UMinho | 2013 de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades Nelson Manuel Ferreira Borges Reabilitação quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Universidade do Minho Escola de Engenharia Nelson Manuel Ferreira Borges Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis dezembro de 2013 Universidade do Minho Escola de Engenharia Nelson Manuel Ferreira Borges Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tese de Mestrado Ciclo de Estudos Integrados Conducentes ao Grau de Mestre em Engenharia Civil Trabalho efetuado sob a orientação do Professor Doutor Luís Bragança e coorientação do Professor Doutor Ricardo Mateus dezembro de 2013 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis AGRADECIMENTOS Ainda numa fase preliminar do desenvolvimento da dissertação de mestrado, a ajuda, o incentivo e a orientação tornaram-se essenciais para poder gerir e planear com êxito os objetivos previstos. Desta forma, deixo apenas algumas palavras, poucas, mas um sentido e profundo sentimento de reconhecido agradecimento. Ao Professor Doutor Luís Manuel Bragança Miranda Lopes e ao Professor Doutor Ricardo Filipe Mesquita Mateus, pela orientação, total apoio, pelo saber transmitido, pelas opiniões e criticas e por todas as palavras de incentivo. Ao Engenheiro Fernando Moura, pela disponibilização de material, pela orientação, pelas críticas construtivas, pelos incentivos, pela disponibilidade e pela atenção prestada no surgimento de dúvidas. Aos amigos Rui Costa e João Antunes, pelos trabalhos de equipa desenvolvidos ao longo destes anos, pelos conhecimentos transmitidos, companheirismo e pelo apoio prestado no desenvolvimento da dissertação. À colega Sameiro Melo, pelo fornecimento de material e transmissão de conhecimentos fundamentais. A todas as pessoas (funcionários, colegas e professores) que tiveram contribuído direta ou indiretamente na minha formação de Mestrado em Engenharia Civil. À Instituição Universidade do Minho, pela disponibilização de instalações e pela ótima biblioteca de artigos científicos. À empresa Top - Informática, Lda, pela disponibilização do software Cype para avaliação do desempenho energético do edificado. A todos os meus familiares pelo incentivo recebido ao longo destes anos. Aos meus primos agradeço o tempo e o companheirismo que me dedicaram. Ao aos meus pais, irmão e namorada, obrigado pelo amor, alegria, atenção, apoio, compreensão, pelos diversos sacrifícios suportados e pelo constante encorajamento a fim de prosseguir a elaboração deste trabalho. A eles, dedico todo este trabalho. Mestrado em engenharia civil iii Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Mestrado em engenharia civil iv Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis RESUMO O sector dos edifícios representa 40% do consumo de energia total da União Europeia (UE). A diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do conselho, de 19 de Maio de 2010, visa promover o elevado desempenho energético dos edifícios, tendo por base a satisfação das necessidades de energia proveniente de fontes renováveis, designadamente a produzida no local ou nas proximidades. O tema “Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia- Contribuição para edifícios sustentáveis”, está dividido em três “temas chave”, nomeadamente a reabilitação de edifícios recentes, a eficiência energética e a construção sustentável. O estudo de vários edifícios permite verificar quais os aspetos prioritários de intervenção, quais os elementos dos edifícios cuja investigação se mostra ainda incidente e quais as intervenções prioritárias para a melhoria do parque habitacional recente, construído após 1951, em, termos de desempenho energético e de sustentabilidade. O desenvolvimento de uma metodologia de eficiência energética e sustentável, pretende fazer o diagnóstico do estado dos edifícios recentes, hierarquizando as possibilidades de intervenção com contribuição para a melhoria do desempenho energético do edifício e ao mesmo tempo possibilitar o aumento do nível de sustentabilidade. Mestrado em engenharia civil v Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Mestrado em engenharia civil vi Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis ABSTRACT The buildings sector represents 40% of total energy consumption of the European Union (EU). The Directive 2010/31/EU of the European Parliament and of the Council of 19 May 2010, aims to promote high energy performance of buildings, based on the satisfaction of energy needs from renewable sources, namely produced on site or nearby. The theme "Building rehabilitation recent buildings to achieve nearly zero-energy contribution to sustainable buildings", is divided into three "key themes", including the recent rehabilitation of buildings, energy efficiency and sustainable construction. The study of several buildings which allows you to check the priority aspects of intervention, which elements of buildings whose research is even incident and what the priority interventions for improving the recent housing built after 1951 in, energy performance and sustainability. The development of a methodology for energy efficiency and sustainable plans to make a diagnosis of the state of recent buildings, ranking the possibilities of intervention which contributed to the improvement of the energy performance of the building and at the same time enable the increased level of sustainability. Mestrado em engenharia civil vii Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Mestrado em engenharia civil viii Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS ....................................................................................................................................... III RESUMO .............................................................................................................................................................. V ABSTRACT ....................................................................................................................................................... VII ÍNDICE GERAL .................................................................................................................................................IX LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS .......................................................................................................... XII ÍNDICE DE FIGURAS ....................................................................................................................................XIII ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................................. XVII ÍNDICE DE ANEXOS ..................................................................................................................................... XIX 1. 2. 3. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 1 1.1. ÂMBITO ................................................................................................................................................. 1 1.2. OBJETIVO .............................................................................................................................................. 3 ESTADO DA ARTE .................................................................................................................................... 5 2.1. ENQUADRAMENTO ................................................................................................................................ 5 2.2. HISTÓRIA DA ENERGIA E AMBIENTE .................................................................................................... 11 2.3. ECONOMIA NACIONAL ........................................................................................................................ 16 2.4. O SETOR DA CONSTRUÇÃO NACIONAL ................................................................................................. 18 2.5. ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL .................................................................. 19 METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL ........... 25 3.1. METODOLOGIA DE CÁLCULO DE AVALIAÇÃO ENERGÉTICA ................................................................. 25 3.1.1. Necessidades de energia para Aquecimento .................................................................................. 25 3.1.2. Necessidades de energia para arrefecimento ................................................................................. 30 3.1.3. Necessidades de energia para preparação das Águas Quentes Sanitárias ...................................... 32 3.1.4. Necessidades Globais de energia primária .................................................................................... 34 3.1.5. Classe energética ........................................................................................................................... 35 3.2. METODOLOGIA DE CÁLCULO SBTOOLPT-H .......................................................................................... 35 3.2.1. Quantificação do desempenho ao nível de cada indicador ............................................................ 36 3.2.2. Quantificação do desempenho ao nível das categorias, dimensões e quantificação do nível de sustentabilidade ............................................................................................................................................ 37 3.2.3. 4. Certificado de sustentabilidade ...................................................................................................... 38 CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO .......................................... 39 Mestrado em engenharia civil ix Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis 5. 4.1. COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE ABRIL” – VIANA DO CASTELO ................ 39 4.2. SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS C.H.E. ”CAPITÃES DE ABRIL”................................................................... 41 4.2.1. Pilares e vigas ................................................................................................................................ 41 4.2.2. Paredes exteriores .......................................................................................................................... 43 4.2.3. Paredes interiores ........................................................................................................................... 44 4.2.4. Lajes ............................................................................................................................................... 47 4.2.5. Envidraçados e caixilharias ............................................................................................................ 49 4.2.6. Compartimentos ............................................................................................................................. 50 4.2.7. Dados dos sistemas ........................................................................................................................ 51 4.2.8. Nomenclatura das frações .............................................................................................................. 52 ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” ............................... 53 5.1. AVALIAÇÃO TÉRMICA DO EDIFÍCIOS TIPO 1 (BLOCOS 1,2,3,4 E 5) ...................................................... 53 5.1.1. Necessidade nominais de energia útil para de aquecimento do Edifício tipo 1 ............................. 53 5.1.2. Necessidade nominais de energia útil para arrefecimento ............................................................. 56 5.1.3. Necessidade nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias ...................... 59 5.1.4. Necessidades globais de energia .................................................................................................... 59 5.2. SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO - ENVOLVENTE DAS FRAÇÕES AUTÓNOMAS .......................................... 61 5.2.1. Solução de reabilitação - Paredes de fachada................................................................................. 61 5.2.1.1. 5.2.2. Solução de reabilitação - Revestimento de teto ............................................................................. 70 5.2.2.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Revestimento de teto ................ 71 Solução de reabilitação – Lajes de cobertura e pavimento do r/c .................................................. 74 5.2.3. 5.2.3.1. 5.2.4. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Reabilitação das lajes ............... 75 Solução de reabilitação - Vãos envidraçados ................................................................................. 78 5.2.4.1. 5.2.5. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Fachada ventilada ..................... 66 Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - vãos envidraçados ......... 79 Solução de reabilitação - Ventilação natural .................................................................................. 82 5.2.5.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - ventilação natural ..................... 83 5.2.5.2. Proposta de reabilitação total da envolvente ........................................................................................ 86 5.3. SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO - SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DAS FRAÇÕES AUTÓNOMAS .................... 89 5.3.1. Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e preparação de AQS...................................... 89 5.3.1.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - sistema de aquecimento e preparação de AQS ................................................................................................................................................... 90 5.3.2. Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão” ...................................................................................................................... 93 5.3.2.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 – Sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão” ............................................................................... 94 5.3.3. Proposta de reabilitação total ......................................................................................................... 96 5.4. ESTUDO DE DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO ............................................................................................... 98 5.5. DESPENHO ENERGÉTICO INFLUENCIADO PELA ORIENTAÇÃO DOS EDIFÍCIOS ...................................... 100 5.6. POUPANÇA ENERGÉTICA ANUAL ........................................................................................................ 102 5.7. SUSTENTABILIDADE DOS EDIFÍCIOS EXISTENTES E DOS EDIFÍCIOS APÓS REABILITAÇÃO .................... 103 Mestrado em engenharia civil x Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis 6. 5.7.1. Dimensão Ambiental ................................................................................................................... 104 5.7.2. Dimensão Social .......................................................................................................................... 109 5.7.3. Dimensão Económica .................................................................................................................. 112 5.7.4. Sustentabilidade - Solução base versus proposta de reabilitação................................................. 113 CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 121 6.1. CONCLUSÕES .................................................................................................................................... 121 6.2. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTURO ................................................................................................. 124 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................. 125 ANEXOS ............................................................................................................................................................ 127 ANEXO I - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS ..................................................................................... 127 ANEXO II – PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO ...................................................................................................... 137 ANEXO III – REABILITAÇÃO TOTAL ................................................................................................................. 141 ANEXO IV – AVALIAÇÃO SBTOOLPT – H ......................................................................................................... 161 Mestrado em engenharia civil xi Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS Ap - Área útil do pavimento AQS - Águas quentes sanitárias C.H.E. – Cooperativa de habitação económica Eren - Contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis Esolar - Contribuição de sistemas de coletores solares para o aquecimento de AQS FEPICOP - Federação Portuguesa da Indústria da Construção INE - Instituto nacional de estatística INETI - Instituto nacional de engenharia, tecnologia e inovação Na - Necessidade máximas de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias Nac - Necessidade nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias Nd - Número anual de dias de consumo de água quente sanitária Ni - Necessidades máximas de energia útil de aquecimento Nic - Necessidades nominais de energia útil de aquecimento Nt - Necessidades máximas globais de energia primária Ntc - Necessidades globais de energia primária Nv - Necessidades máximas de energia útil de arrefecimento Nvc - Necessidades nominais energia útil de arrefecimento OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico OE2013 - Orçamento de Estado para 2013 RCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios Rph - Renovações de ar por hora R/c – Rés-do-chão SBTool - Sustainable Building Tool UE-União europeia Mestrado em engenharia civil xii Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1- EDIFÍCIOS EM PORTUGAL SEGUNDO ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO................................................................ 20 FIGURA 2-ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL ..................................................................... 20 FIGURA 3-ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL SEGUNDO A ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO ........... 21 FIGURA 4- NECESSIDADES DE REPARAÇÃO DE EDIFÍCIOS EM PORTUGAL POR ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO .................. 21 FIGURA 5-NECESSIDADES DE REPARAÇÃO NAS COBERTURAS DO PARQUE HABITACIONAL PORTUGUÊS CONSTRUÍDO DEPOIS DE 1946 ............................................................................................................................................ 22 FIGURA 6-NECESSIDADES DE REPARAÇÃO NAS ESTRUTURAS DO PARQUE HABITACIONAL PORTUGUÊS CONSTRUÍDO DEPOIS DE 1946 ............................................................................................................................................ 22 FIGURA 7-NECESSIDADES DE REPARAÇÃO NAS PAREDES E CAIXILHARIAS EXTERIORES DO PARQUE HABITACIONAL PORTUGUÊS CONSTRUÍDO DEPOIS DE 1946 ................................................................................................... 23 FIGURA 8 - COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE ABRIL” VIANA DO CASTELO .................... 39 FIGURA 9 - PRIMEIRA FASE DE CONSTRUÇÃO DA COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE ABRIL” VIANA DO CASTELO ..................................................................................................................................... 40 FIGURA 10 - SEGUNDA FASE DE CONSTRUÇÃO DA COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE ABRIL” BLOCOS 6, 7,8 E 9 ............................................................................................................................ 41 FIGURA 11 - PLANTA DO ANDAR TIPO DO EDIFÍCIO TIPO 1 BLOCO 1 ...................................................................... 42 FIGURA 12 - ELEMENTO ESTRUTURAL PILAR/VIGA ................................................................................................ 42 FIGURA 13 - PAREDE DE FACHADA PARA REVESTIR ............................................................................................... 43 FIGURA 14 - PAREDE DIVISÓRIA/ RESGUARDO DE VARANDA ................................................................................. 44 FIGURA 15 - PAREDE DIVISÓRIA DE COMPARTIMENTOS .......................................................................................... 44 FIGURA 16 - PAREDE DIVISÓRIA DE FRAÇÕES ......................................................................................................... 45 FIGURA 17 - PAREDE DIVISÓRIA DE FRAÇÕES COM ESCADAS/CIRCULAÇÃO COMUM ............................................... 46 FIGURA 18 - PAREDE MEEIRA ................................................................................................................................. 46 FIGURA 19 - VISTA 3D CYPETERM BLOCO 1,2,3,4 E 5 ............................................................................................ 47 FIGURA 20 - LAJE ENTRE PISO ................................................................................................................................ 47 FIGURA 21 - LAJE DE FUNDAÇÃO ........................................................................................................................... 48 FIGURA 22 - LAJE DE COBERTURA PLANA ACESSÍVEL ............................................................................................ 48 FIGURA 23 - LAJE DE VARANDA ............................................................................................................................. 48 Mestrado em engenharia civil xiii Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis FIGURA 24 - VISTA 3D CYPETERM BLOCO 6,7 E 9 .................................................................................................. 49 FIGURA 25 - FACHADA BLOCO 13 .......................................................................................................................... 50 FIGURA 26 - LAJE ENTRE PISOS EVIDENCIANDO O REVESTIMENTO DE PAVIMENTO, SOALHO DE TABUAS DE MADEIRA MACIÇA. ........................................................................................................................................................ 51 FIGURA 27 - NECESSIDADE DE AQUECIMENTO NOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5.................................................................. 54 FIGURA 28 - PERDAS TÉRMICAS MÉDIAS NOS PISOS INTERMÉDIOS DOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 .................................... 55 FIGURA 29 - PERDAS TÉRMICAS MÉDIAS NO RÉS-DO-CHÃO DOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ............................................... 56 FIGURA 30 - PERDAS TÉRMICAS MÉDIAS NO ÚLTIMO PISO DOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ................................................. 56 FIGURA 31 - NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO NOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ............................................................ 57 FIGURA 32 - GANHOS MÉDIOS NA ESTAÇÃO DE ARREFECIMENTO NO RÉS-DO-CHÃO DO BLOCO 1 ........................... 57 FIGURA 33 - GANHOS MÉDIOS NA ESTAÇÃO DE ARREFECIMENTO NOS PISOS INTERMÉDIOS DO BLOCO 1 ................ 58 FIGURA 34 - GANHOS MÉDIOS NA ESTAÇÃO DE ARREFECIMENTO NO ÚLTIMO PISO DO BLOCO 1 ............................. 58 FIGURA 35 - NECESSIDADE DE ENERGIA PARA PREPARAÇÃO DE AQS NOS BLOCOS 1, 2, 3, 4 E 5. ........................... 59 FIGURA 36 - NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA PRIMÁRIA BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ................................................. 60 FIGURA 37 - FACHADA PARA REVESTIR COM ARGAMASSA E REBOCO TRADICIONAL, DE ALVENARIA, COM REVESTIMENTO INTERIOR AUTOPORTANTE ................................................................................................... 62 FIGURA 38 - FACHADA PARA REVESTIR COM ARGAMASSA E REBOCO TRADICIONAL, DE ALVENARIA, COM REVESTIMENTO INTERIOR DIRETO ................................................................................................................. 63 FIGURA 39 - FACHADA VENTILADA ........................................................................................................................ 64 FIGURA 40 - FACHADA DE DOIS PANOS COM ISOLAMENTO PELO EXTERIOR, SISTEMA ETICS ................................. 65 FIGURA 41 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ..................................................................................................................... 67 FIGURA 42 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ..................................................................................................................... 68 FIGURA 43 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ..................................................................................................................... 68 FIGURA 44 - SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO .................................................................. 70 FIGURA 45 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO .................................................................................................. 71 FIGURA 46 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO .................................................................................................. 72 Mestrado em engenharia civil xiv Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis FIGURA 47 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO ................................................................................................. 72 FIGURA 48 - SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DA COBERTURA EXTERIOR .................................................................... 74 FIGURA 49 - SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO PAVIMENTO SOBRE ESPAÇO NÃO ÚTIL.............................................. 75 FIGURA 50 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DAS LAJES ............................................................................................................................. 75 FIGURA 51 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DAS LAJES ............................................................................................................................. 76 FIGURA 52 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DAS LAJES ............................................................................................................................. 77 FIGURA 53 - VIDRO DUPLO COM CAIXILHARIA EM PVC ......................................................................................... 79 FIGURA 54 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ................................................................................................... 80 FIGURA 55 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ................................................................................................... 81 FIGURA 56 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ................................................................................................... 81 FIGURA 57 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ................................................................................................... 84 FIGURA 58 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ................................................................................................... 84 FIGURA 59 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ................................................................................................... 85 FIGURA 60 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E A PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................................................................................................... 86 FIGURA 61 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E A PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................................................................................................... 87 FIGURA 62 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E A PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................................................................................................... 87 FIGURA 63 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENERGIA PARA AQS ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E AQS ................................................................................. 90 FIGURA 64 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E AQS ................................................................................. 91 FIGURA 65 - DISTRIBUIÇÃO DOS COLETORES SOLARES EDIFÍCIO TIPO 2 BLOCO6 ................................................... 93 Mestrado em engenharia civil xv Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis FIGURA 66 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENERGIA PARA AQS ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA AQS CONEXO A SISTEMA SOLAR TÉRMICO .......... 94 FIGURA 67 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA AQS CONEXO A SISTEMA SOLAR TÉRMICO .......... 95 FIGURA 68 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA – REABILITAÇÃO TOTAL ........................... 97 FIGURA 69 – HIERARQUIZAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO DAS FRAÇÕES DE RÉS-DO-CHÃO .................... 98 FIGURA 70 – HIERARQUIZAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO DAS FRAÇÕES DE PISOS INTERMÉDIOS ........... 99 FIGURA 71 – HIERARQUIZAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO DAS FRAÇÕES DE ÚLTIMO PISO .................... 100 FIGURA 72 - FONTES DE PRODUÇÃO DE ELETRICIDADE (EDP SERVIÇO UNIVERSAL, 2013) .................................... 103 FIGURA 73 - PLANTA DE IMPLANTAÇÃO DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” - VIANA DO CASTELO........................ 104 FIGURA 74 - DESEMPENHO DOS PARÂMETROS DA SOLUÇÃO BASE- MÉDIA DOS EDIFÍCIOS ................................... 116 FIGURA 75 - DESEMPENHO DOS PARÂMETROS DA REABILITAÇÃO TOTAL- MÉDIA DOS EDIFÍCIOS......................... 118 Mestrado em engenharia civil xvi Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 - PROJEÇÕES DO BANCO DE PORTUGAL 2011-2014-TAXA DE VARIAÇÃO EM PERCENTAGEM ................ 17 TABELA 2 - CLASSES ENERGÉTICAS ....................................................................................................................... 35 TABELA 3 - CONVERSÃO DO VALOR NORMALIZADO NUMA ESCALA QUALITATIVA DE SUSTENTABILIDADE ........... 36 TABELA 4 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES MÉDIAS NOMINAIS DE ENERGIA ÚTIL DE AQUECIMENTO, PARA OS DIFERENTES PISOS ......................................................................................................................................... 54 TABELA 5 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES MÉDIAS GLOBAIS DE ENERGIA PRIMÁRIA ...................................... 60 TABELA 6 - COEFICIENTE DE TRANSMISSÃO TÉRMICA LINEAR, Ψ, PARA ISOLAMENTO PELO INTERIOR E ISOLAMENTO PELO EXTERIOR ............................................................................................................................................. 66 TABELA 7 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – FACHADA VENTILADA.................................................... 69 TABELA 8 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ............................ 69 TABELA 9 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – REVESTIMENTO DE TETO ................................................ 73 TABELA 10 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO ...... 73 TABELA 11 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – INTERVENÇÃO NAS LAJES............................................. 77 TABELA 12 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DAS LAJES.................................. 78 TABELA 13 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA - REABILITAÇÃO DOS VÃO ENVIDRAÇADOS..................... 82 TABELA 14 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ........ 82 TABELA 15 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – VENTILAÇÃO NATURAL................................................ 85 TABELA 16 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ........ 86 TABELA 17 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA - REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................... 88 TABELA 18 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ............ 88 TABELA 19 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – SISTEMA DE AQUECIMENTO E PREPARAÇÃO DE AQS ... 92 TABELA 20 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E AQS ............................................................................................................................................................. 92 TABELA 21 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA AQS CONEXO A SISTEMA SOLAR TÉRMICO DO TIPO “TERMOSSIFÃO” ...................................................................................... 95 TABELA 22 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA DE AQS CONEXO A SISTEMA SOLAR DO TIPO “TERMOSSIFÃO” .................................................................................... 96 TABELA 23 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA - REABILITAÇÃO TOTAL .................................................. 97 Mestrado em engenharia civil xvii Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis TABELA 24 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO TOTAL ....................................... 97 TABELA 25 - INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO NAS NTC. .......................................................................................... 101 TABELA 26 - POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA NA C.H.E. ”CAPITÃES DE ABRIL” – VIANA DO CASTELO .............. 102 TABELA 27- CATEGORIAS, INDICADORES E PARÂMETROS DA DIMENSÃO AMBIENTAL DO SBTOOLPT - H ............ 108 TABELA 28 - CATEGORIAS, INDICADORES E PARÂMETROS DA DIMENSÃO SOCIAL DO SBTOOLPT - H ................. 112 TABELA 29 - CATEGORIAS, INDICADORES E PARÂMETROS DA DIMENSÃO ECONÓMICA DO SBTOOLPT - H ......... 113 TABELA 30 - BENCHMARKS DOS PARÂMETROS SUSTENTÁVEIS DO EDIFÍCIO TIPO 1 BLOCO 1- SOLUÇÃO BASE VERSUS PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL ............................................................................................. 114 TABELA 31 - NOTA GLOBAL DE SUSTENTABILIDADE - SOLUÇÃO BASE ................................................................ 117 TABELA 32 - NOTA GLOBAL DE SUSTENTABILIDADE – PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL ............................... 118 TABELA 33 - CONVERSÃO DO VALOR NORMALIZADO NUMA ESCALA QUALITATIVA DE SUSTENTABILIDADE ........ 119 Mestrado em engenharia civil xviii Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis ÍNDICE DE ANEXOS Anexo I- Desempenho energético dos Edifícios ANEXO I - TABELA 1 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS, TIPO 1 ........................................................... 127 ANEXO I - TABELA 2 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS TIPO 2 ............................................................ 129 ANEXO I - TABELA 3 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS TIPO 3 ............................................................ 133 ANEXO I - TABELA 4 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS TIPO 4 ............................................................ 134 ANEXO I - TABELA 5- DESEMPENHO ENERGÉTICO EDIFÍCIO TIPO 5, BLOCO 27 (TORRE) ..................................... 135 Anexo II – Propostas de reabilitação ANEXO II - TABELA 1- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 – FACHADA VENTILADA ........ 137 ANEXO II - TABELA 2- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DO TETO ............................................................................................................................. 138 ANEXO II - TABELA 3- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 – REABILITAÇÃO DAS LAJES .. 138 ANEXO II - TABELA 4- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO VÃOS ENVIDRAÇADOS .......................................................................................................................................... 139 ANEXO II - TABELA 5- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL .................................................................................................................................................... 139 ANEXO II - TABELA 6- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E PREPARAÇÃO DE AQS ...................................................................................................... 139 ANEXO II - TABELA 7 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 –SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA DE AQS CONEXO AO SISTEMA SOLAR TIPO “TERMOSSIFÃO” ......................................................... 140 ANEXO II - TABELA 8- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO TOTAL ......... 140 Anexo III – Reabilitação total ANEXO III - TABELA 1 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIOS TIPO 1 - REABILITAÇÃO TOTAL ..................... 141 ANEXO III - TABELA 2- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIOS TIPO 2- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 143 ANEXO III - TABELA 3 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIO TIPO 3- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 147 ANEXO III - TABELA 4 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIO TIPO 4- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 148 ANEXO III - TABELA 5 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIO TIPO 5- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 149 ANEXO III - TABELA 6 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 1 ........................................................ 151 Mestrado em engenharia civil xix Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis ANEXO III - TABELA 7 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 2 ........................................................ 153 ANEXO III - TABELA 8 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 3 ........................................................ 157 ANEXO III - TABELA 9 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 4 ........................................................ 158 ANEXO III - TABELA 10 POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 5 ......................................................... 159 Anexo IV - Avaliação SBtoolPT – H ANEXO IV - TABELA 1 - PARÂMETRO P2 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA REABILITAÇÃO .............................. 161 ANEXO IV - TABELA 2 - PARÂMETRO P3 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ......................... 162 ANEXO IV - TABELA 3 - PARÂMETRO P4 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ......................... 163 ANEXO IV - TABELA 4 - PARÂMETRO P5 NA SOLUÇÃO BASE ................................................................................ 164 ANEXO IV - TABELA 5 - PARÂMETRO P5 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO .......................................................... 165 ANEXO IV - TABELA 6 - PARÂMETRO P6 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ......................... 166 ANEXO IV - TABELA 7 - PARÂMETRO P7 NA SOLUÇÃO BASE ................................................................................ 167 ANEXO IV - TABELA 8 - PARÂMETRO P7 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO .......................................................... 168 ANEXO IV - TABELA 9 - PARÂMETRO P8 NA SOLUÇÃO BASE ................................................................................ 169 ANEXO IV - TABELA 10 - PARÂMETRO P8 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ........................................................ 170 ANEXO IV - TABELA 11 - PARÂMETRO P14 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ..................... 171 ANEXO IV - TABELA 12 - PARÂMETRO P15 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ..................... 172 ANEXO IV - TABELA 13 - PARÂMETRO P16 NA SOLUÇÃO BASE ............................................................................ 173 ANEXO IV - TABELA 14 – PARÂMETRO P9 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ....................... 174 ANEXO IV - TABELA 15 PARÂMETRO P21 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ....................... 175 ANEXO IV - TABELA 16 - PARÂMETRO P22 E P23 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ............ 176 ANEXO IV - TABELA 17 - CUSTOS DE UTILIZAÇÃO DA MELHOR PRÁTICA DO PARÂMETRO P25 ............................ 177 ANEXO IV - TABELA 18 - CUSTOS DE UTILIZAÇÃO CORRESPONDESTES À PRÁTICA CONVENCIONAL DO PARÂMETRO P25 ............................................................................................................................................................. 178 ANEXO IV - TABELA 19 - PARÂMETRO P25 NA SOLUÇÃO BASE ............................................................................ 179 ANEXO IV - TABELA 20 - PARÂMETRO P25 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL ........................................... 180 Mestrado em engenharia civil xx 1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1.1. Âmbito A reabilitação sustentável de edifícios visa estabelecer condições de habitabilidade aceitáveis, de edifícios previamente utilizados, no qual os materiais constituintes da construção deixaram de cumprir as suas exigências, voltando a estabelecer boas condições de conforto, comodidade dos utilizadores, assim como segurança e durabilidade do edifício, cumprindo as exigências da sustentabilidade. O conforto dos utilizadores está relacionado com a qualidade do ar interior, o ambiente interior, temperatura ótimas de utilização, a luminosidade, níveis de som aéreo exterior aceitáveis, abastecimento de água potável, temperatura de água quente sanitária dentro dos padrões, tratamento de águas pluviais e residuais se for o caso, fornecimento de energia, depósito de resíduos, telecomunicações e segurança. A nível estrutural a reabilitação tem que ser executada tendo em consideração a durabilidade das estruturas e a segurança dos utilizadores, cumprindo os estados limites de utilização. A substituição dos materiais da envolvente interior e exterior implica que sejam cumpridos os requisitos do coeficiente de transmissão térmico para as paredes, limitando as perdas térmicas e as condensações interiores, e o fator solar para os envidraçados, evitando sobreaquecimento na estação de arrefecimento, sendo impostos pelo Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), estabelecido pelo Decreto-Lei 80/2006, de 4 de Abril. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos para climatização e produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas eficientes e de fontes energéticas com menor impacte em termos de energia primária. Esta legislação impõe a instalação de painéis solares térmicos e valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável. A sustentabilidade de um material, sistema ou produto está orientada em três dimensões (Bragança & Mateus, Avaliação Do Ciclo De Vida Dos Edifícios- Impacte Ambiental De Soluções Construtiva, 2011), nomeadamente a ambiental, social e económica, aplicadas no processo de conceção e utilização. Mestrado em engenharia civil 1 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis As primeiras metodologias de avaliação desenvolvidas nos Estados Unidos em 1998, apenas incidiam no impacte ambiental, deixando por terra as dimensões sociais e económicas. Têm surgido novos sistemas de apoio à certificação da sustentabilidade de edifícios, onde são avaliadas além da dimensão ambiental as dimensões social e económica. Como a sustentabilidade esta ligada ao ambiente, o objetivo passa pela criação de um sistema de avaliação global que envolvesse as três dimensões e fosse aplicado em todo o mundo, mas ainda não existe nenhuma abordagem que seja aceite a nível mundial. Tal facto ainda não é possível devido a limitações existentes na avaliação dos edifícios, nomeadamente a complexidade dos edifícios, multidisciplinaridade do ciclo de vida dos edifícios, a elevada quantidade de materiais, o baixo nível de industrialização, a fase de utilização mais longa e com maiores impactes, diferenças politicas, tecnológicas, culturais e socioeconómicas existentes entre países. No desenvolvimento do projeto de investigação será utilizado como metodologia e ferramenta de avaliação da sustentabilidade da habitação, o SBToolPT-H (Sustainable Building Tool). O SBTool é um sistema voluntário de avaliação e reconhecimento da sustentabilidade de vários edifícios, que foi desenvolvido pela associação sem fins lucrativos iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built Environment) (iiSBE, 2012). O SBTool é uma ferramenta de apoio aos projetistas nas tomadas de decisão. Estudado o edifício para diferentes localizações, orientações e materiais, chega-se a valores de sustentabilidade diferentes. O projetista tem que decidir tendo em conta os resultados e as análises feitas através de introdução dos valores no SBTool, qual a “equação” que se ajusta melhor à sustentabilidade. O sector dos edifícios representa 40% do consumo de energia total da União Europeia (UE). A diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do conselho (Diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, 2010), de 19 de Maio de 2010, relativa ao desempenho energético dos edifícios visa promover ao melhor desempenho energético dos edifícios, debruçando-se especialmente nas características térmicas do edifício, na eficiência dos sistemas de aquecimento e fornecimento de água quente, nas instalações de ar condicionado, na instalação fixa de iluminação, nas condições e locais de exposição solar, na iluminação natural, na possível produção de eletricidade, promovendo de certo modo que os edifícios apresentem necessidades quase nulas de energia. Mestrado em engenharia civil 2 1. INTRODUÇÃO A título de exemplo Portugal é um país com escassos recursos fósseis, nomeadamente, petróleo, o carvão e o gás, conduzindo a uma elevada dependência energética do exterior (76,7% em 2010) (DGEG, 2013). Importa assim aumentar a contribuição das energias renováveis, nomeadamente a energia proveniente das fontes hídrica, eólica, solar, geotérmica, biomassa (sólida, líquida e gasosa). É de referir que a diretiva 2010/31/UE do parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Maio de 2010 (Diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, 2010), impõe que o mais tardar em 31 de Dezembro de 2020, todos os edifícios novos sejam edifícios com necessidades quase nulas de energia e após 31 de Dezembro de 2018, os edifícios novos ocupados e detidos por autoridades públicas sejam edifícios com necessidades quase nulas de energia. Os Estados-Membros devem desenvolver políticas e tomar medidas, como, por exemplo, o estabelecimento de objetivos, para incentivar a transformação de todos os edifícios remodelados em edifícios com necessidades quase nulas de energia de energia. 