Cerimônia em Memória de Corpo Presente Esta cerimônia é destinada a ser realizada em Sessão na câmara ardente ou a beira do túmulo, conforme o Capítulo decidir, para cada Irmão que falecer. É óbvio, que a leitura terá de ser mudada para se adaptar à situação de um Irmão falecido. Partes exigidas - Mestre Conselheiro (MC) - 1º Conselheiro (1ºC) - 2º Conselheiro (2ºC) - Capelão (Cap) - Orador (Or) - Sete Preceptores (1°P, 2°P, 3°P, 4°P, 5°P, 6°P e 7°P) Enfeites exigidos As seguintes flores: MC - Rosa ainda desabrochando de qualquer cor 1°C - Sempre Vivas (Samambaias ou Sempre Verdes) 2°C - Rosa totalmente aberta de qualquer cor 1°P - Brotos de Sempre Verde ou Violetas 2°P - Lírio Branco 3°P - Rosa Branca 4°P - Rosamaria (ou outra espécie de Sempre Verde) 5°P - Jasmim (ou qualquer flor amarela) 6°P - Qualquer flor branca 7°P - Rosa Vermelhas As flores deverão ficar de posse dos Oficiais que formarão um semicírculo envolvendo o ataúde do Irmão, tendo o Mestre Conselheiro ao centro do ponto mais próximo aos pés do falecido. MC - Irmãos, todos somos chamados a prestar o último tributo de respeito à memória de um Irmão (nome do falecido). Uma voz muitas vezes ouvida em nosso Capítulo está para sempre silenciosa aos ouvidos mortais. Mãos, cujo aperto de ajuda nos alegrava em tempos idos, estão entrelaçadas no descanso eterno. É necessário, portanto, fazermos uma pausa, não importa o valor de nossos trabalhos, visto que devemos prestar a nosso Irmão falecido o tributo devido à sua memória. Irmãos Escrivão, você fará a chamada de nosso Capítulo. (Mestre Conselheiro continua de pé) (O Escrivão começa como se fosse fazer a chamada começando pelo Mestre Conselheiro, 1º Conselheiro e 2º Conselheiro, os quais respondem “Aqui”. O nome do já falecido é chamado e não há resposta. Uma Segunda vez, e uma terceira, sem nenhuma resposta. Após a terceira vez, o Mestre Conselheiro levanta) MC - Irmãos, nós chamamos o nosso Irmão (nome do falecido). Não há resposta, mas eu respondo que apesar da voz dele estar silenciosa pela morte sua obra o acompanha. Ele permanecerá na terna lembrança de seus Irmãos. Ele permanecerá em toda as palavra de alegria e de incentivo que falava, em gestos amáveis que praticava, no afeto fraternal irradiado de seus olhos e no ardente aperto de mão. Ele permanecerá no exemplo de sua vida jovem, leal, pura, filial e patriótica. Vocês prestarão atenção ao Orador. (Mestre Conselheiro senta) Or - Irmãos, lembrem-se agora do seu Criador nos dias de juventude, enquanto não chegam os dias de tribulação, nem os dias estiverem se aproximando, quando vocês dirão, eu não sinto prazer neles.Enquanto o Sol, ou a Luz, ou a Lua, ou as estrelas não se tornarem escuras, ou as nuvens aparecerem após a chuva. Então a poeira retornará terra conforme era; e o espírito retornará a Deus quem o deu. MC - Irmão capelão você nos guiará em oração. (Permanecerão de pé todos os DeMolays presentes) (Capelão lendo de pé de onde se encontra) Cap - Nosso Pai que estás no Céu, nós vos agradecemos pelas garantia confortadora da fé implantada em nossos corações, sem a qual nós estaríamos tristes conforme aqueles que não têm esperança. Nós lamentamos a partida de um nosso amigo querido. Sua alma foi para Vós, e Vós sois o amor e a misericórdia sem limites. Nós invocamos o consolo de Vossa graça sobre todos aqueles a quem nosso Irmão era mais chegado e por quem era querido, e especialmente sobre seu círculo familiar agora rompido, suas esperanças alegres não realizadas e seu sonho de amor não satisfeito. Rezamos para que Vós nos ajudeis as aprender a lição de uma vida tal como nosso Irmão viveu entre nós, e que possamos moldar, assim como ele o fez, nossas vidas de acordo com Vossa Santa Vontade. Amém. TODOS – (uníssono) Amém. MC - Irmãos, as flores têm sido durante séculos inesquecível, símbolo de todas as mais sagradas emoções da alma. Elas são as vozes mudas, porém eloqüentes que expressam o que a língua incerta não pode expressar em palavras. Elas são as músicas aromáticas, a poesia flagrante, o retrato petalado e a esculturas que cumprimenta e combina a beleza de todas as artes, falando o Idioma Universal que os mais cultos e os mais civilizados têm sempre compreendido... Elas praticam seu suave ministério ao lado das camas dos que sofrem, ofuscando as mais agudas angústias. Elas dão a promessa de esperança e felicidade no Altar Sagrado onde os juramentos do matrimônio são feitos. Transmitem milhares de mensagens pela estrada da vida e florescem a beira da sepultura, emblemas dos jardins que não murcham, mas que florescem no mundo que há de vir. Do posto do Sol Nascente, símbolo do amanhecer da vida, trago esta rosa que está abrindo e coloca-se no Altar do Irmão falecido, em sinal da adolescência que se passou nos primeiros anos enquanto os orvalhos da vida ainda permaneciam neles e a promessa escondida ainda estava por se cumprir. MC - Irmão 2º Conselheiro que tributo você traz a nosso Altar? 