UMinho | 2013
de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
Nelson Manuel Ferreira Borges Reabilitação
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Universidade do Minho
Escola de Engenharia
Nelson Manuel Ferreira Borges
Reabilitação de edifícios recentes para atingir
edifícios com necessidades quase nulas de
energia - Contribuição para edifícios
sustentáveis
dezembro de 2013
Universidade do Minho
Escola de Engenharia
Nelson Manuel Ferreira Borges
Reabilitação de edifícios recentes para atingir
edifícios com necessidades quase nulas de
energia - Contribuição para edifícios
sustentáveis
Tese de Mestrado
Ciclo de Estudos Integrados Conducentes ao
Grau de Mestre em Engenharia Civil
Trabalho efetuado sob a orientação do
Professor Doutor Luís Bragança
e coorientação do
Professor Doutor Ricardo Mateus
dezembro de 2013
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
AGRADECIMENTOS
Ainda numa fase preliminar do desenvolvimento da dissertação de mestrado, a ajuda, o
incentivo e a orientação tornaram-se essenciais para poder gerir e planear com êxito os
objetivos previstos. Desta forma, deixo apenas algumas palavras, poucas, mas um sentido e
profundo sentimento de reconhecido agradecimento.
Ao Professor Doutor Luís Manuel Bragança Miranda Lopes e ao Professor Doutor Ricardo
Filipe Mesquita Mateus, pela orientação, total apoio, pelo saber transmitido, pelas opiniões e
criticas e por todas as palavras de incentivo.
Ao Engenheiro Fernando Moura, pela disponibilização de material, pela orientação, pelas
críticas construtivas, pelos incentivos, pela disponibilidade e pela atenção prestada no
surgimento de dúvidas.
Aos amigos Rui Costa e João Antunes, pelos trabalhos de equipa desenvolvidos ao longo
destes anos, pelos conhecimentos transmitidos, companheirismo e pelo apoio prestado no
desenvolvimento da dissertação.
À colega Sameiro Melo, pelo fornecimento de material e transmissão de conhecimentos
fundamentais.
A todas as pessoas (funcionários, colegas e professores) que tiveram contribuído direta ou
indiretamente na minha formação de Mestrado em Engenharia Civil.
À Instituição Universidade do Minho, pela disponibilização de instalações e pela ótima
biblioteca de artigos científicos.
À empresa Top - Informática, Lda, pela disponibilização do software Cype para avaliação do
desempenho energético do edificado.
A todos os meus familiares pelo incentivo recebido ao longo destes anos.
Aos meus primos agradeço o tempo e o companheirismo que me dedicaram.
Ao aos meus pais, irmão e namorada, obrigado pelo amor, alegria, atenção, apoio,
compreensão, pelos diversos sacrifícios suportados e pelo constante encorajamento a fim de
prosseguir a elaboração deste trabalho. A eles, dedico todo este trabalho.
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quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
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quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
RESUMO
O sector dos edifícios representa 40% do consumo de energia total da União Europeia (UE).
A diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do conselho, de 19 de Maio de 2010, visa
promover o elevado desempenho energético dos edifícios, tendo por base a satisfação das
necessidades de energia proveniente de fontes renováveis, designadamente a produzida no
local ou nas proximidades.
O tema “Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades quase
nulas de energia- Contribuição para edifícios sustentáveis”, está dividido em três “temas
chave”, nomeadamente a reabilitação de edifícios recentes, a eficiência energética e a
construção sustentável.
O estudo de vários edifícios permite verificar quais os aspetos prioritários de intervenção,
quais os elementos dos edifícios cuja investigação se mostra ainda incidente e quais as
intervenções prioritárias para a melhoria do parque habitacional recente, construído após
1951, em, termos de desempenho energético e de sustentabilidade.
O desenvolvimento de uma metodologia de eficiência energética e sustentável, pretende fazer
o diagnóstico do estado dos edifícios recentes, hierarquizando as possibilidades de
intervenção com contribuição para a melhoria do desempenho energético do edifício e ao
mesmo tempo possibilitar o aumento do nível de sustentabilidade.
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quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
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quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
ABSTRACT
The buildings sector represents 40% of total energy consumption of the European Union
(EU). The Directive 2010/31/EU of the European Parliament and of the Council of 19 May
2010, aims to promote high energy performance of buildings, based on the satisfaction of
energy needs from renewable sources, namely produced on site or nearby.
The theme "Building rehabilitation recent buildings to achieve nearly zero-energy
contribution to sustainable buildings", is divided into three "key themes", including the recent
rehabilitation of buildings, energy efficiency and sustainable construction.
The study of several buildings which allows you to check the priority aspects of intervention,
which elements of buildings whose research is even incident and what the priority
interventions for improving the recent housing built after 1951 in, energy performance and
sustainability.
The development of a methodology for energy efficiency and sustainable plans to make a
diagnosis of the state of recent buildings, ranking the possibilities of intervention which
contributed to the improvement of the energy performance of the building and at the same
time enable the increased level of sustainability.
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ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ....................................................................................................................................... III
RESUMO .............................................................................................................................................................. V
ABSTRACT ....................................................................................................................................................... VII
ÍNDICE GERAL .................................................................................................................................................IX
LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS .......................................................................................................... XII
ÍNDICE DE FIGURAS ....................................................................................................................................XIII
ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................................. XVII
ÍNDICE DE ANEXOS ..................................................................................................................................... XIX
1.
2.
3.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 1
1.1.
ÂMBITO ................................................................................................................................................. 1
1.2.
OBJETIVO .............................................................................................................................................. 3
ESTADO DA ARTE .................................................................................................................................... 5
2.1.
ENQUADRAMENTO ................................................................................................................................ 5
2.2.
HISTÓRIA DA ENERGIA E AMBIENTE .................................................................................................... 11
2.3.
ECONOMIA NACIONAL ........................................................................................................................ 16
2.4.
O SETOR DA CONSTRUÇÃO NACIONAL ................................................................................................. 18
2.5.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL .................................................................. 19
METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL ........... 25
3.1.
METODOLOGIA DE CÁLCULO DE AVALIAÇÃO ENERGÉTICA ................................................................. 25
3.1.1.
Necessidades de energia para Aquecimento .................................................................................. 25
3.1.2.
Necessidades de energia para arrefecimento ................................................................................. 30
3.1.3.
Necessidades de energia para preparação das Águas Quentes Sanitárias ...................................... 32
3.1.4.
Necessidades Globais de energia primária .................................................................................... 34
3.1.5.
Classe energética ........................................................................................................................... 35
3.2.
METODOLOGIA DE CÁLCULO SBTOOLPT-H .......................................................................................... 35
3.2.1.
Quantificação do desempenho ao nível de cada indicador ............................................................ 36
3.2.2.
Quantificação do desempenho ao nível das categorias, dimensões e quantificação do nível de
sustentabilidade ............................................................................................................................................ 37
3.2.3.
4.
Certificado de sustentabilidade ...................................................................................................... 38
CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO .......................................... 39
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quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
5.
4.1.
COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE ABRIL” – VIANA DO CASTELO ................ 39
4.2.
SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS C.H.E. ”CAPITÃES DE ABRIL”................................................................... 41
4.2.1.
Pilares e vigas ................................................................................................................................ 41
4.2.2.
Paredes exteriores .......................................................................................................................... 43
4.2.3.
Paredes interiores ........................................................................................................................... 44
4.2.4.
Lajes ............................................................................................................................................... 47
4.2.5.
Envidraçados e caixilharias ............................................................................................................ 49
4.2.6.
Compartimentos ............................................................................................................................. 50
4.2.7.
Dados dos sistemas ........................................................................................................................ 51
4.2.8.
Nomenclatura das frações .............................................................................................................. 52
ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” ............................... 53
5.1.
AVALIAÇÃO TÉRMICA DO EDIFÍCIOS TIPO 1 (BLOCOS 1,2,3,4 E 5) ...................................................... 53
5.1.1.
Necessidade nominais de energia útil para de aquecimento do Edifício tipo 1 ............................. 53
5.1.2.
Necessidade nominais de energia útil para arrefecimento ............................................................. 56
5.1.3.
Necessidade nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias ...................... 59
5.1.4.
Necessidades globais de energia .................................................................................................... 59
5.2.
SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO - ENVOLVENTE DAS FRAÇÕES AUTÓNOMAS .......................................... 61
5.2.1.
Solução de reabilitação - Paredes de fachada................................................................................. 61
5.2.1.1.
5.2.2.
Solução de reabilitação - Revestimento de teto ............................................................................. 70
5.2.2.1.
Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Revestimento de teto ................ 71
Solução de reabilitação – Lajes de cobertura e pavimento do r/c .................................................. 74
5.2.3.
5.2.3.1.
5.2.4.
Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Reabilitação das lajes ............... 75
Solução de reabilitação - Vãos envidraçados ................................................................................. 78
5.2.4.1.
5.2.5.
Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - Fachada ventilada ..................... 66
Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - vãos envidraçados ......... 79
Solução de reabilitação - Ventilação natural .................................................................................. 82
5.2.5.1.
Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - ventilação natural ..................... 83
5.2.5.2.
Proposta de reabilitação total da envolvente ........................................................................................ 86
5.3.
SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO - SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DAS FRAÇÕES AUTÓNOMAS .................... 89
5.3.1.
Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e preparação de AQS...................................... 89
5.3.1.1.
Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 - sistema de aquecimento e
preparação de AQS ................................................................................................................................................... 90
5.3.2.
Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar
térmico do tipo “termossifão” ...................................................................................................................... 93
5.3.2.1.
Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2 Bloco 6 – Sistema de aquecimento e sistema
de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão” ............................................................................... 94
5.3.3.
Proposta de reabilitação total ......................................................................................................... 96
5.4.
ESTUDO DE DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO ............................................................................................... 98
5.5.
DESPENHO ENERGÉTICO INFLUENCIADO PELA ORIENTAÇÃO DOS EDIFÍCIOS ...................................... 100
5.6.
POUPANÇA ENERGÉTICA ANUAL ........................................................................................................ 102
5.7.
SUSTENTABILIDADE DOS EDIFÍCIOS EXISTENTES E DOS EDIFÍCIOS APÓS REABILITAÇÃO .................... 103
Mestrado em engenharia civil
x
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quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
6.
5.7.1.
Dimensão Ambiental ................................................................................................................... 104
5.7.2.
Dimensão Social .......................................................................................................................... 109
5.7.3.
Dimensão Económica .................................................................................................................. 112
5.7.4.
Sustentabilidade - Solução base versus proposta de reabilitação................................................. 113
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 121
6.1.
CONCLUSÕES .................................................................................................................................... 121
6.2.
PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTURO ................................................................................................. 124
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................. 125
ANEXOS ............................................................................................................................................................ 127
ANEXO I - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS ..................................................................................... 127
ANEXO II – PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO ...................................................................................................... 137
ANEXO III – REABILITAÇÃO TOTAL ................................................................................................................. 141
ANEXO IV – AVALIAÇÃO SBTOOLPT – H ......................................................................................................... 161
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LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS
Ap - Área útil do pavimento
AQS - Águas quentes sanitárias
C.H.E. – Cooperativa de habitação económica
Eren - Contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis
Esolar - Contribuição de sistemas de coletores solares para o aquecimento de AQS
FEPICOP - Federação Portuguesa da Indústria da Construção
INE - Instituto nacional de estatística
INETI - Instituto nacional de engenharia, tecnologia e inovação
Na - Necessidade máximas de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias
Nac - Necessidade nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias
Nd - Número anual de dias de consumo de água quente sanitária
Ni - Necessidades máximas de energia útil de aquecimento
Nic - Necessidades nominais de energia útil de aquecimento
Nt - Necessidades máximas globais de energia primária
Ntc - Necessidades globais de energia primária
Nv - Necessidades máximas de energia útil de arrefecimento
Nvc - Necessidades nominais energia útil de arrefecimento
OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
OE2013 - Orçamento de Estado para 2013
RCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios
Rph - Renovações de ar por hora
R/c – Rés-do-chão
SBTool - Sustainable Building Tool
UE-União europeia
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ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1- EDIFÍCIOS EM PORTUGAL SEGUNDO ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO................................................................ 20
FIGURA 2-ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL ..................................................................... 20
FIGURA 3-ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM PORTUGAL SEGUNDO A ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO ........... 21
FIGURA 4- NECESSIDADES DE REPARAÇÃO DE EDIFÍCIOS EM PORTUGAL POR ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO .................. 21
FIGURA 5-NECESSIDADES DE REPARAÇÃO NAS COBERTURAS DO PARQUE HABITACIONAL PORTUGUÊS CONSTRUÍDO
DEPOIS DE 1946 ............................................................................................................................................ 22
FIGURA 6-NECESSIDADES DE REPARAÇÃO NAS ESTRUTURAS DO PARQUE HABITACIONAL PORTUGUÊS CONSTRUÍDO
DEPOIS DE 1946 ............................................................................................................................................ 22
FIGURA 7-NECESSIDADES DE REPARAÇÃO NAS PAREDES E CAIXILHARIAS EXTERIORES DO PARQUE HABITACIONAL
PORTUGUÊS CONSTRUÍDO DEPOIS DE 1946 ................................................................................................... 23
FIGURA 8 - COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE ABRIL” VIANA DO CASTELO .................... 39
FIGURA 9 - PRIMEIRA FASE DE CONSTRUÇÃO DA COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE ABRIL”
VIANA DO CASTELO ..................................................................................................................................... 40
FIGURA 10 - SEGUNDA FASE DE CONSTRUÇÃO DA COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA “CAPITÃES DE
ABRIL” BLOCOS 6, 7,8 E 9 ............................................................................................................................ 41
FIGURA 11 - PLANTA DO ANDAR TIPO DO EDIFÍCIO TIPO 1 BLOCO 1 ...................................................................... 42
FIGURA 12 - ELEMENTO ESTRUTURAL PILAR/VIGA ................................................................................................ 42
FIGURA 13 - PAREDE DE FACHADA PARA REVESTIR ............................................................................................... 43
FIGURA 14 - PAREDE DIVISÓRIA/ RESGUARDO DE VARANDA ................................................................................. 44
FIGURA 15 - PAREDE DIVISÓRIA DE COMPARTIMENTOS .......................................................................................... 44
FIGURA 16 - PAREDE DIVISÓRIA DE FRAÇÕES ......................................................................................................... 45
FIGURA 17 - PAREDE DIVISÓRIA DE FRAÇÕES COM ESCADAS/CIRCULAÇÃO COMUM ............................................... 46
FIGURA 18 - PAREDE MEEIRA ................................................................................................................................. 46
FIGURA 19 - VISTA 3D CYPETERM BLOCO 1,2,3,4 E 5 ............................................................................................ 47
FIGURA 20 - LAJE ENTRE PISO ................................................................................................................................ 47
FIGURA 21 - LAJE DE FUNDAÇÃO ........................................................................................................................... 48
FIGURA 22 - LAJE DE COBERTURA PLANA ACESSÍVEL ............................................................................................ 48
FIGURA 23 - LAJE DE VARANDA ............................................................................................................................. 48
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quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
FIGURA 24 - VISTA 3D CYPETERM BLOCO 6,7 E 9 .................................................................................................. 49
FIGURA 25 - FACHADA BLOCO 13 .......................................................................................................................... 50
FIGURA 26 - LAJE ENTRE PISOS EVIDENCIANDO O REVESTIMENTO DE PAVIMENTO, SOALHO DE TABUAS DE MADEIRA
MACIÇA. ........................................................................................................................................................ 51
FIGURA 27 - NECESSIDADE DE AQUECIMENTO NOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5.................................................................. 54
FIGURA 28 - PERDAS TÉRMICAS MÉDIAS NOS PISOS INTERMÉDIOS DOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 .................................... 55
FIGURA 29 - PERDAS TÉRMICAS MÉDIAS NO RÉS-DO-CHÃO DOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ............................................... 56
FIGURA 30 - PERDAS TÉRMICAS MÉDIAS NO ÚLTIMO PISO DOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ................................................. 56
FIGURA 31 - NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO NOS BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ............................................................ 57
FIGURA 32 - GANHOS MÉDIOS NA ESTAÇÃO DE ARREFECIMENTO NO RÉS-DO-CHÃO DO BLOCO 1 ........................... 57
FIGURA 33 - GANHOS MÉDIOS NA ESTAÇÃO DE ARREFECIMENTO NOS PISOS INTERMÉDIOS DO BLOCO 1 ................ 58
FIGURA 34 - GANHOS MÉDIOS NA ESTAÇÃO DE ARREFECIMENTO NO ÚLTIMO PISO DO BLOCO 1 ............................. 58
FIGURA 35 - NECESSIDADE DE ENERGIA PARA PREPARAÇÃO DE AQS NOS BLOCOS 1, 2, 3, 4 E 5. ........................... 59
FIGURA 36 - NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA PRIMÁRIA BLOCOS 1,2,3,4 E 5 ................................................. 60
FIGURA 37 - FACHADA PARA REVESTIR COM ARGAMASSA E REBOCO TRADICIONAL, DE ALVENARIA, COM
REVESTIMENTO INTERIOR AUTOPORTANTE ................................................................................................... 62
FIGURA 38 - FACHADA PARA REVESTIR COM ARGAMASSA E REBOCO TRADICIONAL, DE ALVENARIA, COM
REVESTIMENTO INTERIOR DIRETO ................................................................................................................. 63
FIGURA 39 - FACHADA VENTILADA ........................................................................................................................ 64
FIGURA 40 - FACHADA DE DOIS PANOS COM ISOLAMENTO PELO EXTERIOR, SISTEMA ETICS ................................. 65
FIGURA 41 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ..................................................................................................................... 67
FIGURA 42 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ..................................................................................................................... 68
FIGURA 43 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ..................................................................................................................... 68
FIGURA 44 - SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO .................................................................. 70
FIGURA 45 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO .................................................................................................. 71
FIGURA 46 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO .................................................................................................. 72
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FIGURA 47 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO ................................................................................................. 72
FIGURA 48 - SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DA COBERTURA EXTERIOR .................................................................... 74
FIGURA 49 - SOLUÇÃO DE REABILITAÇÃO DO PAVIMENTO SOBRE ESPAÇO NÃO ÚTIL.............................................. 75
FIGURA 50 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DAS LAJES ............................................................................................................................. 75
FIGURA 51 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DAS LAJES ............................................................................................................................. 76
FIGURA 52 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DAS LAJES ............................................................................................................................. 77
FIGURA 53 - VIDRO DUPLO COM CAIXILHARIA EM PVC ......................................................................................... 79
FIGURA 54 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ................................................................................................... 80
FIGURA 55 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ................................................................................................... 81
FIGURA 56 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ................................................................................................... 81
FIGURA 57 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ................................................................................................... 84
FIGURA 58 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ................................................................................................... 84
FIGURA 59 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ................................................................................................... 85
FIGURA 60 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE AQUECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E A PROPOSTA DE
REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................................................................................................... 86
FIGURA 61 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ARREFECIMENTO ENTRE SOLUÇÃO BASE E A PROPOSTA DE
REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................................................................................................... 87
FIGURA 62 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E A PROPOSTA DE
REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................................................................................................... 87
FIGURA 63 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENERGIA PARA AQS ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E AQS
................................................................................. 90
FIGURA 64 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E AQS
................................................................................. 91
FIGURA 65 - DISTRIBUIÇÃO DOS COLETORES SOLARES EDIFÍCIO TIPO 2 BLOCO6 ................................................... 93
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FIGURA 66 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENERGIA PARA AQS ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA AQS CONEXO A SISTEMA SOLAR TÉRMICO .......... 94
FIGURA 67 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA ENTRE SOLUÇÃO BASE E SOLUÇÃO DE
REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA AQS CONEXO A SISTEMA SOLAR TÉRMICO .......... 95
FIGURA 68 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DE ENERGIA – REABILITAÇÃO TOTAL ........................... 97
FIGURA 69 – HIERARQUIZAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO DAS FRAÇÕES DE RÉS-DO-CHÃO .................... 98
FIGURA 70 – HIERARQUIZAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO DAS FRAÇÕES DE PISOS INTERMÉDIOS ........... 99
FIGURA 71 – HIERARQUIZAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REABILITAÇÃO DAS FRAÇÕES DE ÚLTIMO PISO .................... 100
FIGURA 72 - FONTES DE PRODUÇÃO DE ELETRICIDADE (EDP SERVIÇO UNIVERSAL, 2013) .................................... 103
FIGURA 73 - PLANTA DE IMPLANTAÇÃO DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL” - VIANA DO CASTELO........................ 104
FIGURA 74 - DESEMPENHO DOS PARÂMETROS DA SOLUÇÃO BASE- MÉDIA DOS EDIFÍCIOS ................................... 116
FIGURA 75 - DESEMPENHO DOS PARÂMETROS DA REABILITAÇÃO TOTAL- MÉDIA DOS EDIFÍCIOS......................... 118
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ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1 - PROJEÇÕES DO BANCO DE PORTUGAL 2011-2014-TAXA DE VARIAÇÃO EM PERCENTAGEM ................ 17
TABELA 2 - CLASSES ENERGÉTICAS ....................................................................................................................... 35
TABELA 3 - CONVERSÃO DO VALOR NORMALIZADO NUMA ESCALA QUALITATIVA DE SUSTENTABILIDADE ........... 36
TABELA 4 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES MÉDIAS NOMINAIS DE ENERGIA ÚTIL DE AQUECIMENTO, PARA OS
DIFERENTES PISOS ......................................................................................................................................... 54
TABELA 5 - COMPARAÇÃO DAS NECESSIDADES MÉDIAS GLOBAIS DE ENERGIA PRIMÁRIA ...................................... 60
TABELA 6 - COEFICIENTE DE TRANSMISSÃO TÉRMICA LINEAR, Ψ, PARA ISOLAMENTO PELO INTERIOR E ISOLAMENTO
PELO EXTERIOR ............................................................................................................................................. 66
TABELA 7 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – FACHADA VENTILADA.................................................... 69
TABELA 8 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DAS FACHADAS ............................ 69
TABELA 9 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – REVESTIMENTO DE TETO ................................................ 73
TABELA 10 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO REVESTIMENTO DE TETO ...... 73
TABELA 11 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – INTERVENÇÃO NAS LAJES............................................. 77
TABELA 12 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DAS LAJES.................................. 78
TABELA 13 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA - REABILITAÇÃO DOS VÃO ENVIDRAÇADOS..................... 82
TABELA 14 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS ........ 82
TABELA 15 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – VENTILAÇÃO NATURAL................................................ 85
TABELA 16 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO NATURAL ........ 86
TABELA 17 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA - REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ....................... 88
TABELA 18 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO TOTAL DA ENVOLVENTE ............ 88
TABELA 19 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – SISTEMA DE AQUECIMENTO E PREPARAÇÃO DE AQS ... 92
TABELA 20 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE AQUECIMENTO E
AQS ............................................................................................................................................................. 92
TABELA 21 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA – SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA AQS CONEXO A
SISTEMA SOLAR TÉRMICO DO TIPO “TERMOSSIFÃO” ...................................................................................... 95
TABELA 22 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - SISTEMA DE AQUECIMENTO E SISTEMA DE AQS
CONEXO A SISTEMA SOLAR DO TIPO “TERMOSSIFÃO” .................................................................................... 96
TABELA 23 - RESUMO DA PERCENTAGEM DE MELHORIA - REABILITAÇÃO TOTAL .................................................. 97
Mestrado em engenharia civil
xvii
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
TABELA 24 - CLASSE ENERGÉTICA DAS FRAÇÕES, DO BLOCO 6 - REABILITAÇÃO TOTAL ....................................... 97
TABELA 25 - INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO NAS NTC. .......................................................................................... 101
TABELA 26 - POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA NA C.H.E. ”CAPITÃES DE ABRIL” – VIANA DO CASTELO .............. 102
TABELA 27- CATEGORIAS, INDICADORES E PARÂMETROS DA DIMENSÃO AMBIENTAL DO SBTOOLPT - H ............ 108
TABELA 28 - CATEGORIAS, INDICADORES E PARÂMETROS DA DIMENSÃO SOCIAL DO SBTOOLPT - H ................. 112
TABELA 29 - CATEGORIAS, INDICADORES E PARÂMETROS DA DIMENSÃO ECONÓMICA DO SBTOOLPT - H ......... 113
TABELA 30 - BENCHMARKS DOS PARÂMETROS SUSTENTÁVEIS DO EDIFÍCIO TIPO 1 BLOCO 1- SOLUÇÃO BASE
VERSUS PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL ............................................................................................. 114
TABELA 31 - NOTA GLOBAL DE SUSTENTABILIDADE - SOLUÇÃO BASE ................................................................ 117
TABELA 32 - NOTA GLOBAL DE SUSTENTABILIDADE – PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL ............................... 118
TABELA 33 - CONVERSÃO DO VALOR NORMALIZADO NUMA ESCALA QUALITATIVA DE SUSTENTABILIDADE ........ 119
Mestrado em engenharia civil
xviii
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo I- Desempenho energético dos Edifícios
ANEXO I - TABELA 1 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS, TIPO 1 ........................................................... 127
ANEXO I - TABELA 2 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS TIPO 2 ............................................................ 129
ANEXO I - TABELA 3 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS TIPO 3 ............................................................ 133
ANEXO I - TABELA 4 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIOS TIPO 4 ............................................................ 134
ANEXO I - TABELA 5- DESEMPENHO ENERGÉTICO EDIFÍCIO TIPO 5, BLOCO 27 (TORRE) ..................................... 135
Anexo II – Propostas de reabilitação
ANEXO II - TABELA 1- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 – FACHADA VENTILADA ........ 137
ANEXO II - TABELA 2- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO
REVESTIMENTO DO TETO ............................................................................................................................. 138
ANEXO II - TABELA 3- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 – REABILITAÇÃO DAS LAJES .. 138
ANEXO II - TABELA 4- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO VÃOS
ENVIDRAÇADOS .......................................................................................................................................... 139
ANEXO II - TABELA 5- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DA VENTILAÇÃO
NATURAL .................................................................................................................................................... 139
ANEXO II - TABELA 6- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO DO SISTEMA DE
AQUECIMENTO E PREPARAÇÃO DE AQS ...................................................................................................... 139
ANEXO II - TABELA 7 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 –SISTEMA DE AQUECIMENTO E
SISTEMA DE AQS CONEXO AO SISTEMA SOLAR TIPO “TERMOSSIFÃO” ......................................................... 140
ANEXO II - TABELA 8- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIO TIPO 2, BLOCO 6 - REABILITAÇÃO TOTAL ......... 140
Anexo III – Reabilitação total
ANEXO III - TABELA 1 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIOS TIPO 1 - REABILITAÇÃO TOTAL ..................... 141
ANEXO III - TABELA 2- DESEMPENHO ENERGÉTICO DO EDIFÍCIOS TIPO 2- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 143
ANEXO III - TABELA 3 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIO TIPO 3- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 147
ANEXO III - TABELA 4 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIO TIPO 4- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 148
ANEXO III - TABELA 5 - DESEMPENHO ENERGÉTICO DOS EDIFÍCIO TIPO 5- REABILITAÇÃO TOTAL ...................... 149
ANEXO III - TABELA 6 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 1 ........................................................ 151
Mestrado em engenharia civil
xix
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
ANEXO III - TABELA 7 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 2 ........................................................ 153
ANEXO III - TABELA 8 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 3 ........................................................ 157
ANEXO III - TABELA 9 – POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 4 ........................................................ 158
ANEXO III - TABELA 10 POUPANÇA ANUAL DE ENERGIA – EDIFÍCIO TIPO 5 ......................................................... 159
Anexo IV - Avaliação SBtoolPT – H
ANEXO IV - TABELA 1 - PARÂMETRO P2 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA REABILITAÇÃO .............................. 161
ANEXO IV - TABELA 2 - PARÂMETRO P3 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ......................... 162
ANEXO IV - TABELA 3 - PARÂMETRO P4 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ......................... 163
ANEXO IV - TABELA 4 - PARÂMETRO P5 NA SOLUÇÃO BASE ................................................................................ 164
ANEXO IV - TABELA 5 - PARÂMETRO P5 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO .......................................................... 165
ANEXO IV - TABELA 6 - PARÂMETRO P6 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ......................... 166
ANEXO IV - TABELA 7 - PARÂMETRO P7 NA SOLUÇÃO BASE ................................................................................ 167
ANEXO IV - TABELA 8 - PARÂMETRO P7 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO .......................................................... 168
ANEXO IV - TABELA 9 - PARÂMETRO P8 NA SOLUÇÃO BASE ................................................................................ 169
ANEXO IV - TABELA 10 - PARÂMETRO P8 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ........................................................ 170
ANEXO IV - TABELA 11 - PARÂMETRO P14 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ..................... 171
ANEXO IV - TABELA 12 - PARÂMETRO P15 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ..................... 172
ANEXO IV - TABELA 13 - PARÂMETRO P16 NA SOLUÇÃO BASE ............................................................................ 173
ANEXO IV - TABELA 14 – PARÂMETRO P9 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ....................... 174
ANEXO IV - TABELA 15 PARÂMETRO P21 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ....................... 175
ANEXO IV - TABELA 16 - PARÂMETRO P22 E P23 NA SOLUÇÃO BASE E NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO ............ 176
ANEXO IV - TABELA 17 - CUSTOS DE UTILIZAÇÃO DA MELHOR PRÁTICA DO PARÂMETRO P25 ............................ 177
ANEXO IV - TABELA 18 - CUSTOS DE UTILIZAÇÃO CORRESPONDESTES À PRÁTICA CONVENCIONAL DO PARÂMETRO
P25 ............................................................................................................................................................. 178
ANEXO IV - TABELA 19 - PARÂMETRO P25 NA SOLUÇÃO BASE ............................................................................ 179
ANEXO IV - TABELA 20 - PARÂMETRO P25 NA PROPOSTA DE REABILITAÇÃO TOTAL ........................................... 180
Mestrado em engenharia civil
xx
1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
1.1. Âmbito
A reabilitação sustentável de edifícios visa estabelecer condições de habitabilidade aceitáveis,
de edifícios previamente utilizados, no qual os materiais constituintes da construção deixaram
de cumprir as suas exigências, voltando a estabelecer boas condições de conforto,
comodidade dos utilizadores, assim como segurança e durabilidade do edifício, cumprindo as
exigências da sustentabilidade.
O conforto dos utilizadores está relacionado com a qualidade do ar interior, o ambiente
interior, temperatura ótimas de utilização, a luminosidade, níveis de som aéreo exterior
aceitáveis, abastecimento de água potável, temperatura de água quente sanitária dentro dos
padrões, tratamento de águas pluviais e residuais se for o caso, fornecimento de energia,
depósito de resíduos, telecomunicações e segurança.
A nível estrutural a reabilitação tem que ser executada tendo em consideração a durabilidade
das estruturas e a segurança dos utilizadores, cumprindo os estados limites de utilização.
A substituição dos materiais da envolvente interior e exterior implica que sejam cumpridos os
requisitos do coeficiente de transmissão térmico para as paredes, limitando as perdas térmicas
e as condensações interiores, e o fator solar para os envidraçados, evitando sobreaquecimento
na estação de arrefecimento, sendo impostos pelo Regulamento das Características de
Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), estabelecido pelo Decreto-Lei 80/2006, de
4 de Abril. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos para climatização e
produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas eficientes e de fontes
energéticas com menor impacte em termos de energia primária. Esta legislação impõe a
instalação de painéis solares térmicos e valoriza a utilização de outras fontes de energia
renovável.
A sustentabilidade de um material, sistema ou produto está orientada em três dimensões
(Bragança & Mateus, Avaliação Do Ciclo De Vida Dos Edifícios- Impacte Ambiental De
Soluções Construtiva, 2011), nomeadamente a ambiental, social e económica, aplicadas no
processo de conceção e utilização.
Mestrado em engenharia civil
1
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
As primeiras metodologias de avaliação desenvolvidas nos Estados Unidos em 1998, apenas
incidiam no impacte ambiental, deixando por terra as dimensões sociais e económicas. Têm
surgido novos sistemas de apoio à certificação da sustentabilidade de edifícios, onde são
avaliadas além da dimensão ambiental as dimensões social e económica. Como a
sustentabilidade esta ligada ao ambiente, o objetivo passa pela criação de um sistema de
avaliação global que envolvesse as três dimensões e fosse aplicado em todo o mundo, mas
ainda não existe nenhuma abordagem que seja aceite a nível mundial. Tal facto ainda não é
possível devido a limitações existentes na avaliação dos edifícios, nomeadamente a
complexidade dos edifícios, multidisciplinaridade do ciclo de vida dos edifícios, a elevada
quantidade de materiais, o baixo nível de industrialização, a fase de utilização mais longa e
com maiores impactes, diferenças politicas, tecnológicas, culturais e socioeconómicas
existentes entre países.
No desenvolvimento do projeto de investigação será utilizado como metodologia e ferramenta
de avaliação da sustentabilidade da habitação, o SBToolPT-H (Sustainable Building Tool). O
SBTool é um sistema voluntário de avaliação e reconhecimento da sustentabilidade de vários
edifícios, que foi desenvolvido pela associação sem fins lucrativos iiSBE (International
Initiative for a Sustainable Built Environment) (iiSBE, 2012).
O SBTool é uma ferramenta de apoio aos projetistas nas tomadas de decisão. Estudado o
edifício para diferentes localizações, orientações e materiais, chega-se a valores de
sustentabilidade diferentes. O projetista tem que decidir tendo em conta os resultados e as
análises feitas através de introdução dos valores no SBTool, qual a “equação” que se ajusta
melhor à sustentabilidade.
O sector dos edifícios representa 40% do consumo de energia total da União Europeia (UE).
A diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do conselho (Diretiva 2010/31/UE do
Parlamento Europeu e do Conselho, 2010), de 19 de Maio de 2010, relativa ao desempenho
energético dos edifícios visa promover ao melhor desempenho energético dos edifícios,
debruçando-se especialmente nas características térmicas do edifício, na eficiência dos
sistemas de aquecimento e fornecimento de água quente, nas instalações de ar condicionado,
na instalação fixa de iluminação, nas condições e locais de exposição solar, na iluminação
natural, na possível produção de eletricidade, promovendo de certo modo que os edifícios
apresentem necessidades quase nulas de energia.
Mestrado em engenharia civil
2
1. INTRODUÇÃO
A título de exemplo Portugal é um país com escassos recursos fósseis, nomeadamente,
petróleo, o carvão e o gás, conduzindo a uma elevada dependência energética do exterior
(76,7% em 2010) (DGEG, 2013).
Importa assim aumentar a contribuição das energias renováveis, nomeadamente a energia
proveniente das fontes hídrica, eólica, solar, geotérmica, biomassa (sólida, líquida e gasosa).
É de referir que a diretiva 2010/31/UE do parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Maio
de 2010 (Diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, 2010), impõe que o
mais tardar em 31 de Dezembro de 2020, todos os edifícios novos sejam edifícios com
necessidades quase nulas de energia e após 31 de Dezembro de 2018, os edifícios novos
ocupados e detidos por autoridades públicas sejam edifícios com necessidades quase nulas de
energia. Os Estados-Membros devem desenvolver políticas e tomar medidas, como, por
exemplo, o estabelecimento de objetivos, para incentivar a transformação de todos os
edifícios remodelados em edifícios com necessidades quase nulas de energia de energia.
1.2. Objetivo
O presente estudo tem como principal objetivo desenvolver uma metodologia de análise, para
otimizar as intervenções de reabilitação de edifícios recentes, com o propósito de tentar
alcançar a meta de edifícios com necessidades quase nulas de energia, com o fim último de
melhorar o desempenho global, do nível de sustentabilidade do edifício.
Pretende-se assim desenvolver uma metodologia que permita fazer um diagnóstico do estado
dos edifícios recentes, hierarquizando as possibilidades de intervenção com contribuição para
a melhoria do desempenho energético do edifício e ao mesmo tempo possibilitar o aumento
do nível de sustentabilidade.
O estudo de vários edifícios permitirá verificar quais os aspetos prioritários de intervenção,
quais os elementos dos edifícios cuja investigação se mostra ainda incidente e quais as
intervenções prioritárias com custos residuais para a melhoria do parque habitacional recente,
construído após 1951, em, termos de desempenho energético e de sustentabilidade.
Mestrado em engenharia civil
3
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Mestrado em engenharia civil
4
2. ESTADO DA ARTE
2. ESTADO DA ARTE
2.1. Enquadramento
O sector dos edifícios apresenta um consumo de energia que corresponde a 40% do consumo
total da União Europeia. Sendo um sector em expansão é de prever um aumento do consumo
de energia. Este efeito pode ser colmatado pela introdução de energias renováveis, reduzindo
assim a dependência energética e as emissões de gases com efeito de estufa, podendo ser
cumprido o Protocolo de Quioto pela União Europeia, sobre as alterações climáticas,
estabelecendo o compromisso a longo prazo de manter a subida de temperatura global abaixo
dos 2 oC, e consequente redução das emissões globais de gases com efeito de estufa em pelo
menos 20% em relação aos níveis de 1990 até 2020.
A diretiva 2010/31/UE do parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Maio de 2010 relativa
ao desempenho energético dos edifícios, veio alterar a diretiva 2002/91/CE do parlamento
Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 2002, relativa ao desempenho energético dos
edifícios. O Conselho Europeu de Março de 2007 sublinhou a necessidade de aumentar a
eficiência energética da União Europeia, com o objetivo de atingir a meta da redução de 20%
do consumo de energia até 2020, apelando para uma aplicação rápida e completa das
prioridades estabelecidas na Comunicação da Comissão intitulada “Plano de Ação para a
Eficiência Energética: Caracterizar o Potencial”. A redução de 20% do consumo de energia
passa a ter caracter vinculativo na sua Resolução de 3 de Fevereiro de 2009, relativa à
segunda análise da estratégia da política energética.
São fixados objetivos vinculativos para a redução das emissões de C02 (Decisão
nº406/2009/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Abril de 2009). A Diretiva
2009/28/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Abril de 2009, relativa à
promoção da utilização de energias renováveis, estabelece o objetivo vinculativo, para a
utilização equivalente de 20% do consumo da energia total da União Europeia, através de
fontes renováveis, até 2020.
Mestrado em engenharia civil
5
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
O objetivo da diretiva passa por promover a melhoria do desempenho energético dos edifícios
da União Europeia, tendo em conta as condições climáticas externas e as condições locais,
bem como exigências em matéria de clima interior e de rentabilidade.
A Diretiva 2010/31/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, 2010 estabelece requisitos no
que refere ao quadro geral comum para uma metodologia de cálculo de desempenho
energético integrado dos edifícios e das frações autónomas, à aplicação de requisitos mínimos
para o desempenho energético dos edifícios (novos e das frações autónomas novas, edifícios
existentes, componentes de edifícios sujeitos a grandes renovações, elementos construtivos da
envolvente dos edifícios com impacto significativo no desempenho energético da envolvente
quando forem renovados ou substituídos e sistemas técnicos dos edifícios quando for
instalado um novo sistema ou quando o sistema existente for substituído ou melhorado), aos
planos nacionais para aumentar o número de edifícios com necessidades quase nulas de
energia, à certificação energética dos edifícios ou frações autónomas, à inspeção regular das
instalações de aquecimento e de ar condicionado e aos sistemas de controlo independentes
certificados de desempenho energético.
Os Estados-Membros deverão elaborar planos nacionais para aumentar o número de "edifícios
com consumo de energia quase nulo", cujas necessidades energéticas deverão ser
significativamente supridas pela energia proveniente de fontes renováveis
O tema a desenvolver, “Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com
necessidades quase nulas de energia- Contribuição para edifícios sustentáveis”, está dividido
em três “temas chave”, nomeadamente a reabilitação de edifícios recentes, a eficiência
energética e a construção sustentável.
No que se refere à temática de reabilitação de edifícios, na Universidade Nova de Lisboa foi
elaborada uma tese (Fernandes, 2012), com o intuito de estudar a realidade da reabilitação em
Portugal, analisando as motivações por trás da aplicação das soluções, a pertinência da sua
aplicação e as oportunidades perdidas. Para esse estudo foram visitadas 27 obras de
reabilitação e de manutenção de edifícios, listadas as anomalias existentes e as soluções que
visavam a melhoria do comportamento térmico-energético, bem como a motivação para a sua
aplicação.
As medidas de reabilitação que não envolvem alteração do espaço e/ou reforço estrutural
estão essencialmente relacionadas com a redução da permeabilidade ao ar de vãos exteriores,
isolamento térmico em paredes (pelo exterior) e em coberturas inclinadas. Um dos aspetos
Mestrado em engenharia civil
6
2. ESTADO DA ARTE
importantes que não são considerados nas reabilitações é falta, ou perda, de ventilação em
edifícios de habitação, essencialmente por desconhecimento, por parte dos donos de obra, da
sua necessidade. Denota-se que a aplicação de materiais não compatíveis influenciam deveras
a durabilidade dos edifícios.