1.2. Objetivo O presente estudo tem como principal objetivo desenvolver uma metodologia de análise, para otimizar as intervenções de reabilitação de edifícios recentes, com o propósito de tentar alcançar a meta de edifícios com necessidades quase nulas de energia, com o fim último de melhorar o desempenho global, do nível de sustentabilidade do edifício. Pretende-se assim desenvolver uma metodologia que permita fazer um diagnóstico do estado dos edifícios recentes, hierarquizando as possibilidades de intervenção com contribuição para a melhoria do desempenho energético do edifício e ao mesmo tempo possibilitar o aumento do nível de sustentabilidade. O estudo de vários edifícios permitirá verificar quais os aspetos prioritários de intervenção, quais os elementos dos edifícios cuja investigação se mostra ainda incidente e quais as intervenções prioritárias com custos residuais para a melhoria do parque habitacional recente, construído após 1951, em, termos de desempenho energético e de sustentabilidade. Mestrado em engenharia civil 3 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Mestrado em engenharia civil 4 2. ESTADO DA ARTE 2. ESTADO DA ARTE 2.1. Enquadramento O sector dos edifícios apresenta um consumo de energia que corresponde a 40% do consumo total da União Europeia. Sendo um sector em expansão é de prever um aumento do consumo de energia. Este efeito pode ser colmatado pela introdução de energias renováveis, reduzindo assim a dependência energética e as emissões de gases com efeito de estufa, podendo ser cumprido o Protocolo de Quioto pela União Europeia, sobre as alterações climáticas, estabelecendo o compromisso a longo prazo de manter a subida de temperatura global abaixo dos 2 oC, e consequente redução das emissões globais de gases com efeito de estufa em pelo menos 20% em relação aos níveis de 1990 até 2020. A diretiva 2010/31/UE do parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Maio de 2010 relativa ao desempenho energético dos edifícios, veio alterar a diretiva 2002/91/CE do parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 2002, relativa ao desempenho energético dos edifícios. O Conselho Europeu de Março de 2007 sublinhou a necessidade de aumentar a eficiência energética da União Europeia, com o objetivo de atingir a meta da redução de 20% do consumo de energia até 2020, apelando para uma aplicação rápida e completa das prioridades estabelecidas na Comunicação da Comissão intitulada “Plano de Ação para a Eficiência Energética: Caracterizar o Potencial”. A redução de 20% do consumo de energia passa a ter caracter vinculativo na sua Resolução de 3 de Fevereiro de 2009, relativa à segunda análise da estratégia da política energética. São fixados objetivos vinculativos para a redução das emissões de C02 (Decisão nº406/2009/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Abril de 2009). A Diretiva 2009/28/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Abril de 2009, relativa à promoção da utilização de energias renováveis, estabelece o objetivo vinculativo, para a utilização equivalente de 20% do consumo da energia total da União Europeia, através de fontes renováveis, até 2020. Mestrado em engenharia civil 5 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis O objetivo da diretiva passa por promover a melhoria do desempenho energético dos edifícios da União Europeia, tendo em conta as condições climáticas externas e as condições locais, bem como exigências em matéria de clima interior e de rentabilidade. A Diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, 2010 estabelece requisitos no que refere ao quadro geral comum para uma metodologia de cálculo de desempenho energético integrado dos edifícios e das frações autónomas, à aplicação de requisitos mínimos para o desempenho energético dos edifícios (novos e das frações autónomas novas, edifícios existentes, componentes de edifícios sujeitos a grandes renovações, elementos construtivos da envolvente dos edifícios com impacto significativo no desempenho energético da envolvente quando forem renovados ou substituídos e sistemas técnicos dos edifícios quando for instalado um novo sistema ou quando o sistema existente for substituído ou melhorado), aos planos nacionais para aumentar o número de edifícios com necessidades quase nulas de energia, à certificação energética dos edifícios ou frações autónomas, à inspeção regular das instalações de aquecimento e de ar condicionado e aos sistemas de controlo independentes certificados de desempenho energético. Os Estados-Membros deverão elaborar planos nacionais para aumentar o número de "edifícios com consumo de energia quase nulo", cujas necessidades energéticas deverão ser significativamente supridas pela energia proveniente de fontes renováveis O tema a desenvolver, “Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia- Contribuição para edifícios sustentáveis”, está dividido em três “temas chave”, nomeadamente a reabilitação de edifícios recentes, a eficiência energética e a construção sustentável. No que se refere à temática de reabilitação de edifícios, na Universidade Nova de Lisboa foi elaborada uma tese (Fernandes, 2012), com o intuito de estudar a realidade da reabilitação em Portugal, analisando as motivações por trás da aplicação das soluções, a pertinência da sua aplicação e as oportunidades perdidas. Para esse estudo foram visitadas 27 obras de reabilitação e de manutenção de edifícios, listadas as anomalias existentes e as soluções que visavam a melhoria do comportamento térmico-energético, bem como a motivação para a sua aplicação. As medidas de reabilitação que não envolvem alteração do espaço e/ou reforço estrutural estão essencialmente relacionadas com a redução da permeabilidade ao ar de vãos exteriores, isolamento térmico em paredes (pelo exterior) e em coberturas inclinadas. Um dos aspetos Mestrado em engenharia civil 6 2. ESTADO DA ARTE importantes que não são considerados nas reabilitações é falta, ou perda, de ventilação em edifícios de habitação, essencialmente por desconhecimento, por parte dos donos de obra, da sua necessidade. Denota-se que a aplicação de materiais não compatíveis influenciam deveras a durabilidade dos edifícios. Na Universidade do Porto Faculdade de engenharia (FEUP) foi desenvolvida uma Metodologia de simulação com vista à reabilitação energeticamente eficiente (FREITAS, 2009), com o uso e a integração das mais recentes ferramentas de simulação com ferramentas “Web-Based”. O estudo apresenta o desenvolvimento de uma metodologia de reabilitação integrada, desde a fase de projeto até à fase de execução da reabilitação, baseada na integração de diversas ferramentas, permitindo a avaliação do desempenho energético do edifício e a avaliação da viabilidade económica de cada intervenção proposta. A metodologia é composta por três passos: 1º - Modelo robusto do edifício — utilização do Google Earth® para obtenção da topografia e implementação desta no Google SketchUp®, podendo ser utilizadas fotografias do edifício para a criação do modelo; 2º - Performance Energética — utilização do “add-on” do EnergyPlus no Google SketchUp® ou exportação do modelo CAD e utilização de outra ferramenta de simulação dinâmica; 3º - Viabilidade Económica — aplicação da ferramenta “Retrofit Advisor” para verificação da viabilidade das possíveis opções de reabilitação. A solução de tipo fachada ventilada - resultou num elevado aumento da eficiência energética da habitação em análise e, comparando as opções de reparar ou reconstruir, a opção reabilitar com o sistema apresentado mostrou-se a mais vantajosa. Na temática de reabilitação energética, na Universidade do Minho foi elaborada uma proposta de intervenção energética de edifícios de habitação (Jardim, 2009), em que consiste no estudo da reabilitação energética de edifícios existentes pela redução do consumo energético, através de medidas de reforço térmico na envolvente. A proposta demonstra que existem vantagens objetivas que podem tornar a decisão bastante favorável, sendo a principal a recuperação do investimento inicial num período de tempo relativamente curto, considerando o tempo de vida útil dos edifícios. O estudo foi elaborado para dois casos de estudo representativos da construção corrente, para habitação, praticada em Portugal nas últimas décadas. A metodologia desenvolvida atende aos trabalhos de caracterização do desempenho energético do existente e o diagnóstico preciso das deficiências apresentadas, propondo Mestrado em engenharia civil 7 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis soluções de reabilitação térmica e energética, percebendo se as mesmas reduzem o consumo de energia ao ponto de se tornarem económica e ambientalmente sustentáveis. Para a proposta foi adotada a metodologia simplificada usada no atual RCCTE. A reabilitação energética de um edifício existente deve ser realizada caso a caso, através de um levantamento rigoroso dos consumos energéticos, considerando o sistema construtivo, a forma e a distribuição dos diversos tipos de utilização, interferem no desempenho térmico do edifício. A nível de eficiência energética na iluminação no Instituto Politécnico de Bragança foi elaborado um projeto que tem como principal objetivo o desenvolvimento de um sistema de gestão energética de baixo custo (Louçano, 2009), projetado de modo a facilitar a promoção de uma maior eficiência no consumo de energia no segmento residencial. O sistema interagirá de um modo não intrusivo com os utilizadores, recolhendo informação útil para os orientar e auxiliar no esforço de redução de consumo e do valor da fatura energética, assegurando condições de conforto e bem-estar na habitação. A infraestrutura tecnológica que possibilita a monitorização ambiental e o controlo energético tem por base uma rede digital distribuída, com diversos nós sensoriais inteligentes, e uma aplicação de controlo e gestão da informação, atualmente em fase de desenvolvimento. Pela comparação das soluções estudadas, a adoção de sistemas automáticos de regulação de intensidade luminosa em complemento à iluminação natural conduz a reduções significativas dos custos associados à energia consumida em iluminação de edifícios. Por sua vez, a redução do consumo traduz-se numa redução significativa de emissões de CO2, graças ao contributo da iluminação natural. Assim, na fase de conceção de edifícios, os arquitetos deverão privilegiar a entrada de luz natural através da presença de grandes aberturas laterais orientadas a sul. A iluminação natural deve também ser considerada na elaboração do projeto luminotécnico de novos edifícios e no caso da reforma de sistemas de iluminação dos edifícios existentes. Um dos aspetos a ter em conta para a diminuição da utilização de energia fóssil, passa pela substituição dessa, por energia não poluente e inesgotável, denominado por energia renovável. Com a entrada em vigor do RCCTE (Diário da República, 2006) o recurso a sistemas de coletores solares térmicos para aquecimento de água sanitária nos edifícios abrangidos pelo RCCTE é obrigatório sempre que haja uma exposição solar adequada, na base de 1 m2 de coletor por ocupante. Mestrado em engenharia civil 8 2. ESTADO DA ARTE Na aplicação em habitações as energias suscitáveis de ser utilizadas/produzidas passam pela energia obtida pelo sol, pelo uso de biomassa e energia eólicas, as restantes fontes de energia renovável, só são possíveis a grande escala, como é exemplo a energia das ondas e energia geotérmica. O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, uma quantidade enorme de energia (avaliada em 1,5 x 1018 kWh), correspondente a cerca de 10.000 vezes o consumo mundial de energia verificado nesse mesmo período. No entanto, esta fonte é considerada demasiado dispersa, com as vantagens e os inconvenientes daí decorrentes. Em Portugal (DGEG, 2013), o potencial disponível é bastante considerável, sendo um dos países da Europa com melhores condições para aproveitamento deste recurso, dispondo de um número médio anual de horas de Sol, variável entre 2200 e 3000, no continente, e entre 1700 e 2200, respetivamente, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Na Alemanha, por exemplo, este indicador varia entre 1200 e 1700 horas. A energia solar pode ser utilizada diretamente para aquecer e iluminar edifícios, aquecer água de piscinas, sobretudo em equipamentos sociais, para fornecimento de água quente sanitária nos sectores doméstico, serviços, indústria e agropecuária. A energia solar também possibilita a produção de elevadas temperaturas para produção de vapor de processo ou geração de eletricidade, através de tecnologias de concentração da radiação. Através do efeito fotovoltaico converte-se a radiação solar em energia elétrica. O aquecimento solar é uma tecnologia já dominada e, em 2002, existiam já instalados na UE cerca de 12,3 milhões de m2 de coletores solares térmicos. Cerca de 60% destes encontram-se na Alemanha (com mais de 50% das vendas de coletores solares da UE), Grécia e Áustria. Os painéis fotovoltaicos constituem uma importante tecnologia para a produção de energia elétrica e a meta mundial prevê a instalação de 100 mil MW até ao ano 2025. A Energia de origem fotovoltaica (FV) tem sido a opção mais económica em muitas aplicações de pequena potência em locais afastados da rede. Contudo o elevado preço destes sistemas tem sido uma barreira à sua disseminação em outras aplicações, nomeadamente em áreas urbanas, desde logo servidas pela rede de distribuição elétrica. Em Portugal, a utilização de sistemas solares térmicos ou fotovoltaicos está ainda longe de corresponder ao potencial deste recurso, disponível no país. Estima-se que, em 2003, a Mestrado em engenharia civil 9 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis capacidade instalada de sistemas solares fotovoltaicos era cerca de 2 MW, dos quais apenas 20% se referem a instalações ligadas à rede pública. Na sequência do programa E4 - Eficiência Energética e Energias Endógenas, foi lançado o Programa "Agua Quente Solar para Portugal" que previa a instalação, até 2010, de um milhão de metros quadrados de coletores solares. O Custo das Instalações Solares Térmicas de Aquecimento de Água em Portugal para os pequenos sistemas situa-se entre os 600/800 €/m2. A Biomassa é a matéria orgânica, quer seja de origem vegetal quer animal, que pode ser utilizada como fonte de energia. A biomassa, depois do Sol, é uma das mais antigas fontes de energia, utilizada pelo Homem. A biomassa tem origem na fotossíntese, através da qual os produtores primários fixam o CO2 da atmosfera, utilizando a energia da radiação solar e o transformam na matéria que compõe as plantas. Podemos considerar a biomassa como energia solar aprisionada. A Bioenergia é um recurso energético renovável e representa, presentemente, cerca de 11% do consumo de energia primária mundial constituindo o único recurso energético com carbono que se pode considerar emissor neutro de CO2. Em relação a soluções inovadoras a Oxford PhotoVoltaics (photovoltaics, 2013) de modo a incentivar a introdução no mercado de um novo produto, recebeu um contributo de dois milhões de libras (mais de 2,3 milhões de euros) da empresa MTI Partners segundo o site Design-Build Solar. O projeto inovador consiste na criação de um vidro transparente e colorido capaz de gerar energia elétrica a partir da luz solar com custos reduzidos. As novas células solares representariam um aumento de 10% no valor final dos vidros para a construção civil, segundo a empresa britânica. A análise de sustentabilidade pode-se entender que veio substituir o de análise custo/benefício, no que refere à construção e reabilitação de edifícios, na Universidade do Minho, foi lançado um livro com o título “Workshop construção e reabilitação sustentáveis: soluções eficientes para um mercado em crise: livro de atas”. A publicação apresenta estudos de soluções para a construção sustentável. O livro é dividido em vários subcapítulos com diferentes intervenções referentes à reabilitação sustentável. O sistema a utilizar na avaliação da sustentabilidade, SBToolPT-H, é uma estrutura para avaliação do desempenho sustentável, adaptada ao contexto português da construção, Mestrado em engenharia civil 10 2. ESTADO DA ARTE debruçado nas vertentes ambiental social e económica, tem como principal objetivo apoiar as equipas de projeto, na fase de conceção de um novo edifício ou na fase de conceção de uma operação de reabilitação e/ou ampliação de edificação existente, no sentido da adoção de soluções que conduzem ao desenvolvimento de edifícios com uma nota global elevada, na certificação da sustentabilidade. O SBToolPT-H (iiSBE, 2012) abrange uma ampla gama de questões de construção sustentável, como é exemplo o consumo de energia não renovável, consumo de água, uso do solo, consumo de materiais, emissão de gases de efeito de estufa, emissão de outras emissões atmosféricas, impactes na ecologia local, resíduos sólidos e efluentes líquidos, qualidade do ar interior, iluminação, qualidade acústica, durabilidade, adaptabilidade, flexibilidade e operações de manutenção. A avaliação SBToolPT-H é repartida em 25 parâmetros, os parâmetros são agrupados em 24 indicadores, os indicadores são distribuídos por 9 categorias nas dimensões ambiental social e económica. 2.2. História da energia e ambiente Com a descoberta e domínio do fogo acerca de 750 mil anos, o homem, através da sua inteligência e necessidades está a transformar o planeta. O fogo tornou-se uma ferramenta essencial de sobrevivência da espécie humana, melhorando a alimentação, luminosidade assim como a sua proteção contra outras espécies predatórias. Há 12 mil anos o homem começou a domesticar varias espécies de animais, passando a usar a sua força para realização de trabalhos pesados. Em 600 A.C. o grego Thales Milesius chegou à conclusão que o âmbar depois de esfregado com pelo de animal atraia pequenos corpos. Em 1747 Benjamin Franklin nos Estados Unidos da América e William Watson na Inglaterra chegaram a uma nova conclusão, que todos os materiais possuem um fluido elétrico. Poucas décadas depois o fogo foi transformado em movimento com a construção de grandes fábricas e a evolução dos transportes, mas foi apenas à pouco mais de 100 anos que surgiu a energia elétrica. Com a evolução da civilização industrial houve a necessidade de exploração intensiva de energias acumuladas ao longo das épocas geológicas como é exemplo o petróleo, o gás Mestrado em engenharia civil 11 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis natural, urânio entre outras. Estas fontes de energia dizem-se não renováveis uma vez que a sua velocidade de reposição é praticamente nula relativamente ao consumo. Com a consciência humana no que toca ao esgotamento próximo das energias não renováveis, torna-se importante dar mais relevância às fontes de energia renováveis ou inesgotáveis. Atualmente existem vários incentivos governamentais ou até mesmo de empresas de exploração/distribuição de energia, com a finalidade de patentear soluções tecnológicas limpas e sustentáveis. A título de curiosidade em 2009 a EDP premiou uma solução denominada EMOVE (emove, 2013). O Gerador de emove reúne as características fundamentais para uma alta potência e baixa frequência de rotação. A aplicação estende-se nas diferentes áreas, entre outras, na exploração da energia eólica. As suas dimensões reduzidas e as suas características promovem a redução de custos de produção e de manutenção. Por tudo isto, a geração de energia elétrica ocorre sem a utilização de sistemas de intermediários, como caixas de engrenagens, bombas hidráulicas e sistemas de excitação. Em 2010 foi premiada a solução WAYDIP (Waydip, 2013) denominada numa startup que desenvolve tecnologia limpa. O principal projeto, Waynergy, transforma pessoas e veículos de energia cinética em energia elétrica. Em 2011 o premio foi atribuído à inovação CLEANBIOMASS (Cleanbiomass, 2013). O projeto Clean Biomass apresenta como objetivo a dinamização do mercado de limpeza de biomassa arbustiva em zonas de incêndio. O projeto baseia-se em ferramentas para exploração e rentabilização de biomassa arbustiva existente como fonte energética renovável. No ano de 2012 o prémio foi atribuído à patente ECO-EIFES. Eifes (Quadro Integrado Inteligente para a Energy Savers ). A tecnologia desenvolvida pela ECO-eifes (ecoeifesembeddedinteligentframework, 2013) é uma estrutura inteligente, que pode ser integrada em vários dispositivos para permitir a poupança de energia. A estrutura é baseada em algoritmos inteligentes capazes de aprender com os hábitos diários dos utilizadores. Eifes são dispositivos permanentes que permitem monitorizar o uso do equipamento elétrico e criar estratégias para economizar energia. Pode ser usado em diversas aplicações para reduzir a fatura elétrica. Atualmente, eifes é usado em quatro aparelhos: IPAC, S-Light, whic e SSES. Estes dispositivos são aplicados ao controle inteligente de ar condicionado, iluminação, aquecimento de água e sistemas de monitoramento de espera, respetivamente. No entanto, o Mestrado em engenharia civil 12 2. ESTADO DA ARTE quadro pode ser usado noutros cenários, que estão a ser estudados, a fim de desenvolver os melhores dispositivos adequados para cada aplicação. As inovações tecnológicas mostram que a humanidade pode encontrar soluções alternativas às fontes de energia não renováveis, através do uso de fontes inesgotáveis como é exemplo o sol, o vento, a água, as planta e a Terra. A mudança climática global, consequência do continuado aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera do planeta, está a alterar os ecossistemas e causar cerca de 150 mil mortes por ano. Um aquecimento global médio de 2°C ameaça milhões de pessoas com o aumento da fome, malária, inundações e escassez de água. O principal gás responsável pelo efeito de estufa é o dióxido de carbono (CO2), produzido pela queima de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade e transporte. Para que a subida da temperatura seja mantida dentro de limites aceitáveis, é necessário reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa. As fontes de energia renovável incluem vento, biomassa, fotovoltaica, solar térmica, geotérmica, oceânica e hidroelétrica. Todas, no entanto, apresentam duas características em comum, produzem pouco ou nenhum gás de efeito estufa e contam com fontes naturais virtualmente inesgotáveis. Apesar de a energia nuclear produzir pouco dióxido de carbono, acarreta múltiplas ameaças às pessoas e ao meio ambiente. Incluem-se os impactos ambientais da mineração, processamento e transporte de urânio, o risco da proliferação de armas nucleares, o insolúvel problema do lixo nuclear e a ameaça constante de acidentes graves. O efeito estufa é o processo pelo qual a atmosfera retém parte da energia irradiada pelo Sol e a transforma em calor, aquecendo a Terra e impedindo uma oscilação muito grande das temperaturas. Entre os gases de efeito estufa estão o dióxido de carbono (CO2) - “produzido pela queima de combustíveis fósseis e pelo desmatamento, o metano” - liberado por práticas agrícolas, animais e aterros de lixo, e o óxido nítrico – “resultante da produção agrícola e de uma série de substâncias químicas industriais”. Todos os dias, o meio ambiente é prejudicado pelo uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás) para energia e transporte. Como consequência, as mudanças climáticas já estão a afetar a vida de bilhões de pessoas. A previsão é que essas alterações no clima destruirão o Mestrado em engenharia civil 13 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis modo de vida de muitas pessoas nos países em desenvolvimento, além de acarretar a perda de ecossistemas e espécies nas próximas décadas. Torna-se evidente que é necessário reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa, tanto por razões ambientais como económicas. Caso a tendência atual seja mantida, os prováveis efeitos de um aquecimento leve a moderado trazem como consequência a expansão térmica dos oceanos devido ao aumento da temperatura média global, liberação extensiva de gases de efeito estufa com o derretimento das camadas congeladas de solo (permafrost),aumento na frequência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas e inundações de alta intensidade. A incidência global de secas já duplicou nos últimos 30 anos, impactos regionais severos. Na Europa, aumento das inundações em rios e zonas costeiras, erosão e perda de pântanos. Enchentes também afetarão severamente áreas baixas nos países em desenvolvimento, como Bangladesh e o sul da China, ameaça à sobrevivência de sistemas naturais como recifes de corais, manguezais, ecossistemas alpinos, florestas boreais e tropicais, pradarias, pântanos e campos nativos, assim como aumento do risco de extinção de espécies e de perda da biodiversidade. Ao reconhecer essas ameaças, as nações assinantes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, de 1992, criaram o Protocolo de Kyoto em 1997. O Protocolo de Kyoto passou a vigorar no início de 2005, os 165 países-membros encontram-se duas vezes ao ano para negociar novos detalhes e as etapas subsequentes do acordo. Apenas duas grandes nações industrializadas, Estados Unidos e Austrália, não validaram o protocolo. O Protocolo de Kyoto obriga os signatários a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 5,2% em relação aos níveis de 1990, no período de 2008 a 2012. Esse compromisso resultou na adoção de uma série de metas de redução regionais e nacionais. A União Europeia, por exemplo, comprometeu-se com uma redução total de 8%. A UE também concordou em aumentar a proporção da energia renovável. No momento, os países signatários de Kyoto estão a negociar a segunda fase do acordo, que cobre o período de 2013 a 2017. A Greenpeace exige que os países industrializados reduzam as suas emissões em 18%, considerando os níveis de 1990, para o segundo período de compromisso, e em 30% na terceira fase, que abrange o período de 2018 a 2022. “A iminência das mudanças climáticas exige nada menos que uma Revolução Energética. O consenso entre os especialistas é que essa revolução deve começar imediatamente e estar em curso adiantado nos próximos dez anos, para impedir impactos ainda mais drásticos. A Mestrado em engenharia civil 14 2. ESTADO DA ARTE sociedade não precisa de energia nuclear. O que a sociedade precisa é de uma completa transformação no modo como produz, consome e distribui energia. Somente uma revolução poderá limitar o aquecimento global a um patamar inferior a 2°C. Se a temperatura média da Terra aumentar acima de 2°C, os impactos serão devastadores”. (Sven Teske, 2007) O relatório da “revolução energética” (Sven Teske, 2007) refere que a revolução energética pode ser alcançada pela adesão a cinco princípios fundamentais: 1. Implantar sistemas de energia limpa, soluções renováveis e descentralizadas. O primeiro princípio passa por utilizar tecnologias existentes para aproveitar a energia de modo mais eficiente. As Energias renováveis e medidas de eficiência energética estão disponíveis, são viáveis e cada vez mais competitivas. A energia Eólica, solar e outras tecnologias de energia renovável obtiveram crescimentos de mercado na década passada. Os sistemas descentralizados e sustentáveis de energia produzem menos emissões de carbono, são mais baratos e menos dependentes da importação de combustíveis. São uma fonte de geração de novos postos de trabalho e dão poder às comunidades locais. Sistemas descentralizados são mais seguros e mais eficientes. Este é o objetivo da Revolução Energética. 2. Respeitar os limites naturais A humanidade tem que tomar a consciência que a atmosfera não tem capacidade de absorver tanto carbono. A cada ano, as atividades humanas emitem o equivalente a cerca de 23 bilhões de toneladas de carbono. As reservas geológicas de carvão poderiam fornecer combustível por mais algumas centenas de anos, mas usar esse combustível significaria ultrapassar os limites de segurança. O desenvolvimento da indústria de petróleo e de carvão precisa de chegar ao fim. 3. Eliminar gradualmente energias sujas e não sustentáveis As centrais a carvão e nucleares devem ser gradualmente eliminadas e substituídas. Isto porque as emissões oferecem um perigo real à subsistência da vida no planeta. Os incentivos às inúmeras ameaças nucleares também devem ser banidos, já que o pretexto de que a energia nuclear pode, de algum modo, ajudar no combate às mudanças climáticas não se sustenta. 4. Promover equidade e justiça Tendo em atenção o segundo princípio, respeito pelos limites naturais, deve-se sustentar uma distribuição justa dos benefícios e dos custos entre as sociedades, nações e gerações presente e Mestrado em engenharia civil 15 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis futuras. Por um lado, um terço da população mundial não tem acesso à eletricidade, enquanto a maioria dos países industrializados consome muito mais do que a sua justa parte. Os efeitos das mudanças climáticas nas comunidades mais pobres são agravados pela enorme desigualdade de distribuição da energia global. Um dos princípios básicos para abordar as mudanças climáticas é o da igualdade e justiça, de modo que os benefícios dos serviços de energia – como luz, aquecimento, eletricidade e transporte – sejam disponibilizados a todos. 5. Desvincular o crescimento económico do uso de combustíveis fósseis O crescimento económico deve ser totalmente desligado dos combustíveis fósseis. É necessário usar a energia produzida de modo muito mais eficiente. É necessário fazer uma transição ágil para as energias renováveis de modo a proporcionar um crescimento limpo e sustentável. 2.3. Economia Nacional Segundo os indicadores avançados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de Março de 2013, a recessão económica portuguesa está a perder intensidade. O indicador de inflexão da atividade económica portuguesa, subiu em Janeiro pelo décimo mês consecutivo, elevando-se a 99,74 pontos, já muito próximo da média de longo prazo, fixada em 100 pontos. No último mês de 2012 e no primeiro de 2013, o indicador avançado para Portugal registou uma subida mensal de 0,29%, sendo a maior subida dos dez meses consecutivos em ascensão, e registou também uma progressão em termos homólogos, de 1,75%, a mais ampla de três meses seguidos de variação positiva. Os indicadores avançados da OCDE apontam, por outro lado, para uma estabilização das condições económicas na Zona Euro (designadamente em França e Itália) e para uma “retoma do crescimento” na Alemanha, maior economia da região. Conforme as projeções do Banco de Portugal (Banco de Portugal, 2013), avista-se uma contração de 1,9% da atividade económica em 2013, após uma queda estimada de 3% em 2012 (Tabela 1). Mestrado em engenharia civil 16 2. ESTADO DA ARTE Tabela 1 - Projeções do Banco de Portugal 2011-2014-Taxa de variação em percentagem No contexto do processo de ajustamento económico, a implementação das medidas de consolidação orçamental incluídas no Orçamento de Estado para 2013 (OE2013) desempenhará um papel importante na evolução da procura interna, uma queda significativa em 2013, embora mais moderada que a estimada para 2012. A evolução das exportações continuará a contribuir para mitigar o impacto da redução da procura interna sobre a atividade económica, embora de forma mais limitada em 2013. As importações deverão voltar a contrair em 2013, a exemplo do estimado para 2012. Para 2014 projeta-se o aumento da atividade económica de 1,3% (Banco de Portugal, 2013), num quadro em que não foram consideradas medidas de consolidação orçamental adicionais para além das que decorrem da manutenção das medidas incluídas no OE 2013. Neste pressuposto, o crescimento económico projetado para 2014 assenta numa recuperação moderada da procura interna, incluindo o consumo público, sustentado pelo aumento do rendimento disponível das famílias e por uma melhoria das perspetivas da procura. Esta evolução será acompanhada por um aumento das exportações, assente na recuperação da atividade económica nos principais mercados de destino das exportações portuguesas. “A redução dos elevados níveis de endividamento externo da economia portuguesa para níveis sustentáveis implica a manutenção destes excedentes por um período prolongado. Tal só será possível num contexto em que as reformas estruturais, destinadas a promover uma Mestrado em engenharia civil 17 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis afetação mais eficiente dos recursos, permitam um aumento da produtividade dos fatores, do produto potencial e do rendimento dos agentes residentes. O grande desafio com que Portugal está confrontado neste momento é o de promover o desenvolvimento económico num novo quadro institucional. A implementação coerente de reformas nos mercados de trabalho e do produto, o aumento da eficiência do sistema judicial e a redefinição do papel do Estado são fatores fundamentais para estimular o investimento, a inovação e o progresso técnico, sem os quais não existirá crescimento sustentável, mas acima de tudo não existirá desenvolvimento económico. O esforço e os recursos despendidos com políticas de apoio à criação de emprego só terão sucesso se os entraves ao investimento forem removidos. O desafio do desenvolvimento económico passa pela mobilização dos agentes económicos e sociais para a necessidade e benefícios de reformas que assegurem níveis de bem-estar compatíveis com a manutenção do consenso institucional e da coesão social” (Banco de Portugal, 2013). 2.4. O setor da construção nacional Segundo a análise de conjuntura da FEPICOP - Federação Portuguesa da Indústria da Construção (FEPICOP, 2013) , em 2012, o consumo do cimento teve uma diminuição de procura de 26,9%, face a 2011, pelo que é necessário recuar 39 anos, até 1973, para se encontrar uma época em que a sua utilização tenha sido inferior à verificada no ano de 2012. Os 10.511 fogos em construção nova licenciados até novembro de 2012, correspondendo apenas a cerca de 10% das autorizações emitidas em igual período de 2001, refletem uma diminuição constante da produção do Setor neste segmento ao longo dos últimos 11 anos. Todos os outros indicadores habitualmente analisados pela Federação evidenciam, também, a contínua deterioração da conjuntura da atividade do Setor. Assim, até novembro de 2012 e em termos homólogos, as licenças para construção nova caíram 30,2% e as destinadas para reabilitação e demolição recuaram 6,5%, enquanto no caso dos edifícios não residenciais a área licenciada contraiu 23,5%, o que se traduz numa redução de 601 mil m2. Nas obras públicas, os concursos abertos em 2012 revelam uma redução em número de 38,7%, e 44,4% relativamente ao valor das obras. Com estes aspetos em causa destaca-se a pior consequência de todo este ambiente para a economia do País, o número de desempregados, que continuou a aumentar, tendo atingido, 101.449 no final de novembro de 2012, o que traduz um crescimento de 34,4% e representa Mestrado em engenharia civil 18 2. ESTADO DA ARTE 15,9% do número total de desempregados inscritos nos centros de emprego no final desse mês (INE, 2013). O acesso ao financiamento, não revela melhorias, em dezembro de 2012 (FEPICOP, 2013), o crédito às empresas indicava uma redução homóloga de 3,1 mil milhões de euros, enquanto o crédito à habitação registava uma quebra de 27,6%. O clima recessivo que paira sobre a economia nacional e a incerteza quanto à efetiva realização dos investimentos públicos têm condicionado fortemente a evolução do sector da construção. Assim, depois de uma década caraterizada por um crescimento económico muito modesto, não se prevê uma melhoria o sector da construção, mas pelo contrário as projeções apontam para a manutenção de grandes dificuldades, na economia portuguesa e particularmente no investimento em construção. 2.5. Estado de conservação dos edifícios em Portugal Entende-se por edifícios recentes ou correntes, edifícios cuja sua construção se baseie em soluções de betão armado, incorporando assim em geral materiais considerados novos, produzidos mais industrialmente. (Oliveira, Sousa, & Lopes, 2004) Os edifícios recentes são característicos pela sua forma de construção, baseados num sistema estrutural porticado em betão armado, complementado por panos de alvenaria sem função estrutural. O espaço temporal relativo a edifícios recentes, vai para além do intervalo de tempo que se associa edifícios “novos” e fica aquém do que se pode atribuir a um edifício “antigo”. Estabeleceu em 50 anos o tempo de serviços identificado como recentes. Neste contexto “edifícios novos” são considerados edifícios, em que o seu respetivo projeto é realizado cumprindo a legislação atual relativa ao desempenho energético de edifícios, acomodando deste modo construções posteriores a 2006. Na abordagem serão estudados edifícios cuja sua construção/projeção se realize após os anos 50 e a entrada no novo milénio, antecedente entrada em vigor da nova legislação do desempenho energético. Este espaço temporal de construção acomoda 2 822 980 edifícios, o que traduz 79,65% do edificado português. (INE, 2013) Mestrado em engenharia civil 19 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Dando a entender o panorama de construção em Portugal na Figura 1 é apresentado o número de edifícios por época de construção. Na década de 70 e 80 houve uma enorme procura na construção habitacional, traduzida pela entrada de mão-de-obra, que após a revolução de 25 de abril de 1974 viram em Portugal um país com futuro económico mais promissor. Entre a década de 80 e a década de 90 houve um decréscimo de 46,33% na construção de edifícios novos. Desde então a construção de habitações novas tem declinando até á atualidade para níveis históricos. 300 635 209 370 2001-2005 2006-2011 290 292 1996 - 2000 588 858 1971-1980 268 179 408 831 1961-1970 1991-1995 387 340 1951-1960 578 845 305 696 1919-1945 1981-1990 206 343 Número de Edifícios antes de 1919 Total 3 544 389 Edifícios Em Portugal Época de construção Figura 1- Edifícios em Portugal segundo época de construção Um dos aspetos a ter em conta para um bom desempenho dos edifícios é nomeadamente o seu estado de conservação. Recorrendo ao Instituto Nacional de estatística (INE, 2013), na Figura 2 é apresentado o panorama do estado de conservação dos edifícios em Portugal. Estado de conservação dos edifícios em Portugal Edifícios em Portugal Edifícios sem necessidade de reparação Edifícios com necessidade de reparação Edifícios Muito degradado 3544389 2519452 965782 59155 Figura 2-Estado de conservação dos edifícios em Portugal Em comparação com o número de edifícios em Portugal, os edifícios com necessidades de reparação representam 27,25% e os edifícios muito degradados 1,67%. Mestrado em engenharia civil 20 2. ESTADO DA ARTE Na Figura 3 é apresentado o estudo do estado de degradação dos edifícios em Portugal segundo a sua época de construção, com o intuito de dar a entender o número de edifícios existentes com possibilidade de serem reabilitados. Estado de conservação dos edifícios em Portugal segundo época de construção 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% antes de 1919 19191945 19461960 19611970 19711980 19811990 19911995 Pequenas reparações 26.65% 28.37% 28.42% 25.89% 20.51% 15.24% 11.33% Reparações médias 19.02% 18.16% 14.06% 9.85% 5.60% 3.21% 1.98% Grandes reparações 12.29% 9.74% 5.45% 2.85% 1.34% 0.61% 0.42% Muito degradado 12.17% 6.17% 2.49% 1.07% 0.47% 0.22% 0.14% 1996 2000 20012005 20062011 7.96% 4.56% 2.95% 1.25% 0.76% 0.70% 0.26% 0.19% 0.26% 0.11% 0.09% 0.14% Figura 3-Estado de conservação dos edifícios em Portugal segundo a época de construção No âmbito das reabilitações estão inseridos os edifícios existentes com necessidades de reparação, nomeadamente médias e grandes reparações, assim como Edifícios muito degradados. No estudo particular ao parque habitacional construído depois de 1951 os edifícios que necessitam de reabilitação representam 20,20% do parque habitacional construído. Dividindo as necessidades de reparações por épocas de construção a Figura 4 dá uma noção de qual a época de construção que apresenta um maior número de edifícios com necessidades de reparação. 206343 305696 387340 408831 588858 578845 268179 290292 300635 209370 1919-1945 1946-1960 1961-1970 1971-1980 1981-1990 1991-1995 1996 - 2000 2001-2005 2006-2011 Número de necessidades de reparação de edifícios em Portugal antes de 1919 Total 3544389 Número de necessidades de reparação de edifícios em Portugal Época de construção Figura 4- Necessidades de reparação de edifícios em Portugal por época de construção Entre a época de 1946 e 1990 há um aumento gradual de reparações a serem feitas em edifícios, atingindo o pico em 1990, decrescendo gradualmente até 2011, é de notar que nesse decréscimo há uma ligeira subida entre de 1996 a 2005. Mestrado em engenharia civil 21 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Na Figura 5, Figura 6 e Figura 7 são avaliadas as intervenções mais usuais nos edifícios que necessitam de reparações. Com este estudo pretende-se hierarquizar as abordagens, dando a entender no estudo quais os aspetos a ter em conta na reabilitação que vão ao encontro das necessidades dos clientes. Percentagem de edifícios com necessidades de reparação na cobertura 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 19461960 19611970 19711980 1996 2000 20012005 20062011 11.08% 198119911990 1995 Época de construção 12.40% 6.23% Nenhumas 5.02% 6.36% Pequenas 3.07% 3.17% 7.18% 7.88% 5.64% 3.83% 2.96% 1.05% 0.80% 0.47% Médias 1.79% 0.18% 1.41% 1.27% 0.76% 0.22% 0.16% 0.10% Grandes 0.05% 0.73% 0.43% 0.32% 0.16% 0.05% 0.04% 0.02% Muito grandes 0.02% 0.32% 0.15% 0.11% 0.05% 0.02% 0.01% 0.01% 0.01% Figura 5-Necessidades de reparação nas coberturas do parque habitacional Português construído depois de 1946 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Percentagem de edifícios com necessidades de reparação na estrutura 19461960 19611970 19711980 1996 2000 20012005 20062011 11.64% 198119911990 1995 Época de construção 12.86% 6.38% Nenhumas 5.31% 6.73% Pequenas 2.98% 3.00% 7.29% 7.92% 5.65% 3.52% 2.66% 0.94% 0.73% 0.45% Médias 1.64% 0.18% 1.27% 1.08% 0.63% 0.19% 0.13% 0.08% Grandes 0.05% 0.69% 0.40% 0.28% 0.13% 0.04% 0.03% 0.02% Muito grandes 0.02% 0.30% 0.14% 0.09% 0.04% 0.01% 0.01% 0.01% 0.01% Figura 6-Necessidades de reparação nas estruturas do parque habitacional Português construído depois de 1946 Mestrado em engenharia civil 22 2. ESTADO DA ARTE 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Percentagem de edifícios com necessidades de reparação nas paredes e caixilharias exteriores 19461960 19611970 19711980 1996 2000 20012005 20062011 10.70% 198119911990 1995 Época de construção 11.98% 6.02% Nenhumas 4.71% 6.05% Pequenas 3.15% 3.30% 6.97% 7.69% 5.54% 4.06% 3.26% 1.21% 0.97% 0.63% Médias 1.90% 0.26% 1.53% 1.39% 0.85% 0.27% 0.20% 0.12% Grandes 0.07% 0.81% 0.49% 0.35% 0.18% 0.06% 0.04% 0.03% Muito grandes 0.03% 0.35% 0.17% 0.11% 0.06% 0.02% 0.02% 0.01% 0.01% Figura 7-Necessidades de reparação nas paredes e caixilharias exteriores do parque habitacional Português construído depois de 1946 O parque habitacional, construído depois de 1946, que necessita de reabilitação no matiz da cobertura, estrutura e paredes/caixilharias exteriores representam, nomeadamente 8,21%, 7,29% e 9,1% do edificado Português. De uma forma hierarquizada denota-se que os edifícios construídos após 1946, apresentam mais debilitações a nível de paredes e caixilharias, posteriormente nas coberturas e por fim nas estruturas. A primeira ferramenta legal a impor requisitos ao projeto de novos edifícios e de grandes remodelações, com a finalidade de aumentar o conforto térmico sem excessivos consumos de energia, minimizando a probabilidade de ocorrer patologias nos edifícios pela consequente perda de condensações interiores da envolvente exterior, foi aprovada pelo Decreto-Lei nº40/90, de 6 de Fevereiro de 1990, intitulado Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios. (RCCTE) A utilização do isolamento térmico nos edifícios, ganhou maior impacto após entrada em vigor do RCCTE, até ao final da década de 1980 eram poucos os edifícios que dispunham de meios ativos de controlo das condições ambientes interiores, com a entrada em vigor do Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) a procura de equipamentos de climatização aumentou, vertendo assim num crescimento dos consumos de energia no sector dos edifícios. Surgiu a necessidade da introdução de uma nova versão do RCCTE que impõe limites aos consumos, no inverno para aquecimento, no verão para arrefecimento, assim como para aquecimento das águas quentes sanitárias. Mestrado em engenharia civil 23 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis No sector residencial a existência de equipamentos ou mesmo de sistemas instalados não implicam a sua utilização permanente, pelo que os valores dos consumos energéticos continuam a ser meras referências estatísticas. Este Regulamento aumenta as exigências ao definir objetivos de provisão de taxas de renovação do ar adequadas que os projetistas devem obrigatoriamente satisfazer. O regulamento faz sobressair a redução dos seus consumos de energia e as correspondentes emissões de gases que contribuem para o aquecimento global ou efeito de estufa, pelo que obriga a instalação de painéis solares para a produção de água quente sanitária. Abre um amplo mercado para o desenvolvimento da energia solar renovável, contribuindo para a diminuição da poluição e da dependência energética do nosso país. Os consumidores podem beneficiar de melhores condições de conforto a custos mais baixos. “Impõe-se, portanto, que o RCCTE seja atualizado em termos de um nível de exigências adequado aos atuais contextos social, económico e energético, promovendo um novo acréscimo de qualidade térmica dos edifícios num futuro próximo” (Diário da República, 2006). A nova regulamentação específica no âmbito do desempenho energético entrou em vigor a 5 de março de 2006 (Diário da República, 2006) pelo que a maior parte do parque habitacional construído, 94,1% dos edifícios, apresentam um grande potencial de reabilitação energética com contribuição para edifícios sustentáveis. Mestrado em engenharia civil 24 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL Este capítulo é dividido em dois subcapítulos. No primeiro subcapítulo é apresentada a evolução no processo de cálculo, para obtenção das necessidades energéticas, que levam à classificação energética das frações autónomas. O segundo subcapítulo, direcionado para a sustentabilidade dos edifícios, evidencia as etapas de cálculo para a classificação do desempenho sustentável. Numa fase posterior à classificação energética das frações autónomas, com as propostas de reabilitação individualizadas e comparadas com as soluções construtivas existentes, faz-se a hierarquização das intervenções de reabilitação nos edifícios recentes, com o propósito de alcançar a meta dos edifícios com necessidades quase nulas de energia, com o fim último de melhorar o desempenho global, do nível de sustentabilidade do edifício. O trabalho incidirá principalmente na reabilitação de edifícios recentes com o uso de soluções que minimizem a dependência energética. O estudo recruta o RCCTE (Diário da República, 2006) para avaliação energética e o SBToolPT-H para avaliação da sustentabilidade. 