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*14
setembro 2010 . boletim trimestral . ano 4
editorial
I
niciamos mais um ano pastoral! Também na nossa missão de
catequistas.
Este ano, o terceiro centro à redescoberta da Palavra de Deus,
vamos procurar «Viver (d)a Palavra».Com a certeza daquilo que
nos escreve São Tiago:
«Mas tendes de a pôr em prática e não apenas ouvi-la,
enganando-vos a vós mesmos. Porque, quem se contenta com
ouvir a palavra, sem a pôr em prática, assemelha-se a alguém
que contempla a sua fisionomia num espelho; mal acaba de se
contemplar, sai dali e esquece-se de como era. Aquele, porém,
que medita com atenção a lei perfeita, a lei da liberdade, e nela
persevera - não como quem a ouve e logo se esquece, mas
como quem a cumpre - esse encontrará a felicidade ao pô-la em
prática» (Tg 1, 22-25).
Por isso, nós os catequistas sabemos estamso consciêntes que
‘catequizar’ implica, antes de mais, viver a mesma Palavra. Fazer
dela vida na vida, em fidelidade a Deus e aos irmãos
BOLETIM
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Secção OPINIÃO
Vimos e ouvimos.
Disso damos test
João Soalheiro
Q
uatro jovens, postados à entrada de um
centro comercial mantêm um diálogo que
me prende a atenção: «... até acredito que
tenha existido um judeu chamado Jesus Cristo e
que tenha sido crucificado, agora que fosse Filho
de Deus, isso não acredito!» Outro acrescentava: «...
eu fiz a primeira comunhão e tudo isso, por causa dos
meus pais, mas não acredito em Deus». Para emendar,
de um jacto: «Quer dizer, até acredito num ser superior,
numa força espiritual, mas não acredito num Deus
como o dos cristãos, feito de carne e osso para salvar a
humanidade». E o diálogo, aliás muito vivo e genuíno,
lá continuou, por entre plurais repúdios de fanatismos,
com referenciação das seitas à cabeça, até se esfumar
no percurso da rua, que apenas acompanhei com o
olhar do coração.
Fim de uma Eucaristia, hora de dispersão e de conversas acaloradas, tendo por assunto uns avisos feitos,
havia pouco, pelo pároco. No meio de um cortejo de
desaprovações - estaria em causa um qualquer costume entranhado, posto em questão - solta-se, entre
tantas, uma expressão já clássica: «Eu cá tenho a minha
fé», como se essa fosse a última barricada contra as
novidades atentatórias de um legado recebido.
Duas situações reais, testemunhadas por quem escreve estas linhas. Que talvez possam ser multiplicadas,
sem adaptações de monta, por aqueles que as lêem.
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BOLETIM
Não sei quantas vezes, na minha ainda curta idade,
terei calado as dúvidas de uns e vestido as certezas de outros. Mas foram muitos os dias em que
a minha oração se ficou por um trémulo apelo:
«Não permitas, meu Deus, que abandone a fé dos
meus pais!» De facto, a fé dos meus humildes pais
é essencialmente apostólica, como o foi a fé dos
seus maiores. E remontando de geração em geração
ouço hoje, com a frescura da primeira vez, o testemunho daqueles que partilharam com Jesus de
Nazaré o pão e as lágrimas, nem todas vertidas sob
o signo da dor: «Vimos e ouvimos». São eles que me
garantem que esse Jesus encarnado era verdadeiramente o Filho de Deus.
A «minha fé» até pode ser mais ilustrada, por
catequese e magistério universitário, mas será,
por certo, bem mais débil que a dos meus queridos pais. Só sei que através deles, e apesar dos
meus muitos limites, ela será sempre herança dos
que testemunharam com alegria o que «viram
e ouviram». E, também por isso, pesem todas as
provações, há-de permanecer uma fé radicalmente apostólica. Como não estou sozinho nesta
verdadeira aventura, atrevo-me a escrever: vale
a pena cuidar um tal legado, pulsante de vida; e
vale a pena fazê-lo com inteira liberdade e com
empenhada responsabilidade! Mesmo num tempo cada vez mais marcado pela precariedade de
todos os vínculos.
temunho?
BOLETIM
3
Secção NOTÍCIAS
Olhar o futuro
E
m Junho passado, mais concretamente no dia 19,
teve lugar nos Serviços Centrais da Arquidiocese
uma reunião do Conselho Arquidiocesano de Catequese que se debruçou sobre o trabalho de planificação (de datas e actividades) do novo ano catequético
que agora se inicia. Foi uma reunião importante de
trabalho onde também se abordaram os assuntos da
actualidade catequética no nosso país.
E assim, o P.e Luis Miguel, depois de vincar a importância do trabalho em equipa ao nível da catequese,
referindo que “fazer bem não é mérito nosso” antes
”compromisso de todos”, salientou que em termos
de acção concreta em Igreja é chegada a hora de
“repensar a missão da Igreja em Portugal”, deu conta
daquilo que foi o Encontro Nacional de Fátima, salientando a “importância da Cultura no Cristianismo”,
bem como a “importância da Cultura na Catequese”.
O coordenador da catequese na arquidiocese
bracarense deu ainda a conhecer que dessa reunião
saiu a proposta para que os encontros de catequese
passem a ser de 60 a 90 minutos, algo que vai obrigar a uma grande reflexão. Não só porque se trata
de encontros que obrigam a preparações exigentes,
mas porque se pressupõe o “risco de escolarização
da catequese”.
Também o P.e Luis Miguel apresentou o ponto de
situação a nível nacional das diferentes acções formativas, mormente, os cursos Acreditar, e a grande
aposta na formação dos pais e nas jornadas nacionais de catequistas que, na próxima edição, serão à
volta da catequese de adolescência.
Já o responsável pela formação de Catequese, Nuno
Pires, fez o ponto de situação dos diferentes cursos
ou acções de formação na Arquidiocese e sublinhou a grande necessidade e preocupação a ter
com as pessoas que são enviadas para as diferentes
formações e vincou a grande aposta no “projecto
Esperança”.
Juntos é possível
T
endo como grande objectivo mostrar e vincar
a participação “animada, forte e intensa” dos
pais no percurso catequético dos seus filhos,
teve lugar no passado dia 26 de Junho no Centro
Social João Paulo II, em Apúlia, um encontro com os
pais e catequistas que frequentaram o curso Acreditar
realizado no arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de
Varzim e em que a Comissão Arquidiocesana para a
Educação Cristã participou activamente.
Neste encontro heterogéneo em que pais e filhos
dos grupos de catequese do arciprestado de
Vila do Conde e Póvoa de Varzim associaram-se
activamente pais e catequistas das paróquias de
Vila do Conde, Caxinas, Lapa, Matriz, Rates e Beiriz,
envolvidos no curso Acreditar, que acederam ao
convite dos Serviços de Formação da Arquidiocese
para realizar uma actividade de reflexão e convívio
que envolvesse pais e filho. E a verdade é que quer
uns quer outros seguiram um programa específico
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BOLETIM
diferente, tendo em comum o acolhimento, a oração
da manhã, o almoço e o lanche e a Eucaristia, isto é,
grande parte do dia dividido entre adultos e mais
novos.
Dessa experiência interessantíssima importa, desde
logo, reter um dado interessante e sintomático do
tipo de encontro: os mais pequenos ficaram todos
juntos e de forma autónoma dos pais num outro
espaço do Centro em brincadeira e animação e os
maiores deram azo à sua curiosidade e necessidade
de aprendizagem e troca de experiências.
Catequese: período para estruturar
adesão a Jesus
Nuno Pires, logo na apresentação deste “Projecto Esperança” e salientando que “juntos é possível”, vincou
o papel dos pais como fundamental nas diferentes
acções da catequese. Mas, como fez questão de vincar, tal papel é um papel interventivo, ou seja, não é
apenas deixar ficar os filhos na catequese e esperar
que acabe.