Na Universidade do Porto Faculdade de engenharia (FEUP) foi desenvolvida uma
Metodologia de simulação com vista à reabilitação energeticamente eficiente (FREITAS,
2009), com o uso e a integração das mais recentes ferramentas de simulação com ferramentas
“Web-Based”. O estudo apresenta o desenvolvimento de uma metodologia de reabilitação
integrada, desde a fase de projeto até à fase de execução da reabilitação, baseada na
integração de diversas ferramentas, permitindo a avaliação do desempenho energético do
edifício e a avaliação da viabilidade económica de cada intervenção proposta.
A metodologia é composta por três passos: 1º - Modelo robusto do edifício — utilização do
Google Earth® para obtenção da topografia e implementação desta no Google SketchUp®,
podendo ser utilizadas fotografias do edifício para a criação do modelo; 2º - Performance
Energética — utilização do “add-on” do EnergyPlus no Google SketchUp® ou exportação do
modelo CAD e utilização de outra ferramenta de simulação dinâmica; 3º - Viabilidade
Económica — aplicação da ferramenta “Retrofit Advisor” para verificação da viabilidade das
possíveis opções de reabilitação.
A solução de tipo fachada ventilada - resultou num elevado aumento da eficiência energética
da habitação em análise e, comparando as opções de reparar ou reconstruir, a opção reabilitar
com o sistema apresentado mostrou-se a mais vantajosa.
Na temática de reabilitação energética, na Universidade do Minho foi elaborada uma proposta
de intervenção energética de edifícios de habitação (Jardim, 2009), em que consiste no estudo
da reabilitação energética de edifícios existentes pela redução do consumo energético, através
de medidas de reforço térmico na envolvente.
A proposta demonstra que existem vantagens objetivas que podem tornar a decisão bastante
favorável, sendo a principal a recuperação do investimento inicial num período de tempo
relativamente curto, considerando o tempo de vida útil dos edifícios. O estudo foi elaborado
para dois casos de estudo representativos da construção corrente, para habitação, praticada em
Portugal nas últimas décadas.
A metodologia desenvolvida atende aos trabalhos de caracterização do desempenho
energético do existente e o diagnóstico preciso das deficiências apresentadas, propondo
Mestrado em engenharia civil
7
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
soluções de reabilitação térmica e energética, percebendo se as mesmas reduzem o consumo
de energia ao ponto de se tornarem económica e ambientalmente sustentáveis. Para a proposta
foi adotada a metodologia simplificada usada no atual RCCTE.
A reabilitação energética de um edifício existente deve ser realizada caso a caso, através de
um levantamento rigoroso dos consumos energéticos, considerando o sistema construtivo, a
forma e a distribuição dos diversos tipos de utilização, interferem no desempenho térmico do
edifício.
A nível de eficiência energética na iluminação no Instituto Politécnico de Bragança foi
elaborado um projeto que tem como principal objetivo o desenvolvimento de um sistema de
gestão energética de baixo custo (Louçano, 2009), projetado de modo a facilitar a promoção
de uma maior eficiência no consumo de energia no segmento residencial. O sistema interagirá
de um modo não intrusivo com os utilizadores, recolhendo informação útil para os orientar e
auxiliar no esforço de redução de consumo e do valor da fatura energética, assegurando
condições de conforto e bem-estar na habitação.
A infraestrutura tecnológica que possibilita a monitorização ambiental e o controlo energético
tem por base uma rede digital distribuída, com diversos nós sensoriais inteligentes, e uma
aplicação de controlo e gestão da informação, atualmente em fase de desenvolvimento.
Pela comparação das soluções estudadas, a adoção de sistemas automáticos de regulação de
intensidade luminosa em complemento à iluminação natural conduz a reduções significativas
dos custos associados à energia consumida em iluminação de edifícios. Por sua vez, a redução
do consumo traduz-se numa redução significativa de emissões de CO2, graças ao contributo
da iluminação natural. Assim, na fase de conceção de edifícios, os arquitetos deverão
privilegiar a entrada de luz natural através da presença de grandes aberturas laterais orientadas
a sul. A iluminação natural deve também ser considerada na elaboração do projeto
luminotécnico de novos edifícios e no caso da reforma de sistemas de iluminação dos
edifícios existentes.
Um dos aspetos a ter em conta para a diminuição da utilização de energia fóssil, passa pela
substituição dessa, por energia não poluente e inesgotável, denominado por energia renovável.
Com a entrada em vigor do RCCTE (Diário da República, 2006) o recurso a sistemas de
coletores solares térmicos para aquecimento de água sanitária nos edifícios abrangidos pelo
RCCTE é obrigatório sempre que haja uma exposição solar adequada, na base de 1 m2 de
coletor por ocupante.
Mestrado em engenharia civil
8
2. ESTADO DA ARTE
Na aplicação em habitações as energias suscitáveis de ser utilizadas/produzidas passam pela
energia obtida pelo sol, pelo uso de biomassa e energia eólicas, as restantes fontes de energia
renovável, só são possíveis a grande escala, como é exemplo a energia das ondas e energia
geotérmica.
O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, uma quantidade enorme de energia
(avaliada em 1,5 x 1018 kWh), correspondente a cerca de 10.000 vezes o consumo mundial
de energia verificado nesse mesmo período. No entanto, esta fonte é considerada demasiado
dispersa, com as vantagens e os inconvenientes daí decorrentes.
Em Portugal (DGEG, 2013), o potencial disponível é bastante considerável, sendo um dos
países da Europa com melhores condições para aproveitamento deste recurso, dispondo de um
número médio anual de horas de Sol, variável entre 2200 e 3000, no continente, e entre 1700
e 2200, respetivamente, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Na Alemanha, por
exemplo, este indicador varia entre 1200 e 1700 horas.
A energia solar pode ser utilizada diretamente para aquecer e iluminar edifícios, aquecer água
de piscinas, sobretudo em equipamentos sociais, para fornecimento de água quente sanitária
nos sectores doméstico, serviços, indústria e agropecuária.
A energia solar também possibilita a produção de elevadas temperaturas para produção de
vapor de processo ou geração de eletricidade, através de tecnologias de concentração da
radiação. Através do efeito fotovoltaico converte-se a radiação solar em energia elétrica.
O aquecimento solar é uma tecnologia já dominada e, em 2002, existiam já instalados na UE
cerca de 12,3 milhões de m2 de coletores solares térmicos. Cerca de 60% destes encontram-se
na Alemanha (com mais de 50% das vendas de coletores solares da UE), Grécia e Áustria.
Os painéis fotovoltaicos constituem uma importante tecnologia para a produção de energia
elétrica e a meta mundial prevê a instalação de 100 mil MW até ao ano 2025.
A Energia de origem fotovoltaica (FV) tem sido a opção mais económica em muitas
aplicações de pequena potência em locais afastados da rede. Contudo o elevado preço destes
sistemas tem sido uma barreira à sua disseminação em outras aplicações, nomeadamente em
áreas urbanas, desde logo servidas pela rede de distribuição elétrica.
Em Portugal, a utilização de sistemas solares térmicos ou fotovoltaicos está ainda longe de
corresponder ao potencial deste recurso, disponível no país. Estima-se que, em 2003, a
Mestrado em engenharia civil
9
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
capacidade instalada de sistemas solares fotovoltaicos era cerca de 2 MW, dos quais apenas
20% se referem a instalações ligadas à rede pública.
Na sequência do programa E4 - Eficiência Energética e Energias Endógenas, foi lançado o
Programa "Agua Quente Solar para Portugal" que previa a instalação, até 2010, de um milhão
de metros quadrados de coletores solares.
O Custo das Instalações Solares Térmicas de Aquecimento de Água em Portugal para os
pequenos sistemas situa-se entre os 600/800 €/m2.
A Biomassa é a matéria orgânica, quer seja de origem vegetal quer animal, que pode ser
utilizada como fonte de energia. A biomassa, depois do Sol, é uma das mais antigas fontes de
energia, utilizada pelo Homem.
A biomassa tem origem na fotossíntese, através da qual os produtores primários fixam o CO2
da atmosfera, utilizando a energia da radiação solar e o transformam na matéria que compõe
as plantas. Podemos considerar a biomassa como energia solar aprisionada.
A Bioenergia é um recurso energético renovável e representa, presentemente, cerca de 11%
do consumo de energia primária mundial constituindo o único recurso energético com
carbono que se pode considerar emissor neutro de CO2.
Em relação a soluções inovadoras a Oxford PhotoVoltaics (photovoltaics, 2013) de modo a
incentivar a introdução no mercado de um novo produto, recebeu um contributo de dois
milhões de libras (mais de 2,3 milhões de euros) da empresa MTI Partners segundo o site
Design-Build Solar. O projeto inovador consiste na criação de um vidro transparente e
colorido capaz de gerar energia elétrica a partir da luz solar com custos reduzidos. As novas
células solares representariam um aumento de 10% no valor final dos vidros para a construção
civil, segundo a empresa britânica.
A análise de sustentabilidade pode-se entender que veio substituir o de análise
custo/benefício, no que refere à construção e reabilitação de edifícios, na Universidade do
Minho, foi lançado um livro com o título “Workshop construção e reabilitação sustentáveis:
soluções eficientes para um mercado em crise: livro de atas”. A publicação apresenta estudos
de soluções para a construção sustentável. O livro é dividido em vários subcapítulos com
diferentes intervenções referentes à reabilitação sustentável.
O sistema a utilizar na avaliação da sustentabilidade, SBToolPT-H, é uma estrutura para
avaliação do desempenho sustentável, adaptada ao contexto português da construção,
Mestrado em engenharia civil
10
2. ESTADO DA ARTE
debruçado nas vertentes ambiental social e económica, tem como principal objetivo apoiar as
equipas de projeto, na fase de conceção de um novo edifício ou na fase de conceção de uma
operação de reabilitação e/ou ampliação de edificação existente, no sentido da adoção de
soluções que conduzem ao desenvolvimento de edifícios com uma nota global elevada, na
certificação da sustentabilidade.
O SBToolPT-H (iiSBE, 2012) abrange uma ampla gama de questões de construção
sustentável, como é exemplo o consumo de energia não renovável, consumo de água, uso do
solo, consumo de materiais, emissão de gases de efeito de estufa, emissão de outras emissões
atmosféricas, impactes na ecologia local, resíduos sólidos e efluentes líquidos, qualidade do ar
interior, iluminação, qualidade acústica, durabilidade, adaptabilidade, flexibilidade e
operações de manutenção. A avaliação SBToolPT-H é repartida em 25 parâmetros, os
parâmetros são agrupados em 24 indicadores, os indicadores são distribuídos por 9 categorias
nas dimensões ambiental social e económica.
2.2. História da energia e ambiente
Com a descoberta e domínio do fogo acerca de 750 mil anos, o homem, através da sua
inteligência e necessidades está a transformar o planeta.
O fogo tornou-se uma ferramenta essencial de sobrevivência da espécie humana, melhorando
a alimentação, luminosidade assim como a sua proteção contra outras espécies predatórias.
Há 12 mil anos o homem começou a domesticar varias espécies de animais, passando a usar a
sua força para realização de trabalhos pesados.
Em 600 A.C. o grego Thales Milesius chegou à conclusão que o âmbar depois de esfregado
com pelo de animal atraia pequenos corpos.
Em 1747 Benjamin Franklin nos Estados Unidos da América e William Watson na Inglaterra
chegaram a uma nova conclusão, que todos os materiais possuem um fluido elétrico.
Poucas décadas depois o fogo foi transformado em movimento com a construção de grandes
fábricas e a evolução dos transportes, mas foi apenas à pouco mais de 100 anos que surgiu a
energia elétrica.
Com a evolução da civilização industrial houve a necessidade de exploração intensiva de
energias acumuladas ao longo das épocas geológicas como é exemplo o petróleo, o gás
Mestrado em engenharia civil
11
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
natural, urânio entre outras. Estas fontes de energia dizem-se não renováveis uma vez que a
sua velocidade de reposição é praticamente nula relativamente ao consumo.
Com a consciência humana no que toca ao esgotamento próximo das energias não renováveis,
torna-se importante dar mais relevância às fontes de energia renováveis ou inesgotáveis.
Atualmente existem vários incentivos governamentais ou até mesmo de empresas de
exploração/distribuição de energia, com a finalidade de patentear soluções tecnológicas
limpas e sustentáveis.
A título de curiosidade em 2009 a EDP premiou uma solução denominada EMOVE (emove,
2013). O Gerador de emove reúne as características fundamentais para uma alta potência e
baixa frequência de rotação. A aplicação estende-se nas diferentes áreas, entre outras, na
exploração da energia eólica. As suas dimensões reduzidas e as suas características promovem
a redução de custos de produção e de manutenção. Por tudo isto, a geração de energia elétrica
ocorre sem a utilização de sistemas de intermediários, como caixas de engrenagens, bombas
hidráulicas e sistemas de excitação.
Em 2010 foi premiada a solução WAYDIP (Waydip, 2013) denominada numa startup que
desenvolve tecnologia limpa. O principal projeto, Waynergy, transforma pessoas e veículos de
energia cinética em energia elétrica.
Em 2011 o premio foi atribuído à inovação CLEANBIOMASS (Cleanbiomass, 2013). O
projeto Clean Biomass apresenta como objetivo a dinamização do mercado de limpeza de
biomassa arbustiva em zonas de incêndio. O projeto baseia-se em ferramentas para exploração
e rentabilização de biomassa arbustiva existente como fonte energética renovável.
No ano de 2012 o prémio foi atribuído à patente ECO-EIFES. Eifes (Quadro Integrado
Inteligente para a Energy Savers ). A tecnologia desenvolvida pela ECO-eifes (ecoeifesembeddedinteligentframework, 2013) é uma estrutura inteligente, que pode ser integrada em
vários dispositivos para permitir a poupança de energia. A estrutura é baseada em algoritmos
inteligentes capazes de aprender com os hábitos diários dos utilizadores. Eifes são
dispositivos permanentes que permitem monitorizar o uso do equipamento elétrico e criar
estratégias para economizar energia. Pode ser usado em diversas aplicações para reduzir a
fatura elétrica. Atualmente, eifes é usado em quatro aparelhos: IPAC, S-Light, whic e SSES.
Estes dispositivos são aplicados ao controle inteligente de ar condicionado, iluminação,
aquecimento de água e sistemas de monitoramento de espera, respetivamente. No entanto, o
Mestrado em engenharia civil
12
2. ESTADO DA ARTE
quadro pode ser usado noutros cenários, que estão a ser estudados, a fim de desenvolver os
melhores dispositivos adequados para cada aplicação.
As inovações tecnológicas mostram que a humanidade pode encontrar soluções alternativas às
fontes de energia não renováveis, através do uso de fontes inesgotáveis como é exemplo o sol,
o vento, a água, as planta e a Terra.
A mudança climática global, consequência do continuado aumento dos gases de efeito estufa
na atmosfera do planeta, está a alterar os ecossistemas e causar cerca de 150 mil mortes por
ano.
Um aquecimento global médio de 2°C ameaça milhões de pessoas com o aumento da fome,
malária, inundações e escassez de água. O principal gás responsável pelo efeito de estufa é o
dióxido de carbono (CO2), produzido pela queima de combustíveis fósseis para a geração de
eletricidade e transporte.
Para que a subida da temperatura seja mantida dentro de limites aceitáveis, é necessário
reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.
As fontes de energia renovável incluem vento, biomassa, fotovoltaica, solar térmica,
geotérmica, oceânica e hidroelétrica. Todas, no entanto, apresentam duas características em
comum, produzem pouco ou nenhum gás de efeito estufa e contam com fontes naturais
virtualmente inesgotáveis.
Apesar de a energia nuclear produzir pouco dióxido de carbono, acarreta múltiplas ameaças às
pessoas e ao meio ambiente. Incluem-se os impactos ambientais da mineração, processamento
e transporte de urânio, o risco da proliferação de armas nucleares, o insolúvel problema do
lixo nuclear e a ameaça constante de acidentes graves.
O efeito estufa é o processo pelo qual a atmosfera retém parte da energia irradiada pelo Sol e
a transforma em calor, aquecendo a Terra e impedindo uma oscilação muito grande das
temperaturas. Entre os gases de efeito estufa estão o dióxido de carbono (CO2) - “produzido
pela queima de combustíveis fósseis e pelo desmatamento, o metano” - liberado por práticas
agrícolas, animais e aterros de lixo, e o óxido nítrico – “resultante da produção agrícola e de
uma série de substâncias químicas industriais”.
Todos os dias, o meio ambiente é prejudicado pelo uso de combustíveis fósseis (petróleo,
carvão e gás) para energia e transporte. Como consequência, as mudanças climáticas já estão
a afetar a vida de bilhões de pessoas. A previsão é que essas alterações no clima destruirão o
Mestrado em engenharia civil
13
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
modo de vida de muitas pessoas nos países em desenvolvimento, além de acarretar a perda de
ecossistemas e espécies nas próximas décadas. Torna-se evidente que é necessário reduzir
significativamente as emissões de gases de efeito estufa, tanto por razões ambientais como
económicas.
Caso a tendência atual seja mantida, os prováveis efeitos de um aquecimento leve a moderado
trazem como consequência a expansão térmica dos oceanos devido ao aumento da
temperatura média global, liberação extensiva de gases de efeito estufa com o derretimento
das camadas congeladas de solo (permafrost),aumento na frequência de eventos climáticos
extremos, como ondas de calor, secas e inundações de alta intensidade. A incidência global de
secas já duplicou nos últimos 30 anos, impactos regionais severos. Na Europa, aumento das
inundações em rios e zonas costeiras, erosão e perda de pântanos. Enchentes também afetarão
severamente áreas baixas nos países em desenvolvimento, como Bangladesh e o sul da China,
ameaça à sobrevivência de sistemas naturais como recifes de corais, manguezais,
ecossistemas alpinos, florestas boreais e tropicais, pradarias, pântanos e campos nativos,
assim como aumento do risco de extinção de espécies e de perda da biodiversidade.
Ao reconhecer essas ameaças, as nações assinantes da Convenção Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas, de 1992, criaram o Protocolo de Kyoto em 1997. O Protocolo de
Kyoto passou a vigorar no início de 2005, os 165 países-membros encontram-se duas vezes
ao ano para negociar novos detalhes e as etapas subsequentes do acordo. Apenas duas grandes
nações industrializadas, Estados Unidos e Austrália, não validaram o protocolo.
O Protocolo de Kyoto obriga os signatários a reduzir as emissões de gases com efeito de
estufa em 5,2% em relação aos níveis de 1990, no período de 2008 a 2012. Esse compromisso
resultou na adoção de uma série de metas de redução regionais e nacionais. A União
Europeia, por exemplo, comprometeu-se com uma redução total de 8%. A UE também
concordou em aumentar a proporção da energia renovável.
No momento, os países signatários de Kyoto estão a negociar a segunda fase do acordo, que
cobre o período de 2013 a 2017. A Greenpeace exige que os países industrializados reduzam
as suas emissões em 18%, considerando os níveis de 1990, para o segundo período de
compromisso, e em 30% na terceira fase, que abrange o período de 2018 a 2022.
“A iminência das mudanças climáticas exige nada menos que uma Revolução Energética. O
consenso entre os especialistas é que essa revolução deve começar imediatamente e estar em
curso adiantado nos próximos dez anos, para impedir impactos ainda mais drásticos. A
Mestrado em engenharia civil
14
2. ESTADO DA ARTE
sociedade não precisa de energia nuclear. O que a sociedade precisa é de uma completa
transformação no modo como produz, consome e distribui energia. Somente uma revolução
poderá limitar o aquecimento global a um patamar inferior a 2°C. Se a temperatura média da
Terra aumentar acima de 2°C, os impactos serão devastadores”. (Sven Teske, 2007)
O relatório da “revolução energética” (Sven Teske, 2007) refere que a revolução energética
pode ser alcançada pela adesão a cinco princípios fundamentais:
1. Implantar sistemas de energia limpa, soluções renováveis e descentralizadas.
O primeiro princípio passa por utilizar tecnologias existentes para aproveitar a energia de
modo mais eficiente. As Energias renováveis e medidas de eficiência energética estão
disponíveis, são viáveis e cada vez mais competitivas. A energia Eólica, solar e outras
tecnologias de energia renovável obtiveram crescimentos de mercado na década passada.
Os sistemas descentralizados e sustentáveis de energia produzem menos emissões de carbono,
são mais baratos e menos dependentes da importação de combustíveis. São uma fonte de
geração de novos postos de trabalho e dão poder às comunidades locais. Sistemas
descentralizados são mais seguros e mais eficientes. Este é o objetivo da Revolução
Energética.
2. Respeitar os limites naturais
A humanidade tem que tomar a consciência que a atmosfera não tem capacidade de absorver
tanto carbono. A cada ano, as atividades humanas emitem o equivalente a cerca de 23 bilhões
de toneladas de carbono. As reservas geológicas de carvão poderiam fornecer combustível por
mais algumas centenas de anos, mas usar esse combustível significaria ultrapassar os limites
de segurança. O desenvolvimento da indústria de petróleo e de carvão precisa de chegar ao
fim.
3. Eliminar gradualmente energias sujas e não sustentáveis
As centrais a carvão e nucleares devem ser gradualmente eliminadas e substituídas. Isto
porque as emissões oferecem um perigo real à subsistência da vida no planeta. Os incentivos
às inúmeras ameaças nucleares também devem ser banidos, já que o pretexto de que a energia
nuclear pode, de algum modo, ajudar no combate às mudanças climáticas não se sustenta.
4. Promover equidade e justiça
Tendo em atenção o segundo princípio, respeito pelos limites naturais, deve-se sustentar uma
distribuição justa dos benefícios e dos custos entre as sociedades, nações e gerações presente e
Mestrado em engenharia civil
15
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
futuras. Por um lado, um terço da população mundial não tem acesso à eletricidade, enquanto
a maioria dos países industrializados consome muito mais do que a sua justa parte.
Os efeitos das mudanças climáticas nas comunidades mais pobres são agravados pela enorme
desigualdade de distribuição da energia global. Um dos princípios básicos para abordar as
mudanças climáticas é o da igualdade e justiça, de modo que os benefícios dos serviços de
energia – como luz, aquecimento, eletricidade e transporte – sejam disponibilizados a todos.
5.
Desvincular o crescimento económico do uso de combustíveis fósseis
O crescimento económico deve ser totalmente desligado dos combustíveis fósseis. É
necessário usar a energia produzida de modo muito mais eficiente. É necessário fazer uma
transição ágil para as energias renováveis de modo a proporcionar um crescimento limpo e
sustentável.
2.3. Economia Nacional
Segundo os indicadores avançados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Económico (OCDE) de Março de 2013, a recessão económica portuguesa está a perder
intensidade.
O indicador de inflexão da atividade económica portuguesa, subiu em Janeiro pelo décimo
mês consecutivo, elevando-se a 99,74 pontos, já muito próximo da média de longo prazo,
fixada em 100 pontos.
No último mês de 2012 e no primeiro de 2013, o indicador avançado para Portugal registou
uma subida mensal de 0,29%, sendo a maior subida dos dez meses consecutivos em ascensão,
e registou também uma progressão em termos homólogos, de 1,75%, a mais ampla de três
meses seguidos de variação positiva.
Os indicadores avançados da OCDE apontam, por outro lado, para uma estabilização das
condições económicas na Zona Euro (designadamente em França e Itália) e para uma “retoma
do crescimento” na Alemanha, maior economia da região.
Conforme as projeções do Banco de Portugal (Banco de Portugal, 2013), avista-se uma
contração de 1,9% da atividade económica em 2013, após uma queda estimada de 3% em
2012 (Tabela 1).
Mestrado em engenharia civil
16
2. ESTADO DA ARTE
Tabela 1 - Projeções do Banco de Portugal 2011-2014-Taxa de variação em percentagem
No contexto do processo de ajustamento económico, a implementação das medidas de
consolidação orçamental incluídas no Orçamento de Estado para 2013 (OE2013)
desempenhará um papel importante na evolução da procura interna, uma queda significativa
em 2013, embora mais moderada que a estimada para 2012.
A evolução das exportações continuará a contribuir para mitigar o impacto da redução da
procura interna sobre a atividade económica, embora de forma mais limitada em 2013. As
importações deverão voltar a contrair em 2013, a exemplo do estimado para 2012.
Para 2014 projeta-se o aumento da atividade económica de 1,3% (Banco de Portugal, 2013),
num quadro em que não foram consideradas medidas de consolidação orçamental adicionais
para além das que decorrem da manutenção das medidas incluídas no OE 2013. Neste
pressuposto, o crescimento económico projetado para 2014 assenta numa recuperação
moderada da procura interna, incluindo o consumo público, sustentado pelo aumento do
rendimento disponível das famílias e por uma melhoria das perspetivas da procura. Esta
evolução será acompanhada por um aumento das exportações, assente na recuperação da
atividade económica nos principais mercados de destino das exportações portuguesas.
“A redução dos elevados níveis de endividamento externo da economia portuguesa para
níveis sustentáveis implica a manutenção destes excedentes por um período prolongado. Tal
só será possível num contexto em que as reformas estruturais, destinadas a promover uma
Mestrado em engenharia civil
17
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
afetação mais eficiente dos recursos, permitam um aumento da produtividade dos fatores, do
produto potencial e do rendimento dos agentes residentes.
O grande desafio com que Portugal está confrontado neste momento é o de promover o
desenvolvimento económico num novo quadro institucional. A implementação coerente de
reformas nos mercados de trabalho e do produto, o aumento da eficiência do sistema judicial e
a redefinição do papel do Estado são fatores fundamentais para estimular o investimento, a
inovação e o progresso técnico, sem os quais não existirá crescimento sustentável, mas acima
de tudo não existirá desenvolvimento económico. O esforço e os recursos despendidos com
políticas de apoio à criação de emprego só terão sucesso se os entraves ao investimento forem
removidos. O desafio do desenvolvimento económico passa pela mobilização dos agentes
económicos e sociais para a necessidade e benefícios de reformas que assegurem níveis de
bem-estar compatíveis com a manutenção do consenso institucional e da coesão social”
(Banco de Portugal, 2013).
2.4. O setor da construção nacional
Segundo a análise de conjuntura da FEPICOP - Federação Portuguesa da Indústria da
Construção (FEPICOP, 2013) , em 2012, o consumo do cimento teve uma diminuição de
procura de 26,9%, face a 2011, pelo que é necessário recuar 39 anos, até 1973, para se
encontrar uma época em que a sua utilização tenha sido inferior à verificada no ano de 2012.
Os 10.511 fogos em construção nova licenciados até novembro de 2012, correspondendo
apenas a cerca de 10% das autorizações emitidas em igual período de 2001, refletem uma
diminuição constante da produção do Setor neste segmento ao longo dos últimos 11 anos.
Todos os outros indicadores habitualmente analisados pela Federação evidenciam, também, a
contínua deterioração da conjuntura da atividade do Setor. Assim, até novembro de 2012 e em
termos homólogos, as licenças para construção nova caíram 30,2% e as destinadas para
reabilitação e demolição recuaram 6,5%, enquanto no caso dos edifícios não residenciais a
área licenciada contraiu 23,5%, o que se traduz numa redução de 601 mil m2.
Nas obras públicas, os concursos abertos em 2012 revelam uma redução em número de
38,7%, e 44,4% relativamente ao valor das obras.
Com estes aspetos em causa destaca-se a pior consequência de todo este ambiente para a
economia do País, o número de desempregados, que continuou a aumentar, tendo atingido,
101.449 no final de novembro de 2012, o que traduz um crescimento de 34,4% e representa
Mestrado em engenharia civil
18
2. ESTADO DA ARTE
15,9% do número total de desempregados inscritos nos centros de emprego no final desse mês
(INE, 2013).
O acesso ao financiamento, não revela melhorias, em dezembro de 2012 (FEPICOP, 2013), o
crédito às empresas indicava uma redução homóloga de 3,1 mil milhões de euros, enquanto o
crédito à habitação registava uma quebra de 27,6%.
O clima recessivo que paira sobre a economia nacional e a incerteza quanto à efetiva
realização dos investimentos públicos têm condicionado fortemente a evolução do sector da
construção.
Assim, depois de uma década caraterizada por um crescimento económico muito modesto,
não se prevê uma melhoria o sector da construção, mas pelo contrário as projeções apontam
para a manutenção de grandes dificuldades, na economia portuguesa e particularmente no
investimento em construção.
2.5. Estado de conservação dos edifícios em Portugal
Entende-se por edifícios recentes ou correntes, edifícios cuja sua construção se baseie em
soluções de betão armado, incorporando assim em geral materiais considerados novos,
produzidos mais industrialmente. (Oliveira, Sousa, & Lopes, 2004)
Os edifícios recentes são característicos pela sua forma de construção, baseados num sistema
estrutural porticado em betão armado, complementado por panos de alvenaria sem função
estrutural.
O espaço temporal relativo a edifícios recentes, vai para além do intervalo de tempo que se
associa edifícios “novos” e fica aquém do que se pode atribuir a um edifício “antigo”.
Estabeleceu em 50 anos o tempo de serviços identificado como recentes.
Neste contexto “edifícios novos” são considerados edifícios, em que o seu respetivo projeto é
realizado cumprindo a legislação atual relativa ao desempenho energético de edifícios,
acomodando deste modo construções posteriores a 2006.
Na abordagem serão estudados edifícios cuja sua construção/projeção se realize após os anos
50 e a entrada no novo milénio, antecedente entrada em vigor da nova legislação do
desempenho energético. Este espaço temporal de construção acomoda 2 822 980 edifícios, o
que traduz 79,65% do edificado português. (INE, 2013)
Mestrado em engenharia civil
19
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Dando a entender o panorama de construção em Portugal na Figura 1 é apresentado o número
de edifícios por época de construção.
Na década de 70 e 80 houve uma enorme procura na construção habitacional, traduzida pela
entrada de mão-de-obra, que após a revolução de 25 de abril de 1974 viram em Portugal um
país com futuro económico mais promissor. Entre a década de 80 e a década de 90 houve um
decréscimo de 46,33% na construção de edifícios novos. Desde então a construção de
habitações novas tem declinando até á atualidade para níveis históricos.
300 635
209 370
2001-2005
2006-2011
290 292
1996 - 2000
588 858
1971-1980
268 179
408 831
1961-1970
1991-1995
387 340
1951-1960
578 845
305 696
1919-1945
1981-1990
206 343
Número de Edifícios
antes de 1919
Total
3 544 389
Edifícios Em Portugal
Época de construção
Figura 1- Edifícios em Portugal segundo época de construção
Um dos aspetos a ter em conta para um bom desempenho dos edifícios é nomeadamente o seu
estado de conservação. Recorrendo ao Instituto Nacional de estatística (INE, 2013), na Figura
2 é apresentado o panorama do estado de conservação dos edifícios em Portugal.
Estado de conservação dos edifícios em Portugal
Edifícios em Portugal
Edifícios sem necessidade de reparação
Edifícios com necessidade de reparação
Edifícios Muito degradado
3544389
2519452
965782
59155
Figura 2-Estado de conservação dos edifícios em Portugal
Em comparação com o número de edifícios em Portugal, os edifícios com necessidades de
reparação representam 27,25% e os edifícios muito degradados 1,67%.
Mestrado em engenharia civil
20
2. ESTADO DA ARTE
Na Figura 3 é apresentado o estudo do estado de degradação dos edifícios em Portugal
segundo a sua época de construção, com o intuito de dar a entender o número de edifícios
existentes com possibilidade de serem reabilitados.
Estado de conservação dos edifícios em Portugal segundo época de construção
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
antes de
1919
19191945
19461960
19611970
19711980
19811990
19911995
Pequenas reparações 26.65% 28.37% 28.42% 25.89% 20.51% 15.24% 11.33%
Reparações médias 19.02% 18.16% 14.06% 9.85% 5.60% 3.21% 1.98%
Grandes reparações 12.29% 9.74% 5.45% 2.85% 1.34% 0.61% 0.42%
Muito degradado
12.17% 6.17% 2.49% 1.07% 0.47% 0.22% 0.14%
1996 2000
20012005
20062011
7.96%
4.56%
2.95%
1.25%
0.76%
0.70%
0.26%
0.19%
0.26%
0.11%
0.09%
0.14%
Figura 3-Estado de conservação dos edifícios em Portugal segundo a época de construção
No âmbito das reabilitações estão inseridos os edifícios existentes com necessidades de
reparação, nomeadamente médias e grandes reparações, assim como Edifícios muito
degradados. No estudo particular ao parque habitacional construído depois de 1951 os
edifícios que necessitam de reabilitação representam 20,20% do parque habitacional
construído. Dividindo as necessidades de reparações por épocas de construção a Figura 4 dá
uma noção de qual a época de construção que apresenta um maior número de edifícios com
necessidades de reparação.
206343
305696
387340
408831
588858
578845
268179
290292
300635
209370
1919-1945
1946-1960
1961-1970
1971-1980
1981-1990
1991-1995
1996 - 2000
2001-2005
2006-2011
Número de necessidades de reparação de edifícios em Portugal
antes de 1919
Total
3544389
Número de necessidades de reparação de edifícios em Portugal
Época de construção
Figura 4- Necessidades de reparação de edifícios em Portugal por época de construção
Entre a época de 1946 e 1990 há um aumento gradual de reparações a serem feitas em
edifícios, atingindo o pico em 1990, decrescendo gradualmente até 2011, é de notar que nesse
decréscimo há uma ligeira subida entre de 1996 a 2005.
Mestrado em engenharia civil
21
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Na Figura 5, Figura 6 e Figura 7 são avaliadas as intervenções mais usuais nos edifícios que
necessitam de reparações.
Com este estudo pretende-se hierarquizar as abordagens, dando a entender no estudo quais os
aspetos a ter em conta na reabilitação que vão ao encontro das necessidades dos clientes.
Percentagem de edifícios com necessidades de reparação na cobertura
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
19461960
19611970
19711980
1996 2000
20012005
20062011
11.08%
198119911990
1995
Época de construção
12.40%
6.23%
Nenhumas
5.02%
6.36%
Pequenas
3.07%
3.17%
7.18%
7.88%
5.64%
3.83%
2.96%
1.05%
0.80%
0.47%
Médias
1.79%
0.18%
1.41%
1.27%
0.76%
0.22%
0.16%
0.10%
Grandes
0.05%
0.73%
0.43%
0.32%
0.16%
0.05%
0.04%
0.02%
Muito grandes
0.02%
0.32%
0.15%
0.11%
0.05%
0.02%
0.01%
0.01%
0.01%
Figura 5-Necessidades de reparação nas coberturas do parque habitacional Português
construído depois de 1946
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
Percentagem de edifícios com necessidades de reparação na estrutura
19461960
19611970
19711980
1996 2000
20012005
20062011
11.64%
198119911990
1995
Época de construção
12.86%
6.38%
Nenhumas
5.31%
6.73%
Pequenas
2.98%
3.00%
7.29%
7.92%
5.65%
3.52%
2.66%
0.94%
0.73%
0.45%
Médias
1.64%
0.18%
1.27%
1.08%
0.63%
0.19%
0.13%
0.08%
Grandes
0.05%
0.69%
0.40%
0.28%
0.13%
0.04%
0.03%
0.02%
Muito grandes
0.02%
0.30%
0.14%
0.09%
0.04%
0.01%
0.01%
0.01%
0.01%
Figura 6-Necessidades de reparação nas estruturas do parque habitacional Português
construído depois de 1946
Mestrado em engenharia civil
22
2. ESTADO DA ARTE
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
Percentagem de edifícios com necessidades de reparação nas paredes e
caixilharias exteriores
19461960
19611970
19711980
1996 2000
20012005
20062011
10.70%
198119911990
1995
Época de construção
11.98%
6.02%
Nenhumas
4.71%
6.05%
Pequenas
3.15%
3.30%
6.97%
7.69%
5.54%
4.06%
3.26%
1.21%
0.97%
0.63%
Médias
1.90%
0.26%
1.53%
1.39%
0.85%
0.27%
0.20%
0.12%
Grandes
0.07%
0.81%
0.49%
0.35%
0.18%
0.06%
0.04%
0.03%
Muito grandes
0.03%
0.35%
0.17%
0.11%
0.06%
0.02%
0.02%
0.01%
0.01%
Figura 7-Necessidades de reparação nas paredes e caixilharias exteriores do parque
habitacional Português construído depois de 1946
O parque habitacional, construído depois de 1946, que necessita de reabilitação no matiz da
cobertura, estrutura e paredes/caixilharias exteriores representam, nomeadamente 8,21%,
7,29% e 9,1% do edificado Português. De uma forma hierarquizada denota-se que os edifícios
construídos após 1946, apresentam mais debilitações a nível de paredes e caixilharias,
posteriormente nas coberturas e por fim nas estruturas.
A primeira ferramenta legal a impor requisitos ao projeto de novos edifícios e de grandes
remodelações, com a finalidade de aumentar o conforto térmico sem excessivos consumos de
energia, minimizando a probabilidade de ocorrer patologias nos edifícios pela consequente
perda de condensações interiores da envolvente exterior, foi aprovada pelo Decreto-Lei
nº40/90, de 6 de Fevereiro de 1990, intitulado Regulamento das Características de
Comportamento Térmico dos Edifícios. (RCCTE)
A utilização do isolamento térmico nos edifícios, ganhou maior impacto após entrada em
vigor do RCCTE, até ao final da década de 1980 eram poucos os edifícios que dispunham de
meios ativos de controlo das condições ambientes interiores, com a entrada em vigor do
Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) a
procura de equipamentos de climatização aumentou, vertendo assim num crescimento dos
consumos de energia no sector dos edifícios.
Surgiu a necessidade da introdução de uma nova versão do RCCTE que impõe limites aos
consumos, no inverno para aquecimento, no verão para arrefecimento, assim como para
aquecimento das águas quentes sanitárias.
Mestrado em engenharia civil
23
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
No sector residencial a existência de equipamentos ou mesmo de sistemas instalados não
implicam a sua utilização permanente, pelo que os valores dos consumos energéticos
continuam a ser meras referências estatísticas.
Este Regulamento aumenta as exigências ao definir objetivos de provisão de taxas de
renovação do ar adequadas que os projetistas devem obrigatoriamente satisfazer.
O regulamento faz sobressair a redução dos seus consumos de energia e as correspondentes
emissões de gases que contribuem para o aquecimento global ou efeito de estufa, pelo que
obriga a instalação de painéis solares para a produção de água quente sanitária. Abre um
amplo mercado para o desenvolvimento da energia solar renovável, contribuindo para a
diminuição da poluição e da dependência energética do nosso país. Os consumidores podem
beneficiar de melhores condições de conforto a custos mais baixos.
“Impõe-se, portanto, que o RCCTE seja atualizado em termos de um nível de exigências
adequado aos atuais contextos social, económico e energético, promovendo um novo
acréscimo de qualidade térmica dos edifícios num futuro próximo” (Diário da República,
2006).
A nova regulamentação específica no âmbito do desempenho energético entrou em vigor a 5
de março de 2006 (Diário da República, 2006) pelo que a maior parte do parque habitacional
construído, 94,1% dos edifícios, apresentam um grande potencial de reabilitação energética
com contribuição para edifícios sustentáveis.
Mestrado em engenharia civil
24
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO
E SUSTENTÁVEL
Este capítulo é dividido em dois subcapítulos. No primeiro subcapítulo é apresentada a
evolução no processo de cálculo, para obtenção das necessidades energéticas, que levam à
classificação energética das frações autónomas. O segundo subcapítulo, direcionado para a
sustentabilidade dos edifícios, evidencia as etapas de cálculo para a classificação do
desempenho sustentável.
Numa fase posterior à classificação energética das frações autónomas, com as propostas de
reabilitação individualizadas e comparadas com as soluções construtivas existentes, faz-se a
hierarquização das intervenções de reabilitação nos edifícios recentes, com o propósito de
alcançar a meta dos edifícios com necessidades quase nulas de energia, com o fim último de
melhorar o desempenho global, do nível de sustentabilidade do edifício.
O trabalho incidirá principalmente na reabilitação de edifícios recentes com o uso de soluções
que minimizem a dependência energética.
O estudo recruta o RCCTE (Diário da República, 2006) para avaliação energética e o
SBToolPT-H para avaliação da sustentabilidade.
3.1. Metodologia de cálculo de avaliação energética
3.1.1. Necessidades de energia para Aquecimento
Para o cálculo das necessidades de aquecimento, Ni, é indispensável calcular o fator de forma.
O Fator de forma “é o quociente entre o somatório das áreas da envolvente exterior e interior
do edifício ou fração autónoma com exigências térmicas e o respetivo volume interior
correspondente”, conforme a (Equação 1). (Diário da República, 2006).