3.1. Metodologia de cálculo de avaliação energética 3.1.1. Necessidades de energia para Aquecimento Para o cálculo das necessidades de aquecimento, Ni, é indispensável calcular o fator de forma. O Fator de forma “é o quociente entre o somatório das áreas da envolvente exterior e interior do edifício ou fração autónoma com exigências térmicas e o respetivo volume interior correspondente”, conforme a (Equação 1). (Diário da República, 2006). [ ∑ ] [ ] Para o cálculo do fator de forma somam-se as áreas das envolventes exteriores, nomeadamente as áreas das paredes exteriores, coberturas exteriores e envidraçados Mestrado em engenharia civil 25 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis exteriores. À área da envolvente interior soma-se as áreas das paredes e pavimentos interiores multiplicado pelo respetivo coeficiente de redução de perdas (τ), que indica o valor da temperatura adimensional do local não aquecido, um valor de τ próximo de 1 indica que o espaço tem uma temperatura próxima da temperatura exterior, um valor de τ próximo de 0 indica que o espaço tem características próximas do interior da fração autónoma climatizada. O volume interior é obtido multiplicando a área útil de pavimento pelo pé direito. Quanto mais alto for o fator de forma maior são as trocas do edifício com o exterior. O valor das necessidades máximas de arrefecimento (Ni), é retirado em função do fator de forma (FF), e dos graus-dias no local O cálculo das necessidades nominais de aquecimento (Nic) resulta do quociente entre a diferença da soma de todas as perdas térmicas calculadas com os ganhos totais úteis e a área útil do pavimento (Ap), conforme a (Equação 2). ∑[ ( )] ∑[ ( )] [ ] Para se obter necessidades nominais de aquecimento reduzidas é importante optar por soluções de melhoria que diminuam as perdas e maximizem os ganhos de energia. As perdas de calor por condução através da envolvente dos edifícios, resulta do somatório das diferentes perdas indicadas na (Equação 3). ( ) [ ] Perdas Térmicas Superficiais: Qext - perdas de calor pelas zonas correntes das paredes, envidraçados, coberturas, pavimentos e pontes térmicas planas em contacto com o exterior; Qlna - perdas de calor pelas zonas correntes das paredes, envidraçados e pavimentos em contacto com locais não-aquecidos; Perdas Térmicas Lineares: Qpe - perdas de calor pelos pavimentos e paredes em contacto com o solo; Qpt - perdas de calor pelas pontes térmicas lineares existentes no edifício. No cálculo das necessidades nominais de aquecimento, as perdas associadas à envolvente exterior, dividem-se em perdas pelas paredes exteriores, perdas pelos pavimentos exteriores, Mestrado em engenharia civil 26 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL perdas pelas coberturas exteriores, perdas pelas paredes, pavimentos em contacto com o solo e perdas pelas pontes térmicas lineares. As perdas pelas paredes, pavimentos, coberturas, envidraçados e pontes térmicas planas exteriores são obtidas através da (Equação 4), que consiste na multiplicação da área, A, do elemento pelo respetivo coeficiente de transmissão térmica (U). ( ) ∑ ( ) [ ] As perdas pelas pontes térmicas lineares consistem nas trocas de energia, do interior com o exterior, pelas ligações dos elementos construtivos, nomeadamente fachada com os pavimentos térreos, fachada com pavimentos não aquecidos e exteriores, fachada com pavimentos intermédios, fachada com cobertura inclinada ou terraço, fachada com varanda, duas paredes verticais, fachada com caixa de estore e fachada com padieira, ombreira ou peitoril. As perdas, são obtidas através da (Equação 5), resultante da multiplicação do coeficiente de transmissão térmica linear (ψ), pelo respetivo comprimento da intersecção (B). ∑ ( ) [ ] As perdas pela envolvente interior, obtidas segundo a (Equação 6), resulta da multiplicação da área, A, do elemento, pelo coeficiente de transmissão térmica (U), que multiplica por sua vez pelo correspondente coeficiente de redução de perdas ( ) . As perdas pelo envolvente interior englobam, perdas pelas paredes em contacto com espaços não-úteis ou edifícios adjacentes, perdas pelos pavimentos sobre espaços não-úteis, perdas pelas coberturas interiores (tetos sob espaços não úteis), perdas pelos vãos envidraçados/portas em contacto com espaços não-úteis e perdas pelas pontes térmicas lineares (apenas para paredes de separação para espaços nãoúteis com > 0.7) ∑ ( ) [ ] Apesar dos vãos envidraçados serem uma parte importante durante a estação de aquecimento por permitirem a entrada de radiação solar e por conseguinte aquecimento, quando não há essa radiação (durante a noite) o edifício perde calor por estes. Logo as perdas pelos envidraçados terão também de ser calculadas. As perdas pelos vãos envidraçados exteriores tal como as perdas pelas paredes exteriores resultam do somatório da multiplicação da área vos envidraçados (A) pelos respetivos coeficientes de transmissão térmica (U), obtidos pelo combinação do coeficiente de transmissão térmica da caixilharia com o coeficiente de Mestrado em engenharia civil 27 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis transmissão térmica do vidro, sendo assim é importante que o coeficiente de transmissão térmica tanto do vidro como da caixilharia sejam baixos para minimizar as trocas de energia do interior para o exterior. Em simultâneo às perdas pelas envolventes é importante quantificar as perdas resultantes da troca de ar do interior com o exterior, designadamente renovação de ar. A renovação de ar pode ser de forma natural, quantificada em termos médios, tendo em conta as condições climáticas médias locais e o grau de estanquidade da envolvente ou de forma mecânica, quantificada de acordo com o tipo de sistema e com os caudais insuflados e extraídos, com limite mínimo de 0,6 renovações de ar por hora (Rph). A ventilação natural é devida a diferenças de pressão causadas por diferentes exposições ao vento, a ventilação mecânica já é comum encontrarem-se sistemas mecânicos em edifícios multifamiliares mais recentes, este tipo de ventilação depende do tipo de sistema e dos caudais insuflados e extraídos. Durante toda a estação de aquecimento, a energia necessária para compensar as perdas de calor por renovação de ar é calculada pela (Equação 7), que compreende a multiplicação das renovações de ar por hora (Rph) pela área útil do pavimento (Ap) pelo pé direito (Pd) e pelos graus dia (Gd). ( ) [ ] Os ganhos totais segundo a (Equação 8), resultam da soma dos ganhos solares brutos com os ganhos internos multiplicados pelo fator de utilização dos ganhos solares (η), calculado segundo a (Equação 9), que é dependente da inercia do edifício e da relação entre os ganhos totais brutos e as perdas térmicas totais do edifício. ( ( ) )) [ ] [ ] { Mestrado em engenharia civil 28 ( 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL ( ) [ ] [ ] A (Equação 12) representa os ganhos internos, provenientes da libertação de calor associado ao metabolismo dos ocupantes e do calor dissipado nos equipamentos e dispositivos de iluminação. ( ) [ ] Em que: qi – ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento, dependente do tipo de edifício indicado no Quadro IV.3 do (Diário da República, 2006) (W/m2) M – duração média da estação de aquecimento (meses) Ap – Área útil de pavimento (m2) Os ganhos solares brutos, calculados segunda a (Equação 13), resultam na multiplicação da área efetiva total dos vãos envidraçados (Aeftotal) pela radiação incidente num envidraçado a sul (Gsul) (kWh/m².mês) e pela duração da estação de aquecimento. ( ) ( ) [ ] Paro o cálculo da área efetiva, numa primeira fase é importante calcular a área dos vãos envidraçados e dividi-los de acordo com as suas orientações. Para cada envidraçado, segundo a sua orientação é calculada a área efetiva, tendo em conta os diferentes fatores da (Equação 14). [ ] Em que: A - área total do vão envidraçado, isto é, área da janela, incluindo vidro e caixilho (em m2); X - fator de orientação para as diferentes exposições é retirados do quadro IV.4 (Diário da República, 2006) g - fator solar do vão envidraçado para radiação incidente na perpendicular ao envidraçado e que tem em conta eventuais dispositivos de proteção solar; Fh - fator de sombreamento do horizonte por obstruções longínquas exteriores ao edifício ou por outros elementos do edifício; Mestrado em engenharia civil 29 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Fo - fator de sombreamento por elementos horizontais sobrepostos ao envidraçado (palas, varandas); Ff - fator de sombreamento por elementos verticais adjacentes ao envidraçado (palas verticais, outros corpos ou partes do mesmo edifício). Fg - fração envidraçada que traduz a redução de transmissão de energia solar devido à existência de caixilharia; Fw - fator de correção devido à variação das propriedades do vidro com o ângulo de incidência da radiação solar direta. A área efetiva total (Aeftotal), corresponde ao somatório das áreas efetivas dos vãos envidraçados, obtidas pela (Equação 14). 3.1.2. Necessidades de energia para arrefecimento Os valores máximos para as necessidades de arrefecimento (Nv), dependem da região Norte ou Sul e zona climática de verão As necessidades nominais de arrefecimento, calculadas para as condições de referência, temperatura interior das frações autónomas de 25 0C, estabelecem valores de comparação entre diferentes edifícios ou frações autónomas, do ponto de vista do comportamento térmico. Quanto maior for o valor das necessidades nominais de arrefecimento, mais quente será o edifício no Verão, ou mais energia será necessário consumir para o arrefecer até atingir uma temperatura de referencia. O cálculo das necessidades nominais de arrefecimento, é exibido na (Equação 15), em que Qg representa os ganhos totais brutos, ƞ o fator de utilização dos ganhos solares, calculado segunda a (Equação 16) e Ap a área útil de pavimento. ( ) { ( Mestrado em engenharia civil 30 ) [ ] [ ] 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL ( ) ( ) [ ] [ ] Em que: i - Temperatura do ambiente interior (°C); atm - Temperatura do ar exterior (°C); Perdas específicas totais - correspondem ao somatório das perdas pela envolvente exterior (Qext) nomeadamente perdas associadas às paredes exteriores (U.A), perdas associadas aos pavimentos exteriores (U.A), perdas associadas às coberturas exteriores (U.A), perdas associadas aos envidraçados exteriores (U.A), mais as perdas associadas à renovação de ar (Qv). Os ganhos totais brutos, englobam os ganhos solares pela envolvente opaca (Q1), os ganhos solares pelos envidraçados exteriores (Q2) e os ganhos internos (Q3), calculados segundo a (Equação 19). [ ] Os ganhos solares pela envolvente opaca, para cada orientação resultam da multiplicação de cinco variáveis indicados na (Equação 20). ( ) [ ] Em que : A - Área do elemento da envolvente (m2); U - Coeficiente de transmissão térmica superficial do elemento da envolvente ( W/m2); α - Coeficiente de absorção, para a radiação solar, da superfície exterior da parede; Ir - Intensidade de radiação solar instantânea incidente em cada orientação (W/m2). O valor de 0,04 é constante para todas as orientações e corresponde ao fator solar dos elementos da envolvente opaca exterior. Os ganhos solares pelos envidraçados exteriores são calculados através do somatório dos ganhos solares por vão envidraçado e por orientação obtidos pela (Equação 21). ( ) [ ] Mestrado em engenharia civil 31 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Em que: A - área total do vão envidraçado, incluindo vidro e caixilho (m2); α - Coeficiente de absorção, para a radiação solar, da superfície exterior da parede; Ir - Intensidade de radiação solar instantânea incidente em cada orientação (W/m2). O fator solar de verão (g Verão), é obtido através da soma de 30% do fator solar do vidro mais 70% do fator solar do vão envidraçado com a proteção solar móvel atuada. Os ganhos internos derivam da (Equação 22), que se baseia na multiplicação dos ganhos internos médios (qi) pela área útil de pavimento multiplicados pelo coeficiente 2,928. ( ) [ ] 3.1.3. Necessidades de energia para preparação das Águas Quentes Sanitárias O valores máximos das necessidades de energia para preparação das águas quentes sanitárias (Na), é definido tendo por base o consumo médio diário de referência de águas quentes sanitárias (MAQS), o número anual de dias de consumo de água quente sanitária (nd) e a área útil do pavimento, distribuídos segunda a (Equação 23). ( ) [ ] O consumo médio diário de água quente é estabelecido em 40 litros a 60 0C por dia por pessoa nominal, ( ) e o número anual de dias de consumo de água quente varia conforme a utilização da fração autónoma, caso não sejam definidos os dias de utilização, nd toma o valor de 365 dias, adaptado ao uso diário anual do sistema. As necessidades de energia útil para preparação de AQS (Nac) são obtidas pela (Equação 24). ( ) Em que: Qa - Energia útil despendida com sistemas convencionais de preparação de AQS; ηa - Eficiência de conversão desses sistemas de preparação de AQS; Esolar - Contribuição de sistemas de coletor solar para o aquecimento de AQS; Mestrado em engenharia civil 32 [ ] 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL Eren - Contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis; Ap - Área útil de pavimento. A (Equação 25) traduz a energia necessária por ano, para aquecimento da água disponibilizada pela rede pública, até à temperatura de referência de 60 0C. ( ) [ ] Em que: MAQS - Consumo médio diário de referência de águas quentes sanitárias; Nd - número anual de dias de consumo de água quente sanitária; ΔT - Aumento de temperatura necessário para preparação de águas quentes sanitárias. Considerando que a água da rede pública é disponibilizada a 15 0C e que é necessário aquecer a água até ao valor de referência de 60 0C, o aumento da temperatura (ΔT), assume o valor de 45 0C. A eficiência de conversão dos sistemas de preparação de águas quentes sanitárias, ηa, é definida pelo respetivo fabricante com base em ensaios normalizados, podendo ser utilizados os valores de referência na ausência de indicadores mais precisos. Caso não esteja definido em projeto o sistema de preparação de águas quentes sanitárias, em edifícios sem alimentação a gás, considera-se que a fração autónoma irá dispor de um termoacumulador elétrico com 5cm de isolamento térmico, ηa=0,9, em edifícios com alimentação a gás ou um esquentador a gás mural ou a GPL, ηa=0,5. (Diário da República, 2006). A contribuição de sistemas solares de preparação de águas quentes sanitárias (Esolar) deve ser calculada utilizando o programa SOLTERM do INETI. A sua contribuição só pode ser contabilizada, se os sistemas ou equipamentos forem certificados de acordo com as normas e legislação em vigor, instalados por instaladores acreditados pela DGGE e, cumulativamente, se houver a garantia de manutenção do sistema em funcionamento eficiente durante um período mínimo de seis anos após instalação. A “contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis (Eren) (solar fotovoltaica, biomassa, eólica, geotérmica, etc.) para a preparação de AQS, bem como de quaisquer formas de recuperação de calor de equipamentos ou de fluidos residuais, deverá ser calculada com Mestrado em engenharia civil 33 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis base num método devidamente justificado e reconhecido, e aceite pela entidade licenciadora” (Diário da República, 2006). 3.1.4. Necessidades Globais de energia primária De modo a obter uma classificação energética da fração autónoma ou do edifício, torna-se imprescindível agrupar as necessidades de energia envolvidas para conforto térmico dos utilizadores. A (Equação 26) estabelece um máximo de consumo de quilogramas equivalentes de petróleo por m2, por ano de utilização. ( ) ( ) [ ] Em que: Ni - Necessidades máximas de energia útil para aquecimento; Nv - Necessidades máximas de energia útil para arrefecimento; Na - Necessidades máximas de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias. O RCCTE recomenda o uso de resistência elétrica para aquecimento e máquina frigorífica (ciclo de compressão) para arrefecimento, quando um edifício não tiver previsto, especificamente, um sistema de aquecimento ou de arrefecimento ambiente. O valor das necessidades globais de energia primária (Ntc) é obtido através da (Equação 27). ( ) ( ) [ ] Em que: Nic - Necessidades nominais de energia útil para aquecimento; ηi - Eficiência nominal do sistema de aquecimento; Fpui - Fator de conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep) na estação de aquecimento; Nvc - Necessidades nominais de energia útil para arrefecimento; ηv - Eficiência nominal do sistema de arrefecimento; Mestrado em engenharia civil 34 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL Fpuv - Fator de conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep) na estação de arrefecimento; Nac - Necessidades nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias; Fpua- Fator de conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep) na preparação de águas quentes sanitárias. 3.1.5. Classe energética A certificação energética é dividida em nove classes, apresentadas na Tabela 2, sendo a mais favorável A+ e a mais desfavorável G, A classificação é obtida pelo quociente entra as necessidades globais de energia primária e as necessidades globais máximas de energia. Quanto menor for o valor do quociente, menores são as necessidades de energia. Tabela 2 - Classes energéticas Classe energética R = Ntc / Nt A+ R <= 0.25 A 0.25 < R <= 0.5 B 0.5 < R <= 0.75 B- 0.75 < R <= 1.00 C 1.00 < R <= 1.50 D 1.50 < R <= 2.00 E 2.00 < R <= 2.50 F 2.50 < R <= 3.00 G 3.00 < R 3.2. Metodologia de cálculo SbtoolPT-H A metodologia de avaliação SBToolPT-H está conciliada em três fases. Na primeira fase é quantificado o desempenho ao nível de cada indicador, na segunda fase é quantificado o desempenho ao nível das categorias, das dimensões (ambiental, social e económica) e quantificação do nível de sustentabilidade, na terceira e última fase é preenchido o Certificado de Sustentabilidade. Mestrado em engenharia civil 35 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis 3.2.1. Quantificação do desempenho ao nível de cada indicador A quantificação do desempenho ao nível do indicador compreende a etapa de quantificação dos parâmetros e normalização dos parâmetros. A quantificação dos parâmetros é necessária para comparação de soluções, agregação de indicadores e para avaliação precisa do projeto. Tabela 3 - Conversão do valor normalizado numa escala qualitativa de sustentabilidade Escala qualitativa A+ Valor normalizado ̅ >1 A B C D E A normalização é convertida numa escala qualitativa, através da Tabela 3. A normalização dos parâmetros é baseada na Equação 29, que exprime um valor comparativo da solução com os despenhos de referência (benchmarks). ̅ [ ] Em que: ̅ - É o resultado da normalização do parâmetro i, em todo o caso, de forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, o resultado da normalização do parâmetro i não pode ser inferior a -0,2 e superior a 1,2. – É o valor resultante da quantificação do parâmetro; – É o benchmark da prática convencional, valor abaixo do qual não se pode considerar um edifício sustentável. - É o benchmark da melhor prática, valor acima do qual o edifício assume a nota máxima na escala qualitativa de sustentabilidade. Mestrado em engenharia civil 36 3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL 3.2.2. Quantificação do desempenho ao nível das categorias, dimensões e quantificação do nível de sustentabilidade Para a quantificação do desempenho ao nível das categorias, dimensões e quantificação do nível de sustentabilidade, é necessário realizar a agregação dos indicadores em categorias, por sua vez em dimensão e a partir daí obtém-se o desempenho global (Nível de sustentabilidadeNS). No processo de agregação é utilizada a (Equação 30). [ ∑ ] Em que: - É o valor do macro indicador; - É o valor do indicador, categoria ou dimensão; - É o peso considerado para o indicador, categoria ou dimensão. Os pesos são divididos pelas três dimensões, dando mais importância à vertente ambiental com um peso de 40% entre os 30% da dimensão social e 30% da dimensão económica. Dentro de cada dimensão são apresentadas diferentes categorias, por sua vez divididas em parâmetros com os seus respetivos pesos pré definidos. Caso não seja considerado a totalidade dos parâmetros ou categorias, na avaliação da sustentabilidade, os pesos em falta serão redistribuídos pelos restantes parâmetros ou categorias. A redistribuição resulta da (Equação 31). [ ∑ ] Em que: Pr - É o peso do parâmetro/categoria i redistribuído; Pb - É o peso do parâmetro/categoria i pré estabelecido pelo SBTool; Pnc - É o peso do parâmetro/categoria i não considerado. Mestrado em engenharia civil 37 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis 3.2.3. Certificado de sustentabilidade O certificado de sustentabilidade é composto por três campos. O primeiro campo tem como objetivo a identificação do edifício a que pertence o certificado, o segundo campo, denominado como “Etiqueta de sustentabilidade”, é apresentado o nível de sustentabilidade global assim como o seu desempenho ao nível das três dimensões, no terceiro campo, há a desagregação do desempenho por cada categoria, tendo mais perceção dos aspetos a ser melhorados. Mestrado em engenharia civil 38 4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO 4. CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO As variáveis envolvidas no cálculo energético e sustentável, presentes no capítulo anterior, são realçadas neste capítulo, com a descrição do caso de estudo, com a estruturação das soluções construtivas e caracterização dos sistemas/equipamentos. 4.1. Cooperativa de Habitação Económica “Capitães de Abril” – Viana do Castelo No estudo térmico e sustentável, serão estudados os vários edifícios abrangidos pela Cooperativa de Habitação Económica “ Capitães de Abril”. A Cooperativa projetada pelo arquiteto Couto Jorge é datada de 1984, a sua construção é orientada em duas fases, a primeira fase destinada a comércio e habitação multifamiliar, a segunda fase destinada unicamente a habitação multifamiliar. Como referência a Figura 8 destaca a localização e numeração atribuída aos edifícios. Figura 8 - Cooperativa de Habitação económica “Capitães de Abril” Viana do Castelo A primeira fase de construção, ilustrada na Figura 9, localiza-se paralelemente á rua de São vicente (N202), constituída pelos blocos 15, 16 e 17 e finalizada com o bloco 27 intitulado Mestrado em engenharia civil 39 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis como Torre, eminente na Figura 9. Os blocos 15, 16 e 17, têm como base uma cave e um résdo-chão comum, a cave destinada a garagens e o rés-do-chão a zona comercial, dai se desenvolvem três andares para cada bloco, cada andar com dois apartamentos, do lado esquerdo apartamento de tipologia T4 e do lado direito apartamentos de tipologia T3. A Torre tal como os blocos 15, 16 e 17 ostenta uma zona comercial no rés-do-chão e uma cave destinada a garagens, a partir do rés-do-chão, elevam-se dez andares destinados a habitação, cada andar com quatro apartamentos de tipologia T2 do lado direito/frente e T3 lado esquerdo/frente, esquerdo/trás e direito/trás. Figura 9 - Primeira Fase de Construção da cooperativa de habitação económica “Capitães de Abril” Viana do Castelo A segunda fase de construção destinada unicamente a blocos habitacionais multifamiliares, envolve todo o perímetro do terreno de construção, característica por blocos de quatro andares de habitação, cada andar com dois apartamentos de tipologia T3 e uma cave para garagem. Na segunda fase de construção, são apresentados três edifícios tipo, o edifício tipo 1 é representativo dos blocos 1, 2, 3, 4 e 5, ao edifício tipo 2 estão associados os blocos 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 18, 19, 20, 21, 23, 24, 25 e 26 e ao edifício tipo 3 os blocos 8 e 22. Os blocos de esquema distributivo em esquerdo/direito orientam-se mantendo um afastamento das vias de circulação ou por entre a vegetação. Na Figura 10 é revelado o estado atual dos edifícios, em particular os blocos 6, 7, 8 e 9. Mestrado em engenharia civil 40 4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO O edificado encontra-se localizado perto das amenidades com mais importância para os utilizadores, como é o caso do café, mercearia e talho. No centro sobressai um parque de lazer com vasta área verde, paralelamente aos blocos 23, 24, 25 e 26 existe um local para prática desportiva, a disponibilidade de lugares para estacionamento de viaturas não é posta em causa, o acesso a veículos de socorro está assegurado e a deslocação para o centro urbano é facilitada devido á afluência de transportes públicos. O regulamento geral das edificações urbanas (REGEU) entrou em vigor em 1951, pelo que se prevê que o edificado, datado de 1984, cumpra as regras de projeção eminentes no regulamento. Figura 10 - Segunda fase de construção da cooperativa de habitação económica “Capitães de Abril” Blocos 6, 7,8 e 9 4.2. Soluções construtivas C.H.E. ”Capitães de Abril” 4.2.1. Pilares e vigas Os elementos estruturais Pilares estão dispostos com o intuito de distribuir as cargas de forma uniforme, aduzindo dimensões semelhantes em toda a planta. Na Figura 11, são representados em tons carregados a distribuição dos pilares, em planta, do edifício tipo 1, bloco 1. Mestrado em engenharia civil 41 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Figura 11 - Planta do andar tipo do Edifício Tipo 1 Bloco 1 Os pilares de betão armado, são revestidos com argamassa e reboco tradicional. Os elementos e a sua disposição estão destacados na Figura 12. Pilar/Viga exterior/interior 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Betão armado: 27cm 3-Argamassa e reboco tradicional: 2 cm Espessura total: 31 cm Comportamento Térmico (RCCTE) U: 2.98 W/(m2.0C) Figura 12 - Elemento estrutural Pilar/Viga À semelhança dos pilares, o elemento estrutural viga apresenta na sua constituição betão armado, revestido a argamassa e reboco tradicional. A espessura da viga e dos pilares são semelhantes, revelando um acabamento sem desníveis na interseção pilar/viga. Mestrado em engenharia civil 42 4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO 4.2.2. Paredes exteriores O tipo de construção da envolvente exterior opaca é comum a todos os blocos envolvidos na Cooperativa de Habitação económica “Capitães de Abril”. No que se refere a paredes exterior, são apresentados dois tipos de paredes, a fachada revestida com argamassa e reboco tradicional, de dois panos de alvenaria, com caixa-de-ar não ventilada, compostas pelos elementos apresentados na Figura 13 e a parede divisória/ resguardo de varanda de um pano, revestida a argamassa e reboco tradicional, com os elemento explícitos na Figura 14. As paredes exteriores apenas não cumprem o ponto 5 do Artigo 740- Exigências gerais, secção II – Paredes da Proposta de alteração do REGEU em que “as paredes exteriores devem apresentar, em superfície corrente ou em zonas localizadas, suficiente isolamento térmico que evite pelo menos a ocorrência de condensações superficiais no seu paramento interior, que resulte a sua degradação ou a criação de condições deficientes de qualidade do ar interior…” Parede dupla 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Espessura total: 31 cm Comportamento Térmico (RCCTE) Figura 13 - Parede de Fachada para revestir U: 1.09 W/(m2.0C) Mestrado em engenharia civil 43 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Parede simples 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 3-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Espessura total: 15 cm Comportamento Térmico (RCCTE) U: 2.12 W/(m2.0C) Figura 14 - Parede divisória/ resguardo de Varanda 4.2.3. Paredes interiores As paredes interiores estão repartidas em, paredes divisórias de compartimentos, paredes divisórias de frações, paredes divisórias de fração com escadas/circulação comum e paredes meeiras. As quatro funcionalidades de paredes interiores são abordadas de formas distintas, na avaliação térmica da fração. Parede simples 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm 3-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Espessura total: 11 cm Comportamento Térmico (RCCTE) U: 2.22 W/(m2.0C) Figura 15 - Parede divisória de compartimentos Mestrado em engenharia civil 44 4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO As paredes divisórias de compartimentos tal como o nome indica, possuem a funcionalidade de dividir diferentes compartimentos da fração, pelo que não influenciam na avaliação térmica e não têm que satisfazer requisitos térmicos. A sua construção pode ser a mais simples possível como é o caso parede simples, revestida a argamassa e reboco tradicional, destacada na Figura 15. As paredes divisórias de frações do mesmo Bloco, fazem a separação das frações nos compartimentos de cozinha e lavandaria à exceção dos blocos 8, 22 e 27, que se desenvolvem em pano duplo, revestido a argamassa e reboco tradicional, com caixa-de-ar não ventilada, pormenorizada na Figura 16. Parede dupla 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm 3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 4- Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm 5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Espessura total: 23 cm Comportamento Térmico (RCCTE) Figura 16 - Parede divisória de frações U: 1.26 W/(m2.0C) A Parede divisória da fração com escadas/circulação comum, segue o desenvolvimento da parede de fachada, progredindo com pano duplo, revestido com argamassa e reboco tradicional, diferenciado na Figura 17. A parede que divide frações de blocos distintos, de cognome parede meeira tem a mesma constituição da parede de facha, identificada pelo pano duplo, revestido a argamassa e reboco tradicional, com caixa-de-ar não ventilada. Na Figura 18 é detalhada a constituição e características da parede meeira. Mestrado em engenharia civil 45 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Parede dupla 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Espessura total: 31 cm Comportamento Térmico (RCCTE) Figura 17 - Parede divisória de frações com U: 0.99 W/(m2.0C) escadas/circulação comum Parede dupla 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Espessura total: 31 cm Comportamento Térmico (RCCTE) Figura 18 - Parede meeira U: 0.99 W/(m2.0C) Mestrado em engenharia civil 46 4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO Figura 19 - Vista 3D Cypeterm Bloco 1,2,3,4 e 5 A Figura 19 dá a entender a distribuição das paredes interiores, representadas a cor cinza e paredes exteriores, a cor castanha. 4.2.4. Lajes Nos edifícios da C.H.E “Capitães de abril”, entre pisos, estão aplicadas lajes aligeiradas de betão armado, horizontal, altura 25cm (21+4), realizado em betão, sobre cofragem parcial, vigota pré-esforçada de secção em "T" invertido, abobadilha de betão, 40x21x20 cm, malha eletrosoldada em camada de compressão, com comportamento térmico indicado na Figura 20. Laje aligeirada 1- Laje aligeirada 21+4 cm (abobadilha de betão): 25cm Figura 20 - Laje entre piso Espessura total: 25 cm A laje térrea é construída em betão armado, para suportar as cargas totais do bloco. Na Figura 21 é detalhada a informação relativa ao elemento construtivo. Mestrado em engenharia civil 47 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Laje de fundação 1-Betão armado: 20cm Espessura total: 20 cm Figura 21 - Laje de fundação A laje de cobertura tem como base, uma laje aligeirada com uma constituição semelhante à laje entre pisos. Na laje de cobertura prevalece ainda um elemento impermeável à água, sendo aplicado neste caso uma camada de asfalto puro, mencionado na Figura 22. Laje aligeirada 1-Asfalto Puro: 1cm 2-Laje aligeirada 21+4 cm (abobadilha de betão): 25cm Espessura total: 26 cm Comportamento Térmico (RCCTE) Figura 22 - Laje de Cobertura plana acessível U arrefecimento: 2.42 W/(m2.0C) U aquecimento: 2.90 W/(m2.0C) A laje de varanda ou mais específico, designada em estruturas de betão armado, laje em consola, apresenta os momentos máximos positivos na ligação ao apoio ou laje adjacente, deste modo como as lajes entre piso são dimensionadas para momentos negativos, tornou-se necessário recorrer outro tipo de laje para colmatar a transição de momentos, selecionando o projetista a laje esquematizada na Figura 23. Laje maciça 1-Laje maciça 20 cm: 20cm Espessura total: 20 cm Figura 23 - Laje de varanda Mestrado em engenharia civil 48 4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO A disposição das lajes, é exemplificada através da vista 3D da Figura 24, dos blocos 6, 7 e 9, onde é possível observar, a cor mais escura, a laje de cobertura e laje de varanda e, a cor mais clara, as lajes entre pisos e a laje de fundação. Figura 24 - Vista 3D Cypeterm Bloco 6,7 e 9 4.2.5. Envidraçados e caixilharias Os vãos envidraçados, geralmente estão associadas às maiores perdas e ganhos de energia, devido principalmente à elevada transmitância térmica do vidro. Na construção da cooperativa de habitação económica “capitães de abril ” - Viana do Castelo, está aplicado vidro simples de 4mm com um fator solar (FS) 0,88, com caixilharia de alumínio, anodizado natural, formada por uma folha, com caixa de estore incorporada (monobloco), estore de lâminas de PVC, percentagem de superfície opaca 30%, sem classe de caixilharia, ângulo de sombreamento 450, considerando cortinas no inverno, fator solar da caixilharia 0,05 correspondendo a um fator solar da janela de 0,63. O coeficiente de transmissão térmica varia de 5,0W/(m2.0C) para janelas de WC com vidro simples, janela giratória com dispositivo de oclusão noturna cortina opaca, 6,0W/(m2.0C) para janelas que estabelecem ligação a escadas, circulação comum e garagens, vidro simples, janela fixa e 5,2 W/(m2.0C) para as restantes janelas das frações, vidro simples, janela de correr, com dispositivo de oclusão noturna e cortina opaca. Na Figura 25 confirma-se o uso de cortinas opacas. Mestrado em engenharia civil 49 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Figura 25 - Fachada Bloco 13 4.2.6. Compartimentos A cozinha, a lavandaria, os corredores, os WCs, os quartos e a varanda, são os compartimentos pertencentes a cada fração variando o número de quartos e de WCs consoante a tipologia da fração. O revestimento de teto emboço de gesso aplicado diretamente na laje, é compatível com todos os compartimentos das frações em estudo O revestimento característico das paredes, reboco liso com acabamento lavado de argamassa de cal, é aplicado a todos os compartimentos das frações, à exceção dos compartimentos mais suscitáveis a cargas de vapor e condensações, como é o caso dos WCs e cozinhas, preferindo assim ladrilhamento com ladrilhos cerâmicos, colados com cimento cola normal. O revestimento de pavimento à semelhança do revestimento das paredes difere para os compartimentos cozinha e WCs. Para os compartimentos cozinha e WCs o revestimento de pavimento, apresenta maior resistência e impermeabilidade. Com a presença de gorduras nos compartimentos cozinha, é importante que a superfície do pavimento seja antiaderente para facilitar a lavagem. Nos restantes compartimentos, o revestimento soalho de tábuas de madeira maciça, colocado sobre ripas de madeira, fixas mecanicamente ao suporte, delineado na Figura 26, assume uma estética mais agradável, assim como evidencia melhores condições térmicas e acústicas. Mestrado em engenharia civil 50 4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO A altura entre a primeira camada do pavimento e a segunda camada do revestimento teto, é designada como pé direito. A secção I – Disposições gerais, Artigo 220 – Pé direito, ponto 1 da Proposta de alteração do REGEU, menciona que “nos espaços destinados a habitação, o pé-direito mínimo é de 2,60 m, dimensão de pode baixar até 2,30m nos vestíbulos, corredores, instalações sanitárias e arrumos. O pé direito médio ponderado dos compartimentos, assume o valor de 2.69m, este valor está 9cm acima da proposta de alteração do REGEU. Como o volume das frações pode ser reduzido, a energia para manter a fração dentro das temperaturas de conforto será minimizada. Camadas 1 - Soalho de tábuas de madeira maciça:1.8 cm 2 - Base de gravilha de britagem:2 cm 3 - Laje aligeirada 21+4 cm:25 cm 4 - Emboço de gesso:1.5 cm 5 - Pintura plástica: --- Figura 26 - Laje entre pisos evidenciando o revestimento de pavimento, soalho de tabuas Espessura total: 30.3 cm de madeira maciça. Comportamento Térmico (RCCTE) U arrefecimento: 1.65 W/(m²·°C) U aquecimento: 1.34 W/(m²·°C 4.2.7. Dados dos sistemas Num edifício com cerca de 30 anos, sem qualquer tipo de reabilitação, não é comum a presença de sistemas de aquecimento nem de arrefecimento, pelo que, o RCCTE, recomenda o uso de resistência elétrica para aquecimento e máquina frigorifica (ciclo de compressão) para arrefecimento, como valores de referência, quando não haja informação ou não esteja instalado nenhum sistema de aquecimento e/ou arrefecimento. A ventilação das frações é efetuada naturalmente, não havendo controlo dos caudais insuflados e extraídos, as Mestrado em engenharia civil 51 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis caixilharias não se apresentam classificadas, prevendo grandes perdas devido à ventilação natural. Para preparação da água quente sanitária das frações, recorre-se a um esquentador a gás com uma eficiência nominal de 0.5. As frações não apresentam qualquer sistema solar ou outro sistema de energia renovável, para produção de água quente sanitária. 4.2.8. Nomenclatura das frações A nomenclatura das frações autónomas está dividida em piso, lado e bloco. O piso é definido como rés-do-chão r/c, 1º, 2º e 3º, o lado está discriminado entre esquerdo, esq, direito, drt, conforme a localização tendo como referencia a porta de acesso às escadas de circulação comum e os blocos divididos em 1,2,…26. No bloco 27 por andar existem quatro frações autónomas. A nomenclatura é dividida em piso, lado, posição e bloco. O piso é definido como 1º,2º,3º,4º,..10º, o lado tal como os restantes blocos está discriminado em direito, drt, ou esquerdo, esq, a posição é dividida entre frente, Frt, e trás, Tr, o bloco assume o número 27. A posição e o lado têm como referência a porta de acesso às escadas de circulação comum. Com a localização de frente para a porta de acesso, o lado esquerdo corresponde ao lado esquerdo da porta e o direito ao lado direito da porta, a frente às frações autónomas mais próximas da porta e trás às frações posteriores às de frente. Mestrado em engenharia civil 52 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” As variáveis traduzidas no capitulo 4, para cálculo das necessidades energéticas, são invocações para este capítulo com o objetivo de classificar energeticamente os edifícios existentes. Neste capítulo, tendo em conta as soluções construtivas de fraco desempenho energético, são propostas medidas de reabilitação para diminuir as necessidades energéticas. As propostas de melhoria dividem-se em medidas de reabilitação da envolvente exterior e medidas de reabilitação de sistemas/equipamentos. As medidas de reabilitação numa primeira fase são aplicadas ao edifício tipo 2 Bloco 6, na medida em que apresenta as características térmicas mais desfavoráveis do tipo de edifício com mais incidência, na cooperativa. As soluções de intervenção são posteriormente aplicadas aos restantes edifícios, para investigação dos aspetos prioritários de intervenção, assimilação do impacto da reabilitação na globalidade dos edifícios da cooperativa e de que modo é possível alcançar a meta de edifícios com necessidades quase nulas de energia, contribuindo assim para edifícios sustentáveis. Finalizando o do capítulo, é confrontada a sustentabilidade dos edifícios existentes, com a sustentabilidade da proposta de reabilitação total dos edifícios. 5.1. Avaliação Térmica do Edifícios Tipo 1 (Blocos 1,2,3,4 e 5) 5.1.1. Necessidade nominais de energia útil para de aquecimento do Edifício tipo 1 Como as soluções construtivas não são dotadas de qualquer tipo de isolamento térmico, é de esperar grandes trocas de energia entre o interior e o exterior, pelo que se traduz na Figura 27 numa grande discrepância entre as necessidades nominais de aquecimento (Nic) das frações autónomas existentes e o valor máximo regulamentar (Ni) estabelecido para edifícios novos. Mestrado em engenharia civil 53 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Necessidade de aquecimento kWh/m².ano 250 200 150 100 50 Nic 0 Ni Figura 27 - Necessidade de aquecimento nos Blocos 1,2,3,4 e 5 A diferença percentual entre o valor máximo regulamentar (Ni) instituído para edifícios novos e o valor das necessidades nominais de aquecimento (Nic) das frações autónomas existentes, é mais acentuada nas frações autónomas do último piso, chegando no apartamento 3º esq B5 aos 135.6%, resultante do aumento das perdas pela envolvente exterior, nomeadamente pelo acréscimos de perdas pela cobertura exterior, caso não aplicável às frações autónomas de 1º e 2º piso, sendo a maior diferença percentual, 63,9%, nos apartamentos 1º e 2º esq do Bloco 5. No piso rés-do-chão, em comparação aos pisos 1º e 2º as perdas térmicas associadas à envolvente interior, agravam devido à presença de pavimentos sobre espaços não úteis, de modo que, a diferença percentual entre o valor máximo regulamentar (Ni) e o valor das necessidades nominais de aquecimentos (Nic), ascenda para os 90% no apartamento r/c esq B5. Tabela 4 - Comparação das necessidades médias nominais de energia útil de aquecimento, para os diferentes pisos Média de Nic (kWh/m2.ano) % Apartamentos de r/c 152.084 37.43 Apartamentos 1º e 2º pisos 110.663 Referência Apartamentos 3º piso 208.12 88.07 Entre os diferentes pisos há grandes discrepâncias nas necessidades nominais de energia útil de aquecimento. A Tabela 4 estabelece a comparação das necessidades médias nominais de energia útil de aquecimento dos Blocos 1,2,3,4 e 5, para os diferentes pisos. Assumindo como referência os apartamentos dos pisos intermédios, os apartamentos de último piso apresentam uma diferença percentual nas necessidades de aquecimento de 88,07%. Nos apartamentos de rés-do-chão, a diferença percentual não é tão elevada, mas ainda assim a diferença chega aos Mestrado em engenharia civil 54 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 37,43%. Estas diferenças estão associadas ao aumento das perdas pela envolvente exterior no caso dos apartamentos de último piso e ao aumento das perdas pela envolvente interior nos apartamentos de rés-do-chão. Com o intuito de perceber, onde se dissipa a energia de aquecimento as Figura 28, Figura 29 e Figura 30, estabelecem as médias por piso dos blocos 1,2,3,4 e 5, das perdas pela envolvente exterior, das perdas pela envolvente interior, das perdas pelos vãos envidraçados e das perdas pela renovação de ar. Nos pisos intermédios as maiores perdas resultam das trocas de energia, do interior com o exterior, pela envolvente exterior. Os vãos envidraçados, de vidro simples com caixilharia de alumínio, ostentam um elevado coeficiente de transmissão térmica, o que traduz em elevadas perdas, na ordem dos 74,09W/0C, para os diferentes pisos. Perdas térmicas pisos intermédios Perdas térmicas (W/⁰C) 103.42 74.09 76.15 Vãos envidraçados Renovação de ar 12.52 Envolvente exterior Envolvente interior Figura 28 - Perdas térmicas médias nos pisos intermédios dos blocos 1,2,3,4 e 5 A renovação do ar é feita naturalmente por diferenças de pressão entre o interior e o exterior. A renovação de ar, resultado da classe de exposição 2, das caixilharias não classificadas, das portas exteriores não vedadas, da área dos envidraçados, superior a 15% da área útil de pavimento, da inexistência, de aberturas não reguladas e caixa de estores, exibe uma taxa de renovação de ar nominal de 1,05, quando o limite mínimo, para boa qualidade do ar interior, é de 0,6. O excesso da taxa nominal de renovações de ar leva ao aumento das perdas. A troca de ar do interior com o exterior, reduz a temperatura interior da fração autónoma, sendo necessário mais energia para manter a fração autónoma à temperatura de referência de 200C, por este motivo são utilizados recuperadores de calor. Mestrado em engenharia civil 55 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Perdas térmicas r/c Perdas térmicas (W/⁰C) 104.04 Envolvente exterior 89.42 Envolvente interior 74.09 76.15 Vãos envidraçados Renovação de ar Figura 29 - Perdas térmicas médias no rés-do-chão dos blocos 1,2,3,4 e 5 As perdas térmicas pela envolvente interior, para os apartamentos de rés-do-chão, aumentam em 614,39%, quando comparadas às perdas pela envolvente interior das frações de pisos intermédios. Perdas térmicas último piso Perdas térmicas (W/⁰C) 285.74 74.09 76.16 Vãos envidraçados Renovação de ar 12.52 Envolvente exterior Envolvente interior Figura 30 - Perdas térmicas médias no último piso dos blocos 1,2,3,4 e 5 Comparativamente ao piso intermédios, nos apartamentos do último piso as perdas pela envolvente exterior, representadas na Figura 30, aumentam 174%, consequência da introdução de perdas pela cobertura exterior. 