Por outro lado, e aprofundando mais a razão de ser
deste desafio que é o “Projecto Esperança”, para o
coordenador do Serviço de Formação é fundamental
dar importância à evangelização e catequese, bem
como apostar fortemente na interligação entre as
duas. E justificou este ponto de vista: “se a catequese
é um período em que se estrutura a adesão a Jesus”, a
verdade é que noutros tempos – quando as pessoas
não sabiam ler “e a palavra era passada oralmente”
–, nem por isso essas mesmas pessoas deixavam de
seguir os passos de Jesus. Daí que, na opinião de
Nuno Pires a catequese deve será assim como “um
grupo de amigos que tomam café juntos e que quando um falta todos sentem a falta do amigo e partem à
sua procura”.
outro lado, a necessidade de adaptar a catequese às
realidades de cada comunidade é também urgente
e fundamental.
Refira-se que já perto do final do encontro e na celebração da Eucaristia, a que presidiu o cónego José
Paulo Abreu, a animação eucarística foi totalmente
da responsabilidade dos pais e filhos, mas com especial incidência dos filhos – e animada pelo grupo
de jovens da Lapa.
Saliente-se que deste encontro saiu a ideia de um
novo encontro; que viria a acontecer no parque da
cidade da Póvoa de Varzim no passado dia 24 de
Julho, onde os jogos tradicionais – equipas família –
e um lanche em partilha permitiram tornar visível a
alegria nos rostos de pais e filhos, num acto simples
e natural – brincar juntos.
Formação para pais e filhos
Feita apresentação do encontro, os trabalhos de
grupos – onde catequistas e pais se misturaram
numa agradável e construtiva colaboração e discussão de pontos de vista e num diálogo e aprofundamento das questões que atravessam o crescimento
dos filhos –, ocuparam a manhã; não sem antes, e
em plenário, terem sido vincadas pistas importantes de reflexão. Desde logo que “a catequese não é
para toda a vida, mas pode acontecer em qualquer
momento da vida”, daí que “ser coerente nas vivências
diárias” seja uma ajuda que os pais podem e devem
dar ao percurso catequético dos seus filhos. Por
O que é o Projecto Esperança?
Com o Projecto Esperança pretende-se desenvolver a espiritualidade do ser Pais, estruturada numa vivência sacramental, onde se cresce pela partilha das experiências, dos sonhos e das dificuldades. Aprender a
virtude do entusiasmo de serem pais com o Pai. Reflectir a sua acção de pais à luz da Palavra, para anunciar a
Novidade com novidade. Fazer uma experiência de Confiança e reforçar a linguagem do Amor.
Este projecto nasceu de um trabalho realizado com um grupo de pais da Matriz da Póvoa de Varzim. Foi
apresentado aos Serviços de Formação que, por sua vez, propôs que o mesmo fosse apresentado no âmbito
do estágio, junto dos catequistas/formandos e, posteriormente, aos párocos, coordenadores e representantes dos pais das paróquias envolvidas.
Formação de animadores
Decorrerá no próximo dia 18 de Setembro, em Braga, um atelier de formação de animadores para o Projecto
Esperança, sendo aqui constituída a equipa que desenvolverá o projecto nos arciprestados e/ou nas Zonas
inter-paroquiais.
BOLETIM
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Secção NOTÍCIAS
Ecos da imprensa
Dia Arciprestal do catequista
de Vila do Conde e Póvoa de Varzim
Maria Luísa Aguiar *
N
o dia 10 de Julho, realizou-se um encontro de catequistas em Balasar, de forma
a marcar o Dia Arciprestal do Catequista,
tendo como mote “Como catequistas acolhemos
a Palavra”. Neste encontro memorável, estiveram
cerca de 200 catequistas que, vindos das diversas
paróquias do arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim, se reuniram no Centro paroquial
de Balasar, dedicando o seu dia ao estudo da
Palavra de Deus na Catequese.
Foi um dia de formação que teve início às 09h30 e
terminou às 19h00 com a celebração da Eucaristia
na igreja paroquial de Balasar, presidida pelo padre
Paulo Sérgio, responsável pela Pastoral Catequética
do arciprestado. A formação ficou a cargo do padre
Rui Alberto, padre salesiano, que, subordinado ao
tema “Palavra de Deus na Catequese”, apresentou
diversas propostas para se trabalhar a palavra de
Deus em contexto de catequese. Saliente-se que
a concretização de alguns workshops, assim como
a escolha das temáticas propostas para este dia
tiveram como principal objectivo o ir ao encontro
das necessidades do catequista, para o sucesso da
sua missão catequética.
O padre Paulo Sérgio acolheu todos os catequistas,
apelando à abertura, ao acolhimento da Palavra de
Deus e à disponibilidade fraterna de acolher o nosso próximo. Após a oração da manhã, que recordou
aos catequistas que devem manter a esperança,
porque não estão sós, o padre Rui Alberto orientou
os diferentes workshops que versaram sobre as temáticas: "Palavra de Deus na Catequese: ideias base”,
"Como ler a Bíblia? Na vida e na catequese”,“Canção e
Palavra" e"Os audiovisuais na Catequese”.
No desenvolvimento dos diversos temas, os presentes foram sendo despertados para a necessidade
de acolher a Palavra de Deus, uma Palavra diferente
e que deve ser central para nós. É através dela que
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BOLETIM
Deus comunica. Animados pelo Espírito Santo,
os catequistas devem ser os facilitadores dessa
comunicação, melhorando as pontes entre o texto e
a vida, utilizando uma linguagem adequada. Assim,
a Lectio Divina apresenta-se como uma forma de
ler a Palavra. Dinâmica que pode ser utilizada em
catequese com as crianças e adolescentes, fazendo
as respectivas adaptações à faixa etária. Com uma
atitude de fé, humildade e amor todos são convidados a ler e a reler a Palavra a fim de a explorar, a orar
e a levar para a vida.
Os catequistas foram também sensibilizados a não
recear usar a canção em catequese, pois também
através da escuta e do canto de uma canção se
pode conduzir o grupo à Palavra. O diálogo entre os
elementos do grupo, nesta alternativa, apresenta-se
como fundamental, pois conduz ao ser autêntico.
No entanto, os audiovisuais só podem e devem ser
usados em catequese, quando bem utilizados. Os
diaporamas, vídeos, filmes... devem ser bem seleccionados e adequados ao grupo a que se destinam
e com objectivos e tarefas concretas a realizar. Não
devem ser vistos como momento de lazer, mas
como uma forma diferente de abordar a Palavra de
Deus.
Todas as propostas foram muito bem recebidas
pelos presentes, desmistificando algumas ideias
de que determinadas dinâmicas não poderiam ser
colocadas em prática em catequese. Privilegiando
o pequeno grupo e adaptando os materiais à realidade do grupo, tudo é possível de ser concretizado
com sucesso. Este momento de formação foi interrompido para um almoço partilhado, que teve lugar
no exterior do Centro Paroquial, numa zona relvada,
preparada para o efeito. E serviu para um alegre e
saudável convívio entre todos os presentes.
No final do dia, foi celebrada a Eucaristia. Ao entrar
na igreja, uma frase saltava à vista: "Eu preciso de
ti': Palavras que foram recuperadas aquando da
homília, que se debruçou essencialmente sobre o
Evangelho, apontando dois caminhos de salvação:
o amor a Deus e o amor ao próximo. "Quem é o meu
próximo?": aquele que precisa. A história do Bom
Samaritano apresenta-se como uma lição para a
nossa vida.
O padre Paulo Sérgio salientou ainda que, como
catequistas, aquilo que anunciamos é Palavra de
Deus. Ela tem que estar dentro de nós, no nosso coração, pois «ninguém ama aquilo que não conhece».
E terminou referindo que, ao longo do dia, foi sendo
dito que um catequista tem de ser dinâmico, aberto,
deixar o sopro do Espírito entrar e agir em si. Pediu
para que cada um analise os seus carismas e os seus
contributos na sua comunidade e que verifique
com qual das personagens da parábola se identifica:
o sacerdote, o levita ou o samaritano. «Muito mais do
que saber quem é o meu próximo, interessa fazer-se
próximo daquele que necessita de mim», explicou.
