podem receber até 80% de desconto nos juros ou serem parceladas em até 60 meses. Juiz da 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública, Hildebrando Costa Marques, explica que a parceira proposta na Semana Nacional da Conciliação com a prefeitura foi idealizada para reduzir o volume de execuções fiscais, que na Capital somam aproximadamente 5 mil com relação ao poder executivo. Evento é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e envolve Tribunais de todos os Estados. Interessados em tirar dívidas e que não receberam a convocação judicial devem procurar a sede a prefeitura para retirar um extrato. Aqueles que não foram executados não participam da conciliação. No primeiro dia da Semana da Conciliação Fiscal (segundafeira) foram resgatados pela prefeitura de Cuiabá cerca de R$ 350 mil das negociações dos processos judiciais relativos às dívidas de IPTU, ISSQN e multas diversas devidas ao município. O valor resulta de 150 atendimentos, bem como a solução de 150 processos ajuizados no Judiciário estadual. Parceria entre o TJMT e a prefeitura de Cuiabá integra as ações da Resolução 125 do CNJ para resolução de conflitos por métodos consensuais. Metas foram estabelecidas em diferentes segmentos, entre eles a redução do volume de processos fiscais. Segundo Costa Marques, até o fim de janeiro de 2012 deverá ser instalada em Cuiabá a Central de Conciliação. (LCM) João Vieira/Arquivo Prefeitura de Cuiabá pretende recuperar R$ 15 milhões em impostos não pagos nos últimos anos