[
∑
]
[ ]
Para o cálculo do fator de forma somam-se as áreas das envolventes exteriores,
nomeadamente as áreas das paredes exteriores, coberturas exteriores e envidraçados
Mestrado em engenharia civil
25
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
exteriores. À área da envolvente interior soma-se as áreas das paredes e pavimentos interiores
multiplicado pelo respetivo coeficiente de redução de perdas (τ), que indica o valor da
temperatura adimensional do local não aquecido, um valor de τ próximo de 1 indica que o
espaço tem uma temperatura próxima da temperatura exterior, um valor de τ próximo de 0
indica que o espaço tem características próximas do interior da fração autónoma climatizada.
O volume interior é obtido multiplicando a área útil de pavimento pelo pé direito. Quanto
mais alto for o fator de forma maior são as trocas do edifício com o exterior.
O valor das necessidades máximas de arrefecimento (Ni), é retirado em função do fator de
forma (FF), e dos graus-dias no local
O cálculo das necessidades nominais de aquecimento (Nic) resulta do quociente entre a
diferença da soma de todas as perdas térmicas calculadas com os ganhos totais úteis e a área
útil do pavimento (Ap), conforme a (Equação 2).
∑[
(
)]
∑[
(
)]
[ ]
Para se obter necessidades nominais de aquecimento reduzidas é importante optar por
soluções de melhoria que diminuam as perdas e maximizem os ganhos de energia.
As perdas de calor por condução através da envolvente dos edifícios, resulta do somatório das
diferentes perdas indicadas na (Equação 3).
( )
[ ]
Perdas Térmicas Superficiais:
Qext - perdas de calor pelas zonas correntes das paredes, envidraçados, coberturas,
pavimentos e pontes térmicas planas em contacto com o exterior;
Qlna - perdas de calor pelas zonas correntes das paredes, envidraçados e pavimentos em
contacto com locais não-aquecidos;
Perdas Térmicas Lineares:
Qpe - perdas de calor pelos pavimentos e paredes em contacto com o solo;
Qpt - perdas de calor pelas pontes térmicas lineares existentes no edifício.
No cálculo das necessidades nominais de aquecimento, as perdas associadas à envolvente
exterior, dividem-se em perdas pelas paredes exteriores, perdas pelos pavimentos exteriores,
Mestrado em engenharia civil
26
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL
perdas pelas coberturas exteriores, perdas pelas paredes, pavimentos em contacto com o solo e
perdas pelas pontes térmicas lineares.
As perdas pelas paredes, pavimentos, coberturas, envidraçados e pontes térmicas planas
exteriores são obtidas através da (Equação 4), que consiste na multiplicação da área, A, do
elemento pelo respetivo coeficiente de transmissão térmica (U).
(
)
∑
(
)
[ ]
As perdas pelas pontes térmicas lineares consistem nas trocas de energia, do interior com o
exterior, pelas ligações dos elementos construtivos, nomeadamente fachada com os
pavimentos térreos, fachada com pavimentos não aquecidos e exteriores, fachada com
pavimentos intermédios, fachada com cobertura inclinada ou terraço, fachada com varanda,
duas paredes verticais, fachada com caixa de estore e fachada com padieira, ombreira ou
peitoril. As perdas, são obtidas através da (Equação 5), resultante da multiplicação do
coeficiente de transmissão térmica linear (ψ), pelo respetivo comprimento da intersecção (B).
∑
(
)
[ ]
As perdas pela envolvente interior, obtidas segundo a (Equação 6), resulta da multiplicação da
área, A, do elemento, pelo coeficiente de transmissão térmica (U), que multiplica por sua vez
pelo correspondente coeficiente de redução de perdas ( ) . As perdas pelo envolvente interior
englobam, perdas pelas paredes em contacto com espaços não-úteis ou edifícios adjacentes,
perdas pelos pavimentos sobre espaços não-úteis, perdas pelas coberturas interiores (tetos sob
espaços não úteis), perdas pelos vãos envidraçados/portas em contacto com espaços não-úteis
e perdas pelas pontes térmicas lineares (apenas para paredes de separação para espaços nãoúteis com
> 0.7)
∑
(
)
[ ]
Apesar dos vãos envidraçados serem uma parte importante durante a estação de aquecimento
por permitirem a entrada de radiação solar e por conseguinte aquecimento, quando não há
essa radiação (durante a noite) o edifício perde calor por estes. Logo as perdas pelos
envidraçados terão também de ser calculadas. As perdas pelos vãos envidraçados exteriores
tal como as perdas pelas paredes exteriores resultam do somatório da multiplicação da área
vos envidraçados (A) pelos respetivos coeficientes de transmissão térmica (U), obtidos pelo
combinação do coeficiente de transmissão térmica da caixilharia com o coeficiente de
Mestrado em engenharia civil
27
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
transmissão térmica do vidro, sendo assim é importante que o coeficiente de transmissão
térmica tanto do vidro como da caixilharia sejam baixos para minimizar as trocas de energia
do interior para o exterior.
Em simultâneo às perdas pelas envolventes é importante quantificar as perdas resultantes da
troca de ar do interior com o exterior, designadamente renovação de ar. A renovação de ar
pode ser de forma natural, quantificada em termos médios, tendo em conta as condições
climáticas médias locais e o grau de estanquidade da envolvente ou de forma mecânica,
quantificada de acordo com o tipo de sistema e com os caudais insuflados e extraídos, com
limite mínimo de 0,6 renovações de ar por hora (Rph).
A ventilação natural é devida a diferenças de pressão causadas por diferentes exposições ao
vento, a ventilação mecânica já é comum encontrarem-se sistemas mecânicos em edifícios
multifamiliares mais recentes, este tipo de ventilação depende do tipo de sistema e dos
caudais insuflados e extraídos.
Durante toda a estação de aquecimento, a energia necessária para compensar as perdas de
calor por renovação de ar é calculada pela (Equação 7), que compreende a multiplicação das
renovações de ar por hora (Rph) pela área útil do pavimento (Ap) pelo pé direito (Pd) e pelos
graus dia (Gd).
(
)
[ ]
Os ganhos totais segundo a (Equação 8), resultam da soma dos ganhos solares brutos com os
ganhos internos multiplicados pelo fator de utilização dos ganhos solares (η), calculado
segundo a (Equação 9), que é dependente da inercia do edifício e da relação entre os ganhos
totais brutos e as perdas térmicas totais do edifício.
(
( )
))
[ ]
[ ]
{
Mestrado em engenharia civil
28
(
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL
(
)
[
]
[
]
A (Equação 12) representa os ganhos internos, provenientes da libertação de calor associado
ao metabolismo dos ocupantes e do calor dissipado nos equipamentos e dispositivos de
iluminação.
(
)
[
]
Em que:
qi – ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento, dependente do
tipo de edifício indicado no Quadro IV.3 do (Diário da República, 2006) (W/m2)
M – duração média da estação de aquecimento (meses)
Ap – Área útil de pavimento (m2)
Os ganhos solares brutos, calculados segunda a (Equação 13), resultam na multiplicação da
área efetiva total dos vãos envidraçados (Aeftotal) pela radiação incidente num envidraçado a
sul (Gsul) (kWh/m².mês) e pela duração da estação de aquecimento.
(
)
(
)
[
]
Paro o cálculo da área efetiva, numa primeira fase é importante calcular a área dos vãos
envidraçados e dividi-los de acordo com as suas orientações.
Para cada envidraçado, segundo a sua orientação é calculada a área efetiva, tendo em conta os
diferentes fatores da (Equação 14).
[
]
Em que:
A - área total do vão envidraçado, isto é, área da janela, incluindo vidro e caixilho (em m2);
X - fator de orientação para as diferentes exposições é retirados do quadro IV.4 (Diário da
República, 2006)
g - fator solar do vão envidraçado para radiação incidente na perpendicular ao envidraçado e
que tem em conta eventuais dispositivos de proteção solar;
Fh - fator de sombreamento do horizonte por obstruções longínquas exteriores ao edifício ou
por outros elementos do edifício;
Mestrado em engenharia civil
29
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Fo - fator de sombreamento por elementos horizontais sobrepostos ao envidraçado (palas,
varandas);
Ff - fator de sombreamento por elementos verticais adjacentes ao envidraçado (palas verticais,
outros corpos ou partes do mesmo edifício).
Fg - fração envidraçada que traduz a redução de transmissão de energia solar devido à
existência de caixilharia;
Fw - fator de correção devido à variação das propriedades do vidro com o ângulo de
incidência da radiação solar direta.
A área efetiva total (Aeftotal), corresponde ao somatório das áreas efetivas dos vãos
envidraçados, obtidas pela (Equação 14).
3.1.2. Necessidades de energia para arrefecimento
Os valores máximos para as necessidades de arrefecimento (Nv), dependem da região Norte
ou Sul e zona climática de verão
As necessidades nominais de arrefecimento, calculadas para as condições de referência,
temperatura interior das frações autónomas de 25 0C, estabelecem valores de comparação
entre diferentes edifícios ou frações autónomas, do ponto de vista do comportamento térmico.
Quanto maior for o valor das necessidades nominais de arrefecimento, mais quente será o
edifício no Verão, ou mais energia será necessário consumir para o arrefecer até atingir uma
temperatura de referencia.
O cálculo das necessidades nominais de arrefecimento, é exibido na (Equação 15), em que Qg
representa os ganhos totais brutos, ƞ o fator de utilização dos ganhos solares, calculado
segunda a (Equação 16) e Ap a área útil de pavimento.
(
)
{
(
Mestrado em engenharia civil
30
)
[
]
[
]
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL
(
)
(
)
[
]
[
]
Em que:
i - Temperatura do ambiente interior (°C);
atm - Temperatura do ar exterior (°C);
Perdas específicas totais - correspondem ao somatório das perdas pela envolvente exterior
(Qext) nomeadamente perdas associadas às paredes exteriores (U.A), perdas associadas aos
pavimentos exteriores (U.A), perdas associadas às coberturas exteriores (U.A), perdas
associadas aos envidraçados exteriores (U.A), mais as perdas associadas à renovação de ar
(Qv).
Os ganhos totais brutos, englobam os ganhos solares pela envolvente opaca (Q1), os ganhos
solares pelos envidraçados exteriores (Q2) e os ganhos internos (Q3), calculados segundo a
(Equação 19).
[
]
Os ganhos solares pela envolvente opaca, para cada orientação resultam da multiplicação de
cinco variáveis indicados na (Equação 20).
(
)
[
]
Em que :
A - Área do elemento da envolvente (m2);
U - Coeficiente de transmissão térmica superficial do elemento da envolvente ( W/m2);
α - Coeficiente de absorção, para a radiação solar, da superfície exterior da parede;
Ir - Intensidade de radiação solar instantânea incidente em cada orientação (W/m2).
O valor de 0,04 é constante para todas as orientações e corresponde ao fator solar dos
elementos da envolvente opaca exterior.
Os ganhos solares pelos envidraçados exteriores são calculados através do somatório dos
ganhos solares por vão envidraçado e por orientação obtidos pela (Equação 21).
(
)
[
]
Mestrado em engenharia civil
31
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Em que:
A - área total do vão envidraçado, incluindo vidro e caixilho (m2);
α - Coeficiente de absorção, para a radiação solar, da superfície exterior da parede;
Ir - Intensidade de radiação solar instantânea incidente em cada orientação (W/m2).
O fator solar de verão (g Verão), é obtido através da soma de 30% do fator solar do vidro
mais 70% do fator solar do vão envidraçado com a proteção solar móvel atuada.
Os ganhos internos derivam da (Equação 22), que se baseia na multiplicação dos ganhos
internos médios (qi) pela área útil de pavimento multiplicados pelo coeficiente 2,928.
(
)
[
]
3.1.3. Necessidades de energia para preparação das Águas Quentes
Sanitárias
O valores máximos das necessidades de energia para preparação das águas quentes sanitárias
(Na), é definido tendo por base o consumo médio diário de referência de águas quentes
sanitárias (MAQS), o número anual de dias de consumo de água quente sanitária (nd) e a área
útil do pavimento, distribuídos segunda a (Equação 23).
(
)
[
]
O consumo médio diário de água quente é estabelecido em 40 litros a 60 0C por dia por
pessoa nominal, (
) e o número anual de dias de consumo de
água quente varia conforme a utilização da fração autónoma, caso não sejam definidos os dias
de utilização, nd toma o valor de 365 dias, adaptado ao uso diário anual do sistema.
As necessidades de energia útil para preparação de AQS (Nac) são obtidas pela (Equação 24).
(
)
Em que:
Qa - Energia útil despendida com sistemas convencionais de preparação de AQS;
ηa - Eficiência de conversão desses sistemas de preparação de AQS;
Esolar - Contribuição de sistemas de coletor solar para o aquecimento de AQS;
Mestrado em engenharia civil
32
[
]
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL
Eren - Contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis;
Ap - Área útil de pavimento.
A (Equação 25) traduz a energia necessária por ano, para aquecimento da água
disponibilizada pela rede pública, até à temperatura de referência de 60 0C.
(
)
[
]
Em que:
MAQS - Consumo médio diário de referência de águas quentes sanitárias;
Nd - número anual de dias de consumo de água quente sanitária;
ΔT - Aumento de temperatura necessário para preparação de águas quentes sanitárias.
Considerando que a água da rede pública é disponibilizada a 15 0C e que é necessário aquecer
a água até ao valor de referência de 60 0C, o aumento da temperatura (ΔT), assume o valor de
45 0C.
A eficiência de conversão dos sistemas de preparação de águas quentes sanitárias, ηa, é
definida pelo respetivo fabricante com base em ensaios normalizados, podendo ser utilizados
os valores de referência na ausência de indicadores mais precisos.
Caso não esteja definido em projeto o sistema de preparação de águas quentes sanitárias, em
edifícios sem alimentação a gás, considera-se que a fração autónoma irá dispor de um
termoacumulador elétrico com 5cm de isolamento térmico, ηa=0,9, em edifícios com
alimentação a gás ou um esquentador a gás mural ou a GPL, ηa=0,5. (Diário da República,
2006).
A contribuição de sistemas solares de preparação de águas quentes sanitárias (Esolar) deve ser
calculada utilizando o programa SOLTERM do INETI. A sua contribuição só pode ser
contabilizada, se os sistemas ou equipamentos forem certificados de acordo com as normas e
legislação em vigor, instalados por instaladores acreditados pela DGGE e, cumulativamente,
se houver a garantia de manutenção do sistema em funcionamento eficiente durante um
período mínimo de seis anos após instalação.
A “contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis (Eren) (solar fotovoltaica,
biomassa, eólica, geotérmica, etc.) para a preparação de AQS, bem como de quaisquer formas
de recuperação de calor de equipamentos ou de fluidos residuais, deverá ser calculada com
Mestrado em engenharia civil
33
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
base num método devidamente justificado e reconhecido, e aceite pela entidade licenciadora”
(Diário da República, 2006).
3.1.4. Necessidades Globais de energia primária
De modo a obter uma classificação energética da fração autónoma ou do edifício, torna-se
imprescindível agrupar as necessidades de energia envolvidas para conforto térmico dos
utilizadores.
A (Equação 26) estabelece um máximo de consumo de quilogramas equivalentes de petróleo
por m2, por ano de utilização.
(
) (
)
[
]
Em que:
Ni - Necessidades máximas de energia útil para aquecimento;
Nv - Necessidades máximas de energia útil para arrefecimento;
Na - Necessidades máximas de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias.
O RCCTE recomenda o uso de resistência elétrica para aquecimento e máquina frigorífica
(ciclo de compressão) para arrefecimento, quando um edifício não tiver previsto,
especificamente, um sistema de aquecimento ou de arrefecimento ambiente.
O valor das necessidades globais de energia primária (Ntc) é obtido através da (Equação 27).
(
)
(
)
[
]
Em que:
Nic - Necessidades nominais de energia útil para aquecimento;
ηi - Eficiência nominal do sistema de aquecimento;
Fpui - Fator de conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep) na estação de
aquecimento;
Nvc - Necessidades nominais de energia útil para arrefecimento;
ηv - Eficiência nominal do sistema de arrefecimento;
Mestrado em engenharia civil
34
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL
Fpuv - Fator de conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep) na estação de
arrefecimento;
Nac - Necessidades nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias;
Fpua- Fator de conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep) na preparação de
águas quentes sanitárias.
3.1.5. Classe energética
A certificação energética é dividida em nove classes, apresentadas na Tabela 2, sendo a mais
favorável A+ e a mais desfavorável G,
A classificação é obtida pelo quociente entra as necessidades globais de energia primária e as
necessidades globais máximas de energia. Quanto menor for o valor do quociente, menores
são as necessidades de energia.
Tabela 2 - Classes energéticas
Classe energética
R = Ntc / Nt
A+
R <= 0.25
A
0.25 < R <= 0.5
B
0.5 < R <= 0.75
B-
0.75 < R <= 1.00
C
1.00 < R <= 1.50
D
1.50 < R <= 2.00
E
2.00 < R <= 2.50
F
2.50 < R <= 3.00
G
3.00 < R
3.2. Metodologia de cálculo SbtoolPT-H
A metodologia de avaliação SBToolPT-H está conciliada em três fases. Na primeira fase é
quantificado o desempenho ao nível de cada indicador, na segunda fase é quantificado o
desempenho ao nível das categorias, das dimensões (ambiental, social e económica) e
quantificação do nível de sustentabilidade, na terceira e última fase é preenchido o Certificado
de Sustentabilidade.
Mestrado em engenharia civil
35
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
3.2.1. Quantificação do desempenho ao nível de cada indicador
A quantificação do desempenho ao nível do indicador compreende a etapa de quantificação
dos parâmetros e normalização dos parâmetros. A quantificação dos parâmetros é necessária
para comparação de soluções, agregação de indicadores e para avaliação precisa do projeto.
Tabela 3 - Conversão do valor normalizado numa escala qualitativa de sustentabilidade
Escala
qualitativa
A+
Valor normalizado
̅ >1
A
B
C
D
E
A normalização é convertida numa escala qualitativa, através da Tabela 3.
A normalização dos parâmetros é baseada na Equação 29, que exprime um valor comparativo
da solução com os despenhos de referência (benchmarks).
̅
[
]
Em que:
̅ - É o resultado da normalização do parâmetro i, em todo o caso, de forma a se evitarem
distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, o resultado da normalização do parâmetro
i não pode ser inferior a -0,2 e superior a 1,2.
– É o valor resultante da quantificação do parâmetro;
– É o benchmark da prática convencional, valor abaixo do qual não se pode considerar
um edifício sustentável.
- É o benchmark da melhor prática, valor acima do qual o edifício assume a nota máxima
na escala qualitativa de sustentabilidade.
Mestrado em engenharia civil
36
3. METODOLOGIA DE CÁLCULO DO DESMPENHO ENERGÉTICO E SUSTENTÁVEL
3.2.2. Quantificação do desempenho ao nível das categorias,
dimensões e quantificação do nível de sustentabilidade
Para a quantificação do desempenho ao nível das categorias, dimensões e quantificação do
nível de sustentabilidade, é necessário realizar a agregação dos indicadores em categorias, por
sua vez em dimensão e a partir daí obtém-se o desempenho global (Nível de sustentabilidadeNS). No processo de agregação é utilizada a (Equação 30).
[
∑
]
Em que:
- É o valor do macro indicador;
- É o valor do indicador, categoria ou dimensão;
- É o peso considerado para o indicador, categoria ou dimensão.
Os pesos são divididos pelas três dimensões, dando mais importância à vertente ambiental
com um peso de 40% entre os 30% da dimensão social e 30% da dimensão económica.
Dentro de cada dimensão são apresentadas diferentes categorias, por sua vez divididas em
parâmetros com os seus respetivos pesos pré definidos. Caso não seja considerado a totalidade
dos parâmetros ou categorias, na avaliação da sustentabilidade, os pesos em falta serão
redistribuídos pelos restantes parâmetros ou categorias. A redistribuição resulta da (Equação
31).
[
∑
]
Em que:
Pr - É o peso do parâmetro/categoria i redistribuído;
Pb - É o peso do parâmetro/categoria i pré estabelecido pelo SBTool;
Pnc - É o peso do parâmetro/categoria i não considerado.
Mestrado em engenharia civil
37
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
3.2.3. Certificado de sustentabilidade
O certificado de sustentabilidade é composto por três campos. O primeiro campo tem como
objetivo a identificação do edifício a que pertence o certificado, o segundo campo,
denominado como “Etiqueta de sustentabilidade”, é apresentado o nível de sustentabilidade
global assim como o seu desempenho ao nível das três dimensões, no terceiro campo, há a
desagregação do desempenho por cada categoria, tendo mais perceção dos aspetos a ser
melhorados.
Mestrado em engenharia civil
38
4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO
4. CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL
CONSTRUIDO
As variáveis envolvidas no cálculo energético e sustentável, presentes no capítulo anterior,
são realçadas neste capítulo, com a descrição do caso de estudo, com a estruturação das
soluções construtivas e caracterização dos sistemas/equipamentos.
4.1. Cooperativa de Habitação Económica “Capitães de Abril” – Viana
do Castelo
No estudo térmico e sustentável, serão estudados os vários edifícios abrangidos pela
Cooperativa de Habitação Económica “ Capitães de Abril”.
A Cooperativa projetada pelo arquiteto Couto Jorge é datada de 1984, a sua construção é
orientada em duas fases, a primeira fase destinada a comércio e habitação multifamiliar, a
segunda fase destinada unicamente a habitação multifamiliar. Como referência a Figura 8
destaca a localização e numeração atribuída aos edifícios.
Figura 8 - Cooperativa de Habitação económica “Capitães de Abril” Viana do Castelo
A primeira fase de construção, ilustrada na Figura 9, localiza-se paralelemente á rua de São
vicente (N202), constituída pelos blocos 15, 16 e 17 e finalizada com o bloco 27 intitulado
Mestrado em engenharia civil
39
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
como Torre, eminente na Figura 9. Os blocos 15, 16 e 17, têm como base uma cave e um résdo-chão comum, a cave destinada a garagens e o rés-do-chão a zona comercial, dai se
desenvolvem três andares para cada bloco, cada andar com dois apartamentos, do lado
esquerdo apartamento de tipologia T4 e do lado direito apartamentos de tipologia T3. A Torre
tal como os blocos 15, 16 e 17 ostenta uma zona comercial no rés-do-chão e uma cave
destinada a garagens, a partir do rés-do-chão, elevam-se dez andares destinados a habitação,
cada andar com quatro apartamentos de tipologia T2 do lado direito/frente e T3 lado
esquerdo/frente, esquerdo/trás e direito/trás.
Figura 9 - Primeira Fase de Construção da cooperativa de habitação económica “Capitães de
Abril” Viana do Castelo
A segunda fase de construção destinada unicamente a blocos habitacionais multifamiliares,
envolve todo o perímetro do terreno de construção, característica por blocos de quatro andares
de habitação, cada andar com dois apartamentos de tipologia T3 e uma cave para garagem. Na
segunda fase de construção, são apresentados três edifícios tipo, o edifício tipo 1 é
representativo dos blocos 1, 2, 3, 4 e 5, ao edifício tipo 2 estão associados os blocos 6, 7, 9,
10, 11, 12, 13, 14, 18, 19, 20, 21, 23, 24, 25 e 26 e ao edifício tipo 3 os blocos 8 e 22. Os
blocos de esquema distributivo em esquerdo/direito orientam-se mantendo um afastamento
das vias de circulação ou por entre a vegetação. Na Figura 10 é revelado o estado atual dos
edifícios, em particular os blocos 6, 7, 8 e 9.
Mestrado em engenharia civil
40
4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO
O edificado encontra-se localizado perto das amenidades com mais importância para os
utilizadores, como é o caso do café, mercearia e talho. No centro sobressai um parque de lazer
com vasta área verde, paralelamente aos blocos 23, 24, 25 e 26 existe um local para prática
desportiva, a disponibilidade de lugares para estacionamento de viaturas não é posta em
causa, o acesso a veículos de socorro está assegurado e a deslocação para o centro urbano é
facilitada devido á afluência de transportes públicos.
O regulamento geral das edificações urbanas (REGEU) entrou em vigor em 1951, pelo que se
prevê que o edificado, datado de 1984, cumpra as regras de projeção eminentes no
regulamento.
Figura 10 - Segunda fase de construção da cooperativa de habitação económica “Capitães de
Abril” Blocos 6, 7,8 e 9
4.2. Soluções construtivas C.H.E. ”Capitães de Abril”
4.2.1. Pilares e vigas
Os elementos estruturais Pilares estão dispostos com o intuito de distribuir as cargas de forma
uniforme, aduzindo dimensões semelhantes em toda a planta. Na Figura 11, são representados
em tons carregados a distribuição dos pilares, em planta, do edifício tipo 1, bloco 1.
Mestrado em engenharia civil
41
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Figura 11 - Planta do andar tipo do Edifício Tipo 1 Bloco 1
Os pilares de betão armado, são revestidos com argamassa e reboco tradicional. Os elementos
e a sua disposição estão destacados na Figura 12.
Pilar/Viga exterior/interior
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Betão armado: 27cm
3-Argamassa e reboco tradicional: 2 cm
Espessura total: 31 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
U: 2.98 W/(m2.0C)
Figura 12 - Elemento estrutural Pilar/Viga
À semelhança dos pilares, o elemento estrutural viga apresenta na sua constituição betão
armado, revestido a argamassa e reboco tradicional. A espessura da viga e dos pilares são
semelhantes, revelando um acabamento sem desníveis na interseção pilar/viga.
Mestrado em engenharia civil
42
4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO
4.2.2. Paredes exteriores
O tipo de construção da envolvente exterior opaca é comum a todos os blocos envolvidos na
Cooperativa de Habitação económica “Capitães de Abril”.
No que se refere a paredes exterior, são apresentados dois tipos de paredes, a fachada
revestida com argamassa e reboco tradicional, de dois panos de alvenaria, com caixa-de-ar
não ventilada, compostas pelos elementos apresentados na Figura 13 e a parede divisória/
resguardo de varanda de um pano, revestida a argamassa e reboco tradicional, com os
elemento explícitos na Figura 14.
As paredes exteriores apenas não cumprem o ponto 5 do Artigo 740- Exigências gerais, secção
II – Paredes da Proposta de alteração do REGEU em que “as paredes exteriores devem
apresentar, em superfície corrente ou em zonas localizadas, suficiente isolamento térmico que
evite pelo menos a ocorrência de condensações superficiais no seu paramento interior, que
resulte a sua degradação ou a criação de condições deficientes de qualidade do ar interior…”
Parede dupla
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Espessura total: 31 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
Figura 13 - Parede de Fachada para revestir
U: 1.09 W/(m2.0C)
Mestrado em engenharia civil
43
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Parede simples
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
3-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Espessura total: 15 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
U: 2.12 W/(m2.0C)
Figura 14 - Parede divisória/ resguardo de
Varanda
4.2.3. Paredes interiores
As paredes interiores estão repartidas em, paredes divisórias de compartimentos, paredes
divisórias de frações, paredes divisórias de fração com escadas/circulação comum e paredes
meeiras. As quatro funcionalidades de paredes interiores são abordadas de formas distintas, na
avaliação térmica da fração.
Parede simples
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm
3-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Espessura total: 11 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
U: 2.22 W/(m2.0C)
Figura 15 - Parede divisória de
compartimentos
Mestrado em engenharia civil
44
4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO
As paredes divisórias de compartimentos tal como o nome indica, possuem a funcionalidade
de dividir diferentes compartimentos da fração, pelo que não influenciam na avaliação térmica
e não têm que satisfazer requisitos térmicos. A sua construção pode ser a mais simples
possível como é o caso parede simples, revestida a argamassa e reboco tradicional, destacada
na Figura 15.
As paredes divisórias de frações do mesmo Bloco, fazem a separação das frações nos
compartimentos de cozinha e lavandaria à exceção dos blocos 8, 22 e 27, que se desenvolvem
em pano duplo, revestido a argamassa e reboco tradicional, com caixa-de-ar não ventilada,
pormenorizada na Figura 16.
Parede dupla
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm
3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
4- Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm
5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Espessura total: 23 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
Figura 16 - Parede divisória de frações
U: 1.26 W/(m2.0C)
A Parede divisória da fração com escadas/circulação comum, segue o desenvolvimento da
parede de fachada, progredindo com pano duplo, revestido com argamassa e reboco
tradicional, diferenciado na Figura 17.
A parede que divide frações de blocos distintos, de cognome parede meeira tem a mesma
constituição da parede de facha, identificada pelo pano duplo, revestido a argamassa e reboco
tradicional, com caixa-de-ar não ventilada. Na Figura 18 é detalhada a constituição e
características da parede meeira.
Mestrado em engenharia civil
45
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Parede dupla
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Espessura total: 31 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
Figura 17 - Parede divisória de frações com
U: 0.99 W/(m2.0C)
escadas/circulação comum
Parede dupla
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Espessura total: 31 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
Figura 18 - Parede meeira
U: 0.99 W/(m2.0C)
Mestrado em engenharia civil
46
4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO
Figura 19 - Vista 3D Cypeterm Bloco 1,2,3,4 e 5
A Figura 19 dá a entender a distribuição das paredes interiores, representadas a cor cinza e
paredes exteriores, a cor castanha.
4.2.4. Lajes
Nos edifícios da C.H.E “Capitães de abril”, entre pisos, estão aplicadas lajes aligeiradas de
betão armado, horizontal, altura 25cm (21+4), realizado em betão, sobre cofragem parcial,
vigota pré-esforçada de secção em "T" invertido, abobadilha de betão, 40x21x20 cm, malha
eletrosoldada em camada de compressão, com comportamento térmico indicado na Figura 20.
Laje aligeirada
1- Laje aligeirada 21+4 cm (abobadilha de betão):
25cm
Figura 20 - Laje entre piso
Espessura total: 25 cm
A laje térrea é construída em betão armado, para suportar as cargas totais do bloco. Na Figura
21 é detalhada a informação relativa ao elemento construtivo.
Mestrado em engenharia civil
47
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Laje de fundação
1-Betão armado: 20cm
Espessura total: 20 cm
Figura 21 - Laje de fundação
A laje de cobertura tem como base, uma laje aligeirada com uma constituição semelhante à
laje entre pisos. Na laje de cobertura prevalece ainda um elemento impermeável à água, sendo
aplicado neste caso uma camada de asfalto puro, mencionado na Figura 22.
Laje aligeirada
1-Asfalto Puro: 1cm
2-Laje aligeirada 21+4 cm (abobadilha de betão):
25cm
Espessura total: 26 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
Figura 22 - Laje de Cobertura plana acessível
U arrefecimento: 2.42 W/(m2.0C)
U aquecimento: 2.90 W/(m2.0C)
A laje de varanda ou mais específico, designada em estruturas de betão armado, laje em
consola, apresenta os momentos máximos positivos na ligação ao apoio ou laje adjacente,
deste modo como as lajes entre piso são dimensionadas para momentos negativos, tornou-se
necessário recorrer outro tipo de laje para colmatar a transição de momentos, selecionando o
projetista a laje esquematizada na Figura 23.
Laje maciça
1-Laje maciça 20 cm: 20cm
Espessura total: 20 cm
Figura 23 - Laje de varanda
Mestrado em engenharia civil
48
4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO
A disposição das lajes, é exemplificada através da vista 3D da Figura 24, dos blocos 6, 7 e 9,
onde é possível observar, a cor mais escura, a laje de cobertura e laje de varanda e, a cor mais
clara, as lajes entre pisos e a laje de fundação.
Figura 24 - Vista 3D Cypeterm Bloco 6,7 e 9
4.2.5. Envidraçados e caixilharias
Os vãos envidraçados, geralmente estão associadas às maiores perdas e ganhos de energia,
devido principalmente à elevada transmitância térmica do vidro.
Na construção da cooperativa de habitação económica “capitães de abril ” - Viana do Castelo,
está aplicado vidro simples de 4mm com um fator solar (FS) 0,88, com caixilharia de
alumínio, anodizado natural, formada por uma folha, com caixa de estore incorporada
(monobloco), estore de lâminas de PVC, percentagem de superfície opaca 30%, sem classe de
caixilharia, ângulo de sombreamento 450, considerando cortinas no inverno, fator solar da
caixilharia 0,05 correspondendo a um fator solar da janela de 0,63.
O coeficiente de transmissão térmica varia de 5,0W/(m2.0C) para janelas de WC com vidro
simples, janela giratória com dispositivo de oclusão noturna cortina opaca, 6,0W/(m2.0C) para
janelas que estabelecem ligação a escadas, circulação comum e garagens, vidro simples,
janela fixa e 5,2 W/(m2.0C) para as restantes janelas das frações, vidro simples, janela de
correr, com dispositivo de oclusão noturna e cortina opaca. Na Figura 25 confirma-se o uso de
cortinas opacas.
Mestrado em engenharia civil
49
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Figura 25 - Fachada Bloco 13
4.2.6. Compartimentos
A cozinha, a lavandaria, os corredores, os WCs, os quartos e a varanda, são os
compartimentos pertencentes a cada fração variando o número de quartos e de WCs consoante
a tipologia da fração.
O revestimento de teto emboço de gesso aplicado diretamente na laje, é compatível com todos
os compartimentos das frações em estudo
O revestimento característico das paredes, reboco liso com acabamento lavado de argamassa
de cal, é aplicado a todos os compartimentos das frações, à exceção dos compartimentos mais
suscitáveis a cargas de vapor e condensações, como é o caso dos WCs e cozinhas, preferindo
assim ladrilhamento com ladrilhos cerâmicos, colados com cimento cola normal.
O revestimento de pavimento à semelhança do revestimento das paredes difere para os
compartimentos cozinha e WCs. Para os compartimentos cozinha e WCs o revestimento de
pavimento, apresenta maior resistência e impermeabilidade. Com a presença de gorduras nos
compartimentos cozinha, é importante que a superfície do pavimento seja antiaderente para
facilitar a lavagem. Nos restantes compartimentos, o revestimento soalho de tábuas de
madeira maciça, colocado sobre ripas de madeira, fixas mecanicamente ao suporte, delineado
na Figura 26, assume uma estética mais agradável, assim como evidencia melhores condições
térmicas e acústicas.
Mestrado em engenharia civil
50
4.CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL CONSTRUIDO
A altura entre a primeira camada do pavimento e a segunda camada do revestimento teto, é
designada como pé direito. A secção I – Disposições gerais, Artigo 220 – Pé direito, ponto 1
da Proposta de alteração do REGEU, menciona que “nos espaços destinados a habitação, o
pé-direito mínimo é de 2,60 m, dimensão de pode baixar até 2,30m nos vestíbulos, corredores,
instalações sanitárias e arrumos. O pé direito médio ponderado dos compartimentos, assume o
valor de 2.69m, este valor está 9cm acima da proposta de alteração do REGEU. Como o
volume das frações pode ser reduzido, a energia para manter a fração dentro das temperaturas
de conforto será minimizada.
Camadas
1 - Soalho de tábuas de madeira maciça:1.8 cm
2 - Base de gravilha de britagem:2 cm
3 - Laje aligeirada 21+4 cm:25 cm
4 - Emboço de gesso:1.5 cm
5 - Pintura plástica: ---
Figura 26 - Laje entre pisos evidenciando o
revestimento de pavimento, soalho de tabuas
Espessura total: 30.3 cm
de madeira maciça.
Comportamento Térmico (RCCTE)
U arrefecimento: 1.65 W/(m²·°C)
U aquecimento: 1.34 W/(m²·°C
4.2.7. Dados dos sistemas
Num edifício com cerca de 30 anos, sem qualquer tipo de reabilitação, não é comum a
presença de sistemas de aquecimento nem de arrefecimento, pelo que, o RCCTE, recomenda
o uso de resistência elétrica para aquecimento e máquina frigorifica (ciclo de compressão)
para arrefecimento, como valores de referência, quando não haja informação ou não esteja
instalado nenhum sistema de aquecimento e/ou arrefecimento. A ventilação das frações é
efetuada naturalmente, não havendo controlo dos caudais insuflados e extraídos, as
Mestrado em engenharia civil
51
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
caixilharias não se apresentam classificadas, prevendo grandes perdas devido à ventilação
natural.
Para preparação da água quente sanitária das frações, recorre-se a um esquentador a gás com
uma eficiência nominal de 0.5. As frações não apresentam qualquer sistema solar ou outro
sistema de energia renovável, para produção de água quente sanitária.
4.2.8. Nomenclatura das frações
A nomenclatura das frações autónomas está dividida em piso, lado e bloco. O piso é definido
como rés-do-chão r/c, 1º, 2º e 3º, o lado está discriminado entre esquerdo, esq, direito, drt,
conforme a localização tendo como referencia a porta de acesso às escadas de circulação
comum e os blocos divididos em 1,2,…26.
No bloco 27 por andar existem quatro frações autónomas. A nomenclatura é dividida em piso,
lado, posição e bloco. O piso é definido como 1º,2º,3º,4º,..10º, o lado tal como os restantes
blocos está discriminado em direito, drt, ou esquerdo, esq, a posição é dividida entre frente,
Frt, e trás, Tr, o bloco assume o número 27. A posição e o lado têm como referência a porta
de acesso às escadas de circulação comum. Com a localização de frente para a porta de
acesso, o lado esquerdo corresponde ao lado esquerdo da porta e o direito ao lado direito da
porta, a frente às frações autónomas mais próximas da porta e trás às frações posteriores às de
frente.
Mestrado em engenharia civil
52
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE
ABRIL”
As variáveis traduzidas no capitulo 4, para cálculo das necessidades energéticas, são
invocações para este capítulo com o objetivo de classificar energeticamente os edifícios
existentes.
Neste capítulo, tendo em conta as soluções construtivas de fraco desempenho energético, são
propostas medidas de reabilitação para diminuir as necessidades energéticas.
As propostas de melhoria dividem-se em medidas de reabilitação da envolvente exterior e
medidas de reabilitação de sistemas/equipamentos.
As medidas de reabilitação numa primeira fase são aplicadas ao edifício tipo 2 Bloco 6, na
medida em que apresenta as características térmicas mais desfavoráveis do tipo de edifício
com mais incidência, na cooperativa.
As soluções de intervenção são posteriormente aplicadas aos restantes edifícios, para
investigação dos aspetos prioritários de intervenção, assimilação do impacto da reabilitação
na globalidade dos edifícios da cooperativa e de que modo é possível alcançar a meta de
edifícios com necessidades quase nulas de energia, contribuindo assim para edifícios
sustentáveis.
Finalizando o do capítulo, é confrontada a sustentabilidade dos edifícios existentes, com a
sustentabilidade da proposta de reabilitação total dos edifícios.
5.1. Avaliação Térmica do Edifícios Tipo 1 (Blocos 1,2,3,4 e 5)
5.1.1. Necessidade nominais de energia útil para de aquecimento do
Edifício tipo 1
Como as soluções construtivas não são dotadas de qualquer tipo de isolamento térmico, é de
esperar grandes trocas de energia entre o interior e o exterior, pelo que se traduz na Figura 27
numa grande discrepância entre as necessidades nominais de aquecimento (Nic) das frações
autónomas existentes e o valor máximo regulamentar (Ni) estabelecido para edifícios novos.
Mestrado em engenharia civil
53
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Necessidade de aquecimento
kWh/m².ano
250
200
150
100
50
Nic
0
Ni
Figura 27 - Necessidade de aquecimento nos Blocos 1,2,3,4 e 5
A diferença percentual entre o valor máximo regulamentar (Ni) instituído para edifícios novos
e o valor das necessidades nominais de aquecimento (Nic) das frações autónomas existentes, é
mais acentuada nas frações autónomas do último piso, chegando no apartamento 3º esq B5
aos 135.6%, resultante do aumento das perdas pela envolvente exterior, nomeadamente pelo
acréscimos de perdas pela cobertura exterior, caso não aplicável às frações autónomas de 1º e
2º piso, sendo a maior diferença percentual, 63,9%, nos apartamentos 1º e 2º esq do Bloco 5.
No piso rés-do-chão, em comparação aos pisos 1º e 2º as perdas térmicas associadas à
envolvente interior, agravam devido à presença de pavimentos sobre espaços não úteis, de
modo que, a diferença percentual entre o valor máximo regulamentar (Ni) e o valor das
necessidades nominais de aquecimentos (Nic), ascenda para os 90% no apartamento r/c esq
B5.
Tabela 4 - Comparação das necessidades médias nominais de energia útil de aquecimento,
para os diferentes pisos
Média de Nic (kWh/m2.ano)
%
Apartamentos de r/c
152.084
37.43
Apartamentos 1º e 2º pisos
110.663
Referência
Apartamentos 3º piso
208.12
88.07
Entre os diferentes pisos há grandes discrepâncias nas necessidades nominais de energia útil
de aquecimento. A Tabela 4 estabelece a comparação das necessidades médias nominais de
energia útil de aquecimento dos Blocos 1,2,3,4 e 5, para os diferentes pisos. Assumindo como
referência os apartamentos dos pisos intermédios, os apartamentos de último piso apresentam
uma diferença percentual nas necessidades de aquecimento de 88,07%. Nos apartamentos de
rés-do-chão, a diferença percentual não é tão elevada, mas ainda assim a diferença chega aos
Mestrado em engenharia civil
54
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
37,43%. Estas diferenças estão associadas ao aumento das perdas pela envolvente exterior no
caso dos apartamentos de último piso e ao aumento das perdas pela envolvente interior nos
apartamentos de rés-do-chão.