No final da Eucaristia, foram entregues aos
catequistas, pelo coordenador dos Serviços de For-
mação do DAC (Departamento Arquidiocesano de
Catequese), os certificados de participação nos diversos cursos de formação que foram tendo lugar
no arciprestado: Curso para Animadores, Curso de
Iniciação, Curso Acreditar e os módulos do Curso
Geral. O coordenador apresentou ainda, de forma
breve, o plano de formação a iniciar em Setembro e
sobre a parceria com a universidade Católica.
Como este dia não pode ser esquecido, o padre Paulo Sérgio ofereceu ainda uma pequena lembrança
a cada catequista, para que estejam sempre cientes
da sua missão: transmitir as verdades de Deus.
Assim, sendo a formação contínua do catequista
uma necessidade cada vez mais premente para uma
catequese de qualidade, esta iniciativa superou as
expectativas de todos os que participaram neste dia
de formação, reflexão e de encontro com Deus.
* catequista na Paróquia de Caxinas
In Diário do Minho 18 de Julho de 2010
Coordenadores paroquiais
de catequese reunidos
A
Equipa Arciprestal de Catequese de V. N.
Famalicão promoveu mais um encontro
destinado aos Catequistas Coordenadores
Paroquiais de Catequese de todas as paróquias do
Arciprestado, com vista à avaliação do Ano Pastoral
2009/2010.
O encontro teve lugar na noite do dia 18 de Junho, no Centro Pastoral, e contou com inúmeros
catequistas. Num primeiro momento todos foram
convidados a rezar, a partir da proclamação do
Evangelho de S. Lucas referente ao XII do Tempo
Comum (Ano C), que todos teriam oportunidade de
voltar a escutar nas eucaristias do fim-de-semana
que se seguia. Escutada e acolhida a Palavra, seguiuse uma reflexão.
Terminada a oração, tomou a palavra o Assistente
da Equipa Arciprestal de Catequese de V. N. de
Famalicão, o P.e Paulino Carvalho, que agradeceu a
presença de todos e a sua missão exercida na Igreja.
Depois, foi o momento de recordar os objectivos
propostos pelo Departamento Arquidiocesano da
Catequese (DAC) para o Ano Pastoral que está prestes a terminar. Assim, neste segundo ano dedicado
pela Arquidiocese de Braga à Palavra de Deus,
subordinado ao tema "Acolhemos a Palavra", e pautado também pelo ritmo do Ano Sacerdotal, vivido
ao nível da Igreja Universal, e pelo Aniversário dos
Lausperenes na Arquidiocese, o plano do DAC, intitulado de "Catequese: um serviço à Palavra de Deus",
tinha como objectivo geral "Redescobrir a Catequese
como Serviço da Palavra", desdobrando-se este em
alguns Objectivos específicos, como: Manter a prática da Lectio Divina nos diversos âmbitos catequéticos;
Promover a realização da Reunião Mensal do Grupo
de Catequistas, com conteúdos bíblicos e eucarísticos;
Potenciar a missão dos Catequistas Coordenadores
e Promover a existência de Equipas Arciprestais de
Catequese.
BOLETIM
7
Secção NOTÍCIAS
Avaliada a concretização destes objectivos, foi
feita a primeira apresentação do plano do DAC
para o próximo Ano Pastoral. Naquele que será
o último ano do triénio subjacente ao lema
''Tomar conta da Palavra que toma conta de nós",
desta vez com o tema "Vivemos da Palavra", o
plano tem como título "Catequizar implica viver
da Palavra de Deus". O objectivo geral passa
agora por "Valorizar a Missão de catequizar
como vivência da Palavra de Deus", continuando
a Arquidiocese a apontar na direcção dos três
vectores essenciais (Lectio Divina, Reunião Men-
sal de Catequistas e Formação de Catequistas
Coordenadores).
Foram ainda apresentadas algumas datas importantes para o próximo ano pastoral, destacando-se o
Dia Arquidiocesano do Catequista, a realizar a 11 de
Setembro.
Seguiu-se um momento de diálogo durante o qual
todos tiveram oportunidade de colocar questões,
esclarecer dúvidas e/ou apresentar sugestões, o encontro terminou com um novo momento de oração.
In Cidade Hoje 10.06.24
Pelos arciprestados
T
erço Humano em Lama
Na paróquia da Lama, no arciprestado de
Barcelos, teve lugar no passado dia 28 de Maio,
uma oração pública de louvor a Maria. Este incentivo mariano, o Terço Humano, da responsabilidade
da equipa coordenadora da zona do Facho, foi promovido pelos vários párocos desta zona pastoral,
nomeadamente os padres Manuel Fonseca, João
Granja, José Carvalho, Armando e Manuel Miranda
– que também participaram na oração do Pai-Nosso
– e contou também com a colaboração de um
número significativo de catequistas das dezassete
paróquias que constituem esta zona.
O auge deste momento de oração em família foi o
quadro belo que a iluminação do terço produzida
pelas velas que cada participante utilizou, desenhou.
Saliente-se ainda a participação dos escuteiros da
paróquia da Lama e dos jovens catequizandos da
zona para dar luz à cruz. Daí que a equipa da zona
do Facho que levou a cabo esta iniciativa se sinta na
necessidade de agradecer publicamente a colaboração de todos. Afinal de contas, é com este tipo de
incentivos que se ajuda a promover uma catequese
contínua na nossa vida como cristãos.
Encontro de Coordenadores
da Catequese em Esposende
A primeira reunião de coordenadores da catequese
a nível arciprestal decorreu no passado dia 21 de
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BOLETIM
Maio. Nesta reunião, onde nem todas as paróquias
puderam participar pelas mais diversas razões, foram dados a conhecer os objectivos para o trabalho
futuro, tendo o P.e Rocha aproveitado o momento
para agradecer o trabalho e empenho do grupo
de trabalho cessante, liderado pelo Padre Casado
Neiva.
Como base de trabalho este grupo de coordenadores discutiu, relembrando, um documento do
Departamento Arquidiocesano da Catequese (DAC)
o objectivo do ano 2009/2010: "Catequese: um
serviço à Palavra de Deus" e o objectivo geral para o
próximo ano catequético: "Viver da Palavra", sendo o
objectivo específico "A Palavra em todas as actividades", ao que se seguiu o assumir da realização de
um encontro inter-paroquial de formação em Lectio
Divina.
Já na análise da proposta do DAC para a realização
de um "Guia de recrutamento" para catequistas, e
dado ter sido considerada como "forte" a expressão
"recrutamento", foi sugerido que se ponderaria o
referido documento. Enquanto isso, no arciprestado
de Esposende os catequistas continuarão a ser pensados tendo em conta o diálogo entre catequistas
e pároco.
Refira-se ainda que foi debatida a missão dos
catequistas coordenadores, ou seja, catequistas que
têm como missão organizar reuniões mensais com
os grupos de catequistas e potenciar a comunhão
do grupo e a comunicação entre os mesmos. De salientar ainda a entrega da edição de Maio do Pontes
e o pedido para a colaboração na sua elaboração,
enviando notícias através do correio electrónico. Por
outro lado, e no que diz respeito à formação dos catequistas e os cursos organizados pela arquidiocese,
concluiu-se que “a permanência dos formandos nos
retiros e centros de formação é um entrave à participação das catequistas donas de casa e mães, que
preferem pernoitar nas suas casas devido à família”.
Por último, procedeu-se à entrega pelos presentes
do Formulário de formação 2010/2011, enviado pelo
DAC, para que se procedesse à análise do conteúdo
dos diversos programas propostos. E, ao nível de
actividades, referiu-se o curso Acreditar a realizar
em Fão no início de 2011, pelo que será importante
o trabalho dos coordenadores nas paróquias no
recrutamento de pessoas interessadas e motivadas
em serem catequistas.
De referir que ficou estabelecido que os encontros de coordenadores paroquiais passarão a ser
bimensais e num esquema de rotatividade, tendo
o primeiro já decorrido na paróquia de Antas, em
Julho.