5.1.2. Necessidade nominais de energia útil para arrefecimento Ao contrário das necessidades nominais de aquecimento (Nic) as necessidades nominais de energia útil para arrefecimento (Nvc) das frações autónomas existentes, apresentadas na Figura 31, estão muito longe de atingir as necessidades nominais de arrefecimento máximas regulamentares (Nv) estabelecidas para edifícios novos. No cálculo das necessidades nominais de energia útil de arrefecimento, torna-se importante reduzir os ganhos solares pelos envidraçados exteriores e se possível minimizar os ganhos pela envolvente opaca, já que os ganhos internos assumem um valor constante. Mestrado em engenharia civil 56 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Analisando a (Equação 15) e a (Equação 16), minimizando os ganhos e aumentando as perdas o valor, das necessidades nominais de energia útil para arrefecimento, baixa. Dada a discrepância entre os valores das necessidades nominais de energia útil de aquecimento (Nic) e de arrefecimento (Nvc) o aumento das perdas não corresponderá à diminuição das necessidades globais de energia primária (Ntc). kWh/m².ano Necessidade de arrefecimento 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Nvc Nv Figura 31 - Necessidades de arrefecimento nos Blocos 1,2,3,4 e 5 Os ganhos na estação de arrefecimentos, da Figura 32 e da Figura 33, para o piso de rés-dochão e para os pisos intermédios variam ligeiramente, resultado da mínima variação nos ganhos solares pelos envidraçados exteriores. Ganhos na estação de arrefecimento r/c Ganhos na estação de arrefecimento (kWh) 2069.35 923.9 652.2 Ganhos solares pelos envidraçados exteriores 493.25 Ganhos solares pela envolvente opaca Ganhos internos Ganhos térmicos totais Figura 32 - Ganhos médios na estação de arrefecimento no rés-do-chão do bloco 1 Mestrado em engenharia civil 57 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Ganhos na estação de arrefecimento 1º e 2º pisos Ganhos na estação de arrefecimento (kWh) 2072.35 923.9 655.2 Ganhos solares pelos envidraçados exteriores 493.25 Ganhos solares pela envolvente opaca Ganhos internos Ganhos térmicos totais Figura 33 - Ganhos médios na estação de arrefecimento nos pisos intermédios do bloco 1 Os ganhos internos chegam aos 44,64% dos ganhos totais na estação de arrefecimento para os apartamentos de rés-do-chão e de pisos intermédios. Na Figura 34, relativa aos apartamentos de último piso, pelo aumento da envolvente exterior, é possível notar uma grande disparidade nos ganhos solares pela envolvente opaca em comparação com os apartamentos de pisos inferiores. Para manter os apartamentos de último piso à temperatura de referência de 250C, nos meses de arrefecimento, junho, julho, agosto e setembro, é necessário abdicar de mais energia do que nos apartamentos de piso inferior. Ganhos na estação de arrefecimento último piso Ganhos na estação de arrefecimento (kWh) 4745.17 3166.07 923.9 655.2 Ganhos solares pelos envidraçados exteriores Ganhos solares pela envolvente opaca Ganhos internos Ganhos térmicos totais Figura 34 - Ganhos médios na estação de arrefecimento no último piso do bloco 1 Mestrado em engenharia civil 58 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 5.1.3. Necessidade nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias Para o cálculo das necessidades de preparação de águas quentes sanitárias, assume-se como equipamento, um esquentador a gás com um rendimento nominal de referência de 50%. Não há qualquer tipo de contribuição de sistemas solares (Esolar) ou qualquer outro tipo de sistema de energias renováveis (Eren), para preparação de água quentes sanitárias. O consumo médio diário de água quente é estabelecido em 40 litros a 600C por dia por pessoa nominal, T0=2 e Tn=n+1 pessoas. Como as frações são destinadas a residências, o equipamento, esquentador a gás, é utilizado na totalidade dos dias (365 dias/ano). As necessidades nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias (Nac) das frações existentes, consignadas na Figura 35, estão acima dos valores máximos regulamentares (Na) estabelecidos para edifícios novos, com uma diferença percentual média de 29,22%. kWh/m².ano Necessidade de energia para preparação de AQS 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Nac Na Figura 35 - Necessidade de energia para preparação de AQS nos blocos 1, 2, 3, 4 e 5. 5.1.4. Necessidades globais de energia Os edifícios não são providos de qualquer tipo de sistemas de aquecimento e arrefecimento. Para o cálculo das necessidades globais de energia primária, são utilizados sistemas de referência, resistência elétrica para aquecimento, com uma eficiência nominal (EER) 100% e máquina frigorífica (ciclo de compressão) com eficiência nominal (COP) 300%. O Fator de conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep), dos sistemas de aquecimento e arrefecimento, assume o valor de 0,290. Mestrado em engenharia civil 59 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis kgep/m².ano Necessidade globais de energia 14 12 10 8 6 4 2 0 Ntc Nt Figura 36 - Necessidades globais de energia primária Blocos 1,2,3,4 e 5 As necessidades globais de energia primária (Ntc) das frações autónomas existentes, transpõem os valores máximos regulamentares (Nt) estabelecidos para edifícios novos, apresentados na Figura 36. Através da média dos valores das necessidades globais de energia primária para os diferentes pisos, a diferença percentual entre o valor das necessidades globais de energia primária das frações autónomas existentes e o valor máximo regulamentar estabelecidos para edifícios novos, alcança os 40,88% para os apartamentos do últimos piso, a partir dai as diferenças percentuais decrescem para 23,43% nos aparamentos de rés-do-chão e 11.00% para os apartamentos de piso intermédio. A Tabela 5 estabelece comparações entre das necessidades globais de energia primária para os diferentes pisos, assumindo como referência os pisos intermédios. As necessidades globais de energia primária aumentam 28,90% nos apartamentos de último piso e 12,16% nos apartamentos de rés-do-chão Tabela 5 - Comparação das necessidades médias globais de energia primária Média de Ntc (kgep/m2.ano) % Apartamentos de r/c 11.072 12.16 Apartamentos intermédios 9.872 Referência Apartamentos de último piso 12.725 28.90 Apesar das diferenças percentuais das necessidades globais de energia, a classe energética é igual para todos os apartamentos dos Blocos 1, 2, 3, 4 e 5. Do ponto de vista comercial tornase favorável classificar os edifícios de último piso e de rés-do-chão de igual modo que os pisos intermédios. O intervalo de valores da classe C é abrangido entre R=1,00 e R=1,50, não sendo dividida a classe C em C+ e C –, dá a entender que as frações autónomas apresentam as Mestrado em engenharia civil 60 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” mesmas necessidade globais de energia primária, já nas classes antecessoras, B e A mesmo não acontece. 5.2. Soluções de reabilitação - Envolvente das frações autónomas As trocas de energia do interior com o exterior são o fator principal para o aumento das necessidades globais de energia primária. A enorme diferença nas necessidades de energia útil, para aquecimento e para arrefecimento, implica uma reabilitação da envolvente com o intuito de minimizar as perdas pela envolvente exterior, envolvente interior e pelos envidraçados. A reabilitação da envolvente exterior e interior, terá de incidir em soluções que minorem o coeficiente de transmissão térmica e o coeficiente de transmissão térmica linear, respeitando os valores máximos regulamentares. Para colmatar a disparidades, nas necessidades nominais de energia útil para aquecimento, nos pisos de rés-do-chão, torna-se importante reabilitar o pavimento em contacto com espaços não úteis, solucionando opções que reduzam o coeficiente de transmissão térmica. Os vãos envidraçados influenciam as perdas pela renovação de ar consoante a classificação da caixilharia, a existência de caixa de estores, a área dos envidraçados em relação à área útil de pavimento. A reabilitação terá de ter em conta os fatores que influenciam as perdas pela renovação de ar e as perdas térmicas pelos vãos envidraçados. O aumento da classificação das caixilharias, a diminuição da área dos envidraçados para uma área inferior a 15% da área útil de pavimento, a vedação das portas, a inclusão de vidro duplo com emissividade, fator solar e respetivo coeficiente de transmissão térmica reduzidos, serão fatores conjugados para diminuir as perdas pela renovação de ar e pelos vãos envidraçados. 5.2.1. Solução de reabilitação - Paredes de fachada Na reabilitação das paredes de fachada são estudadas quatro soluções, duas soluções de reabilitação com isolamento pelo interior e duas soluções de isolamento pelo exterior, com o mesmo tipo de isolamento térmico e espessura à exceção da quarta solução que exige um isolamento com melhores propriedades mecânicas. Mestrado em engenharia civil 61 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis O isolamento térmico, lã mineral é aplicado com o intuito de diminuir o impacte ambiental das soluções, quando comparado com outros tipos de isolamento. A primeira solução, fachada para revestir com argamassa e reboco tradicional, de alvenaria, com revestimento interior autoportante, esquematizada na Figura 37, tem como principais vantagens, o coeficiente de transmissão térmica reduzido, acabamento perfeito, a facilidade e rapidez de aplicação e a possibilidade de aparecimento de manchas de humidade nula, derivado da separação de 1,8 cm entre a argamassa e reboco tradicional e o isolamento térmico. A principal desvantagem está aliada à redução da área útil de pavimento, que trará como inferência a diminuição do valor comercial do apartamento. Parede dupla 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado ( 11 cm): 11cm 3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 6-separação:1.8cm 7-Painel de Lã: 4cm 8- Placa de gesso laminado:1.25 cm Espessura total: 38 cm Figura 37 - Fachada para revestir com argamassa e reboco tradicional, de alvenaria, com Comportamento Térmico (RCCTE) U: 0.48 W/(m2.0C) revestimento interior autoportante A segunda solução, fachada para revestir com argamassa e reboco tradicional, de alvenaria, com revestimento interior direto, com os elementos construtivos detalhados na Figura 38, difere da primeira solução na separação entre a argamassa e reboco tradicional do isolamento térmico. A ausência de separação diminui a espessura da parede em 2cm. Dentro das duas soluções de reabilitação da fachada pelo interior a diferença entre o coeficiente de transmissão térmica é 2% desfavorável na segunda solução. Mestrado em engenharia civil 62 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” A reabilitação pelo interior implica a desocupação das frações autónomas para aplicação dos materiais, causando transtorno às famílias e a correção das pontes térmicas lineares é de difícil execução. Parede dupla 1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm 5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 6-Painel de lã: 4cm 7-Placa de gesso laminado: 1cm Espessura total: 36 cm Comportamento Térmico (RCCTE) Figura 38 - Fachada para revestir com argamassa U: 0.49 W/(m2.0C) e reboco tradicional, de alvenaria, com revestimento interior direto A terceira solução fachada ventilada, com os elementos construtivos citados na Figura 39, é um método de acabamento exterior mediante a suspensão de placas ou elementos leves que permitem a disposição de uma caixa-de-ar ventilada entre o isolamento e o elemento de acabamento exterior. Pela facilidade de instalação é adequado para reabilitação de edifícios, melhorando o aspeto da fachada e o isolamento sem necessidade de diminuir a área útil de pavimento. O sistema construtivo, com isolamento térmico exterior e caixa-de-ar ventilada, tem como vantagens, a melhoraria do comportamento térmico da fachada ao reduzir as pontes térmicas, evitar o sobreaquecimento ao atuar a ventilação como sistema de refrigeração, evitar o risco de formação de condensações ao manter todo o acabamento a temperaturas superiores às do orvalho, consequentemente que o edifício transpire evacuando o possível vapor de água, melhoria da durabilidade do edifício ao reduzir a sua oscilação térmica. Mestrado em engenharia civil 63 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis A aplicação do sistema de fachada ventilada ao contrário da primeira e segunda solução, não implica a desocupação das frações. Parede dupla 1-Revestimento de pacas de grés: 0.82cm 2-Caixa de ar fortemente ventilada:5cm 3-Lã mineral: 4cm 4-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 5-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm 6-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 7- Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm 8-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Espessura total: 40.8 cm Comportamento Térmico (RCCTE) Figura 39 - Fachada ventilada U: 0.46 W/(m2.0C) A quarta solução, fachada de dois panos com isolamento pelo exterior (sistema ETICS), com os elementos construtivos destacados na Figura 40, é composta por uma série de elementos selecionados para que após a sua instalação proporcionem uma perfeita conjunção de camadas, desde o suporte até ao acabamento. Como vantagens do sistema há a referir o isolamento térmico contínuo e eficaz com espessuras de parede reduzidas, inclui o revestimento exterior, permite ótimos níveis de isolamento térmico dos paramentos dos edifícios, protege o edifício das intempéries, fissurações, condensações, infiltrações, variações térmicas, maximiza a inércia térmica do edifício proporcionando um melhor conforto térmico e a aplicação não interfere com o interior do edifício. O sistema é impermeável à água em estado líquido, mas permite a passagem de vapor de água, facilitando a saída da humidade acumulada no interior. O sistema ETICS pode ser aplicado em qualquer construção, nova ou existente. Mestrado em engenharia civil 64 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Parede dupla 1-argamassa decorativa: 0.26cm 2- Argamassa de base: 0.4cm 3-Argamassa de base:0.4cm 4-Painel rígido de poliestireno expandido:4cm 5-Argamassa base: 0.4cm 6-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm 7-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm 8-Caixa de ar não ventilada: 5 cm 9- Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm 10-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm Figura 40 - Fachada de dois panos com Espessura total: 36.5 cm isolamento pelo exterior, sistema ETICS Comportamento Térmico (RCCTE) U: 0.52 W/(m2.0C) No cálculo do coeficiente de transmissão térmica linear é necessário ter em conta a localização do isolamento térmico. Com a consulta das diferentes tabelas de atribuição do coeficiente de transmissão térmica linear, para as diferentes situações de pontes térmicas lineares (RCCTE Tabela IV 3) é possível fazer uma comparação para os dois tipos de posicionamento do isolamento, isolamento pelo interior e exterior. Com os valores dos coeficientes de transmissão térmica linear, apresentados na Tabela 6, comprova-se que o isolamento pelo exterior traz mais vantagens do que o isolamento pelo interior. A solução a ser adotada na reabilitação, associada ao seu coeficiente de transmissão térmica baixo, coeficiente de absorção (α) nulo, coeficientes de transmissão térmica linear minimalistas, entre outro fatores que não entram no cálculo das necessidades de energia, é a terceira solução, fachada ventilada. Mestrado em engenharia civil 65 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tabela 6 - Coeficiente de transmissão térmica linear, ψ, para isolamento pelo interior e isolamento pelo exterior Isolamento pelo interior ψ- Isolamento pelo exterior ψ- W/m.ºC W/m.ºC Não aplicável Não aplicável 0.75 0.50 0.70 0.20 0.85 0.50 E)Ligação de fachada com varanda 0.80 0.80 F)Ligação entre duas paredes verticais 0.25 0.15 G)Ligação de fachada com caixa de estores 0.00 0.00 H)Ligação de fachada/padieira ombreira ou 0.00 0.00 A)Ligação de fachada com pavimentos térreos B)Ligação de fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos C)Ligação de fachada com pavimentos intermédios D)Ligação de fachada com cobertura inclinada ou terraço peitoril A solução fachada ventilada com isolamento térmico lã de rocha com 4cm de espessura é estudada para os edifícios Tipo 2 e posteriormente aplicada aos restantes edifícios. 5.2.1.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Fachada ventilada A avaliação energética das soluções de melhoria, é estudada para o tipo de edifícios com mais incidência na cooperativa de habitação económica “Capitães de Abril”. O pré estudo das soluções de intervenção no edifício tipo 2 bloco 6, trará conclusões premeditadas, que poderão ser empregues nos restantes edifícios. Com a redução do coeficiente de transmissão térmica, em particular pela introdução de 4cm de lã mineral, e pela redução dos valores do coeficiente de transmissão térmica linear, sinónimo do isolamento pelo exterior, as necessidades nominais de energia útil para aquecimento, reduzem 27,52% nas frações autónomas de pisos intermédios, 17,86% nas frações de rés-do-chão e 11,45% nas frações de último piso. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 41. Mestrado em engenharia civil 66 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Necessidades de aquecimento Nic (kWh/m².ano) Melhoria % 207.22 142.14 183.49 148.90 116.75 123.60 97.34 70.55 27.52 17.86 Média referência r/c Média r/c isolamento 4cm Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios isolamento 4cm 11.45 Média referência último piso Média último Média total de piso referência isolamento 4cm 18.94 Média total isolamento 4cm Figura 41 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de reabilitação das fachadas As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da proposta de reabilitação indicados na Figura 42, dependem dos ganhos totais brutos, do fator de utilização dos ganhos solares e da área útil do pavimento. Como as propostas de reabilitação não interferem no interior das paredes dos apartamentos, a área útil de pavimento é constante na solução base e nas propostas de reabilitação. As variáveis que influenciam a alteração das necessidades de arrefecimentos são nomeadamente, os ganhos brutos e o fator de utilização dos ganhos. Como a radiação solar não incide diretamente no primeiro pano da fachada, pela imposição da fachada ventilada, os ganhos pela envolvente opaca são nulos na proposta de melhoria. O rácio entre ganhos térmicos totais e perdas térmicas totais influenciam na obtenção do fator de utilização dos ganhos solares. Quanto maior for o rácio, menores são as necessidades de energia para arrefecimento. A proposta de melhoria não só reduz os ganhos térmicos como também reduz as perdas. As necessidades de energia para arrefecimento decaíram 23,65% nos apartamentos de rés-do chão e de pisos intermédios. Nos apartamentos de último piso, as perdas são maiores resultando no rácio entre ganhos e perdas superior ao dos restantes pisos. A melhoria das necessidades de arrefecimento do último piso é de 2,85%. Mestrado em engenharia civil 67 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Necessidades de arrefecimento Nvc (kWh/m².ano) 23.65 23.65 Melhoria % 16.72 4.38 0.74 0.74 0.57 4.26 0.57 Média Média r/c Média Média pisos referência r/c isolamento 4cm referência pisos intermédios intermédios isolamento 4cm Média referência último piso 2.85 1.95 1.80 Média último Média total de Média total piso isolamento referência isolamento 4cm 4cm Figura 42 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de reabilitação das fachadas A reabilitação da fachada não provoca alterações na área útil de pavimento nem na eficiência nominal do sistema de preparação de AQS. As necessidades de energia útil para preparação de AQS, são iguais para a solução base e para a proposta de reabilitação. As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas necessidades de arrefecimento e de aquecimento, beneficiam as necessidades globais de energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 8,65% nos apartamentos de pisos intermédios, 7,16% nos apartamentos de rés-do-chão e 5,55% nos apartamentos de último piso. Na Figura 43 são comparados os valores das necessidades globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas melhorias. Necessidades Globais de energia Ntc (kgep/m².ano) Melhoria % 12.17 10.26 9.52 8.96 8.19 7.16 11.50 10.46 8.65 5.55 Média referência r/c Média r/c isolamento 4cm Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios isolamento 4cm Média referência último piso Média último Média total de piso referência isolamento 4cm 9.74 7.12 Média total isolamento 4cm Figura 43 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de reabilitação das fachadas Mestrado em engenharia civil 68 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 7. Tabela 7 - Resumo da percentagem de melhoria – Fachada ventilada Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) Apartamentos r/c, fachada ventilada 17.86 23.65 0.00 7.16 Apartamentos pisos intermédios, 27.52 23.65 0.00 8.65 11.45 2.85 0.00 5.55 18.94 16.72 0.00 7.12 fachada ventilada Apartamentos último piso, fachada ventilada Média Com a introdução de fachada ventilada no edifício, a classe energética, destacada na Tabela 8, apenas é alterada nas frações autónomas dos pisos intermédios, passando da classe C para a classe B-. As frações autónomas de rés-do-chão e de último piso, apesar de se obter melhorias significativas no consumo de energia, permanecem na mesma classe da solução base. Tabela 8 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação das fachadas Fração autónoma Ntc Nt kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 9.4 Apartamento r/c drtº B6 R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA 8.26 1.14 C 9.65 8.37 1.15 C Apartamento 1º esqº B6 8.07 8.22 0.98 B- Apartamento 1º drtº B6 8.30 8.30 1.00 B- Apartamento 2º esqº B6 8.07 8.22 0.98 B- Apartamento 2º drtº B6 8.30 8.30 1.00 B- Apartamento 3º esqº B6 11.37 8.33 1.36 C Apartamento 3º drtº B6 11.62 8.44 1.38 C Mestrado em engenharia civil 69 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis 5.2.2. Solução de reabilitação - Revestimento de teto O Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes (CSOPT), submissão para a revisão do RGEU, estabelece limites mínimos para altura do pé direito. A Portaria n.º 62/2003 de 16 de Janeiro, Despacho n.º 5493/2003 de 27 de Fevereiro, Secção I – Disposições gerais, Artigo 22º – Pé-direito, número 1 declara que, “nos espaços destinados a habitação, o pé-direito mínimo é de 2,60 m, dimensão que pode baixar até 2,30 m nos vestíbulos, corredores, instalações sanitárias e arrumos”. As perdas pela renovação de ar, apresentam um papel importante nas necessidades de arrefecimento e de aquecimento. As renovações de ar variam mediante a altura do pé direito, quanto mais alto o pé direito mais acentuadas serão as perdas associadas à renovação de ar. A reabilitação do revestimento de teto, com os elementos construtivos detalhados na Figura 44, pretende reduzir a altura do pé direito médio ponderado de 2,69m para 2,60m. A aplicação do isolamento, lã mineral, no revestimento de teto, irá beneficiar principalmente as perdas e os ganhos solares da cobertura exterior. Camadas 1-Caixa de ar:4cm 2-Lã mineral: 4cm 3-Teto falso contínuo de placas de escaiola:1.6cm Espessura total: 9.6 cm Figura 44 - Solução de reabilitação do revestimento de teto A introdução de teto falso estanque trará vantagens a nível estético, permanece inalterável ao longo dos anos, mesmo nos locais mais húmidos e a nível de conforto, permite incorporar todo o tipo de iluminação, ar condicionado e aquecimento central, evitando rasgos na parede para introdução de qualquer tipo de tubagem ou cablagem. A aplicação é rápida e limpa, sem desperdícios nem deslocação de móveis, causando o mínimo transtorno aos ocupantes. Mestrado em engenharia civil 70 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 5.2.2.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Revestimento de teto Com a redução do pé direito para o valor mínimo recomendado de 2.6m, o volume das frações diminui, traduzindo num decréscimo das renovações de ar por hora assim como a diminuição da quantidade de energia para aquecimento e arrefecimento, nos apartamentos de último piso a melhoria é mais significativa uma vez que a aplicação de teto falso com isolamento térmico interfere no coeficiente de transmissão térmica da cobertura. As necessidades nominais de energia útil para aquecimento, reduzem 40,73% nas frações autónomas de ultimo piso, 21,43% nas frações de rés-do-chão e 2,61% nas frações de pisos intermédios. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 45. Necessidades de aquecimento Nic (kWh/m².ano) Melhoria % 207.22 148.90 142.14 111.68 122.82 97.34 40.73 21.43 Média referência r/c Média r/c pé direito 2.6m 109.76 94.79 2.61 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios Pé direito 2.6m Média referência último piso Média último Media total piso Pé direito referência 2.6m 21.59 Média total Pé direito 2.6m Figura 45 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de reabilitação do revestimento de teto As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da proposta de reabilitação indicados na Figura 46, diminuíram consideravelmente nos apartamentos de último piso, pela consequente diminuição do coeficiente de transmissão térmica da cobertura, resultando no rácio entre ganhos e perdas inferior ao da solução base. A melhoria das necessidades de arrefecimento do último piso é respetivamente 62,33%. A proposta de reabilitação não interfere com os ganhos e perdas da solução base dos apartamentos de rés-do-chão e apartamento de pisos intermédios. Mestrado em engenharia civil 71 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Necessidades de arrefecimento Nvc (kWh/m².ano) Melhoria % 62.33 20.78 0.74 Média referência r/c 0.74 0.00 Média r/c pé direito 2.6m 0.74 0.74 Média referência pisos intermédios 4.38 0.00 Média pisos intermédios Pé direito 2.6m Média referência último piso 1.95 1.65 Média último Media total piso Pé direito referência 2.6m 1.04 Média total Pé direito 2.6m Figura 46 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de reabilitação do revestimento de teto As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas necessidades de arrefecimento e de aquecimento, beneficiam as necessidades globais de energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 20,25% nos apartamentos de ultimo piso, 8,63% nos apartamentos de rés-do-chão e 0,84% nos apartamentos de pisos intermédios. Na Figura 47 são comparados os valores das necessidades globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas melhorias. Necessidades Globais de energia Ntc (kgep/m².ano) Melhoria % 20.25 10.26 12.17 9.38 8.63 8.96 8.89 9.71 10.46 9.32 9.91 0.84 Média referência r/c Média r/c pé direito 2.6m Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios Pé direito 2.6m Média referência último piso Média último Media total piso Pé direito referência 2.6m Média total Pé direito 2.6m Figura 47 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de reabilitação do revestimento de teto As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 9. Mestrado em engenharia civil 72 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Tabela 9 - Resumo da percentagem de melhoria – Revestimento de teto Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de de de de melhoria melhoria melhoria melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) Apartamentos r/c, pé direito 2.6m 21.43 0.00 0.00 8.63 Apartamentos intermédios, Pé direito 2.61 0.00 0.00 0.84 40.73 62.33 0.00 20.25 21.59 20.78 0.00 9.91 2.6m Apartamento de último piso, Pé direito 2.6m Média Com a introdução de teto falso, a classe energética, destacada na Tabela 10, mantem-se igual à da solução base, no entanto obtém-se melhorias significativas no consumo de energia das frações de último piso. Tabela 10 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação do revestimento de teto Fração autónoma Ntc Nt R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 9.15 8.26 1.11 C Apartamento r/c drtº B6 9.52 8.37 1.14 C Apartamento 1º esqº B6 8.66 8.22 1.05 C Apartamento 1º drtº B6 9.03 8.30 1.09 C Apartamento 2º esqº B6 8.66 8.22 1.05 C Apartamento 2º drtº B6 9.03 8.30 1.09 C Apartamento 3º esqº B6 9.47 8.33 1.14 C Apartamento 3º drtº B6 9.86 8.44 1.17 C Mestrado em engenharia civil 73 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis 5.2.3. Solução de reabilitação – Lajes de cobertura e pavimento do r/c As maiores perdas pela envolvente estão associadas ao último piso e ao piso de rés-do-chão. As perdas e ganhos solares pela envolvente do último piso são acentuadas pela presença de cobertura exterior sem isolamento térmico, desta forma a reabilitação passa pela utilização da solução ilustrada na Figura 48, que comporta uma cobertura acessível ventilada. Camadas 1 - Pavimento com revestimento de mosaicos cerâmicos de grés rústico:1 cm 2 - Argamassa de cimento:4 cm 3-Geotextil de poliéster:0.08cm 4-Impermeabilizaçao asfáltica:0.36cm 5-Camada de argamassa de cimento:3cm 6-Caixa de ar:10cm 7-Lã mineral: 8cm 8-Asfalto puro:1cm Figura 48 - Solução de reabilitação da cobertura exterior 9 - Laje aligeirada 21+4 cm (Abobadilha de betão de inertes leves): 25 cm Espessura total: 52.4 cm Comportamento Térmico (RCCTE) U arrefecimento: 0.41 W/(m²·°C) U aquecimento: 0.43 W/(m²·°C) A solução de cobertura ventilada reporta as mesmas vantagens da fachada ventilada estudada anteriormente. Não só favorece a diminuição das perdas na estação de aquecimento, com a diminuição do coeficiente de transmissão térmica (U), mas também elimina os ganhos pela envolvente opaca na estação de arrefecimento, com o coeficiente de absorção (α) nulo. O piso rés-do-chão está sobreposto ao compartimento garagem, caracterizado como espaço não útil. As perdas elevadas pela envolvente interior, destacadas pela presença de pavimento sobre espaço não útil, incrementam necessidades de energia acima da média dos pisos intermédios. Mestrado em engenharia civil 74 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” A reabilitação do pavimento sobre espaço não útil, terá de se debruçar numa solução que minimize o coeficiente de transmissão térmica, fazendo cumprir os valores máximos regulamentares. Na Figura 49, é pormenorizada a proposta de reabilitação do pavimento sobre o espaço não útil. O isolamento colocado do lado exterior do pavimento, aumenta a capacidade de armazenamento e distribuição de calor, é de fácil aplicação, não compromete a desocupação das frações autónomas de rés-do-chão e permite a passagem de tubagens e cablagens. Camadas 1-Caixa de ar:1cm 2-Lã mineral: 4cm 3-Teto falso contínuo de placas de escaiola:1.6cm Figura 49 - Solução de reabilitação do pavimento sobre espaço não útil Espessura total: 6.6 cm 5.2.3.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Reabilitação das lajes A reabilitação das lajes, tem como objetivo diminuir o coeficiente de transmissão térmica da cobertura e o coeficiente de transmissão térmica dos pavimentos em contacto com espaços não úteis. Necessidades de aquecimento Nic (kWh/m².ano) Melhoria % 207.22 142.14 148.90 115.23 97.34 Média r/c reabilitação lajes 109.43 44.15 18.93 Média referência r/c 115.74 97.34 21.03 0.00 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios lajes Média referência último piso Média último piso reabilitação lajes Media total referência Média total reabilitação lajes Figura 50 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de reabilitação das lajes Mestrado em engenharia civil 75 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis A reabilitação terá unicamente influência nos apartamentos de rés-do-chão e nos apartamentos de último piso. As necessidades nominais de energia útil para aquecimento reduzem 44,15% nas frações autónomas de último piso e 18,93% nas frações de rés-do-chão. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 50. As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da proposta de reabilitação indicados na Figura 51, diminuíram consideravelmente nos apartamentos de último piso, pela consequente diminuição do coeficiente de transmissão térmica da cobertura e eliminação dos ganhos solares pela cobertura, resultando no rácio entre ganhos e perdas inferior ao da solução base. A melhoria das necessidades de arrefecimento do último piso é respetivamente 88,70%. A proposta de reabilitação não interfere com os ganhos e perdas da solução base dos apartamentos de rés-do-chão e apartamento de pisos intermédios Necessidades de arrefecimento Nvc (kWh/m².ano) Melhoria % 88.70 29.57 0.74 Média referência r/c 0.74 0.00 Média r/c reabilitação lajes 0.74 0.74 0.00 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios lajes 4.38 Média referência último piso 0.495 Média último piso reabilitação lajes 1.95 Media total referência 0.66 Média total reabilitação lajes Figura 51 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de reabilitação das lajes As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas necessidades de arrefecimento e de aquecimento beneficiam as necessidades globais de energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 22,10% nos apartamentos de último piso e 7,60%. A proposta de reabilitação não tem qualquer influência nos apartamentos de pisos intermédios. Na Figura 52 são comparados os valores das necessidades globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas melhorias. Mestrado em engenharia civil 76 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Necessidades de globais de energia Ntc (kgep/m².ano) Melhoria % 22.10 12.17 10.26 9.48 7.60 8.96 9.48 8.96 10.46 9.31 9.90 0.00 Média referência r/c Média r/c reabilitação lajes Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios lajes Média referência último piso Média último piso reabilitação lajes Media total referência Média total reabilitação lajes Figura 52 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de reabilitação das lajes As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes pisos, são resumidas na Tabela 11. Tabela 11 - Resumo da percentagem de melhoria – Intervenção nas lajes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) Apartamentos r/c, intervenção nas lajes (%) 18.93 0.00 0.00 7.60 Apartamentos pisos intermédios, 0.00 0.00 0.00 0.00 44.15 88.70 0.00 22.10 21.03 29.57 0.00 9.90 intervenção nas lajes Apartamentos último piso, intervenção nas lajes Média Com a introdução de cobertura ventilada e de teto falso estanque na garagem, a classe energética, destacada na Tabela 12, mantem-se igual à da solução base, no entanto obtém-se melhorias significativas no consumo de energia das frações de último piso e de rés-do-chão. Mestrado em engenharia civil 77 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tabela 12 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação das lajes Fração autónoma Ntc kgep/m².ano Nt R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 9.28 8.26 1.12 C Apartamento r/c drtº B6 9.68 8.37 1.16 C Apartamento 1º esqº B6 8.77 8.22 1.07 C Apartamento 1º drtº B6 9.15 8.30 1.10 C Apartamento 2º esqº B6 8.77 8.22 1.07 C Apartamento 2º drtº B6 9.15 8.30 1.10 C Apartamento 3º esqº B6 9.29 8.33 1.12 C Apartamento 3º drtº B6 9.67 8.44 1.15 C 5.2.4. Solução de reabilitação - Vãos envidraçados A solução base com vidro simples de 4mm de espessura, com caixilharia de alumínio sem classificação, premedita elevadas perdas térmicas pelos vãos envidraçados e pela renovação de ar. A proposta de reabilitação, ilustrada na Figura 53, prevê a substituição da caixilharia de alumínio sem classificação por caixilharia em PVC de Classe 4 com medidas padronizadas, aplicação de vidro duplo com controlo solar e emissividade térmica baixa, constituído por vidro exterior com 6mm de espessura, caixa-de-ar de 6mm e vidro interior de baixa emissividade térmica com 4mm de espessura. O vidro ostenta um coeficiente de transmissão térmica de 2,5 W/m2.0C e um fator solar de 23%. As espessuras dos vidros e da caixa-de-ar existentes no mercado são variadas. O estudo de reabilitação incide na avaliação do comportamento térmico das mínimas dimensões comerciais, aplicadas no fabrico de janelas de vidro duplo. O PVC é composto de matérias-primas naturais petróleo e sal-gema, não necessita de materiais contaminantes tais como, vernizes ou decapantes, para a sua manutenção. O PVC é o único produto que resiste naturalmente as correntes de ar marítimas. Mestrado em engenharia civil 78 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Figura 53 - Vidro duplo com caixilharia em PVC Como fatores importantes na estação de arrefecimento é de salientar as proteções exteriores, precianas de réguas de plástico com cor clara e cortinas ligeiramente transparentes de cor intermédia. O conjunto integrado e completo de janela e persiana, é uma boa solução para remodelações. O mecanismo de subir e descer a persiana funciona na própria janela não sendo necessária qualquer intervenção na estrutura do edifício. 5.2.4.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - vãos envidraçados A reabilitação dos vãos envidraçados tem como objetivo diminuir o seu coeficiente de transmissão térmica. A introdução de caixilharia de classe elevada diminui o número de RPH. As necessidades nominais de energia útil para aquecimento, reduzem 17,54% nas frações autónomas de pisos intermédios, 12,01% nas frações de rés-do-chão e 8,2% nas frações de último piso. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 54. Mestrado em engenharia civil 79 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Necessidades de aquecimento Nic (kWh/m².ano) Melhoria % 207.22 142.14 148.90 125.07 97.34 Média r/c reabilitação vãos envidraçados 131.85 80.27 17.54 12.01 Média referência r/c 190.22 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios reabilitação vãos envidraçados 12.58 8.20 Média referência último piso Média último piso reabilitação vãos envidraçados Media total referência Média total reabilitação vãos envidraçados Figura 54 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de reabilitação dos vãos envidraçados As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da proposta de reabilitação indicados na Figura 55, dependem dos ganhos totais brutos, do fator de utilização dos ganhos solares e da área útil do pavimento. Como as propostas de reabilitação não interferem no interior das paredes dos apartamentos, a área útil de pavimento é constante na solução base e nas propostas de reabilitação. As variáveis que influenciam a alteração das necessidades de arrefecimentos são nomeadamente, os ganhos brutos e o fator de utilização dos ganhos. O rácio entre ganhos térmicos totais e perdas térmicas totais influenciam na obtenção do fator de utilização dos ganhos solares. Quanto maior for o rácio, menores são as necessidades de energia para arrefecimento. A proposta de melhoria não só reduz os ganhos térmicos como também reduz as perdas. As necessidades de energia para arrefecimento decaíram 20,95% nos apartamentos de rés-do chão e de pisos intermédios. Nos apartamentos de último piso, as perdas são maiores resultando no rácio entre ganhos e perdas superior ao dos restantes pisos. A melhoria das necessidades de arrefecimento do último piso é respetivamente 2,05%. Mestrado em engenharia civil 80 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Necessidades de arrefecimento Nvc (kWh/m².ano) 20.95 Melhoria % 20.95 14.65 4.38 0.74 Média referência r/c 0.74 0.59 Média r/c reabilitação vãos envidraçados 4.29 0.59 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios reabilitação vãos envidraçados Média referência último piso 2.05 Média último piso reabilitação vãos envidraçados 1.95 Media total referência 1.82 Média total reabilitação vãos envidraçados Figura 55 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de reabilitação dos vãos envidraçados As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas necessidades de arrefecimento e de aquecimento, beneficiam as necessidades globais de energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 5,52% nos apartamentos de pisos intermédios, 4,87% nos apartamentos de rés-do-chão e 3,99% nos apartamentos de último piso. Na Figura 56 são comparados os valores das necessidades globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas melhorias. Necessidades de globais de energia Ntc (kgep/m².ano) Melhoria % 12.17 10.26 9.76 8.96 5.52 4.87 Média referência r/c Média r/c reabilitação vãos envidraçados 11.69 10.46 8.465 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios reabilitação vãos envidraçados 4.79 3.99 Média referência último piso Média último piso reabilitação vãos envidraçados 9.97 Media total referência Média total reabilitação vãos envidraçados Figura 56 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de reabilitação dos vãos envidraçados As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 13. Mestrado em engenharia civil 81 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tabela 13 - Resumo da percentagem de melhoria - Reabilitação dos vão envidraçados Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) Apartamentos r/c 12.01 20.95 0.00 4.87 Apartamentos pisos intermédios, 17.54 20.95 0.00 5.52 8.20 2.05 0.00 3.99 12.58 14.65 0.00 4.79 reabilitação vãos envidraçados Apartamentos último piso, reabilitação vãos envidraçados Média Com a alteração das caixilharias e dos envidraçados, a classe energética, destacada na Tabela 14, mantem-se igual à da solução base, no entanto obtém-se melhorias no consumo de energia de todas as frações autónomas do edifício. Tabela 14 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação dos vãos envidraçados Fração autónoma Ntc Nt R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 9.58 8.26 1.16 C Apartamento r/c drtº B6 9.94 8.37 1.19 C Apartamento 1º esqº B6 8.29 8.22 1.01 C Apartamento 1º drtº B6 8.64 8.30 1.04 C Apartamento 2º esqº B6 8.29 8.22 1.01 C Apartamento 2º drtº B6 8.64 8.30 1.04 C Apartamento 3º esqº B6 11.51 8.33 1.38 C Apartamento 3º drtº B6 11.86 8.44 1.41 C 5.2.5. Solução de reabilitação - Ventilação natural Para garantir a qualidade do ar interior, a taxa de referência para renovação de ar deverá ser superior a 0,6 renovações por hora. A ventilação natural tem por base uma panóplia de fatores que influenciam o número de renovações de ar por hora. Mestrado em engenharia civil 82 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” A solução de reabilitação da ventilação natural, tem como principal objetivo, diminuir as perdas térmicas associadas à troca de ar entre o interior e o exterior. A (Equação 7), depende do número de renovações de ar por hora, RPH, da área útil de pavimento (Ap) do pé direito (Pd) e dos graus dias (Gd), as variável pé direto, área útil de pavimento e graus dias, serão constantes neste tipo de reabilitação, apenas a variável renovações de ar por hora será reduzida com o incremento de vidro duplo com caixilharia de PVC de classe de 4, definido na solução de reabilitação dos vãos envidraçados, a utilização de dispositivos de admissão de ar na fachada, a não existência de caixa de estore, uma vez que não entra em contacto com o ar interior, a redução da área dos envidraçados para menos de 15% da área útil de pavimento e a aplicação de borrachas ou equivalente em todo o perímetro das portas. Para a todos os edifícios pertencentes ao território nacional, situados na periferia da zona urbana e para uma altura até 18 m, são classificados como pertencentes a classe de exposição II. Os valores das renovações de ar por hora, obtidos através Quadro IV.1 do RCCTE, dependem da classe de exposição, da presença de dispositivos de admissão na fachada, da classificação da caixilharia e da existência de caixa de estores. Conjugados os fatores para o caso de estudo, reabilitação da ventilação natural, as renovações de ar por hora tomam o valor de 0,7 tendo por base a classe de exposição 2, a presença de dispositivos de admissão na fachada, a classe 3 de caixilharia e a não existência de caixa de estores. Das notas do Quadro IV.1 do RCCTE, apenas se aplica a nota 3, sendo o valor das renovações de ar reduzido para 0,65. A reabilitação diminui em 38% as renovações de ar por hora nos edifícios tipo 2, passando de 1,05 para 0,65 renovações por hora. 5.2.5.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - ventilação natural A reabilitação da ventilação natural engloba a alteração dos vãos envidraçados para vidro duplo de baixa emissividade e caixilharia em PVC de classe 4, a redução da área envidraçada para valores iguais ou inferiores 15% da área útil do pavimento, a vedação das portas e colocação de dispositivos de admissão na fachada. O objetivo é minimizar o número de RPH, para valores próximos do regulamentar, com sentido de minimizar as perdas associadas à renovação de ar por ventilação natural. As necessidades nominais de energia útil para Mestrado em engenharia civil 83 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis aquecimento, reduzem 27,02% nas frações autónomas de pisos intermédios, 19,90% nas frações de rés-do-chão e 13,62% nas frações de último piso. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 57. Necessidades de aquecimento Nic (kWh/m².ano) Melhoria % 207.22 142.14 113.85 97.34 Média r/c reabilitação ventilação natural 148.90 121.29 71.04 27.02 19.90 Média referência r/c 179.00 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios reabilitação ventilação natural 20.18 13.62 Média referência último piso Média último piso reabilitação ventilação natural Media total referência Média total reabilitação ventilação natural Figura 57 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de reabilitação da ventilação natural As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da proposta de reabilitação indicados na Figura 58, aumentam consideravelmente, pelo consequente agravamento do rácio entre ganhos e perdas térmicas, quando comparados à solução base. As necessidades de energia para arrefecimento aumentaram 31,08% nos apartamentos de pisos intermédios, 28,38% nos apartamentos de rés-do-chão e 16,78% nos apartamentos de último piso. Necessidades de arrefecimento Nvc (kWh/m².ano) 0.74 Média referência r/c 0.95 Média r/c reabilitação ventilação natural -28.38 0.97 0.74 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios reabilitação ventilação natural Melhoria % 4.38 Média referência último piso 5.12 Média último piso reabilitação ventilação -16.78 natural 1.95 Media total referência 2.35 Média total reabilitação ventilação natural -25.41 -31.08 Figura 58 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de reabilitação da ventilação natural As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas necessidades de aquecimento beneficiam as necessidades globais de energia primária. As Mestrado em engenharia civil 84 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” necessidades globais de energia primária decrescem 8,45% nos apartamentos de pisos intermédios, 7,99% nos apartamentos de rés-do-chão e 6,57% nos apartamentos de último piso. Na Figura 59 são comparados os valores das necessidades globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas melhorias. Necessidades de globais de energia Ntc (kgep/m².ano) Melhoria % 12.17 10.26 9.44 Média referência r/c 8.96 7.99 Média r/c reabilitação ventilação natural 8.20 Média referência pisos intermédios 11.37 10.46 8.45 9.67 7.67 6.57 Média pisos intermédios reabilitação ventilação natural Média referência último piso Média último piso reabilitação ventilação natural Media total referência Média total reabilitação ventilação natural Figura 59 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de reabilitação da ventilação natural As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 15. Tabela 15 - Resumo da percentagem de melhoria – Ventilação natural Apartamentos r/c, reabilitação Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) 19.90 -28.38 0.00 7.99 27.02 -31.08 0.00 8.45 13.62 -16.78 0.00 6.57 20.18 -25.41 0.00 7.67 ventilação natural Apartamentos pisos intermédios, reabilitação ventilação natural Apartamentos último piso, reabilitação ventilação natural Média Com a diminuição da ventilação natural, para níveis próximos do mínimo exigido pelo RCCTE, a classe energética, destacada na Tabela 16, apenas é alterada nas frações autónomas do lado esquerdo dos pisos intermédios, passando da classe C para a classe B-. A permanência na mesma classe energética, das restantes frações, não indica, que não houve melhorias com a Mestrado em engenharia civil 85 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis introdução da proposta de melhoria, mas sim que essa melhoria não é suficiente, por si só, para aumentar a casse de avaliação energética. Tabela 16 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação da ventilação natural Fração autónoma Ntc Nt R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 9.26 8.26 1.12 C Apartamento r/c drtº B6 9.62 8.37 1.15 C Apartamento 1º esqº B6 7.97 8.22 0.97 B- Apartamento 1º drtº B6 8.32 8.30 1.00 C Apartamento 2º esqº B6 7.97 8.22 0.97 B- Apartamento 2º drtº B6 8.32 8.30 1.00 C Apartamento 3º esqº B6 11.19 8.33 1.34 C Apartamento 3º drtº B6 11.55 8.44 1.37 C 5.2.5.2. Proposta de reabilitação total da envolvente Na proposta de reabilitação total da envolvente são agrupadas as soluções de fachada ventilada, cobertura ventilada, teto falso nas frações e nos espaço não uteis em contacto com o pavimento das frações de rés-do-chão, vãos envidraçados com área inferior ou igual a 15% da área útil do pavimento, vidro duplo de baixa emissividade e caixilharia em PVC. As necessidades nominais de energia útil para aquecimento, reduzem 76,07% nas frações autónomas de último piso, 61,86% nas frações de rés-do-chão e 62,55% nas frações de pisos intermédios. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 60. Necessidades de aquecimento Nic (kWh/m².ano) Melhoria % 207.22 142.14 142.14 97.34 54.21 76.07 62.55 61.86 49.59 36.45 Média Média r/c Média Média pisos referência r/c reabilitação da referência pisos intermédios envolvente intermédios reabilitação da envolvente Média referência último piso 49.59 66.83 Média último Média total de Média total piso referência reabilitação da reabilitação da envolvente envolvente Figura 60 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e a proposta de reabilitação total da envolvente Mestrado em engenharia civil 86 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da proposta de reabilitação indicados na Figura 61, decaíram 91,10% nos apartamentos de último piso e 2,03% nos apartamentos de pisos intermédios e de rés-do-chão. A colossal melhoria no desempenho do edifício na estação de arrefecimento, está especialmente associada à introdução de cobertura ventilada e teto falso. Necessidades de arrefecimento Nvc (kWh/m².ano) Melhoria % 91.10 31.72 0.74 0.73 2.03 0.74 0.73 2.03 Média Média r/c Média Média pisos referência r/c reabilitação da referência pisos intermédios envolvente intermédios reabilitação da envolvente 4.38 Média referência último piso 0.74 0.39 0.73 Média último Média total de Média total piso referência reabilitação da reabilitação da envolvente envolvente Figura 61 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e a proposta de reabilitação total da envolvente Na reabilitação total da envolvente, os sistemas de aquecimento, arrefecimento e preparação de AQS são mantidos. As necessidades globais de energia são influenciadas pela diminuição das necessidades de aquecimento e de arrefecimento. As necessidades globais de energia primária reduzem 37,62% nos apartamentos de último piso, 24,81% nos apartamentos de résdo-chão e 19,64% nos apartamentos dos pisos intermédios. Os valores das necessidades globais de energia primária são comparados na Figura 62. Necessidades de globais de energia Ntc (kgep/m².ano) Melhoria % 37.72 27.39 24.81 19.64 10.26 7.72 8.96 12.17 7.58 7.2 Média Média r/c Média Média pisos referência r/c reabilitação da referência pisos intermédios envolvente intermédios reabilitação da envolvente Média referência último piso 10.26 7.58 Média último Média total de Média total piso referência reabilitação da reabilitação da envolvente envolvente Figura 62 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e a proposta de reabilitação total da envolvente Mestrado em engenharia civil 87 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 17. Tabela 17 - Resumo da percentagem de melhoria - Reabilitação total da envolvente Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) 61.86 2.03 0.00 24.81 62.55 2.03 0.00 19.64 76.07 91.10 0.00 37.72 66.83 31.72 0.00 27.39 Apartamentos r/c, reabilitação ventilação natural Apartamentos pisos intermédios, reabilitação ventilação natural Apartamentos último piso, reabilitação ventilação natural Média A reabilitação total da envolvente tem como objetivo diminuir as trocas de energia entre o interior e o exterior das frações autónomas. Na Tabela 18, em todas as frações do bloco 6, a classe energética abandona o patamar C, associado à solução base, e transita para o B-. Tabela 18 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação total da envolvente Fração autónoma Ntc Nt R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 7.62 8.26 0.92 B- Apartamento r/c drtº B6 7.81 8.37 0.93 B- Apartamento 1º esqº B6 7.11 8.22 0.86 B- Apartamento 1º drtº B6 7.29 8.30 0.88 B- Apartamento 2º esqº B6 7.11 8.22 0.86 B- Apartamento 2º drtº B6 7.29 8.30 0.88 B- Apartamento 3º esqº B6 7.49 8.33 0.90 B- Apartamento 3º drtº B6 7.67 8.44 0.91 B- Mestrado em engenharia civil 88 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 5.3. Soluções de reabilitação - Sistemas e equipamentos das frações autónomas 5.3.1. Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e preparação de AQS No mercado existe uma colossal variedade de sistemas de aquecimento, arrefecimento e de preparação de águas quentes sanitárias. Os edifícios abrangidos pela cooperativa de habitação económica “CAPITÃES DE ABRIL”, não dispõem de qualquer sistema de aquecimento e arrefecimento, assim para o cálculo energético na estação de aquecimento é utilizada uma resistência elétrica com eficiência nominal de 100% e fator de conversão de energia útil em energia primária (Fpu) de 0,290, para a estação de arrefecimento assume-se uma máquina frigorífica (ciclo de compressão) com eficiência nominal de 300% e fator de conversão 0,290. Para preparação de água quente sanitária, todos os edifícios são providos de esquentador a gás, de eficiência nominal de referência 50% e 0.086 para fator de conversão. Para reabilitação dos sistemas, é necessário ter em conta a eficiência dos equipamentos, o fator de conversão de energia útil para energia primária, que varia conforme a fonte de alimentação, 0,290 para equipamentos elétricos e 0,086 para equipamentos a gás, a estética, simplicidade e possibilidade de instalação. Uma hipótese de reabilitação é usar um sistema de ar condicionado que sirva a estação de aquecimento e de arrefecimento, o que implica a aplicação de módulos exterior, que irão renunciar a estética dos edifícios. Um equipamento que está a surgir com maior frequência, associado ao baixo custo dos combustíveis renováveis, é a salamandra a Pellets. Este tipo de equipamento está a ser desenvolvido para ser utilizado como sistema de aquecimento de águas quentes sanitárias e aquecimento das frações, utilizando radiadores. Na reabilitação dos edifícios multifamiliares, não é comum o uso deste sistema, devido à falta de espaço nas cortes para passagem das tubagens de exaustão dos gases. Entre as diferentes soluções do mercado, o equipamento caldeira mural de condensação para aquecimento e preparação de águas quentes sanitárias é o mais apropriado para reabilitação Mestrado em engenharia civil 89 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis dos sistemas dos edifícios multifamiliares, é ideal para funcionar individualmente ou como apoio a sistemas solares, quer no aquecimento de águas como no aquecimento central a baixas temperaturas. A compatibilidade da caldeira com sistemas solares permite ser utilizada como equipamento de apoio, de modo a fornecer apenas a energia complementar necessária para fazer face às necessidades de conforto dos utilizadores. A caldeira mural de condensação tem com vantagens, o elevado rendimento nominal de 109%, o aquecimento central e águas quentes instantâneas, a compatibilidade Solar, a compatibilidade com a nova gama de controladores de comunicação bi-direccional, um sistema de microacumulação, o elevado nível de conforto no aquecimento central, um queimador com sistema de pré-mistura ar/gás, um ventilador modulante e o baixo nível de emissões CO² e NOx (Vulcano, 2013). Para aquecimento central a caldeira terá de ser ligada a radiadores aplicados nos compartimentos principais. Como as necessidades de arrefecimento apresentam valores reduzidos comparadas com as necessidades de aquecimento, não será utilizado qualquer tipo de equipamento para arrefecimento, no entanto continua a ser contabilizado uma máquina frigorífica (ciclo de compressão) com eficiência nominal de 300% e fator de conversão 0,290. 5.3.1.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - sistema de aquecimento e preparação de AQS A reabilitação do sistema de aquecimento e preparação de AQS é acompanhado por modificações na quantificação das necessidades de energia para AQS, com a alteração da eficiência nominal do sistema. Necessidades de energia para AQS Nac (kWh/m².ano) 71.28 71.28 54.13 54.13 32.70 Média referência r/c Melhoria % Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios reabilitação sistema de preparação AQS e Aquecimento 54.13 54.13 32.70 Média r/c reabilitação sistema de preparação AQS e Aquecimento 71.28 71.28 32.70 32.70 Média referência último piso Média último piso reabilitação sistema de preparação AQS e Aquecimento Media total referência Média total reabilitação sistemas de preparação de AQS e Aquecimento Figura 63 - Comparação das necessidades de energia para AQS entre solução base e solução de reabilitação do sistema de aquecimento e AQS Mestrado em engenharia civil 90 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” A redução, de 32,70%, das necessidades nominais de energia útil para preparação de AQS, é comum a todas as frações avaliadas no bloco 6. Os valores das necessidades nominais de energia útil para AQS são comparados na Figura 63. A avaliação das necessidades globais de energia primária, é alterada mediante a eficiência nominal do sistema de aquecimento, o fator de conversão de energia útil em energia primária na estação de aquecimento e o fator de conversão de energia útil em energia primária para preparação de AQS. As necessidades globais de energia primária reduzem 63,19% nos apartamentos de último piso, 61,60% nos apartamentos de rés-do-chão e 59,93% nos apartamentos dos pisos intermédios. Os valores das necessidades globais de energia primária são comparados na Figura 64. Necessidades globais de energia Ntc (kgep/m².ano) 61.60 10.26 Média referência r/c 3.94 Média r/c reabilitação sistema de preparação AQS e Aquecimento Melhoria % 63.19 59.93 8.96 Média referência pisos intermédios 3.59 Média pisos intermédios reabilitação sistema de preparação AQS e Aquecimento 12.17 Média referência último piso 4.48 Média último piso reabilitação sistema de preparação AQS e Aquecimento 61.57 10.46 Media total referência 4.00 Média total reabilitação sistemas de preparação de AQS e Aquecimento Figura 64 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de reabilitação do sistema de aquecimento e AQS As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 19. Mestrado em engenharia civil 91 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tabela 19 - Resumo da percentagem de melhoria – Sistema de aquecimento e preparação de AQS Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) 0.00 0.00 54.13 61.60 0.00 0.00 54.13 59.93 0.00 0.00 54.12 63.19 0.00 0.00 54.13 61.57 Apartamentos r/c, reabilitação sistema AQS e Aquecimento Apartamentos intermédios, reabilitação sistema AQS e Aquecimento Apartamentos último piso, reabilitação sistema AQS e Aquecimento Média Com a alteração dos sistemas de aquecimento e preparação de AQS, a classe energética, destacada na Tabela 20, ascende de C para A nos apartamentos de rés-do-chão e intermédios. Nos apartamentos de último piso a subida da classe energética não é tão acentuada, devido ao aumento das perdas associadas à envolvente exterior, nomeadamente pela cobertura. Tabela 20 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação do sistema de aquecimento e AQS Fração autónoma Ntc Nt kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 3.88 Apartamento r/c drtº B6 R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA 8.25 0.47 A 4 8.37 0.48 A Apartamento 1º esqº B6 3.53 8.21 0.43 A Apartamento 1º drtº B6 3.65 8.3 0.44 A Apartamento 2º esqº B6 3.53 8.21 0.43 A Apartamento 2º drtº B6 3.65 8.3 0.44 A Apartamento 3º esqº B6 4.42 8.3 0.53 B Apartamento 3º drtº B6 4.54 8.42 0.54 B Mestrado em engenharia civil 92 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 5.3.2. Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão” A caldeira mural de condensação é compatível com sistema de coletores solares, pelo que se torna importante estudar a solução de reabilitação do sistema de aquecimento e de preparação de águas quentes sanitárias, conexo ao sistema de energia renovável tipo “termossifão”. Para introduzir o grupo de coletores solares na reabilitação das frações dos edifícios multifamiliares é fundamental pré-dimensionar a área de coletores para todas as frações envolvidas e verificar se existe área suficiente na cobertura para satisfazer o máximo rendimento solar. Na Figura 65 é apresentada a distribuição dos oito grupos individuais de coletores solares para o edifico tipo 3 bloco 6, confirma-se assim a área ótima para a instalação dos sistemas termossifão. Figura 65 - Distribuição dos coletores solares Edifício tipo 2 Bloco6 Na hipótese de minimizar os desperdícios de energia renovável nos meses de maior intensidades de radiação solar, optou-se por utilizar o coletor solar BAXI ROCA MEDITERRÂNEO 200, plano de dois módulos (3,8 m²), com a inclinação 36° (Azimute Sul), coeficientes de perdas térmicas, a1= 4,310 W/m²/K e a2= 0,009 W/m²/K², rendimento ótico de 75,6%, permutador interno ao depósito, tipo serpentina, com eficácia 55%, caudal no grupo painel/permutador de 45,2 l/m² por hora, depósito típico 200 litros termossifão com área externa de 2,65 m², posição deitada, deflectores interiores, coeficiente de perdas térmicas de 2.65 W/K, conjunto depósito/permutador, espessura do isolamento de 31,0 mm. Recorrendo ao Solterm para, o coletor solar BAXI ROCA MEDITERRÂNEO 200, 4 ocupantes, temperatura nominal de consumo de 60°, concelho de Viana do Castelo com Mestrado em engenharia civil 93 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis coordenadas nominais de 41,7°N e 8,8°W, obstruções do horizonte a 20°, orientação do painel inclinação 36° e azimute 0°, obtém-se o Esolar de 1930 kWh. 5.3.2.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 – Sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão” A reabilitação do sistema de aquecimento e preparação de AQS acompanhado por “termossifão”, apresenta modificações na quantificação das necessidades de energia para AQS, com a alteração da eficiência nominal do sistema, assim como a contribuição do termossifão como energia renovável. A redução, de 85,69%, das necessidades nominais de energia útil para preparação de AQS é comum a todas as frações avaliadas do Bloco 6. Os valores das necessidades nominais de energia útil para AQS são comparados na Figura 66. A avaliação das necessidades globais de energia primária é alterada mediante a eficiência nominal do sistema de aquecimento, o fator de conversão de energia útil em energia primária na estação de aquecimento e o fator de conversão de energia útil em energia primária para preparação de AQS. Necessidades de energia para AQS Nac (kWh/m².ano) 85.70 71.28 85.70 71.28 85.69 71.28 10.20 Média referência r/c Melhoria % 10.20 Média r/c Média sistema de referência aquecimento e pisos sistema de intermédios AQS conexo a sistema solar térmico Média pisos intermédio sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo a sistema solar térmico 85.69 71.28 10.20 Média referência último piso Média último Media total piso sistema referência de aquecimento e sistema de AQS conexo a sistema solar térmico 10.20 Média total sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo a sistema solar térmico Figura 66 - Comparação das necessidades de energia para AQS entre solução base e solução de reabilitação do sistema de aquecimento e sistema AQS conexo a sistema solar térmico As necessidades globais de energia primária reduzem 81,53% nos apartamentos de pisos intermédios, 80,46% nos apartamentos de rés-do-chão e 79,05% nos apartamentos de último piso. Os valores das necessidades globais de energia primária são comparados na Figura 67. Mestrado em engenharia civil 94 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Necessidades globais de energia Ntc (kWh/m².ano) 81.53 80.46 10.26 Média referência r/c 2.005 Melhoria % 8.96 1.655 Média r/c Média sistema de referência aquecimento e pisos sistema de intermédios AQS conexo a sistema solar térmico Média pisos intermédio sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo a sistema solar térmico 80.34 79.05 12.17 2.55 Média referência último piso 10.46 Média último Media total piso sistema referência de aquecimento e sistema de AQS conexo a sistema solar térmico 2.07 Média total sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo a sistema solar térmico Figura 67 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de reabilitação do sistema de aquecimento e sistema AQS conexo a sistema solar térmico As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 21. Tabela 21 - Resumo da percentagem de melhoria – Sistema de aquecimento e sistema AQS conexo a sistema solar térmico do tipo “termossifão” Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) 0.00 0.00 85.70 80.46 0.00 0.00 85.70 81.53 0.00 0.00 85.69 79.05 0.00 0.00 85.69 80.34 Apartamentos r/c, sistema de aquecimento e sistema de AQS com “termossifão” Apartamentos pisos intermédios, sistema de aquecimento e sistema de AQS com “termossifão” Apartamentos último piso, sistema de aquecimento e sistema de AQS com “termossifão” Média Com a introdução do sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”, a classe energética, destacada na Tabela 22, ascende de C para Mestrado em engenharia civil 95 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis A+ nos apartamentos de rés-do-chão e intermédios. No último piso a classe energética passa de C para A. Tabela 22 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo a sistema solar do tipo “termossifão” Fração autónoma Ntc Nt R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 1.96 8.25 0.24 A+ Apartamento r/c drtº B6 2.05 8.37 0.24 A+ Apartamento 1º esqº B6 1.61 8.21 0.2 A+ Apartamento 1º drtº B6 1.7 8.3 0.2 A+ Apartamento 2º esqº B6 1.61 8.21 0.2 A+ Apartamento 2º drtº B6 1.7 8.3 0.2 A+ Apartamento 3º esqº B6 2.5 8.3 0.3 A As necessidades de energia para os apartamentos do bloco 6, mediante a proposta de reabilitação, encontrar-se detalhadas no Anexo II. 5.3.3. Proposta de reabilitação total A proposta de reabilitação total resulta da inclusão da reabilitação do sistema de aquecimento e sistema de preparação de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão” na reabilitação total da envolvente. As necessidades nominais de energia útil para arrefecimento e aquecimento estão pormenorizadas na proposta de reabilitação total da envolvente, já as necessidades nominais de energia útil para preparação de AQS, estão aprofundadas na proposta de colocação de sistema solar térmico do tipo “termossifão” para AQS. A avaliação das necessidades globais de energia primária é alterada mediante as necessidades nominais de energia útil para aquecimento, necessidades nominais de energia útil para arrefecimento, necessidades nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias, a eficiência nominal do sistema de aquecimento, o fator de conversão de energia útil em energia primária na estação de aquecimento e o fator de conversão de energia útil em energia primária para preparação de AQS. As necessidades globais de energia primária reduzem 89,56% nos apartamentos de ultimo piso, 86,94% nos apartamentos de pisos intermédios e 86,65% nos apartamentos de rés-do-chão. Os valores das necessidades globais de energia primária são comparados na Figura 68. Mestrado em engenharia civil 96 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Necessidades globais de energia Ntc (kgep/m².ano) 1.37 Média referência r/c Média r/c reabilitação total 89.56 86.94 86.65 10.26 Melhoria % 8.96 12.17 1.17 Média referência pisos intermédios Média pisos intermédios reabilitação total 1.27 Média referência último piso Média último piso reabilitação total 87.72 10.46 Media total referência 1.27 Média total reabilitação total Figura 68 - Comparação das necessidades globais de energia – Reabilitação Total As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 23. Tabela 23 - Resumo da percentagem de melhoria - Reabilitação total Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria das Nic das Nvc das Nac das Ntc (%) (%) (%) (%) Apartamentos r/c, reabilitação total 61.86 2.03 85.69 86.65 Apartamentos pisos intermédios, 62.55 2.03 85.69 86.94 76.07 91.10 85.69 89.56 66.83 31.72 85.69 87.72 reabilitação total Apartamentos último piso, reabilitação total Média Com a introdução das propostas de reabilitação dos elementos da envolvente e dos sistemas/equipamentos, alcançou-se a nota mais alta na classificação energética (A+), em todas as frações autónomas, como é comprovado na Tabela 24. Mestrado em engenharia civil 97 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tabela 24 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação Total Fração autónoma Ntc Nt R = Ntc/Nt CLASSE ENERGÉTICA kgep/m².ano kgep/m².ano Apartamento r/c esqº B6 1.29 8.27 0.16 A+ Apartamento r/c drtº B6 1.45 8.38 0.17 A+ Apartamento 1º esqº B6 1.15 8.22 0.14 A+ Apartamento 1º drtº B6 1.19 8.3 0.14 A+ Apartamento 2º esqº B6 1.15 8.22 0.14 A+ Apartamento 2º drtº B6 1.19 8.3 0.14 A+ Apartamento 3º esqº B6 1.25 8.33 0.15 A+ Apartamento 3º drtº B6 1.29 8.44 0.15 A+ As necessidades de energia associadas à reabilitação total dos edifícios desenvolvem-se no Anexo III, para os diferentes apartamentos da C.H.E. 5.4. Estudo de diagnóstico energético O estudo de diagnóstico energético hierarquiza as propostas de reabilitação, mediante o seu desempenho médio por andar quando comparadas com a solução base. A hierarquia, das propostas de reabilitação, é estabelecida do maior para o menor desempenho energético. Hierarquização das propostas de reabilitação - rés-do-chão Melhoria % 80.46 A+ 61.60 A 8.63 C Média r/c Média r/c sistema de reabilitação aquecimento e sistema de sistema de AQS preparação AQS conexo a sistema e Aquecimento solar térmico Média r/c pé direito 2.6m 7.99 C 7.60 C Média r/c Média r/c reabilitação reabilitação lajes ventilação natural 7.16 C 4.87 C Média r/c Fachada ventilada Média r/c reabilitação vãos envidraçados Figura 69 – Hierarquização das propostas de reabilitação das frações de rés-do-chão Na Figura 69, relativamente aos apartamentos de rés-do-chão, o melhor desempenho energético é atribuído à reabilitação do sistema de aquecimento e sistema de preparação de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”, com uma melhoria de 80,46% nas necessidades globais de energia primária, ascendendo a classe energética para A+. Em segundo lugar, está colocada a proposta de reabilitação dos sistemas de aquecimento e de Mestrado em engenharia civil 98 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” preparação de AQS com uma melhoria de 61,60%. As propostas de reabilitação da envolvente não se revelam tão satisfatórias na melhoria do desempenho energético, no entanto são importantes para diminuir o consumo de energia dos sistemas de aquecimento e arrefecimento. Dentro do mesmo patamar de melhorias estão dispostas as propostas de reabilitação de revestimento de teto, com melhoria de 8,63%, a proposta de reabilitação da ventilação natural, com 7,99%, a proposta de reabilitação das lajes, com melhoria de 7,60% e a proposta de introdução de fachada ventilada, com melhoria de 7,16%. Em último, mas tão importante como as restantes propostas de reabilitação, apresenta-se a proposta de reabilitação dos vãos envidraçados, com 4,87% de melhoria. Hierarquização das propostas de reabilitação - pisos intermédios 81.53 A+ Melhoria % 59.93 A 8.65 BMédia pisos Média pisos intermédios intermédios sistema de reabilitação aquecimento e sistema de sistema de AQS preparação AQS conexo a sistema e Aquecimento solar térmico Média pisos intermédios Fachada ventilada 8.45 B- 5.52 C 0.84 C 0.00 C Média pisos Média pisos Média pisos Média pisos intermédios intermédios intermédios Pé intermédios lajes reabilitação reabilitação vãos direito 2.6m ventilação natural envidraçados Figura 70 – Hierarquização das propostas de reabilitação das frações de pisos intermédios Na Figura 70, relativamente aos apartamentos de pisos intermédios e à semelhança dos apartamentos de rés-do-chão, o melhor desempenho energético é atribuído à reabilitação do sistema de aquecimento e sistema de preparação de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”, com uma melhoria de 81,53% nas necessidades globais de energia primária, ascendendo a classe energética para A+. Em segundo lugar, está colocada a proposta de reabilitação dos sistemas de aquecimento e de preparação de AQS com uma melhoria de 59,93%. As propostas de reabilitação da envolvente dividem-se em três patamares. O primeiro é atribuído à proposta de introdução de fachada ventilada, com melhoria de 8,65% e à proposta de reabilitação da ventilação natural com 8,45% de melhoria. O segundo com uma percentagem mais baixa de melhoria é preenchido pela proposta de melhoria dos vãos envidraçados, com melhoria de 5,52%. No último patamar situam-se as propostas a ignorar nos apartamentos de pisos intermédios, como é o caso da proposta de reabilitação do Mestrado em engenharia civil 99 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis revestimento de teto, com uma melhoria irrisória de 0,86% e a proposta de reabilitação das lajes, sem melhoria prevista. Hierarquização das propostas de reabilitação - último piso Melhoria % 79.05 A 63.19 B 22.10 C 20.25 C 6.57 C 5.55 C 3.99 C Média último Média último Média último Média último Média último Média último Média último piso sistema de piso reabilitação piso reabilitação piso Pé direito piso reabilitação piso Fachada piso reabilitação aquecimento e sistema de lajes 2.6m ventilação natural ventilada vãos sistema de AQS preparação AQS envidraçados conexo a sistema e Aquecimento solar térmico Figura 71 – Hierarquização das propostas de reabilitação das frações de último piso Na Figura 71, relativamente aos apartamentos de último piso e à semelhança dos apartamentos de rés-do-chão e de pisos intermédios, o melhor desempenho energético é atribuído à reabilitação do sistema de aquecimento e sistema de preparação de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”, com uma melhoria de 79,05% nas necessidades globais de energia primária, ascendendo a classe energética para A. Em segundo lugar, está colocada a proposta de reabilitação dos sistemas de aquecimento e de preparação de AQS com uma melhoria de 63,19%. As propostas de reabilitação da envolvente dividem-se em dois patamares. O primeiro é atribuído à proposta de reabilitação das lajes, com melhoria de 22,10% e à proposta de reabilitação do revestimento de teto, com 20,25% de melhoria. O segundo patamar com melhorias menos acentuadas dá lugar à proposta de reabilitação da ventilação natural, com melhoria de 6,57%, à proposta de introdução de fachada ventilada com melhoria de 5,55% e à proposta de reabilitação dos vãos envidraçados, com 3,99% de melhoria 5.5. Despenho energético influenciado pela orientação dos edifícios Os blocos da cooperativa de habitação económica “Capitães De Abril” orientam-se mantendo um afastamento das vias de circulação ou por entre a vegetação. Mestrado em engenharia civil 100 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Os edifícios tipo 2 são dispostos segundo três orientações, nomeadamente, nordeste (NE), sudoeste (SO) e noroeste (NO), no entanto, os restantes edifícios são orientados unicamente numa direção. Apoiado nas semelhanças construtivas dos edifícios tipo 2 e na dissemelhança das orientações, o estudo da influência da orientação no cálculo das necessidades de energia é efetuado para os apartamentos com maior área de vãos envidraçados. Na fachada de um edifício é agregada à maior área de vãos envidraçados. Nos edifícios da cooperativa, a fachada opõe-se à porta principal de acesso aos blocos. A influência da orientação nas necessidades globais de energia primária para os aparamentos do lado direito dos blocos 6, 10 e 26, é estudada na Tabela 25. Os edifícios orientados na vertente norte, principalmente os edifícios orientados a noroeste, requerem mais energia para manter as frações dentro da temperatura de conforto dos utilizadores. Tabela 25 - Influência da orientação nas Ntc. Apartamento r/c drtº B6 Ntc (kgep/m².ano) 10.45 2.55 SO Apartamento r/c drtº B10 10.19 Referência NO Apartamento r/c drtº B26 10.66 4.61 NE Apartamento 1º drtº B6 9.15 2.69 SO Apartamento 1º drtº B10 8.91 Referência NO Apartamento 1º drtº B26 9.38 5.27 NE Apartamento 2º drtº B6 9.15 2.69 SO Apartamento 2º drtº B10 8.91 Referência NO Apartamento 2º drtº B26 9.38 5.27 NE Apartamento 3º drtº B6 12.36 1.15 SO Apartamento 3º drtº B10 12.22 Referência NO Apartamento 3º drtº B26 12.59 3.03 Orientação Fração autónoma NE % Assumindo como referência os apartamentos orientados a sudoeste, na Tabela 25 são percentualmente diferenciadas as necessidades globais de energia primária para os diversos pisos das orientações abordadas. As perdas térmicas pela envolvente exterior dos apartamentos dos pisos intermédios são coligadas ao acréscimo de perdas pela cobertura nos apartamentos de último piso e pela Mestrado em engenharia civil 101 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis envolvente interior em contacto com espaço não útil nos apartamentos de rés-do-chão. As alterações na envolvente exterior têm maior impacto nos apartamentos de pisos intermédios do que nos pisos de rés-do-chão e de último piso. Quanto maior a área da envolvente opaca menor é a influencia da orientação nas necessidade globais de energia primária. Na reabilitação de edifícios, caso seja exequível, uma das melhorias passa por minimizar a área de envidraçados orientados a norte e maximizar a área de envidraçados orientados a sul. 5.6. Poupança energética anual Aplicando a proposta de reabilitação global previamente estudada no Bloco 6 aos restantes edifico da C.H.E “Capitães de Abril”, denota-se na Tabela 26 uma poupança energética global de 83,82% que corresponde a 175 658,86 quilograma equivalentes de petróleo por ano. Tabela 26 - Poupança anual de energia na C.H.E. ”Capitães de Abril” – Viana Do Castelo Edifícios Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança energética anual kgep.ano % Edifícios Tipo 1 34396,68 4807,80 29588,88 86,02 Edifícios Tipo 2 110628,25 13705,68 96922,56 87,61 Edifícios Tipo 3 15448,08 2407,11 13040,97 84,42 Edifícios Tipo 4 17559,78 2567,50 14992,29 85,38 Edifícios Tipo 5 31541,81 10427,65 21114,15 66,94 Total 209574,59 33915,75 175658,85 83,82 A principal empresa de distribuição de energia de Portugal, disponibiliza informação sobre a origem da energia elétrica, motivando à sua utilização de uma forma cada vez mais consciente e responsável defendendo o ambiente e a sustentabilidade do planeta, simultaneamente, obtendo significativas poupanças na fatura de eletricidade. Os simples gestos de substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras, evitar ter as luzes ou os equipamentos ligados, quando não for necessário, ao comprar um novo equipamento, verificar a etiqueta energética e optar por aquele que apresenta menor consumo de energia, não deixar os aparelhos em modo standby, desligar no botão e retirar os carregadores de bateria da ficha imediatamente após o seu aparelho estar carregado, influenciam significativamente na redução do consumo de eletricidade e por sua vez na gestão das fontes de energia. Mestrado em engenharia civil 102 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” É a responsabilidade individual no consumo que torna possível gerir as fontes usadas na produção de energia elétrica, na medida em que, a redução da produção de energia elétrica permite dar maior relevância à utilização de energias renováveis em detrimento do consumo de combustíveis fósseis, elementos poluidores da atmosfera. Apesar dos significativos progressos no desenvolvimento da capacidade de produção de energia proveniente de fontes renováveis, para responder às necessidades dos consumidores é necessário recorrer também à produção convencional, em centrais termoelétricas que utilizam combustíveis fósseis. (edp serviço universal, 2013) Na Figura 72, através de gráficos circulares, é possível ver a contribuição de cada fonte de energia para o “mix” energético referente ao ano de 2012. Fontes de energia 15.2% 8.9% Outras Renováveis Eólica Hídrica 10.7% 15.1% 40.1% Carvão Cogeração Fóssil 10.0% Energia renovável 41% 59% Energia não renovável Outras Figura 72 - Fontes de produção de eletricidade (edp serviço universal, 2013) No futuro espera-se que a distribuição de energia para os edifícios seja 100% proveniente de fontes de energia renovável. 5.7. Sustentabilidade dos edifícios existentes e dos edifícios após reabilitação Avaliada a eficiência energética das diferentes soluções de reabilitação, torna-se fundamental analisar a sua influência na vertente de sustentabilidade. A avaliação do desempenho sustentável é efetuada para a totalidade dos edifícios da C.H.E “Capitães de Abril” – Viana do Castelo. Os cálculos dos parâmetros assim como o desempenho sustentável são apresentados no Anexo IV. A planta de implantação da C.H.E “Capitães de Abril” – Viana do Castelo, com a delimitação das áreas construtivas, é ilustrada na Figura 73. Mestrado em engenharia civil 103 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Figura 73 - Planta de implantação da C.H.E. “Capitães de Abril” - Viana do Castelo 5.7.1. Dimensão Ambiental A dimensão ambiental, resumida na Tabela 27, engloba as categorias, C1 - Alterações climáticas e qualidade do ar exterior, C2 - Uso do solo e Biodiversidade, C3 - Energia, C4 Materiais e resíduos sólidos e C5-Água. A categoria C1 - Alterações climáticas e qualidade do ar exterior, é direcionada unicamente na avaliação do parâmetro P1 - Valor agregado das categorias de impacte ambiental de ciclo de vida de área útil de pavimento e por anos. Devido à falta de informação dos materiais utilizados na construção e para evitar incorreções na avaliação da sustentabilidade, a categoria referente às alterações climáticas e qualidade do ar exterior, não será avaliada. O peso da categoria é redistribuído pelas restantes categorias da dimensão ambiental. A categoria C2 - Uso do solo e biodiversidade é fragmentada nos parâmetros P2 Percentagem de utilização do índice de utilização líquido, P3 - Índice de impermeabilização, P4 - Percentagem de área de intervenção preveniente, P5 - Percentagem de áreas verdes Mestrado em engenharia civil 104 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” ocupadas por planta e P6-Percentagem de área em planta com refletância igual ou superior a 60% O parâmetro P2 tem como objetivo promover a utilização eficiente do solo urbanizável. O desempenho é obtido pelo cociente entre o índice de utilização líquido do edifício (IUL) e o índice máximo disponível segundo o PDM local (IULmax). O Índice de utilização líquido do edifício resulta do cociente entre a área bruta total e a área do lote ou parcela. A área bruta total do edifício é obtida pelo somatório das áreas de todos os pavimentos acima e abaixo do solo, excluindo os sótãos, áreas técnicas, varandas, terraços e arruamentos e a área da parcela corresponde à área suscetível de construção. No estudo do parâmetro P2 é importante ter atenção as limitações de área construtiva imposta pelo PDM local. O PDM de Viana do Castelo menciona que o índice de construção máximo não pode ser superior o 30%. O Aumento da área bruta total pode originar um decréscimo na percentagem de áreas verdes, diminuindo assim a capacidade do solo de absorver água. Este parâmetro beneficia a construção em altura, sendo que, para a mesma área de construção, a área bruta total assume valores mais sustentáveis. O parâmetro P3 pretende promover o aumento de permeabilidade dos solos para garantir a recarda dos aquíferos e diminuir a possibilidade de ocorrência de cheia por saturação dos sistemas de drenagem de águas pluviais. O desempenho é obtido pelo quociente entre a área impermeável e a área total do terreno. A área impermeável resulta do somatório das áreas do edifício, dos arruamentos e áreas pavimentadas. O parâmetro P4 favorece os edifícios que reutilizem o solo contaminado ou previamente construído. O desempenho é medido pelo quociente entre a área de intervenção do edifício que anteriormente já se encontrava contaminada pela área total da intervenção. A área total de intervenção é o somatório das áreas de implantação do edifício com as áreas onde se altera a modelação natural do terreno. Quanto à área previamente contaminada terá o valor de 0, uma vez que não existe nenhuma área que já tenha algum edifício ou que tenha sido contaminada. O parâmetro P5 premeia a utilização de plantas autóctones nos espaços verdes, com o intuito de preservar a biodiversidade. O desempenho resulta do quociente entre as áreas ocupadas pela implantação de árvores autóctones com a área reservada para espaços verdes. Nos espaços verdes, dos edifícios em estudo, não se observa qualquer espécie autóctone, pelo que a proposta de reabilitação prevê a plantação de 60% da área com plantas nativas da região de Viana do Castelo. Mestrado em engenharia civil 105 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis O parâmetro P6 tem como objetivo promover o uso de materiais de elevada refletância ou de zonas verdes nos espaços exteriores e coberturas. A temperatura dos centros urbanos é mais elevada, uma vez que se substitui a vegetação existente por construções que normalmente apresentam elevada absorção solar resultado da sua baixa refletância. Este fenómeno designase por ilha de calor. Este fator proporciona o aumento das necessidades de energia para arrefecimento das edificações urbanas em comparação com edificações situadas em meio rural. A face exterior das coberturas dos edifícios é constituída por uma membrana asfáltica impermeabilizante de cor branca, com uma refletância de 70%, na proposta de reabilitação, prevendo o uso de cobertura acessível ventilada, a refletância assume valores superiores a 60% com o recurso a mosaicos cerâmicos de elevada refletância. A categoria C3 - Energia é dividida em dois parâmetros P7 - Consumo de energia primária não renovável na fase de utilização e pelo parâmetro P8 - Quantidade de energia que é produzida no edifício através de fontes renováveis. O parâmetro P7 debruçado na avaliação energética, promove a diminuição da dependência de energia não renovável necessária para aquecimento, arrefecimento e aquecimento das águas sanitárias do edifício. É avaliado através do valor das necessidades globais anuais de energia primária (Ntc), calculado na fase de avaliação energética. O parâmetro P8 pretende enaltecer o uso de energia proveniente de fontes renováveis. A contribuição de sistemas solares deve ser calculada utilizando o programa SOLTERM do INETI. A sua contribuição só pode ser contabilizada, se os sistemas ou equipamentos forem certificados de acordo com as normas e legislação em vigor, instalados por instaladores acreditados pela DGGE e, cumulativamente, se houver a garantia de manutenção do sistema em funcionamento eficiente durante um período mínimo de seis anos após instalação. O desempenho é avaliado através da quantidade de energia produzida no edifício, através de fontes renováveis e resulta do cociente entre a energia produzida pela área útil do pavimento. Na solução base não se recorre a qualquer tipo de sistema de produção de energia renovável. Na proposta de reabilitação, o uso de sistema solar térmico tipo “termossifão” para produção de energia renovável, torna-se fundamental para tentar alcançar a meta dos edifícios com necessidades quase nulas de energia. A categoria C4 - Materiais e resíduos sólidos, é ramificada nos parâmetros P9 -Percentagem em custo de materiais reutilizados, P10 - Percentagem em peso do conteúdo reciclado do Mestrado em engenharia civil 106 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” edifício, P11 - Percentagem em custo de produtos de fase orgânica que são certificados, P12 Percentagem em massa de materiais substitutos do cimento e do betão e P13 - Potencial das condições do edifício para promoção de separação de resíduos sólidos. Devido à falta de informação precisa dos materiais utilizados em obra, o estudo das soluções construtivas são meras aproximações à realidade, como a categoria, C4 - Materiais e resíduos sólidos, se debruça na pormenorização dos materiais aplicados não é possível estudar a sustentabilidade dos parâmetros envolvidos, portanto o peso da categoria é distribuído pelas categorias de sustentabilidade a estudar. A categoria C5 - Água, converge nos parâmetros P14 - Volume de água consumida per capita no interior do edifício e no parâmetro P15 - Percentagem de redução do consumo de água potável. O parâmetro P14 procura fazer a previsão do volume anual de água consumido per capita na interior do edifico, promovendo e premiando a sua redução. O desempenho é obtido pelo somatório dos diferentes dispositivos de utilização multiplicados pelo consumo de utilização em metros cúbicos, pelo número de utilizações por anos e pelo número de utilizações por dia por habitante. Nos edifícios em estudo são utilizados como dispositivos de utilização, bacia de retrete com descarga de 6 litros, torneiras convencionais, lava-louça com torneiras convencionais, chuveiros com fluxo compreendido entre 6 e 9, máquina de lavar roupa com consumo de prática corrente e máquina de louça com consumo de prática corrente. Na proposta de reabilitação prevê-se a utilização de dispositivos mais eficientes, como é o caso de bacia de retrete com dupla descarga de 4 e 2 litros, torneiras com redutor de caudal, Lava-louça contendo torneiras com redutor de caudal, chuveiros com fluxo inferior a 4,5 e maquinas de lavar roupa e loiça de baixo consumo. O parâmetro P15 preconiza a reutilização de águas residuais domésticas e a utilização de águas pluviais para reduzir o consumo de água potável. A percentagem de redução do consumo de água potável deriva do somatório do volume de águas cinzentas recicladas com o somatório do volume de águas da chuva utilizada, dividido pelo volume total de água consumido no interior do edifício. No edificado não se prevê a utilização de sistemas de captação e tratamento de águas cinzentas e pluviais. Mestrado em engenharia civil 107 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tabela 27- Categorias, indicadores e parâmetros da Dimensão Ambiental do SBToolPT – H Dimensão Categoria Indicador Parâmetro C1 - Alterações Impacte ambiental Valor agregado das categorias de impacte climáticas e qualidade associado ao ciclo de ambiental de ciclo de vida do edifício por m2 do ar exterior vida dos edifícios de área útil de pavimento e por ano Percentagem utilizada do índice de utilização Densidade Urbana líquido disponível Índice de impermeabilização Reutilização de solo C2 - Uso do solo e previamente edificado biodiversidade ou contaminado Percentagem de áreas verdes ocupadas por autóctones plantas autóctones resíduos sólidos refletância igual ou superior a 60% Consumo de energia primaria não renovável renovável na fase de utilização Energia produzida fontes renováveis C4 - Materiais e Percentagem de área em planta com Energia Primaria não localmente a partir de DA – Ambiental previamente contaminada ou edificada Uso de plantas Efeito de ilha de calor C3 – Energia Percentagem de área de intervenção Quantidade de energia que é produzida na edifício através de fontes renováveis Reutilização de Percentagem em custo dos materiais materiais reutilizados Utilização de materiais Percentagem em peso do conteúdo reciclado reciclados do edifício Recurso a materiais