Com o intuito de perceber, onde se dissipa a energia de aquecimento as Figura 28, Figura 29 e
Figura 30, estabelecem as médias por piso dos blocos 1,2,3,4 e 5, das perdas pela envolvente
exterior, das perdas pela envolvente interior, das perdas pelos vãos envidraçados e das perdas
pela renovação de ar.
Nos pisos intermédios as maiores perdas resultam das trocas de energia, do interior com o
exterior, pela envolvente exterior.
Os vãos envidraçados, de vidro simples com caixilharia de alumínio, ostentam um elevado
coeficiente de transmissão térmica, o que traduz em elevadas perdas, na ordem dos
74,09W/0C, para os diferentes pisos.
Perdas térmicas pisos intermédios
Perdas térmicas (W/⁰C)
103.42
74.09
76.15
Vãos envidraçados
Renovação de ar
12.52
Envolvente exterior
Envolvente interior
Figura 28 - Perdas térmicas médias nos pisos intermédios dos blocos 1,2,3,4 e 5
A renovação do ar é feita naturalmente por diferenças de pressão entre o interior e o exterior.
A renovação de ar, resultado da classe de exposição 2, das caixilharias não classificadas, das
portas exteriores não vedadas, da área dos envidraçados, superior a 15% da área útil de
pavimento, da inexistência, de aberturas não reguladas e caixa de estores, exibe uma taxa de
renovação de ar nominal de 1,05, quando o limite mínimo, para boa qualidade do ar interior, é
de 0,6.
O excesso da taxa nominal de renovações de ar leva ao aumento das perdas. A troca de ar do
interior com o exterior, reduz a temperatura interior da fração autónoma, sendo necessário
mais energia para manter a fração autónoma à temperatura de referência de 200C, por este
motivo são utilizados recuperadores de calor.
Mestrado em engenharia civil
55
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Perdas térmicas r/c
Perdas térmicas (W/⁰C)
104.04
Envolvente exterior
89.42
Envolvente interior
74.09
76.15
Vãos envidraçados
Renovação de ar
Figura 29 - Perdas térmicas médias no rés-do-chão dos blocos 1,2,3,4 e 5
As perdas térmicas pela envolvente interior, para os apartamentos de rés-do-chão, aumentam
em 614,39%, quando comparadas às perdas pela envolvente interior das frações de pisos
intermédios.
Perdas térmicas último piso
Perdas térmicas (W/⁰C)
285.74
74.09
76.16
Vãos envidraçados
Renovação de ar
12.52
Envolvente exterior
Envolvente interior
Figura 30 - Perdas térmicas médias no último piso dos blocos 1,2,3,4 e 5
Comparativamente ao piso intermédios, nos apartamentos do último piso as perdas pela
envolvente exterior, representadas na Figura 30, aumentam 174%, consequência da
introdução de perdas pela cobertura exterior.
5.1.2. Necessidade nominais de energia útil para arrefecimento
Ao contrário das necessidades nominais de aquecimento (Nic) as necessidades nominais de
energia útil para arrefecimento (Nvc) das frações autónomas existentes, apresentadas na
Figura 31, estão muito longe de atingir as necessidades nominais de arrefecimento máximas
regulamentares (Nv) estabelecidas para edifícios novos.
No cálculo das necessidades nominais de energia útil de arrefecimento, torna-se importante
reduzir os ganhos solares pelos envidraçados exteriores e se possível minimizar os ganhos
pela envolvente opaca, já que os ganhos internos assumem um valor constante.
Mestrado em engenharia civil
56
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Analisando a (Equação 15) e a (Equação 16), minimizando os ganhos e aumentando as
perdas o valor, das necessidades nominais de energia útil para arrefecimento, baixa.
Dada a discrepância entre os valores das necessidades nominais de energia útil de
aquecimento (Nic) e de arrefecimento (Nvc) o aumento das perdas não corresponderá à
diminuição das necessidades globais de energia primária (Ntc).
kWh/m².ano
Necessidade de arrefecimento
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Nvc
Nv
Figura 31 - Necessidades de arrefecimento nos Blocos 1,2,3,4 e 5
Os ganhos na estação de arrefecimentos, da Figura 32 e da Figura 33, para o piso de rés-dochão e para os pisos intermédios variam ligeiramente, resultado da mínima variação nos
ganhos solares pelos envidraçados exteriores.
Ganhos na estação de arrefecimento r/c
Ganhos na estação de arrefecimento (kWh)
2069.35
923.9
652.2
Ganhos solares pelos
envidraçados exteriores
493.25
Ganhos solares pela
envolvente opaca
Ganhos internos
Ganhos térmicos totais
Figura 32 - Ganhos médios na estação de arrefecimento no rés-do-chão do bloco 1
Mestrado em engenharia civil
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Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Ganhos na estação de arrefecimento 1º e 2º pisos
Ganhos na estação de arrefecimento (kWh)
2072.35
923.9
655.2
Ganhos solares pelos
envidraçados exteriores
493.25
Ganhos solares pela
envolvente opaca
Ganhos internos
Ganhos térmicos totais
Figura 33 - Ganhos médios na estação de arrefecimento nos pisos intermédios do bloco 1
Os ganhos internos chegam aos 44,64% dos ganhos totais na estação de arrefecimento para os
apartamentos de rés-do-chão e de pisos intermédios.
Na Figura 34, relativa aos apartamentos de último piso, pelo aumento da envolvente exterior,
é possível notar uma grande disparidade nos ganhos solares pela envolvente opaca em
comparação com os apartamentos de pisos inferiores.
Para manter os apartamentos de último piso à temperatura de referência de 250C, nos meses
de arrefecimento, junho, julho, agosto e setembro, é necessário abdicar de mais energia do
que nos apartamentos de piso inferior.
Ganhos na estação de arrefecimento último piso
Ganhos na estação de arrefecimento (kWh)
4745.17
3166.07
923.9
655.2
Ganhos solares pelos
envidraçados exteriores
Ganhos solares pela
envolvente opaca
Ganhos internos
Ganhos térmicos totais
Figura 34 - Ganhos médios na estação de arrefecimento no último piso do bloco 1
Mestrado em engenharia civil
58
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
5.1.3. Necessidade nominais de energia útil para preparação de águas
quentes sanitárias
Para o cálculo das necessidades de preparação de águas quentes sanitárias, assume-se como
equipamento, um esquentador a gás com um rendimento nominal de referência de 50%.
Não há qualquer tipo de contribuição de sistemas solares (Esolar) ou qualquer outro tipo de
sistema de energias renováveis (Eren), para preparação de água quentes sanitárias. O consumo
médio diário de água quente é estabelecido em 40 litros a 600C por dia por pessoa nominal,
T0=2 e Tn=n+1 pessoas. Como as frações são destinadas a residências, o equipamento,
esquentador a gás, é utilizado na totalidade dos dias (365 dias/ano).
As necessidades nominais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias (Nac)
das frações existentes, consignadas na Figura 35, estão acima dos valores máximos
regulamentares (Na) estabelecidos para edifícios novos, com uma diferença percentual média
de 29,22%.
kWh/m².ano
Necessidade de energia para preparação de AQS
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Nac
Na
Figura 35 - Necessidade de energia para preparação de AQS nos blocos 1, 2, 3, 4 e 5.
5.1.4. Necessidades globais de energia
Os edifícios não são providos de qualquer tipo de sistemas de aquecimento e arrefecimento.
Para o cálculo das necessidades globais de energia primária, são utilizados sistemas de
referência, resistência elétrica para aquecimento, com uma eficiência nominal (EER) 100% e
máquina frigorífica (ciclo de compressão) com eficiência nominal (COP) 300%. O Fator de
conversão de energia útil (kWh) em energia primária (kgep), dos sistemas de aquecimento e
arrefecimento, assume o valor de 0,290.
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59
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
kgep/m².ano
Necessidade globais de energia
14
12
10
8
6
4
2
0
Ntc
Nt
Figura 36 - Necessidades globais de energia primária Blocos 1,2,3,4 e 5
As necessidades globais de energia primária (Ntc) das frações autónomas existentes,
transpõem os valores máximos regulamentares (Nt) estabelecidos para edifícios novos,
apresentados na Figura 36.
Através da média dos valores das necessidades globais de energia primária para os diferentes
pisos, a diferença percentual entre o valor das necessidades globais de energia primária das
frações autónomas existentes e o valor máximo regulamentar estabelecidos para edifícios
novos, alcança os 40,88% para os apartamentos do últimos piso, a partir dai as diferenças
percentuais decrescem para 23,43% nos aparamentos de rés-do-chão e 11.00% para os
apartamentos de piso intermédio.
A Tabela 5 estabelece comparações entre das necessidades globais de energia primária para os
diferentes pisos, assumindo como referência os pisos intermédios. As necessidades globais de
energia primária aumentam 28,90% nos apartamentos de último piso e 12,16% nos
apartamentos de rés-do-chão
Tabela 5 - Comparação das necessidades médias globais de energia primária
Média de Ntc (kgep/m2.ano)
%
Apartamentos de r/c
11.072
12.16
Apartamentos intermédios
9.872
Referência
Apartamentos de último piso
12.725
28.90
Apesar das diferenças percentuais das necessidades globais de energia, a classe energética é
igual para todos os apartamentos dos Blocos 1, 2, 3, 4 e 5. Do ponto de vista comercial tornase favorável classificar os edifícios de último piso e de rés-do-chão de igual modo que os
pisos intermédios. O intervalo de valores da classe C é abrangido entre R=1,00 e R=1,50, não
sendo dividida a classe C em C+ e C –, dá a entender que as frações autónomas apresentam as
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60
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
mesmas necessidade globais de energia primária, já nas classes antecessoras, B e A mesmo
não acontece.
5.2. Soluções de reabilitação - Envolvente das frações autónomas
As trocas de energia do interior com o exterior são o fator principal para o aumento das
necessidades globais de energia primária.
A enorme diferença nas necessidades de energia útil, para aquecimento e para arrefecimento,
implica uma reabilitação da envolvente com o intuito de minimizar as perdas pela envolvente
exterior, envolvente interior e pelos envidraçados.
A reabilitação da envolvente exterior e interior, terá de incidir em soluções que minorem o
coeficiente de transmissão térmica e o coeficiente de transmissão térmica linear, respeitando
os valores máximos regulamentares.
Para colmatar a disparidades, nas necessidades nominais de energia útil para aquecimento,
nos pisos de rés-do-chão, torna-se importante reabilitar o pavimento em contacto com espaços
não úteis, solucionando opções que reduzam o coeficiente de transmissão térmica.
Os vãos envidraçados influenciam as perdas pela renovação de ar consoante a classificação da
caixilharia, a existência de caixa de estores, a área dos envidraçados em relação à área útil de
pavimento. A reabilitação terá de ter em conta os fatores que influenciam as perdas pela
renovação de ar e as perdas térmicas pelos vãos envidraçados.
O aumento da classificação das caixilharias, a diminuição da área dos envidraçados para uma
área inferior a 15% da área útil de pavimento, a vedação das portas, a inclusão de vidro duplo
com emissividade, fator solar e respetivo coeficiente de transmissão térmica reduzidos, serão
fatores conjugados para diminuir as perdas pela renovação de ar e pelos vãos envidraçados.
5.2.1. Solução de reabilitação - Paredes de fachada
Na reabilitação das paredes de fachada são estudadas quatro soluções, duas soluções de
reabilitação com isolamento pelo interior e duas soluções de isolamento pelo exterior, com o
mesmo tipo de isolamento térmico e espessura à exceção da quarta solução que exige um
isolamento com melhores propriedades mecânicas.
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61
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
O isolamento térmico, lã mineral é aplicado com o intuito de diminuir o impacte ambiental
das soluções, quando comparado com outros tipos de isolamento.
A primeira solução, fachada para revestir com argamassa e reboco tradicional, de alvenaria,
com revestimento interior autoportante, esquematizada na Figura 37, tem como principais
vantagens, o coeficiente de transmissão térmica reduzido, acabamento perfeito, a facilidade e
rapidez de aplicação e a possibilidade de aparecimento de manchas de humidade nula,
derivado da separação de 1,8 cm entre a argamassa e reboco tradicional e o isolamento
térmico. A principal desvantagem está aliada à redução da área útil de pavimento, que trará
como inferência a diminuição do valor comercial do apartamento.
Parede dupla
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado ( 11 cm): 11cm
3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
6-separação:1.8cm
7-Painel de Lã: 4cm
8- Placa de gesso laminado:1.25 cm
Espessura total: 38 cm
Figura 37 - Fachada para revestir com argamassa
e reboco tradicional, de alvenaria, com
Comportamento Térmico (RCCTE)
U: 0.48 W/(m2.0C)
revestimento interior autoportante
A segunda solução, fachada para revestir com argamassa e reboco tradicional, de alvenaria,
com revestimento interior direto, com os elementos construtivos detalhados na Figura 38,
difere da primeira solução na separação entre a argamassa e reboco tradicional do isolamento
térmico. A ausência de separação diminui a espessura da parede em 2cm.
Dentro das duas soluções de reabilitação da fachada pelo interior a diferença entre o
coeficiente de transmissão térmica é 2% desfavorável na segunda solução.
Mestrado em engenharia civil
62
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
A reabilitação pelo interior implica a desocupação das frações autónomas para aplicação dos
materiais, causando transtorno às famílias e a correção das pontes térmicas lineares é de difícil
execução.
Parede dupla
1-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
2-Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
3-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
4- Tijolo cerâmico furado (11 cm): 11cm
5-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
6-Painel de lã: 4cm
7-Placa de gesso laminado: 1cm
Espessura total: 36 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
Figura 38 - Fachada para revestir com argamassa
U: 0.49 W/(m2.0C)
e reboco tradicional, de alvenaria, com
revestimento interior direto
A terceira solução fachada ventilada, com os elementos construtivos citados na Figura 39, é
um método de acabamento exterior mediante a suspensão de placas ou elementos leves que
permitem a disposição de uma caixa-de-ar ventilada entre o isolamento e o elemento de
acabamento exterior.
Pela facilidade de instalação é adequado para reabilitação de edifícios, melhorando o aspeto
da fachada e o isolamento sem necessidade de diminuir a área útil de pavimento.
O sistema construtivo, com isolamento térmico exterior e caixa-de-ar ventilada, tem como
vantagens, a melhoraria do comportamento térmico da fachada ao reduzir as pontes térmicas,
evitar o sobreaquecimento ao atuar a ventilação como sistema de refrigeração, evitar o risco
de formação de condensações ao manter todo o acabamento a temperaturas superiores às do
orvalho, consequentemente que o edifício transpire evacuando o possível vapor de água,
melhoria da durabilidade do edifício ao reduzir a sua oscilação térmica.
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63
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
A aplicação do sistema de fachada ventilada ao contrário da primeira e segunda solução, não
implica a desocupação das frações.
Parede dupla
1-Revestimento de pacas de grés: 0.82cm
2-Caixa de ar fortemente ventilada:5cm
3-Lã mineral: 4cm
4-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
5-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm
6-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
7- Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm
8-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Espessura total: 40.8 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
Figura 39 - Fachada ventilada
U: 0.46 W/(m2.0C)
A quarta solução, fachada de dois panos com isolamento pelo exterior (sistema ETICS), com
os elementos construtivos destacados na Figura 40, é composta por uma série de elementos
selecionados para que após a sua instalação proporcionem uma perfeita conjunção de
camadas, desde o suporte até ao acabamento.
Como vantagens do sistema há a referir o isolamento térmico contínuo e eficaz com
espessuras de parede reduzidas, inclui o revestimento exterior, permite ótimos níveis de
isolamento térmico dos paramentos dos edifícios, protege o edifício das intempéries,
fissurações, condensações, infiltrações, variações térmicas, maximiza a inércia térmica do
edifício proporcionando um melhor conforto térmico e a aplicação não interfere com o
interior do edifício.
O sistema é impermeável à água em estado líquido, mas permite a passagem de vapor de
água, facilitando a saída da humidade acumulada no interior.
O sistema ETICS pode ser aplicado em qualquer construção, nova ou existente.
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64
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Parede dupla
1-argamassa decorativa: 0.26cm
2- Argamassa de base: 0.4cm
3-Argamassa de base:0.4cm
4-Painel rígido de poliestireno expandido:4cm
5-Argamassa base: 0.4cm
6-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
7-Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm
8-Caixa de ar não ventilada: 5 cm
9- Tijolo cerâmico furado (7 cm): 7cm
10-Argamasssa e reboco tradicional: 2cm
Figura 40 - Fachada de dois panos com
Espessura total: 36.5 cm
isolamento pelo exterior, sistema ETICS
Comportamento Térmico (RCCTE)
U: 0.52 W/(m2.0C)
No cálculo do coeficiente de transmissão térmica linear é necessário ter em conta a
localização do isolamento térmico.
Com a consulta das diferentes tabelas de atribuição do coeficiente de transmissão térmica
linear, para as diferentes situações de pontes térmicas lineares (RCCTE Tabela IV 3) é
possível fazer uma comparação para os dois tipos de posicionamento do isolamento,
isolamento pelo interior e exterior.
Com os valores dos coeficientes de transmissão térmica linear, apresentados na Tabela 6,
comprova-se que o isolamento pelo exterior traz mais vantagens do que o isolamento pelo
interior.
A solução a ser adotada na reabilitação, associada ao seu coeficiente de transmissão térmica
baixo, coeficiente de absorção (α) nulo, coeficientes de transmissão térmica linear
minimalistas, entre outro fatores que não entram no cálculo das necessidades de energia, é a
terceira solução, fachada ventilada.
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Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Tabela 6 - Coeficiente de transmissão térmica linear, ψ, para isolamento pelo interior e
isolamento pelo exterior
Isolamento pelo interior ψ-
Isolamento pelo exterior ψ-
W/m.ºC
W/m.ºC
Não aplicável
Não aplicável
0.75
0.50
0.70
0.20
0.85
0.50
E)Ligação de fachada com varanda
0.80
0.80
F)Ligação entre duas paredes verticais
0.25
0.15
G)Ligação de fachada com caixa de estores
0.00
0.00
H)Ligação de fachada/padieira ombreira ou
0.00
0.00
A)Ligação de fachada com pavimentos
térreos
B)Ligação de fachada com pavimentos sobre
locais não aquecidos
C)Ligação de fachada com pavimentos
intermédios
D)Ligação de fachada com cobertura
inclinada ou terraço
peitoril
A solução fachada ventilada com isolamento térmico lã de rocha com 4cm de espessura é
estudada para os edifícios Tipo 2 e posteriormente aplicada aos restantes edifícios.
5.2.1.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2
Bloco 6 - Fachada ventilada
A avaliação energética das soluções de melhoria, é estudada para o tipo de edifícios com mais
incidência na cooperativa de habitação económica “Capitães de Abril”.
O pré estudo das soluções de intervenção no edifício tipo 2 bloco 6, trará conclusões
premeditadas, que poderão ser empregues nos restantes edifícios.
Com a redução do coeficiente de transmissão térmica, em particular pela introdução de 4cm
de lã mineral, e pela redução dos valores do coeficiente de transmissão térmica linear,
sinónimo do isolamento pelo exterior, as necessidades nominais de energia útil para
aquecimento, reduzem 27,52% nas frações autónomas de pisos intermédios, 17,86% nas
frações de rés-do-chão e 11,45% nas frações de último piso. Os valores das necessidades
nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 41.
Mestrado em engenharia civil
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5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Necessidades de aquecimento
Nic (kWh/m².ano)
Melhoria %
207.22
142.14
183.49
148.90
116.75
123.60
97.34
70.55
27.52
17.86
Média
referência r/c
Média r/c
isolamento
4cm
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
isolamento
4cm
11.45
Média
referência
último piso
Média último Média total de
piso
referência
isolamento
4cm
18.94
Média total
isolamento
4cm
Figura 41 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de
reabilitação das fachadas
As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da
proposta de reabilitação indicados na Figura 42, dependem dos ganhos totais brutos, do fator
de utilização dos ganhos solares e da área útil do pavimento. Como as propostas de
reabilitação não interferem no interior das paredes dos apartamentos, a área útil de pavimento
é constante na solução base e nas propostas de reabilitação. As variáveis que influenciam a
alteração das necessidades de arrefecimentos são nomeadamente, os ganhos brutos e o fator
de utilização dos ganhos. Como a radiação solar não incide diretamente no primeiro pano da
fachada, pela imposição da fachada ventilada, os ganhos pela envolvente opaca são nulos na
proposta de melhoria.
O rácio entre ganhos térmicos totais e perdas térmicas totais influenciam na obtenção do fator
de utilização dos ganhos solares. Quanto maior for o rácio, menores são as necessidades de
energia para arrefecimento. A proposta de melhoria não só reduz os ganhos térmicos como
também reduz as perdas.
As necessidades de energia para arrefecimento decaíram 23,65% nos apartamentos de rés-do
chão e de pisos intermédios. Nos apartamentos de último piso, as perdas são maiores
resultando no rácio entre ganhos e perdas superior ao dos restantes pisos. A melhoria das
necessidades de arrefecimento do último piso é de 2,85%.
Mestrado em engenharia civil
67
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Necessidades de arrefecimento
Nvc (kWh/m².ano)
23.65
23.65
Melhoria %
16.72
4.38
0.74
0.74
0.57
4.26
0.57
Média
Média r/c
Média
Média pisos
referência r/c isolamento 4cm referência pisos intermédios
intermédios isolamento 4cm
Média
referência
último piso
2.85
1.95
1.80
Média último Média total de Média total
piso isolamento referência isolamento 4cm
4cm
Figura 42 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de
reabilitação das fachadas
A reabilitação da fachada não provoca alterações na área útil de pavimento nem na eficiência
nominal do sistema de preparação de AQS. As necessidades de energia útil para preparação
de AQS, são iguais para a solução base e para a proposta de reabilitação.
As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para
arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas
necessidades de arrefecimento e de aquecimento, beneficiam as necessidades globais de
energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 8,65% nos
apartamentos de pisos intermédios, 7,16% nos apartamentos de rés-do-chão e 5,55% nos
apartamentos de último piso. Na Figura 43 são comparados os valores das necessidades
globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas
melhorias.
Necessidades Globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
Melhoria %
12.17
10.26
9.52
8.96
8.19
7.16
11.50
10.46
8.65
5.55
Média
referência r/c
Média r/c
isolamento
4cm
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
isolamento
4cm
Média
referência
último piso
Média último Média total de
piso
referência
isolamento
4cm
9.74
7.12
Média total
isolamento
4cm
Figura 43 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de
reabilitação das fachadas
Mestrado em engenharia civil
68
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 7.
Tabela 7 - Resumo da percentagem de melhoria – Fachada ventilada
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
Apartamentos r/c, fachada ventilada
17.86
23.65
0.00
7.16
Apartamentos pisos intermédios,
27.52
23.65
0.00
8.65
11.45
2.85
0.00
5.55
18.94
16.72
0.00
7.12
fachada ventilada
Apartamentos último piso, fachada
ventilada
Média
Com a introdução de fachada ventilada no edifício, a classe energética, destacada na Tabela 8,
apenas é alterada nas frações autónomas dos pisos intermédios, passando da classe C para a
classe B-. As frações autónomas de rés-do-chão e de último piso, apesar de se obter melhorias
significativas no consumo de energia, permanecem na mesma classe da solução base.
Tabela 8 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação das fachadas
Fração autónoma
Ntc
Nt
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
9.4
Apartamento r/c drtº B6
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
8.26
1.14
C
9.65
8.37
1.15
C
Apartamento 1º esqº B6
8.07
8.22
0.98
B-
Apartamento 1º drtº B6
8.30
8.30
1.00
B-
Apartamento 2º esqº B6
8.07
8.22
0.98
B-
Apartamento 2º drtº B6
8.30
8.30
1.00
B-
Apartamento 3º esqº B6
11.37
8.33
1.36
C
Apartamento 3º drtº B6
11.62
8.44
1.38
C
Mestrado em engenharia civil
69
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
5.2.2. Solução de reabilitação - Revestimento de teto
O Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes (CSOPT), submissão para a revisão do
RGEU, estabelece limites mínimos para altura do pé direito. A Portaria n.º 62/2003 de 16 de
Janeiro, Despacho n.º 5493/2003 de 27 de Fevereiro, Secção I – Disposições gerais, Artigo
22º – Pé-direito, número 1 declara que, “nos espaços destinados a habitação, o pé-direito
mínimo é de 2,60 m, dimensão que pode baixar até 2,30 m nos vestíbulos, corredores,
instalações sanitárias e arrumos”.
As perdas pela renovação de ar, apresentam um papel importante nas necessidades de
arrefecimento e de aquecimento. As renovações de ar variam mediante a altura do pé direito,
quanto mais alto o pé direito mais acentuadas serão as perdas associadas à renovação de ar.
A reabilitação do revestimento de teto, com os elementos construtivos detalhados na Figura
44, pretende reduzir a altura do pé direito médio ponderado de 2,69m para 2,60m. A aplicação
do isolamento, lã mineral, no revestimento de teto, irá beneficiar principalmente as perdas e
os ganhos solares da cobertura exterior.
Camadas
1-Caixa de ar:4cm
2-Lã mineral: 4cm
3-Teto falso contínuo de placas de escaiola:1.6cm
Espessura total: 9.6 cm
Figura 44 - Solução de reabilitação do
revestimento de teto
A introdução de teto falso estanque trará vantagens a nível estético, permanece inalterável ao
longo dos anos, mesmo nos locais mais húmidos e a nível de conforto, permite incorporar
todo o tipo de iluminação, ar condicionado e aquecimento central, evitando rasgos na parede
para introdução de qualquer tipo de tubagem ou cablagem.
A aplicação é rápida e limpa, sem desperdícios nem deslocação de móveis, causando o
mínimo transtorno aos ocupantes.
Mestrado em engenharia civil
70
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
5.2.2.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2
Bloco 6 - Revestimento de teto
Com a redução do pé direito para o valor mínimo recomendado de 2.6m, o volume das
frações diminui, traduzindo num decréscimo das renovações de ar por hora assim como a
diminuição da quantidade de energia para aquecimento e arrefecimento, nos apartamentos de
último piso a melhoria é mais significativa uma vez que a aplicação de teto falso com
isolamento térmico interfere no coeficiente de transmissão térmica da cobertura. As
necessidades nominais de energia útil para aquecimento, reduzem 40,73% nas frações
autónomas de ultimo piso, 21,43% nas frações de rés-do-chão e 2,61% nas frações de pisos
intermédios. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são
comparados na Figura 45.
Necessidades de aquecimento
Nic (kWh/m².ano)
Melhoria %
207.22
148.90
142.14
111.68
122.82
97.34
40.73
21.43
Média
referência r/c
Média r/c pé
direito 2.6m
109.76
94.79
2.61
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios Pé
direito 2.6m
Média
referência
último piso
Média último Media total
piso Pé direito referência
2.6m
21.59
Média total Pé
direito 2.6m
Figura 45 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de
reabilitação do revestimento de teto
As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da
proposta de reabilitação indicados na Figura 46, diminuíram consideravelmente nos
apartamentos de último piso, pela consequente diminuição do coeficiente de transmissão
térmica da cobertura, resultando no rácio entre ganhos e perdas inferior ao da solução base. A
melhoria das necessidades de arrefecimento do último piso é respetivamente 62,33%.
A proposta de reabilitação não interfere com os ganhos e perdas da solução base dos
apartamentos de rés-do-chão e apartamento de pisos intermédios.
Mestrado em engenharia civil
71
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Necessidades de arrefecimento
Nvc (kWh/m².ano)
Melhoria %
62.33
20.78
0.74
Média
referência r/c
0.74 0.00
Média r/c pé
direito 2.6m
0.74
0.74
Média
referência
pisos
intermédios
4.38
0.00
Média pisos
intermédios Pé
direito 2.6m
Média
referência
último piso
1.95
1.65
Média último Media total
piso Pé direito referência
2.6m
1.04
Média total Pé
direito 2.6m
Figura 46 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de
reabilitação do revestimento de teto
As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para
arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas
necessidades de arrefecimento e de aquecimento, beneficiam as necessidades globais de
energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 20,25% nos
apartamentos de ultimo piso, 8,63% nos apartamentos de rés-do-chão e 0,84% nos
apartamentos de pisos intermédios. Na Figura 47 são comparados os valores das necessidades
globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas
melhorias.
Necessidades Globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
Melhoria %
20.25
10.26
12.17
9.38
8.63
8.96
8.89
9.71
10.46
9.32 9.91
0.84
Média
referência r/c
Média r/c pé
direito 2.6m
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios Pé
direito 2.6m
Média
referência
último piso
Média último Media total
piso Pé direito referência
2.6m
Média total Pé
direito 2.6m
Figura 47 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de
reabilitação do revestimento de teto
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 9.
Mestrado em engenharia civil
72
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Tabela 9 - Resumo da percentagem de melhoria – Revestimento de teto
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de
de
de
de
melhoria
melhoria
melhoria
melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
Apartamentos r/c, pé direito 2.6m
21.43
0.00
0.00
8.63
Apartamentos intermédios, Pé direito
2.61
0.00
0.00
0.84
40.73
62.33
0.00
20.25
21.59
20.78
0.00
9.91
2.6m
Apartamento de último piso, Pé direito
2.6m
Média
Com a introdução de teto falso, a classe energética, destacada na Tabela 10, mantem-se igual
à da solução base, no entanto obtém-se melhorias significativas no consumo de energia das
frações de último piso.
Tabela 10 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação do revestimento de teto
Fração autónoma
Ntc
Nt
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
9.15
8.26
1.11
C
Apartamento r/c drtº B6
9.52
8.37
1.14
C
Apartamento 1º esqº B6
8.66
8.22
1.05
C
Apartamento 1º drtº B6
9.03
8.30
1.09
C
Apartamento 2º esqº B6
8.66
8.22
1.05
C
Apartamento 2º drtº B6
9.03
8.30
1.09
C
Apartamento 3º esqº B6
9.47
8.33
1.14
C
Apartamento 3º drtº B6
9.86
8.44
1.17
C
Mestrado em engenharia civil
73
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
5.2.3. Solução de reabilitação – Lajes de cobertura e pavimento do r/c
As maiores perdas pela envolvente estão associadas ao último piso e ao piso de rés-do-chão.
As perdas e ganhos solares pela envolvente do último piso são acentuadas pela presença de
cobertura exterior sem isolamento térmico, desta forma a reabilitação passa pela utilização da
solução ilustrada na Figura 48, que comporta uma cobertura acessível ventilada.
Camadas
1 - Pavimento com revestimento de mosaicos
cerâmicos de grés rústico:1 cm
2 - Argamassa de cimento:4 cm
3-Geotextil de poliéster:0.08cm
4-Impermeabilizaçao asfáltica:0.36cm
5-Camada de argamassa de cimento:3cm
6-Caixa de ar:10cm
7-Lã mineral: 8cm
8-Asfalto puro:1cm
Figura 48 - Solução de reabilitação da cobertura
exterior
9 - Laje aligeirada 21+4 cm (Abobadilha de betão
de inertes leves): 25 cm
Espessura total: 52.4 cm
Comportamento Térmico (RCCTE)
U arrefecimento: 0.41 W/(m²·°C)
U aquecimento: 0.43 W/(m²·°C)
A solução de cobertura ventilada reporta as mesmas vantagens da fachada ventilada estudada
anteriormente. Não só favorece a diminuição das perdas na estação de aquecimento, com a
diminuição do coeficiente de transmissão térmica (U), mas também elimina os ganhos pela
envolvente opaca na estação de arrefecimento, com o coeficiente de absorção (α) nulo.
O piso rés-do-chão está sobreposto ao compartimento garagem, caracterizado como espaço
não útil. As perdas elevadas pela envolvente interior, destacadas pela presença de pavimento
sobre espaço não útil, incrementam necessidades de energia acima da média dos pisos
intermédios.
Mestrado em engenharia civil
74
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
A reabilitação do pavimento sobre espaço não útil, terá de se debruçar numa solução que
minimize o coeficiente de transmissão térmica, fazendo cumprir os valores máximos
regulamentares.
Na Figura 49, é pormenorizada a proposta de reabilitação do pavimento sobre o espaço não
útil. O isolamento colocado do lado exterior do pavimento, aumenta a capacidade de
armazenamento e distribuição de calor, é de fácil aplicação, não compromete a desocupação
das frações autónomas de rés-do-chão e permite a passagem de tubagens e cablagens.
Camadas
1-Caixa de ar:1cm
2-Lã mineral: 4cm
3-Teto falso contínuo de placas de escaiola:1.6cm
Figura 49 - Solução de reabilitação do
pavimento sobre espaço não útil
Espessura total: 6.6 cm
5.2.3.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2
Bloco 6 - Reabilitação das lajes
A reabilitação das lajes, tem como objetivo diminuir o coeficiente de transmissão térmica da
cobertura e o coeficiente de transmissão térmica dos pavimentos em contacto com espaços
não úteis.
Necessidades de aquecimento
Nic (kWh/m².ano)
Melhoria %
207.22
142.14
148.90
115.23
97.34
Média r/c
reabilitação
lajes
109.43
44.15
18.93
Média
referência r/c
115.74
97.34
21.03
0.00
Média
referência pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
lajes
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
lajes
Media total
referência
Média total
reabilitação
lajes
Figura 50 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de
reabilitação das lajes
Mestrado em engenharia civil
75
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
A reabilitação terá unicamente influência nos apartamentos de rés-do-chão e nos apartamentos
de último piso. As necessidades nominais de energia útil para aquecimento reduzem 44,15%
nas frações autónomas de último piso e 18,93% nas frações de rés-do-chão. Os valores das
necessidades nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 50.
As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da
proposta de reabilitação indicados na Figura 51, diminuíram consideravelmente nos
apartamentos de último piso, pela consequente diminuição do coeficiente de transmissão
térmica da cobertura e eliminação dos ganhos solares pela cobertura, resultando no rácio entre
ganhos e perdas inferior ao da solução base. A melhoria das necessidades de arrefecimento do
último piso é respetivamente 88,70%.
A proposta de reabilitação não interfere com os ganhos e perdas da solução base dos
apartamentos de rés-do-chão e apartamento de pisos intermédios
Necessidades de arrefecimento
Nvc (kWh/m².ano)
Melhoria %
88.70
29.57
0.74
Média
referência r/c
0.74 0.00
Média r/c
reabilitação
lajes
0.74
0.74 0.00
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
lajes
4.38
Média
referência
último piso
0.495
Média último
piso
reabilitação
lajes
1.95
Media total
referência
0.66
Média total
reabilitação
lajes
Figura 51 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de
reabilitação das lajes
As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para
arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas
necessidades de arrefecimento e de aquecimento beneficiam as necessidades globais de
energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 22,10% nos
apartamentos de último piso e 7,60%. A proposta de reabilitação não tem qualquer influência
nos apartamentos de pisos intermédios. Na Figura 52 são comparados os valores das
necessidades globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as
respetivas melhorias.
Mestrado em engenharia civil
76
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Necessidades de globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
Melhoria %
22.10
12.17
10.26
9.48
7.60
8.96
9.48
8.96
10.46
9.31 9.90
0.00
Média
referência r/c
Média r/c
reabilitação
lajes
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
lajes
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
lajes
Media total
referência
Média total
reabilitação
lajes
Figura 52 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de
reabilitação das lajes
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes pisos, são resumidas na Tabela 11.
Tabela 11 - Resumo da percentagem de melhoria – Intervenção nas lajes
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
Apartamentos r/c, intervenção nas lajes
(%)
18.93
0.00
0.00
7.60
Apartamentos pisos intermédios,
0.00
0.00
0.00
0.00
44.15
88.70
0.00
22.10
21.03
29.57
0.00
9.90
intervenção nas lajes
Apartamentos último piso, intervenção
nas lajes
Média
Com a introdução de cobertura ventilada e de teto falso estanque na garagem, a classe
energética, destacada na Tabela 12, mantem-se igual à da solução base, no entanto obtém-se
melhorias significativas no consumo de energia das frações de último piso e de rés-do-chão.
Mestrado em engenharia civil
77
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Tabela 12 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação das lajes
Fração autónoma
Ntc
kgep/m².ano
Nt
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
9.28
8.26
1.12
C
Apartamento r/c drtº B6
9.68
8.37
1.16
C
Apartamento 1º esqº B6
8.77
8.22
1.07
C
Apartamento 1º drtº B6
9.15
8.30
1.10
C
Apartamento 2º esqº B6
8.77
8.22
1.07
C
Apartamento 2º drtº B6
9.15
8.30
1.10
C
Apartamento 3º esqº B6
9.29
8.33
1.12
C
Apartamento 3º drtº B6
9.67
8.44
1.15
C
5.2.4. Solução de reabilitação - Vãos envidraçados
A solução base com vidro simples de 4mm de espessura, com caixilharia de alumínio sem
classificação, premedita elevadas perdas térmicas pelos vãos envidraçados e pela renovação
de ar.
A proposta de reabilitação, ilustrada na Figura 53, prevê a substituição da caixilharia de
alumínio sem classificação por caixilharia em PVC de Classe 4 com medidas padronizadas,
aplicação de vidro duplo com controlo solar e emissividade térmica baixa, constituído por
vidro exterior com 6mm de espessura, caixa-de-ar de 6mm e vidro interior de baixa
emissividade térmica com 4mm de espessura. O vidro ostenta um coeficiente de transmissão
térmica de 2,5 W/m2.0C e um fator solar de 23%.
As espessuras dos vidros e da caixa-de-ar existentes no mercado são variadas. O estudo de
reabilitação incide na avaliação do comportamento térmico das mínimas dimensões
comerciais, aplicadas no fabrico de janelas de vidro duplo.
O PVC é composto de matérias-primas naturais petróleo e sal-gema, não necessita de
materiais contaminantes tais como, vernizes ou decapantes, para a sua manutenção. O PVC é
o único produto que resiste naturalmente as correntes de ar marítimas.
Mestrado em engenharia civil
78
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Figura 53 - Vidro duplo com caixilharia em PVC
Como fatores importantes na estação de arrefecimento é de salientar as proteções exteriores,
precianas de réguas de plástico com cor clara e cortinas ligeiramente transparentes de cor
intermédia.
O conjunto integrado e completo de janela e persiana, é uma boa solução para remodelações.
O mecanismo de subir e descer a persiana funciona na própria janela não sendo necessária
qualquer intervenção na estrutura do edifício.
5.2.4.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2
Bloco 6 - vãos envidraçados
A reabilitação dos vãos envidraçados tem como objetivo diminuir o seu coeficiente de
transmissão térmica. A introdução de caixilharia de classe elevada diminui o número de RPH.
As necessidades nominais de energia útil para aquecimento, reduzem 17,54% nas frações
autónomas de pisos intermédios, 12,01% nas frações de rés-do-chão e 8,2% nas frações de
último piso. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são
comparados na Figura 54.
Mestrado em engenharia civil
79
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Necessidades de aquecimento
Nic (kWh/m².ano)
Melhoria %
207.22
142.14
148.90
125.07
97.34
Média r/c
reabilitação
vãos
envidraçados
131.85
80.27
17.54
12.01
Média
referência r/c
190.22
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
reabilitação
vãos
envidraçados
12.58
8.20
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
vãos
envidraçados
Media total
referência
Média total
reabilitação
vãos
envidraçados
Figura 54 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de
reabilitação dos vãos envidraçados
As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da
proposta de reabilitação indicados na Figura 55, dependem dos ganhos totais brutos, do fator
de utilização dos ganhos solares e da área útil do pavimento.
Como as propostas de reabilitação não interferem no interior das paredes dos apartamentos, a
área útil de pavimento é constante na solução base e nas propostas de reabilitação. As
variáveis que influenciam a alteração das necessidades de arrefecimentos são nomeadamente,
os ganhos brutos e o fator de utilização dos ganhos.
O rácio entre ganhos térmicos totais e perdas térmicas totais influenciam na obtenção do fator
de utilização dos ganhos solares. Quanto maior for o rácio, menores são as necessidades de
energia para arrefecimento. A proposta de melhoria não só reduz os ganhos térmicos como
também reduz as perdas.
As necessidades de energia para arrefecimento decaíram 20,95% nos apartamentos de rés-do
chão e de pisos intermédios. Nos apartamentos de último piso, as perdas são maiores
resultando no rácio entre ganhos e perdas superior ao dos restantes pisos. A melhoria das
necessidades de arrefecimento do último piso é respetivamente 2,05%.