Curso Acreditar
na Póvoa de Lanhoso…
O curso Acreditar que funcionou na Póvoa de Lanhoso com dois grupos de formandos em simultâneo
– um grupo reunia-se às segundas-feiras e outro às
quintas-feiras – teve a participação de 48 formandos provenientes das várias paróquias do Arciprestado da Póvoa de Lanhoso.
Esta acção de formação, que teve a duração de 30
horas e que terminou no passado dia 20 de Maio,
permitiu aos seus participantes aperfeiçoar o
manuseamento da Sagrada Escritura como instrumento de vida, conhecer os principais momentos
da História da Salvação, compreender a dinâmica da
Fé e momentos de oração.
E, pela reacção dos participantes, tratou-se de uma
acção de formação que deixou marcas. Pelo menos
a julgar pelas palavras de Clemente Fernandes: “Um
dia vi uma mensagem que dizia:"Aprende a ouvir a
voz das pequenas coisas e verás como tudo se comunica contigo". E é verdade! Observemos a capacidade
que um agricultor (ou um produtor de plantas) tem
em saber quando uma planta tem sede ou está com
água a mais, quando precisam de ser aparadas, quando precisam de ser podadas”.
Este formando que afirma ainda: “É, ele sabe! Sabe
só de olhar para elas, sabe porque ouve e percebe a
mensagem que elas lhe transmitem... Como sabe?!
Sabe, porque estudou ou lhe foi transmitido pelos seus
antecessores, num misto de ciência, saber e tradição”,
justifica assim a sua passagem pelo Acreditar que
decorreu na Póvoa de Lanhoso: “E é isso que eu e nós
andamos aqui a fazer, e Curso muito nos ajudou:
aprender a escutar a voz de Deus, aprender a ouvir, a
ler,... para assim podermos, também nós, transmitir a
mensagem aos nossos catequizandos”.
Por sua vez, a Célia Dias, também participante no
curso Acreditar que teve lugar no arciprestado de
Póvoa de Lanhoso, não deixa dúvidas: “Acreditamos
que juntos ensinaremos/falaremos da palavra de Deus
junto das nossas crianças. Acreditamos que somos
fortes/capazes de seguir os caminhos, por vezes não
fáceis, de alcançar a Fé para/até Deus. Acreditamos
pois, que conseguimos atingir os objectivos traçados/
orientados pela formação”.
E salienta: “dizia o senhor p.e Armindo que todos
podemos ter uma biblioteca em nossa casa, sim, todos
podemos e devemos ter um livro chamado Bíblia. A
Bíblia é o livro mais completo de todos, nunca chega
ao fim a nossa leitura, e sempre que lemos um e/ou
outro capítulo/versículo aprendemos não só a AMAR
mais a Deus como também a tornar-nos mais fortes e
melhores seres humanos pelo respeito aos outros”.
Por fim, diz a Célia que “esta formação relembrou
que ter Fé implica confiar. A nossa Fé tem que ser viva
e testemunhada pelas obras. E esta Fé proclama uma
boa nova às (aos) catequistas. Desafiamos todos os
presentes a frequentar esta formação sendo e/ou não
catequistas, pois para todos seria uma mais-valia”.
… e em Vila do Conde e Póvoa de Varzim
Também o arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim levou a cabo a formação do curso
acreditar. Com uma novidade digna de realce: o
curso envolveu catequistas, pais dos catequizandos,
animadores de grupos de jovens, membros das
Fabriqueiras e de movimentos pastorais.
Dada a novidade e o impacto desta acção, Pontes
regista o testemunho desta experiência piloto na
voz de três párocos.
“Depois do Curso para animadores, que teve lugar
no CAFCA situado na Matriz da Póvoa de Varzim, de
Novembro de 2009 a Fevereiro de 2010 decorreram 9
cursos Acreditar em simultâneo, nas paróquias de S.
João Baptista e N. Sr. dos Navegantes – Caxinas (Vila
do Conde), e N.ª Sr.ª da Lapa (Póvoa de Varzim), envolvendo 212 formandos (pais, catequistas, membros
dos conselhos paroquiais e agentes da pastoral) e 16
animadores e formadores dos Serviços de Formação,
em articulação com os coordenadores paroquiais da
catequese.
BOLETIM
9
Secção NOTÍCIAS
Nesta caminhada teve-se sempre o olhar atento dos
pastores das comunidades envolvidas e que gentilmente deixaram o testemunho da importância da
formação. É importante que os principais agentes da
pastoral estejam envolvidos e conheçam as carências
das suas comunidades, proporcionando recursos para
que todos tenham oportunidade de crescer e conhecer
melhor a Palavra de Deus.
A sempre e renovada maneira de estar no mundo
aliada ao grande dom da Fé que, a nós cristãos, nos
é oferecido por Deus Pai. E foi esta oferta que apareceu na comunidade da Lapa, através do departamento diocesano da catequese, e que, de catequistas visados para a formação, rapidamente se
estendeu a todos os agentes da pastoral e a todas
as pessoas de boa vontade que de coração sincero
a ele aderiram. Também isto foi e é Acreditar. Como
Pároco, verifiquei e confirmei a extrema necessidade deste pequeno e básico contributo de formação,
o qual faz arrancar imediatamente para outros níveis de vivência cristã e de procura do sempre mais
deste sabor e saber de Jesus Cristo, em Deus Pai no
Espírito Santo. Oxalá se mantenha este contributo
às comunidades e todos sejamos generosos em dar/
partilhar, bem como receber e ter mais da abundância deste Amor Deus”. (Pe Nuno Rocha – Paróquia
Nª Srª da Lapa)
“A Fé em Jesus Cristo é um dom, mas é também uma
virtude a cultivar. Nesta crise de valores que vivemos, sobretudo na Europa, é visível uma acentuada
descristianização. Esta passa pela família e, por isso,
atinge as crianças, adolescentes e jovens, mas pode
tocar os próprios catequistas. Daí os cuidados a ter na
formação inicial dos mesmos catequistas.
Em boa hora a Comissão Arquidiocesana para a
Educação Cristã, lançou o “Curso Acreditar”, para
não corrermos o risco de termos catequistas sem fé
madura, a darem o que não têm...
Caxinas está atenta a esta experiência. Este ano,
sobremaneira, teve uma “bênção” especial. Propúnhamo-nos atingir os catequistas que ainda não tinham
feito o Curso Acreditar. Eram cerca de 60. Os Serviços
de Formação desafiaram-nos a estender este Curso à
comunidade, sobretudo aos pais. Inscreveram-se 125
(nº máximo)! E 120 chegaram ao fim, com o respectivo
diploma! Pelas celebrações em que estive, sobretudo
a da Festa do Compromisso e a Festa da Eucaristia
final, “disseram” tudo o que ia na alma dos que fizeram
o Curso e da Equipa Formadora. Foi uma experiência
marcante, que se recomenda a todos os que a possam
10
BOLETIM
fazer. Não tenho dúvidas, algumas pessoas, a partir do
Curso, “seguiram por outro caminho”.
Fico grato a Deus, aos 10 Formadores (foram extraordinários), aos Catequistas e aos Pais. Valeu a pena. Sim,
vale a pena quando há almas Grandes e gente que
tem sede de crescimento”. (Mons. Domingos Ferreira
de Araújo – Paróquia N. Senhor dos Navegantes,
Caxinas).
"Na Paróquia de São João Baptista de Vila do Conde,
a 1ª Edição da Formação Acreditar aconteceu entre
Março e Junho do corrente ano. Ainda que aparentemente factuais, estas palavras são plenas de esperança: acreditamos que esta foi, de facto, a primeira
pedra de um caminho que, também em Vila do Conde,
afirma que «A Formação não é só para alguns, mas
um bocadinho para cada um ao longo de toda a vida,
de acordo com as necessidades individuais em cada
momento». A nossa esperança alimenta-se ainda da
convicção de que esta formação Acreditar assinala,
indelevelmente, o processo de renovação da Catequese Paroquial. Sem embargo, Acreditar foi um desafio e
registou as suas dificuldades e talvez seja isto mesmo
o que mais nos ajuda a sentir a gratidão de nos sabermos agraciados por Deus”. (P.e Domingos Rodrigues
Lopes – Paróquia S. João Baptista de Vila do Conde)
Amares celebra Dia Arciprestal do Catequista
No passado dia 24 de Abril de 2010, realizou-se em
Amares o II Encontro Arciprestal do Catequista, o
qual decorreu no Salão dos Bombeiros Voluntários
de Amares. As actividades tiveram inicio pelas 14
horas, com a inscrição dos catequistas e aproveitando o momento para actualização de dados
do ficheiro dos catequistas de Amares e dando
informações acerca da formação disponibilizada
pelo Serviço de Formação. Durante este período os
participantes podiam visitar a pequena exposição
de venda de livros, que poderiam adquirir. Como
também podiam assistir a uma projecção alusiva ao
encontro anterior.
