CONCEPÇÃO E PROJECTO
GERAL, DISPOSIÇÕES
CONSTRUTIVAS E EXECUÇÃO DOS
TRABALHOS RELATIVOS A
PAREDES DE ALVENARIA
Hipólito de Sousa
FEUP
1. CONCEPÇÃO E PROJECTO
• Ter presentes as exigências funcionais já referidas na definição das
soluções de paredes exteriores e interiores incluindo o tosco e os
revestimentos;
• Avaliar se as paredes tem alguma exigência particular diferenciadora
(face à vista; revestimentos especiais, função estrutural, etc.);
•Avaliar se existe alguma dificuldade especial de execução da obra,
bem como de segurança dos trabalhadores ( pés direitos especiais,
paredes curvas, etc.)
•Tentar “percorrer” os diversos pontos singulares que a solução terá,
identificando os vários condicionamentos ( isolantes e pontes
térmicas, ligadores e drenos, etc.);
• Seleccionar o tipo de material a usar no tosco da alvenaria e o tipo de
argamassa de assentamento ( ver por exemplo o DTU20.1, EC6, Paz
Branco, etc.) e definir a espessura da parede em função do material,
dos revestimentos, das exigências térmicas, acústicas e de
estanquidade
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•Privilegiar materiais que façam parte de sistemas integrados de alvenaria
•Avaliar a possibilidade de ocorrência de condensações no seio da parede
•Analisar as juntas de dilatação e fraccionamento
•Alvenarias resistentes e de preenchimento
• ≤ 20m regiões secas e com gradiente fortes de temperatura,
•≤ 30 a 35 m regiões húmidas e temperadas
•Nota: nos pisos imediatamente abaixo de coberturas mal
isoladas esse fraccionamento deve ser mais apertado
•Analisar a relação alvenaria/ estrutura e como é que as paredes
estão travadas, onde apoiam, rigidez dos elementos de suporte, etc.
•Analisar as situações especiais de cunhais de travamento e
verificar a sua capacidade de restringir/permitir movimentos
•Analisar as situações dos vãos – portas e janelas – dimensões,
caixas de estore, peitoris e ombreiras, sistema de vedação, forras
térmicas
•Detalhar convenientemente essas zonas
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IMPORTÂNCIA DO
APOIO NA LAJE
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2. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS EM GERAL
Algumas acções a desenvolver para melhorar o
comportamento das paredes de preenchimento:
• Limitar as flechas das estruturas
• Rigidificar os elementos estruturais complanares com
as paredes exteriores
• Limitar o recurso a zonas balançadas
• Diferir o mais possível a realização das alvenarias da
estrutura
• Aumentar a deformabilidade das paredes e a sua
capacidade de suportarem sem fissurarem a
deformação da estrutura
•Atenuar os efeitos da deformação da estrutura na
alvenaria, introduzindo juntas (pode gerar outros
problemas que é necessário ter em conta)
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Armaduras e ligadores em juntas
•Tratar
cuidadosamente as
zonas dos vãos,
arranques de
paredes, etc
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Juntas de movimento em paredes
•Prever juntas verticais que permitam o movimento das
paredes sem comprometer as outras funções da parede
•O espaçamento das juntas depende dos movimentos
previsíveis nos suportes
•Localizar as juntas onde a probabilidade de fissuração
é maior
•A adopção de armaduras longitudinais contínuas
permite aumentar a distância entre juntas
•Em geral desenvolvimentos de paredes superiores a 12
m obrigam a disposições construtivas, embora este
limite possa ser inferior
Capacidade de absorver deformações da
estrutura
•Indispensável em
alvenarias de
preenchimento
•Particularmente
importante em paredes
interiores
•Prever disposições
construtivas, em geral na
base ou no topo da parede
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Roços
•Limitar os roços, sobretudo os horizontais e estudar o
seu traçado
•O EC6 tem exigências para alvenarias estruturais
•Usar energia limitada na sua realização
Lâminas de estanquidade
•Garantir que têm capacidade de transferir esforços de
corte sem danos, necessitando para o efeito de
superfície de fricção suficiente
Fixação de cargas suspensas
•Usar buchas adequadas para o tipo de material e de
carga
Exigências do EC6 para roços verticais
Table 8.1 : Sizes of vertical chases and recesses in masonry, allowed without calculation.
Thickness of wall
(mm)
Chases and recesses formed after
construction of masonry
Chases and recesses formed during
construction of masonry
max depth
(mm)
max width
(mm)
max width (mm)
minimum wall thickness
remaining (mm)
70
≤ 115
30
100
300
116 - 175
30
125
300
90
176 - 225
30
150
300
140
226 - 300
30
175
300
175
over 300
30
200
300
215
Notes:
1. The maximum depth of the recess or chase should include the depth of any hole reached when forming the recess or chase.
2. Vertical chases which do not extend more than one third of the storey height above floor level may have a depth up to 80mm and a width
up to 120mm, if the thickness of the wall is 225mm or more.
3. The horizontal distance between adjacent chases or between a chase and a recess or an opening should not be less than 225mm.
4. The horizontal distance between any two adjacent recesses, whether they occur on the same side or on opposite sides of the wall, or
between a recess and an opening, should not be less than twice the width of the wider of the two recesses.
5. The cumulative width of vertical chases and recesses should not exceed 0,13 times the length of the wall.
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Exigências do EC6 para roços horizontais
Table 8.2 : Sizes of horizontal and inclined chases in masonry, allowed without calculation.
Thickness of wall (mm)
Maximum depth (mm)
Unlimited length
Length ≤ 1250 mm
≤ 115mm
0
0
116 - 175
0
15
176 - 225
10
20
226 - 300
15
25
over 300
20
30
Notes:
1.The maximum depth of the chase should include the depth of any hole reached when forming the chase.
2.The horizontal distance between the end of a chase and an opening should not be less than 500mm.
3.The horizontal distance between adjacent chases of limited length, whether they occur on the same side or on opposite sides of the wall, should be
not less than twice the length of the longest chase.
4.In walls of thickness greater than 115mm, the permitted depth of the chase may be increased by 10mm if the chase is machine cut accurately to the
required depth. If machine cuts are used, chases up to 10mm deep may be cut in both sides of walls of thickness not less than 225mm.
5.The width of chase should not exceed half the residual thickness of the wall.
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3. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
•Conhecer e fazer respeitar as “regras de arte” – ver por
exemplo DTU 20.1
•Tolerância na implantação planimétrica
•Tolerância na espessura das paredes
•Problemas de verticalidade e desalinhamento em planta
- macro e micro
•Horizontalidade e espessura das juntas
•Número de fiadas possíveis de elevar num só dia
•Recepção e escolha dos materiais
•Limpeza da caixa de ar, drenos e posição dos isolantes
•Espessura dos revestimentos
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