Mestrado em engenharia civil
80
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Necessidades de arrefecimento
Nvc (kWh/m².ano)
20.95
Melhoria %
20.95
14.65
4.38
0.74
Média
referência r/c
0.74
0.59
Média r/c
reabilitação
vãos
envidraçados
4.29
0.59
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
reabilitação
vãos
envidraçados
Média
referência
último piso
2.05
Média último
piso
reabilitação
vãos
envidraçados
1.95
Media total
referência
1.82
Média total
reabilitação
vãos
envidraçados
Figura 55 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de
reabilitação dos vãos envidraçados
As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para
arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas
necessidades de arrefecimento e de aquecimento, beneficiam as necessidades globais de
energia primária. As necessidades globais de energia primária decrescem 5,52% nos
apartamentos de pisos intermédios, 4,87% nos apartamentos de rés-do-chão e 3,99% nos
apartamentos de último piso. Na Figura 56 são comparados os valores das necessidades
globais de energia primária da solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas
melhorias.
Necessidades de globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
Melhoria %
12.17
10.26
9.76
8.96
5.52
4.87
Média
referência r/c
Média r/c
reabilitação
vãos
envidraçados
11.69
10.46
8.465
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
reabilitação
vãos
envidraçados
4.79
3.99
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
vãos
envidraçados
9.97
Media total
referência
Média total
reabilitação
vãos
envidraçados
Figura 56 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de
reabilitação dos vãos envidraçados
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 13.
Mestrado em engenharia civil
81
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Tabela 13 - Resumo da percentagem de melhoria - Reabilitação dos vão envidraçados
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
Apartamentos r/c
12.01
20.95
0.00
4.87
Apartamentos pisos intermédios,
17.54
20.95
0.00
5.52
8.20
2.05
0.00
3.99
12.58
14.65
0.00
4.79
reabilitação vãos envidraçados
Apartamentos último piso, reabilitação
vãos envidraçados
Média
Com a alteração das caixilharias e dos envidraçados, a classe energética, destacada na Tabela
14, mantem-se igual à da solução base, no entanto obtém-se melhorias no consumo de energia
de todas as frações autónomas do edifício.
Tabela 14 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação dos vãos envidraçados
Fração autónoma
Ntc
Nt
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
9.58
8.26
1.16
C
Apartamento r/c drtº B6
9.94
8.37
1.19
C
Apartamento 1º esqº B6
8.29
8.22
1.01
C
Apartamento 1º drtº B6
8.64
8.30
1.04
C
Apartamento 2º esqº B6
8.29
8.22
1.01
C
Apartamento 2º drtº B6
8.64
8.30
1.04
C
Apartamento 3º esqº B6
11.51
8.33
1.38
C
Apartamento 3º drtº B6
11.86
8.44
1.41
C
5.2.5. Solução de reabilitação - Ventilação natural
Para garantir a qualidade do ar interior, a taxa de referência para renovação de ar deverá ser
superior a 0,6 renovações por hora.
A ventilação natural tem por base uma panóplia de fatores que influenciam o número de
renovações de ar por hora.
Mestrado em engenharia civil
82
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
A solução de reabilitação da ventilação natural, tem como principal objetivo, diminuir as
perdas térmicas associadas à troca de ar entre o interior e o exterior. A (Equação 7), depende
do número de renovações de ar por hora, RPH, da área útil de pavimento (Ap) do pé direito
(Pd) e dos graus dias (Gd), as variável pé direto, área útil de pavimento e graus dias, serão
constantes neste tipo de reabilitação, apenas a variável renovações de ar por hora será
reduzida com o incremento de vidro duplo com caixilharia de PVC de classe de 4, definido na
solução de reabilitação dos vãos envidraçados, a utilização de dispositivos de admissão de ar
na fachada, a não existência de caixa de estore, uma vez que não entra em contacto com o ar
interior, a redução da área dos envidraçados para menos de 15% da área útil de pavimento e a
aplicação de borrachas ou equivalente em todo o perímetro das portas.
Para a todos os edifícios pertencentes ao território nacional, situados na periferia da zona
urbana e para uma altura até 18 m, são classificados como pertencentes a classe de exposição
II.
Os valores das renovações de ar por hora, obtidos através Quadro IV.1 do RCCTE, dependem
da classe de exposição, da presença de dispositivos de admissão na fachada, da classificação
da caixilharia e da existência de caixa de estores. Conjugados os fatores para o caso de estudo,
reabilitação da ventilação natural, as renovações de ar por hora tomam o valor de 0,7 tendo
por base a classe de exposição 2, a presença de dispositivos de admissão na fachada, a classe
3 de caixilharia e a não existência de caixa de estores.
Das notas do Quadro IV.1 do RCCTE, apenas se aplica a nota 3, sendo o valor das renovações
de ar reduzido para 0,65.
A reabilitação diminui em 38% as renovações de ar por hora nos edifícios tipo 2, passando de
1,05 para 0,65 renovações por hora.
5.2.5.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2
Bloco 6 - ventilação natural
A reabilitação da ventilação natural engloba a alteração dos vãos envidraçados para vidro
duplo de baixa emissividade e caixilharia em PVC de classe 4, a redução da área envidraçada
para valores iguais ou inferiores 15% da área útil do pavimento, a vedação das portas e
colocação de dispositivos de admissão na fachada. O objetivo é minimizar o número de RPH,
para valores próximos do regulamentar, com sentido de minimizar as perdas associadas à
renovação de ar por ventilação natural. As necessidades nominais de energia útil para
Mestrado em engenharia civil
83
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
aquecimento, reduzem 27,02% nas frações autónomas de pisos intermédios, 19,90% nas
frações de rés-do-chão e 13,62% nas frações de último piso. Os valores das necessidades
nominais de energia útil para aquecimento são comparados na Figura 57.
Necessidades de aquecimento
Nic (kWh/m².ano)
Melhoria %
207.22
142.14
113.85
97.34
Média r/c
reabilitação
ventilação
natural
148.90
121.29
71.04
27.02
19.90
Média
referência r/c
179.00
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
reabilitação
ventilação
natural
20.18
13.62
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
ventilação
natural
Media total
referência
Média total
reabilitação
ventilação
natural
Figura 57 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e solução de
reabilitação da ventilação natural
As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da
proposta de reabilitação indicados na Figura 58, aumentam consideravelmente, pelo
consequente agravamento do rácio entre ganhos e perdas térmicas, quando comparados à
solução base. As necessidades de energia para arrefecimento aumentaram 31,08% nos
apartamentos de pisos intermédios, 28,38% nos apartamentos de rés-do-chão e 16,78% nos
apartamentos de último piso.
Necessidades de arrefecimento
Nvc (kWh/m².ano)
0.74
Média
referência r/c
0.95
Média r/c
reabilitação
ventilação
natural
-28.38
0.97
0.74
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
reabilitação
ventilação
natural
Melhoria %
4.38
Média
referência
último piso
5.12
Média último
piso
reabilitação
ventilação
-16.78
natural
1.95
Media total
referência
2.35
Média total
reabilitação
ventilação
natural
-25.41
-31.08
Figura 58 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e solução de
reabilitação da ventilação natural
As necessidades globais de energia primária dependem das necessidades de energia para
arrefecimento, aquecimento e para preparação de AQS. As melhorias previstas nas
necessidades de aquecimento beneficiam as necessidades globais de energia primária. As
Mestrado em engenharia civil
84
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
necessidades globais de energia primária decrescem 8,45% nos apartamentos de pisos
intermédios, 7,99% nos apartamentos de rés-do-chão e 6,57% nos apartamentos de último
piso. Na Figura 59 são comparados os valores das necessidades globais de energia primária da
solução base e da proposta de reabilitação com as respetivas melhorias.
Necessidades de globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
Melhoria %
12.17
10.26
9.44
Média
referência r/c
8.96
7.99
Média r/c
reabilitação
ventilação
natural
8.20
Média
referência
pisos
intermédios
11.37
10.46
8.45
9.67
7.67
6.57
Média pisos
intermédios
reabilitação
ventilação
natural
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
ventilação
natural
Media total
referência
Média total
reabilitação
ventilação
natural
Figura 59 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de
reabilitação da ventilação natural
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 15.
Tabela 15 - Resumo da percentagem de melhoria – Ventilação natural
Apartamentos r/c, reabilitação
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
19.90
-28.38
0.00
7.99
27.02
-31.08
0.00
8.45
13.62
-16.78
0.00
6.57
20.18
-25.41
0.00
7.67
ventilação natural
Apartamentos pisos intermédios,
reabilitação ventilação natural
Apartamentos último piso, reabilitação
ventilação natural
Média
Com a diminuição da ventilação natural, para níveis próximos do mínimo exigido pelo
RCCTE, a classe energética, destacada na Tabela 16, apenas é alterada nas frações autónomas
do lado esquerdo dos pisos intermédios, passando da classe C para a classe B-. A permanência
na mesma classe energética, das restantes frações, não indica, que não houve melhorias com a
Mestrado em engenharia civil
85
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
introdução da proposta de melhoria, mas sim que essa melhoria não é suficiente, por si só,
para aumentar a casse de avaliação energética.
Tabela 16 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação da ventilação natural
Fração autónoma
Ntc
Nt
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
9.26
8.26
1.12
C
Apartamento r/c drtº B6
9.62
8.37
1.15
C
Apartamento 1º esqº B6
7.97
8.22
0.97
B-
Apartamento 1º drtº B6
8.32
8.30
1.00
C
Apartamento 2º esqº B6
7.97
8.22
0.97
B-
Apartamento 2º drtº B6
8.32
8.30
1.00
C
Apartamento 3º esqº B6
11.19
8.33
1.34
C
Apartamento 3º drtº B6
11.55
8.44
1.37
C
5.2.5.2. Proposta de reabilitação total da envolvente
Na proposta de reabilitação total da envolvente são agrupadas as soluções de fachada
ventilada, cobertura ventilada, teto falso nas frações e nos espaço não uteis em contacto com o
pavimento das frações de rés-do-chão, vãos envidraçados com área inferior ou igual a 15% da
área útil do pavimento, vidro duplo de baixa emissividade e caixilharia em PVC.
As necessidades nominais de energia útil para aquecimento, reduzem 76,07% nas frações
autónomas de último piso, 61,86% nas frações de rés-do-chão e 62,55% nas frações de pisos
intermédios. Os valores das necessidades nominais de energia útil para aquecimento são
comparados na Figura 60.
Necessidades de aquecimento
Nic (kWh/m².ano)
Melhoria %
207.22
142.14
142.14
97.34
54.21
76.07
62.55
61.86
49.59
36.45
Média
Média r/c
Média
Média pisos
referência r/c reabilitação da referência pisos intermédios
envolvente
intermédios reabilitação da
envolvente
Média
referência
último piso
49.59
66.83
Média último Média total de Média total
piso
referência
reabilitação da
reabilitação da
envolvente
envolvente
Figura 60 - Comparação das necessidades de aquecimento entre solução base e a proposta de
reabilitação total da envolvente
Mestrado em engenharia civil
86
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
As necessidades de energia útil para arrefecimento, com os valores da solução base e da
proposta de reabilitação indicados na Figura 61, decaíram 91,10% nos apartamentos de último
piso e 2,03% nos apartamentos de pisos intermédios e de rés-do-chão.
A colossal melhoria no desempenho do edifício na estação de arrefecimento, está
especialmente associada à introdução de cobertura ventilada e teto falso.
Necessidades de arrefecimento
Nvc (kWh/m².ano)
Melhoria %
91.10
31.72
0.74
0.73 2.03
0.74
0.73 2.03
Média
Média r/c
Média
Média pisos
referência r/c reabilitação da referência pisos intermédios
envolvente
intermédios reabilitação da
envolvente
4.38
Média
referência
último piso
0.74
0.39
0.73
Média último Média total de Média total
piso
referência
reabilitação da
reabilitação da
envolvente
envolvente
Figura 61 - Comparação das necessidades de arrefecimento entre solução base e a proposta de
reabilitação total da envolvente
Na reabilitação total da envolvente, os sistemas de aquecimento, arrefecimento e preparação
de AQS são mantidos. As necessidades globais de energia são influenciadas pela diminuição
das necessidades de aquecimento e de arrefecimento. As necessidades globais de energia
primária reduzem 37,62% nos apartamentos de último piso, 24,81% nos apartamentos de résdo-chão e 19,64% nos apartamentos dos pisos intermédios. Os valores das necessidades
globais de energia primária são comparados na Figura 62.
Necessidades de globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
Melhoria %
37.72
27.39
24.81
19.64
10.26
7.72
8.96
12.17
7.58
7.2
Média
Média r/c
Média
Média pisos
referência r/c reabilitação da referência pisos intermédios
envolvente
intermédios reabilitação da
envolvente
Média
referência
último piso
10.26
7.58
Média último Média total de Média total
piso
referência
reabilitação da
reabilitação da
envolvente
envolvente
Figura 62 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e a proposta
de reabilitação total da envolvente
Mestrado em engenharia civil
87
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 17.
Tabela 17 - Resumo da percentagem de melhoria - Reabilitação total da envolvente
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
61.86
2.03
0.00
24.81
62.55
2.03
0.00
19.64
76.07
91.10
0.00
37.72
66.83
31.72
0.00
27.39
Apartamentos r/c, reabilitação
ventilação natural
Apartamentos pisos intermédios,
reabilitação ventilação natural
Apartamentos último piso, reabilitação
ventilação natural
Média
A reabilitação total da envolvente tem como objetivo diminuir as trocas de energia entre o
interior e o exterior das frações autónomas. Na Tabela 18, em todas as frações do bloco 6, a
classe energética abandona o patamar C, associado à solução base, e transita para o B-.
Tabela 18 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação total da envolvente
Fração autónoma
Ntc
Nt
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
7.62
8.26
0.92
B-
Apartamento r/c drtº B6
7.81
8.37
0.93
B-
Apartamento 1º esqº B6
7.11
8.22
0.86
B-
Apartamento 1º drtº B6
7.29
8.30
0.88
B-
Apartamento 2º esqº B6
7.11
8.22
0.86
B-
Apartamento 2º drtº B6
7.29
8.30
0.88
B-
Apartamento 3º esqº B6
7.49
8.33
0.90
B-
Apartamento 3º drtº B6
7.67
8.44
0.91
B-
Mestrado em engenharia civil
88
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
5.3. Soluções de reabilitação - Sistemas e equipamentos das frações
autónomas
5.3.1. Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e preparação
de AQS
No mercado existe uma colossal variedade de sistemas de aquecimento, arrefecimento e de
preparação de águas quentes sanitárias.
Os edifícios abrangidos pela cooperativa de habitação económica “CAPITÃES DE ABRIL”,
não dispõem de qualquer sistema de aquecimento e arrefecimento, assim para o cálculo
energético na estação de aquecimento é utilizada uma resistência elétrica com eficiência
nominal de 100% e fator de conversão de energia útil em energia primária (Fpu) de 0,290,
para a estação de arrefecimento assume-se uma máquina frigorífica (ciclo de compressão)
com eficiência nominal de 300% e fator de conversão 0,290.
Para preparação de água quente sanitária, todos os edifícios são providos de esquentador a
gás, de eficiência nominal de referência 50% e 0.086 para fator de conversão.
Para reabilitação dos sistemas, é necessário ter em conta a eficiência dos equipamentos, o
fator de conversão de energia útil para energia primária, que varia conforme a fonte de
alimentação, 0,290 para equipamentos elétricos e 0,086 para equipamentos a gás, a estética,
simplicidade e possibilidade de instalação.
Uma hipótese de reabilitação é usar um sistema de ar condicionado que sirva a estação de
aquecimento e de arrefecimento, o que implica a aplicação de módulos exterior, que irão
renunciar a estética dos edifícios.
Um equipamento que está a surgir com maior frequência, associado ao baixo custo dos
combustíveis renováveis, é a salamandra a Pellets. Este tipo de equipamento está a ser
desenvolvido para ser utilizado como sistema de aquecimento de águas quentes sanitárias e
aquecimento das frações, utilizando radiadores. Na reabilitação dos edifícios multifamiliares,
não é comum o uso deste sistema, devido à falta de espaço nas cortes para passagem das
tubagens de exaustão dos gases.
Entre as diferentes soluções do mercado, o equipamento caldeira mural de condensação para
aquecimento e preparação de águas quentes sanitárias é o mais apropriado para reabilitação
Mestrado em engenharia civil
89
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
dos sistemas dos edifícios multifamiliares, é ideal para funcionar individualmente ou como
apoio a sistemas solares, quer no aquecimento de águas como no aquecimento central a baixas
temperaturas. A compatibilidade da caldeira com sistemas solares permite ser utilizada como
equipamento de apoio, de modo a fornecer apenas a energia complementar necessária para
fazer face às necessidades de conforto dos utilizadores.
A caldeira mural de condensação tem com vantagens, o elevado rendimento nominal de
109%, o aquecimento central e águas quentes instantâneas, a compatibilidade Solar, a
compatibilidade com a nova gama de controladores de comunicação bi-direccional, um
sistema de microacumulação, o elevado nível de conforto no aquecimento central, um
queimador com sistema de pré-mistura ar/gás, um ventilador modulante e o baixo nível de
emissões CO² e NOx (Vulcano, 2013). Para aquecimento central a caldeira terá de ser ligada a
radiadores aplicados nos compartimentos principais.
Como as necessidades de arrefecimento apresentam valores reduzidos comparadas com as
necessidades de aquecimento, não será utilizado qualquer tipo de equipamento para
arrefecimento, no entanto continua a ser contabilizado uma máquina frigorífica (ciclo de
compressão) com eficiência nominal de 300% e fator de conversão 0,290.
5.3.1.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2
Bloco 6 - sistema de aquecimento e preparação de AQS
A reabilitação do sistema de aquecimento e preparação de AQS é acompanhado por
modificações na quantificação das necessidades de energia para AQS, com a alteração da
eficiência nominal do sistema.
Necessidades de energia para AQS
Nac (kWh/m².ano)
71.28
71.28
54.13
54.13
32.70
Média
referência r/c
Melhoria %
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
reabilitação
sistema de
preparação
AQS e
Aquecimento
54.13
54.13
32.70
Média r/c
reabilitação
sistema de
preparação
AQS e
Aquecimento
71.28
71.28
32.70
32.70
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
sistema de
preparação
AQS e
Aquecimento
Media total
referência
Média total
reabilitação
sistemas de
preparação de
AQS e
Aquecimento
Figura 63 - Comparação das necessidades de energia para AQS entre solução base e solução
de reabilitação do sistema de aquecimento e AQS
Mestrado em engenharia civil
90
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
A redução, de 32,70%, das necessidades nominais de energia útil para preparação de AQS, é
comum a todas as frações avaliadas no bloco 6. Os valores das necessidades nominais de
energia útil para AQS são comparados na Figura 63.
A avaliação das necessidades globais de energia primária, é alterada mediante a eficiência
nominal do sistema de aquecimento, o fator de conversão de energia útil em energia primária
na estação de aquecimento e o fator de conversão de energia útil em energia primária para
preparação de AQS.
As necessidades globais de energia primária reduzem 63,19% nos apartamentos de último
piso, 61,60% nos apartamentos de rés-do-chão e 59,93% nos apartamentos dos pisos
intermédios. Os valores das necessidades globais de energia primária são comparados na
Figura 64.
Necessidades globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
61.60
10.26
Média
referência r/c
3.94
Média r/c
reabilitação
sistema de
preparação
AQS e
Aquecimento
Melhoria %
63.19
59.93
8.96
Média
referência
pisos
intermédios
3.59
Média pisos
intermédios
reabilitação
sistema de
preparação
AQS e
Aquecimento
12.17
Média
referência
último piso
4.48
Média último
piso
reabilitação
sistema de
preparação
AQS e
Aquecimento
61.57
10.46
Media total
referência
4.00
Média total
reabilitação
sistemas de
preparação de
AQS e
Aquecimento
Figura 64 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de
reabilitação do sistema de aquecimento e AQS
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 19.
Mestrado em engenharia civil
91
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Tabela 19 - Resumo da percentagem de melhoria – Sistema de aquecimento e preparação de
AQS
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
0.00
0.00
54.13
61.60
0.00
0.00
54.13
59.93
0.00
0.00
54.12
63.19
0.00
0.00
54.13
61.57
Apartamentos r/c, reabilitação sistema
AQS e Aquecimento
Apartamentos intermédios, reabilitação
sistema AQS e Aquecimento
Apartamentos último piso, reabilitação
sistema AQS e Aquecimento
Média
Com a alteração dos sistemas de aquecimento e preparação de AQS, a classe energética,
destacada na Tabela 20, ascende de C para A nos apartamentos de rés-do-chão e intermédios.
Nos apartamentos de último piso a subida da classe energética não é tão acentuada, devido ao
aumento das perdas associadas à envolvente exterior, nomeadamente pela cobertura.
Tabela 20 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação do sistema de
aquecimento e AQS
Fração autónoma
Ntc
Nt
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
3.88
Apartamento r/c drtº B6
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
8.25
0.47
A
4
8.37
0.48
A
Apartamento 1º esqº B6
3.53
8.21
0.43
A
Apartamento 1º drtº B6
3.65
8.3
0.44
A
Apartamento 2º esqº B6
3.53
8.21
0.43
A
Apartamento 2º drtº B6
3.65
8.3
0.44
A
Apartamento 3º esqº B6
4.42
8.3
0.53
B
Apartamento 3º drtº B6
4.54
8.42
0.54
B
Mestrado em engenharia civil
92
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
5.3.2. Solução de reabilitação - Sistema de aquecimento e sistema de
AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”
A caldeira mural de condensação é compatível com sistema de coletores solares, pelo que se
torna importante estudar a solução de reabilitação do sistema de aquecimento e de preparação
de águas quentes sanitárias, conexo ao sistema de energia renovável tipo “termossifão”.
Para introduzir o grupo de coletores solares na reabilitação das frações dos edifícios
multifamiliares é fundamental pré-dimensionar a área de coletores para todas as frações
envolvidas e verificar se existe área suficiente na cobertura para satisfazer o máximo
rendimento solar.
Na Figura 65 é apresentada a distribuição dos oito grupos individuais de coletores solares para
o edifico tipo 3 bloco 6, confirma-se assim a área ótima para a instalação dos sistemas
termossifão.
Figura 65 - Distribuição dos coletores solares Edifício tipo 2 Bloco6
Na hipótese de minimizar os desperdícios de energia renovável nos meses de maior
intensidades de radiação solar, optou-se por utilizar o coletor solar BAXI ROCA
MEDITERRÂNEO 200, plano de dois módulos (3,8 m²), com a inclinação 36° (Azimute Sul),
coeficientes de perdas térmicas, a1= 4,310 W/m²/K e a2= 0,009 W/m²/K², rendimento ótico
de 75,6%, permutador interno ao depósito, tipo serpentina, com eficácia 55%, caudal no
grupo painel/permutador de 45,2 l/m² por hora, depósito típico 200 litros termossifão com
área externa de 2,65 m², posição deitada, deflectores interiores, coeficiente de perdas térmicas
de 2.65 W/K, conjunto depósito/permutador, espessura do isolamento de 31,0 mm.
Recorrendo ao Solterm para, o coletor solar BAXI ROCA MEDITERRÂNEO 200, 4
ocupantes, temperatura nominal de consumo de 60°, concelho de Viana do Castelo com
Mestrado em engenharia civil
93
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
coordenadas nominais de 41,7°N e 8,8°W, obstruções do horizonte a 20°, orientação do painel
inclinação 36° e azimute 0°, obtém-se o Esolar de 1930 kWh.
5.3.2.1. Avaliação do desempenho energético do Edifícios Tipo 2
Bloco 6 – Sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo
ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”
A reabilitação do sistema de aquecimento e preparação de AQS acompanhado por
“termossifão”, apresenta modificações na quantificação das necessidades de energia para
AQS, com a alteração da eficiência nominal do sistema, assim como a contribuição do
termossifão como energia renovável. A redução, de 85,69%, das necessidades nominais de
energia útil para preparação de AQS é comum a todas as frações avaliadas do Bloco 6. Os
valores das necessidades nominais de energia útil para AQS são comparados na Figura 66.
A avaliação das necessidades globais de energia primária é alterada mediante a eficiência
nominal do sistema de aquecimento, o fator de conversão de energia útil em energia primária
na estação de aquecimento e o fator de conversão de energia útil em energia primária para
preparação de AQS.
Necessidades de energia para AQS
Nac (kWh/m².ano)
85.70
71.28
85.70
71.28
85.69
71.28
10.20
Média
referência r/c
Melhoria %
10.20
Média r/c
Média
sistema de
referência
aquecimento e
pisos
sistema de
intermédios
AQS conexo a
sistema solar
térmico
Média pisos
intermédio
sistema de
aquecimento e
sistema de
AQS conexo a
sistema solar
térmico
85.69
71.28
10.20
Média
referência
último piso
Média último Media total
piso sistema
referência
de
aquecimento e
sistema de
AQS conexo a
sistema solar
térmico
10.20
Média total
sistema de
aquecimento e
sistema de
AQS conexo a
sistema solar
térmico
Figura 66 - Comparação das necessidades de energia para AQS entre solução base e solução
de reabilitação do sistema de aquecimento e sistema AQS conexo a sistema solar térmico
As necessidades globais de energia primária reduzem 81,53% nos apartamentos de pisos
intermédios, 80,46% nos apartamentos de rés-do-chão e 79,05% nos apartamentos de último
piso. Os valores das necessidades globais de energia primária são comparados na Figura 67.
Mestrado em engenharia civil
94
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Necessidades globais de energia
Ntc (kWh/m².ano)
81.53
80.46
10.26
Média
referência r/c
2.005
Melhoria %
8.96
1.655
Média r/c
Média
sistema de
referência
aquecimento e
pisos
sistema de
intermédios
AQS conexo a
sistema solar
térmico
Média pisos
intermédio
sistema de
aquecimento e
sistema de
AQS conexo a
sistema solar
térmico
80.34
79.05
12.17
2.55
Média
referência
último piso
10.46
Média último Media total
piso sistema
referência
de
aquecimento e
sistema de
AQS conexo a
sistema solar
térmico
2.07
Média total
sistema de
aquecimento e
sistema de
AQS conexo a
sistema solar
térmico
Figura 67 - Comparação das necessidades globais de energia entre solução base e solução de
reabilitação do sistema de aquecimento e sistema AQS conexo a sistema solar térmico
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 21.
Tabela 21 - Resumo da percentagem de melhoria – Sistema de aquecimento e sistema AQS
conexo a sistema solar térmico do tipo “termossifão”
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
0.00
0.00
85.70
80.46
0.00
0.00
85.70
81.53
0.00
0.00
85.69
79.05
0.00
0.00
85.69
80.34
Apartamentos r/c, sistema de
aquecimento e sistema de AQS com
“termossifão”
Apartamentos pisos intermédios,
sistema de aquecimento e sistema de
AQS com “termossifão”
Apartamentos último piso, sistema
de aquecimento e sistema de AQS
com “termossifão”
Média
Com a introdução do sistema de aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar
térmico do tipo “termossifão”, a classe energética, destacada na Tabela 22, ascende de C para
Mestrado em engenharia civil
95
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
A+ nos apartamentos de rés-do-chão e intermédios. No último piso a classe energética passa
de C para A.
Tabela 22 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Sistema de aquecimento e sistema de
AQS conexo a sistema solar do tipo “termossifão”
Fração autónoma
Ntc
Nt
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
1.96
8.25
0.24
A+
Apartamento r/c drtº B6
2.05
8.37
0.24
A+
Apartamento 1º esqº B6
1.61
8.21
0.2
A+
Apartamento 1º drtº B6
1.7
8.3
0.2
A+
Apartamento 2º esqº B6
1.61
8.21
0.2
A+
Apartamento 2º drtº B6
1.7
8.3
0.2
A+
Apartamento 3º esqº B6
2.5
8.3
0.3
A
As necessidades de energia para os apartamentos do bloco 6, mediante a proposta de
reabilitação, encontrar-se detalhadas no Anexo II.
5.3.3. Proposta de reabilitação total
A proposta de reabilitação total resulta da inclusão da reabilitação do sistema de aquecimento
e sistema de preparação de AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão” na
reabilitação total da envolvente.
As necessidades nominais de energia útil para arrefecimento e aquecimento estão
pormenorizadas na proposta de reabilitação total da envolvente, já as necessidades nominais
de energia útil para preparação de AQS, estão aprofundadas na proposta de colocação de
sistema solar térmico do tipo “termossifão” para AQS.
A avaliação das necessidades globais de energia primária é alterada mediante as necessidades
nominais de energia útil para aquecimento, necessidades nominais de energia útil para
arrefecimento, necessidades nominais de energia útil para preparação de águas quentes
sanitárias, a eficiência nominal do sistema de aquecimento, o fator de conversão de energia
útil em energia primária na estação de aquecimento e o fator de conversão de energia útil em
energia primária para preparação de AQS. As necessidades globais de energia primária
reduzem 89,56% nos apartamentos de ultimo piso, 86,94% nos apartamentos de pisos
intermédios e 86,65% nos apartamentos de rés-do-chão. Os valores das necessidades globais
de energia primária são comparados na Figura 68.
Mestrado em engenharia civil
96
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Necessidades globais de energia
Ntc (kgep/m².ano)
1.37
Média
referência r/c
Média r/c
reabilitação
total
89.56
86.94
86.65
10.26
Melhoria %
8.96
12.17
1.17
Média
referência
pisos
intermédios
Média pisos
intermédios
reabilitação
total
1.27
Média
referência
último piso
Média último
piso
reabilitação
total
87.72
10.46
Media total
referência
1.27
Média total
reabilitação
total
Figura 68 - Comparação das necessidades globais de energia – Reabilitação Total
As percentagens de melhoria da proposta de reabilitação, para as diferentes necessidades
energéticas e para os diferentes piso, são resumidas na Tabela 23.
Tabela 23 - Resumo da percentagem de melhoria - Reabilitação total
Percentagem
Percentagem
Percentagem
Percentagem
de melhoria
de melhoria
de melhoria
de melhoria
das Nic
das Nvc
das Nac
das Ntc
(%)
(%)
(%)
(%)
Apartamentos r/c, reabilitação total
61.86
2.03
85.69
86.65
Apartamentos pisos intermédios,
62.55
2.03
85.69
86.94
76.07
91.10
85.69
89.56
66.83
31.72
85.69
87.72
reabilitação total
Apartamentos último piso, reabilitação
total
Média
Com a introdução das propostas de reabilitação dos elementos da envolvente e dos
sistemas/equipamentos, alcançou-se a nota mais alta na classificação energética (A+), em
todas as frações autónomas, como é comprovado na Tabela 24.
Mestrado em engenharia civil
97
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Tabela 24 - Classe energética das frações, do Bloco 6 - Reabilitação Total
Fração autónoma
Ntc
Nt
R = Ntc/Nt
CLASSE ENERGÉTICA
kgep/m².ano
kgep/m².ano
Apartamento r/c esqº B6
1.29
8.27
0.16
A+
Apartamento r/c drtº B6
1.45
8.38
0.17
A+
Apartamento 1º esqº B6
1.15
8.22
0.14
A+
Apartamento 1º drtº B6
1.19
8.3
0.14
A+
Apartamento 2º esqº B6
1.15
8.22
0.14
A+
Apartamento 2º drtº B6
1.19
8.3
0.14
A+
Apartamento 3º esqº B6
1.25
8.33
0.15
A+
Apartamento 3º drtº B6
1.29
8.44
0.15
A+
As necessidades de energia associadas à reabilitação total dos edifícios desenvolvem-se no
Anexo III, para os diferentes apartamentos da C.H.E.
5.4. Estudo de diagnóstico energético
O estudo de diagnóstico energético hierarquiza as propostas de reabilitação, mediante o seu
desempenho médio por andar quando comparadas com a solução base. A hierarquia, das
propostas de reabilitação, é estabelecida do maior para o menor desempenho energético.
Hierarquização das propostas de reabilitação - rés-do-chão
Melhoria %
80.46
A+
61.60
A
8.63
C
Média r/c
Média r/c
sistema de
reabilitação
aquecimento e
sistema de
sistema de AQS preparação AQS
conexo a sistema e Aquecimento
solar térmico
Média r/c pé
direito 2.6m
7.99
C
7.60
C
Média r/c
Média r/c
reabilitação reabilitação lajes
ventilação natural
7.16
C
4.87
C
Média r/c
Fachada
ventilada
Média r/c
reabilitação vãos
envidraçados
Figura 69 – Hierarquização das propostas de reabilitação das frações de rés-do-chão
Na Figura 69, relativamente aos apartamentos de rés-do-chão, o melhor desempenho
energético é atribuído à reabilitação do sistema de aquecimento e sistema de preparação de
AQS conexo ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”, com uma melhoria de 80,46%
nas necessidades globais de energia primária, ascendendo a classe energética para A+. Em
segundo lugar, está colocada a proposta de reabilitação dos sistemas de aquecimento e de
Mestrado em engenharia civil
98
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
preparação de AQS com uma melhoria de 61,60%. As propostas de reabilitação da envolvente
não se revelam tão satisfatórias na melhoria do desempenho energético, no entanto são
importantes para diminuir o consumo de energia dos sistemas de aquecimento e
arrefecimento. Dentro do mesmo patamar de melhorias estão dispostas as propostas de
reabilitação de revestimento de teto, com melhoria de 8,63%, a proposta de reabilitação da
ventilação natural, com 7,99%, a proposta de reabilitação das lajes, com melhoria de 7,60% e
a proposta de introdução de fachada ventilada, com melhoria de 7,16%. Em último, mas tão
importante como as restantes propostas de reabilitação, apresenta-se a proposta de reabilitação
dos vãos envidraçados, com 4,87% de melhoria.
Hierarquização das propostas de reabilitação - pisos intermédios
81.53
A+
Melhoria %
59.93
A
8.65
BMédia pisos
Média pisos
intermédios
intermédios
sistema de
reabilitação
aquecimento e
sistema de
sistema de AQS preparação AQS
conexo a sistema e Aquecimento
solar térmico
Média pisos
intermédios
Fachada
ventilada
8.45
B-
5.52
C
0.84
C
0.00
C
Média pisos
Média pisos
Média pisos
Média pisos
intermédios
intermédios
intermédios Pé intermédios lajes
reabilitação reabilitação vãos direito 2.6m
ventilação natural envidraçados
Figura 70 – Hierarquização das propostas de reabilitação das frações de pisos intermédios
Na Figura 70, relativamente aos apartamentos de pisos intermédios e à semelhança dos
apartamentos de rés-do-chão, o melhor desempenho energético é atribuído à reabilitação do
sistema de aquecimento e sistema de preparação de AQS conexo ao sistema solar térmico do
tipo “termossifão”, com uma melhoria de 81,53% nas necessidades globais de energia
primária, ascendendo a classe energética para A+. Em segundo lugar, está colocada a proposta
de reabilitação dos sistemas de aquecimento e de preparação de AQS com uma melhoria de
59,93%. As propostas de reabilitação da envolvente dividem-se em três patamares. O primeiro
é atribuído à proposta de introdução de fachada ventilada, com melhoria de 8,65% e à
proposta de reabilitação da ventilação natural com 8,45% de melhoria. O segundo com uma
percentagem mais baixa de melhoria é preenchido pela proposta de melhoria dos vãos
envidraçados, com melhoria de 5,52%. No último patamar situam-se as propostas a ignorar
nos apartamentos de pisos intermédios, como é o caso da proposta de reabilitação do
Mestrado em engenharia civil
99
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
revestimento de teto, com uma melhoria irrisória de 0,86% e a proposta de reabilitação das
lajes, sem melhoria prevista.
Hierarquização das propostas de reabilitação - último piso
Melhoria %
79.05
A
63.19
B
22.10
C
20.25
C
6.57
C
5.55
C
3.99
C
Média último
Média último
Média último
Média último
Média último
Média último
Média último
piso sistema de piso reabilitação piso reabilitação piso Pé direito piso reabilitação piso Fachada piso reabilitação
aquecimento e
sistema de
lajes
2.6m
ventilação natural
ventilada
vãos
sistema de AQS preparação AQS
envidraçados
conexo a sistema e Aquecimento
solar térmico
Figura 71 – Hierarquização das propostas de reabilitação das frações de último piso
Na Figura 71, relativamente aos apartamentos de último piso e à semelhança dos
apartamentos de rés-do-chão e de pisos intermédios, o melhor desempenho energético é
atribuído à reabilitação do sistema de aquecimento e sistema de preparação de AQS conexo
ao sistema solar térmico do tipo “termossifão”, com uma melhoria de 79,05% nas
necessidades globais de energia primária, ascendendo a classe energética para A. Em segundo
lugar, está colocada a proposta de reabilitação dos sistemas de aquecimento e de preparação
de AQS com uma melhoria de 63,19%. As propostas de reabilitação da envolvente dividem-se
em dois patamares. O primeiro é atribuído à proposta de reabilitação das lajes, com melhoria
de 22,10% e à proposta de reabilitação do revestimento de teto, com 20,25% de melhoria. O
segundo patamar com melhorias menos acentuadas dá lugar à proposta de reabilitação da
ventilação natural, com melhoria de 6,57%, à proposta de introdução de fachada ventilada
com melhoria de 5,55% e à proposta de reabilitação dos vãos envidraçados, com 3,99% de
melhoria
5.5. Despenho energético influenciado pela orientação dos edifícios
Os blocos da cooperativa de habitação económica “Capitães De Abril” orientam-se mantendo
um afastamento das vias de circulação ou por entre a vegetação.
Mestrado em engenharia civil
100
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Os edifícios tipo 2 são dispostos segundo três orientações, nomeadamente, nordeste (NE),
sudoeste (SO) e noroeste (NO), no entanto, os restantes edifícios são orientados unicamente
numa direção.
Apoiado nas semelhanças construtivas dos edifícios tipo 2 e na dissemelhança das
orientações, o estudo da influência da orientação no cálculo das necessidades de energia é
efetuado para os apartamentos com maior área de vãos envidraçados.
Na fachada de um edifício é agregada à maior área de vãos envidraçados. Nos edifícios da
cooperativa, a fachada opõe-se à porta principal de acesso aos blocos.
A influência da orientação nas necessidades globais de energia primária para os aparamentos
do lado direito dos blocos 6, 10 e 26, é estudada na Tabela 25.
Os edifícios orientados na vertente norte, principalmente os edifícios orientados a noroeste,
requerem mais energia para manter as frações dentro da temperatura de conforto dos
utilizadores.
Tabela 25 - Influência da orientação nas Ntc.
Apartamento r/c drtº B6
Ntc
(kgep/m².ano)
10.45
2.55
SO
Apartamento r/c drtº B10
10.19
Referência
NO
Apartamento r/c drtº B26
10.66
4.61
NE
Apartamento 1º drtº B6
9.15
2.69
SO
Apartamento 1º drtº B10
8.91
Referência
NO
Apartamento 1º drtº B26
9.38
5.27
NE
Apartamento 2º drtº B6
9.15
2.69
SO
Apartamento 2º drtº B10
8.91
Referência
NO
Apartamento 2º drtº B26
9.38
5.27
NE
Apartamento 3º drtº B6
12.36
1.15
SO
Apartamento 3º drtº B10
12.22
Referência
NO
Apartamento 3º drtº B26
12.59
3.03
Orientação
Fração autónoma
NE
%
Assumindo como referência os apartamentos orientados a sudoeste, na Tabela 25 são
percentualmente diferenciadas as necessidades globais de energia primária para os diversos
pisos das orientações abordadas.
As perdas térmicas pela envolvente exterior dos apartamentos dos pisos intermédios são
coligadas ao acréscimo de perdas pela cobertura nos apartamentos de último piso e pela
Mestrado em engenharia civil
101
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
envolvente interior em contacto com espaço não útil nos apartamentos de rés-do-chão. As
alterações na envolvente exterior têm maior impacto nos apartamentos de pisos intermédios
do que nos pisos de rés-do-chão e de último piso. Quanto maior a área da envolvente opaca
menor é a influencia da orientação nas necessidade globais de energia primária.
Na reabilitação de edifícios, caso seja exequível, uma das melhorias passa por minimizar a
área de envidraçados orientados a norte e maximizar a área de envidraçados orientados a sul.
5.6. Poupança energética anual
Aplicando a proposta de reabilitação global previamente estudada no Bloco 6 aos restantes
edifico da C.H.E “Capitães de Abril”, denota-se na Tabela 26 uma poupança energética global
de 83,82% que corresponde a 175 658,86 quilograma equivalentes de petróleo por ano.