Pelas 14h30 horas teve inicio o acolhimento aos
catequistas, momento animado pela catequista
Etelvina, com muita música, muito canto, muita
diversão, alguns jogos e mímicas. Tendo se aproveitado também o momento para ensaiar as músicas
para a VIA LUCIS.
Pelas 15 horas tivemos a participação do colega Fernando Batista, coach, líder do riso e catequista, que
nos presenteou com uma bela tarde de Risoterapia
– Rir com Deus, como nos descreve o catequista
Pedro Antunes, de Bouro Santa Maria, Amares.
“A Risoterapia mostra-nos o quão divertida pode
ser a nossa vida, mesmo nos momentos que nos parecem mais difíceis. Ao longo da sessão, realizamos
vários exercícios, tentando compreender as diversas
formas que o nosso riso pode assumir perante as
mais variadas situações da nossa vida. Foi muito
divertido perceber as diferenças entre por exemplo
um riso de “ironia” e um riso de “alegria” ou “felicidade”. Imaginei-me a chegar ao trabalho às gargalhadas, ou telefonar a alguém e em vez de falar, rir!
Qual seria a reacção dos meus amigos?
Estes exercícios de Risoterapia eram sempre intercalados com exercícios de relaxamento e respiração,
o que a dado momento me fez lembrar uma sessão
de yoga.
Um exercício que me fascinou foi interpretar um
trecho bíblico através da Risoterapia. Achei a ideia
inovadora e muito positiva. Consistia em usar o riso
para compreender o ponto de vista de cada interveniente naquele trecho, por exemplo, tentar imaginar,
imitando o riso sarcástico de um fariseu, ou o riso de
Amor, e Compaixão de Jesus, etc.
Gostei imenso de participar no Encontro, particu-
larmente na sessão de Risoterapia. Se tivesse de
descrever a Risoterapia numa única palavra seria:
Surpreendente!”
E para finalizar pelas 18:30 horas os catequistas e
o P.e Avelino Mendes participaram, na VIA LUCIS,
momento belo de oração e de catequese. A VIA LUCIS
decorreu pelas ruas da paróquia de Santa Maria de
Ferreiros, em que a primeira estação foi no Salão dos
Bombeiros Voluntários de Amares e a última na Igreja
Paroquial de Santa Maria de Ferreiros. Cada Paroquia
teve a seu cargo as responsabilidades das munições,
orações e cânticos das estações da VIA LUCIS, e para
que o som chegasse a todos com qualidade tínhamos o apoio de um carro de som… Este momento
de oração fez com que muitas pessoas saíssem a rua
para participar ou assistir, pois o momento era de
grande clima de oração e contagiante. Foi muito bom
fazer esta actividade, no exterior, pois os catequistas mostraram a sua alegria, deram testemunho,
catequizaram, evangelizaram. No final da Via Lucis os
catequistas, permaneceram durante algum tempo
nas escadas exteriores da Igreja paroquial continuando a partilhar a sua alegria com cânticos simples
e cânticos com gestos levando as pessoas que se
dirigiam para a Eucaristia a participar com eles.
BOLETIM
11
Secção NOTÍCIAS
Catequese do Papa Bento XVI
sobre São Pio X
N
a manhã de 18 de Agosto passado, o papa
Bento XVI referiu-se demoradamente ao seu
predecessor, São Pio X. Na habitual audiência
das quartas-feiras, desta feita em Castel Andolfo, o
Papa refere: “Hoje gostaria de me concentrar na
figura do meu predecessor São Pio X, cuja memória
litúrgica comemora-se no próximo sábado, destacando algumas características que podem ser úteis
aos pastores e os fiéis do nosso tempo.
Giuseppe Sarto, assim se chamava, nasceu em Riese
(Treviso), em 1835, de uma família de camponeses
e, depois de estudar no Seminário de Pádua, foi ordenado sacerdote aos 23 anos. No começo, foi vicepároco em Tombolo, depois pároco em Salzano,
posteriormente cónego da catedral de Treviso, com
o cargo de chanceler episcopal e director espiritual
do Seminário diocesano. Naqueles anos de rica e
generosa experiência pastoral, o futuro Pontífice
mostrou aquele amor a Cristo e à Igreja, aquela
humildade e simplicidade e aquela grande caridade
para com os mais necessitados, que foram características de toda a sua vida. Em 1884, foi nomeado
bispo de Mântua e, em 1893, Patriarca de Veneza.
Em 04 de Agosto de 1903 foi eleito Papa, ministério
que aceitou com hesitação, porque não se considerava digno de um dever tão alto.
O pontificado de S. Pio X deixou uma marca indelével na história da Igreja e foi caracterizado por
um notável esforço de reforma, resumido no lema
Instaurare omnia in Christo, “renovar todas as coisas
em Cristo”.
As suas intervenções, de facto, envolviam os diversos âmbitos eclesiais. Desde o início, dedicou-se à
reorganização da Cúria Romana; em seguida, deu
início aos trabalhos de redacção do Código de
Direito Canónico, promulgado pelo seu sucessor,
Bento XV. Promoveu, posteriormente, a revisão dos
estudos e do “processo” de formação dos futuros
sacerdotes, fundando também vários seminários
regionais, equipados com boas bibliotecas e professores preparados.
Outra área importante foi a de formação doutri-
12
BOLETIM
nal do Povo de Deus. Ainda nos anos em que era
pároco tinha redigido um catecismo e durante o
episcopado em Mântua trabalhou a fim de que se
alcançasse um catecismo único, se não universal, ao
menos italiano.
Como autêntico pastor, havia compreendido que a
situação da época, até pelo fenómeno da emigração, tornava necessária um catecismo com o qual
todos os fiéis se pudessem guiar, independentemente do local e das circunstâncias de vida. Como
Pontífice, preparou um texto da doutrina cristã
para a diocese de Roma que se difundiu por toda
a Itália e mundo. Este Catecismo chamado “de Pio
X” foi, para muitos, um guia seguro no aprendizado
das verdades da fé em linguagem simples, clara e
precisa, e pela eficácia expositiva.
Dedicou considerável atenção à reforma da liturgia,
especialmente da música sacra, para conduzir os
fiéis a uma vida de oração mais profunda e a participação mais plena nos sacramentos.
No Motu Proprio Tra le sollecitudini (1903, primeiro
ano de seu pontificado), afirma que o verdadeiro
espírito cristão tem a sua primeira e indispensável
fonte na participação activa nos santos mistérios
e na oração pública e solene da Igreja (cf. ASS 36 [
1903], 531). Por isso, recomendou a aproximação
frequentemente dos sacramentos, favorecendo a
frequência diária, bem preparada, à Sagrada Comunhão e antecipando oportunamente a primeira
Comunhão das crianças em torno dos sete anos de
idade, “quando a criança começa a raciocinar” (cfr. S.
Congr. de Sacramentis, Decretum Quam singulari :
AAS 2[1910], 582).
Fiel à missão de confirmar os irmãos na fé, São Pio X,
diante de algumas tendências que se manifestaram
no âmbito teológico no final do século XIX e início
do século XX, intervém decisivamente condenando
o “Modernismo”, para defender os fiéis de concepções erróneas e promover um aprofundamento
científico da Revelação em consonância com a
Tradição da Igreja. Em 07 de Maio de 1909, com a
Carta Apostólica Vinea electa, fundou o Pontifício
Instituto Bíblico. Os últimos meses de sua vida
foram marcados pelo fulgor da guerra. O apelo
aos católicos do mundo, lançado em 02 de Agosto de 1914 para expressar “a amarga dor” da hora
presente, era o grito de sofrimento do pai que vê os
filhos enfileirarem-se uns contra os outros. Morreu
pouco tempo depois, em 20 de Agosto. A sua fama
de santidade começou a espalhar-se rapidamente
entre o povo cristão.