2°C - Do posto do sol meridiano, símbolo do meio dia da vida, trago esta rosa totalmente aberta, e coloco-a junto ao querido Irmão em sinal da adolescência que nosso Irmão atingiu, mas de cuja totalidade da vida madura deu tanta promessa abundante. MC - Irmão 1º Conselheiro que tributo você traz para o Altar da Saudade? 1°C - D o posto do pôr do sol, símbolo da véspera da vida, trago este sempre viva, como símbolo do dia eterno que segue a noite da vida. Nosso Irmão viveu bem os anos destinados a ele e nossa fé acendeu um facho que o guiou sobre as águas escuras da morte e nos permite vê-lo através dos olhos da esperança, na margem mais distante, onde não há crepúsculo ou pôr do sol. MC - As virtudes são as flores no jardim da vida, que lhe dão beleza e fragrância, conforme as fraquezas são as ervas daninhas e o pecado os espinhos que lhe dão sofrimentos e a dor. Irmãos Preceptores, nosso Irmão usou merecidamente a Coroa da Juventude que vocês lhe confiaram para guardar que tributo vocês trazem para nosso Altar da Saudade? 1ºP - Deposito esta violetas de suave afeto no altar de memória em sinal da devoção filial de nosso Irmão. Ele foi um bom filho, e a memória desta virtude é um dos consolos que aliviarão, com o decorrer do tempo, a tristeza daqueles mais próximos e mais queridos dele. 2ºP - Coloco este lírio sem manchas da ressurreição no altar da saudade em sinal da reverência de nosso Irmão por coisas sagradas e sua profunda fé que os mortos viverão novamente. Sua confiança em Deus permanecia; ele amava o companheirismo dos bons e, em lugares sagrados de adoração ele encontrava paz e alegria. 3ºP - Coloco esta rosa branca, emblema do cavalheirismo e um escudo sem manchas, no Altar da memória, em sinal da cortesia de nosso Irmão, a florescência máxima do caráter humano. Essa virtude realmente cativante aperfeiçoou sua vida e proporcionou uma beleza que é flor daquele cavalheirismo que floresce hoje assim como nos dias de campos, acampados e ornamentos de coragem e perícia. A alma dele era verdadeiramente de cavaleiro, pois dele era a cortesia que torna cavaleiros todos aqueles que são bondosos e gentis, pacientes, atenciosos e refinados. 4ºP - Coloco este broto de rosamaria, emblema da lembrança, no Altar da memória em sinal do espírito da camaradagem de nosso Irmão. Era um amigo leal e Irmão para os membros de nossa ordem. Seu aperto de mão era forte e verdadeiro, e sua camaradagem era digna de nossos preceitos, pois se exemplificava em todos os seus atos, pensamentos e palavras. Como camarada ele será sempre lembrado com tristeza e seu lugar em nosso círculo jamais será completamente preenchido. 5ºP - Coloco este jasmim amarelo, símbolo de constância, no Altar da memória em sinal da fidelidade de nosso Irmão. Ele era verdadeiro, ao pé da letra e do espírito de obrigação que ele assumiu perante o Altar e para todo voto íntimo do dever. Ele sempre lutava com firmeza para viver a altura de seu conceito do que um jovem sensato e de vida correta deveria ser, e o lema de sua vida bem poderia ter sido “Sempre Fidelis”, pois ele era sempre fiel a tudo o que lhe era confiado. 6ºP - Coloco este flor branca da pureza no Altar de memória em sinal da pureza de corpo, de coração e da mente de nosso Irmão. Nosso circulo não teve nenhum tipo de homem mais admirável, de vida pura, de mente pura, de conversas puras e da beleza de sua vida. 7ºP - Coloco esta rosa vermelha da coragem no altar da memória em sinal do amor à pátria de nosso Irmão. Apesar de não ter sido convocado a oferecer sua vida na defesa da pátria, ele representou o mais alto tipo de homem patriótico brasileiro. Nossa bandeira não teve nenhum amante mais devotado, e se tivesse precisado dele, não teria tido defensor mais valente. MC - Irmãos, vocês ouviram os tributos a nosso Irmão (nome do falecido) falecido, tendes visto as flores simbólicas depositadas sobre o Altar da Saudade em sinal de suas virtudes. Deixemos este lugar fortalecidos com todos os propósitos bons e puros que animam um DeMolay. Estas flores murcharão em algumas poucas horas. Sua fragrância desaparecerá e suas pétalas tornar-se-ão apenas poeira perfumada. Elas são apenas símbolos de coisas que vivem para sempre. Tomemos conosco através dos dias e anos futuros as lições que elas nos ensinam. Desse modo nossas vidas serão um jardim onde as flores passageiras da terra murcharão e se destruirão. MC - Irmãos, coloquemos nossa mão direita sobre o coração em sinal de nossa fidelidade aos princípios os quais ele subscreveu como símbolo de que ele viverá sempre em nosso coração. E que Deus Santifique para nós todas as lições desta hora. (Um curto discurso poderá ser feito nesta ocasião pelo Irmão Orador ou outro designado para tal) MC - Isso conclui nossa Cerimônia em Memória de nosso Irmão (nome do falecido). E que o Pai Celestial abençoe e proteja seus Pais e parentes, ofereça consolo e que ele repouse em paz por todos os tempos. Que Deus a todos abençoe e Proteja.