Tabela 26 - Poupança anual de energia na C.H.E. ”Capitães de Abril” – Viana Do Castelo
Edifícios
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança energética anual
kgep.ano
%
Edifícios Tipo 1
34396,68
4807,80
29588,88
86,02
Edifícios Tipo 2
110628,25
13705,68
96922,56
87,61
Edifícios Tipo 3
15448,08
2407,11
13040,97
84,42
Edifícios Tipo 4
17559,78
2567,50
14992,29
85,38
Edifícios Tipo 5
31541,81
10427,65
21114,15
66,94
Total
209574,59
33915,75
175658,85
83,82
A principal empresa de distribuição de energia de Portugal, disponibiliza informação sobre a
origem da energia elétrica, motivando à sua utilização de uma forma cada vez mais consciente
e responsável defendendo o ambiente e a sustentabilidade do planeta, simultaneamente,
obtendo significativas poupanças na fatura de eletricidade.
Os simples gestos de substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras,
evitar ter as luzes ou os equipamentos ligados, quando não for necessário, ao comprar um
novo equipamento, verificar a etiqueta energética e optar por aquele que apresenta menor
consumo de energia, não deixar os aparelhos em modo standby, desligar no botão e retirar os
carregadores de bateria da ficha imediatamente após o seu aparelho estar carregado,
influenciam significativamente na redução do consumo de eletricidade e por sua vez na gestão
das fontes de energia.
Mestrado em engenharia civil
102
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
É a responsabilidade individual no consumo que torna possível gerir as fontes usadas na
produção de energia elétrica, na medida em que, a redução da produção de energia elétrica
permite dar maior relevância à utilização de energias renováveis em detrimento do consumo
de combustíveis fósseis, elementos poluidores da atmosfera.
Apesar dos significativos progressos no desenvolvimento da capacidade de produção de
energia proveniente de fontes renováveis, para responder às necessidades dos consumidores é
necessário recorrer também à produção convencional, em centrais termoelétricas que utilizam
combustíveis fósseis. (edp serviço universal, 2013)
Na Figura 72, através de gráficos circulares, é possível ver a contribuição de cada fonte de
energia para o “mix” energético referente ao ano de 2012.
Fontes de energia
15.2%
8.9%
Outras Renováveis
Eólica
Hídrica
10.7%
15.1%
40.1%
Carvão
Cogeração Fóssil
10.0%
Energia renovável
41%
59%
Energia não
renovável
Outras
Figura 72 - Fontes de produção de eletricidade (edp serviço universal, 2013)
No futuro espera-se que a distribuição de energia para os edifícios seja 100% proveniente de
fontes de energia renovável.
5.7. Sustentabilidade dos edifícios existentes e dos edifícios após
reabilitação
Avaliada a eficiência energética das diferentes soluções de reabilitação, torna-se fundamental
analisar a sua influência na vertente de sustentabilidade.
A avaliação do desempenho sustentável é efetuada para a totalidade dos edifícios da C.H.E
“Capitães de Abril” – Viana do Castelo. Os cálculos dos parâmetros assim como o
desempenho sustentável são apresentados no Anexo IV. A planta de implantação da C.H.E
“Capitães de Abril” – Viana do Castelo, com a delimitação das áreas construtivas, é ilustrada
na Figura 73.
Mestrado em engenharia civil
103
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Figura 73 - Planta de implantação da C.H.E. “Capitães de Abril” - Viana do Castelo
5.7.1. Dimensão Ambiental
A dimensão ambiental, resumida na Tabela 27, engloba as categorias, C1 - Alterações
climáticas e qualidade do ar exterior, C2 - Uso do solo e Biodiversidade, C3 - Energia, C4 Materiais e resíduos sólidos e C5-Água.
A categoria C1 - Alterações climáticas e qualidade do ar exterior, é direcionada unicamente
na avaliação do parâmetro P1 - Valor agregado das categorias de impacte ambiental de ciclo
de vida de área útil de pavimento e por anos.
Devido à falta de informação dos materiais utilizados na construção e para evitar incorreções
na avaliação da sustentabilidade, a categoria referente às alterações climáticas e qualidade do
ar exterior, não será avaliada. O peso da categoria é redistribuído pelas restantes categorias da
dimensão ambiental.
A categoria C2 - Uso do solo e biodiversidade é fragmentada nos parâmetros P2 Percentagem de utilização do índice de utilização líquido, P3 - Índice de impermeabilização,
P4 - Percentagem de área de intervenção preveniente, P5 - Percentagem de áreas verdes
Mestrado em engenharia civil
104
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
ocupadas por planta e P6-Percentagem de área em planta com refletância igual ou superior a
60%
O parâmetro P2 tem como objetivo promover a utilização eficiente do solo urbanizável. O
desempenho é obtido pelo cociente entre o índice de utilização líquido do edifício (IUL) e o
índice máximo disponível segundo o PDM local (IULmax). O Índice de utilização líquido do
edifício resulta do cociente entre a área bruta total e a área do lote ou parcela. A área bruta
total do edifício é obtida pelo somatório das áreas de todos os pavimentos acima e abaixo do
solo, excluindo os sótãos, áreas técnicas, varandas, terraços e arruamentos e a área da parcela
corresponde à área suscetível de construção.
No estudo do parâmetro P2 é importante ter atenção as limitações de área construtiva imposta
pelo PDM local. O PDM de Viana do Castelo menciona que o índice de construção máximo
não pode ser superior o 30%. O Aumento da área bruta total pode originar um decréscimo na
percentagem de áreas verdes, diminuindo assim a capacidade do solo de absorver água. Este
parâmetro beneficia a construção em altura, sendo que, para a mesma área de construção, a
área bruta total assume valores mais sustentáveis.
O parâmetro P3 pretende promover o aumento de permeabilidade dos solos para garantir a
recarda dos aquíferos e diminuir a possibilidade de ocorrência de cheia por saturação dos
sistemas de drenagem de águas pluviais. O desempenho é obtido pelo quociente entre a área
impermeável e a área total do terreno. A área impermeável resulta do somatório das áreas do
edifício, dos arruamentos e áreas pavimentadas.
O parâmetro P4 favorece os edifícios que reutilizem o solo contaminado ou previamente
construído. O desempenho é medido pelo quociente entre a área de intervenção do edifício
que anteriormente já se encontrava contaminada pela área total da intervenção. A área total de
intervenção é o somatório das áreas de implantação do edifício com as áreas onde se altera a
modelação natural do terreno. Quanto à área previamente contaminada terá o valor de 0, uma
vez que não existe nenhuma área que já tenha algum edifício ou que tenha sido contaminada.
O parâmetro P5 premeia a utilização de plantas autóctones nos espaços verdes, com o intuito
de preservar a biodiversidade. O desempenho resulta do quociente entre as áreas ocupadas
pela implantação de árvores autóctones com a área reservada para espaços verdes. Nos
espaços verdes, dos edifícios em estudo, não se observa qualquer espécie autóctone, pelo que
a proposta de reabilitação prevê a plantação de 60% da área com plantas nativas da região de
Viana do Castelo.
Mestrado em engenharia civil
105
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
O parâmetro P6 tem como objetivo promover o uso de materiais de elevada refletância ou de
zonas verdes nos espaços exteriores e coberturas. A temperatura dos centros urbanos é mais
elevada, uma vez que se substitui a vegetação existente por construções que normalmente
apresentam elevada absorção solar resultado da sua baixa refletância. Este fenómeno designase por ilha de calor. Este fator proporciona o aumento das necessidades de energia para
arrefecimento das edificações urbanas em comparação com edificações situadas em meio
rural.
A face exterior das coberturas dos edifícios é constituída por uma membrana asfáltica
impermeabilizante de cor branca, com uma refletância de 70%, na proposta de reabilitação,
prevendo o uso de cobertura acessível ventilada, a refletância assume valores superiores a
60% com o recurso a mosaicos cerâmicos de elevada refletância.
A categoria C3 - Energia é dividida em dois parâmetros P7 - Consumo de energia primária
não renovável na fase de utilização e pelo parâmetro P8 - Quantidade de energia que é
produzida no edifício através de fontes renováveis.
O parâmetro P7 debruçado na avaliação energética, promove a diminuição da dependência de
energia não renovável necessária para aquecimento, arrefecimento e aquecimento das águas
sanitárias do edifício. É avaliado através do valor das necessidades globais anuais de energia
primária (Ntc), calculado na fase de avaliação energética.
O parâmetro P8 pretende enaltecer o uso de energia proveniente de fontes renováveis. A
contribuição de sistemas solares deve ser calculada utilizando o programa SOLTERM do
INETI. A sua contribuição só pode ser contabilizada, se os sistemas ou equipamentos forem
certificados de acordo com as normas e legislação em vigor, instalados por instaladores
acreditados pela DGGE e, cumulativamente, se houver a garantia de manutenção do sistema
em funcionamento eficiente durante um período mínimo de seis anos após instalação.
O desempenho é avaliado através da quantidade de energia produzida no edifício, através de
fontes renováveis e resulta do cociente entre a energia produzida pela área útil do pavimento.
Na solução base não se recorre a qualquer tipo de sistema de produção de energia renovável.
Na proposta de reabilitação, o uso de sistema solar térmico tipo “termossifão” para produção
de energia renovável, torna-se fundamental para tentar alcançar a meta dos edifícios com
necessidades quase nulas de energia.
A categoria C4 - Materiais e resíduos sólidos, é ramificada nos parâmetros P9 -Percentagem
em custo de materiais reutilizados, P10 - Percentagem em peso do conteúdo reciclado do
Mestrado em engenharia civil
106
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
edifício, P11 - Percentagem em custo de produtos de fase orgânica que são certificados, P12 Percentagem em massa de materiais substitutos do cimento e do betão e P13 - Potencial das
condições do edifício para promoção de separação de resíduos sólidos.
Devido à falta de informação precisa dos materiais utilizados em obra, o estudo das soluções
construtivas são meras aproximações à realidade, como a categoria, C4 - Materiais e resíduos
sólidos, se debruça na pormenorização dos materiais aplicados não é possível estudar a
sustentabilidade dos parâmetros envolvidos, portanto o peso da categoria é distribuído pelas
categorias de sustentabilidade a estudar.
A categoria C5 - Água, converge nos parâmetros P14 - Volume de água consumida per capita
no interior do edifício e no parâmetro P15 - Percentagem de redução do consumo de água
potável.
O parâmetro P14 procura fazer a previsão do volume anual de água consumido per capita na
interior do edifico, promovendo e premiando a sua redução. O desempenho é obtido pelo
somatório dos diferentes dispositivos de utilização multiplicados pelo consumo de utilização
em metros cúbicos, pelo número de utilizações por anos e pelo número de utilizações por dia
por habitante.
Nos edifícios em estudo são utilizados como dispositivos de utilização, bacia de retrete com
descarga de 6 litros, torneiras convencionais, lava-louça com torneiras convencionais,
chuveiros com fluxo compreendido entre 6 e 9, máquina de lavar roupa com consumo de
prática corrente e máquina de louça com consumo de prática corrente. Na proposta de
reabilitação prevê-se a utilização de dispositivos mais eficientes, como é o caso de bacia de
retrete com dupla descarga de 4 e 2 litros, torneiras com redutor de caudal, Lava-louça
contendo torneiras com redutor de caudal, chuveiros com fluxo inferior a 4,5 e maquinas de
lavar roupa e loiça de baixo consumo.
O parâmetro P15 preconiza a reutilização de águas residuais domésticas e a utilização de
águas pluviais para reduzir o consumo de água potável. A percentagem de redução do
consumo de água potável deriva do somatório do volume de águas cinzentas recicladas com o
somatório do volume de águas da chuva utilizada, dividido pelo volume total de água
consumido no interior do edifício. No edificado não se prevê a utilização de sistemas de
captação e tratamento de águas cinzentas e pluviais.
Mestrado em engenharia civil
107
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Tabela 27- Categorias, indicadores e parâmetros da Dimensão Ambiental do SBToolPT – H
Dimensão
Categoria
Indicador
Parâmetro
C1 - Alterações
Impacte ambiental
Valor agregado das categorias de impacte
climáticas e qualidade
associado ao ciclo de
ambiental de ciclo de vida do edifício por m2
do ar exterior
vida dos edifícios
de área útil de pavimento e por ano
Percentagem utilizada do índice de utilização
Densidade Urbana
líquido disponível
Índice de impermeabilização
Reutilização de solo
C2 - Uso do solo e
previamente edificado
biodiversidade
ou contaminado
Percentagem de áreas verdes ocupadas por
autóctones
plantas autóctones
resíduos sólidos
refletância igual ou superior a 60%
Consumo de energia primaria não renovável
renovável
na fase de utilização
Energia produzida
fontes renováveis
C4 - Materiais e
Percentagem de área em planta com
Energia Primaria não
localmente a partir de
DA – Ambiental
previamente contaminada ou edificada
Uso de plantas
Efeito de ilha de calor
C3 – Energia
Percentagem de área de intervenção
Quantidade de energia que é produzida na
edifício através de fontes renováveis
Reutilização de
Percentagem em custo dos materiais
materiais
reutilizados
Utilização de materiais
Percentagem em peso do conteúdo reciclado
reciclados
do edifício
Recurso a materiais
Percentagem em custo dos produtos de base
certificados
orgânica que são certificados
Uso de substitutos de
Percentagem em massa de materiais
cimento no betão
substitutos do cimento no betão
ID
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
P12
Condições de
armazenamento de
resíduos sólidos durante
a fase de utilização do
Potencial das condições do edifício para
promoção da separação de resíduos sólidos
P13
edifício
Consumo de água
C5 – Água
no interior do edifício
Reutilização e utilização
Percentagem de redução do consumo de água
de água não potável
potável
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108
Volume anual de água consumida per capita
P14
P15
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
5.7.2. Dimensão Social
A dimensão social, sintetizada na Tabela 28 avalia as categorias C6-Conforto e saúde dos
utilizadores, C7-Acessibilidade e C8-Sustentabilidade e educação para a sustentabilidade.
A categoria C6 - Conforto e saúde dos utilizadores, é agrupada pelos parâmetros, P16 Potencial de ventilação natural, P17 - Percentagem em peso de materiais de acabamento com
baixo teor em COV, P18 - Nível de conforto térmico medio anual, P19 - Media do fator de luz
do dia médios e P20 - Nível médio de isolamento acústico.
O parâmetro P16 através do requisito legal previsto no RCCTE, do tipo de ventilação
existente, de aspetos relacionados com as plantas de arquitetura, da área de abertura para o
exterior e do tipo de caixilharias utilizadas nos vãos, é determinado com recurso a créditos o
valor do potencial de ventilação natural, sendo que quanto maior for o valor, melhor é o
desempenho sustentável do edifício.
Todas as frações em estudo são ventiladas naturalmente com renovações de ar por hora acima
do mínimo de 0.6, imposto pelo RCCTE. A ventilação natural declina para valores mais
próximos do mínimo exigido, na proposta de melhoria, com a objetivo de minorar as perdas
associadas á troca de ar do exterior com o interior, não deixando, no entanto, de garantir a boa
qualidade do ar interior. A ventilação é eficaz em todas as frações, sendo a percentagem de
ventilação cruzada compreendida ente 25 e 50% da área habitável, à exceção dos edifico tipo
3 em que a percentagem é inferior a 25%. As aberturas para o exterior superam os 10% da
área útil de pavimento. Todas as caixilharias utilizadas nos vãos, na proposta de reabilitação,
encorparam grelha de ventilação, o que não acontece no edificado atual.
O parâmetro P17, pelos motivos citados na categoria C1 e o parâmetro P18 por estar fora do
âmbito da avaliação, não serão avaliados e o seu peso será distribuído pelos parâmetros em
estudo da categoria que promove o conforto e saúde dos utilizadores.
O parâmetro P19, sustentado na iluminação natural, promove a redução da energia para
iluminação dos compartimentos das frações. Uma boa estratégia de soluções construtivas
permitem obter um melhor aproveitamento da iluminação natural, como é exemplo, utilizar
revestimentos de cor clara para refletir a luz solar, orientar adequadamente as janelas do
edifício, evitar compartimentos de elevada profundidade, colocar proteções solares nas janelas
para assegurar a iluminação evitando sobreaquecimentos no verão, janelas altas em vez de
Mestrado em engenharia civil
109
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
janelas largas e baixa, utilizar soluções que possibilitem o aproveitamento de iluminação
natural, através da aplicação de poços de luz, ductos solares, claraboias, aberturas zenitais
laterias, palas refletoras, componentes prismáticos e Fibra ótica. Estudos comprovam que
quanto maior a claridade proveniente de luz solar, maior é satisfação e conforto dos
ocupantes.
O Fator de Luz do Dia Médio de um compartimento é calculado através do método
simplificado proposto por Littlefair, que resulta do quociente da multiplicação das variáveis,
fator de correlação que permite traduzir a sujidade do envidraçado (M), área total envidraçada
das janelas ou claraboias (W), ângulo do céu visível formado pelos planos inferior e superior
que delimitam a área visível do céu a partir do centro da janela do compartimento (θ) e fator
de transmissão da luz visível do vidro (T), pela multiplicação da área total de todas as
superfícies interiores do compartimento (A) pelo quadrado do inverso da média ponderada da
refletâncias das superfícies interiores do compartimento, em função da área (R). O
desempenho de cada fração é obtido através da média ponderada do valor normalizado do
fator de luz do dia médio associado a cada compartimento.
O parâmetro P20 por estar fora do âmbito de avaliação, não é considerado. À semelhança dos
parâmetros P17 e P18, o seu peso é divido pelas categorias avaliadas da categoria C6.
A categoria C7 - Acessibilidade reparte-se nos parâmetros P21 - Índice de acessibilidade a
transportes públicos e P22 - Índice de acessibilidade a amenidades
O parâmetro P21, tendo por base as diversas linhas de transporte público que servem o local
do edificado nas horas de ponta e mediante as variáveis tempo de percurso desde a entrada do
edifício até à paragem de transporte publico, o tempo de espera e o fator que exprime a
potencialidade de atraso, estabelece o índice de acessibilidade a transportes públicos. Os
edifícios com maior índice de acessibilidade, indiciam a menor tendência de utilização de
transportes individuais, reduzindo deste modo as emissões de gases de efeito de estufa. As
vantagens não se ficam pelo meio ambiental. Os transportes públicos são o meio de
mobilidade de pessoas que não possuam transporte privado assim como de pessoas debilitadas
com a introdução de sistemas nos transportes públicos que proporcionam a entrada e saída de
cadeiras de rodas.
O edificado é situado na zona central da cidade de Viana do Castelo e é servido por duas
linhas de transportes rodoviários.
Mestrado em engenharia civil
110
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
O parâmetro P22 valoriza os edifícios que se situem perto das amenidades básicas como é o
caso de cafés, espaços exteriores públicos, mercearia, talho, banco, caixa de multibanco,
escola primária, estação de correios, farmácia parque infantil, centro comercial, centro de
desporto, ginásio, centro médico, centro recreativo, igreja, edifício de serviços e restaurante.
A proximidade das amenidades das frações, modera a utilização de transportes privados,
promovendo a deslocação a pé, de bicicleta ou transportes públicos, com o objetivo de
diminuir as emissões de gases efeito de estufa e evitar congestionamentos. As amenidades são
divididas em três classes, mediante a importância refletida pela população.
O índice de acessibilidade é calculado com recurso a créditos atribuídos às três classes de
amenidades, consoante a percurso desde a saída da porta do edifício até à amenidade.
A categoria C8 - Sensibilização e educação para a sustentabilidade é avaliada apenas pelo
parâmetro P23 – Disponibilidade e conteúdo do manual do utilizador do edifício.
O parâmetro P23 resulta do somatório dos créditos atribuídos a cada conteúdo apresentado no
manual de utilizador. A classificação energética ou sustentável de um edifício é baseada em
pressupostos que podem ser ou não cumpridos pelos utilizadores, sendo assim é importante
consciencializar os utilizadores para a redução dos custos e diminuição da produção de
poluentes ambientais.
Na proposta de reabilitação prevê-se a elaboração do manual de utilizador. Nos aspetos
relacionados com o edifício, é estabelecida a comunicação das medidas adotadas, com as
razões que levaram à sua adoção assim como o modo de utilização, na vertente energética há
a subdivisão, detalhada em informações sobre o modo de operar corretamente os
equipamentos, informações sobre os requisitos de manutenção, informações de instruções de
utilização eficiente dos sistemas, informações relacionadas com soluções de iluminação
artificial de baixo consumo, informações relacionadas com o sistema europeu de rotulagem
dos eletrodomésticos e conteúdo de carater geral relacionados com eficiência energética, ao
nível de consumo de água o manual contém informações sobre a utilização de água com dicas
para poupança de água, detalhes acerca dos dispositivos instalados que permitem o menor
consumo de água e informações sobre o uso eficiente de água nos espaços exteriores, o
manual menciona também informações sobre os resíduos e reciclagem, relacionadas com os
sistemas de separação e recolha de resíduos e informação sobre manutenção e remodelação
sustentável. A nível de caráter local e envolvente, o manual contém informações dos resíduos
e reciclagem, nomeadamente o que fazer aos resíduos não abrangidos na recolha, informações
Mestrado em engenharia civil
111
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
relativas a transportes públicos, informações sobre a localização das amenidades, padrões de
consumo responsável, relacionado com a aquisição de bens e serviços mais sustentáveis e
informações de emergência com a localização e números de telefone das instituições.
Tabela 28 - Categorias, indicadores e parâmetros da Dimensão Social do SBToolPT - H
Dimensão
Categoria
Indicador
Parâmetro
ID
Potencial de ventilação natural
P16
Eficiência da ventilação
natural em espaços
interiores
C6 - Conforto e saúde
Toxicidade dos materiais Percentagem em peso de materiais de
dos utilizadores
de acabamento
acabamento com baixo conteúdo de COV
Conforto térmico
Nível de conforto térmico medio anual
P18
Conforto visual
Média do Fator de Luz do Dia Medio
P19
Conforto acústico
Nível medio de isolamento acústico
P20
DE- Social
Acessibilidade a
C7 - Acessibilidade
transportes públicos
Acessibilidade a
amenidades
C8 - Sensibilização e
educação para a
Formação dos ocupantes
sustentabilidade
P17
Índice de acessibilidade a transportes públicos P21
Índice de acessibilidade a amenidades
Disponibilidade e conteúdo do Manual do
utilizador do Edifício
P22
P23
5.7.3. Dimensão Económica
A dimensão económica, sintetizada na Tabela 29, avalia apenas a categoria C9 – Custos de
Ciclo de vida que por sua vez é orientada pelos parâmetros P24 – Valor do custo de
investimento inicial por m2 de área útil de pavimento e P25 Valor atual dos custos de
utilização inicial por m2 de área útil de pavimento.
O parâmetro P24 avalia o valor do custo do investimento inicial por m2 de área útil. O
desempenho do edifício ao nível deste parâmetro é avaliado através do valor do custo do
investimento inicial por m2 de área útil. Este valor corresponde ao custo de construção ou
valor de venda a público e inclui todas as despesas associadas ao edifício até à conclusão da
fase de construção. A avaliação do parâmetro P24 está fora do âmbito de estudo, no entanto, o
seu peso será distribuído pelo parâmetro P25.
O parâmetro P25, referente aos custos de utilização, avalia o desempenho sustentável do
edifício através do valor atual dos custos de utilização por m2 de área útil. No estudo da
sustentabilidade é feita a entrada, com custos associados ao consumo de energia para
Mestrado em engenharia civil
112
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
climatização e aquecimento das águas sanitárias, custos de consumo de água potável, custos
de produção de águas residuais e produção de resíduos sólidos. O Valor atual dos custos de
utilização por m2 de área útil deriva do somatório dos custos avaliados em função da taxa
Euribor a 12 meses e da duração prevista para o ciclo de vida do edifício.
O custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e produção de
resíduos sólidos, são obtidos mediante os consumos de água potável na prática convencional
ou na melhor prática, sendo que, os custos de produção de águas residuais e produção de
resíduos sólidos, são calculados em função da capitação de água potável.
Conforme os custos de melhor prática e de prática convencional são obtidos os índices em
função da taxa Euribor a 12 meses e da duração prevista para o ciclo de vida do edifício.
(Bragança & Mateus, 2009)
Tabela 29 - Categorias, indicadores e parâmetros da Dimensão Económica do SBToolPT - H
Dimensão
DE- Económica
Categoria
C9 - Custo de ciclo de
vida
Indicador
Parâmetro
Custo de investimento
Valor do custo do investimento inicial por m2
inicial
de área útil
Custo de utilização
Valor atual dos custos de utilização por m de
área útil
ID
P24
P25
5.7.4. Sustentabilidade - Solução base versus proposta de reabilitação
A avaliação da sustentabilidade é apoiada em 15 parâmetros, sete dos quais são análogos à
solução base e à proposta de reabilitação (P2, P3, P4, P6, P15, P21 e P22).
Os parâmetro em estudo que influenciam a mudança da nota de sustentabilidade da solução
base para proposta de reabilitação, são assinaladamente os parâmetros P5, P7, P8, P14, P16,
P19, P23 e P25.
Na Tabela 30 para o bloco 1, estão especificados os benchmarks da solução base e da
proposta de reabilitação total.
Mestrado em engenharia civil
113
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Tabela 30 - Benchmarks dos parâmetros sustentáveis do edifício tipo 1 bloco 1- Solução base
versus Proposta de reabilitação total
Parâmetro
Valor agregado das categorias de impacte
ambiental de ciclo de vida do edifício por m2
de área útil de pavimento e por ano
Percentagem utilizada do índice de utilização
líquido disponível
Índice de impermeabilização
Percentagem de área de intervenção
previamente contaminada ou edificada
Percentagem de áreas verdes ocupadas por
plantas autóctones
Percentagem de área em planta com
refletância igual ou superior a 60%
Consumo de energia primária não renovável
na fase de utilização
Quantidade de energia que é produzida no
edifício através de fontes renováveis
Percentagem em custo dos materiais
reutilizados
Percentagem em peso do conteúdo reciclado
do edifício
Percentagem em custo dos produtos de base
orgânica que são certificados
Percentagem em massa de materiais
substitutos do cimento no betão
Potencial das condições do edifício para
promoção da separação de resíduos sólidos
Volume anual de água consumida per capita
no interior do edifício
Percentagem de redução do consumo de
água potável
Potencial de ventilação natural
Percentagem em peso de materiais de
acabamento com baixo conteúdo de COV
Nível de conforto térmico medio anual
ID
Melhor pratica
(base/ reabilitação
total)
P1
Prática convencional
(base/reabilitação
total)
Solução
Solução
reabilitação
Base
total
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P2
90 / 90
50 / 50
104.97
104.97
P3
30 / 30
60 / 60
31.97
31.97
P4
90 / 90
0/0
0
0
P5
90 / 90
30 / 30
0
60
P6
90 / 90
40 / 40
91.85
91.85
P7
2.25 / 2.26
8.95 / 9.04
10.07
1.51
P8
41.44 / 35.69
38.65 / 17.72
0
24.41
P9
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P10
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P11
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P12
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P13
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P14
22 / 22
44 / 44
37.05
19.45
P15
38.42 / 38.42
0/0
0
0
P16
60 / 60
30 / 30
50
70
P17
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P18
Não considerado no estudo de sustentabilidade
Média do Fator de Luz do Dia Médio
P19
Nível medio de isolamento acústico
Índice de acessibilidade a transportes
públicos
Índice de acessibilidade a amenidades
Disponibilidade e conteúdo do Manual do
utilizador do Edifício
Valor do custo do investimento inicial por
m2 de área útil
Valor atual dos custos de utilização por m2
de área útil
P20
3/3
0.92 / 0.92
13
7.6
Não considerado no estudo de sustentabilidade
P21
11 / 11
3.5 / 3.5
1.97
1.97
P22
30 / 30
15 / 15
93
93
P23
75 / 75
15 / 15
0
100
P24
P25
Não considerado no estudo de sustentabilidade
12.74 / 12.74
48.53 / 48.53
20.79
9.48
Não se prevendo alterações geométricas significativas da solução base para proposta de
reabilitação, o parâmetro P2, que avalia a percentagem utilizada do índice de utilização
líquido disponível e o parâmetro P3, que avalia o índice de impermeabilização, assumem o
mesmo desempenho em ambas as soluções.
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114
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A área de implantação do edificado não se sobrepõe a solo previamente contaminado ou
edificado, o parâmetro P4, que avalia a percentagem de área de intervenção previamente
contaminada ou edificada, é igual na solução base e na proposta de reabilitação.
Na solução base as áreas verdes estão unicamente ocupadas por plantas exóticas, no entanto
na proposta de reabilitação prevê-se a replantação de 60% das áreas verdes com plantas
autóctones aumentando o desempenho do parâmetro P5, que avalia a percentagem de áreas
verdes ocupadas com plantas autóctones.
A solução base e a proposta de reabilitação apresentam na fase exterior da cobertura material
ou tecnologia construtiva com refletância superior a 60%, o desempenho do parâmetro P6,
que avalia a percentagem da área em planta com refletância igual ou superior a 60%, é igual
em ambas as soluções.
A classe energética aumentou consideravelmente da solução base para proposta de
reabilitação, o desempenho do parâmetro P7, que avalia o consumo de energia primária não
renovável baseado no projeto térmico de cada fração autónoma é favorecido na proposta de
reabilitação.
Na solução base não se invoca qualquer sistema de produção de energia renovável, no entanto
na proposta de reabilitação prevê-se a implementação de sistemas solar térmico do tipo
“termossifão” para preparação de AQS, resultando no aumento desempenho do parâmetro P8,
que avalia a quantidade de energia que é produzida no edifício através de fontes renováveis.
Na solução base o recurso a dispositivos convencionais traduz num elevado volume de água
consumido anualmente per capita, na proposta de reabilitação os dispositivos convencionais
são trocados por dispositivos de elevada eficiência para diminuir o volume anual de água
consumido per capita, para valores abaixo da melhor prática beneficiando o desempenho do
parâmetro P14, que avalia o volume de anual de água consumida per capita no interior do
edifício.
Na solução base e na proposta de reabilitação não existe qualquer sistema de captação e
tratamentos de águas residuais ou pluviais, retratando o seu fraco desempenho no parâmetro
P15, que avalia a percentagem de redução do consumo de água potável.
Da solução base para a proposta de reabilitação diminui-se a área de envidraçado dos
compartimentos para reduzir as perdas por renovação de ar implicando um decréscimo na
média do fator de luz do dia médio, não influenciando de certo modo o desempenho do
parâmetro P19, que avalia a média do fator de luz do dia médio.
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115
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Não se prevê a implantação de novas paragens ou novas linhas de transporte público, pelo que
o desempenho do parâmetro P21, que avalia o índice de acessibilidade a transportes públicos,
é igual na solução base e na proposta de reabilitação.
Não se antevê a deslocação de amenidades, sendo o desempenho do parâmetro P22, que
avalia o índice de acessibilidade a amenidades, igual na solução base e na proposta de
reabilitação.
Na solução base o manual do utilizador não está disponível, pelo que na proposta de
reabilitação é desenvolvido o manual do utilizador cumprindo todos os conteúdo previsto na
sua composição, como intuito de por os utilizadores a par de todos os critérios de
sustentabilidade envolvidos no seu edifício, favorecendo o desempenho do parâmetro P23,
que avalia a disponibilidade e conteúdo do manual do utilizador do edifício.
Como a classificação energética aumentou consideravelmente da solução base para a proposta
de reabilitação, os custos de utilização são menores, beneficiando a sustentabilidade do
parâmetro P25, que avalia o valor atual dos custos de utilização.
No estudo da sustentabilidade dos edifícios base da cooperativa, a Tabela 31 apresenta o valor
dos parâmetros normalizados, assim como a nota global de sustentabilidade.
Obtida a média geral dos edifícios da cooperativa, a Figura 74 reflete o desempenho de cada
parâmetro abordado no estudo de sustentabilidade da solução base.
Parâmetros SBTool
Valor dos parâmetros
1.20
1.15
1.20
0.90
0.763
0.64
0.32
0.22
0.00
0.00
P2
P3
P4
P5
-0.20
P6
P7
-0.07
P8
P14
P15
-0.20
P16
P19
P21
-0.20
P22
P23
P25
-0.20
Figura 74 - Desempenho dos parâmetros da solução base- Média dos edifícios
Mestrado em engenharia civil
116
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Tabela 31 - Nota Global de sustentabilidade - Solução Base
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P14
P15
P16
P19
P21
P22
P23
P25
NS
Bloco 1
1.13
0.93
0.00 -0.20
1.04 -0.17 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.78
0.50
Bloco 2
1.20 -0.08
0.00 -0.20
0.71 -0.14 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.78
0.49
Bloco 3
1.20 -0.08
0.00 -0.20
0.71 -0.15 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.78
0.49
Bloco 4
1.20 -0.08
0.00 -0.20
0.71 -0.14 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.78
0.49
Bloco 5
1.07
0.73
0.00 -0.20
0.90 -0.19 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.77
0.49
Bloco 6
1.20
0.14
0.00 -0.20
0.65 -0.14 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.48
Bloco 7
1.20 -0.20
0.00 -0.20
0.60 -0.10 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.77
0.49
Bloco 8
1.18
0.97
0.00 -0.20
1.07 -0.18 -0.20
0.32
0.00
0.33
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.77
0.48
Bloco 9
0.61
0.38
0.00 -0.20
0.60 -0.12 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.46
Bloco 10
1.20
0.67
0.00 -0.20
0.92 -0.16 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.49
Bloco 11
1.20 -0.20
0.00 -0.20
0.85 -0.10 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.77
0.49
Bloco 12
1.20 -0.08
0.00 -0.20
0.95 -0.11 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.50
Bloco 13
1.20 -0.08
0.00 -0.20
0.94 -0.11 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.77
0.50
Bloco 14
1.20 -0.20
0.00 -0.20
0.48 -0.16 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.47
Bloco 15
1.20 -0.20
0.00 -0.20
1.20 -0.20 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.75
0.49
Bloco 16
1.20 -0.20
0.00 -0.20
1.20 -0.20 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.49
Bloco 17
1.20 -0.20
0.00 -0.20
1.20 -0.20 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.75
0.49
Bloco 18
1.20
0.57
0.00 -0.20
1.11 -0.16 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.50
Bloco 19
1.20 -0.04
0.00 -0.20
0.74 -0.11 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.49
Bloco 20
1.20 -0.15
0.00 -0.20
0.67 -0.11 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.49
Bloco 21
1.20 -0.04
0.00 -0.20
0.74 -0.10 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.77
0.49
Bloco 22
1.20
0.20
0.00 -0.20
1.20 -0.14 -0.20
0.32
0.00
0.33
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.48
Bloco 23
1.20
0.78
0.00 -0.20
1.12 -0.11 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.50
Bloco 24
1.20
0.31
0.00 -0.20
1.00 -0.11 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.50
Bloco 25
1.20
0.51
0.00 -0.20
0.98 -0.16 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.49
Bloco 26
0.67
1.27
0.00 -0.20
1.12 -0.19 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.47
Bloco 27
1.20
0.20
0.00 -0.20
0.88 -0.19 -0.20
0.32
0.00
0.67
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.75
0.48
Média
1.15
0.22
0.00 -0.20
0.90 -0.15 -0.20
0.32
0.00
0.64
1.20 -0.20
1.20 -0.20
0.76
0.49
No estudo da sustentabilidade dos edifícios da cooperativa com a proposta de reabilitação
total, a Tabela 32 apresenta o valor dos parâmetros normalizados, assim como a nota global
de sustentabilidade.
Obtida a média geral dos edifícios da cooperativa, a Figura 75 reflete o desempenho de cada
parâmetro abordado no estudo de sustentabilidade da proposta de reabilitação total.
Mestrado em engenharia civil
117
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Parâmetros SBTooL
Valor dos parâmetros
1.15
1.12
1.19
1.20
P16
P19
1.20
1.20
P22
P23
1.09
0.90
0.56
0.50
0.37
0.22
0.00
0.00
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P14
P15
P21
P25
-0.20
Figura 75 - Desempenho dos parâmetros da reabilitação total- Média dos edifícios
Tabela 32 - Nota Global de sustentabilidade – Proposta de reabilitação total
P14
P15
P16
P19
P22
P23
P25
NS
Bloco 1
P2
1.13
P3
0.93
P4
0.00
P5
0.50
P6
1.04
P7
1.11
P8
0.37
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.929
Bloco 2
1.20 -0.08
0.00
0.50
0.71
1.12
0.38
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.918
Bloco 3
1.20 -0.08
0.00
0.50
0.71
1.11
0.38
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.917
Bloco 4
1.20 -0.08
0.00
0.50
0.71
1.12
0.38
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.918
Bloco 5
1.07
0.73
0.00
0.50
0.90
1.11
0.37
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.920
Bloco 6
1.20
0.14
0.00
0.50
0.65
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.925
Bloco 7
1.20 -0.20
0.00
0.50
0.60
1.14
0.45
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.924
Bloco 8
1.18
0.97
0.00
0.50
1.07
1.09
0.24
1.12
0.00
1.00
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.902
Bloco 9
0.61
0.38
0.00
0.50
0.60
1.14
0.45
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.902
Bloco 10
1.20
0.67
0.00
0.50
0.92
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.936
Bloco 11
1.20 -0.20
0.00
0.50
0.85
1.14
0.45
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.932
Bloco 12
1.20 -0.08
0.00
0.50
0.95
1.14
0.45
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.935
Bloco 13
1.20 -0.08
0.00
0.50
0.94
1.14
0.45
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.935
Bloco 14
1.20 -0.20
0.00
0.50
0.48
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.918
Bloco 15
1.20 -0.20
0.00
0.50
1.20
1.10
0.25
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.913
Bloco 16
1.20 -0.20
0.00
0.50
1.20
1.10
0.25
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.914
Bloco 17
1.20 -0.20
0.00
0.50
1.20
1.10
0.24
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.913
Bloco 18
1.20
0.57
0.00
0.50
1.11
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.941
Bloco 19
1.20 -0.04
0.00
0.50
0.74
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.926
Bloco 20
1.20 -0.15
0.00
0.50
0.67
1.14
0.45
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.927
Bloco 21
1.20 -0.04
0.00
0.50
0.74
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.927
Bloco 22
1.20
0.20
0.00
0.50
1.20
1.08
0.22
1.12
0.00
1.00
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.899
Bloco 23
1.20
0.78
0.00
0.50
1.12
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.944
Bloco 24
1.20
0.31
0.00
0.50
1.00
1.14
0.45
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.940
Bloco 25
1.20
0.51
0.00
0.50
0.98
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.938
Bloco 26
0.67
1.27
0.00
0.50
1.12
1.14
0.44
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.923
Bloco 27
1.20
0.20
0.00
0.50
0.88
0.82 -0.20
1.12
0.00
1.20
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.08
0.818
Média
1.15
0.22
0.00
0.50
0.90
1.11
1.12
0.00
1.19
1.20 -0.20
1.20
1.20
1.09
0.920
0.37
Mestrado em engenharia civil
118
P21
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Com as melhorias impostas da solução base para a proposta de reabilitação total, a nota global
de sustentabilidade apoiada na Tabela 33 passou de B para A com uma melhoria de 87,76%
no valor de sustentabilidade do edificado da C.H.E. “Capitães de Abril”.
Tabela 33 - Conversão do valor normalizado numa escala qualitativa de sustentabilidade
Escala
qualitativa
A+
Valor normalizado
̅ >1
A
B
C
D
E
No Anexo IV são estabelecidas as variáveis envolvidas no cálculo dos parâmetros em estudo
para a solução base e para a proposta de reabilitação total.
Mestrado em engenharia civil
119
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Mestrado em engenharia civil
120
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
6. CONCLUSÃO
6.1. Conclusões
A cooperativa de habitação económica “capitães de abril” localizada em Viana do Castelo
reúne cinco conjunto de edifícios. Os edifícios Tipo 2 detêm o maior número de incidências
sendo possível, deste modo, comparar para as diferentes orientações, nordeste (NE), sudoeste
(SO) e noroeste (NO), a influência nas necessidades de energia.
Os métodos e os materiais construtivos são empregues de igual modo nos edifícios da
cooperativa, alterando unicamente a tipologia e a arquitetura dos diferentes tipos. Detona-se o
rigor e cuidado em satisfazer os requisitos impostos pelo REGEU.
O défice de isolamento térmico e acústico da envolvente exterior, aliados à ausência de
sistemas de aquecimento e arrefecimento influenciam bastante na eficiência energética do
edificado.
Quando comparadas com os apartamentos de pisos intermédios, as necessidades globais de
energia primária aumentam 29% nos apartamentos de último piso e 12% nos apartamentos de
rés-do-chão. O aumento das necessidades energéticas nos apartamentos de último piso,
resultam do aumento das perdas pela envolvente exterior, nomeadamente pela cobertura. Nos
apartamentos de rés-do-chão o aumento das perdas está associado ao acréscimo de perdas pela
envolvente interior, especificadamente pelo pavimento em contacto com espaços não úteis.