Percentagem em custo dos produtos de base certificados orgânica que são certificados Uso de substitutos de Percentagem em massa de materiais cimento no betão substitutos do cimento no betão ID P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 Condições de armazenamento de resíduos sólidos durante a fase de utilização do Potencial das condições do edifício para promoção da separação de resíduos sólidos P13 edifício Consumo de água C5 – Água no interior do edifício Reutilização e utilização Percentagem de redução do consumo de água de água não potável potável Mestrado em engenharia civil 108 Volume anual de água consumida per capita P14 P15 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 5.7.2. Dimensão Social A dimensão social, sintetizada na Tabela 28 avalia as categorias C6-Conforto e saúde dos utilizadores, C7-Acessibilidade e C8-Sustentabilidade e educação para a sustentabilidade. A categoria C6 - Conforto e saúde dos utilizadores, é agrupada pelos parâmetros, P16 Potencial de ventilação natural, P17 - Percentagem em peso de materiais de acabamento com baixo teor em COV, P18 - Nível de conforto térmico medio anual, P19 - Media do fator de luz do dia médios e P20 - Nível médio de isolamento acústico. O parâmetro P16 através do requisito legal previsto no RCCTE, do tipo de ventilação existente, de aspetos relacionados com as plantas de arquitetura, da área de abertura para o exterior e do tipo de caixilharias utilizadas nos vãos, é determinado com recurso a créditos o valor do potencial de ventilação natural, sendo que quanto maior for o valor, melhor é o desempenho sustentável do edifício. Todas as frações em estudo são ventiladas naturalmente com renovações de ar por hora acima do mínimo de 0.6, imposto pelo RCCTE. A ventilação natural declina para valores mais próximos do mínimo exigido, na proposta de melhoria, com a objetivo de minorar as perdas associadas á troca de ar do exterior com o interior, não deixando, no entanto, de garantir a boa qualidade do ar interior. A ventilação é eficaz em todas as frações, sendo a percentagem de ventilação cruzada compreendida ente 25 e 50% da área habitável, à exceção dos edifico tipo 3 em que a percentagem é inferior a 25%. As aberturas para o exterior superam os 10% da área útil de pavimento. Todas as caixilharias utilizadas nos vãos, na proposta de reabilitação, encorparam grelha de ventilação, o que não acontece no edificado atual. O parâmetro P17, pelos motivos citados na categoria C1 e o parâmetro P18 por estar fora do âmbito da avaliação, não serão avaliados e o seu peso será distribuído pelos parâmetros em estudo da categoria que promove o conforto e saúde dos utilizadores. O parâmetro P19, sustentado na iluminação natural, promove a redução da energia para iluminação dos compartimentos das frações. Uma boa estratégia de soluções construtivas permitem obter um melhor aproveitamento da iluminação natural, como é exemplo, utilizar revestimentos de cor clara para refletir a luz solar, orientar adequadamente as janelas do edifício, evitar compartimentos de elevada profundidade, colocar proteções solares nas janelas para assegurar a iluminação evitando sobreaquecimentos no verão, janelas altas em vez de Mestrado em engenharia civil 109 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis janelas largas e baixa, utilizar soluções que possibilitem o aproveitamento de iluminação natural, através da aplicação de poços de luz, ductos solares, claraboias, aberturas zenitais laterias, palas refletoras, componentes prismáticos e Fibra ótica. Estudos comprovam que quanto maior a claridade proveniente de luz solar, maior é satisfação e conforto dos ocupantes. O Fator de Luz do Dia Médio de um compartimento é calculado através do método simplificado proposto por Littlefair, que resulta do quociente da multiplicação das variáveis, fator de correlação que permite traduzir a sujidade do envidraçado (M), área total envidraçada das janelas ou claraboias (W), ângulo do céu visível formado pelos planos inferior e superior que delimitam a área visível do céu a partir do centro da janela do compartimento (θ) e fator de transmissão da luz visível do vidro (T), pela multiplicação da área total de todas as superfícies interiores do compartimento (A) pelo quadrado do inverso da média ponderada da refletâncias das superfícies interiores do compartimento, em função da área (R). O desempenho de cada fração é obtido através da média ponderada do valor normalizado do fator de luz do dia médio associado a cada compartimento. O parâmetro P20 por estar fora do âmbito de avaliação, não é considerado. À semelhança dos parâmetros P17 e P18, o seu peso é divido pelas categorias avaliadas da categoria C6. A categoria C7 - Acessibilidade reparte-se nos parâmetros P21 - Índice de acessibilidade a transportes públicos e P22 - Índice de acessibilidade a amenidades O parâmetro P21, tendo por base as diversas linhas de transporte público que servem o local do edificado nas horas de ponta e mediante as variáveis tempo de percurso desde a entrada do edifício até à paragem de transporte publico, o tempo de espera e o fator que exprime a potencialidade de atraso, estabelece o índice de acessibilidade a transportes públicos. Os edifícios com maior índice de acessibilidade, indiciam a menor tendência de utilização de transportes individuais, reduzindo deste modo as emissões de gases de efeito de estufa. As vantagens não se ficam pelo meio ambiental. Os transportes públicos são o meio de mobilidade de pessoas que não possuam transporte privado assim como de pessoas debilitadas com a introdução de sistemas nos transportes públicos que proporcionam a entrada e saída de cadeiras de rodas. O edificado é situado na zona central da cidade de Viana do Castelo e é servido por duas linhas de transportes rodoviários. Mestrado em engenharia civil 110 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” O parâmetro P22 valoriza os edifícios que se situem perto das amenidades básicas como é o caso de cafés, espaços exteriores públicos, mercearia, talho, banco, caixa de multibanco, escola primária, estação de correios, farmácia parque infantil, centro comercial, centro de desporto, ginásio, centro médico, centro recreativo, igreja, edifício de serviços e restaurante. A proximidade das amenidades das frações, modera a utilização de transportes privados, promovendo a deslocação a pé, de bicicleta ou transportes públicos, com o objetivo de diminuir as emissões de gases efeito de estufa e evitar congestionamentos. As amenidades são divididas em três classes, mediante a importância refletida pela população. O índice de acessibilidade é calculado com recurso a créditos atribuídos às três classes de amenidades, consoante a percurso desde a saída da porta do edifício até à amenidade. A categoria C8 - Sensibilização e educação para a sustentabilidade é avaliada apenas pelo parâmetro P23 – Disponibilidade e conteúdo do manual do utilizador do edifício. O parâmetro P23 resulta do somatório dos créditos atribuídos a cada conteúdo apresentado no manual de utilizador. A classificação energética ou sustentável de um edifício é baseada em pressupostos que podem ser ou não cumpridos pelos utilizadores, sendo assim é importante consciencializar os utilizadores para a redução dos custos e diminuição da produção de poluentes ambientais. Na proposta de reabilitação prevê-se a elaboração do manual de utilizador. Nos aspetos relacionados com o edifício, é estabelecida a comunicação das medidas adotadas, com as razões que levaram à sua adoção assim como o modo de utilização, na vertente energética há a subdivisão, detalhada em informações sobre o modo de operar corretamente os equipamentos, informações sobre os requisitos de manutenção, informações de instruções de utilização eficiente dos sistemas, informações relacionadas com soluções de iluminação artificial de baixo consumo, informações relacionadas com o sistema europeu de rotulagem dos eletrodomésticos e conteúdo de carater geral relacionados com eficiência energética, ao nível de consumo de água o manual contém informações sobre a utilização de água com dicas para poupança de água, detalhes acerca dos dispositivos instalados que permitem o menor consumo de água e informações sobre o uso eficiente de água nos espaços exteriores, o manual menciona também informações sobre os resíduos e reciclagem, relacionadas com os sistemas de separação e recolha de resíduos e informação sobre manutenção e remodelação sustentável. A nível de caráter local e envolvente, o manual contém informações dos resíduos e reciclagem, nomeadamente o que fazer aos resíduos não abrangidos na recolha, informações Mestrado em engenharia civil 111 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis relativas a transportes públicos, informações sobre a localização das amenidades, padrões de consumo responsável, relacionado com a aquisição de bens e serviços mais sustentáveis e informações de emergência com a localização e números de telefone das instituições. Tabela 28 - Categorias, indicadores e parâmetros da Dimensão Social do SBToolPT - H Dimensão Categoria Indicador Parâmetro ID Potencial de ventilação natural P16 Eficiência da ventilação natural em espaços interiores C6 - Conforto e saúde Toxicidade dos materiais Percentagem em peso de materiais de dos utilizadores de acabamento acabamento com baixo conteúdo de COV Conforto térmico Nível de conforto térmico medio anual P18 Conforto visual Média do Fator de Luz do Dia Medio P19 Conforto acústico Nível medio de isolamento acústico P20 DE- Social Acessibilidade a C7 - Acessibilidade transportes públicos Acessibilidade a amenidades C8 - Sensibilização e educação para a Formação dos ocupantes sustentabilidade P17 Índice de acessibilidade a transportes públicos P21 Índice de acessibilidade a amenidades Disponibilidade e conteúdo do Manual do utilizador do Edifício P22 P23 5.7.3. Dimensão Económica A dimensão económica, sintetizada na Tabela 29, avalia apenas a categoria C9 – Custos de Ciclo de vida que por sua vez é orientada pelos parâmetros P24 – Valor do custo de investimento inicial por m2 de área útil de pavimento e P25 Valor atual dos custos de utilização inicial por m2 de área útil de pavimento. O parâmetro P24 avalia o valor do custo do investimento inicial por m2 de área útil. O desempenho do edifício ao nível deste parâmetro é avaliado através do valor do custo do investimento inicial por m2 de área útil. Este valor corresponde ao custo de construção ou valor de venda a público e inclui todas as despesas associadas ao edifício até à conclusão da fase de construção. A avaliação do parâmetro P24 está fora do âmbito de estudo, no entanto, o seu peso será distribuído pelo parâmetro P25. O parâmetro P25, referente aos custos de utilização, avalia o desempenho sustentável do edifício através do valor atual dos custos de utilização por m2 de área útil. No estudo da sustentabilidade é feita a entrada, com custos associados ao consumo de energia para Mestrado em engenharia civil 112 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” climatização e aquecimento das águas sanitárias, custos de consumo de água potável, custos de produção de águas residuais e produção de resíduos sólidos. O Valor atual dos custos de utilização por m2 de área útil deriva do somatório dos custos avaliados em função da taxa Euribor a 12 meses e da duração prevista para o ciclo de vida do edifício. O custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e produção de resíduos sólidos, são obtidos mediante os consumos de água potável na prática convencional ou na melhor prática, sendo que, os custos de produção de águas residuais e produção de resíduos sólidos, são calculados em função da capitação de água potável. Conforme os custos de melhor prática e de prática convencional são obtidos os índices em função da taxa Euribor a 12 meses e da duração prevista para o ciclo de vida do edifício. (Bragança & Mateus, 2009) Tabela 29 - Categorias, indicadores e parâmetros da Dimensão Económica do SBToolPT - H Dimensão DE- Económica Categoria C9 - Custo de ciclo de vida Indicador Parâmetro Custo de investimento Valor do custo do investimento inicial por m2 inicial de área útil Custo de utilização Valor atual dos custos de utilização por m de área útil ID P24 P25 5.7.4. Sustentabilidade - Solução base versus proposta de reabilitação A avaliação da sustentabilidade é apoiada em 15 parâmetros, sete dos quais são análogos à solução base e à proposta de reabilitação (P2, P3, P4, P6, P15, P21 e P22). Os parâmetro em estudo que influenciam a mudança da nota de sustentabilidade da solução base para proposta de reabilitação, são assinaladamente os parâmetros P5, P7, P8, P14, P16, P19, P23 e P25. Na Tabela 30 para o bloco 1, estão especificados os benchmarks da solução base e da proposta de reabilitação total. Mestrado em engenharia civil 113 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Tabela 30 - Benchmarks dos parâmetros sustentáveis do edifício tipo 1 bloco 1- Solução base versus Proposta de reabilitação total Parâmetro Valor agregado das categorias de impacte ambiental de ciclo de vida do edifício por m2 de área útil de pavimento e por ano Percentagem utilizada do índice de utilização líquido disponível Índice de impermeabilização Percentagem de área de intervenção previamente contaminada ou edificada Percentagem de áreas verdes ocupadas por plantas autóctones Percentagem de área em planta com refletância igual ou superior a 60% Consumo de energia primária não renovável na fase de utilização Quantidade de energia que é produzida no edifício através de fontes renováveis Percentagem em custo dos materiais reutilizados Percentagem em peso do conteúdo reciclado do edifício Percentagem em custo dos produtos de base orgânica que são certificados Percentagem em massa de materiais substitutos do cimento no betão Potencial das condições do edifício para promoção da separação de resíduos sólidos Volume anual de água consumida per capita no interior do edifício Percentagem de redução do consumo de água potável Potencial de ventilação natural Percentagem em peso de materiais de acabamento com baixo conteúdo de COV Nível de conforto térmico medio anual ID Melhor pratica (base/ reabilitação total) P1 Prática convencional (base/reabilitação total) Solução Solução reabilitação Base total Não considerado no estudo de sustentabilidade P2 90 / 90 50 / 50 104.97 104.97 P3 30 / 30 60 / 60 31.97 31.97 P4 90 / 90 0/0 0 0 P5 90 / 90 30 / 30 0 60 P6 90 / 90 40 / 40 91.85 91.85 P7 2.25 / 2.26 8.95 / 9.04 10.07 1.51 P8 41.44 / 35.69 38.65 / 17.72 0 24.41 P9 Não considerado no estudo de sustentabilidade P10 Não considerado no estudo de sustentabilidade P11 Não considerado no estudo de sustentabilidade P12 Não considerado no estudo de sustentabilidade P13 Não considerado no estudo de sustentabilidade P14 22 / 22 44 / 44 37.05 19.45 P15 38.42 / 38.42 0/0 0 0 P16 60 / 60 30 / 30 50 70 P17 Não considerado no estudo de sustentabilidade P18 Não considerado no estudo de sustentabilidade Média do Fator de Luz do Dia Médio P19 Nível medio de isolamento acústico Índice de acessibilidade a transportes públicos Índice de acessibilidade a amenidades Disponibilidade e conteúdo do Manual do utilizador do Edifício Valor do custo do investimento inicial por m2 de área útil Valor atual dos custos de utilização por m2 de área útil P20 3/3 0.92 / 0.92 13 7.6 Não considerado no estudo de sustentabilidade P21 11 / 11 3.5 / 3.5 1.97 1.97 P22 30 / 30 15 / 15 93 93 P23 75 / 75 15 / 15 0 100 P24 P25 Não considerado no estudo de sustentabilidade 12.74 / 12.74 48.53 / 48.53 20.79 9.48 Não se prevendo alterações geométricas significativas da solução base para proposta de reabilitação, o parâmetro P2, que avalia a percentagem utilizada do índice de utilização líquido disponível e o parâmetro P3, que avalia o índice de impermeabilização, assumem o mesmo desempenho em ambas as soluções. Mestrado em engenharia civil 114 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” A área de implantação do edificado não se sobrepõe a solo previamente contaminado ou edificado, o parâmetro P4, que avalia a percentagem de área de intervenção previamente contaminada ou edificada, é igual na solução base e na proposta de reabilitação. Na solução base as áreas verdes estão unicamente ocupadas por plantas exóticas, no entanto na proposta de reabilitação prevê-se a replantação de 60% das áreas verdes com plantas autóctones aumentando o desempenho do parâmetro P5, que avalia a percentagem de áreas verdes ocupadas com plantas autóctones. A solução base e a proposta de reabilitação apresentam na fase exterior da cobertura material ou tecnologia construtiva com refletância superior a 60%, o desempenho do parâmetro P6, que avalia a percentagem da área em planta com refletância igual ou superior a 60%, é igual em ambas as soluções. A classe energética aumentou consideravelmente da solução base para proposta de reabilitação, o desempenho do parâmetro P7, que avalia o consumo de energia primária não renovável baseado no projeto térmico de cada fração autónoma é favorecido na proposta de reabilitação. Na solução base não se invoca qualquer sistema de produção de energia renovável, no entanto na proposta de reabilitação prevê-se a implementação de sistemas solar térmico do tipo “termossifão” para preparação de AQS, resultando no aumento desempenho do parâmetro P8, que avalia a quantidade de energia que é produzida no edifício através de fontes renováveis. Na solução base o recurso a dispositivos convencionais traduz num elevado volume de água consumido anualmente per capita, na proposta de reabilitação os dispositivos convencionais são trocados por dispositivos de elevada eficiência para diminuir o volume anual de água consumido per capita, para valores abaixo da melhor prática beneficiando o desempenho do parâmetro P14, que avalia o volume de anual de água consumida per capita no interior do edifício. Na solução base e na proposta de reabilitação não existe qualquer sistema de captação e tratamentos de águas residuais ou pluviais, retratando o seu fraco desempenho no parâmetro P15, que avalia a percentagem de redução do consumo de água potável. Da solução base para a proposta de reabilitação diminui-se a área de envidraçado dos compartimentos para reduzir as perdas por renovação de ar implicando um decréscimo na média do fator de luz do dia médio, não influenciando de certo modo o desempenho do parâmetro P19, que avalia a média do fator de luz do dia médio. Mestrado em engenharia civil 115 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Não se prevê a implantação de novas paragens ou novas linhas de transporte público, pelo que o desempenho do parâmetro P21, que avalia o índice de acessibilidade a transportes públicos, é igual na solução base e na proposta de reabilitação. Não se antevê a deslocação de amenidades, sendo o desempenho do parâmetro P22, que avalia o índice de acessibilidade a amenidades, igual na solução base e na proposta de reabilitação. Na solução base o manual do utilizador não está disponível, pelo que na proposta de reabilitação é desenvolvido o manual do utilizador cumprindo todos os conteúdo previsto na sua composição, como intuito de por os utilizadores a par de todos os critérios de sustentabilidade envolvidos no seu edifício, favorecendo o desempenho do parâmetro P23, que avalia a disponibilidade e conteúdo do manual do utilizador do edifício. Como a classificação energética aumentou consideravelmente da solução base para a proposta de reabilitação, os custos de utilização são menores, beneficiando a sustentabilidade do parâmetro P25, que avalia o valor atual dos custos de utilização. No estudo da sustentabilidade dos edifícios base da cooperativa, a Tabela 31 apresenta o valor dos parâmetros normalizados, assim como a nota global de sustentabilidade. Obtida a média geral dos edifícios da cooperativa, a Figura 74 reflete o desempenho de cada parâmetro abordado no estudo de sustentabilidade da solução base. Parâmetros SBTool Valor dos parâmetros 1.20 1.15 1.20 0.90 0.763 0.64 0.32 0.22 0.00 0.00 P2 P3 P4 P5 -0.20 P6 P7 -0.07 P8 P14 P15 -0.20 P16 P19 P21 -0.20 P22 P23 P25 -0.20 Figura 74 - Desempenho dos parâmetros da solução base- Média dos edifícios Mestrado em engenharia civil 116 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Tabela 31 - Nota Global de sustentabilidade - Solução Base P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P14 P15 P16 P19 P21 P22 P23 P25 NS Bloco 1 1.13 0.93 0.00 -0.20 1.04 -0.17 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.78 0.50 Bloco 2 1.20 -0.08 0.00 -0.20 0.71 -0.14 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.78 0.49 Bloco 3 1.20 -0.08 0.00 -0.20 0.71 -0.15 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.78 0.49 Bloco 4 1.20 -0.08 0.00 -0.20 0.71 -0.14 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.78 0.49 Bloco 5 1.07 0.73 0.00 -0.20 0.90 -0.19 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.77 0.49 Bloco 6 1.20 0.14 0.00 -0.20 0.65 -0.14 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.48 Bloco 7 1.20 -0.20 0.00 -0.20 0.60 -0.10 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.77 0.49 Bloco 8 1.18 0.97 0.00 -0.20 1.07 -0.18 -0.20 0.32 0.00 0.33 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.77 0.48 Bloco 9 0.61 0.38 0.00 -0.20 0.60 -0.12 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.46 Bloco 10 1.20 0.67 0.00 -0.20 0.92 -0.16 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.49 Bloco 11 1.20 -0.20 0.00 -0.20 0.85 -0.10 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.77 0.49 Bloco 12 1.20 -0.08 0.00 -0.20 0.95 -0.11 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.50 Bloco 13 1.20 -0.08 0.00 -0.20 0.94 -0.11 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.77 0.50 Bloco 14 1.20 -0.20 0.00 -0.20 0.48 -0.16 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.47 Bloco 15 1.20 -0.20 0.00 -0.20 1.20 -0.20 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.75 0.49 Bloco 16 1.20 -0.20 0.00 -0.20 1.20 -0.20 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.49 Bloco 17 1.20 -0.20 0.00 -0.20 1.20 -0.20 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.75 0.49 Bloco 18 1.20 0.57 0.00 -0.20 1.11 -0.16 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.50 Bloco 19 1.20 -0.04 0.00 -0.20 0.74 -0.11 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.49 Bloco 20 1.20 -0.15 0.00 -0.20 0.67 -0.11 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.49 Bloco 21 1.20 -0.04 0.00 -0.20 0.74 -0.10 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.77 0.49 Bloco 22 1.20 0.20 0.00 -0.20 1.20 -0.14 -0.20 0.32 0.00 0.33 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.48 Bloco 23 1.20 0.78 0.00 -0.20 1.12 -0.11 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.50 Bloco 24 1.20 0.31 0.00 -0.20 1.00 -0.11 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.50 Bloco 25 1.20 0.51 0.00 -0.20 0.98 -0.16 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.49 Bloco 26 0.67 1.27 0.00 -0.20 1.12 -0.19 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.47 Bloco 27 1.20 0.20 0.00 -0.20 0.88 -0.19 -0.20 0.32 0.00 0.67 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.75 0.48 Média 1.15 0.22 0.00 -0.20 0.90 -0.15 -0.20 0.32 0.00 0.64 1.20 -0.20 1.20 -0.20 0.76 0.49 No estudo da sustentabilidade dos edifícios da cooperativa com a proposta de reabilitação total, a Tabela 32 apresenta o valor dos parâmetros normalizados, assim como a nota global de sustentabilidade. Obtida a média geral dos edifícios da cooperativa, a Figura 75 reflete o desempenho de cada parâmetro abordado no estudo de sustentabilidade da proposta de reabilitação total. Mestrado em engenharia civil 117 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Parâmetros SBTooL Valor dos parâmetros 1.15 1.12 1.19 1.20 P16 P19 1.20 1.20 P22 P23 1.09 0.90 0.56 0.50 0.37 0.22 0.00 0.00 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P14 P15 P21 P25 -0.20 Figura 75 - Desempenho dos parâmetros da reabilitação total- Média dos edifícios Tabela 32 - Nota Global de sustentabilidade – Proposta de reabilitação total P14 P15 P16 P19 P22 P23 P25 NS Bloco 1 P2 1.13 P3 0.93 P4 0.00 P5 0.50 P6 1.04 P7 1.11 P8 0.37 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.929 Bloco 2 1.20 -0.08 0.00 0.50 0.71 1.12 0.38 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.918 Bloco 3 1.20 -0.08 0.00 0.50 0.71 1.11 0.38 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.917 Bloco 4 1.20 -0.08 0.00 0.50 0.71 1.12 0.38 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.918 Bloco 5 1.07 0.73 0.00 0.50 0.90 1.11 0.37 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.920 Bloco 6 1.20 0.14 0.00 0.50 0.65 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.925 Bloco 7 1.20 -0.20 0.00 0.50 0.60 1.14 0.45 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.924 Bloco 8 1.18 0.97 0.00 0.50 1.07 1.09 0.24 1.12 0.00 1.00 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.902 Bloco 9 0.61 0.38 0.00 0.50 0.60 1.14 0.45 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.902 Bloco 10 1.20 0.67 0.00 0.50 0.92 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.936 Bloco 11 1.20 -0.20 0.00 0.50 0.85 1.14 0.45 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.932 Bloco 12 1.20 -0.08 0.00 0.50 0.95 1.14 0.45 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.935 Bloco 13 1.20 -0.08 0.00 0.50 0.94 1.14 0.45 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.935 Bloco 14 1.20 -0.20 0.00 0.50 0.48 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.918 Bloco 15 1.20 -0.20 0.00 0.50 1.20 1.10 0.25 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.913 Bloco 16 1.20 -0.20 0.00 0.50 1.20 1.10 0.25 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.914 Bloco 17 1.20 -0.20 0.00 0.50 1.20 1.10 0.24 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.913 Bloco 18 1.20 0.57 0.00 0.50 1.11 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.941 Bloco 19 1.20 -0.04 0.00 0.50 0.74 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.926 Bloco 20 1.20 -0.15 0.00 0.50 0.67 1.14 0.45 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.927 Bloco 21 1.20 -0.04 0.00 0.50 0.74 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.927 Bloco 22 1.20 0.20 0.00 0.50 1.20 1.08 0.22 1.12 0.00 1.00 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.899 Bloco 23 1.20 0.78 0.00 0.50 1.12 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.944 Bloco 24 1.20 0.31 0.00 0.50 1.00 1.14 0.45 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.940 Bloco 25 1.20 0.51 0.00 0.50 0.98 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.938 Bloco 26 0.67 1.27 0.00 0.50 1.12 1.14 0.44 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.923 Bloco 27 1.20 0.20 0.00 0.50 0.88 0.82 -0.20 1.12 0.00 1.20 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.08 0.818 Média 1.15 0.22 0.00 0.50 0.90 1.11 1.12 0.00 1.19 1.20 -0.20 1.20 1.20 1.09 0.920 0.37 Mestrado em engenharia civil 118 P21 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Com as melhorias impostas da solução base para a proposta de reabilitação total, a nota global de sustentabilidade apoiada na Tabela 33 passou de B para A com uma melhoria de 87,76% no valor de sustentabilidade do edificado da C.H.E. “Capitães de Abril”. Tabela 33 - Conversão do valor normalizado numa escala qualitativa de sustentabilidade Escala qualitativa A+ Valor normalizado ̅ >1 A B C D E No Anexo IV são estabelecidas as variáveis envolvidas no cálculo dos parâmetros em estudo para a solução base e para a proposta de reabilitação total. Mestrado em engenharia civil 119 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Mestrado em engenharia civil 120 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” 6. CONCLUSÃO 6.1. Conclusões A cooperativa de habitação económica “capitães de abril” localizada em Viana do Castelo reúne cinco conjunto de edifícios. Os edifícios Tipo 2 detêm o maior número de incidências sendo possível, deste modo, comparar para as diferentes orientações, nordeste (NE), sudoeste (SO) e noroeste (NO), a influência nas necessidades de energia. Os métodos e os materiais construtivos são empregues de igual modo nos edifícios da cooperativa, alterando unicamente a tipologia e a arquitetura dos diferentes tipos. Detona-se o rigor e cuidado em satisfazer os requisitos impostos pelo REGEU. O défice de isolamento térmico e acústico da envolvente exterior, aliados à ausência de sistemas de aquecimento e arrefecimento influenciam bastante na eficiência energética do edificado. Quando comparadas com os apartamentos de pisos intermédios, as necessidades globais de energia primária aumentam 29% nos apartamentos de último piso e 12% nos apartamentos de rés-do-chão. O aumento das necessidades energéticas nos apartamentos de último piso, resultam do aumento das perdas pela envolvente exterior, nomeadamente pela cobertura. Nos apartamentos de rés-do-chão o aumento das perdas está associado ao acréscimo de perdas pela envolvente interior, especificadamente pelo pavimento em contacto com espaços não úteis. Apesar de existir divergências nas necessidades energéticas para os apartamentos intermédios, apartamentos de rés-do-chão e apartamentos de último piso, a classe energética C é atribuída à totalidade dos apartamentos da C.H.E. A amplitude das classes energéticas fica mais restringida nas classes antecessoras à classe energética C. O estudo das propostas de reabilitação é “ajustado” no bloco 6 e posteriormente aplicadas aos restantes edifícios, projetando alcançar a meta dos edifícios com necessidades quase nulas de energia. As propostas de reabilitação baseadas nas variáveis envolvidas no cálculo das necessidades energéticas do RCCTE dividem-se na reabilitação da envolvente e reabilitação dos sistemas. A reabilitação da envolvente abrange melhorias do isolamento térmico das paredes exteriores, cobertura, laje em contacto com espaços não úteis, melhorias do comportamento Mestrado em engenharia civil 121 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis térmico das caixilharias e envidraçados, diminuição da área de envidraçados, rebaixamento do pé-direito, vedação das portas e aplicação de dispositivos de admissão de ar. A reabilitação dos sistemas tem como finalidade aumentar a eficiência dos equipamentos de aquecimento e produção de águas quentes sanitárias. Na obtenção das necessidades globais de energia primária o RCCTE atribui maior percentagem ao sistema de preparação de AQS. No bloco 6 para o rés-do-chão, as propostas de melhoria das necessidades energéticas relacionadas com a reabilitação da envolvente estão hierarquizadas em, reabilitação de revestimento de teto, com melhoria de 8,63%, reabilitação da ventilação natural, com 7,99% de melhoria, reabilitação das lajes, com 7,60% de melhoria, introdução de fachada ventilada, com melhoria de 7,16% e reabilitação dos vãos envidraçados, com 4,87% de melhoria. Nos pisos intermédios beneficia-se da introdução de fachada ventilada, com melhoria de 8,65%, da reabilitação da ventilação natural com 8,45% de melhoria, da reabilitação dos vãos envidraçados, com melhoria de 5,52%, da reabilitação do revestimento de teto, com uma melhoria irrisória de 0,86%, já a reabilitação das lajes não introduzem alterações nas necessidades de energia nos pisos intermédios. No último piso, a reabilitação das lajes assume grande importância na melhoria das necessidades energéticas com melhoria de 22,10%, sucedendo-se a reabilitação do revestimento de teto, com 20,25% de melhoria, a reabilitação da ventilação natural, com melhoria de 6,57%, a proposta de introdução de fachada ventilada com melhoria de 5,55% e a reabilitação dos vãos envidraçados, com 3,99% de melhoria. Na reabilitação dos sistemas, dentro da vasta gama de equipamentos, a introdução de caldeira mural de condensação, para servir o aquecimento e a preparação de águas quentes sanitárias, é o mais indicado para apartamentos resultando numa melhoria média do edifício de 61,57%, nas necessidades globais de energia primária. Para alcançar a meta dos edifícios com necessidades quase nulas de energia, numa primeira fase é necessário reduzir as necessidades energéticas dos edifícios. Como não é praticável para conforto dos utilizadores, não consumir energia para arrefecimento, aquecimento, AQS, iluminação e eletrodomésticos, o conceito de edifícios com necessidades quase nulas de energia incidirá então no desígnio de edifícios de balanço energético quase nulo. Os edifícios de balanço energético quase nulo tem como objetivo reduzir as necessidades energéticas para níveis que sejam possíveis colmatar com produção de energia proveniente de fontes renováveis, designadamente a produzida no local ou nas proximidades do edifício. Mestrado em engenharia civil 122 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Dos edifícios existentes para a proposta de reabilitação total, a totalidade das necessidades energéticas passam de 169.36 para 47,39 kWh/m2.ano nos apartamentos intermédios de 282,88 para 60,18 kWh/m2.ano nos apartamentos de último piso e de 214,16 para 65,14 kWh/m2.ano nos apartamentos de rés-do-chão. Tendo em conta o conceito de edifícios de balanço energético quase nulo, nos edifícios ou nas proximidades é essencial existir uma fonte de produção de energia renovável que satisfaça em grande percentagem as necessidades energéticas As necessidades energéticas máximas terão de ser estabelecidas pelos estados membros. A título de exemplo a França definiu para objetivos intermédios a redução das necessidades de consumo de 57,5 para 50 kWh/m2.ano até 2015 para edifícios residenciais com vários fogos. Aplicada a proposta de reabilitação global previamente estudada no bloco 6 aos restantes edifícios da C.H.E “Capitães de Abril”, alcança-se a poupança energética global de 83,82%, que corresponde a 175 658,86 quilograma equivalentes de petróleo por ano. Existem fatores que influenciam o consumo energético que não são abordados pelo RCCTE, no entanto, os simples gestos de substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras, evitar ter as luzes ou os equipamentos ligados, quando não for necessário, ao comprar um novo equipamento, verificar a etiqueta energética e optar por aquele que apresenta menor consumo de energia, não deixar os aparelhos em modo standby, desligar no botão e retirar os carregadores de bateria da ficha imediatamente após o seu aparelho estar carregado, contribuem significativamente para a redução do consumo de eletricidade e por sua vez na gestão das fontes de energia. No estudo da sustentabilidade, as alterações das necessidades energéticas com a imposição de medidas de melhoria do edificado para alcançar a meta de edifícios com necessidades energéticas quase nulas, beneficia a categoria de energia assim como o parâmetro que avalia o valor atual dos custos de utilização. Além dos parâmetros energéticos, existe um conjunto de parâmetros que podem ser melhorados para aumentar o nível de sustentabilidade dos edifícios sem que seja prejudicado o custo de investimento inicial. Introduzindo as medidas de melhorias da solução base para a reabilitação total, a nota global de sustentabilidade sobe de B para A. Num projeto de edifícios novos, assim como na reabilitação, é importante ter em conta a orientação solar dos edifícios, sempre que possível, deverá estar orientado para Sul, a Mestrado em engenharia civil 123 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis disposição dos espaços interiores deverão ser de modo a promover uma boa ventilação dos mesmos, sempre que possível o projeto deve promover a iluminação natural dos espaços interiores, sem perda do desempenho térmico dos mesmos, é fundamental cumprir os requisitos energéticos assim como adotar soluções que promovam a sustentabilidade global do edifício, assegurando o conforto e saúde das gerações futuras. A reabilitação dos edifícios existentes da C.H.E. é aconselhável na medida em que beneficia o conforto e saúde dos utilizadores, assim como prolonga o período de utilização dos edifícios, sem que seja posta em causa o desalojamento dos utilizadores. 6.2. Propostas de trabalhos futuro O mercado das energias renováveis está em constante evolução, sendo assim, é importante estudar a aplicação de novas fontes de energia renovável nos edifícios ou proximidades para alcançar edifícios com balanço energético quase nulo. Efetuada a metodologia de reabilitação energética para os edifícios multifamiliares existentes, propõem-se que seja estudada a viabilidade económica das soluções de reabilitação preconizadas. O aumento das áreas verdes, com a imposição de coberturas ajardinadas e a introdução de sistemas de reciclagem de águas pretas, cinzentas e pluviais, são medidas de elevada importância que merecem ser aplicadas aos edifícios existentes, para melhorar a nota global de sustentabilidade. Com a introdução de coberturas ajardinadas prevê-se ainda um aumento no desempenho energético nos apartamentos de último piso. Mestrado em engenharia civil 124 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diário da República. (4 de Abril de 2006). Decreto-lei nº80/2006-Regulamento das características de Comportamento Térmico dos edifícios. Diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do Conselho. (2010). Banco de Portugal. (03 de 2013). Obtido de Boletim económico: http://www.bportugal.pt/ptPT/EstudosEconomicos/Publicacoes/BoletimEconomico/Publicacoes/projecoes_p.pdf DGEG. (2013). Obtido de http://www.dgeg.pt/ FEPICOP. (03 de 2013). Obtido de Federação Portuguesa da Indústria da Construção: http://www.fepicop.pt/index.php?id=21 Bragança, L., & Mateus, R. (2009). Guia de Avaliação SBTool PT - H. Portugal: iiSBE Portugal 2009. Bragança, L., & Mateus, R. (2011). Avaliação Do Ciclo De Vida Dos Edifícios- Impacte Ambiental De Soluções Construtiva. 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ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” ANEXOS Anexo I - Desempenho energético dos Edifícios Anexo I - Tabela 1 - Desempenho energético dos Edifícios, Tipo 1 Fração autónoma Ap Taxa Nic ren. Ni (m²) (RPH) Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (kgep/m².ano) Apartamento 1º drt B1 78.46 1,05 115,83 74,02 0,79 16,00 77,91 60,29 10,07 8,95 Apartamento 1º drt B2 78,96 1,05 105,44 74,02 0,73 16,00 77,42 59,91 9,72 8,90 Apartamento 1º drt B3 79,18 1,05 110,12 74,02 0,79 16,00 77,20 59,74 9,84 8,88 Apartamento 1º drt B4 79,00 1,05 105,35 74,02 0,73 16,00 77,38 59,88 9,72 8,89 Apartamento 1º drt B5 79,15 1,05 106,03 74,02 0,75 16,00 77,23 59,77 9,72 8,88 Apartamento 1º esq B1 79,31 1,05 111,00 74,02 0,78 16,00 77,08 59,64 9,86 8,86 Apartamento 1º esq B2 79,07 1,05 109,74 74,02 0,79 16,00 77,31 59,83 9,84 8,89 Apartamento 1º esq B3 79,32 1,05 111,52 74,02 0,78 16,00 77,07 59,64 9,87 8,86 Apartamento 1º esq B4 79,09 1,05 110,25 74,02 0,78 16,00 77,29 59,81 9,85 8,88 Apartamento 1º esq B5 78,44 1,05 121,35 74,02 0,83 16,00 77,93 60,31 10,23 8,95 Apartamento 2º drt B1 78,46 1,05 115,83 74,02 0,79 16,00 77,91 60,29 10,07 8,95 Apartamento 2º drt B2 78,96 1,05 105,44 74,02 0,73 16,00 77,42 59,91 9,72 8,90 Apartamento 2º drt B3 79,18 1,05 110,12 74,02 0,79 16,00 77,20 59,74 9,84 8,88 Apartamento 2º drt B4 79,00 1,05 105,35 74,02 0,73 16,00 77,38 59,88 9,72 8,89 Apartamento 2º drt B5 79,15 1,05 106,03 74,02 0,75 16,00 77,23 59,77 9,72 8,88 Apartamento 2º esq B1 79,31 1,05 111,00 74,02 0,78 16,00 77,08 59,64 9,86 8,86 Apartamento 2º esq B2 79,07 1,05 109,74 74,02 0,79 16,00 77,31 59,83 9,84 8,89 Apartamento 2º esq B3 79,32 1,05 111,52 74,02 0,78 16,00 77,07 59,64 9,87 8,86 Apartamento 2º esq B4 79,09 1,05 110,25 74,02 0,78 16,00 77,29 59,81 9,85 8,88 Apartamento 2º esq B5 78,44 1,05 121,35 74,02 0,83 16,00 77,93 60,31 10,23 8,95 Apartamento 3º drt B1 78,46 1,05 213,24 92,25 3,62 16,00 77,91 60,29 12,92 9,11 Apartamento 3º drt B2 78,96 1,05 202,87 89,00 3,49 16,00 77,42 59,91 12,58 9,03 Apartamento 3º drt B3 79,21 1,05 207,55 89,00 3,61 16,00 77,17 59,72 12,69 9,01 Apartamento 3º drt B4 79,00 1,05 202,80 88,35 3,49 16,00 77,38 59,88 12,57 9,02 Apartamento 3º drt B5 79,18 1,05 203,51 88,35 3,52 16,00 77,20 59,74 12,58 9,00 Apartamento 3º esq B1 79,34 1,05 208,48 89,00 3,60 16,00 77,05 59,62 12,71 8,99 Mestrado em engenharia civil 127 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo I - Tabela 1 - Desempenho energético dos Edifícios, Tipo 1- continuação Fração autónoma Ap Apartamento 3º esq B2 79,07 Apartamento 3º esq B3 Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 1,05 207,20 89,65 3,61 16,00 77,31 59,83 12,69 9,03 79,35 1,05 208,99 89,00 3,59 16,00 77,04 59,61 12,72 8,99 Apartamento 3º esq B4 79,09 1,05 207,71 89,65 3,59 16,00 77,29 59,81 12,71 9,03 Apartamento 3º esq B5 78,44 1,05 218,85 92,90 3,70 16,00 77,93 60,31 13,08 9,12 Apartamento r/c drt B1 78,46 1,05 157,41 85,09 0,79 16,00 77,91 60,29 11,27 9,05 Apartamento r/c drt B2 78,96 1,05 146,69 81,18 0,73 16,00 77,42 59,91 10,92 8,96 Apartamento r/c drt B3 79,18 1,05 151,52 81,83 0,78 16,00 77,20 59,74 11,04 8,95 Apartamento r/c drt B4 79,00 1,05 146,77 81,18 0,73 16,00 77,38 59,88 10,92 8,96 Apartamento r/c drt B5 79,15 1,05 147,43 81,18 0,74 16,00 77,23 59,77 10,92 8,94 Apartamento r/c esq B1 79,31 1,05 152,36 81,83 0,78 16,00 77,08 59,64 11,05 8,93 Apartamento r/c esq B2 79,07 1,05 151,14 82,49 0,79 16,00 77,31 59,83 11,04 8,96 Apartamento r/c esq B3 79,32 1,05 152,91 81,83 0,77 16,00 77,07 59,64 11,07 8,93 Apartamento r/c esq B4 79,09 1,05 151,65 82,49 0,78 16,00 77,29 59,81 11,05 8,96 Apartamento r/c esq B5 78,44 1,05 162,96 85,74 0,83 16,00 77,93 60,31 11,44 9,06 ren. Mestrado em engenharia civil 128 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2 Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni (m²) (RPH) Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (kgep/m².ano) Apartamento 1º drt B6 85,24 1,01 102,52 74,02 4,27 16,00 71,72 55,50 9,18 8,30 Apartamento 1º drt B7 85,93 1,01 94,63 74,02 4,10 16,00 71,14 55,05 8,90 8,24 Apartamento 1º drt B9 85,19 1,01 95,94 74,02 4,01 16,00 71,76 55,53 8,99 8,31 Apartamento 1º drt B10 85,22 1,01 106,54 74,02 3,22 16,00 71,73 55,51 9,29 8,30 Apartamento 1º drt B11 86,01 1,01 94,96 74,02 2,97 16,00 71,07 55,00 8,89 8,24 Apartamento 1º drt B12 85,99 1,01 97,01 74,02 3,44 16,00 71,09 55,01 8,96 8,24 Apartamento 1º drt B13 85,91 1,01 95,12 74,02 2,98 16,00 71,16 55,06 8,91 8,24 Apartamento 1º drt B14 85,95 1,01 96,56 74,02 3,44 16,00 71,12 55,04 8,95 8,24 Apartamento 1º drt B18 84,21 1,01 107,78 74,02 4,34 16,00 72,59 56,17 9,41 8,39 Apartamento 1º drt B19 84,88 1,01 96,22 74,02 3,50 16,00 72,02 55,73 9,02 8,33 Apartamento 1º drt B20 84,91 1,01 96,82 74,02 3,50 16,00 71,99 55,71 9,03 8,33 Apartamento 1º drt B21 84,82 1,01 95,84 74,02 4,05 16,00 72,07 55,77 9,02 8,34 Apartamento 1º drt B23 84,91 1,01 95,66 74,02 3,91 16,00 71,99 55,71 9,00 8,33 Apartamento 1º drt B24 84,91 1,01 96,47 74,02 3,98 16,00 71,99 55,71 9,03 8,33 Apartamento 1º drt B25 84,88 1,01 95,81 74,02 4,00 16,00 72,02 55,73 9,01 8,33 Apartamento 1º drt B26 84,21 1,01 107,78 74,02 4,28 16,00 72,59 56,17 9,41 8,39 Apartamento 1º esq B6 86,30 1,01 92,15 74,02 3,98 16,00 70,83 54,81 8,80 8,21 Apartamento 1º esq B7 86,20 1,01 88,71 74,02 4,49 16,00 70,92 54,88 8,72 8,22 Apartamento 1º esq B9 86,23 1,01 101,14 74,02 4,24 16,00 70,89 54,86 9,07 8,22 Apartamento 1º esq B10 86,26 1,01 96,89 74,02 3,47 16,00 70,87 54,84 8,94 8,21 Apartamento 1º esq B11 86,39 1,01 94,75 74,02 3,93 16,00 70,76 54,76 8,87 8,20 Apartamento 1º esq B12 86,29 1,01 97,20 74,02 3,47 16,00 70,84 54,82 8,94 8,21 Apartamento 1º esq B13 86,37 1,01 95,41 74,02 3,93 16,00 70,78 54,77 8,89 8,20 Apartamento 1º esq B14 85,56 1,01 106,75 74,02 3,76 16,00 71,45 55,29 9,28 8,27 Apartamento 1º esq B18 85,23 1,01 96,56 74,02 3,60 16,00 71,72 55,50 9,00 8,30 Apartamento 1º esq B19 85,18 1,01 97,14 74,02 3,56 16,00 71,77 55,53 9,02 8,31 Apartamento 1º esq B20 85,32 1,01 96,24 74,02 3,98 16,00 71,65 55,44 8,99 8,29 Apartamento 1º esq B21 85,27 1,01 92,61 74,02 4,58 16,00 71,69 55,48 8,90 8,30 Apartamento 1º esq B23 85,27 1,01 104,76 74,02 3,80 16,00 71,69 55,48 9,24 8,30 Apartamento 1º esq B24 85,32 1,01 96,52 74,02 3,51 16,00 71,65 55,44 8,99 8,29 Apartamento 1º esq B25 85,18 1,01 97,00 74,02 4,51 16,00 71,77 55,53 9,03 8,31 Apartamento 1º esq B26 85,23 1,01 96,49 74,02 4,54 16,00 71,72 55,50 9,01 8,30 Apartamento 2º drt B6 85,24 1,01 102,52 74,02 4,27 16,00 71,72 55,50 9,18 8,30 Apartamento 2º drt B7 85,93 1,01 94,63 4,10 16,00 71,14 55,05 8,90 8,24 74,02 Mestrado em engenharia civil 129 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2 - continuação Fração autónoma Ap Apartamento 2º drt B9 85,19 Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 1,01 95,94 74,02 4,02 16,00 71,76 55,53 8,99 8,31 Apartamento 2º drt B10 85,22 1,01 106,68 74,02 3,22 16,00 71,73 55,51 9,29 8,30 Apartamento 2º drt B11 86,01 1,01 95,14 74,02 2,97 16,00 71,07 55,00 8,90 8,24 Apartamento 2º drt B12 85,99 1,01 97,19 74,02 3,44 16,00 71,09 55,01 8,97 8,24 Apartamento 2º drt B13 85,91 1,01 95,30 74,02 2,98 16,00 71,16 55,06 8,91 8,24 Apartamento 2º drt B14 85,95 1,01 96,73 74,02 3,44 16,00 71,12 55,04 8,95 8,24 Apartamento 2º drt B18 84,21 1,01 107,78 74,02 4,34 16,00 72,59 56,17 9,41 8,39 Apartamento 2º drt B19 84,88 1,01 96,22 74,02 3,50 16,00 72,02 55,73 9,02 8,33 Apartamento 2º drt B20 84,91 1,01 96,82 74,02 3,50 16,00 71,99 55,71 9,03 8,33 Apartamento 2º drt B21 84,91 1,01 95,79 74,02 4,05 16,00 71,99 55,71 9,01 8,33 Apartamento 2º drt B23 84,91 1,01 95,66 74,02 3,91 16,00 71,99 55,71 9,00 8,33 Apartamento 2º drt B24 84,91 1,01 96,47 74,02 3,98 16,00 71,99 55,71 9,03 8,33 Apartamento 2º drt B25 84,88 1,01 95,81 74,02 4,00 16,00 72,02 55,73 9,01 8,33 Apartamento 2º drt B26 84,21 1,01 107,78 74,02 4,28 16,00 72,59 56,17 9,41 8,39 Apartamento 2º esq B6 86,30 1,01 92,15 74,02 3,98 16,00 70,83 54,81 8,80 8,21 Apartamento 2º esq B7 86,20 1,01 88,71 74,02 4,49 16,00 70,92 54,88 8,72 8,22 Apartamento 2º esq B9 86,23 1,01 101,14 74,02 4,24 16,00 70,89 54,86 9,07 8,22 Apartamento 2º esq B10 86,26 1,01 97,04 74,02 3,47 16,00 70,87 54,84 8,94 8,21 Apartamento 2º esq B11 86,39 1,01 94,89 74,02 3,93 16,00 70,76 54,76 8,88 8,20 Apartamento 2º esq B12 86,29 1,01 97,34 74,02 3,47 16,00 70,84 54,82 8,95 8,21 Apartamento 2º esq B13 86,37 1,01 95,56 74,02 3,93 16,00 70,78 54,77 8,90 8,20 Apartamento 2º esq B14 85,56 1,01 106,89 74,02 3,76 16,00 71,45 55,29 9,28 8,27 Apartamento 2º esq B18 85,23 1,01 96,56 74,02 3,60 16,00 71,72 55,50 9,00 8,30 Apartamento 2º esq B19 85,18 1,01 97,14 74,02 3,56 16,00 71,77 55,53 9,02 8,31 Apartamento 2º esq B20 85,32 1,01 96,24 74,02 3,98 16,00 71,65 55,44 8,99 8,29 Apartamento 2º esq B21 85,27 1,01 92,61 74,02 4,58 16,00 71,69 55,48 8,90 8,30 Apartamento 2º