Postal do Algarve ID: 51856736 17-01-2014 | Cultura.Sul Tiragem: 8962 Pág: 2 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 19,76 x 23,30 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Espaço CRIA “Este ano, é que é!” Ana Lúcia Cruz Gestora de Ciência e Tecnologia no CRIA - Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da UAlg Um novo ciclo vai começar. E com este surgem, pelo menos no início, novas metas. Pensamos: “Este ano, é que é!”. Mas, infelizmente, muitas vezes “não é”! Seja pela (des)motivação, (in) disciplina, (in)disponibilidade... Independentemente das razões, a verdade é que muitas das nossas metas ficam pelo caminho. Quem diz metas, diz ideias. Quantas ideias de negócio ficam pelo caminho, sem mesmo antes se tentar?! Penso que o truque está na quantidade de metas que estipulamos. Quantas mais tivermos, mais dispersos (desconcentrados) vamos estar, pois o esforço para as concretizar será muito maior e facilmente ficamos sem energia... para todas! Por isso, reforço, o truque passa por diminuir o número de metas e sermos sinceros/realistas quanto aos passos e esforço que temos de fazer para as alcançar. Esta reflexão é muito importante porque, à partida, numa fase ainda muito preco- ce, permite identificar alguns dos obstáculos, mas acima de tudo, permite fazer-nos pensar como poderemos agir diante dos mesmos. Ou seja, criar um Plano de Emergência. Para algumas pessoas, uma das metas para 2014 pode passar por uma ideia de negócio, já algum tempo fechada na “gaveta”. Essa gaveta está fechada tratar bem da ideia lá guardada, sentido simplesmente que ainda não é a altura ideal para a retirar da gaveta. Pensamos: “Este ano é que é!”. E, após meio ano: “Para o ano é que vai ser!”. Enquanto a ideia estiver na gaveta, ela não passa disso mesmo, de uma ideia. Não é boa, porque não é testada! Mas também não é má porque... não d.r. porque, cegos pelo medo e pela dúvida, não queremos deixar a melhor/pior ideia do mundo sair. Para fazer companhia à ideia, deixamos um “sabonetezinho” e, por vezes, abrimos a gaveta para a ‘arejar’, o que nos dá a ilusão de estarmos a é testada. E quem diz testar, diz “melhorar”. Por vezes, sujeitarmos as nossas ideias à opinião alheia pode ser doloroso, mas se encararmos como um processo de aprendizagem, a nossa ideia de negócio pode melhorar bastante. Não querendo fazer publicidade, mas fazendo, o CRIA lançou a nova edição do Concurso de Ideias. Mas não levem muito tempo, porque só aceitamos candidaturas até 17 de fevereiro. Mas porque menciono o concurso de ideias? Os concursos de ideias são bons por uma simples razão: criam dinâmicas de grupo, entre participantes e especialistas convidados, bastante enriquecedoras, que permitem melhorar a nossa ideia de negócio e aumentar a nossa rede de colaboração (parece que afinal são várias as razões). Pela experiência de outras edições, muitos são os empreendedores que avançam com as suas ideias de negócio, mas muitos mais os que ficam para trás. No entanto, segundo antigos participantes, cujos projetos não avançaram (independentemente do motivo), o concurso de ideias representou um processo de aprendizagem que prevalece em várias situações do dia-a-dia. Não me querendo alongar muito mais, termino por dizer que a aprendizagem é algo que deve estar sempre nos nossos votos todos os anos. Por isso, quem não tem ideias de negócio, aposte ou continue a apostar no seu processo de aprendizagem. Quem tem ideias de negócio, convido a participar neste concurso de ideias, porque “Este ano, é que é!”.