Apesar de existir divergências nas necessidades energéticas para os apartamentos intermédios,
apartamentos de rés-do-chão e apartamentos de último piso, a classe energética C é atribuída à
totalidade dos apartamentos da C.H.E. A amplitude das classes energéticas fica mais
restringida nas classes antecessoras à classe energética C.
O estudo das propostas de reabilitação é “ajustado” no bloco 6 e posteriormente aplicadas aos
restantes edifícios, projetando alcançar a meta dos edifícios com necessidades quase nulas de
energia.
As propostas de reabilitação baseadas nas variáveis envolvidas no cálculo das necessidades
energéticas do RCCTE dividem-se na reabilitação da envolvente e reabilitação dos sistemas.
A reabilitação da envolvente abrange melhorias do isolamento térmico das paredes
exteriores, cobertura, laje em contacto com espaços não úteis, melhorias do comportamento
Mestrado em engenharia civil
121
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
térmico das caixilharias e envidraçados, diminuição da área de envidraçados, rebaixamento do
pé-direito, vedação das portas e aplicação de dispositivos de admissão de ar.
A reabilitação dos sistemas tem como finalidade aumentar a eficiência dos equipamentos de
aquecimento e produção de águas quentes sanitárias. Na obtenção das necessidades globais de
energia primária o RCCTE atribui maior percentagem ao sistema de preparação de AQS.
No bloco 6 para o rés-do-chão, as propostas de melhoria das necessidades energéticas
relacionadas com a reabilitação da envolvente estão hierarquizadas em, reabilitação de
revestimento de teto, com melhoria de 8,63%, reabilitação da ventilação natural, com 7,99%
de melhoria, reabilitação das lajes, com 7,60% de melhoria, introdução de fachada ventilada,
com melhoria de 7,16% e reabilitação dos vãos envidraçados, com 4,87% de melhoria.
Nos pisos intermédios beneficia-se da introdução de fachada ventilada, com melhoria de
8,65%, da reabilitação da ventilação natural com 8,45% de melhoria, da reabilitação dos vãos
envidraçados, com melhoria de 5,52%, da reabilitação do revestimento de teto, com uma
melhoria irrisória de 0,86%, já a reabilitação das lajes não introduzem alterações nas
necessidades de energia nos pisos intermédios.
No último piso, a reabilitação das lajes assume grande importância na melhoria das
necessidades energéticas com melhoria de 22,10%, sucedendo-se a reabilitação do
revestimento de teto, com 20,25% de melhoria, a reabilitação da ventilação natural, com
melhoria de 6,57%, a proposta de introdução de fachada ventilada com melhoria de 5,55% e a
reabilitação dos vãos envidraçados, com 3,99% de melhoria.
Na reabilitação dos sistemas, dentro da vasta gama de equipamentos, a introdução de caldeira
mural de condensação, para servir o aquecimento e a preparação de águas quentes sanitárias, é
o mais indicado para apartamentos resultando numa melhoria média do edifício de 61,57%,
nas necessidades globais de energia primária.
Para alcançar a meta dos edifícios com necessidades quase nulas de energia, numa primeira
fase é necessário reduzir as necessidades energéticas dos edifícios. Como não é praticável
para conforto dos utilizadores, não consumir energia para arrefecimento, aquecimento, AQS,
iluminação e eletrodomésticos, o conceito de edifícios com necessidades quase nulas de
energia incidirá então no desígnio de edifícios de balanço energético quase nulo. Os edifícios
de balanço energético quase nulo tem como objetivo reduzir as necessidades energéticas para
níveis que sejam possíveis colmatar com produção de energia proveniente de fontes
renováveis, designadamente a produzida no local ou nas proximidades do edifício.
Mestrado em engenharia civil
122
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Dos edifícios existentes para a proposta de reabilitação total, a totalidade das necessidades
energéticas passam de 169.36 para 47,39 kWh/m2.ano nos apartamentos intermédios de
282,88 para 60,18 kWh/m2.ano nos apartamentos de último piso e de 214,16 para 65,14
kWh/m2.ano nos apartamentos de rés-do-chão. Tendo em conta o conceito de edifícios de
balanço energético quase nulo, nos edifícios ou nas proximidades é essencial existir uma fonte
de produção de energia renovável que satisfaça em grande percentagem as necessidades
energéticas
As necessidades energéticas máximas terão de ser estabelecidas pelos estados membros. A
título de exemplo a França definiu para objetivos intermédios a redução das necessidades de
consumo de 57,5 para 50 kWh/m2.ano até 2015 para edifícios residenciais com vários fogos.
Aplicada a proposta de reabilitação global previamente estudada no bloco 6 aos restantes
edifícios da C.H.E “Capitães de Abril”, alcança-se a poupança energética global de 83,82%,
que corresponde a 175 658,86 quilograma equivalentes de petróleo por ano.
Existem fatores que influenciam o consumo energético que não são abordados pelo RCCTE,
no entanto, os simples gestos de substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas
economizadoras, evitar ter as luzes ou os equipamentos ligados, quando não for necessário, ao
comprar um novo equipamento, verificar a etiqueta energética e optar por aquele que
apresenta menor consumo de energia, não deixar os aparelhos em modo standby, desligar no
botão e retirar os carregadores de bateria da ficha imediatamente após o seu aparelho estar
carregado, contribuem significativamente para a redução do consumo de eletricidade e por sua
vez na gestão das fontes de energia.
No estudo da sustentabilidade, as alterações das necessidades energéticas com a imposição de
medidas de melhoria do edificado para alcançar a meta de edifícios com necessidades
energéticas quase nulas, beneficia a categoria de energia assim como o parâmetro que avalia o
valor atual dos custos de utilização.
Além dos parâmetros energéticos, existe um conjunto de parâmetros que podem ser
melhorados para aumentar o nível de sustentabilidade dos edifícios sem que seja prejudicado
o custo de investimento inicial.
Introduzindo as medidas de melhorias da solução base para a reabilitação total, a nota global
de sustentabilidade sobe de B para A.
Num projeto de edifícios novos, assim como na reabilitação, é importante ter em conta a
orientação solar dos edifícios, sempre que possível, deverá estar orientado para Sul, a
Mestrado em engenharia civil
123
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
disposição dos espaços interiores deverão ser de modo a promover uma boa ventilação dos
mesmos, sempre que possível o projeto deve promover a iluminação natural dos espaços
interiores, sem perda do desempenho térmico dos mesmos, é fundamental cumprir os
requisitos energéticos assim como adotar soluções que promovam a sustentabilidade global
do edifício, assegurando o conforto e saúde das gerações futuras.
A reabilitação dos edifícios existentes da C.H.E. é aconselhável na medida em que beneficia o
conforto e saúde dos utilizadores, assim como prolonga o período de utilização dos edifícios,
sem que seja posta em causa o desalojamento dos utilizadores.
6.2. Propostas de trabalhos futuro
O mercado das energias renováveis está em constante evolução, sendo assim, é importante
estudar a aplicação de novas fontes de energia renovável nos edifícios ou proximidades para
alcançar edifícios com balanço energético quase nulo.
Efetuada a metodologia de reabilitação energética para os edifícios multifamiliares existentes,
propõem-se que seja estudada a viabilidade económica das soluções de reabilitação
preconizadas.
O aumento das áreas verdes, com a imposição de coberturas ajardinadas e a introdução de
sistemas de reciclagem de águas pretas, cinzentas e pluviais, são medidas de elevada
importância que merecem ser aplicadas aos edifícios existentes, para melhorar a nota global
de sustentabilidade. Com a introdução de coberturas ajardinadas prevê-se ainda um aumento
no desempenho energético nos apartamentos de último piso.
Mestrado em engenharia civil
124
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
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125
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
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Mestrado em engenharia civil
126
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
ANEXOS
Anexo I - Desempenho energético dos Edifícios
Anexo I - Tabela 1 - Desempenho energético dos Edifícios, Tipo 1
Fração autónoma
Ap
Taxa
Nic
ren.
Ni
(m²) (RPH)
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drt B1
78.46
1,05
115,83
74,02
0,79
16,00
77,91
60,29
10,07
8,95
Apartamento 1º drt B2
78,96
1,05
105,44
74,02
0,73
16,00
77,42
59,91
9,72
8,90
Apartamento 1º drt B3
79,18
1,05
110,12
74,02
0,79
16,00
77,20
59,74
9,84
8,88
Apartamento 1º drt B4
79,00
1,05
105,35
74,02
0,73
16,00
77,38
59,88
9,72
8,89
Apartamento 1º drt B5
79,15
1,05
106,03
74,02
0,75
16,00
77,23
59,77
9,72
8,88
Apartamento 1º esq B1
79,31
1,05
111,00
74,02
0,78
16,00
77,08
59,64
9,86
8,86
Apartamento 1º esq B2
79,07
1,05
109,74
74,02
0,79
16,00
77,31
59,83
9,84
8,89
Apartamento 1º esq B3
79,32
1,05
111,52
74,02
0,78
16,00
77,07
59,64
9,87
8,86
Apartamento 1º esq B4
79,09
1,05
110,25
74,02
0,78
16,00
77,29
59,81
9,85
8,88
Apartamento 1º esq B5
78,44
1,05
121,35
74,02
0,83
16,00
77,93
60,31
10,23
8,95
Apartamento 2º drt B1
78,46
1,05
115,83
74,02
0,79
16,00
77,91
60,29
10,07
8,95
Apartamento 2º drt B2
78,96
1,05
105,44
74,02
0,73
16,00
77,42
59,91
9,72
8,90
Apartamento 2º drt B3
79,18
1,05
110,12
74,02
0,79
16,00
77,20
59,74
9,84
8,88
Apartamento 2º drt B4
79,00
1,05
105,35
74,02
0,73
16,00
77,38
59,88
9,72
8,89
Apartamento 2º drt B5
79,15
1,05
106,03
74,02
0,75
16,00
77,23
59,77
9,72
8,88
Apartamento 2º esq B1
79,31
1,05
111,00
74,02
0,78
16,00
77,08
59,64
9,86
8,86
Apartamento 2º esq B2
79,07
1,05
109,74
74,02
0,79
16,00
77,31
59,83
9,84
8,89
Apartamento 2º esq B3
79,32
1,05
111,52
74,02
0,78
16,00
77,07
59,64
9,87
8,86
Apartamento 2º esq B4
79,09
1,05
110,25
74,02
0,78
16,00
77,29
59,81
9,85
8,88
Apartamento 2º esq B5
78,44
1,05
121,35
74,02
0,83
16,00
77,93
60,31
10,23
8,95
Apartamento 3º drt B1
78,46
1,05
213,24
92,25
3,62
16,00
77,91
60,29
12,92
9,11
Apartamento 3º drt B2
78,96
1,05
202,87
89,00
3,49
16,00
77,42
59,91
12,58
9,03
Apartamento 3º drt B3
79,21
1,05
207,55
89,00
3,61
16,00
77,17
59,72
12,69
9,01
Apartamento 3º drt B4
79,00
1,05
202,80
88,35
3,49
16,00
77,38
59,88
12,57
9,02
Apartamento 3º drt B5
79,18
1,05
203,51
88,35
3,52
16,00
77,20
59,74
12,58
9,00
Apartamento 3º esq B1
79,34
1,05
208,48
89,00
3,60
16,00
77,05
59,62
12,71
8,99
Mestrado em engenharia civil
127
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo I - Tabela 1 - Desempenho energético dos Edifícios, Tipo 1- continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento 3º esq B2
79,07
Apartamento 3º esq B3
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
1,05
207,20
89,65
3,61
16,00
77,31
59,83
12,69
9,03
79,35
1,05
208,99
89,00
3,59
16,00
77,04
59,61
12,72
8,99
Apartamento 3º esq B4
79,09
1,05
207,71
89,65
3,59
16,00
77,29
59,81
12,71
9,03
Apartamento 3º esq B5
78,44
1,05
218,85
92,90
3,70
16,00
77,93
60,31
13,08
9,12
Apartamento r/c drt B1
78,46
1,05
157,41
85,09
0,79
16,00
77,91
60,29
11,27
9,05
Apartamento r/c drt B2
78,96
1,05
146,69
81,18
0,73
16,00
77,42
59,91
10,92
8,96
Apartamento r/c drt B3
79,18
1,05
151,52
81,83
0,78
16,00
77,20
59,74
11,04
8,95
Apartamento r/c drt B4
79,00
1,05
146,77
81,18
0,73
16,00
77,38
59,88
10,92
8,96
Apartamento r/c drt B5
79,15
1,05
147,43
81,18
0,74
16,00
77,23
59,77
10,92
8,94
Apartamento r/c esq B1
79,31
1,05
152,36
81,83
0,78
16,00
77,08
59,64
11,05
8,93
Apartamento r/c esq B2
79,07
1,05
151,14
82,49
0,79
16,00
77,31
59,83
11,04
8,96
Apartamento r/c esq B3
79,32
1,05
152,91
81,83
0,77
16,00
77,07
59,64
11,07
8,93
Apartamento r/c esq B4
79,09
1,05
151,65
82,49
0,78
16,00
77,29
59,81
11,05
8,96
Apartamento r/c esq B5
78,44
1,05
162,96
85,74
0,83
16,00
77,93
60,31
11,44
9,06
ren.
Mestrado em engenharia civil
128
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
(m²) (RPH)
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drt B6
85,24
1,01
102,52 74,02
4,27
16,00
71,72
55,50
9,18
8,30
Apartamento 1º drt B7
85,93
1,01
94,63
74,02
4,10
16,00
71,14
55,05
8,90
8,24
Apartamento 1º drt B9
85,19
1,01
95,94
74,02
4,01
16,00
71,76
55,53
8,99
8,31
Apartamento 1º drt B10 85,22
1,01
106,54 74,02
3,22
16,00
71,73
55,51
9,29
8,30
Apartamento 1º drt B11 86,01
1,01
94,96
74,02
2,97
16,00
71,07
55,00
8,89
8,24
Apartamento 1º drt B12 85,99
1,01
97,01
74,02
3,44
16,00
71,09
55,01
8,96
8,24
Apartamento 1º drt B13 85,91
1,01
95,12
74,02
2,98
16,00
71,16
55,06
8,91
8,24
Apartamento 1º drt B14 85,95
1,01
96,56
74,02
3,44
16,00
71,12
55,04
8,95
8,24
Apartamento 1º drt B18 84,21
1,01
107,78 74,02
4,34
16,00
72,59
56,17
9,41
8,39
Apartamento 1º drt B19 84,88
1,01
96,22
74,02
3,50
16,00
72,02
55,73
9,02
8,33
Apartamento 1º drt B20 84,91
1,01
96,82
74,02
3,50
16,00
71,99
55,71
9,03
8,33
Apartamento 1º drt B21 84,82
1,01
95,84
74,02
4,05
16,00
72,07
55,77
9,02
8,34
Apartamento 1º drt B23 84,91
1,01
95,66
74,02
3,91
16,00
71,99
55,71
9,00
8,33
Apartamento 1º drt B24 84,91
1,01
96,47
74,02
3,98
16,00
71,99
55,71
9,03
8,33
Apartamento 1º drt B25 84,88
1,01
95,81
74,02
4,00
16,00
72,02
55,73
9,01
8,33
Apartamento 1º drt B26 84,21
1,01
107,78 74,02
4,28
16,00
72,59
56,17
9,41
8,39
Apartamento 1º esq B6
86,30
1,01
92,15
74,02
3,98
16,00
70,83
54,81
8,80
8,21
Apartamento 1º esq B7
86,20
1,01
88,71
74,02
4,49
16,00
70,92
54,88
8,72
8,22
Apartamento 1º esq B9
86,23
1,01
101,14 74,02
4,24
16,00
70,89
54,86
9,07
8,22
Apartamento 1º esq B10 86,26
1,01
96,89
74,02
3,47
16,00
70,87
54,84
8,94
8,21
Apartamento 1º esq B11 86,39
1,01
94,75
74,02
3,93
16,00
70,76
54,76
8,87
8,20
Apartamento 1º esq B12 86,29
1,01
97,20
74,02
3,47
16,00
70,84
54,82
8,94
8,21
Apartamento 1º esq B13 86,37
1,01
95,41
74,02
3,93
16,00
70,78
54,77
8,89
8,20
Apartamento 1º esq B14 85,56
1,01
106,75 74,02
3,76
16,00
71,45
55,29
9,28
8,27
Apartamento 1º esq B18 85,23
1,01
96,56
74,02
3,60
16,00
71,72
55,50
9,00
8,30
Apartamento 1º esq B19 85,18
1,01
97,14
74,02
3,56
16,00
71,77
55,53
9,02
8,31
Apartamento 1º esq B20 85,32
1,01
96,24
74,02
3,98
16,00
71,65
55,44
8,99
8,29
Apartamento 1º esq B21 85,27
1,01
92,61
74,02
4,58
16,00
71,69
55,48
8,90
8,30
Apartamento 1º esq B23 85,27
1,01
104,76 74,02
3,80
16,00
71,69
55,48
9,24
8,30
Apartamento 1º esq B24 85,32
1,01
96,52
74,02
3,51
16,00
71,65
55,44
8,99
8,29
Apartamento 1º esq B25 85,18
1,01
97,00
74,02
4,51
16,00
71,77
55,53
9,03
8,31
Apartamento 1º esq B26 85,23
1,01
96,49
74,02
4,54
16,00
71,72
55,50
9,01
8,30
Apartamento 2º drt B6
85,24
1,01
102,52 74,02
4,27
16,00
71,72
55,50
9,18
8,30
Apartamento 2º drt B7
85,93
1,01
94,63
4,10
16,00
71,14
55,05
8,90
8,24
74,02
Mestrado em engenharia civil
129
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2 - continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento 2º drt B9
85,19
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
1,01
95,94
74,02
4,02
16,00
71,76
55,53
8,99
8,31
Apartamento 2º drt B10 85,22
1,01
106,68 74,02
3,22
16,00
71,73
55,51
9,29
8,30
Apartamento 2º drt B11 86,01
1,01
95,14
74,02
2,97
16,00
71,07
55,00
8,90
8,24
Apartamento 2º drt B12 85,99
1,01
97,19
74,02
3,44
16,00
71,09
55,01
8,97
8,24
Apartamento 2º drt B13 85,91
1,01
95,30
74,02
2,98
16,00
71,16
55,06
8,91
8,24
Apartamento 2º drt B14 85,95
1,01
96,73
74,02
3,44
16,00
71,12
55,04
8,95
8,24
Apartamento 2º drt B18 84,21
1,01
107,78 74,02
4,34
16,00
72,59
56,17
9,41
8,39
Apartamento 2º drt B19 84,88
1,01
96,22
74,02
3,50
16,00
72,02
55,73
9,02
8,33
Apartamento 2º drt B20 84,91
1,01
96,82
74,02
3,50
16,00
71,99
55,71
9,03
8,33
Apartamento 2º drt B21 84,91
1,01
95,79
74,02
4,05
16,00
71,99
55,71
9,01
8,33
Apartamento 2º drt B23 84,91
1,01
95,66
74,02
3,91
16,00
71,99
55,71
9,00
8,33
Apartamento 2º drt B24 84,91
1,01
96,47
74,02
3,98
16,00
71,99
55,71
9,03
8,33
Apartamento 2º drt B25 84,88
1,01
95,81
74,02
4,00
16,00
72,02
55,73
9,01
8,33
Apartamento 2º drt B26 84,21
1,01
107,78 74,02
4,28
16,00
72,59
56,17
9,41
8,39
Apartamento 2º esq B6
86,30
1,01
92,15
74,02
3,98
16,00
70,83
54,81
8,80
8,21
Apartamento 2º esq B7
86,20
1,01
88,71
74,02
4,49
16,00
70,92
54,88
8,72
8,22
Apartamento 2º esq B9
86,23
1,01
101,14 74,02
4,24
16,00
70,89
54,86
9,07
8,22
Apartamento 2º esq B10 86,26
1,01
97,04
74,02
3,47
16,00
70,87
54,84
8,94
8,21
Apartamento 2º esq B11 86,39
1,01
94,89
74,02
3,93
16,00
70,76
54,76
8,88
8,20
Apartamento 2º esq B12 86,29
1,01
97,34
74,02
3,47
16,00
70,84
54,82
8,95
8,21
Apartamento 2º esq B13 86,37
1,01
95,56
74,02
3,93
16,00
70,78
54,77
8,90
8,20
Apartamento 2º esq B14 85,56
1,01
106,89 74,02
3,76
16,00
71,45
55,29
9,28
8,27
Apartamento 2º esq B18 85,23
1,01
96,56
74,02
3,60
16,00
71,72
55,50
9,00
8,30
Apartamento 2º esq B19 85,18
1,01
97,14
74,02
3,56
16,00
71,77
55,53
9,02
8,31
Apartamento 2º esq B20 85,32
1,01
96,24
74,02
3,98
16,00
71,65
55,44
8,99
8,29
Apartamento 2º esq B21 85,27
1,01
92,61
74,02
4,58
16,00
71,69
55,48
8,90
8,30
Apartamento 2º esq B23 85,27
1,01
104,76 74,02
3,80
16,00
71,69
55,48
9,24
8,30
Apartamento 2º esq B24 85,32
1,01
96,52
74,02
3,51
16,00
71,65
55,44
8,99
8,29
Apartamento 2º esq B25 85,18
1,01
97,00
74,02
4,51
16,00
71,77
55,53
9,03
8,31
Apartamento 2º esq B26 85,23
1,01
96,49
74,02
4,54
16,00
71,72
55,50
9,01
8,30
Apartamento 3º drt B6
85,42
1,01
212,44 89,00
8,42
16,00
71,56
55,38
12,40
8,42
Apartamento 3º drt B7
86,10
1,01
204,62 85,74
9,01
16,00
71,00
54,94
12,13
8,33
Apartamento 3º drt B9
85,35
1,01
205,78 87,70
8,92
16,00
71,62
55,42
12,21
8,42
Apartamento 3º drt B10 84,18
1,01
216,58 89,00
8,12
16,00
72,62
56,19
12,60
8,53
Apartamento 3º drt B11 84,97
1,01
205,26 85,74
7,82
16,00
71,94
55,67
12,21
8,43
Apartamento 3º drt B12 84,95
1,01
207,31 86,39
7,98
16,00
71,96
55,68
12,28
8,44
ren.
Mestrado em engenharia civil
130
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2 - continuação
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
Apartamento 3º drt B14 84,91
1,01
206,85 85,74
7,97
16,00
71,99
55,71
12,27
8,44
Apartamento 3º drt B18 84,21
1,01
217,28 89,65
9,27
16,00
72,59
56,17
12,63
8,53
Apartamento 3º drt B19 84,88
1,01
205,89 85,74
8,01
16,00
72,02
55,73
12,24
8,44
Apartamento 3º drt B20 84,91
1,01
206,47 86,39
8,00
16,00
71,99
55,71
12,26
8,44
Apartamento 3º drt B21 84,91
1,01
205,45 85,74
8,96
16,00
71,99
55,71
12,24
8,44
Apartamento 3º drt B23 84,91
1,01
205,39 85,74
8,07
16,00
71,99
55,71
12,23
8,44
Apartamento 3º drt B24 84,91
1,01
206,20 86,39
8,88
16,00
71,99
55,71
12,26
8,44
Apartamento 3º drt B25 84,88
1,01
205,55 85,74
8,90
16,00
72,02
55,73
12,24
8,44
Apartamento 3º drt B26 84,21
1,01
217,36 89,65
8,44
16,00
72,59
56,17
12,63
8,53
Apartamento 3º esq B6
86,48
1,01
202,00 85,74
8,87
16,00
70,69
54,70
12,02
8,30
Apartamento 3º esq B7
86,39
1,01
198,62 85,74
9,40
16,00
70,76
54,76
11,94
8,31
Apartamento 3º esq B9
86,41
1,01
211,07 89,00
9,16
16,00
70,74
54,74
12,29
8,33
Apartamento 3º esq B10 85,21
1,01
207,19 85,74
8,01
16,00
71,74
55,51
12,26
8,41
Apartamento 3º esq B11 85,34
1,01
204,82 86,39
8,86
16,00
71,63
55,43
12,19
8,40
Apartamento 3º esq B12 85,24
1,01
207,51 85,74
8,01
16,00
71,72
55,50
12,26
8,41
Apartamento 3º esq B13 85,32
1,01
205,47 86,39
8,86
16,00
71,65
55,44
12,21
8,41
Apartamento 3º esq B14 84,51
1,01
217,06 89,65
8,33
16,00
72,33
55,97
12,60
8,51
Apartamento 3º esq B18 85,23
1,01
206,44 86,39
8,12
16,00
71,72
55,50
12,23
8,41
Apartamento 3º esq B19 85,18
1,01
206,82 85,74
8,07
16,00
71,77
55,53
12,25
8,41
Apartamento 3º esq B20 85,32
1,01
205,72 86,39
8,88
16,00
71,65
55,44
12,21
8,41
Apartamento 3º esq B21 85,27
1,01
202,17 86,39
9,50
16,00
71,69
55,48
12,12
8,41
Apartamento 3º esq B23 85,27
1,01
214,08 89,65
8,34
16,00
71,69
55,48
12,45
8,44
Apartamento 3º esq B24 85,32
1,01
206,00 86,39
8,02
16,00
71,65
55,44
12,21
8,41
Apartamento 3º esq B25 85,18
1,01
206,69 85,74
9,05
16,00
71,77
55,53
12,25
8,41
Apartamento 3º esq B26 85,23
1,01
206,45 86,39
9,08
16,00
71,72
55,50
12,24
8,41
Apartamento r/c drt B6
85,24
1,01
147,41 81,83
4,27
16,00
71,72
55,50
10,48
8,37
Apartamento r/c drt B7
85,93
1,01
139,27 78,58
4,10
16,00
71,14
55,05
10,20
8,28
Apartamento r/c drt B9
85,19
1,01
140,54 80,53
4,01
16,00
71,76
55,53
10,29
8,37
Apartamento r/c drt B10 85,22
1,01
150,76 81,83
3,22
16,00
71,73
55,51
10,57
8,37
Apartamento r/c drt B11 86,01
1,01
138,95 78,58
2,97
16,00
71,07
55,00
10,17
8,28
Apartamento r/c drt B12 85,99
1,01
141,07 78,58
3,44
16,00
71,09
55,01
10,24
8,28
Apartamento r/c drt B13 85,91
1,01
139,08 78,58
2,98
16,00
71,16
55,06
10,18
8,28
Apartamento r/c drt B14 85,95
1,01
140,90 78,58
3,44
16,00
71,12
55,04
10,24
8,28
Apartamento r/c drt B18 84,21
1,01
151,91 81,83
4,34
16,00
72,59
56,17
10,69
8,46
Apartamento r/c drt B19 84,88
1,01
140,14 78,58
3,50
16,00
72,02
55,73
10,29
8,37
Apartamento r/c drt B20 84,91
1,01
140,72 78,58
3,50
16,00
71,99
55,71
10,31
8,37
Mestrado em engenharia civil
131
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo I - Tabela 2 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 2 - continuação
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
Apartamento r/c drt B23 84,91
1,01
139,64 78,58
3,91
16,00
71,99
55,71
10,28
8,37
Apartamento r/c drt B24 84,91
1,01
140,38 78,58
3,98
16,00
71,99
55,71
10,30
8,37
Apartamento r/c drt B25 84,88
1,01
139,72 78,58
4,00
16,00
72,02
55,73
10,28
8,37
Apartamento r/c drt B26 84,21
1,01
151,91 81,83
4,28
16,00
72,59
56,17
10,69
8,46
Apartamento r/c esq B6 86,30
1,01
136,86 78,58
3,98
16,00
70,83
54,81
10,10
8,25
Apartamento r/c esq B7 86,20
1,01
133,25 78,58
4,49
16,00
70,92
54,88
10,01
8,26
Apartamento r/c esq B9 86,23
1,01
146,05 81,83
4,24
16,00
70,89
54,86
10,37
8,29
Apartamento r/c esq B10 86,26
1,01
141,01 78,58
3,47
16,00
70,87
54,84
10,22
8,25
Apartamento r/c esq B11 86,39
1,01
138,73 78,58
3,93
16,00
70,76
54,76
10,15
8,24
Apartamento r/c esq B12 86,29
1,01
141,32 78,58
3,47
16,00
70,84
54,82
10,22
8,25
Apartamento r/c esq B13 86,37
1,01
139,38 78,58
3,93
16,00
70,78
54,77
10,17
8,25
Apartamento r/c esq B14 85,56
1,01
151,09 81,83
3,76
16,00
71,45
55,29
10,56
8,34
Apartamento r/c esq B18 85,23
1,01
140,66 78,58
3,60
16,00
71,72
55,50
10,28
8,34
Apartamento r/c esq B19 85,18
1,01
141,24 78,58
3,56
16,00
71,77
55,53
10,30
8,35
Apartamento r/c esq B20 85,32
1,01
140,19 78,58
3,98
16,00
71,65
55,44
10,27
8,34
Apartamento r/c esq B21 85,27
1,01
136,55 79,23
4,58
16,00
71,69
55,48
10,17
8,35
Apartamento r/c esq B23 85,27
1,01
148,75 81,83
3,80
16,00
71,69
55,48
10,52
8,37
Apartamento r/c esq B24 85,32
1,01
140,46 78,58
3,51
16,00
71,65
55,44
10,27
8,34
Apartamento r/c esq B25 85,18
1,01
141,10 78,58
4,51
16,00
71,77
55,53
10,31
8,35
Apartamento r/c esq B26 85,23
1,01
140,59 78,58
4,54
16,00
71,72
55,50
10,29
8,34
Mestrado em engenharia civil
132
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo I - Tabela 3 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 3
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(m²)
(RPH)
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drt B 22
92,37
0,95
110,38 74,02
3,51
16,00
82,72
64,01
10,35
9,45
Apartamento 1º drt B8
92,42
0,95
98,53
74,02
3,51
16,00
82,68
63,98
10,00
9,45
Apartamento 1º esq B22
83,38
1,04
118,53 74,02
4,39
16,00
73,32
56,73
9,79
8,47
Apartamento 1º esq B8
83,37
1,05
100,77 74,02
4,68
16,00
73,32
56,74
9,27
8,47
Apartamento 2º drt B22
92,37
0,95
110,38 74,02
3,51
16,00
82,72
64,01
10,35
9,45
Apartamento 2º drt B8
92,42
0,95
98,53
74,02
3,51
16,00
82,68
63,98
10,00
9,45
Apartamento 2º esq B22
83,38
1,04
118,53 74,02
4,39
16,00
73,32
56,73
9,79
8,47
Apartamento 2º esq B8
83,37
1,05
100,77 74,02
4,68
16,00
73,32
56,74
9,27
8,47
Apartamento 3º drt B22
92,37
0,95
221,01 92,90
8,10
16,00
82,72
64,01
13,60
9,62
Apartamento 3º drt B8
92,42
0,95
210,47 89,65
8,10
16,00
82,68
63,98
13,29
9,59
Apartamento 3º esq B22
83,38
1,04
229,20 95,51
9,41
16,00
73,32
56,73
13,04
8,66
Apartamento 3º esq B8
83,37
1,05
212,91 91,60
10,16
16,00
73,32
56,74
12,58
8,63
Apartamento r/c drt B22
92,37
0,95
157,19 87,04
3,51
16,00
82,72
64,01
11,71
9,57
Apartamento r/c drt B8
92,42
0,95
142,94 82,49
3,51
16,00
82,68
63,98
11,29
9,52
Apartamento r/c esq B22
83,38
1,04
165,74 89,65
4,39
16,00
73,32
56,73
11,15
8,61
Apartamento r/c esq B8
83,37
1,05
145,71 84,44
4,68
16,00
73,32
56,74
10,58
8,56
Mestrado em engenharia civil
133
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo I - Tabela 4 - Desempenho energético dos Edifícios Tipo 4
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(m²)
(RPH)
Apartamento 1º drt B15
85,53
1,05
150,98
83,14
4,91
16,00
71,47
55,31
10,57
8,36
Apartamento 1º drt B16
85,04
1,05
126,15
74,02
5,46
16,00
71,88
55,63
9,89
8,32
Apartamento 1º drt B17
85,04
1,05
126,91
74,02
5,47
16,00
71,88
55,63
9,91
8,32
Apartamento 1º esq B15
98,66
1,05
123,09
74,02
6,39
16,00
77,45
59,93
10,29
8,90
Apartamento 1º esq B16
98,66
1,05
121,73
74,02
6,41
16,00
77,45
59,93
10,25
8,90
Apartamento 1º esq B17
99,13
1,05
135,53
77,93
5,93
16,00
77,08
59,65
10,62
8,90
Apartamento 2º drt B15
85,53
1,05
105,15
74,02
4,91
16,00
71,47
55,31
9,24
8,28
Apartamento 2º drt B16
85,04
1,05
89,08
74,02
5,46
16,00
71,88
55,63
8,82
8,32
Apartamento 2º drt B17
94,54
1,05
89,33
74,02
5,45
16,00
80,83
62,54
9,59
9,25
Apartamento 2º esq B15
98,66
1,05
85,52
74,02
6,39
16,00
77,45
59,93
9,20
8,90
Apartamento 2º esq B16
89,16
0,95
80,17
74,02
7,25
16,00
68,56
53,06
8,29
7,97
Apartamento 2º esq B17
99,13
1,05
98,19
74,02
5,93
16,00
77,08
59,65
9,53
8,86
Apartamento 3º drt B17
85,04
1,05
203,07
83,79
10,96
16,00
71,88
55,63
12,18
8,41
Apartamento 3º drt B15
85,51
1,05
220,11
90,30
9,64
16,00
71,49
55,32
12,62
8,42
Apartamento 3º esq B15
98,66
1,05
199,66
82,49
11,09
16,00
77,45
59,93
12,56
8,98
Apartamento 3º esq B16
98,66
1,05
199,54
82,49
11,13
16,00
77,45
59,93
12,55
8,98
Apartamento 3º esq B17
99,13
1,05
213,10
88,35
10,63
16,00
77,08
59,65
12,91
8,99
Apartamento 3ºdrt B16
85,02
1,05
203,77
83,79
10,98
16,00
71,90
55,64
12,20
8,41
Mestrado em engenharia civil
134
(kgep/m².ano)
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo I - Tabela 5- Desempenho energético Edifício Tipo 5, Bloco 27 (Torre)
Fração autónoma
Ap
Taxa
Nic
ren.
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(m²)
(RPH)
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drt Fr.
71,42
1,05
142,32
78,58
4,13
16,00
64,19
49,68
9,69
7,56
Apartamento 1º drt Tr.
86,63
1,05
149,71
79,23
5,11
16,00
70,56
54,60
10,46
8,23
Apartamento 1º esq Tr.
81,55
1,05
144,87
77,28
3,84
16,00
74,96
58,01
10,68
8,67
Apartamento 1º esq Fr.
86,44
0,95
145,86
80,53
3,26
16,00
70,72
54,72
10,34
8,26
Apartamento 2º drt Fr.
71,42
1,05
103,68
74,02
4,13
16,00
64,19
49,68
8,57
7,52
Apartamento 2º drt Tr.
86,63
1,05
111,78
74,02
5,11
16,00
70,56
54,60
9,36
8,18
Apartamento 2º esq Tr.
81,55
1,05
106,79
74,02
3,84
16,00
74,96
58,01
9,58
8,64
Apartamento 2º esq Fr.
86,44
0,95
107,35
74,02
3,26
16,00
70,72
54,72
9,23
8,20
Apartamento 3º drt Fr.
71,42
1,05
103,68
74,02
4,13
16,00
64,19
49,68
8,57
7,52
Apartamento 3º drt Tr.
86,63
1,05
111,78
74,02
5,11
16,00
70,56
54,60
9,36
8,18
Apartamento 3º esq Tr.
81,55
1,05
106,79
74,02
3,84
16,00
74,96
58,01
9,58
8,64
Apartamento 3º esq Fr.
86,44
0,95
107,35
74,02
3,26
16,00
70,72
54,72
9,23
8,20
Apartamento 4º drt Fr.
71,42
1,05
103,68
74,02
4,13
16,00
64,19
49,68
8,57
7,52
Apartamento 4º drt Tr.
86,63
1,05
111,78
74,02
5,11
16,00
70,56
54,60
9,36
8,18
Apartamento 4º esq Tr.
81,55
1,05
106,79
74,02
3,84
16,00
74,96
58,01
9,58
8,64
Apartamento 4º esq Fr.
86,44
0,95
107,35
74,02
3,26
16,00
70,72
54,72
9,23
8,20
Apartamento 5º drt Fr.
71,42
1,10
105,62
74,02
3,75
16,00
64,19
49,68
8,62
7,52
Apartamento 5º drt Tr.
86,63
1,10
113,72
74,02
5,11
16,00
70,56
54,60
9,42
8,18
Apartamento 5º esq Tr.
80,61
1,10
109,70
74,02
3,87
16,00
75,83
58,68
9,74
8,73
Apartamento 5º esq Fr.
87,38
1,00
108,34
74,02
3,24
16,00
69,96
54,14
9,19
8,12
Apartamento 6º drt Fr.
71,42
1,10
105,62
74,02
3,75
16,00
64,19
49,68
8,62
7,52
Apartamento 6º drt Tr.
86,63
1,10
113,72
74,02
5,11
16,00
70,56
54,60
9,42
8,18
Apartamento 6º esq Tr.
81,55
1,10
108,72
74,02
3,84
16,00
74,96
58,01
9,64
8,64
Apartamento 6º esq Fr.
86,44
1,00
109,29
74,02
3,26
16,00
70,72
54,72
9,28
8,20
Apartamento 7º drt Fr.
71,42
1,10
105,62
74,02
3,75
16,00
64,19
49,68
8,62
7,52
Apartamento 7º drt Tr.
86,63
1,10
113,72
74,02
5,11
16,00
70,56
54,60
9,42
8,18
Apartamento 7º esq Tr.
81,55
1,10
108,72
74,02
3,86
16,00
74,96
58,01
9,64
8,64
Apartamento 7º esq Fr.
86,44
1,00
109,31
74,02
3,26
16,00
70,72
54,72
9,28
8,20
Apartamento 8º drt Fr.
71,42
1,10
105,62
74,02
3,75
16,00
64,19
49,68
8,62
7,52
Apartamento 8º drt Tr.
86,63
1,10
113,72
74,02
5,11
16,00
70,56
54,60
9,42
8,18
Apartamento 8º esq Tr.
81,55
1,10
108,72
74,02
3,86
16,00
74,96
58,01
9,64
8,64
apartamento 8º esq Fr.
85,30
1,00
110,75
74,02
3,29
16,00
71,66
55,46
9,41
8,30
Apartamento 9º drt Fr.
71,42
1,15
107,56
74,02
3,75
16,00
64,19
49,68
8,68
7,52
Apartamento 9º drt Tr.
86,63
1,15
115,73
74,02
4,69
16,00
70,56
54,60
9,47
8,18
Mestrado em engenharia civil
135
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo I - Tabela 5- Desempenho energético Edifício Tipo 5, Bloco 27 (Torre) - continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento 9º esq Tr.
81,55
Apartamento 9º esq Fr.
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
1,15
110,66
74,02
3,47
16,00
74,96
58,01
9,69
8,64
86,44
1,05
111,25
74,02
2,90
16,00
70,72
54,72
9,34
8,20
Apartamento 10º drt Fr. 71,42
1,15
232,54
91,60
8,47
16,00
64,19
49,68
12,35
7,68
Apartamento 10º drt Tr. 85,74
1,15
233,97
90,30
9,88
16,00
71,30
55,17
13,01
8,40
Apartamento 10º esq Tr. 81,55
1,15
226,35
88,35
8,58
16,00
74,96
58,01
13,09
8,77
Apartamento 10º esq Fr. 86,44
1,05
226,91
91,60
7,56
16,00
70,72
54,72
12,74
8,36
ren.