esq B23 85,27 1,01 104,76 74,02 3,80 16,00 71,69 55,48 9,24 8,30 Apartamento 2º esq B24 85,32 1,01 96,52 74,02 3,51 16,00 71,65 55,44 8,99 8,29 Apartamento 2º esq B25 85,18 1,01 97,00 74,02 4,51 16,00 71,77 55,53 9,03 8,31 Apartamento 2º esq B26 85,23 1,01 96,49 74,02 4,54 16,00 71,72 55,50 9,01 8,30 Apartamento 3º drt B6 85,42 1,01 212,44 89,00 8,42 16,00 71,56 55,38 12,40 8,42 Apartamento 3º drt B7 86,10 1,01 204,62 85,74 9,01 16,00 71,00 54,94 12,13 8,33 Apartamento 3º drt B9 85,35 1,01 205,78 87,70 8,92 16,00 71,62 55,42 12,21 8,42 Apartamento 3º drt B10 84,18 1,01 216,58 89,00 8,12 16,00 72,62 56,19 12,60 8,53 Apartamento 3º drt B11 84,97 1,01 205,26 85,74 7,82 16,00 71,94 55,67 12,21 8,43 Apartamento 3º drt B12 84,95 1,01 207,31 86,39 7,98 16,00 71,96 55,68 12,28 8,44 ren. Mestrado em engenharia civil 130 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2 - continuação Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt Apartamento 3º drt B14 84,91 1,01 206,85 85,74 7,97 16,00 71,99 55,71 12,27 8,44 Apartamento 3º drt B18 84,21 1,01 217,28 89,65 9,27 16,00 72,59 56,17 12,63 8,53 Apartamento 3º drt B19 84,88 1,01 205,89 85,74 8,01 16,00 72,02 55,73 12,24 8,44 Apartamento 3º drt B20 84,91 1,01 206,47 86,39 8,00 16,00 71,99 55,71 12,26 8,44 Apartamento 3º drt B21 84,91 1,01 205,45 85,74 8,96 16,00 71,99 55,71 12,24 8,44 Apartamento 3º drt B23 84,91 1,01 205,39 85,74 8,07 16,00 71,99 55,71 12,23 8,44 Apartamento 3º drt B24 84,91 1,01 206,20 86,39 8,88 16,00 71,99 55,71 12,26 8,44 Apartamento 3º drt B25 84,88 1,01 205,55 85,74 8,90 16,00 72,02 55,73 12,24 8,44 Apartamento 3º drt B26 84,21 1,01 217,36 89,65 8,44 16,00 72,59 56,17 12,63 8,53 Apartamento 3º esq B6 86,48 1,01 202,00 85,74 8,87 16,00 70,69 54,70 12,02 8,30 Apartamento 3º esq B7 86,39 1,01 198,62 85,74 9,40 16,00 70,76 54,76 11,94 8,31 Apartamento 3º esq B9 86,41 1,01 211,07 89,00 9,16 16,00 70,74 54,74 12,29 8,33 Apartamento 3º esq B10 85,21 1,01 207,19 85,74 8,01 16,00 71,74 55,51 12,26 8,41 Apartamento 3º esq B11 85,34 1,01 204,82 86,39 8,86 16,00 71,63 55,43 12,19 8,40 Apartamento 3º esq B12 85,24 1,01 207,51 85,74 8,01 16,00 71,72 55,50 12,26 8,41 Apartamento 3º esq B13 85,32 1,01 205,47 86,39 8,86 16,00 71,65 55,44 12,21 8,41 Apartamento 3º esq B14 84,51 1,01 217,06 89,65 8,33 16,00 72,33 55,97 12,60 8,51 Apartamento 3º esq B18 85,23 1,01 206,44 86,39 8,12 16,00 71,72 55,50 12,23 8,41 Apartamento 3º esq B19 85,18 1,01 206,82 85,74 8,07 16,00 71,77 55,53 12,25 8,41 Apartamento 3º esq B20 85,32 1,01 205,72 86,39 8,88 16,00 71,65 55,44 12,21 8,41 Apartamento 3º esq B21 85,27 1,01 202,17 86,39 9,50 16,00 71,69 55,48 12,12 8,41 Apartamento 3º esq B23 85,27 1,01 214,08 89,65 8,34 16,00 71,69 55,48 12,45 8,44 Apartamento 3º esq B24 85,32 1,01 206,00 86,39 8,02 16,00 71,65 55,44 12,21 8,41 Apartamento 3º esq B25 85,18 1,01 206,69 85,74 9,05 16,00 71,77 55,53 12,25 8,41 Apartamento 3º esq B26 85,23 1,01 206,45 86,39 9,08 16,00 71,72 55,50 12,24 8,41 Apartamento r/c drt B6 85,24 1,01 147,41 81,83 4,27 16,00 71,72 55,50 10,48 8,37 Apartamento r/c drt B7 85,93 1,01 139,27 78,58 4,10 16,00 71,14 55,05 10,20 8,28 Apartamento r/c drt B9 85,19 1,01 140,54 80,53 4,01 16,00 71,76 55,53 10,29 8,37 Apartamento r/c drt B10 85,22 1,01 150,76 81,83 3,22 16,00 71,73 55,51 10,57 8,37 Apartamento r/c drt B11 86,01 1,01 138,95 78,58 2,97 16,00 71,07 55,00 10,17 8,28 Apartamento r/c drt B12 85,99 1,01 141,07 78,58 3,44 16,00 71,09 55,01 10,24 8,28 Apartamento r/c drt B13 85,91 1,01 139,08 78,58 2,98 16,00 71,16 55,06 10,18 8,28 Apartamento r/c drt B14 85,95 1,01 140,90 78,58 3,44 16,00 71,12 55,04 10,24 8,28 Apartamento r/c drt B18 84,21 1,01 151,91 81,83 4,34 16,00 72,59 56,17 10,69 8,46 Apartamento r/c drt B19 84,88 1,01 140,14 78,58 3,50 16,00 72,02 55,73 10,29 8,37 Apartamento r/c drt B20 84,91 1,01 140,72 78,58 3,50 16,00 71,99 55,71 10,31 8,37 Mestrado em engenharia civil 131 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2 - continuação Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt Apartamento r/c drt B23 84,91 1,01 139,64 78,58 3,91 16,00 71,99 55,71 10,28 8,37 Apartamento r/c drt B24 84,91 1,01 140,38 78,58 3,98 16,00 71,99 55,71 10,30 8,37 Apartamento r/c drt B25 84,88 1,01 139,72 78,58 4,00 16,00 72,02 55,73 10,28 8,37 Apartamento r/c drt B26 84,21 1,01 151,91 81,83 4,28 16,00 72,59 56,17 10,69 8,46 Apartamento r/c esq B6 86,30 1,01 136,86 78,58 3,98 16,00 70,83 54,81 10,10 8,25 Apartamento r/c esq B7 86,20 1,01 133,25 78,58 4,49 16,00 70,92 54,88 10,01 8,26 Apartamento r/c esq B9 86,23 1,01 146,05 81,83 4,24 16,00 70,89 54,86 10,37 8,29 Apartamento r/c esq B10 86,26 1,01 141,01 78,58 3,47 16,00 70,87 54,84 10,22 8,25 Apartamento r/c esq B11 86,39 1,01 138,73 78,58 3,93 16,00 70,76 54,76 10,15 8,24 Apartamento r/c esq B12 86,29 1,01 141,32 78,58 3,47 16,00 70,84 54,82 10,22 8,25 Apartamento r/c esq B13 86,37 1,01 139,38 78,58 3,93 16,00 70,78 54,77 10,17 8,25 Apartamento r/c esq B14 85,56 1,01 151,09 81,83 3,76 16,00 71,45 55,29 10,56 8,34 Apartamento r/c esq B18 85,23 1,01 140,66 78,58 3,60 16,00 71,72 55,50 10,28 8,34 Apartamento r/c esq B19 85,18 1,01 141,24 78,58 3,56 16,00 71,77 55,53 10,30 8,35 Apartamento r/c esq B20 85,32 1,01 140,19 78,58 3,98 16,00 71,65 55,44 10,27 8,34 Apartamento r/c esq B21 85,27 1,01 136,55 79,23 4,58 16,00 71,69 55,48 10,17 8,35 Apartamento r/c esq B23 85,27 1,01 148,75 81,83 3,80 16,00 71,69 55,48 10,52 8,37 Apartamento r/c esq B24 85,32 1,01 140,46 78,58 3,51 16,00 71,65 55,44 10,27 8,34 Apartamento r/c esq B25 85,18 1,01 141,10 78,58 4,51 16,00 71,77 55,53 10,31 8,35 Apartamento r/c esq B26 85,23 1,01 140,59 78,58 4,54 16,00 71,72 55,50 10,29 8,34 Mestrado em engenharia civil 132 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo I - Tabela 3 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 3 Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (m²) (RPH) (kgep/m².ano) Apartamento 1º drt B 22 92,37 0,95 110,38 74,02 3,51 16,00 82,72 64,01 10,35 9,45 Apartamento 1º drt B8 92,42 0,95 98,53 74,02 3,51 16,00 82,68 63,98 10,00 9,45 Apartamento 1º esq B22 83,38 1,04 118,53 74,02 4,39 16,00 73,32 56,73 9,79 8,47 Apartamento 1º esq B8 83,37 1,05 100,77 74,02 4,68 16,00 73,32 56,74 9,27 8,47 Apartamento 2º drt B22 92,37 0,95 110,38 74,02 3,51 16,00 82,72 64,01 10,35 9,45 Apartamento 2º drt B8 92,42 0,95 98,53 74,02 3,51 16,00 82,68 63,98 10,00 9,45 Apartamento 2º esq B22 83,38 1,04 118,53 74,02 4,39 16,00 73,32 56,73 9,79 8,47 Apartamento 2º esq B8 83,37 1,05 100,77 74,02 4,68 16,00 73,32 56,74 9,27 8,47 Apartamento 3º drt B22 92,37 0,95 221,01 92,90 8,10 16,00 82,72 64,01 13,60 9,62 Apartamento 3º drt B8 92,42 0,95 210,47 89,65 8,10 16,00 82,68 63,98 13,29 9,59 Apartamento 3º esq B22 83,38 1,04 229,20 95,51 9,41 16,00 73,32 56,73 13,04 8,66 Apartamento 3º esq B8 83,37 1,05 212,91 91,60 10,16 16,00 73,32 56,74 12,58 8,63 Apartamento r/c drt B22 92,37 0,95 157,19 87,04 3,51 16,00 82,72 64,01 11,71 9,57 Apartamento r/c drt B8 92,42 0,95 142,94 82,49 3,51 16,00 82,68 63,98 11,29 9,52 Apartamento r/c esq B22 83,38 1,04 165,74 89,65 4,39 16,00 73,32 56,73 11,15 8,61 Apartamento r/c esq B8 83,37 1,05 145,71 84,44 4,68 16,00 73,32 56,74 10,58 8,56 Mestrado em engenharia civil 133 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo I - Tabela 4 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 4 Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (m²) (RPH) Apartamento 1º drt B15 85,53 1,05 150,98 83,14 4,91 16,00 71,47 55,31 10,57 8,36 Apartamento 1º drt B16 85,04 1,05 126,15 74,02 5,46 16,00 71,88 55,63 9,89 8,32 Apartamento 1º drt B17 85,04 1,05 126,91 74,02 5,47 16,00 71,88 55,63 9,91 8,32 Apartamento 1º esq B15 98,66 1,05 123,09 74,02 6,39 16,00 77,45 59,93 10,29 8,90 Apartamento 1º esq B16 98,66 1,05 121,73 74,02 6,41 16,00 77,45 59,93 10,25 8,90 Apartamento 1º esq B17 99,13 1,05 135,53 77,93 5,93 16,00 77,08 59,65 10,62 8,90 Apartamento 2º drt B15 85,53 1,05 105,15 74,02 4,91 16,00 71,47 55,31 9,24 8,28 Apartamento 2º drt B16 85,04 1,05 89,08 74,02 5,46 16,00 71,88 55,63 8,82 8,32 Apartamento 2º drt B17 94,54 1,05 89,33 74,02 5,45 16,00 80,83 62,54 9,59 9,25 Apartamento 2º esq B15 98,66 1,05 85,52 74,02 6,39 16,00 77,45 59,93 9,20 8,90 Apartamento 2º esq B16 89,16 0,95 80,17 74,02 7,25 16,00 68,56 53,06 8,29 7,97 Apartamento 2º esq B17 99,13 1,05 98,19 74,02 5,93 16,00 77,08 59,65 9,53 8,86 Apartamento 3º drt B17 85,04 1,05 203,07 83,79 10,96 16,00 71,88 55,63 12,18 8,41 Apartamento 3º drt B15 85,51 1,05 220,11 90,30 9,64 16,00 71,49 55,32 12,62 8,42 Apartamento 3º esq B15 98,66 1,05 199,66 82,49 11,09 16,00 77,45 59,93 12,56 8,98 Apartamento 3º esq B16 98,66 1,05 199,54 82,49 11,13 16,00 77,45 59,93 12,55 8,98 Apartamento 3º esq B17 99,13 1,05 213,10 88,35 10,63 16,00 77,08 59,65 12,91 8,99 Apartamento 3ºdrt B16 85,02 1,05 203,77 83,79 10,98 16,00 71,90 55,64 12,20 8,41 Mestrado em engenharia civil 134 (kgep/m².ano) 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo I - Tabela 5- Desempenho energético Edifício Tipo 5, Bloco 27 (Torre) Fração autónoma Ap Taxa Nic ren. Ni Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (m²) (RPH) (kgep/m².ano) Apartamento 1º drt Fr. 71,42 1,05 142,32 78,58 4,13 16,00 64,19 49,68 9,69 7,56 Apartamento 1º drt Tr. 86,63 1,05 149,71 79,23 5,11 16,00 70,56 54,60 10,46 8,23 Apartamento 1º esq Tr. 81,55 1,05 144,87 77,28 3,84 16,00 74,96 58,01 10,68 8,67 Apartamento 1º esq Fr. 86,44 0,95 145,86 80,53 3,26 16,00 70,72 54,72 10,34 8,26 Apartamento 2º drt Fr. 71,42 1,05 103,68 74,02 4,13 16,00 64,19 49,68 8,57 7,52 Apartamento 2º drt Tr. 86,63 1,05 111,78 74,02 5,11 16,00 70,56 54,60 9,36 8,18 Apartamento 2º esq Tr. 81,55 1,05 106,79 74,02 3,84 16,00 74,96 58,01 9,58 8,64 Apartamento 2º esq Fr. 86,44 0,95 107,35 74,02 3,26 16,00 70,72 54,72 9,23 8,20 Apartamento 3º drt Fr. 71,42 1,05 103,68 74,02 4,13 16,00 64,19 49,68 8,57 7,52 Apartamento 3º drt Tr. 86,63 1,05 111,78 74,02 5,11 16,00 70,56 54,60 9,36 8,18 Apartamento 3º esq Tr. 81,55 1,05 106,79 74,02 3,84 16,00 74,96 58,01 9,58 8,64 Apartamento 3º esq Fr. 86,44 0,95 107,35 74,02 3,26 16,00 70,72 54,72 9,23 8,20 Apartamento 4º drt Fr. 71,42 1,05 103,68 74,02 4,13 16,00 64,19 49,68 8,57 7,52 Apartamento 4º drt Tr. 86,63 1,05 111,78 74,02 5,11 16,00 70,56 54,60 9,36 8,18 Apartamento 4º esq Tr. 81,55 1,05 106,79 74,02 3,84 16,00 74,96 58,01 9,58 8,64 Apartamento 4º esq Fr. 86,44 0,95 107,35 74,02 3,26 16,00 70,72 54,72 9,23 8,20 Apartamento 5º drt Fr. 71,42 1,10 105,62 74,02 3,75 16,00 64,19 49,68 8,62 7,52 Apartamento 5º drt Tr. 86,63 1,10 113,72 74,02 5,11 16,00 70,56 54,60 9,42 8,18 Apartamento 5º esq Tr. 80,61 1,10 109,70 74,02 3,87 16,00 75,83 58,68 9,74 8,73 Apartamento 5º esq Fr. 87,38 1,00 108,34 74,02 3,24 16,00 69,96 54,14 9,19 8,12 Apartamento 6º drt Fr. 71,42 1,10 105,62 74,02 3,75 16,00 64,19 49,68 8,62 7,52 Apartamento 6º drt Tr. 86,63 1,10 113,72 74,02 5,11 16,00 70,56 54,60 9,42 8,18 Apartamento 6º esq Tr. 81,55 1,10 108,72 74,02 3,84 16,00 74,96 58,01 9,64 8,64 Apartamento 6º esq Fr. 86,44 1,00 109,29 74,02 3,26 16,00 70,72 54,72 9,28 8,20 Apartamento 7º drt Fr. 71,42 1,10 105,62 74,02 3,75 16,00 64,19 49,68 8,62 7,52 Apartamento 7º drt Tr. 86,63 1,10 113,72 74,02 5,11 16,00 70,56 54,60 9,42 8,18 Apartamento 7º esq Tr. 81,55 1,10 108,72 74,02 3,86 16,00 74,96 58,01 9,64 8,64 Apartamento 7º esq Fr. 86,44 1,00 109,31 74,02 3,26 16,00 70,72 54,72 9,28 8,20 Apartamento 8º drt Fr. 71,42 1,10 105,62 74,02 3,75 16,00 64,19 49,68 8,62 7,52 Apartamento 8º drt Tr. 86,63 1,10 113,72 74,02 5,11 16,00 70,56 54,60 9,42 8,18 Apartamento 8º esq Tr. 81,55 1,10 108,72 74,02 3,86 16,00 74,96 58,01 9,64 8,64 apartamento 8º esq Fr. 85,30 1,00 110,75 74,02 3,29 16,00 71,66 55,46 9,41 8,30 Apartamento 9º drt Fr. 71,42 1,15 107,56 74,02 3,75 16,00 64,19 49,68 8,68 7,52 Apartamento 9º drt Tr. 86,63 1,15 115,73 74,02 4,69 16,00 70,56 54,60 9,47 8,18 Mestrado em engenharia civil 135 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo I - Tabela 5- Desempenho energético Edifício Tipo 5, Bloco 27 (Torre) - continuação Fração autónoma Ap Apartamento 9º esq Tr. 81,55 Apartamento 9º esq Fr. Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 1,15 110,66 74,02 3,47 16,00 74,96 58,01 9,69 8,64 86,44 1,05 111,25 74,02 2,90 16,00 70,72 54,72 9,34 8,20 Apartamento 10º drt Fr. 71,42 1,15 232,54 91,60 8,47 16,00 64,19 49,68 12,35 7,68 Apartamento 10º drt Tr. 85,74 1,15 233,97 90,30 9,88 16,00 71,30 55,17 13,01 8,40 Apartamento 10º esq Tr. 81,55 1,15 226,35 88,35 8,58 16,00 74,96 58,01 13,09 8,77 Apartamento 10º esq Fr. 86,44 1,05 226,91 91,60 7,56 16,00 70,72 54,72 12,74 8,36 ren. Mestrado em engenharia civil 136 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo II – Propostas de reabilitação Anexo II - Tabela 1- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 – Fachada ventilada Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt Isolamento 4cm lã de rocha Apartamento r/c esqº B6 86,30 1,01 113,70 78,58 0,56 16,00 70,83 54,81 9,40 8,25 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 119,80 81,83 0,57 16,00 71,72 55,50 9,65 8,37 Apartamento 1º esqº B6 86,30 1,01 67,61 74,02 0,56 16,00 70,83 54,81 8,07 8,21 Apartamento 1º drtº B6 85,24 1,01 73,48 74,02 0,57 16,00 71,72 55,50 8,30 8,30 Apartamento 2º esqº B6 86,30 1,01 67,61 74,02 0,56 16,00 70,83 54,81 8,07 8,21 Apartamento 2º drtº B6 85,24 1,01 73,48 74,02 0,57 16,00 71,72 55,50 8,30 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,48 1,01 180,37 85,74 4,53 16,00 70,69 54,70 11,37 8,30 Apartamento 3º drtº B6 85,42 1,01 186,61 89,00 3,98 16,00 71,56 55,38 11,62 8,42 Apartamento r/c esqº B6 86,16 1,01 110,89 78,58 0,56 16,00 70,95 54,90 9,32 8,26 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 116,48 81,83 0,57 16,00 71,72 55,50 9,55 8,37 Apartamento 1º esqº B6 86,16 1,01 64,98 74,02 0,56 16,00 70,95 54,90 7,99 8,22 Apartamento 1º drtº B6 85,24 1,01 69,76 74,02 0,57 16,00 71,72 55,50 8,20 8,30 Apartamento 2º esqº B6 86,16 1,01 64,98 74,02 0,56 16,00 70,95 54,90 7,99 8,22 Apartamento 2º drtº B6 85,24 1,01 69,76 74,02 0,57 16,00 71,72 55,50 8,20 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,16 1,01 177,80 85,74 4,52 16,00 70,95 54,90 11,30 8,33 Apartamento 3º drtº B6 85,24 1,01 183,60 89,00 4,55 16,00 71,72 55,50 11,54 8,44 Apartamento r/c esqº B6 86,13 1,01 109,22 78,58 0,75 16,00 70,97 54,92 9,28 8,27 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 114,45 81,83 0,57 16,00 71,72 55,50 9,49 8,37 Apartamento 1º esqº B6 86,13 1,01 63,20 74,02 0,75 16,00 70,97 54,92 7,94 8,22 Apartamento 1º drtº B6 85,24 1,01 67,90 74,02 0,57 16,00 71,72 55,50 8,14 8,30 Apartamento 2º esqº B6 86,13 1,01 63,20 74,02 0,75 16,00 70,97 54,92 7,94 8,22 Apartamento 2º drtº B6 85,24 1,01 67,90 74,02 0,57 16,00 71,72 55,50 8,14 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,13 1,01 176,24 85,74 4,52 16,00 70,97 54,92 11,26 8,33 Apartamento 3º drtº B6 85,24 1,01 181,71 89,00 4,54 16,00 71,72 55,50 11,48 8,44 Apartamento r/c esqº B6 86,11 1,01 107,96 78,58 0,74 16,00 70,99 54,93 9,24 8,27 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 113,00 81,83 0,76 16,00 71,72 55,50 9,45 8,37 Apartamento 1º esqº B6 86,11 1,01 61,82 74,02 0,74 16,00 70,99 54,93 7,91 8,23 Isolamento 6cm lã de rocha Isolamento 8cm lã de rocha Isolamento 10cm lã de rocha Mestrado em engenharia civil 137 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo II - Tabela 1- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 – Fachada ventilada - continuação Fração autónoma Ap Apartamento 2º esqº B6 86,11 Apartamento 2º drtº B6 Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 1,01 61,82 74,02 0,74 16,00 70,99 54,93 7,91 8,23 85,24 1,01 66,30 74,02 0,76 16,00 71,72 55,50 8,10 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,11 1,01 175,19 85,74 4,51 16,00 70,99 54,93 11,23 8,33 Apartamento 3º drtº B6 85,24 1,01 180,51 89,00 4,54 16,00 71,72 55,50 11,45 8,44 ren. Anexo II - Tabela 2- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação do revestimento do teto Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt Apartamento r/c esqº B6 86,30 1,01 106,41 79,23 0,71 16,00 70,83 54,81 9,18 8,26 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 116,94 82,49 0,77 16,00 71,72 55,50 9,57 8,38 Apartamento 1º esqº B6 86,30 1,01 89,75 74,02 0,71 16,00 70,83 54,81 8,70 8,21 Apartamento 1º drtº B6 85,24 1,01 99,83 74,02 0,77 16,00 71,72 55,50 9,07 8,30 Apartamento 2º esqº B6 86,30 1,01 89,75 74,02 0,71 16,00 70,83 54,81 8,70 8,21 Apartamento 2º drtº B6 85,24 1,01 99,83 74,02 0,77 16,00 71,72 55,50 9,07 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,30 1,01 117,41 86,39 1,60 16,00 70,83 54,81 9,51 8,32 Apartamento 3º drtº B6 85,24 1,01 128,22 89,65 1,70 16,00 71,72 55,50 9,90 8,44 Anexo II - Tabela 3- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 – Reabilitação das lajes Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Ntc Nt Apartamento r/c esqº B6 86,30 1,01 109,76 78,58 0,71 16,00 70,83 54,81 9,28 8,25 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 120,70 81,83 0,77 16,00 71,72 55,50 9,68 8,37 Apartamento 1º esqº B6 86,30 1,01 92,15 74,02 0,71 16,00 70,83 54,81 8,77 8,21 Apartamento 1º drtº B6 85,24 1,01 102,52 74,02 0,77 16,00 71,72 55,50 9,15 8,30 Apartamento 2º esqº B6 86,30 1,01 92,15 74,02 0,71 16,00 70,83 54,81 8,77 8,21 Apartamento 2º drtº B6 85,24 1,01 102,52 74,02 0,77 16,00 71,72 55,50 9,15 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,48 1,01 110,53 85,74 0,47 16,00 70,69 54,70 9,29 8,30 Apartamento 3º drtº B6 85,42 1,01 120,94 89,00 0,52 16,00 71,56 55,38 9,67 8,42 Mestrado em engenharia civil 138 Nvc Nv Nac Na 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo II - Tabela 4- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação vãos envidraçados Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt Apartamento r/c esqº B6 86,30 0,90 120,23 78,58 0,56 16,00 70,83 54,81 9,58 8,25 Apartamento r/c drtº B6 85,24 0,90 129,90 81,83 0,61 16,00 71,72 55,50 9,94 8,37 Apartamento 1º esqº B6 86,30 0,90 75,52 74,02 0,56 16,00 70,83 54,81 8,29 8,21 Apartamento 1º drtº B6 85,24 0,90 85,01 74,02 0,61 16,00 71,72 55,50 8,64 8,30 Apartamento 2º esqº B6 86,30 0,90 75,52 74,02 0,56 16,00 70,83 54,81 8,29 8,21 Apartamento 2º drtº B6 85,24 0,90 85,01 74,02 0,61 16,00 71,72 55,50 8,64 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,30 0,90 185,43 85,74 4,51 16,00 70,83 54,81 11,51 8,32 Apartamento 3º drtº B6 85,24 0,90 195,01 89,00 4,07 16,00 71,72 55,50 11,86 8,44 Anexo II - Tabela 5- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação da ventilação natural Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Apartamento r/c esqº B6 86,30 0,65 109,07 78,58 0,91 Apartamento r/c drtº B6 85,24 0,65 118,62 81,83 Apartamento 1º drtº B6 85,24 0,65 73,72 Apartamento 1º esqº B9 86,23 0,65 Apartamento 2º esqº B6 86,30 Apartamento 2º drtº B6 Nv Nac Na Ntc Nt 16,00 70,83 54,81 9,26 8,25 0,99 16,00 71,72 55,50 9,62 8,37 74,02 0,99 16,00 71,72 55,50 8,32 8,30 72,35 74,02 0,99 16,00 70,89 54,86 8,20 8,22 0,65 64,36 74,02 0,91 16,00 70,83 54,81 7,97 8,21 85,24 0,65 73,72 74,02 0,99 16,00 71,72 55,50 8,32 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,30 0,65 174,27 85,74 5,04 16,00 70,83 54,81 11,19 8,32 Apartamento 3º drtº B6 85,24 0,65 183,72 89,00 5,19 16,00 71,72 55,50 11,55 8,44 Anexo II - Tabela 6- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação do sistema de aquecimento e preparação de AQS Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Apartamento r/c esqº B6 86,30 1,01 136,86 78,58 0,71 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 147,41 81,83 Apartamento 1º esqº B6 86,30 1,01 92,15 Apartamento 1º drtº B6 85,24 Apartamento 2º esqº B6 Nv Nac Na Ntc Nt 16,00 32,49 54,81 3,88 8,25 0,77 16,00 32,90 55,50 4,00 8,37 74,02 0,71 16,00 32,49 54,81 3,53 8,21 1,01 102,52 74,02 0,77 16,00 32,90 55,50 3,65 8,30 86,30 1,01 92,15 74,02 0,71 16,00 32,49 54,81 3,53 8,21 Apartamento 2º drtº B6 85,24 1,01 102,52 74,02 0,77 16,00 32,90 55,50 3,65 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,48 1,01 202,00 85,74 4,31 16,00 32,43 54,70 4,42 8,30 Apartamento 3º drtº B6 85,42 1,01 212,44 89,00 4,45 16,00 32,83 55,38 4,54 8,42 Mestrado em engenharia civil 139 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo II - Tabela 7 - Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 –Sistema de Aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar tipo “termossifão” Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Apartamento r/c esqº B6 86,30 1,01 136,86 78,58 0,71 Apartamento r/c drtº B6 85,24 1,01 147,41 81,83 Apartamento 1º esqº B6 86,30 1,01 92,15 Apartamento 1º drtº B6 85,24 Apartamento 2º esqº B6 Nv Nac Na Ntc Nt 16,00 10,13 54,81 1,96 8,25 0,77 16,00 10,26 55,50 2,05 8,37 74,02 0,71 16,00 10,13 54,81 1,61 8,21 1,01 102,52 74,02 0,77 16,00 10,26 55,50 1,70 8,30 86,30 1,01 92,15 74,02 0,71 16,00 10,13 54,81 1,61 8,21 Apartamento 2º drtº B6 85,24 1,01 102,52 74,02 0,77 16,00 10,26 55,50 1,70 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,48 1,01 202,00 85,74 4,31 16,00 10,11 54,70 2,50 8,30 Apartamento 3º drtº B6 85,42 1,01 212,44 89,00 4,45 16,00 10,23 55,38 2,60 8,42 Anexo II - Tabela 8- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação total Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt Apartamento r/c esqº B6 86,18 0,65 51,99 79,23 0,79 16,00 10,14 54,89 1,29 8,27 Apartamento r/c drtº B6 85,24 0,65 56,43 82,49 0,66 16,00 10,26 55,50 1,45 8,38 Apartamento 1º esqº B6 86,18 0,65 34,57 74,02 0,79 16,00 10,14 54,89 1,15 8,22 Apartamento 1º drtº B6 85,24 0,65 38,33 74,02 0,66 16,00 10,26 55,50 1,19 8,30 Apartamento 2º esqº B6 86,18 0,65 34,57 74,02 0,79 16,00 10,14 54,89 1,15 8,22 Apartamento 2º drtº B6 85,24 0,65 38,33 74,02 0,66 16,00 10,26 55,50 1,19 8,30 Apartamento 3º esqº B6 86,18 0,65 47,66 86,39 0,39 16,00 10,14 54,89 1,25 8,33 Apartamento 3º drtº B6 85,24 0,65 51,52 89,65 0,39 16,00 10,26 55,50 1,29 8,44 Mestrado em engenharia civil 140 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III – Reabilitação total ´ Anexo III - Tabela 1 - Desempenho energético do Edifícios Tipo 1 - Reabilitação total Ap Taxa ren. (m²) (RPH) Apartamento 1º drt B1 78,46 0,72 68,00 74,02 0,54 16,00 11,27 60,97 1,51 9,04 Apartamento 1º drtº B2 78,96 0,72 63,09 74,02 0,53 16,00 11,19 60,54 1,47 8,98 Apartamento 1º drtº B3 79,18 0,72 63,98 74,02 0,67 16,00 11,16 60,38 1,47 8,96 Apartamento 1º drtº B4 79,00 0,72 63,07 74,02 0,53 16,00 11,18 60,51 1,46 8,98 Apartamento 1º drtº B5 79,15 0,72 63,97 74,02 0,67 16,00 11,16 60,39 1,47 8,96 Apartamento 1º esqº B1 79,31 0,72 64,18 74,02 0,53 16,00 11,14 60,27 1,47 8,95 Apartamento 1º esqº B2 79,07 0,72 63,33 74,02 0,66 16,00 11,17 60,44 1,47 8,97 Apartamento 1º esqº B3 79,32 0,72 64,21 74,02 0,53 16,00 11,14 60,26 1,47 8,95 Apartamento 1º esqº B4 79,09 0,72 63,31 74,02 0,66 16,00 11,17 60,43 1,47 8,97 Apartamento 1º esqº B5 78,44 0,72 68,58 74,02 0,53 16,00 11,27 61,00 1,52 9,05 Apartamento 2º drtº B1 78,46 0,72 68,00 74,02 0,54 16,00 11,27 60,97 1,51 9,04 Apartamento 2º drtº B2 78,96 0,72 63,09 74,02 0,53 16,00 11,19 60,54 1,47 8,98 Apartamento 2º drtº B3 79,18 0,72 63,98 74,02 0,67 16,00 11,16 60,38 1,47 8,96 Apartamento 2º drtº B4 79,00 0,72 63,07 74,02 0,53 16,00 11,18 60,51 1,46 8,98 Apartamento 2º drtº B5 79,15 0,72 63,97 74,02 0,67 16,00 11,16 60,39 1,47 8,96 Apartamento 2º esqº B1 79,31 0,72 64,18 74,02 0,53 16,00 11,14 60,27 1,47 8,95 Apartamento 2º esqº B2 79,07 0,72 63,33 74,02 0,66 16,00 11,17 60,44 1,47 8,97 Apartamento 2º esqº B3 79,32 0,72 64,21 74,02 0,53 16,00 11,14 60,26 1,47 8,95 Apartamento 2º esqº B4 79,09 0,72 63,31 74,02 0,66 16,00 11,17 60,43 1,47 8,97 Apartamento 2º esqº B5 78,44 0,72 68,30 74,02 0,53 16,00 11,27 61,00 1,51 9,05 Apartamento 3º drtº B1 78,46 0,72 73,77 96,16 0,27 16,00 11,25 60,90 1,55 9,23 Apartamento 3º drtº B2 78,96 0,72 68,69 92,25 0,26 16,00 11,18 60,48 1,51 9,14 Apartamento 3º drtº B3 79,21 0,72 69,63 92,25 0,27 16,00 11,14 60,30 1,51 9,11 Apartamento 3º drtº B4 79,00 0,72 68,65 92,25 0,26 16,00 11,17 60,45 1,50 9,14 Apartamento 3º drtº B5 79,18 0,72 69,62 92,25 0,27 16,00 11,15 60,32 1,51 9,12 Apartamento 3º esqº B1 79,34 0,72 69,84 92,25 0,27 16,00 11,12 60,19 1,51 9,10 Apartamento 3º esqº B2 79,07 0,72 68,94 92,25 0,27 16,00 11,16 60,38 1,51 9,13 Apartamento 3º esqº B3 79,35 0,72 69,85 92,25 0,27 16,00 11,12 60,18 1,51 9,10 Apartamento 3º esqº B4 79,09 0,72 68,93 92,25 0,27 16,00 11,16 60,37 1,51 9,12 Apartamento 3º esqº B5 78,44 0,72 74,22 96,16 0,27 16,00 11,26 60,92 1,56 9,23 Apartamento r/c drtº B1 78,46 0,72 85,98 90,30 0,54 16,00 11,27 60,97 1,65 9,19 Fração autónoma Nic Ni Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (kgep/m².ano) Mestrado em engenharia civil 141 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 1 - Desempenho energético do Edifícios Tipo 1 - Reabilitação total continuação Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Ntc Nt Apartamento r/c drtº B3 79,18 0,72 81,19 85,74 0,67 16,00 11,16 60,38 1,61 9,07 Apartamento r/c drtº B4 79,00 0,72 80,61 86,39 0,53 16,00 11,18 60,51 1,60 9,09 Apartamento r/c drtº B5 79,15 0,72 81,17 85,74 0,67 16,00 11,16 60,39 1,61 9,07 Apartamento r/c esqº B1 79,31 0,72 81,31 86,39 0,52 16,00 11,14 60,27 1,60 9,06 Apartamento r/c esqº B2 79,07 0,72 80,74 86,39 0,66 16,00 11,17 60,44 1,60 9,08 Apartamento r/c esqº B3 79,32 0,72 81,34 86,39 0,53 16,00 11,14 60,26 1,60 9,06 Apartamento r/c esqº B4 79,09 0,72 80,71 86,39 0,66 16,00 11,17 60,43 1,60 9,08 Apartamento r/c esqº B5 78,44 0,72 86,49 90,30 0,53 16,00 11,27 61,00 1,66 9,19 Mestrado em engenharia civil 142 Nvc Nv Nac Na 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni (m²) (RPH) Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (kgep/m².ano) Apartamento 1º drtº B6 85,24 0,65 38,33 74,02 0,66 16,00 10,26 55,50 1,19 8,30 Apartamento 1º drtº B7 85,93 0,65 35,16 74,02 0,79 16,00 10,17 55,05 1,16 8,24 Apartamento 1º drtº B9 85,19 0,65 38,19 74,02 0,79 16,00 10,26 55,53 1,19 8,31 Apartamento 1º drtº B10 86,14 0,65 38,60 74,02 0,79 16,00 10,15 54,92 1,19 8,22 Apartamento 1º drtº B11 86,27 0,65 37,46 74,02 0,79 16,00 10,13 54,83 1,17 8,21 Apartamento 1º drtº B12 86,17 0,65 38,60 74,02 0,79 16,00 10,14 54,90 1,18 8,22 Apartamento 1º drtº B13 86,25 0,65 37,48 74,02 0,96 16,00 10,13 54,85 1,18 8,21 Apartamento 1º drtº B14 85,44 0,65 42,09 74,02 0,66 16,00 10,23 55,37 1,22 8,29 Apartamento 1º drtº B18 84,21 0,65 42,34 74,02 0,66 16,00 10,38 56,17 1,23 8,39 Apartamento 1º drtº B19 84,88 0,65 37,65 74,02 0,80 16,00 10,30 55,73 1,19 8,33 Apartamento 1º drtº B20 84,91 0,65 37,84 74,02 0,78 16,00 10,29 55,71 1,19 8,33 Apartamento 1º drtº B21 84,82 0,65 37,87 74,02 0,79 16,00 10,31 55,77 1,19 8,34 Apartamento 1º drtº B23 84,82 0,65 37,87 74,02 0,79 16,00 10,31 55,77 1,19 8,34 Apartamento 1º drtº B24 84,91 0,65 37,84 74,02 0,79 16,00 10,29 55,71 1,19 8,33 Apartamento 1º drtº B25 84,88 0,65 37,58 74,02 0,80 16,00 10,30 55,73 1,19 8,33 Apartamento 1º drtº B26 84,21 0,65 42,34 74,02 0,67 16,00 10,38 56,17 1,23 8,39 Apartamento 1º esqº B6 86,18 0,65 34,57 74,02 0,79 16,00 10,14 54,89 1,15 8,22 Apartamento 1º esqº B7 86,02 0,65 38,24 74,02 1,05 16,00 10,16 54,99 1,19 8,23 Apartamento 1º esqº B9 86,11 0,65 38,22 74,02 0,66 16,00 10,15 54,93 1,18 8,23 Apartamento 1ª esqº B10 85,22 0,65 41,95 74,02 0,66 16,00 10,26 55,51 1,22 8,30 Apartamento 1º esqº B11 86,01 0,65 37,13 74,02 0,78 16,00 10,16 55,00 1,17 8,24 Apartamento 1º esqº B12 85,99 0,65 38,56 74,02 0,79 16,00 10,17 55,01 1,19 8,24 Apartamento 1º esqº B13 85,91 0,65 37,40 74,02 0,78 16,00 10,18 55,06 1,18 8,24 Apartamento 1º esqº B14 85,95 0,65 38,38 74,02 0,79 16,00 10,17 55,04 1,19 8,24 Apartamento 1º esqº B18 85,11 0,65 40,63 74,02 0,81 16,00 10,27 55,58 1,21 8,31 Apartamento 1º esqº B19 85,06 0,65 40,67 74,02 0,81 16,00 10,28 55,61 1,21 8,32 Apartamento 1º esqº B20 85,21 0,65 37,67 74,02 0,79 16,00 10,26 55,51 1,19 8,30 Apartamento 1º esqº B21 85,12 0,65 41,98 74,02 0,92 16,00 10,27 55,57 1,22 8,31 Apartamento 1º esqº B23 85,11 0,65 41,04 74,02 0,66 16,00 10,27 55,58 1,21 8,31 Apartamento 1º esqº B24 85,21 0,65 37,67 74,02 0,78 16,00 10,26 55,51 1,19 8,30 Apartamento 1º esqº B25 85,06 0,65 40,88 74,02 0,82 16,00 10,28 55,61 1,21 8,32 Apartamento 1º esqº B26 85,11 0,65 40,84 74,02 0,82 16,00 10,27 55,58 1,21 8,31 Apartamento 2º drtº B6 85,24 0,65 38,33 74,02 0,66 16,00 10,26 55,50 1,19 8,30 Mestrado em engenharia civil 143 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total – continuação Fração autónoma Ap Apartamento 2º drtº B9 85,19 Apartamento 2º drtº B10 Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 0,65 38,19 74,02 0,79 16,00 10,26 55,53 1,19 8,31 86,14 0,65 38,62 74,02 0,79 16,00 10,15 54,92 1,19 8,22 Apartamento 2º drtº B11 86,27 0,65 37,48 74,02 0,79 16,00 10,13 54,83 1,17 8,21 Apartamento 2º drtº B12 86,17 0,65 38,62 74,02 0,79 16,00 10,14 54,90 1,18 8,22 Apartamento 2º drtº B13 86,25 0,65 37,50 74,02 0,96 16,00 10,13 54,85 1,18 8,21 Apartamento 2º drtº B14 85,44 0,65 42,11 74,02 0,66 16,00 10,23 55,37 1,22 8,29 Apartamento 2º drtº B18 84,21 0,65 42,34 74,02 0,66 16,00 10,38 56,17 1,23 8,39 Apartamento 2º drtº B19 84,88 0,65 37,65 74,02 0,80 16,00 10,30 55,73 1,19 8,33 Apartamento 2º drtº B20 84,91 0,65 37,84 74,02 0,78 16,00 10,29 55,71 1,19 8,33 Apartamento 2º drtº B21 84,91 0,65 37,84 74,02 0,79 16,00 10,29 55,71 1,19 8,33 Apartamento 2º drtº B23 84,91 0,65 37,84 74,02 0,79 16,00 10,29 55,71 1,19 8,33 Apartamento 2º drtº B24 84,91 0,65 37,84 74,02 0,79 16,00 10,29 55,71 1,19 8,33 Apartamento 2º drtº B25 84,88 0,65 37,58 74,02 0,80 16,00 10,30 55,73 1,19 8,33 Apartamento 2º drtº B26 84,21 0,65 42,34 74,02 0,67 16,00 10,38 56,17 1,23 8,39 Apartamento 2º esqº B6 86,18 0,65 34,57 74,02 0,79 16,00 10,14 54,89 1,15 8,22 Apartamento 2º esqº B7 86,02 0,65 38,24 74,02 1,05 16,00 10,16 54,99 1,19 8,23 Apartamento 2º esqº B9 86,11 0,65 38,22 74,02 0,66 16,00 10,15 54,93 1,18 8,23 Apartamento 2º esqº B10 85,22 0,65 41,97 74,02 0,66 16,00 10,26 55,51 1,22 8,30 Apartamento 2º esqº B11 86,01 0,65 37,15 74,02 0,78 16,00 10,16 55,00 1,17 8,24 Apartamento 2º esqº B12 85,99 0,65 38,58 74,02 0,79 16,00 10,17 55,01 1,19 8,24 Apartamento 2º esqº B13 85,91 0,65 37,43 74,02 0,78 16,00 10,18 55,06 1,18 8,24 Apartamento 2º esqº B14 85,95 0,65 38,41 74,02 0,79 16,00 10,17 55,04 1,19 8,24 Apartamento 2º esqº B18 85,11 0,65 40,84 74,02 0,81 16,00 10,27 55,58 1,21 8,31 Apartamento 2º esqº B19 85,06 0,65 40,88 74,02 0,81 16,00 10,28 55,61 1,21 8,32 Apartamento 2º esqº B20 85,21 0,65 37,67 74,02 0,79 16,00 10,26 55,51 1,19 8,30 Apartamento 2º esqº B21 85,12 0,65 41,98 74,02 0,92 16,00 10,27 55,57 1,22 8,31 Apartamento 2º esqº B23 85,11 0,65 41,04 74,02 0,66 16,00 10,27 55,58 1,21 8,31 Apartamento 2º esqº B24 85,21 0,65 37,67 74,02 0,78 16,00 10,26 55,51 1,19 8,30 Apartamento 2º esqº B25 85,06 0,65 40,88 74,02 0,82 16,00 10,28 55,61 1,21 8,32 Apartamento 2º esqº B26 85,11 0,65 40,84 74,02 0,82 16,00 10,27 55,58 1,21 8,31 Apartamento 3º drtº B6 85,24 0,65 51,52 89,65 0,39 16,00 10,26 55,50 1,29 8,44 Apartamento 3º drtº B7 85,93 0,65 47,98 87,04 0,39 16,00 10,17 55,05 1,26 8,36 Apartamento 3º drtº B9 85,19 0,65 51,08 88,35 0,39 16,00 10,26 55,53 1,29 8,44 Apartamento 3º drtº B10 85,09 0,65 51,84 86,39 0,40 16,00 10,27 55,59 1,30 8,43 Apartamento 3º drtº B11 85,22 0,65 50,73 86,39 0,40 16,00 10,26 55,51 1,29 8,42 ren. Mestrado em engenharia civil 144 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total continuação Fração autónoma Ap Apartamento 3º drtº B13 85,20 Apartamento 3º drtº B14 Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 0,65 50,74 86,39 0,55 16,00 10,26 55,52 1,29 8,42 84,39 0,65 55,76 90,30 0,40 16,00 10,36 56,05 1,33 8,52 Apartamento 3º drtº B18 84,21 0,65 55,89 90,30 0,40 16,00 10,38 56,17 1,34 8,54 Apartamento 3º drtº B19 84,88 0,65 50,90 86,39 0,40 16,00 10,30 55,73 1,29 8,45 Apartamento 3º drtº B20 84,91 0,65 51,09 87,04 0,39 16,00 10,29 55,71 1,29 8,45 Apartamento 3º drtº B21 84,91 0,65 51,08 86,39 0,39 16,00 10,29 55,71 1,29 8,44 Apartamento 3º drtº B23 84,91 0,65 51,08 86,39 0,40 16,00 10,29 55,71 1,29 8,44 Apartamento 3º drtº B24 84,91 0,65 51,09 87,04 0,39 16,00 10,29 55,71 1,29 8,45 Apartamento 3º drtº B25 84,88 0,65 50,83 86,39 0,40 16,00 10,30 55,73 1,29 8,45 Apartamento 3º drtº B26 84,21 0,65 55,89 90,30 0,40 16,00 10,38 56,17 1,34 8,54 Apartamento 3º esqº B6 86,18 0,65 47,66 86,39 0,39 16,00 10,14 54,89 1,25 8,33 Apartamento 3º esqº B7 86,02 0,65 50,60 87,04 0,52 16,00 10,16 54,99 1,28 8,35 Apartamento 3º esqº B9 86,11 0,65 51,39 89,65 0,39 16,00 10,15 54,93 1,28 8,37 Apartamento 3º esqº B10 84,18 0,65 55,62 89,65 0,40 16,00 10,38 56,19 1,34 8,54 Apartamento 3º esqº B11 84,97 0,65 50,47 86,39 0,39 16,00 10,29 55,67 1,29 8,44 Apartamento 3º esqº B12 84,95 0,65 51,92 86,39 0,40 16,00 10,29 55,68 1,30 8,44 Apartamento 3º esqº B13 84,87 0,65 50,79 87,04 0,39 16,00 10,30 55,74 1,29 8,45 Apartamento 3º esqº B14 84,91 0,65 51,75 86,39 0,40 16,00 10,29 55,71 1,30 8,44 Apartamento 3º esqº B18 85,11 0,65 53,79 86,39 0,40 16,00 10,27 55,58 1,31 8,42 Apartamento 3º esqº B19 85,06 0,65 53,85 86,39 0,40 16,00 10,28 55,61 1,31 8,43 Apartamento 3º esqº B20 85,21 0,65 50,79 86,39 0,39 16,00 10,26 55,51 1,29 8,42 Apartamento 3º esqº B21 85,12 0,65 54,71 87,04 0,52 16,00 10,27 55,57 1,32 8,43 Apartamento 3º esqº B23 85,11 0,65 54,49 89,65 0,40 16,00 10,27 55,58 1,32 8,45 Apartamento 3º esqº B24 85,21 0,65 50,79 86,39 0,39 16,00 10,26 55,51 1,29 8,42 Apartamento 3º esqº B25 85,06 0,65 53,85 86,39 0,41 16,00 10,28 55,61 1,31 8,43 Apartamento 3º esqº B26 85,11 0,65 53,79 86,39 0,41 16,00 10,27 55,58 1,31 8,42 Apartamento r/c drtº B6 85,24 0,65 56,43 82,49 0,66 16,00 10,26 55,50 1,45 8,38 Apartamento r/c drtº B7 85,93 0,65 52,51 79,23 0,79 16,00 10,17 55,05 1,30 8,29 Apartamento r/c drtº B99 85,19 0,65 55,69 81,18 0,79 16,00 10,26 55,53 1,33 8,37 Apartamento r/c drtº B10 86,14 0,65 55,49 79,23 0,79 16,00 10,15 54,92 1,32 8,27 Apartamento r/c drtº B11 86,27 0,65 54,64 79,23 0,79 16,00 10,13 54,83 1,31 8,26 Apartamento r/c drtº B12 86,17 0,65 55,79 79,23 0,79 16,00 10,14 54,90 1,32 8,27 Apartamento r/c drtº B13 86,25 0,65 54,52 79,23 0,96 16,00 10,13 54,85 1,31 8,26 Apartamento r/c drtº B14 85,44 0,65 60,06 82,49 0,66 16,00 10,23 55,37 1,36 8,36 Apartamento r/c drtº B18 84,21 0,65 60,36 82,49 0,66 16,00 10,38 56,17 1,38 8,47 ren. Mestrado em engenharia civil 145 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total continuação Fração autónoma Ap Apartamento r/c drtº B20 84,91 Apartamento r/c drtº B21 Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 0,65 54,94 79,23 0,78 16,00 10,29 55,71 1,33 8,38 84,91 0,65 55,15 78,58 0,79 16,00 10,29 55,71 1,33 8,37 Apartamento r/c drtº B23 84,91 0,65 55,15 78,58 0,79 16,00 10,29 55,71 1,33 8,37 Apartamento r/c drtº B24 84,91 0,65 54,94 79,23 0,79 16,00 10,29 55,71 1,33 8,38 Apartamento r/c drtº B25 84,88 0,65 54,69 79,23 0,80 16,00 10,30 55,73 1,33 8,38 Apartamento r/c drtº B26 84,21 0,65 60,36 82,49 0,67 16,00 10,38 56,17 1,38 8,47 Apartamento r/c esqº B6 86,18 0,65 51,99 79,23 0,79 16,00 10,14 54,89 1,29 8,27 Apartamento r/c esqº B7 86,02 0,65 54,82 79,23 1,05 16,00 10,16 54,99 1,32 8,28 Apartamento r/c esqº B9 86,11 0,65 56,24 82,49 0,66 16,00 10,15 54,93 1,32 8,30 Apartamento r/c esqº B10 85,22 0,65 59,97 82,49 0,66 16,00 10,26 55,51 1,36 8,38 Apartamento r/c esqº B11 86,01 0,65 54,25 78,58 0,78 16,00 10,16 55,00 1,31 8,28 Apartamento r/c esqº B12 85,99 0,65 55,70 79,23 0,79 16,00 10,17 55,01 1,32 8,28 Apartamento r/c esqº B13 85,91 0,65 54,49 79,23 0,78 16,00 10,18 55,06 1,31 8,29 Apartamento r/c esqº B14 85,95 0,65 55,56 78,58 0,79 16,00 10,17 55,04 1,32 8,28 Apartamento r/c esqº B18 85,11 0,65 55,88 79,23 0,79 16,00 10,27 55,58 1,33 8,36 Apartamento r/c esqº B19 85,06 0,65 56,06 79,23 0,78 16,00 10,28 55,61 1,33 8,36 Apartamento r/c esqº B20 85,21 0,65 54,78 79,23 0,79 16,00 10,26 55,51 1,32 8,35 Apartamento r/c esqº B21 85,12 0,65 58,42 79,88 0,92 16,00 10,27 55,57 1,35 8,36 Apartamento r/c esqº B23 85,11 0,65 59,01 82,49 0,66 16,00 10,27 55,58 1,36 8,39 Apartamento r/c esqº B24 85,21 0,65 54,78 79,23 0,78 16,00 10,26 55,51 1,32 8,35 Apartamento r/c esqº B25 85,06 0,65 57,85 79,23 0,82 16,00 10,28 55,61 1,35 8,36 Apartamento r/c esqº B26 85,11 0,65 57,66 79,23 0,82 16,00 10,27 55,58 1,35 8,36 ren. Mestrado em engenharia civil 146 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 3 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 3- Reabilitação total Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni (m²) (RPH) Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (kgep/m².ano) Apartamento 1º drtº B22 92,37 0,65 63,19 74,02 0,72 16,00 17,05 64,01 1,97 9,45 Apartamento 1º drtº B8 92,42 0,68 55,85 74,02 0,58 16,00 17,04 63,98 1,91 9,45 Apartamento 1º esqº B22 83,38 0,65 57,57 74,02 0,40 16,00 10,48 56,73 1,36 8,47 Apartamento 1º esqº B8 83,37 0,68 49,66 74,02 0,53 16,00 10,49 56,74 1,30 8,47 Apartamento 2º drtº B22 92,37 0,65 63,19 74,02 0,72 16,00 17,05 64,01 1,97 9,45 Apartamento 2º drtº B8 92,42 0,68 55,85 74,02 0,58 16,00 17,04 63,98 1,91 9,45 Apartamento 2º esqº B22 83,38 0,65 57,57 74,02 0,40 16,00 10,48 56,73 1,36 8,47 Apartamento 2º esqº B8 83,37 0,68 49,66 74,02 0,53 16,00 10,49 56,74 1,30 8,47 Apartamento 3º drtº B22 92,37 0,65 75,69 93,56 0,43 16,00 17,05 64,01 2,07 9,63 Apartamento 3º drtº B8 92,42 0,68 68,36 90,30 0,29 16,00 17,04 63,98 2,01 9,59 Apartamento 3º esqº B22 83,38 0,65 71,19 96,16 0,26 16,00 10,48 56,73 1,47 8,67 Apartamento 3º esqº B8 83,37 0,68 63,01 92,25 0,26 16,00 10,49 56,74 1,40 8,63 Apartamento r/c drtº B22 92,37 0,65 81,24 87,70 0,72 16,00 17,05 64,01 2,11 9,57 Apartamento r/c drtº B8 92,42 0,68 72,89 83,14 0,58 16,00 17,04 63,98 2,05 9,53 Apartamento r/c esqº B22 83,38 0,65 77,29 89,65 0,40 16,00 10,48 56,73 1,51 8,61 Apartamento r/c esqº B8 83,37 0,68 67,82 84,44 0,53 16,00 10,49 56,74 1,44 8,56 Mestrado em engenharia civil 147 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 4 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 4- Reabilitação total Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni (m²) (RPH) Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (kgep/m².ano) Apartamento 1º drtº B15 85,46 0,65 65,20 83,14 0,68 16,00 10,23 55,35 1,40 8,36 Apartamento 1º drtº B16 84,97 0,65 54,59 74,02 0,96 16,00 10,29 55,67 1,32 8,33 Apartamento 1º drtº B17 84,99 0,65 54,96 74,02 0,96 16,00 10,29 55,66 1,33 8,32 Apartamento 1º esqº B15 98,62 0,65 52,26 74,02 0,96 16,00 15,97 59,96 1,80 8,90 Apartamento 1º esqº B16 98,62 0,65 52,01 74,02 0,96 16,00 15,97 59,96 1,79 8,90 Apartamento 1º esqº B17 99,09 0,65 58,27 77,93 0,83 16,00 15,90 59,67 1,84 8,90 Apartamento 2º drtº B15 85,46 0,65 46,99 74,02 0,68 16,00 10,23 55,35 1,26 8,28 Apartamento 2º drtº B16 84,97 0,65 40,71 74,02 0,96 16,00 10,29 55,67 1,22 8,33 Apartamento 2º drtº B17 84,99 0,65 40,63 74,02 0,96 16,00 10,29 55,66 1,21 8,32 Apartamento 2º esqº B15 98,62 0,65 38,02 74,02 0,96 16,00 15,97 59,96 1,68 8,90 Apartamento 2º esqº B16 98,62 0,65 38,05 74,02 0,96 16,00 15,97 59,96 1,68 8,90 Apartamento 2º esqº B17 99,09 0,65 43,38 74,02 0,83 16,00 15,90 59,67 1,72 8,87 Apartamento 3º drtº B15 85,46 0,65 60,16 90,95 0,41 16,00 10,23 55,35 1,36 8,43 Apartamento 3º drtº B16 84,97 0,65 53,09 84,44 0,55 16,00 10,29 55,67 1,31 8,42 Apartamento 3º drtº B17 84,99 0,65 52,94 84,44 0,55 16,00 10,29 55,66 1,31 8,42 Apartamento 3º esqº B15 98,62 0,65 50,31 83,14 0,55 16,00 15,97 59,96 1,78 8,99 Apartamento 3º esqº B16 98,62 0,65 50,40 83,14 0,55 16,00 15,97 59,96 1,78 8,99 Apartamento 3º esqº B17 99,09 0,65 56,24 88,35 0,41 16,00 15,90 59,67 1,82 8,99 Mestrado em engenharia civil 148 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 5 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 5- Reabilitação total Fração autónoma Ap Taxa ren. Nic Ni Nvc Nv Nac Na (kWh/m².ano) Ntc Nt (m²) (RPH) (kgep/m².ano) Apartamento 1º drtº Fr. 71,31 0,68 60,98 78,58 0,67 16,00 29,49 49,75 3,02 7,57 Apartamento 1º drtº Tr. 86,63 0,70 61,79 79,23 0,68 16,00 32,37 54,60 3,28 8,23 Apartamento 1º esqº Tr. 81,49 0,72 62,65 77,93 0,55 16,00 34,41 58,05 3,46 8,68 Apartamento 1º esqº Fr. 86,20 0,71 63,70 81,18 0,53 16,00 32,53 54,88 3,31 8,28 Apartamento 2º drtº Fr. 71,31 0,68 45,42 74,02 0,67 16,00 29,49 49,75 2,90 7,53 Apartamento 2º drtº Tr. 86,63 0,70 46,30 74,02 0,68 16,00 32,37 54,60 3,16 8,18 Apartamento 2º esqº Tr. 81,49 0,72 47,26 74,02 0,55 16,00 34,41 58,05 3,34 8,65 Apartamento 2º esqº Fr. 86,20 0,71 47,48 74,02 0,53 16,00 32,53 54,88 3,18 8,22 Apartamento 3º drtº Fr. 71,31 0,68 45,42 74,02 0,67 16,00 29,49 49,75 2,90 7,53 Apartamento 3º drtº Tr. 86,63 0,70 46,30 74,02 0,68 16,00 32,37 54,60 3,16 8,18 Apartamento 3º esqº Tr. 81,49 0,72 47,26 74,02 0,55 16,00 34,41 58,05 3,34 8,65 Apartamento 3º esqº Fr. 86,20 0,71 47,48 74,02 0,53 16,00 32,53 54,88 3,18 8,22 Apartamento 4º drtº Fr. 71,31 0,68 45,42 74,02 0,67 16,00 29,49 49,75 2,90 7,53 Apartamento 4º drtº Tr. 86,63 0,70 46,30 74,02 0,68 16,00 32,37 54,60 3,16 8,18 Apartamento 4º esqº Tr. 81,49 0,72 47,26 74,02 0,55 16,00 34,41 58,05 3,34 8,65 Apartamento 4º esqº Fr. 86,20 0,71 47,48 74,02 0,53 16,00 32,53 54,88 3,18 8,22 Apartamento 5º drtº Fr. 71,31 0,73 47,30 74,02 0,67 16,00 29,49 49,75 2,92 7,53 Apartamento 5º drtº Tr. 86,63 0,75 48,18 74,02 0,55 16,00 32,37 54,60 3,17 8,18 Apartamento 5º esqº Tr. 80,55 0,77 49,37 74,02 0,55 16,00 34,81 58,73 3,39 8,74 Apartamento 5º esqº Fr. 87,14 0,76 48,94 74,02 0,53 16,00 32,18 54,29 3,16 8,14 Apartamento 6º drtº Fr. 71,31 0,73 47,30 74,02 0,67 16,00 29,49 49,75 2,92 7,53 Apartamento 6º drtº Tr. 86,63 0,75 48,18 74,02 0,55 16,00 32,37 54,60 3,17 8,18 Apartamento 6º esqº Tr. 81,49 0,77 48,93 74,02 0,55 16,00 34,41 58,05 3,35 8,65 Apartamento 6º esqº Fr. 86,20 0,76 49,36 74,02 0,53 16,00 32,53 54,88 3,19 8,22 Apartamento 7º drtº Fr. 71,31 0,73 47,30 74,02 0,67 16,00 29,49 49,75 2,92 7,53 Apartamento 7º drtº Tr. 86,63 0,75 48,18 74,02 0,55 16,00 32,37 54,60 3,17 8,18 Apartamento 7º esqº Tr. 81,49 0,77 48,93 74,02 0,55 16,00 34,41 58,05 3,35 8,65 Apartamento 7º esqº Fr. 86,20 0,76 49,36 74,02 0,53 16,00 32,53 54,88 3,19 8,22 Apartamento 8º drtº Fr. 71,31 0,73 47,30 74,02 0,67 16,00 29,49 49,75 2,92 7,53 Apartamento 8º drtº Tr. 86,63 0,75 48,18 74,02 0,55 16,00 32,37 54,60 3,17 8,18 Apartamento 8º esqº Tr. 81,49 0,77 48,93 74,02 0,55 16,00 34,41 58,05 3,35 8,65 Apartamento 8º esqº Fr. 85,06 0,76 50,15 74,02 0,53 16,00 32,97 55,61 3,24 8,32 Apartamento 9º drtº Fr. 71,31 0,78 48,97 74,02 0,54 16,00 29,49 49,75 2,93 7,53 Mestrado em engenharia civil 149 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 5 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 5- Reabilitação total continuação Fração autónoma Ap Apartamento 9º esqº Tr. 81,49 Apartamento 9º esqº Fr. Taxa Nic Ni Nvc Nv Nac Na Ntc Nt 0,82 50,81 74,02 0,55 16,00 34,41 58,05 3,37 8,65 86,20 0,81 51,24 74,02 0,40 16,00 32,53 54,88 3,21 8,22 Apartamento 10º drtº Fr. 71,31 0,78 85,81 90,30 1,31 16,00 29,49 49,75 3,23 7,67 Apartamento 10º drtº Tr. 85,74 0,80 81,60 89,65 1,33 16,00 32,71 55,17 3,47 8,40 Apartamento 10º esqº Tr. 81,49 0,82 81,27 88,35 1,33 16,00 34,41 58,05 3,61 8,78 Apartamento 10º esqº Fr. 86,20 0,81 82,40 91,60 1,08 16,00 32,53 54,88 3,46 8,38 ren. Mestrado em engenharia civil 150 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 6 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 1 Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança kgep.ano % Apartamento 1º drt B1 790,09 116,07 674,02 85,31 Apartamento 1º drtº B2 767,49 115,34 652,15 84,97 Apartamento 1º drtº B3 779,13 116,59 662,55 85,04 Apartamento 1º drtº B4 767,88 116,60 651,28 84,82 Apartamento 1º drtº B5 769,34 118,44 650,89 84,60 Apartamento 1º esqº B1 782,00 118,47 663,52 84,85 Apartamento 1º esqº B2 778,05 116,39 661,65 85,04 Apartamento 1º esqº B3 782,89 116,35 666,54 85,14 Apartamento 1º esqº B4 779,04 116,23 662,80 85,08 Apartamento 1º esqº B5 802,44 116,26 686,18 85,51 Apartamento 2º drtº B1 790,09 119,23 670,86 84,91 Apartamento 2º drtº B2 767,49 118,50 648,99 84,56 Apartamento 2º drtº B3 779,13 119,80 659,33 84,62 Apartamento 2º drtº B4 767,88 119,82 648,06 84,40 Apartamento 2º drtº B5 769,34 122,37 646,97 84,09 Apartamento 2º esqº B1 782,00 121,61 660,38 84,45 Apartamento 2º esqº B2 778,05 119,61 658,44 84,63 Apartamento 2º esqº B3 782,89 119,56 663,33 84,73 Apartamento 2º esqº B4 779,04 119,40 659,64 84,67 Apartamento 2º esqº B5 802,44 119,43 683,02 85,12 Apartamento 3º drtº B1 1013,70 126,34 887,37 87,54 Apartamento 3º drtº B2 993,32 126,40 866,92 87,27 Apartamento 3º drtº B3 1005,17 126,90 878,28 87,38 Apartamento 3º drtº B4 993,03 126,91 866,12 87,22 Apartamento 3º drtº B5 996,08 130,21 865,87 86,93 Apartamento 3º esqº B1 1008,41 129,46 878,95 87,16 Apartamento 3º esqº B2 1003,40 127,48 875,92 87,30 Apartamento 3º esqº B3 1009,33 127,43 881,90 87,37 Apartamento 3º esqº B4 1005,23 126,51 878,72 87,41 Apartamento 3º esqº B5 1026,00 126,54 899,45 87,67 Apartamento r/c drtº B1 884,24 116,07 768,17 86,87 Apartamento r/c drtº B2 862,24 115,34 746,90 86,62 Apartamento r/c drtº B3 874,15 116,59 757,56 86,66 Apartamento r/c drtº B4 862,68 116,60 746,08 86,48 Mestrado em engenharia civil 151 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 6 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 1- continuação Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança Fração autónoma kgep.ano % Apartamento r/c esqº B1 876,38 118,47 757,90 86,48 Apartamento r/c esqº B2 872,93 116,39 756,54 86,67 Apartamento r/c esqº B3 878,07 116,35 761,72 86,75 Apartamento r/c esqº B4 873,94 116,23 757,71 86,70 Apartamento r/c esqº B5 897,35 116,26 781,09 87,04 Total 34396,68 4807,80 29588,88 86,02 Mestrado em engenharia civil 152 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2 Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança kgep.ano % Apartamento 1º drtº B6 869,04 101,44 767,61 88,33 Apartamento 1º drtº B7 890,76 99,68 791,08 88,81 Apartamento 1º drtº B9 891,62 101,38 790,24 88,63 Apartamento 1º drtº B10 873,20 102,51 770,69 88,26 Apartamento 1º drtº B11 859,41 100,94 758,48 88,26 Apartamento 1º drtº B12 873,05 101,68 771,37 88,35 Apartamento 1º drtº B13 756,85 101,78 655,08 86,55 Apartamento 1º drtº B14 779,95 104,24 675,71 86,64 Apartamento 1º drtº B18 779,52 103,58 675,94 86,71 Apartamento 1º drtº B19 763,30 101,01 662,30 86,77 Apartamento 1º drtº B20 748,22 101,04 647,17 86,50 Apartamento 1º drtº B21 762,20 100,94 661,26 86,76 Apartamento 1º drtº B23 756,85 100,94 655,92 86,66 Apartamento 1º drtº B24 779,95 101,04 678,90 87,04 Apartamento 1º drtº B25 779,52 101,01 678,51 87,04 Apartamento 1º drtº B26 763,30 103,58 659,72 86,43 Apartamento 1º esqº B6 748,22 99,11 649,11 86,75 Apartamento 1º esqº B7 762,20 102,36 659,84 86,57 Apartamento 1º esqº B9 1036,03 101,61 934,42 90,19 Apartamento 1ª esqº B10 1055,79 103,97 951,82 90,15 Apartamento 1º esqº B11 1058,52 100,63 957,89 90,49 Apartamento 1º esqº B12 1038,71 102,33 936,38 