Queridos irmãos e irmãs, São Pio X ensina-nos a
todos que na base da nossa actividade apostólica, nos vários campos em que actuamos, deve
sempre haver uma íntima união pessoal com
Cristo, a cultivar e crescer dia após dia. Este é
o núcleo de todo o seu ensinamento, todo o
seu empenho pastoral. Somente se estivermos
apaixonados pelo Senhor seremos capazes de
levar os homens a Deus e abrir a eles o Seu
amor misericordioso, e, assim, abrir o mundo à
misericórdia de Deus.
Catequese está
em «fase de viragem»
Segundo o Pe. Paulo Malícia, a comunidade
paroquial deve acompanhar esta exigência
e «perceber que é também formadora»
N
ão bastam novos catecismos ou catequistas
dotados de maturidade humana e cristã. É
preciso criar uma mentalidade de que toda a
comunidade paroquial está a catequizar as crianças
e os adolescentes.
A advertência parte do Pe. Paulo Malícia,
responsável pelo Departamento de Catequese do
Patriarcado de Lisboa, que acredita que a catequese
“enfrenta uma fase de viragem”, não pela publicação
dos novos catecismos, mas porque “percebemos
que é preciso um caminho novo na iniciação cristã”.
A necessidade de investir na formação cristã tem
sido uma reflexão que a Igreja tem desenvolvido.
O responsável pelo Departamento de Catequese
do Patriarcado de Lisboa acredita que as dioceses
estão unidas nesta vontade, e a catequese “vai
dar um passo em frente”. No entanto esta viragem
precisa de toda a Igreja, pois “toda ela tem de
perceber que é responsável pela iniciação cristã”.
A catequese é importante neste caminho cristão,
“mas é uma parte”, pois o caminho é “muito mais
vasto”, explica evidenciando a família, a escola,
comunidade como factores construtivos da
formação cristã. “Não basta uma hora por semana
para fazer a iniciação cristã de uma criança, é
preciso mais”.
Os adolescentes “fogem da catequese porque,
mesmo tendo um catequista muito bom, não têm
uma comunidade que os acolha e que os catequize”,
enfatiza o sacerdote. Não basta o catequista, “é
preciso saber ser comunidade” e dar espaço porque
“o adolescente aprende fazendo”.
O Pe. Paulo Malícia evidencia que reduzir
a catequese a uma mera aula, não insere o
adolescente na comunidade nem o faz sentir
construtor da mesma. “É preciso uma mentalidade
que mude a perspectiva da catequese de «uma vez
por semana durante uma hora»”.
Quem catequiza é a comunidade, sublinha o
responsável pela catequese na diocese de Lisboa.
O sector da catequese “não pode ser um sector à
parte”, explica, evidenciando o quanto é perigoso
“formar grupos compartimentados”.
Sem querer, “divide-se a paróquia e a catequese,
porque funciona por si, acaba excluída das
actividades da paróquia”, evidencia.
BOLETIM
13
Secção NOTÍCIAS
Referindo-se aos novos materiais catequéticos, o
Pe. Paulo Malícia refere que são mais “exigentes
para os catequistas, são um apelo à criatividade
e ao empenho”, elucida. Mas adverte que “não
se pode tornar a catequese num conjunto de
actividades e perder o seu lado sistemático”. Com
novas ferramentas e novos desafios à formação
cristã, o Pe. Paulo Malícia acrescenta que se deve
apostar na maturidade humana e cristã dos
catequistas. “Pessoas bem formadas e gente de fé
e de Igreja”, explica sem cair na situação de “vermos
adolescentes a dar catequese a adolescentes”.
Essencial “é uma comunidade que catequize e uma
igreja missionária”.
Sacerdote é o primeiro
catequista da paróquia
“O
sacerdote é o primeiro catequista da
paróquia”. As palavras são do prefeito
da Congregação para o Clero, Cardeal
Cláudio Hummes durante uma conferência
proferida na Faculdade de Teologia São Dâmaso, em
Madrid.
Na ocasião o Cardeal Cláudio Hummes lembrou
a necessidade dos catequistas “serem animados
pela presença constante do pároco”, e alertou para
o facto de “muitos párocos não acompanharem os
seus catequistas". Para o prefeito da Congregação
do Clero é necessário que os párocos se recordem
que a sua primeira missão é a de “cuidar da
orientação da catequese”.
Falando acerca do “Sacerdote e o ministério da
Catequese”, o cardeal fez um percurso pelo Novo
Directório Geral sobre Catequese e afirmou que é
necessária uma “unidade entre fé e vida”, destacando
que a finalidade da catequese é “abrir o coração e
prepará-lo para uma total coesão com Jesus Cristo”.
14
BOLETIM
O prelado enumerou ainda algumas das
características do trabalho catequético. Segundo
o prefeito da Congregação para o Clero este deve
ser caracterizado por “um processo de iniciação na
vida da fé” acompanhado por “uma vida de fé em
comunidade”, de forma a existir um “fio condutor
que conduz a Jesus Cristo”.
O cardeal Cláudio Hummes destacou ainda que
a “acção da catequese é transformadora das
estruturas de pecado da sociedade humana, à
luz do Evangelho”, e realçou a importância de
uma inculturação que “assuma a maneira de ser
do povo” e um “forte despertar da urgência da
missão”.
Na conclusão da sua intervenção o prefeito da
Congregação para o Clero procurou dar algumas
linhas mestras para um correcto exercício
da catequética, realçando a necessidade de
manter o “esforço por alcançar a finalidade
própria da catequese” e “garantir uma adequada
apresentação do conteúdo da fé”.
Secção Plano pastoral 2010-2011
Catequizar implica viver
da Palavra de Deus
O
ministério da Palavra é elemento fundamental da evangelização. Não haverá nunca verdadeira evangelização se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o Reino, o mistério de Jesus
de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados.
Mesmo aqueles que já são discípulos de Cristo têm
necessidade de ser alimentados constantemente
com a Palavra de Deus para crescerem na sua vida
cristã (Cf DGC 50).
É o serviço à Palavra de Deus que transmite a Revelação por meio da Igreja, valendo-se das «palavras»
e «acções» humanas.
Estas, porém, estão sempre em relação:
- com as «obras» que Deus realizou e continua a
realizar, especialmente nos sacramentos; com o
testemunho de vida dos cristãos;
- com a acção transformadora que estes, unidos a
tantas pessoas de boa vontade, realizam no mundo.
Pelo acima exposto não é lícito esperar que o catequizando se deixe transformar pela Palavra de Deus,
quando o catequista não se compreende como um
crente que tem um contacto aprofundado com a
Sagrada Escritura, lida não somente na Igreja, mas
com a Igreja e na sua fé sempre viva. Este contacto
ajuda a descobrir a verdade divina, de modo a suscitar a permanente resposta de fé. A chamada «lectio
divina» é forma eminente deste estudo orante e vital das Escrituras (Cf DGC 71). Até porque a Catequese deve ser uma autêntica introdução à lectio divina,
isto é, à leitura da Sagrada Escritura feita “segundo o
Espírito” que habita na Igreja(Cf DGC 127).
Convém recordar que o Directório Geral da Catequese alerta para o facto de que “o ministério da Palavra
compreende também uma dimensão litúrgica, uma
vez que, quando ele se realiza no âmbito de uma acção sagrada, é parte integrante da mesma. Exprime-se
de maneira eminente através da homilia. As intervenções e as exortações durante as celebrações da Palavra
são outras formas. É preciso também fazer referência à
preparação imediata para os diversos sacramentos, às
celebrações sacramentais e, sobretudo, à participação
dos fiéis na Eucaristia, como forma fundamental da
educação da fé”(DGC 51).