90,15 Apartamento 1º esqº B13 1027,18 101,37 925,80 90,13 Apartamento 1º esqº B14 1040,09 102,28 937,81 90,17 Apartamento 1º esqº B18 880,16 102,98 777,17 88,30 Apartamento 1º esqº B19 877,96 102,92 775,04 88,28 Apartamento 1º esqº B20 874,27 101,40 772,87 88,40 Apartamento 1º esqº B21 873,00 103,85 769,16 88,10 Apartamento 1º esqº B23 900,95 102,98 797,96 88,57 Apartamento 1º esqº B24 877,55 101,40 776,15 88,45 Apartamento 1º esqº B25 875,79 102,92 772,87 88,25 Apartamento 1º esqº B26 872,85 102,98 769,86 88,20 Apartamento 2º drtº B6 878,99 101,44 777,55 88,46 Apartamento 2º drtº B7 899,07 99,68 799,39 88,91 Mestrado em engenharia civil 153 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2 - continuação Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança Fração autónoma kgep.ano % Apartamento 2º drtº B10 768,75 102,51 666,24 86,67 Apartamento 2º drtº B11 763,69 100,94 662,75 86,78 Apartamento 2º drtº B12 762,91 101,68 661,23 86,67 Apartamento 2º drtº B13 791,43 101,78 689,66 87,14 Apartamento 2º drtº B14 766,67 104,24 662,44 86,40 Apartamento 2º drtº B18 765,24 103,58 661,66 86,46 Apartamento 2º drtº B19 762,88 101,01 661,87 86,76 Apartamento 2º drtº B20 768,58 101,04 667,53 86,85 Apartamento 2º drtº B21 789,99 101,04 688,95 87,21 Apartamento 2º drtº B23 769,71 101,04 668,66 86,87 Apartamento 2º drtº B24 768,75 101,04 667,71 86,86 Apartamento 2º drtº B25 763,69 101,01 662,68 86,77 Apartamento 2º drtº B26 763,77 103,58 660,19 86,44 Apartamento 2º esqº B6 791,43 99,11 692,32 87,48 Apartamento 2º esqº B7 767,53 102,36 665,17 86,66 Apartamento 2º esqº B9 766,10 101,61 664,49 86,74 Apartamento 2º esqº B10 763,74 103,97 659,77 86,39 Apartamento 2º esqº B11 769,44 100,63 668,81 86,92 Apartamento 2º esqº B12 789,99 102,33 687,66 87,05 Apartamento 2º esqº B13 1042,49 101,37 941,11 90,28 Apartamento 2º esqº B14 1040,64 102,28 938,36 90,17 Apartamento 2º esqº B18 1036,03 102,98 933,04 90,06 Apartamento 2º esqº B19 1034,93 102,92 932,01 90,06 Apartamento 2º esqº B20 1061,45 101,40 960,05 90,45 Apartamento 2º esqº B21 1038,45 103,85 934,60 90,00 Apartamento 2º esqº B23 1037,49 102,98 934,51 90,07 Apartamento 2º esqº B24 1034,57 101,40 933,17 90,20 Apartamento 2º esqº B25 1041,27 102,92 938,34 90,12 Apartamento 2º esqº B26 1058,14 102,98 955,16 90,27 Apartamento 3º drtº B6 873,61 109,96 763,65 87,41 Apartamento 3º drtº B7 897,68 108,27 789,41 87,94 Apartamento 3º drtº B9 874,80 109,90 764,90 87,44 Apartamento 3º drtº B10 870,87 110,62 760,25 87,30 Apartamento 3º drtº B11 872,82 109,93 762,89 87,40 Apartamento 3º drtº B12 872,87 110,66 762,22 87,32 Mestrado em engenharia civil 154 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2 - continuação Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança Fração autónoma kgep.ano % Apartamento 3º drtº B14 870,33 112,24 758,09 87,10 Apartamento 3º drtº B18 765,37 112,84 652,52 85,26 Apartamento 3º drtº B19 789,89 109,50 680,39 86,14 Apartamento 3º drtº B20 766,62 109,53 657,09 85,71 Apartamento 3º drtº B21 763,07 109,53 653,54 85,65 Apartamento 3º drtº B23 764,47 109,53 654,93 85,67 Apartamento 3º drtº B24 765,04 109,53 655,51 85,68 Apartamento 3º drtº B25 755,49 109,50 646,00 85,51 Apartamento 3º drtº B26 761,68 112,84 648,84 85,19 Apartamento 3º esqº B6 765,37 107,73 657,64 85,93 Apartamento 3º esqº B7 789,89 110,11 679,78 86,06 Apartamento 3º esqº B9 766,62 110,22 656,40 85,62 Apartamento 3º esqº B10 763,07 112,80 650,27 85,22 Apartamento 3º esqº B11 764,47 109,61 654,86 85,66 Apartamento 3º esqº B12 765,04 110,44 654,60 85,56 Apartamento 3º esqº B13 755,49 109,48 646,01 85,51 Apartamento 3º esqº B14 762,49 110,38 652,11 85,52 Apartamento 3º esqº B18 1039,81 111,49 928,31 89,28 Apartamento 3º esqº B19 1060,20 111,43 948,78 89,49 Apartamento 3º esqº B20 1040,05 109,92 930,13 89,43 Apartamento 3º esqº B21 1036,38 112,36 924,03 89,16 Apartamento 3º esqº B23 1038,34 112,35 926,00 89,18 Apartamento 3º esqº B24 1037,60 109,92 927,68 89,41 Apartamento 3º esqº B25 1030,06 111,43 918,63 89,18 Apartamento 3º esqº B26 1035,05 111,49 923,56 89,23 Apartamento r/c drtº B6 873,61 123,60 750,01 85,85 Apartamento r/c drtº B7 897,68 111,71 785,97 87,56 Apartamento r/c drtº B99 874,80 113,30 761,50 87,05 Apartamento r/c drtº B10 870,02 113,70 756,32 86,93 Apartamento r/c drtº B11 873,68 113,01 760,66 87,06 Apartamento r/c drtº B12 872,03 113,74 758,28 86,96 Apartamento r/c drtº B13 896,08 112,99 783,10 87,39 Apartamento r/c drtº B14 870,33 116,20 754,13 86,65 Apartamento r/c drtº B18 764,51 116,21 648,30 84,80 Apartamento r/c drtº B19 789,89 112,89 677,00 85,71 Mestrado em engenharia civil 155 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2 continuação Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança Fração autónoma kgep.ano % Apartamento r/c drtº B21 762,22 112,93 649,29 85,18 Apartamento r/c drtº B23 765,32 112,93 652,39 85,24 Apartamento r/c drtº B24 764,19 112,93 651,26 85,22 Apartamento r/c drtº B25 786,95 112,89 674,06 85,65 Apartamento r/c drtº B26 761,64 116,21 645,43 84,74 Apartamento r/c esqº B6 764,51 111,17 653,34 85,46 Apartamento r/c esqº B7 789,89 113,55 676,34 85,63 Apartamento r/c esqº B9 765,77 113,67 652,10 85,16 Apartamento r/c esqº B10 762,22 115,90 646,32 84,79 Apartamento r/c esqº B11 765,32 112,67 652,65 85,28 Apartamento r/c esqº B12 764,19 113,51 650,68 85,15 Apartamento r/c esqº B13 786,95 112,54 674,41 85,70 Apartamento r/c esqº B14 761,64 113,45 648,19 85,10 Apartamento r/c esqº B18 1039,81 113,20 926,61 89,11 Apartamento r/c esqº B19 1060,20 113,13 947,07 89,33 Apartamento r/c esqº B20 1040,05 112,48 927,57 89,19 Apartamento r/c esqº B21 1035,54 114,91 920,62 88,90 Apartamento r/c esqº B23 1039,20 115,75 923,45 88,86 Apartamento r/c esqº B24 1036,75 112,48 924,27 89,15 Apartamento r/c esqº B25 1060,63 114,83 945,80 89,17 Apartamento r/c esqº B26 1035,05 114,90 920,15 88,90 Total 110628,2485 13705,68 96922,56 87,61 Mestrado em engenharia civil 156 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 8 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 3 Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança kgep.ano % Apartamento 1º drtº B22 878,72 181,97 696,75 79,29 Apartamento 1º drtº B8 1040,65 176,52 864,13 83,04 Apartamento 1º esqº B22 770,34 113,40 656,94 85,28 Apartamento 1º esqº B8 921,43 108,38 813,05 88,24 Apartamento 2º drtº B22 770,34 181,97 588,37 76,38 Apartamento 2º drtº B8 921,43 176,52 744,91 80,84 Apartamento 2º esqº B22 1043,79 113,40 930,40 89,14 Apartamento 2º esqº B8 1225,49 108,38 1117,11 91,16 Apartamento 3º drtº B22 927,19 191,21 735,98 79,38 Apartamento 3º drtº B8 1078,88 185,76 893,12 82,78 Apartamento 3º esqº B22 812,96 122,57 690,39 84,92 Apartamento 3º esqº B8 953,26 116,72 836,54 87,76 Apartamento r/c drtº B22 812,96 194,90 618,05 76,03 Apartamento r/c drtº B8 953,26 189,46 763,80 80,12 Apartamento r/c esqº B22 1083,94 125,90 958,04 88,38 Apartamento r/c esqº B8 1253,46 120,05 1133,41 90,42 Total 15448,08 2407,11 13040,97 84,42 Mestrado em engenharia civil 157 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 9 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 4 Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança kgep.ano % Apartamento 1º drtº B15 1010,28 119,64 890,63 88,16 Apartamento 1º drtº B16 900,63 112,16 788,47 87,55 Apartamento 1º drtº B17 1006,33 113,04 893,30 88,77 Apartamento 1º esqº B15 842,47 177,52 664,95 78,93 Apartamento 1º esqº B16 1042,84 176,53 866,31 83,07 Apartamento 1º esqº B17 844,18 182,33 661,86 78,40 Apartamento 2º drtº B15 902,74 107,68 795,06 88,07 Apartamento 2º drtº B16 786,88 103,66 683,21 86,83 Apartamento 2º drtº B17 900,77 102,84 797,93 88,58 Apartamento 2º esqº B15 750,10 165,68 584,42 77,91 Apartamento 2º esqº B16 936,28 165,68 770,60 82,30 Apartamento 2º esqº B17 750,10 170,43 579,66 77,28 Apartamento 3º drtº B15 1233,25 116,23 1117,02 90,58 Apartamento 3º drtº B16 1075,97 111,31 964,66 89,65 Apartamento 3º drtº B17 1233,25 111,34 1121,91 90,97 Apartamento 3º esqº B15 1038,33 175,54 862,79 83,09 Apartamento 3º esqº B16 1268,77 175,54 1093,22 86,16 Apartamento 3º esqº B17 1036,62 180,34 856,28 82,60 Total 17559,78 2567,50 14992,29 85,38 Mestrado em engenharia civil 158 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo III - Tabela 10 Poupança anual de energia – Edifício Tipo 5 Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança kgep.ano % Apartamento 1º drtº Fr. B27 689,20 215,36 473,85 68,75 Apartamento 1º drtº Tr. B27 902,68 284,15 618,54 68,52 Apartamento 1º esqº Tr. B27 869,32 281,96 587,37 67,57 Apartamento 1º esqº Fr.B27 892,06 285,32 606,74 68,02 Apartamento 2º drtº Fr. B27 609,21 206,80 402,41 66,05 Apartamento 2º drtº Tr. B27 807,39 273,75 533,64 66,09 Apartamento 2º esqº Tr. B27 778,80 272,18 506,63 65,05 Apartamento 2º esqº Fr. B27 795,25 274,12 521,13 65,53 Apartamento 3º drtº Fr. B27 609,21 206,80 402,41 66,05 Apartamento 3º drtº Tr. B27 807,39 273,75 533,64 66,09 Apartamento 3º esqº Tr. B27 778,80 272,18 506,63 65,05 Apartamento 3º esqº Fr. B27 795,25 274,12 521,13 65,53 Apartamento 4º drtº Fr. B27 609,21 206,80 402,41 66,05 Apartamento 4º drtº Tr. B27 807,39 273,75 533,64 66,09 Apartamento 4º esqº Tr. B27 778,80 272,18 506,63 65,05 Apartamento 4º esqº Fr. B27 795,25 274,12 521,13 65,53 Apartamento 5º drtº Fr. B27 613,50 208,23 405,27 66,06 Apartamento 5º drtº Tr. B27 811,72 274,62 537,11 66,17 Apartamento 5º esqº Tr. B27 782,72 273,06 509,66 65,11 Apartamento 5º esqº Fr. B27 801,27 275,36 525,91 65,63 Apartamento 6º drtº Fr. B27 613,50 208,23 405,27 66,06 Apartamento 6º drtº Tr. B27 811,72 274,62 537,11 66,17 Apartamento 6º esqº Tr. B27 783,70 272,99 510,70 65,17 Apartamento 6º esqº Fr. B27 800,43 274,98 525,46 65,65 Apartamento 7º drtº Fr. B27 613,50 208,23 405,27 66,06 Apartamento 7º drtº Tr. B27 811,72 274,62 537,11 66,17 Apartamento 7º esqº Tr. B27 783,70 272,99 510,70 65,17 Apartamento 7º esqº Fr. B27 800,43 274,98 525,46 65,65 Apartamento 8º drtº Fr. B27 613,50 208,23 405,27 66,06 Apartamento 8º drtº Tr. B27 811,72 274,62 537,11 66,17 Apartamento 8º esqº Tr. B27 783,70 272,99 510,70 65,17 Apartamento 8º esqº Fr. B27 800,11 275,59 524,52 65,56 Apartamento 9º drtº Fr. B27 617,78 208,94 408,84 66,18 Apartamento 9º drtº Tr. B27 816,92 275,48 541,44 66,28 Mestrado em engenharia civil 159 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo III - Tabela 10 Poupança anual de energia – Edifício Tipo 5 - continuação Fração autónoma Solução base Reabilitação total kgep.ano Poupança kgep.ano % Apartamento 9º esqº Fr. B27 804,76 276,70 528,05 65,62 Apartamento 10º drtº Fr. B27 879,18 230,33 648,85 73,80 Apartamento 10º drtº Tr. B27 1111,19 297,52 813,67 73,23 Apartamento 10º esqº Tr. B27 1064,23 294,18 770,05 72,36 Apartamento 10º esqº Fr. B27 1097,79 298,25 799,54 72,83 Total 31541,81 10427,65 21114,15 66,94 Mestrado em engenharia civil 160 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV – Avaliação SBtoolPT – H Anexo IV - Tabela 1 - Parâmetro P2 na solução base e na proposta reabilitação IULmax1 IUL2 P23 Bloco 1 920,00 876,44 1,13 Bloco 2 578,70 876,44 2,54 Bloco 3 579,70 876,44 2,53 Bloco 4 580,70 876,44 2,52 Bloco 5 946,22 876,44 1,07 Bloco 6 806,00 916,64 1,59 Bloco 7 573,50 916,64 2,75 Bloco 8 1014,00 984,76 1,18 Bloco 9 1232,50 916,64 0,61 Bloco 10 882,25 916,64 1,35 Bloco 11 462,50 916,64 3,70 Bloco 12 462,50 916,64 3,70 Bloco 13 462,50 916,64 3,70 Bloco 14 462,50 916,64 3,70 Bloco 15 630,00 714,00 1,58 Bloco 16 630,00 714,00 1,58 Bloco 17 630,00 714,00 1,58 Bloco 18 601,25 984,76 2,84 Bloco 19 601,25 984,76 2,84 Bloco 20 601,25 984,76 2,84 Bloco 21 601,25 984,76 2,84 Bloco 22 456,25 984,76 4,15 Bloco 23 701,50 984,76 2,26 Bloco 24 564,25 984,76 3,11 Bloco 25 675,25 984,76 2,40 Bloco 26 1280,75 984,76 0,67 Bloco 27 1180,00 4917,36 9,17 1 IULmax – Índice de utilização líquido máximo permitido por lei. 2 IUL – Índice de utilização líquido. 3 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 161 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 2 - Parâmetro P3 na solução base e na Proposta de reabilitação Atot1 AIMP2 P33 Bloco 1 920,00 294,11 0,93 Bloco 2 578,70 361,61 -0,08 Bloco 3 579,70 361,61 -0,08 Bloco 4 580,70 361,61 -0,08 Bloco 5 946,22 361,61 0,73 Bloco 6 806,00 449,41 0,14 Bloco 7 573,50 400,16 -0,33 Bloco 8 1014,00 313,69 0,97 Bloco 9 1232,50 598,91 0,38 Bloco 10 882,25 352,66 0,67 Bloco 11 462,50 309,41 -0,23 Bloco 12 462,50 287,91 -0,08 Bloco 13 462,50 288,91 -0,08 Bloco 14 462,50 395,66 -0,85 Bloco 15 630,00 451,50 -0,39 Bloco 16 630,00 472,75 -0,50 Bloco 17 630,00 451,50 -0,39 Bloco 18 601,25 257,69 0,57 Bloco 19 601,25 368,69 -0,04 Bloco 20 601,25 388,44 -0,15 Bloco 21 601,25 368,69 -0,04 Bloco 22 456,25 246,19 0,20 Bloco 23 701,50 257,69 0,78 Bloco 24 564,25 286,91 0,31 Bloco 25 675,25 302,66 0,51 Bloco 26 1280,75 281,66 1,27 Bloco 27 1180,00 636,32 0,20 1 ATOT – Área total do terreno em projeção horizontal. 2 AIMP – Área de superfície do terreno impermeabilizada em projeção horizontal. 3 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 162 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 3 - Parâmetro P4 na solução base e na Proposta de reabilitação AINT1 APCO2 P4 Bloco 1 920,00 0 0 Bloco 2 578,70 0 0 Bloco 3 579,70 0 0 Bloco 4 580,70 0 0 Bloco 5 946,22 0 0 Bloco 6 806,00 Bloco 7 573,50 0 0 Bloco 8 1014,00 0 0 Bloco 9 1232,50 0 0 Bloco 10 882,25 0 0 Bloco 11 462,50 0 0 Bloco 12 462,50 0 0 Bloco 13 462,50 0 0 Bloco 14 462,50 0 0 Bloco 15 630,00 0 0 Bloco 16 630,00 0 0 Bloco 17 630,00 0 0 Bloco 18 601,25 0 0 Bloco 19 601,25 0 0 Bloco 20 601,25 0 0 Bloco 21 601,25 0 0 Bloco 22 456,25 0 0 Bloco 23 701,50 0 0 Bloco 24 564,25 0 0 Bloco 25 675,25 0 0 Bloco 26 1280,75 0 0 Bloco 27 1180,00 0 0 0 0 1 AINT – Área total de intervenção. 2 APCO – Somatório das áreas previamente contaminadas ou edificadas contidas na área de intervenção. Mestrado em engenharia civil 163 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 4 - Parâmetro P5 na solução base 1 2 AEV1 AEA2 P53 Bloco 1 625,89 0 -0,5 Bloco 2 217,09 0 -0,5 Bloco 3 218,09 0 -0,5 Bloco 4 219,09 0 -0,5 Bloco 5 584,61 0 -0,5 Bloco 6 356,59 0 -0,5 Bloco 7 173,34 0 -0,5 Bloco 8 700,31 0 -0,5 Bloco 9 633,59 0 -0,5 Bloco 10 529,59 0 -0,5 Bloco 11 153,09 0 -0,5 Bloco 12 174,59 0 -0,5 Bloco 13 173,59 0 -0,5 Bloco 14 66,84 0 -0,5 Bloco 15 178,5 0 -0,5 Bloco 16 157,25 0 -0,5 Bloco 17 178,5 0 -0,5 Bloco 18 343,56 0 -0,5 Bloco 19 232,56 0 -0,5 Bloco 20 212,81 0 -0,5 Bloco 21 232,56 0 -0,5 Bloco 22 210,06 0 -0,5 Bloco 23 443,81 0 -0,5 Bloco 24 277,34 0 -0,5 Bloco 25 372,59 0 -0,5 Bloco 26 999,09 0 -0,5 Bloco 27 543,677 0 -0,5 AEV – Área destinada a espaços verdes. AEA – Área destinada a espécies autóctones. 3 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 164 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 5 - Parâmetro P5 na proposta de reabilitação 1 2 AEV1 AEA2 P5 Bloco 1 625,89 375,53 0,50 Bloco 2 217,09 130,25 0,50 Bloco 3 218,09 130,85 0,50 Bloco 4 219,09 131,45 0,50 Bloco 5 584,61 350,77 0,50 Bloco 6 356,59 213,95 0,50 Bloco 7 173,34 104,00 0,50 Bloco 8 700,31 420,19 0,50 Bloco 9 633,59 380,15 0,50 Bloco 10 529,59 317,75 0,50 Bloco 11 153,09 91,85 0,50 Bloco 12 174,59 104,75 0,50 Bloco 13 173,59 104,15 0,50 Bloco 14 66,84 40,10 0,50 Bloco 15 178,50 107,10 0,50 Bloco 16 157,25 94,35 0,50 Bloco 17 178,50 107,10 0,50 Bloco 18 343,56 206,14 0,50 Bloco 19 232,56 139,54 0,50 Bloco 20 212,81 127,69 0,50 Bloco 21 232,56 139,54 0,50 Bloco 22 210,06 126,04 0,50 Bloco 23 443,81 266,29 0,50 Bloco 24 277,34 166,40 0,50 Bloco 25 372,59 223,55 0,50 Bloco 26 999,09 599,45 0,50 Bloco 27 543,68 326,21 0,50 AEV – Área destinada a espaços verdes. AEA – Área destinada a espécies autóctones. Mestrado em engenharia civil 165 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 6 - Parâmetro P6 na solução base e na Proposta de reabilitação ATOT1 AIMP2 AEV3 ARFL4 P65 Bloco 1 920,00 294,11 625,89 219,11 3,60 Bloco 2 578,70 361,61 217,09 219,11 3,59 Bloco 3 579,70 361,61 218,09 219,11 3,59 Bloco 4 580,70 361,61 219,09 219,11 3,59 Bloco 5 946,22 361,61 584,61 219,11 3,59 Bloco 6 806,00 449,41 356,59 229,16 3,79 Bloco 7 573,50 400,16 173,34 229,16 3,79 Bloco 8 1014,00 313,69 700,31 246,19 4,14 Bloco 9 1232,50 598,91 633,59 229,16 3,79 Bloco 10 882,25 352,66 529,59 229,16 3,80 Bloco 11 462,50 309,41 153,09 229,16 3,79 Bloco 12 462,50 287,91 174,59 229,16 3,79 Bloco 13 462,50 288,91 173,59 229,16 3,79 Bloco 14 462,50 395,66 66,84 229,16 3,79 Bloco 15 630,00 451,50 178,50 451,50 8,24 Bloco 16 630,00 472,75 157,25 472,75 8,66 Bloco 17 630,00 451,50 178,50 451,50 8,24 Bloco 18 601,25 257,69 343,56 229,16 3,79 Bloco 19 601,25 368,69 232,56 229,16 3,79 Bloco 20 601,25 388,44 212,81 229,16 3,79 Bloco 21 601,25 368,69 232,56 229,16 3,79 Bloco 22 456,25 246,19 210,06 246,19 4,13 Bloco 23 701,50 257,69 443,81 229,16 3,80 Bloco 24 564,25 286,91 277,34 229,16 3,79 Bloco 25 675,25 302,66 372,59 229,16 3,79 Bloco 26 1280,75 281,66 999,09 229,16 3,80 Bloco 27 1180,00 636,32 543,68 447,03 8,15 1 ATOT – Área total do terreno em projeção horizontal. 2 AIMP – Área de superfície do terreno impermeabilizada em projeção horizontal. 3 4 AEV – Área destinada a espaços verdes. ARFL – Área construída em projeção horizontal com refletância igual ou superior o 60%. 5 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 166 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 7 - Parâmetro P7 na solução base 1 Ntc1 N t2 P73 Bloco 1 10,07 8,95 -0,17 Bloco 2 9,84 8,90 -0,14 Bloco 3 9,87 8,88 -0,15 Bloco 4 9,85 8,89 -0,14 Bloco 5 10,23 8,95 -0,19 Bloco 6 9,15 8,30 -0,14 Bloco 7 8,87 8,24 -0,10 Bloco 8 10,26 9,04 -0,18 Bloco 9 9,04 8,31 -0,12 Bloco 10 9,27 8,30 -0,16 Bloco 11 8,88 8,24 -0,10 Bloco 12 8,94 8,24 -0,11 Bloco 13 8,89 8,24 -0,11 Bloco 14 9,25 8,27 -0,16 Bloco 15 10,39 8,66 -0,27 Bloco 16 10,03 8,66 -0,21 Bloco 17 10,22 8,64 -0,24 Bloco 18 9,38 8,39 -0,16 Bloco 19 9,00 8,33 -0,11 Bloco 20 9,01 8,33 -0,11 Bloco 21 8,98 8,34 -0,10 Bloco 22 10,72 9,06 -0,14 Bloco 23 9,23 8,33 -0,11 Bloco 24 9,00 8,33 -0,11 Bloco 25 8,99 8,33 -0,16 Bloco 26 9,38 8,39 -0,19 Bloco 27 9,37 8,20 -0,19 Ntc – necessidades anuais globais de energia primária para climatização e para preparação de águas quentes sanitárias (Kgep/m2.ano). 2 Nt – máximo regulamentar para as necessidades anuais globais de energia primária para climatização e águas quentes sanitárias (Kgep/m2.ano). 3 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 167 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 8 - Parâmetro P7 na proposta de reabilitação 1 Ntc1 N t2 P7 Bloco 1 1,51 9,04 1,11 Bloco 2 1,47 8,98 1,12 Bloco 3 1,47 8,96 1,11 Bloco 4 1,47 8,98 1,12 Bloco 5 1,51 9,05 1,11 Bloco 6 1,23 8,30 1,14 Bloco 7 1,19 8,28 1,14 Bloco 8 1,68 9,04 1,09 Bloco 9 1,19 8,30 1,14 Bloco 10 1,22 8,30 1,14 Bloco 11 1,19 8,24 1,14 Bloco 12 1,19 8,24 1,14 Bloco 13 1,18 8,24 1,14 Bloco 14 1,22 8,28 1,14 Bloco 15 1,54 8,67 1,10 Bloco 16 1,50 8,66 1,10 Bloco 17 1,53 8,65 1,10 Bloco 18 1,23 8,36 1,14 Bloco 19 1,23 8,36 1,14 Bloco 20 1,19 8,33 1,14 Bloco 21 1,22 8,33 1,14 Bloco 22 1,74 9,06 1,08 Bloco 23 1,21 8,34 1,14 Bloco 24 1,19 8,34 1,14 Bloco 25 1,21 8,33 1,14 Bloco 26 1,23 8,36 1,14 Bloco 27 3,18 8,22 0,82 Ntc – necessidades anuais globais de energia primária para climatização e para preparação de águas quentes sanitárias (Kgep/m2.ano). 2 Nt – máximo regulamentar para as necessidades anuais globais de energia primária para climatização e águas quentes sanitárias (Kgep/m2.ano). Mestrado em engenharia civil 168 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 9 - Parâmetro P8 na solução base Apm1 Esolar Eren Per2 Nic Nvc Ntc'3 Ntc''4 Qa ηa Nac P85 Bloco 1 79,08 0,00 0,00 115,83 0,79 12,02 41,44 3056,51 0,50 77,30 -13,86 Bloco 2 79,08 0,00 0,00 109,74 0,79 11,81 40,71 3056,51 0,50 77,30 -18,78 Bloco 3 79,08 0,00 0,00 111,52 0,78 11,87 40,92 3056,51 0,50 77,30 -17,02 Bloco 4 79,08 0,00 0,00 110,25 0,78 11,82 40,77 3056,51 0,50 77,30 -18,24 Bloco 5 79,08 0,00 0,00 121,35 0,83 12,21 42,10 3056,51 0,50 77,30 -11,19 Bloco 6 85,24 0,00 0,00 102,52 0,77 10,98 37,85 3056,51 0,50 71,72 -17,96 Bloco 7 85,24 0,00 0,00 94,63 0,89 10,70 36,91 3056,51 0,50 71,72 -34,01 Bloco 8 87,88 0,00 0,00 121,86 0,76 12,33 42,50 3438,57 0,50 78,26 -11,60 Bloco 9 85,24 0,00 0,00 101,14 0,77 10,93 37,69 3056,51 0,50 71,72 -19,59 Bloco 10 85,24 0,00 0,00 106,68 0,73 11,12 38,35 3056,51 0,50 71,72 -14,38 Bloco 11 85,24 0,00 0,00 95,14 0,73 10,72 36,97 3056,51 0,50 71,72 -32,33 Bloco 12 85,24 0,00 0,00 97,34 1,04 10,80 37,24 3056,51 0,50 71,72 -25,88 Bloco 13 85,24 0,00 0,00 95,56 0,73 10,73 37,02 3056,51 0,50 71,72 -30,93 Bloco 14 85,24 0,00 0,00 106,89 0,77 11,13 38,38 3056,51 0,50 71,72 -14,23 Bloco 15 92,10 0,00 0,00 137,03 0,98 12,49 43,05 3438,57 0,50 74,67 -6,53 Bloco 16 92,10 0,00 0,00 123,94 0,98 12,03 41,48 3438,57 0,50 74,67 -9,00 Bloco 17 92,10 0,00 0,00 131,22 1,06 12,28 42,36 3438,57 0,50 74,67 -7,43 Bloco 18 85,24 0,00 0,00 107,78 0,78 11,16 38,49 3056,51 0,50 71,72 -13,65 Bloco 19 85,24 0,00 0,00 97,14 0,71 10,79 37,21 3056,51 0,50 71,72 -26,59 Bloco 20 85,24 0,00 0,00 96,82 0,71 10,78 37,17 3056,51 0,50 71,72 -27,37 Bloco 21 85,24 0,00 0,00 95,84 0,91 10,75 37,06 3056,51 0,50 71,72 -29,87 Bloco 22 87,88 0,00 0,00 137,86 0,78 12,88 44,42 3438,57 0,50 78,26 -7,39 Bloco 23 85,24 0,00 0,00 105,38 0,77 11,08 38,20 3056,51 0,50 71,72 -15,33 Bloco 24 85,24 0,00 0,00 96,52 0,71 10,77 37,13 3056,51 0,50 71,72 -28,15 Bloco 25 85,24 0,00 0,00 97,00 0,73 10,79 37,19 3056,51 0,50 71,72 -26,91 Bloco 26 85,24 0,00 0,00 107,78 0,76 11,16 38,48 3056,51 0,50 71,72 -13,65 Bloco 27 83,43 0,00 0,00 109,51 0,75 10,91 37,62 2865,48 0,50 68,69 -10,50 1 Apm – Área media útil de pavimento. 2 Per – Quantidade de energia produzida anualmente no edifício através de fontes renováveis (kWh/m2.ano). 3 Ntc' – Energia primaria equivalente a 1,2 vezes as necessidades anuais globais de energia primaria, admitindo que no edifício são utilizados os sistemas convencionais (kgep/m2.ano). 4 Ntc''4 – converter o valor de Ntc' de energia primária para energia elétrica final equivalente (kWh/m2.ano). 5 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 169 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 10 - Parâmetro P8 na proposta de reabilitação Apm1 Esolar Eren Per2 Nic Nvc Ntc'3 Ntc''4 Qa ηa Naqs P85 Bloco 1 79,08 1930,00 24,41 68,00 0,53 10,35 35,69 3056,51 1,09 35,46 0,37 Bloco 2 79,08 1930,00 24,41 63,33 0,53 10,19 35,13 3056,51 1,09 35,46 0,38 Bloco 3 79,08 1930,00 24,41 64,21 0,53 10,22 35,24 3056,51 1,09 35,46 0,38 Bloco 4 79,08 1930,00 24,41 63,31 0,53 10,19 35,13 3056,51 1,09 35,46 0,38 Bloco 5 79,08 1930,00 24,41 68,58 0,53 10,37 35,76 3056,51 1,09 35,46 0,37 Bloco 6 85,24 1930,00 22,64 42,34 0,66 8,88 30,63 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 7 85,24 1930,00 22,64 38,33 0,79 8,74 30,15 3056,51 1,09 32,90 0,45 Bloco 8 87,88 1930,00 21,96 59,43 0,53 10,15 35,00 3438,57 1,09 35,90 0,24 Bloco 9 85,24 1930,00 22,64 38,22 0,66 8,74 30,13 3056,51 1,09 32,90 0,45 Bloco 10 85,24 1930,00 22,64 41,97 0,66 8,87 30,58 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 11 85,24 1930,00 22,64 38,60 0,78 8,75 30,18 3056,51 1,09 32,90 0,45 Bloco 12 85,24 1930,00 22,64 38,62 0,79 8,75 30,19 3056,51 1,09 32,90 0,45 Bloco 13 85,24 1930,00 22,64 38,60 0,78 8,75 30,18 3056,51 1,09 32,90 0,45 Bloco 14 85,24 1930,00 22,64 42,11 0,66 8,87 30,60 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 15 92,10 1930,00 20,96 51,29 0,68 9,50 32,75 3438,57 1,09 34,25 0,25 Bloco 16 92,10 1930,00 20,96 51,21 0,96 9,50 32,76 3438,57 1,09 34,25 0,25 Bloco 17 92,10 1930,00 20,96 53,95 0,83 9,59 33,08 3438,57 1,09 34,25 0,24 Bloco 18 85,24 1930,00 22,64 42,34 0,66 8,88 30,63 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 19 85,24 1930,00 22,64 42,34 0,78 8,88 30,63 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 20 85,24 1930,00 22,64 37,84 0,78 8,73 30,09 3056,51 1,09 32,90 0,45 Bloco 21 85,24 1930,00 22,64 41,98 0,79 8,87 30,59 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 22 87,88 1930,00 21,96 67,19 0,42 10,42 35,93 3438,57 1,09 35,90 0,22 Bloco 23 85,24 1930,00 22,64 41,04 0,66 8,84 30,47 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 24 85,24 1930,00 22,64 37,87 0,78 8,73 30,10 3056,51 1,09 32,90 0,45 Bloco 25 85,24 1930,00 22,64 40,88 0,80 8,83 30,46 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 26 85,24 1930,00 22,64 42,34 0,67 8,88 30,63 3056,51 1,09 32,90 0,44 Bloco 27 83,43 146,25 1,75 48,56 0,55 8,79 30,29 2865,48 1,09 31,51 -0,96 1 Apm – Área media útil de pavimento. 2 Per – Quantidade de energia produzida anualmente no edifício através de fontes renováveis (kWh/m 2.ano). 3 Ntc' – Energia primaria equivalente a 1,2 vezes as necessidades anuais globais de energia primaria, admitindo que no edifício são utilizados os sistemas convencionais (kgep/m2.ano). 4 Ntc''4 – converter o valor de Ntc' de energia primária para energia elétrica final equivalente (kWh/m 2.ano). 5 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 170 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 11 - Parâmetro P14 na solução base e na proposta de reabilitação Pca1 P14 Pca2 P14 Bloco 1 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 2 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 3 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 4 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 5 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 6 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 7 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 8 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 9 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 10 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 11 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 12 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 13 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 14 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 15 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 16 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 17 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 18 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 19 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 20 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 21 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 22 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 23 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 24 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 25 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 26 37,05 0,32 19,45 1,12 Bloco 27 37,05 0,32 19,45 1,12 1 Pca – Previsão do volume anual de água consumida per capita no interior do edifício na solução base (m2/hab.ano). 2 Pca – Previsão do volume anual de água consumida per capita no interior do edifício na proposta de reabilitação (m2/hab.ano). Mestrado em engenharia civil 171 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 12 - Parâmetro P15 na solução base e na proposta de reabilitação 1 PRCA1 P15 Bloco 1 0 0 Bloco 2 0 0 Bloco 3 0 0 Bloco 4 0 0 Bloco 5 0 0 Bloco 6 0 0 Bloco 7 0 0 Bloco 8 0 0 Bloco 9 0 0 Bloco 10 0 0 Bloco 11 0 0 Bloco 12 0 0 Bloco 13 0 0 Bloco 14 0 0 Bloco 15 0 0 Bloco 16 0 0 Bloco 17 0 0 Bloco 18 0 0 Bloco 19 0 0 Bloco 20 0 0 Bloco 21 0 0 Bloco 22 0 0 Bloco 23 0 0 Bloco 24 0 0 Bloco 25 0 0 Bloco 26 0 0 Bloco 27 0 0 PRca – Percentagem de redução do consume de água potável. Mestrado em engenharia civil 172 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 13 - Parâmetro P16 na solução base PVN1 P16 PVN2 P163 Bloco 1 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 2 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 3 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 4 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 5 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 6 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 7 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 8 40,00 0,33 60,00 1,00 Bloco 9 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 10 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 11 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 12 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 13 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 14 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 15 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 16 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 17 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 18 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 19 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 20 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 21 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 22 40,00 0,33 60,00 1,00 Bloco 23 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 24 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 25 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 26 50,00 0,67 70,00 1,33 Bloco 27 50,00 0,67 70,00 1,33 1 PVN – Potencial de ventilação natural na solução base. 2 PVN – Potencial de ventilação natural na proposta de reabilitação. 3 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 173 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 14 – Parâmetro P9 na solução base e na proposta de reabilitação 1 P19 Solução base1 P19 Proposta de reabilitação1 Bloco 1 7,95 4,38 Bloco 2 8,43 6,54 Bloco 3 9,79 5,60 Bloco 4 9,22 5,20 Bloco 5 9,65 5,60 Bloco 6 7,73 4,28 Bloco 7 8,37 4,72 Bloco 8 8,39 7,28 Bloco 9 8,95 5,12 Bloco 10 10,59 6,24 Bloco 11 10,15 6,24 Bloco 12 10,19 5,95 Bloco 13 9,12 5,97 Bloco 14 9,51 5,24 Bloco 15 6,88 5,49 Bloco 16 7,28 4,10 Bloco 17 6,80 4,36 Bloco 18 10,17 4,04 Bloco 19 10,04 5,86 Bloco 20 9,38 5,42 Bloco 21 9,41 5,43 Bloco 22 8,46 7,34 Bloco 23 8,81 5,01 Bloco 24 8,82 5,03 Bloco 25 9,82 5,72 Bloco 26 9,80 5,82 Bloco 27 3,33 2,47 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 174 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 15 Parâmetro P21 na solução base e na proposta de reabilitação DTPi11 TPi12 ni13 TEj14 TTj15 FEEEj16 DTPi2 TPi2 ni2 TEj2 TTj2 FEEEj2 P217 Bloco 1 55,00 0,69 7,00 17,14 19,83 1,51 55,00 0,69 4,00 30,00 32,69 0,92 -0,20 Bloco 2 82,50 1,03 7,00 17,14 20,17 1,49 82,50 1,03 4,00 30,00 33,03 0,91 -0,21 Bloco 3 92,50 1,16 7,00 17,14 20,30 1,48 92,50 1,16 4,00 30,00 33,16 0,90 -0,21 Bloco 4 120,00 1,50 7,00 17,14 20,64 1,45 120,00 1,50 4,00 30,00 33,50 0,90 -0,21 Bloco 5 130,00 1,63 7,00 17,14 20,77 1,44 130,00 1,63 4,00 30,00 33,63 0,89 -0,21 Bloco 6 180,00 2,25 7,00 17,14 21,39 1,40 180,00 2,25 4,00 30,00 34,25 0,88 -0,22 Bloco 7 197,50 2,47 7,00 17,14 21,61 1,39 197,50 2,47 4,00 30,00 34,47 0,87 -0,22 Bloco 8 200,00 2,50 7,00 17,14 21,64 1,39 200,00 2,50 4,00 30,00 34,50 0,87 -0,22 Bloco 9 222,50 2,78 7,00 17,14 21,92 1,37 222,50 2,78 4,00 30,00 34,78 0,86 -0,23 Bloco 10 265,00 3,31 7,00 17,14 22,46 1,34 265,00 3,31 4,00 30,00 35,31 0,85 -0,23 Bloco 11 252,50 3,16 7,00 17,14 22,30 1,35 252,50 3,16 4,00 30,00 35,16 0,85 -0,23 Bloco 12 227,50 2,84 7,00 17,14 21,99 1,36 227,50 2,84 4,00 30,00 34,84 0,86 -0,23 Bloco 13 220,00 2,75 7,00 17,14 21,89 1,37 220,00 2,75 4,00 30,00 34,75 0,86 -0,23 Bloco 14 190,00 2,38 7,00 17,14 21,52 1,39 190,00 2,38 4,00 30,00 34,38 0,87 -0,22 Bloco 15 125,00 1,56 7,00 17,14 20,71 1,45 125,00 1,56 4,00 30,00 33,56 0,89 -0,21 Bloco 16 145,00 1,81 7,00 17,14 20,96 1,43 145,00 1,81 4,00 30,00 33,81 0,89 -0,22 Bloco 17 165,00 2,06 7,00 17,14 21,21 1,41 165,00 2,06 4,00 30,00 34,06 0,88 -0,22 Bloco 18 227,50 2,84 7,00 17,14 21,99 1,36 227,50 2,84 4,00 30,00 34,84 0,86 -0,23 Bloco 19 245,00 3,06 7,00 17,14 22,21 1,35 245,00 3,06 4,00 30,00 35,06 0,86 -0,23 Bloco 20 265,00 3,31 7,00 17,14 22,46 1,34 265,00 3,31 4,00 30,00 35,31 0,85 -0,23 Bloco 21 280,00 3,50 7,00 17,14 22,64 1,32 280,00 3,50 4,00 30,00 35,50 0,85 -0,23 Bloco 22 285,00 3,56 7,00 17,14 22,71 1,32 285,00 3,56 4,00 30,00 35,56 0,84 -0,23 Bloco 23 370,00 4,63 7,00 17,14 23,77 1,26 370,00 4,63 4,00 30,00 36,63 0,82 -0,24 Bloco 24 395,00 4,94 7,00 17,14 24,08 1,25 395,00 4,94 4,00 30,00 36,94 0,81 -0,25 Bloco 25 420,00 5,25 7,00 17,14 24,39 1,23 420,00 5,25 4,00 30,00 37,25 0,81 -0,25 Bloco 26 437,50 5,47 7,00 17,14 24,61 1,22 437,50 5,47 4,00 30,00 37,47 0,80 -0,25 Bloco 27 105,00 1,31 7,00 17,14 20,46 1,47 105,00 1,31 4,00 30,00 33,31 0,90 -0,21 1 DTPi1 – Distancia em planta desde a entrada principal do edifício até à paragem de transporte público. 2 TPi1 – tempo de percurso ate à paragem de transporte público (min). 3 ni1 – número de serviços que partem ou chegam durante as horas de ponta dos dias uteis para a linha 1. 4 TEj1 – Tempo de espera para a linha de transporte 1. 5 TTj1 – Tempo total de acesso da linha 1. 6 FEEEj16 – Frequência equivalente á entrada do edifício. 7 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. Mestrado em engenharia civil 175 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 16 - Parâmetro P22 e P23 na solução base e na proposta de reabilitação 1 PAA1 P222 PMU3 P232 PMU4 P232 Bloco 1 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 2 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 3 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 4 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 5 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 6 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 7 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 8 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 9 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 10 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 11 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 12 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 13 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 14 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 15 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 16 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 17 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 18 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 19 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 20 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 21 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 22 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 23 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 24 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 25 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 26 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 Bloco 27 93 5,2 0 -0,25 100,00 1,42 PAA – Valor do índice de acessibilidade a amenidades. 2 De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores a -0,2 e superiores a 1,2. 3 PMU – Valor do Índice em função do conteúdo do manual de utilizador na solução base. 4 PMU – Valor do Índice em função do conteúdo do manual de utilizador na proposta de reabilitação. Mestrado em engenharia civil 176 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 17 - Custos de utilização da melhor prática do parâmetro P25 Ni Nv Na CEPC1 CEMP2 PCA* PRCA* n AU VAMP3 TAP4 TAR5 TRS6 CAMP7 I8 n PCU* Bloco 1 80,00 16 59,88 20,68 5,17 22,00 38,42 4,0 79,08 0,69 0,48 0,41 1,70 1,77 0,55 50 12,74 Bloco 2 80,00 16 59,88 20,68 5,17 22,00 38,42 4,0 79,08 0,69 0,48 0,41 1,70 1,77 0,55 50 12,74 Bloco 3 80,00 16 59,88 20,68 5,17 22,00 38,42 4,0 79,08 0,69 0,48 0,41 1,70 1,77 0,55 50 12,74 Bloco 4 80,00 16 59,88 20,68 5,17 22,00 38,42 4,0 79,08 0,69 0,48 0,41 1,70 1,77 0,55 50 12,74 Bloco 5 80,00 16 59,88 20,68 5,17 22,00 38,42 4,0 79,08 0,69 0,48 0,41 1,70 1,77 0,55 50 12,74 Bloco 6 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 7 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 8 81,60 16 60,37 20,87 5,22 22,00 38,42 4,5 87,88 0,69 0,48 0,41 1,70 1,80 0,55 50 12,87 Bloco 9 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 10 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 11 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 12 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 13 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 14 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 15 81,80 16 57,71 20,00 5,00 22,00 38,42 4,5 92,10 0,66 0,48 0,41 1,70 1,71 0,55 50 12,32 Bloco 16 81,80 16 57,71 20,00 5,00 22,00 38,42 4,5 92,10 0,66 0,48 0,41 1,70 1,71 0,55 50 12,32 Bloco 17 81,80 16 57,71 20,00 5,00 22,00 38,42 4,5 92,10 0,66 0,48 0,41 1,70 1,71 0,55 50 12,32 Bloco 18 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 19 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 20 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 21 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 22 81,60 16 60,37 20,87 5,22 22,00 38,42 4,5 87,88 0,69 0,48 0,41 1,70 1,80 0,55 50 12,87 Bloco 23 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 24 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 25 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 26 76,30 16 55,50 19,20 4,80 22,00 38,42 4,0 85,24 0,64 0,48 0,41 1,70 1,65 0,55 50 11,83 Bloco 27 76,15 16 54,29 18,81 4,70 22,00 38,42 3,8 83,43 0,61 0,48 0,41 1,70 1,58 0,55 50 11,52 1 CEPC –Custo energético anual associado ao perfil de consumo convencional (€/m2.ano). 2 CEMP - Custo energético anual associado à melhor prática (€/m2.ano). 3 VAMP – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano). 4 TAP - Tarifa de água potável do sistema publico de abastecimento de água (€/m3). 5 TAR – Custo anual correspondente á drenagem das águas residuais. 6 TRS – Custo anual correspondente á recolha de resíduos sólidos urbanos. 7 CAMP - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m2.ano). 8 i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação. Mestrado em engenharia civil 177 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 18 - Custos de utilização correspondestes à prática convencional do parâmetro P25 PCA* PRCA* n1 AU VAPC2 TAP3 TAR4 TRS5 CAPC6 Bloco 1 44,00 0,00 4,00 79,08 2,23 0,48 0,41 1,70 5,76 0,55 50,00 48,53 Bloco 2 44,00 0,00 4,00 79,08 2,23 0,48 0,41 1,70 5,76 0,55 50,00 48,53 Bloco 3 44,00 0,00 4,00 79,08 2,23 0,48 0,41 1,70 5,76 0,55 50,00 48,53 Bloco 4 44,00 0,00 4,00 79,08 2,23 0,48 0,41 1,70 5,76 0,55 50,00 48,53 Bloco 5 44,00 0,00 4,00 79,08 2,23 0,48 0,41 1,70 5,76 0,55 50,00 48,53 Bloco 6 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 7 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 8 44,00 0,00 4,50 87,88 2,25 0,48 0,41 1,70 5,84 0,55 50,00 48,99 Bloco 9 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 10 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 11 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 12 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 13 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 14 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 15 44,00 0,00 4,50 92,10 2,15 0,48 0,41 1,70 5,57 0,55 50,00 46,91 Bloco 16 44,00 0,00 4,50 92,10 2,15 0,48 0,41 1,70 5,57 0,55 50,00 46,91 Bloco 17 44,00 0,00 4,50 92,10 2,15 0,48 0,41 1,70 5,57 0,55 50,00 46,91 Bloco 18 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 19 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 20 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 21 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 22 44,00 0,00 4,50 87,88 2,25 0,48 0,41 1,70 5,84 0,55 50,00 48,99 Bloco 23 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 24 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 25 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 26 44,00 0,00 4,00 85,24 2,06 0,48 0,41 1,70 5,35 0,55 50,00 45,05 Bloco 27 44,00 0,00 3,75 83,43 1,98 0,48 0,41 1,70 5,12 0,55 50,00 43,90 1 n – número médio de ocupantes em função da tipologia do edifício ou fração autónoma. 2 VApc – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano). 3 TAP - Tarifa de água potável do sistema publico de abastecimento de água (€/m3) 4 TAR – Custo anual correspondente á drenagem das águas residuais. 5 TRS – Custo anual correspondente á recolha de resíduos sólidos urbanos. 6 CApc - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m2.ano) 7 i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação. Mestrado em engenharia civil 178 I7 n8 PCU* 5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” Anexo IV - Tabela 19 - Parâmetro P25 na solução base Nic1 Nvc1 Nac2 CESE3 PCA PRCA Bloco 1 115,83 0,79 77,30 6,48 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 20,79 0,78 Bloco 2 109,74 0,79 77,30 6,39 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 20,63 0,78 Bloco 3 111,52 0,78 77,30 6,42 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 20,68 0,78 Bloco 4 110,25 0,78 77,30 6,40 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 20,65 0,78 Bloco 5 121,35 0,83 77,30 6,55 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 20,93 0,77 Bloco 6 102,52 0,77 71,72 5,94 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,80 0,76 Bloco 7 94,63 0,89 71,72 5,83 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,60 0,77 Bloco 8 121,86 0,76 78,26 6,62 37,05 0,0 4,5 79,08 2,11 0,48 0,41 1,70 5,46 0,55 50 22,17 0,74 Bloco 9 101,14 0,77 71,72 5,92 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,77 0,76 Bloco 10 106,68 0,73 71,72 6,00 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,91 0,76 Bloco 11 95,14 0,73 71,72 5,84 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,61 0,77 Bloco 12 97,34 1,04 71,72 5,87 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,67 0,76 Bloco 13 95,56 0,73 71,72 5,84 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,62 0,77 Bloco 14 106,89 0,77 71,72 6,00 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,92 0,76 Bloco 15 137,03 0,98 74,67 6,61 37,05 0,0 4,5 79,08 2,11 0,48 0,41 1,70 5,46 0,55 50 22,15 0,72 Bloco 16 123,94 0,98 74,67 6,43 37,05 0,0 4,5 79,08 2,11 0,48 0,41 1,70 5,46 0,55 50 21,81 0,73 Bloco 17 131,22 1,06 74,67 6,53 37,05 0,0 4,5 79,08 2,11 0,48 0,41 1,70 5,46 0,55 50 22,00 0,72 Bloco 18 107,78 0,78 71,72 6,01 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,94 0,76 Bloco 19 97,14 0,71 71,72 5,86 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,66 0,76 Bloco 20 96,82 0,71 71,72 5,86 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,66 0,76 Bloco 21 95,84 0,91 71,72 5,85 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,63 0,77 Bloco 22 137,86 0,78 78,26 6,85 37,05 0,0 4,5 79,08 2,11 0,48 0,41 1,70 5,46 0,55 50 22,58 0,73 Bloco 23 105,38 0,77 71,72 5,98 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,88 0,76 Bloco 24 96,52 0,71 71,72 5,85 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,65 0,76 Bloco 25 97,00 0,73 71,72 5,86 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,66 0,76 Bloco 26 107,78 0,76 71,72 6,01 37,05 0,0 4,0 79,08 1,87 0,48 0,41 1,70 4,85 0,55 50 19,94 0,76 Bloco 27 109,51 0,75 68,69 5,85 37,05 0,0 4,0 79,08 1,76 0,48 0,41 1,70 4,55 0,55 50 19,08 0,77 n AU VAPC4 TAP TAR TRS CASE5 I6 n PCU7 P25 1 Custo da eletricidade utilizada no sistema de aquecimento e arrefecimento, 0,1405€/kW.h., eficiência nominal dos equipamentos utilizados nos sistemas de aquecimento e arrefecimento, ηi=1 e ηv=3. 2 Custo de 1kW.h de gás propano para preparação de AQS, 0,06268€/kW.h), eficiência nominal do equipamento utilizado no sistema de preparação de AQS ηa=0,5. 3 CEse – Custo energético anual (€/m2.ano). 4 VAPC – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano). 5 CASE - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m 2.ano). 6 i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação. 7 PCU- Valor anual dos custos de utilização (€/m2). Mestrado em engenharia civil 179 Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis Anexo IV - Tabela 20 - Parâmetro P25 na proposta de reabilitação total Nic1 Nvc1 Nac2 CESE3 PCA PRCA n AU VAPC4 TAP TAR TRS CASE5 I6 n PCU7 P25 Bloco 1 68,00 0,53 35,46 2,62 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 9,48 1,09 Bloco 2 63,33 0,53 35,46 2,62 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 9,49 1,09 Bloco 3 64,21 0,53 35,46 2,63 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 9,50 1,09 Bloco 4 63,31 0,53 35,46 2,62 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 9,49 1,09 Bloco 5 68,58 0,53 35,46 2,65 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 9,55 1,09 Bloco 6 42,34 0,66 32,90 2,33 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,95 1,09 Bloco 7 38,33 0,79 32,90 2,31 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,91 1,09 Bloco 8 59,43 0,53 35,90 2,63 19,45 0,00 4,50 79,08 1,11 0,48 0,41 1,70 2,87 0,55 50 10,08 1,08 Bloco 9 38,22 0,66 32,90 2,30 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,90 1,09 Bloco 10 41,97 0,66 32,90 2,33 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,95 1,09 Bloco 11 38,60 0,78 32,90 2,31 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,91 1,09 Bloco 12 38,62 0,79 32,90 2,31 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,91 1,09 Bloco 13 38,60 0,78 32,90 2,31 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,91 1,09 Bloco 14 42,11 0,66 32,90 2,33 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,95 1,09 Bloco 15 51,29 0,68 34,25 2,47 19,45 0,00 4,50 79,08 1,11 0,48 0,41 1,70 2,87 0,55 50 9,79 1,07 Bloco 16 51,21 0,96 34,25 2,47 19,45 0,00 4,50 79,08 1,11 0,48 0,41 1,70 2,87 0,55 50 9,80 1,07 Bloco 17 53,95 0,83 34,25 2,49 19,45 0,00 4,50 79,08 1,11 0,48 0,41 1,70 2,87 0,55 50 9,83 1,07 Bloco 18 42,34 0,66 32,90 2,33 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,95 1,09 Bloco 19 42,34 0,78 32,90 2,33 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,95 1,09 Bloco 20 37,84 0,78 32,90 2,30 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,90 1,09 Bloco 21 41,98 0,79 32,90 2,33 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,95 1,09 Bloco 22 67,19 0,42 35,90 2,67 19,45 0,00 4,50 79,08 1,11 0,48 0,41 1,70 2,87 0,55 50 10,16 1,07 Bloco 23 41,04 0,66 32,90 2,32 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,94 1,09 Bloco 24 37,87 0,78 32,90 2,30 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,90 1,09 Bloco 25 40,88 0,80 32,90 2,32 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,94 1,09 Bloco 26 42,34 0,67 32,90 2,33 19,45 0,00 4,00 79,08 0,98 0,48 0,41 1,70 2,55 0,55 50 8,95 1,09 Bloco 27 48,56 0,55 31,51 2,28 19,45 0,00 3,75 79,08 0,92 0,48 0,41 1,70 2,39 0,55 50 8,57 1,09 1 Custo da eletricidade utilizada no sistema de aquecimento e arrefecimento, 0,1405€/kW.h., eficiência nominal dos equipamentos utilizados nos sistemas de aquecimento e arrefecimento, ηi=1 e ηv=3. 2 Custo de 1kW.h de gás propano para preparação de AQS, 0,06268€/kW.h), eficiência nominal do equipamento utilizado no sistema de preparação de AQS ηa=0,5. 3 CEse – Custo energético anual (€/m2.ano). 4 VAPC – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano). 5 CASE - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m 2.ano). 6 i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação. 7 PCU- Valor anual dos custos de utilização (€/m2). Mestrado em engenharia civil 180