Objectivo Geral:
- Valorizar a Missão de catequizar como vivência da
Palavra de Deus
Objectivos Específicos e linhas de acção:
- Manter a prática da Lectio Divina nos diversos
âmbitos catequéticos;
• Disponibilizar materiais e experiências concretas
• Disponibilizar-se para apoiar as Equipas Arciprestais e zonas paroquiais na realização de
exercícios de Lectio Divina.
- Potenciar a comunhão do Grupo de Catequistas
através da Reunião Mensal;
• Utilizar o Boletim PONTES para divulgar
materiais
• Realizar um «Guia de Recrutamento» para
cateqistas
- Reconhecer a missão dos Catequistas Coordenadores;
• Continuar a formação de Catequistas
Coordenadores
• Privilegiar o envio de toda a informação para
o Catequista coordenador
• Realizar o dia da Equipa Coordenadora de
Catequese
• Realizar acções de formação para
Coordenadores de âmbito diocesano
- Promover a existência de Equipas Arciprestais de
Catequese.
• Realizar acções de formação
para Coordenadores de âmbito diocesano.
Calendário:
Setembro
11 de Setembro – Dia Arquidiocesano do Catequista
18 de Setembro – Encontro de Coordenadores Paroquiais de Catequese no Arciprestado de Barcelos
25 de Setembro – Encontro Geral dos Catequistas
do Arciprestado de Braga
BOLETIM
15
Secção Plano pastoral 2010-2011
Outubro
1 a 3 de Outubro – Retiro para Catequistas do Curso
Geral
2 de Outubro – Encontro de Coordenadores Paroquiais
de Catequese do Arciprestado de Vieira do Minho
2 de Outubro – Encontro Arciprestal de Catequistas
no Arciprestado de Esposende
2 de Outubro – Encontro de Coordenadores Paroquiais
de Catequese do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso
15 de Outubro – Encontros de Catequistas sobre a
«Lectio Divina» no Arciprestado de Cabeceiras de
Basto
22 de Outubro – Encontros de Catequistas sobre a
«Lectio Divina» no Arciprestado de Cabeceiras de
Basto
23 de Outubro – Encontro com os Coordenadores
Arciprestais de Catequese e Serviços DAC
25 de Outubro – Encontro de Coordenadores Paroquiais de Catequese do Arciprestado de Vila Nova
de Famalicão
29 de Outubro – Encontros de Catequistas sobre a «Lectio Divina» no Arciprestado de Cabeceiras de Basto
Novembro
5 a 7 de Novembro – Retiro para Jovens Catequistas
promovido pelo Arciprestado de Póvoa de Lanhoso
13 de Novembro – Encontro de Coordenadores
Paroquiais de Catequese do Arciprestado de Póvoa
de Lanhoso
25 de Novembro – Encontros de Catequistas sobre a
«Lectio Divina» no Arciprestado de Amares
27 de Novembro – Encontros de Catequistas sobre a
«Lectio Divina» nas Zonas Pastorais do Arciprestado
de Barcelos
Dezembro
1 de Dezembro – Atelier para as Aquipas Arciprestais de Catequese e Serviços DAC
11 de Dezembro – Festa da Palavra no Arciprestado de Póvoa de Lanhoso, para os catequizandos
do 4º volume
Janeiro
8 de Janeiro – Dia Arquidiocesano das Equipas de
Coordenação Paroquial e Arciprestal de Catequese
14 a 16 de Janeiro – Retiro para Catequistas promovido pelo Arciprestado de Póvoaa de Lanhoso
15 de Janeiro – Encontro de Coordenadores da
Equipa Arciprestal de Catequese de Vieira do Minho
Fevereiro
12 de Fevereiro – Encontro de Coordenadores Paroquiais de Catequese do Arciprestado de Vila Nova
de Famalicão
16
BOLETIM
19 de Fevereiro – Encontro com os Coordenadores
Arciprestais de Catequese e Serviços DAC
26 de Fevereiro – Encontro de Coordenadores
Paroquiais de Catequese do Arciprestado de Póvoa
de Lanhoso
Março
12 de Março – Encontros de Catequistas sobre a
«Lectio Divina» nas Zonas Pastorais do Arciprestado
de Barcelos
24 de Março – Encontros de Catequistas sobre a
«Lectio Divina» no Arciprestado de Amares
25 a 27 de Março – Retiro para Catequistas promovido pelo Arciprestado de Cabeceiras de Basto
Abril
02 de Abril – Dia Arciprestal do Catequista em
Amares
9 de Abril – Encontro de Coordenadores Paroquiais
de Catequese do Arciprestado de Vieira do Minho
16 de Abril – Encontro de Coordenadores Paroquiais
de Catequese do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso
30 de Abril – Encontro anual das Equipas Arciprestal
de Catequese e Serviços do DAC
Maio
7 de Maio – Dia Arciprestal do Catequista em Cabeceiras de Basto
14 de Maio – Dia Arciprestal do Catequista na Póvoa
de Lanhoso
21 de Maio – Dia Arciprestal do Catequista em
Vieira do Minho
Junho
4 de Junho – Encontro de Coordenadores Paroquiais de Catequese do Arciprestado de Barcelos
17 de Junho – Encontro de avaliação dos Coordenadores Paroquiais de Catequese do Arciprestado de
Vila Nova de Famalicão
18 de Junho – Encontro com os Coordenadores
Arciprestais de Catequese e Serviços DAC
Julho
02 de Julho – Encontro Arciprestal, na Póvoa de
Lanhoso, de Coordenadores de Avaliação e Programação do próximo ano pastoral.
09 de Julho – Encontro da Equipas Arciprestal de
Catequese de Vieira do Minho
Setembro
10 de Setembro – Dia Arquidiocesano do Catequista
Secção CADERNO TEMÁTICO
Celebração de Envio
dos Catequistas e da Comunidade
[Esta celebração foi decalcada da publicada na revista
Mensagem, nº 404, p. 9-15. Deve ser entendida apensa
como uma fonte de inspiração para, em cada comunidade, se adaptar à realidade concreta.]
A
pedagogia catequética torna-se eficaz à
medida que a comunidade cristã se torna referência concreta e exemplar para o caminho
de fé de cada pessoa. Isto acontece na medida em
que a comunidade se propões como fonte, lugar e
meta da catequese (cf. AG 14; DGC 158; CT 24).
Neste mês de Setembro, a Celebração de envio em
Missão, do novo ano pastoral, torna--se um gesto
forte e significativo. Oferecemos um esboço de
esquema para a celebração dominical.
Objectivos da Celebração
– Celebrar a Eucaristia como fonte e cume da vida;
– Recordar à comunidade o seu papel no processo
evangelizador e lembrar a importância e a urgência
de Educar para a Vida na Fé;
– Provocar a resposta de cada grupo da comunidade para a tarefa específica de cada um na missão
evangelizadora (Comunidade: famílias, catequistas,
grupos de acção pastoral...);
– Recordar os agentes e destinatários da catequese.
Monição de Entrada
A Eucaristia é a fonte e cume de toda a vida cristã
(LG 11), nela «está contido todo o tesouro espiritual
da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa» (CCE
1324), por isso para nós, comunidade de discípulos,
este momento é um acontecimento central e fundamental no desfiar dos nossos dias.
Hoje, na abertura do ano catequético, colocamos
sobre o altar a Missão Evangelizadora que nos foi
confiada por Jesus Cristo. A tarefa de educar para a
vida na fé, é própria de todo o baptizado, é missão
de todos. Na comunidade salienta-se de forma
especial as famílias e os catequistas.
Juntos celebremos a eucaristia, com o coração disponível ao Espírito Santo. É Ele que em nós faz ecoar
a Palavra, nos converte e realiza a obra da salvação.
Apresentação dos Catequistas
[O Coordenador dos catequistas apresenta os vários
grupos. Sugere-se que se convide toda a comunidade a
sentar-se neste momento. Os grupo nomeados são convidados a levantarem-se e voltarem a sentar-se quando
um novo grupo é nomeado. No final da apresentação, ao
nomear a comunidade, levanta-se toda a assembleia.]
Convidamos a comunidade a participar no momento da apresentação dos Agentes da Missão. A cada
apresentação, o grupo responderá: Eis-me aqui,
Senhor, respondendo ao teu apelo.
Estimado Pe N, o encontro com Cristo, continuamente aprofundado na intimidade eucarística,
suscita na Igreja e em cada cristão a urgência de
testemunhar e de evangelizar.
Consciente desta missão, diante do Senhor, apresentamos os grupos da comunidade que se sentem implicados na Educação da Fé dos que querem seguir
Jesus Cristo: Eis, Senhor, o nosso Pároco, ungido pelo
sacramento da Ordem que o «constitui "educador
na fé"» (DGC 224)
Resposta do Pároco: Eis-me aqui...
Eis, Senhor, as Famílias, chamadas a fazer «a catequese familiar que precede, acompanha e enriquece todas as outras formas de catequese» (CT68)
Resposta: Eis-me aqui....
Eis, Senhor, os Catequistas, que do seu conhecimento «amoroso de Cristo jorra o desejo de O anunciar,
de evangelizar» (CCE 429)
Resposta: Eis-me aqui....
Eis, Senhor, os Acólitos, Cantores, Visitadores dos
doentes, [...podem colocar-se todos os movimentos
da paróquia...] todos os Movimentos através dos
quais a Comunidade se anima e expressa.
BOLETIM
17
Secção CADERNO TEMÁTICO
Resposta: Eis-me aqui....
Eis a Comunidade lugar de «anúncio, transmissão e
experiência vivida do Evangelho» ( DGC 217)
Resposta: Eis-me aqui....
Oração dos fiéis
[Intenções que se podem acrescentar, uma ou várias,
na oração dos Fiéis]
- Colocamos nas mãos do Pai os sacerdotes que se
entregam à missão de anunciar e testemunhar o
Reino ao serviço dos irmãos, para que experimentem, no dia-a-dia, a presença actuante do espírito e
o apoio e corresponsabilidade das suas comunidades. Oremos ao Senhor.
- Coloquemos nas mãos do Pai todos pais e educadores, para que descubram a importância de
acreditar, sejam testemunhas e sintam o desejo de
assumirem a grande tarefa de educar na fé, os seus
filhos. Oremos ao Senhor.
- Coloquemos nas mãos do Pai os catequistas, para
que, em comunhão com a comunidade, se disponham a ser testemunhas e a fazer ecoar a Palavra na
vida dos catequizandos. Oremos ao Senhor.
- Coloquemos nas mãos do Pai os adultos, jovens
e crianças que se dispõem a seguir um percurso
de educação para a vida na fé, para que sintam a
presença de Jesus Cristo nas suas vidas. Oremos ao
Senhor.
- Coloquemos nas mãos do Pai a nossa comunidade, para que viva intensamente a sua fidelidade e
entrega à missão do Reino, para que nela se revele o
rosto do Deus que é Pai. Oremos ao Senhor.
- Coloquemos nas mãos do Pai todos os seres
humanos, para que possam descobrir o projecto de
amor que Deus tem para eles através do compromisso evangelizador da Igreja. Oremos ao Senhor.
18
Pessoas que irão ao ofertório e respectivos
símbolos:
Pároco - cimento
Comunidade - água
Catequistas - tijolo
Visitadores dos doentes -janela
Salmistas, cantor - palete de tinta
Acólitos - pincéis
Vicentino - areia e cesto de bens para distribuir
Famílias - ferro
Catequizandos - ferramentas e cesto de bens para
distribuir
Outros movimentos – madeira e lâmpada
[Texto que acompanha a entrega dos Dons e dos
símbolos]
Cada membro da comunidade entrega o símbolo
que indica a sua corresponsabilidade na missão, de
ser instrumento nas mãos do Espirito, que gera para
a vida na fé novos filhos.
Eis Senhor sobre o vosso altar, o cimento, na pessoa
do nosso pároco, aquele que nos une e dá corpo à
missão.
Eis a água que nos faz maleáveis e dá vida, o tijolo
disponível para construir a igreja, as janelas que
nos conduzem aos irmãos, de modo especial
aos mais frágeis, a palete de tintas e pincéis que
dizem a tua presença e beleza, as ferramentas
que nos indicam a tarefa do Reino, o cestos de
alimentos que nos fazem dom, a madeira disponível para ser talhada, e a lâmpada indica a tua
presença entre de nós.
Eis Senhor os irmãos que escolheste e congregaste.
Eis Pai, a comunidade disposta a ser ventre, lugar
onde nascem para a vida os teus filhos.
Eis o Pão e o Vinho fruto do nosso trabalho que para
nós serão alimento de vida eterna.
Bendito seja Deus, nosso Pai.
Ofertório
Acção de Graças
Apresentação ao senhor de todos os que fazem
parte do acto de evangelizar
[Sugere-se que seja escolhido um representante de
cada grupo - alguém que tenha um reconhecimento
da paróquia. Para representar a comunidade, aconselha que seja uma pessoa de idade que tenha dado a
sua vida ao serviço da comunidade].
Momento de Silêncio – com fundo musical
BOLETIM
Compromisso dos Pais e dos catequizandos
[Todos de pé ou de joelhos na assembleia, ou juntos
em volta do altar, ou um casal lê em nome de todos]
Eu que fui chamado(a) por Deus à Vida e convocado para dar vida e educar os filhos que me
vêm de Deus, e que, responsavelmente, os trouxe
ao baptismo, venho hoje, diante do Senhor e de
todos os presentes, comprometer-me a ser fiel
ao projecto de Deus e da Igreja, na medida das
minhas possibilidades.
Empenhar-me-ei em ser testemunha e educar na fé,
em diálogo com os catequistas, os meus filhos, para
que eles possam chegar à comunhão com Jesus Cristo
e viverem a vida na fé. Acompanharei activamente,
passo a passo, a sua caminhada na catequese e participarei nas dinâmicas que serão propostas.
Sei que não estou só para assumir esta responsabilidade, conto com a ajuda do Espírito Santo, a
presença de Jesus, a bênção do Pai, a protecção de
Maria, o acompanhamento do pároco, o testemunho e colaboração da comunidade, a dedicação e
empenho dos catequistas.
Que o Deus Trindade faça de mim um instrumento
do seu Amor e da sua Palavra. Louvor a Ti, Deus de
Vida e de Ternura que és Pai, Filho e Espirito Santo.
Amem.
Compromisso dos Catequistas
[Todos de pé ou de joelhos na assembleia, ou juntos
em volta do altar, ou um casal lê em nome de todos]
Eu que fui chamado(a) por Deus à Vida e pelo
baptismo convocado para a Missão do Reino,
venho hoje, diante do Senhor e de todos os presentes, comprometer-me a ser fiel ao projecto de
Deus e da Igreja, na medida das minhas possibilidades, e a fazer ecoar o Evangelho que os meus
olhos viram e as minhas mãos tocaram, para
Catequistas que os catequizandos possam chegar
à comunhão com Jesus Cristo para viverem a vida
na fé.
Sei que não estou só para assumir a responsabilidade de anunciar e educar, conto com a ajuda do
Espirito Santo, a presença de Jesus, a bênção do
Pai, a protecção de Maria, o acompanhamento do
pároco, o testemunho e colaboração da comunidade, o empenho das famílias e ajuda de todos os
Catequistas.
Que o Deus Trindade faça de mim um canal do seu
Amor e da sua Palavra.
Louvor a Ti, Deus de Vida e de Ternura que és Pai,
Filho e Espírito Santo. Amem.
Bênção
Deus todo poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus
Cristo, que pelo baptismo nos chamais ao anúncio
do Reino, derramai sobre esta comunidade, sobre
os pais dos catequizandos e sobre os catequistas,
a Vossa Bênção e o Vosso Espírito, para que se disponibilizem a receber de Vós a sabedoria, a inteligência, o conselho, a fortaleza, a ciência, a piedade e o
Vosso santo temor e sejam assim vossas testemunhas. Amem!
BOLETIM
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última página
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