Mestrado em engenharia civil
136
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo II – Propostas de reabilitação
Anexo II - Tabela 1- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 – Fachada ventilada
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
Isolamento 4cm lã de rocha
Apartamento r/c esqº B6
86,30
1,01
113,70
78,58
0,56
16,00
70,83
54,81
9,40
8,25
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
119,80
81,83
0,57
16,00
71,72
55,50
9,65
8,37
Apartamento 1º esqº B6
86,30
1,01
67,61
74,02
0,56
16,00
70,83
54,81
8,07
8,21
Apartamento 1º drtº B6
85,24
1,01
73,48
74,02
0,57
16,00
71,72
55,50
8,30
8,30
Apartamento 2º esqº B6
86,30
1,01
67,61
74,02
0,56
16,00
70,83
54,81
8,07
8,21
Apartamento 2º drtº B6
85,24
1,01
73,48
74,02
0,57
16,00
71,72
55,50
8,30
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,48
1,01
180,37
85,74
4,53
16,00
70,69
54,70
11,37
8,30
Apartamento 3º drtº B6
85,42
1,01
186,61
89,00
3,98
16,00
71,56
55,38
11,62
8,42
Apartamento r/c esqº B6
86,16
1,01
110,89
78,58
0,56
16,00
70,95
54,90
9,32
8,26
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
116,48
81,83
0,57
16,00
71,72
55,50
9,55
8,37
Apartamento 1º esqº B6
86,16
1,01
64,98
74,02
0,56
16,00
70,95
54,90
7,99
8,22
Apartamento 1º drtº B6
85,24
1,01
69,76
74,02
0,57
16,00
71,72
55,50
8,20
8,30
Apartamento 2º esqº B6
86,16
1,01
64,98
74,02
0,56
16,00
70,95
54,90
7,99
8,22
Apartamento 2º drtº B6
85,24
1,01
69,76
74,02
0,57
16,00
71,72
55,50
8,20
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,16
1,01
177,80
85,74
4,52
16,00
70,95
54,90
11,30
8,33
Apartamento 3º drtº B6
85,24
1,01
183,60
89,00
4,55
16,00
71,72
55,50
11,54
8,44
Apartamento r/c esqº B6
86,13
1,01
109,22
78,58
0,75
16,00
70,97
54,92
9,28
8,27
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
114,45
81,83
0,57
16,00
71,72
55,50
9,49
8,37
Apartamento 1º esqº B6
86,13
1,01
63,20
74,02
0,75
16,00
70,97
54,92
7,94
8,22
Apartamento 1º drtº B6
85,24
1,01
67,90
74,02
0,57
16,00
71,72
55,50
8,14
8,30
Apartamento 2º esqº B6
86,13
1,01
63,20
74,02
0,75
16,00
70,97
54,92
7,94
8,22
Apartamento 2º drtº B6
85,24
1,01
67,90
74,02
0,57
16,00
71,72
55,50
8,14
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,13
1,01
176,24
85,74
4,52
16,00
70,97
54,92
11,26
8,33
Apartamento 3º drtº B6
85,24
1,01
181,71
89,00
4,54
16,00
71,72
55,50
11,48
8,44
Apartamento r/c esqº B6
86,11
1,01
107,96
78,58
0,74
16,00
70,99
54,93
9,24
8,27
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
113,00
81,83
0,76
16,00
71,72
55,50
9,45
8,37
Apartamento 1º esqº B6
86,11
1,01
61,82
74,02
0,74
16,00
70,99
54,93
7,91
8,23
Isolamento 6cm lã de rocha
Isolamento 8cm lã de rocha
Isolamento 10cm lã de rocha
Mestrado em engenharia civil
137
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo II - Tabela 1- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 – Fachada ventilada
- continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento 2º esqº B6
86,11
Apartamento 2º drtº B6
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
1,01
61,82
74,02
0,74
16,00
70,99
54,93
7,91
8,23
85,24
1,01
66,30
74,02
0,76
16,00
71,72
55,50
8,10
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,11
1,01
175,19
85,74
4,51
16,00
70,99
54,93
11,23
8,33
Apartamento 3º drtº B6
85,24
1,01
180,51
89,00
4,54
16,00
71,72
55,50
11,45
8,44
ren.
Anexo II - Tabela 2- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação do
revestimento do teto
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
Apartamento r/c esqº B6
86,30
1,01
106,41
79,23
0,71
16,00
70,83
54,81
9,18
8,26
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
116,94
82,49
0,77
16,00
71,72
55,50
9,57
8,38
Apartamento 1º esqº B6
86,30
1,01
89,75
74,02
0,71
16,00
70,83
54,81
8,70
8,21
Apartamento 1º drtº B6
85,24
1,01
99,83
74,02
0,77
16,00
71,72
55,50
9,07
8,30
Apartamento 2º esqº B6
86,30
1,01
89,75
74,02
0,71
16,00
70,83
54,81
8,70
8,21
Apartamento 2º drtº B6
85,24
1,01
99,83
74,02
0,77
16,00
71,72
55,50
9,07
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,30
1,01
117,41
86,39
1,60
16,00
70,83
54,81
9,51
8,32
Apartamento 3º drtº B6
85,24
1,01
128,22
89,65
1,70
16,00
71,72
55,50
9,90
8,44
Anexo II - Tabela 3- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 – Reabilitação das
lajes
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Ntc
Nt
Apartamento r/c esqº B6
86,30
1,01
109,76 78,58
0,71
16,00 70,83 54,81
9,28
8,25
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
120,70 81,83
0,77
16,00 71,72 55,50
9,68
8,37
Apartamento 1º esqº B6
86,30
1,01
92,15
74,02
0,71
16,00 70,83 54,81
8,77
8,21
Apartamento 1º drtº B6
85,24
1,01
102,52 74,02
0,77
16,00 71,72 55,50
9,15
8,30
Apartamento 2º esqº B6
86,30
1,01
92,15
74,02
0,71
16,00 70,83 54,81
8,77
8,21
Apartamento 2º drtº B6
85,24
1,01
102,52 74,02
0,77
16,00 71,72 55,50
9,15
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,48
1,01
110,53 85,74
0,47
16,00 70,69 54,70
9,29
8,30
Apartamento 3º drtº B6
85,42
1,01
120,94 89,00
0,52
16,00 71,56 55,38
9,67
8,42
Mestrado em engenharia civil
138
Nvc
Nv
Nac
Na
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo II - Tabela 4- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação vãos
envidraçados
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
Apartamento r/c esqº B6
86,30
0,90
120,23
78,58
0,56
16,00
70,83
54,81
9,58
8,25
Apartamento r/c drtº B6
85,24
0,90
129,90
81,83
0,61
16,00
71,72
55,50
9,94
8,37
Apartamento 1º esqº B6
86,30
0,90
75,52
74,02
0,56
16,00
70,83
54,81
8,29
8,21
Apartamento 1º drtº B6
85,24
0,90
85,01
74,02
0,61
16,00
71,72
55,50
8,64
8,30
Apartamento 2º esqº B6
86,30
0,90
75,52
74,02
0,56
16,00
70,83
54,81
8,29
8,21
Apartamento 2º drtº B6
85,24
0,90
85,01
74,02
0,61
16,00
71,72
55,50
8,64
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,30
0,90
185,43
85,74
4,51
16,00
70,83
54,81
11,51
8,32
Apartamento 3º drtº B6
85,24
0,90
195,01 89,00
4,07
16,00
71,72
55,50
11,86
8,44
Anexo II - Tabela 5- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação da
ventilação natural
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Nvc
Apartamento r/c esqº B6
86,30
0,65
109,07 78,58
0,91
Apartamento r/c drtº B6
85,24
0,65
118,62 81,83
Apartamento 1º drtº B6
85,24
0,65
73,72
Apartamento 1º esqº B9
86,23
0,65
Apartamento 2º esqº B6
86,30
Apartamento 2º drtº B6
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
16,00 70,83 54,81
9,26
8,25
0,99
16,00 71,72 55,50
9,62
8,37
74,02
0,99
16,00 71,72 55,50
8,32
8,30
72,35
74,02
0,99
16,00 70,89 54,86
8,20
8,22
0,65
64,36
74,02
0,91
16,00 70,83 54,81
7,97
8,21
85,24
0,65
73,72
74,02
0,99
16,00 71,72 55,50
8,32
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,30
0,65
174,27 85,74
5,04
16,00 70,83 54,81 11,19
8,32
Apartamento 3º drtº B6
85,24
0,65
183,72 89,00
5,19
16,00 71,72 55,50 11,55
8,44
Anexo II - Tabela 6- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação do
sistema de aquecimento e preparação de AQS
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Nvc
Apartamento r/c esqº B6
86,30
1,01
136,86 78,58
0,71
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
147,41 81,83
Apartamento 1º esqº B6
86,30
1,01
92,15
Apartamento 1º drtº B6
85,24
Apartamento 2º esqº B6
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
16,00 32,49 54,81
3,88
8,25
0,77
16,00 32,90 55,50
4,00
8,37
74,02
0,71
16,00 32,49 54,81
3,53
8,21
1,01
102,52 74,02
0,77
16,00 32,90 55,50
3,65
8,30
86,30
1,01
92,15
74,02
0,71
16,00 32,49 54,81
3,53
8,21
Apartamento 2º drtº B6
85,24
1,01
102,52 74,02
0,77
16,00 32,90 55,50
3,65
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,48
1,01
202,00 85,74
4,31
16,00 32,43 54,70
4,42
8,30
Apartamento 3º drtº B6
85,42
1,01
212,44 89,00
4,45
16,00 32,83 55,38
4,54
8,42
Mestrado em engenharia civil
139
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo II - Tabela 7 - Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 –Sistema de
Aquecimento e sistema de AQS conexo ao sistema solar tipo “termossifão”
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Nvc
Apartamento r/c esqº B6
86,30
1,01
136,86 78,58
0,71
Apartamento r/c drtº B6
85,24
1,01
147,41 81,83
Apartamento 1º esqº B6
86,30
1,01
92,15
Apartamento 1º drtº B6
85,24
Apartamento 2º esqº B6
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
16,00 10,13 54,81
1,96
8,25
0,77
16,00 10,26 55,50
2,05
8,37
74,02
0,71
16,00 10,13 54,81
1,61
8,21
1,01
102,52 74,02
0,77
16,00 10,26 55,50
1,70
8,30
86,30
1,01
92,15
74,02
0,71
16,00 10,13 54,81
1,61
8,21
Apartamento 2º drtº B6
85,24
1,01
102,52 74,02
0,77
16,00 10,26 55,50
1,70
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,48
1,01
202,00 85,74
4,31
16,00 10,11 54,70
2,50
8,30
Apartamento 3º drtº B6
85,42
1,01
212,44 89,00
4,45
16,00 10,23 55,38
2,60
8,42
Anexo II - Tabela 8- Desempenho energético do Edifício Tipo 2, Bloco 6 - Reabilitação total
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
Apartamento r/c esqº B6
86,18
0,65
51,99
79,23
0,79
16,00
10,14
54,89
1,29
8,27
Apartamento r/c drtº B6
85,24
0,65
56,43
82,49
0,66
16,00
10,26
55,50
1,45
8,38
Apartamento 1º esqº B6
86,18
0,65
34,57
74,02
0,79
16,00
10,14
54,89
1,15
8,22
Apartamento 1º drtº B6
85,24
0,65
38,33
74,02
0,66
16,00
10,26
55,50
1,19
8,30
Apartamento 2º esqº B6
86,18
0,65
34,57
74,02
0,79
16,00
10,14
54,89
1,15
8,22
Apartamento 2º drtº B6
85,24
0,65
38,33
74,02
0,66
16,00
10,26
55,50
1,19
8,30
Apartamento 3º esqº B6
86,18
0,65
47,66
86,39
0,39
16,00
10,14
54,89
1,25
8,33
Apartamento 3º drtº B6
85,24
0,65
51,52
89,65
0,39
16,00
10,26
55,50
1,29
8,44
Mestrado em engenharia civil
140
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III – Reabilitação total
´
Anexo III - Tabela 1 - Desempenho energético do Edifícios Tipo 1 - Reabilitação total
Ap
Taxa ren.
(m²)
(RPH)
Apartamento 1º drt B1
78,46
0,72
68,00 74,02
0,54
16,00 11,27 60,97
1,51
9,04
Apartamento 1º drtº B2
78,96
0,72
63,09 74,02
0,53
16,00 11,19 60,54
1,47
8,98
Apartamento 1º drtº B3
79,18
0,72
63,98 74,02
0,67
16,00 11,16 60,38
1,47
8,96
Apartamento 1º drtº B4
79,00
0,72
63,07 74,02
0,53
16,00 11,18 60,51
1,46
8,98
Apartamento 1º drtº B5
79,15
0,72
63,97 74,02
0,67
16,00 11,16 60,39
1,47
8,96
Apartamento 1º esqº B1
79,31
0,72
64,18 74,02
0,53
16,00 11,14 60,27
1,47
8,95
Apartamento 1º esqº B2
79,07
0,72
63,33 74,02
0,66
16,00 11,17 60,44
1,47
8,97
Apartamento 1º esqº B3
79,32
0,72
64,21 74,02
0,53
16,00 11,14 60,26
1,47
8,95
Apartamento 1º esqº B4
79,09
0,72
63,31 74,02
0,66
16,00 11,17 60,43
1,47
8,97
Apartamento 1º esqº B5
78,44
0,72
68,58 74,02
0,53
16,00 11,27 61,00
1,52
9,05
Apartamento 2º drtº B1
78,46
0,72
68,00 74,02
0,54
16,00 11,27 60,97
1,51
9,04
Apartamento 2º drtº B2
78,96
0,72
63,09 74,02
0,53
16,00 11,19 60,54
1,47
8,98
Apartamento 2º drtº B3
79,18
0,72
63,98 74,02
0,67
16,00 11,16 60,38
1,47
8,96
Apartamento 2º drtº B4
79,00
0,72
63,07 74,02
0,53
16,00 11,18 60,51
1,46
8,98
Apartamento 2º drtº B5
79,15
0,72
63,97 74,02
0,67
16,00 11,16 60,39
1,47
8,96
Apartamento 2º esqº B1
79,31
0,72
64,18 74,02
0,53
16,00 11,14 60,27
1,47
8,95
Apartamento 2º esqº B2
79,07
0,72
63,33 74,02
0,66
16,00 11,17 60,44
1,47
8,97
Apartamento 2º esqº B3
79,32
0,72
64,21 74,02
0,53
16,00 11,14 60,26
1,47
8,95
Apartamento 2º esqº B4
79,09
0,72
63,31 74,02
0,66
16,00 11,17 60,43
1,47
8,97
Apartamento 2º esqº B5
78,44
0,72
68,30 74,02
0,53
16,00 11,27 61,00
1,51
9,05
Apartamento 3º drtº B1
78,46
0,72
73,77 96,16
0,27
16,00 11,25 60,90
1,55
9,23
Apartamento 3º drtº B2
78,96
0,72
68,69 92,25
0,26
16,00 11,18 60,48
1,51
9,14
Apartamento 3º drtº B3
79,21
0,72
69,63 92,25
0,27
16,00 11,14 60,30
1,51
9,11
Apartamento 3º drtº B4
79,00
0,72
68,65 92,25
0,26
16,00 11,17 60,45
1,50
9,14
Apartamento 3º drtº B5
79,18
0,72
69,62 92,25
0,27
16,00 11,15 60,32
1,51
9,12
Apartamento 3º esqº B1
79,34
0,72
69,84 92,25
0,27
16,00 11,12 60,19
1,51
9,10
Apartamento 3º esqº B2
79,07
0,72
68,94 92,25
0,27
16,00 11,16 60,38
1,51
9,13
Apartamento 3º esqº B3
79,35
0,72
69,85 92,25
0,27
16,00 11,12 60,18
1,51
9,10
Apartamento 3º esqº B4
79,09
0,72
68,93 92,25
0,27
16,00 11,16 60,37
1,51
9,12
Apartamento 3º esqº B5
78,44
0,72
74,22 96,16
0,27
16,00 11,26 60,92
1,56
9,23
Apartamento r/c drtº B1
78,46
0,72
85,98 90,30
0,54
16,00 11,27 60,97
1,65
9,19
Fração autónoma
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(kgep/m².ano)
Mestrado em engenharia civil
141
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 1 - Desempenho energético do Edifícios Tipo 1 - Reabilitação total continuação
Fração autónoma
Ap
Taxa ren.
Nic
Ni
Ntc
Nt
Apartamento r/c drtº B3
79,18
0,72
81,19 85,74
0,67
16,00 11,16 60,38
1,61
9,07
Apartamento r/c drtº B4
79,00
0,72
80,61 86,39
0,53
16,00 11,18 60,51
1,60
9,09
Apartamento r/c drtº B5
79,15
0,72
81,17 85,74
0,67
16,00 11,16 60,39
1,61
9,07
Apartamento r/c esqº B1
79,31
0,72
81,31 86,39
0,52
16,00 11,14 60,27
1,60
9,06
Apartamento r/c esqº B2
79,07
0,72
80,74 86,39
0,66
16,00 11,17 60,44
1,60
9,08
Apartamento r/c esqº B3
79,32
0,72
81,34 86,39
0,53
16,00 11,14 60,26
1,60
9,06
Apartamento r/c esqº B4
79,09
0,72
80,71 86,39
0,66
16,00 11,17 60,43
1,60
9,08
Apartamento r/c esqº B5
78,44
0,72
86,49 90,30
0,53
16,00 11,27 61,00
1,66
9,19
Mestrado em engenharia civil
142
Nvc
Nv
Nac
Na
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
(m²) (RPH)
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drtº B6
85,24
0,65
38,33
74,02
0,66
16,00
10,26
55,50
1,19
8,30
Apartamento 1º drtº B7
85,93
0,65
35,16
74,02
0,79
16,00
10,17
55,05
1,16
8,24
Apartamento 1º drtº B9
85,19
0,65
38,19
74,02
0,79
16,00
10,26
55,53
1,19
8,31
Apartamento 1º drtº B10
86,14
0,65
38,60
74,02
0,79
16,00
10,15
54,92
1,19
8,22
Apartamento 1º drtº B11
86,27
0,65
37,46
74,02
0,79
16,00
10,13
54,83
1,17
8,21
Apartamento 1º drtº B12
86,17
0,65
38,60
74,02
0,79
16,00
10,14
54,90
1,18
8,22
Apartamento 1º drtº B13
86,25
0,65
37,48
74,02
0,96
16,00
10,13
54,85
1,18
8,21
Apartamento 1º drtº B14
85,44
0,65
42,09
74,02
0,66
16,00
10,23
55,37
1,22
8,29
Apartamento 1º drtº B18
84,21
0,65
42,34
74,02
0,66
16,00
10,38
56,17
1,23
8,39
Apartamento 1º drtº B19
84,88
0,65
37,65
74,02
0,80
16,00
10,30
55,73
1,19
8,33
Apartamento 1º drtº B20
84,91
0,65
37,84
74,02
0,78
16,00
10,29
55,71
1,19
8,33
Apartamento 1º drtº B21
84,82
0,65
37,87
74,02
0,79
16,00
10,31
55,77
1,19
8,34
Apartamento 1º drtº B23
84,82
0,65
37,87
74,02
0,79
16,00
10,31
55,77
1,19
8,34
Apartamento 1º drtº B24
84,91
0,65
37,84
74,02
0,79
16,00
10,29
55,71
1,19
8,33
Apartamento 1º drtº B25
84,88
0,65
37,58
74,02
0,80
16,00
10,30
55,73
1,19
8,33
Apartamento 1º drtº B26
84,21
0,65
42,34
74,02
0,67
16,00
10,38
56,17
1,23
8,39
Apartamento 1º esqº B6
86,18
0,65
34,57
74,02
0,79
16,00
10,14
54,89
1,15
8,22
Apartamento 1º esqº B7
86,02
0,65
38,24
74,02
1,05
16,00
10,16
54,99
1,19
8,23
Apartamento 1º esqº B9
86,11
0,65
38,22
74,02
0,66
16,00
10,15
54,93
1,18
8,23
Apartamento 1ª esqº B10
85,22
0,65
41,95
74,02
0,66
16,00
10,26
55,51
1,22
8,30
Apartamento 1º esqº B11
86,01
0,65
37,13
74,02
0,78
16,00
10,16
55,00
1,17
8,24
Apartamento 1º esqº B12
85,99
0,65
38,56
74,02
0,79
16,00
10,17
55,01
1,19
8,24
Apartamento 1º esqº B13
85,91
0,65
37,40
74,02
0,78
16,00
10,18
55,06
1,18
8,24
Apartamento 1º esqº B14
85,95
0,65
38,38
74,02
0,79
16,00
10,17
55,04
1,19
8,24
Apartamento 1º esqº B18
85,11
0,65
40,63
74,02
0,81
16,00
10,27
55,58
1,21
8,31
Apartamento 1º esqº B19
85,06
0,65
40,67
74,02
0,81
16,00
10,28
55,61
1,21
8,32
Apartamento 1º esqº B20
85,21
0,65
37,67
74,02
0,79
16,00
10,26
55,51
1,19
8,30
Apartamento 1º esqº B21
85,12
0,65
41,98
74,02
0,92
16,00
10,27
55,57
1,22
8,31
Apartamento 1º esqº B23
85,11
0,65
41,04
74,02
0,66
16,00
10,27
55,58
1,21
8,31
Apartamento 1º esqº B24
85,21
0,65
37,67
74,02
0,78
16,00
10,26
55,51
1,19
8,30
Apartamento 1º esqº B25
85,06
0,65
40,88
74,02
0,82
16,00
10,28
55,61
1,21
8,32
Apartamento 1º esqº B26
85,11
0,65
40,84
74,02
0,82
16,00
10,27
55,58
1,21
8,31
Apartamento 2º drtº B6
85,24
0,65
38,33
74,02
0,66
16,00
10,26
55,50
1,19
8,30
Mestrado em engenharia civil
143
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total –
continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento 2º drtº B9
85,19
Apartamento 2º drtº B10
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
0,65
38,19
74,02
0,79
16,00
10,26
55,53
1,19
8,31
86,14
0,65
38,62
74,02
0,79
16,00
10,15
54,92
1,19
8,22
Apartamento 2º drtº B11
86,27
0,65
37,48
74,02
0,79
16,00
10,13
54,83
1,17
8,21
Apartamento 2º drtº B12
86,17
0,65
38,62
74,02
0,79
16,00
10,14
54,90
1,18
8,22
Apartamento 2º drtº B13
86,25
0,65
37,50
74,02
0,96
16,00
10,13
54,85
1,18
8,21
Apartamento 2º drtº B14
85,44
0,65
42,11
74,02
0,66
16,00
10,23
55,37
1,22
8,29
Apartamento 2º drtº B18
84,21
0,65
42,34
74,02
0,66
16,00
10,38
56,17
1,23
8,39
Apartamento 2º drtº B19
84,88
0,65
37,65
74,02
0,80
16,00
10,30
55,73
1,19
8,33
Apartamento 2º drtº B20
84,91
0,65
37,84
74,02
0,78
16,00
10,29
55,71
1,19
8,33
Apartamento 2º drtº B21
84,91
0,65
37,84
74,02
0,79
16,00
10,29
55,71
1,19
8,33
Apartamento 2º drtº B23
84,91
0,65
37,84
74,02
0,79
16,00
10,29
55,71
1,19
8,33
Apartamento 2º drtº B24
84,91
0,65
37,84
74,02
0,79
16,00
10,29
55,71
1,19
8,33
Apartamento 2º drtº B25
84,88
0,65
37,58
74,02
0,80
16,00
10,30
55,73
1,19
8,33
Apartamento 2º drtº B26
84,21
0,65
42,34
74,02
0,67
16,00
10,38
56,17
1,23
8,39
Apartamento 2º esqº B6
86,18
0,65
34,57
74,02
0,79
16,00
10,14
54,89
1,15
8,22
Apartamento 2º esqº B7
86,02
0,65
38,24
74,02
1,05
16,00
10,16
54,99
1,19
8,23
Apartamento 2º esqº B9
86,11
0,65
38,22
74,02
0,66
16,00
10,15
54,93
1,18
8,23
Apartamento 2º esqº B10
85,22
0,65
41,97
74,02
0,66
16,00
10,26
55,51
1,22
8,30
Apartamento 2º esqº B11
86,01
0,65
37,15
74,02
0,78
16,00
10,16
55,00
1,17
8,24
Apartamento 2º esqº B12
85,99
0,65
38,58
74,02
0,79
16,00
10,17
55,01
1,19
8,24
Apartamento 2º esqº B13
85,91
0,65
37,43
74,02
0,78
16,00
10,18
55,06
1,18
8,24
Apartamento 2º esqº B14
85,95
0,65
38,41
74,02
0,79
16,00
10,17
55,04
1,19
8,24
Apartamento 2º esqº B18
85,11
0,65
40,84
74,02
0,81
16,00
10,27
55,58
1,21
8,31
Apartamento 2º esqº B19
85,06
0,65
40,88
74,02
0,81
16,00
10,28
55,61
1,21
8,32
Apartamento 2º esqº B20
85,21
0,65
37,67
74,02
0,79
16,00
10,26
55,51
1,19
8,30
Apartamento 2º esqº B21
85,12
0,65
41,98
74,02
0,92
16,00
10,27
55,57
1,22
8,31
Apartamento 2º esqº B23
85,11
0,65
41,04
74,02
0,66
16,00
10,27
55,58
1,21
8,31
Apartamento 2º esqº B24
85,21
0,65
37,67
74,02
0,78
16,00
10,26
55,51
1,19
8,30
Apartamento 2º esqº B25
85,06
0,65
40,88
74,02
0,82
16,00
10,28
55,61
1,21
8,32
Apartamento 2º esqº B26
85,11
0,65
40,84
74,02
0,82
16,00
10,27
55,58
1,21
8,31
Apartamento 3º drtº B6
85,24
0,65
51,52
89,65
0,39
16,00
10,26
55,50
1,29
8,44
Apartamento 3º drtº B7
85,93
0,65
47,98
87,04
0,39
16,00
10,17
55,05
1,26
8,36
Apartamento 3º drtº B9
85,19
0,65
51,08
88,35
0,39
16,00
10,26
55,53
1,29
8,44
Apartamento 3º drtº B10
85,09
0,65
51,84
86,39
0,40
16,00
10,27
55,59
1,30
8,43
Apartamento 3º drtº B11
85,22
0,65
50,73
86,39
0,40
16,00
10,26
55,51
1,29
8,42
ren.
Mestrado em engenharia civil
144
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento 3º drtº B13
85,20
Apartamento 3º drtº B14
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
0,65
50,74
86,39
0,55
16,00
10,26
55,52
1,29
8,42
84,39
0,65
55,76
90,30
0,40
16,00
10,36
56,05
1,33
8,52
Apartamento 3º drtº B18
84,21
0,65
55,89
90,30
0,40
16,00
10,38
56,17
1,34
8,54
Apartamento 3º drtº B19
84,88
0,65
50,90
86,39
0,40
16,00
10,30
55,73
1,29
8,45
Apartamento 3º drtº B20
84,91
0,65
51,09
87,04
0,39
16,00
10,29
55,71
1,29
8,45
Apartamento 3º drtº B21
84,91
0,65
51,08
86,39
0,39
16,00
10,29
55,71
1,29
8,44
Apartamento 3º drtº B23
84,91
0,65
51,08
86,39
0,40
16,00
10,29
55,71
1,29
8,44
Apartamento 3º drtº B24
84,91
0,65
51,09
87,04
0,39
16,00
10,29
55,71
1,29
8,45
Apartamento 3º drtº B25
84,88
0,65
50,83
86,39
0,40
16,00
10,30
55,73
1,29
8,45
Apartamento 3º drtº B26
84,21
0,65
55,89
90,30
0,40
16,00
10,38
56,17
1,34
8,54
Apartamento 3º esqº B6
86,18
0,65
47,66
86,39
0,39
16,00
10,14
54,89
1,25
8,33
Apartamento 3º esqº B7
86,02
0,65
50,60
87,04
0,52
16,00
10,16
54,99
1,28
8,35
Apartamento 3º esqº B9
86,11
0,65
51,39
89,65
0,39
16,00
10,15
54,93
1,28
8,37
Apartamento 3º esqº B10
84,18
0,65
55,62
89,65
0,40
16,00
10,38
56,19
1,34
8,54
Apartamento 3º esqº B11
84,97
0,65
50,47
86,39
0,39
16,00
10,29
55,67
1,29
8,44
Apartamento 3º esqº B12
84,95
0,65
51,92
86,39
0,40
16,00
10,29
55,68
1,30
8,44
Apartamento 3º esqº B13
84,87
0,65
50,79
87,04
0,39
16,00
10,30
55,74
1,29
8,45
Apartamento 3º esqº B14
84,91
0,65
51,75
86,39
0,40
16,00
10,29
55,71
1,30
8,44
Apartamento 3º esqº B18
85,11
0,65
53,79
86,39
0,40
16,00
10,27
55,58
1,31
8,42
Apartamento 3º esqº B19
85,06
0,65
53,85
86,39
0,40
16,00
10,28
55,61
1,31
8,43
Apartamento 3º esqº B20
85,21
0,65
50,79
86,39
0,39
16,00
10,26
55,51
1,29
8,42
Apartamento 3º esqº B21
85,12
0,65
54,71
87,04
0,52
16,00
10,27
55,57
1,32
8,43
Apartamento 3º esqº B23
85,11
0,65
54,49
89,65
0,40
16,00
10,27
55,58
1,32
8,45
Apartamento 3º esqº B24
85,21
0,65
50,79
86,39
0,39
16,00
10,26
55,51
1,29
8,42
Apartamento 3º esqº B25
85,06
0,65
53,85
86,39
0,41
16,00
10,28
55,61
1,31
8,43
Apartamento 3º esqº B26
85,11
0,65
53,79
86,39
0,41
16,00
10,27
55,58
1,31
8,42
Apartamento r/c drtº B6
85,24
0,65
56,43
82,49
0,66
16,00
10,26
55,50
1,45
8,38
Apartamento r/c drtº B7
85,93
0,65
52,51
79,23
0,79
16,00
10,17
55,05
1,30
8,29
Apartamento r/c drtº B99
85,19
0,65
55,69
81,18
0,79
16,00
10,26
55,53
1,33
8,37
Apartamento r/c drtº B10
86,14
0,65
55,49
79,23
0,79
16,00
10,15
54,92
1,32
8,27
Apartamento r/c drtº B11
86,27
0,65
54,64
79,23
0,79
16,00
10,13
54,83
1,31
8,26
Apartamento r/c drtº B12
86,17
0,65
55,79
79,23
0,79
16,00
10,14
54,90
1,32
8,27
Apartamento r/c drtº B13
86,25
0,65
54,52
79,23
0,96
16,00
10,13
54,85
1,31
8,26
Apartamento r/c drtº B14
85,44
0,65
60,06
82,49
0,66
16,00
10,23
55,37
1,36
8,36
Apartamento r/c drtº B18
84,21
0,65
60,36
82,49
0,66
16,00
10,38
56,17
1,38
8,47
ren.
Mestrado em engenharia civil
145
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 2- Desempenho energético do Edifícios Tipo 2- Reabilitação total continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento r/c drtº B20
84,91
Apartamento r/c drtº B21
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
0,65
54,94
79,23
0,78
16,00
10,29
55,71
1,33
8,38
84,91
0,65
55,15
78,58
0,79
16,00
10,29
55,71
1,33
8,37
Apartamento r/c drtº B23
84,91
0,65
55,15
78,58
0,79
16,00
10,29
55,71
1,33
8,37
Apartamento r/c drtº B24
84,91
0,65
54,94
79,23
0,79
16,00
10,29
55,71
1,33
8,38
Apartamento r/c drtº B25
84,88
0,65
54,69
79,23
0,80
16,00
10,30
55,73
1,33
8,38
Apartamento r/c drtº B26
84,21
0,65
60,36
82,49
0,67
16,00
10,38
56,17
1,38
8,47
Apartamento r/c esqº B6
86,18
0,65
51,99
79,23
0,79
16,00
10,14
54,89
1,29
8,27
Apartamento r/c esqº B7
86,02
0,65
54,82
79,23
1,05
16,00
10,16
54,99
1,32
8,28
Apartamento r/c esqº B9
86,11
0,65
56,24
82,49
0,66
16,00
10,15
54,93
1,32
8,30
Apartamento r/c esqº B10
85,22
0,65
59,97
82,49
0,66
16,00
10,26
55,51
1,36
8,38
Apartamento r/c esqº B11
86,01
0,65
54,25
78,58
0,78
16,00
10,16
55,00
1,31
8,28
Apartamento r/c esqº B12
85,99
0,65
55,70
79,23
0,79
16,00
10,17
55,01
1,32
8,28
Apartamento r/c esqº B13
85,91
0,65
54,49
79,23
0,78
16,00
10,18
55,06
1,31
8,29
Apartamento r/c esqº B14
85,95
0,65
55,56
78,58
0,79
16,00
10,17
55,04
1,32
8,28
Apartamento r/c esqº B18
85,11
0,65
55,88
79,23
0,79
16,00
10,27
55,58
1,33
8,36
Apartamento r/c esqº B19
85,06
0,65
56,06
79,23
0,78
16,00
10,28
55,61
1,33
8,36
Apartamento r/c esqº B20
85,21
0,65
54,78
79,23
0,79
16,00
10,26
55,51
1,32
8,35
Apartamento r/c esqº B21
85,12
0,65
58,42
79,88
0,92
16,00
10,27
55,57
1,35
8,36
Apartamento r/c esqº B23
85,11
0,65
59,01
82,49
0,66
16,00
10,27
55,58
1,36
8,39
Apartamento r/c esqº B24
85,21
0,65
54,78
79,23
0,78
16,00
10,26
55,51
1,32
8,35
Apartamento r/c esqº B25
85,06
0,65
57,85
79,23
0,82
16,00
10,28
55,61
1,35
8,36
Apartamento r/c esqº B26
85,11
0,65
57,66
79,23
0,82
16,00
10,27
55,58
1,35
8,36
ren.
Mestrado em engenharia civil
146
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 3 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 3- Reabilitação total
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
(m²) (RPH)
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drtº B22
92,37
0,65
63,19
74,02
0,72
16,00
17,05
64,01
1,97
9,45
Apartamento 1º drtº B8
92,42
0,68
55,85
74,02
0,58
16,00
17,04
63,98
1,91
9,45
Apartamento 1º esqº B22
83,38
0,65
57,57
74,02
0,40
16,00
10,48
56,73
1,36
8,47
Apartamento 1º esqº B8
83,37
0,68
49,66
74,02
0,53
16,00
10,49
56,74
1,30
8,47
Apartamento 2º drtº B22
92,37
0,65
63,19
74,02
0,72
16,00
17,05
64,01
1,97
9,45
Apartamento 2º drtº B8
92,42
0,68
55,85
74,02
0,58
16,00
17,04
63,98
1,91
9,45
Apartamento 2º esqº B22
83,38
0,65
57,57
74,02
0,40
16,00
10,48
56,73
1,36
8,47
Apartamento 2º esqº B8
83,37
0,68
49,66
74,02
0,53
16,00
10,49
56,74
1,30
8,47
Apartamento 3º drtº B22
92,37
0,65
75,69
93,56
0,43
16,00
17,05
64,01
2,07
9,63
Apartamento 3º drtº B8
92,42
0,68
68,36
90,30
0,29
16,00
17,04
63,98
2,01
9,59
Apartamento 3º esqº B22
83,38
0,65
71,19
96,16
0,26
16,00
10,48
56,73
1,47
8,67
Apartamento 3º esqº B8
83,37
0,68
63,01
92,25
0,26
16,00
10,49
56,74
1,40
8,63
Apartamento r/c drtº B22
92,37
0,65
81,24
87,70
0,72
16,00
17,05
64,01
2,11
9,57
Apartamento r/c drtº B8
92,42
0,68
72,89
83,14
0,58
16,00
17,04
63,98
2,05
9,53
Apartamento r/c esqº B22
83,38
0,65
77,29
89,65
0,40
16,00
10,48
56,73
1,51
8,61
Apartamento r/c esqº B8
83,37
0,68
67,82
84,44
0,53
16,00
10,49
56,74
1,44
8,56
Mestrado em engenharia civil
147
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 4 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 4- Reabilitação total
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
(m²) (RPH)
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drtº B15 85,46
0,65
65,20
83,14
0,68
16,00
10,23
55,35
1,40
8,36
Apartamento 1º drtº B16 84,97
0,65
54,59
74,02
0,96
16,00
10,29
55,67
1,32
8,33
Apartamento 1º drtº B17 84,99
0,65
54,96
74,02
0,96
16,00
10,29
55,66
1,33
8,32
Apartamento 1º esqº B15 98,62
0,65
52,26
74,02
0,96
16,00
15,97
59,96
1,80
8,90
Apartamento 1º esqº B16 98,62
0,65
52,01
74,02
0,96
16,00
15,97
59,96
1,79
8,90
Apartamento 1º esqº B17 99,09
0,65
58,27
77,93
0,83
16,00
15,90
59,67
1,84
8,90
Apartamento 2º drtº B15 85,46
0,65
46,99
74,02
0,68
16,00
10,23
55,35
1,26
8,28
Apartamento 2º drtº B16 84,97
0,65
40,71
74,02
0,96
16,00
10,29
55,67
1,22
8,33
Apartamento 2º drtº B17 84,99
0,65
40,63
74,02
0,96
16,00
10,29
55,66
1,21
8,32
Apartamento 2º esqº B15 98,62
0,65
38,02
74,02
0,96
16,00
15,97
59,96
1,68
8,90
Apartamento 2º esqº B16 98,62
0,65
38,05
74,02
0,96
16,00
15,97
59,96
1,68
8,90
Apartamento 2º esqº B17 99,09
0,65
43,38
74,02
0,83
16,00
15,90
59,67
1,72
8,87
Apartamento 3º drtº B15 85,46
0,65
60,16
90,95
0,41
16,00
10,23
55,35
1,36
8,43
Apartamento 3º drtº B16 84,97
0,65
53,09
84,44
0,55
16,00
10,29
55,67
1,31
8,42
Apartamento 3º drtº B17 84,99
0,65
52,94
84,44
0,55
16,00
10,29
55,66
1,31
8,42
Apartamento 3º esqº B15 98,62
0,65
50,31
83,14
0,55
16,00
15,97
59,96
1,78
8,99
Apartamento 3º esqº B16 98,62
0,65
50,40
83,14
0,55
16,00
15,97
59,96
1,78
8,99
Apartamento 3º esqº B17 99,09
0,65
56,24
88,35
0,41
16,00
15,90
59,67
1,82
8,99
Mestrado em engenharia civil
148
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 5 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 5- Reabilitação total
Fração autónoma
Ap
Taxa
ren.
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
(kWh/m².ano)
Ntc
Nt
(m²)
(RPH)
(kgep/m².ano)
Apartamento 1º drtº Fr.
71,31
0,68
60,98
78,58
0,67
16,00
29,49
49,75
3,02
7,57
Apartamento 1º drtº Tr.
86,63
0,70
61,79
79,23
0,68
16,00
32,37
54,60
3,28
8,23
Apartamento 1º esqº Tr.
81,49
0,72
62,65
77,93
0,55
16,00
34,41
58,05
3,46
8,68
Apartamento 1º esqº Fr.
86,20
0,71
63,70
81,18
0,53
16,00
32,53
54,88
3,31
8,28
Apartamento 2º drtº Fr.
71,31
0,68
45,42
74,02
0,67
16,00
29,49
49,75
2,90
7,53
Apartamento 2º drtº Tr.
86,63
0,70
46,30
74,02
0,68
16,00
32,37
54,60
3,16
8,18
Apartamento 2º esqº Tr.
81,49
0,72
47,26
74,02
0,55
16,00
34,41
58,05
3,34
8,65
Apartamento 2º esqº Fr.
86,20
0,71
47,48
74,02
0,53
16,00
32,53
54,88
3,18
8,22
Apartamento 3º drtº Fr.
71,31
0,68
45,42
74,02
0,67
16,00
29,49
49,75
2,90
7,53
Apartamento 3º drtº Tr.
86,63
0,70
46,30
74,02
0,68
16,00
32,37
54,60
3,16
8,18
Apartamento 3º esqº Tr.
81,49
0,72
47,26
74,02
0,55
16,00
34,41
58,05
3,34
8,65
Apartamento 3º esqº Fr.
86,20
0,71
47,48
74,02
0,53
16,00
32,53
54,88
3,18
8,22
Apartamento 4º drtº Fr.
71,31
0,68
45,42
74,02
0,67
16,00
29,49
49,75
2,90
7,53
Apartamento 4º drtº Tr.
86,63
0,70
46,30
74,02
0,68
16,00
32,37
54,60
3,16
8,18
Apartamento 4º esqº Tr.
81,49
0,72
47,26
74,02
0,55
16,00
34,41
58,05
3,34
8,65
Apartamento 4º esqº Fr.
86,20
0,71
47,48
74,02
0,53
16,00
32,53
54,88
3,18
8,22
Apartamento 5º drtº Fr.
71,31
0,73
47,30
74,02
0,67
16,00
29,49
49,75
2,92
7,53
Apartamento 5º drtº Tr.
86,63
0,75
48,18
74,02
0,55
16,00
32,37
54,60
3,17
8,18
Apartamento 5º esqº Tr.
80,55
0,77
49,37
74,02
0,55
16,00
34,81
58,73
3,39
8,74
Apartamento 5º esqº Fr.
87,14
0,76
48,94
74,02
0,53
16,00
32,18
54,29
3,16
8,14
Apartamento 6º drtº Fr.
71,31
0,73
47,30
74,02
0,67
16,00
29,49
49,75
2,92
7,53
Apartamento 6º drtº Tr.
86,63
0,75
48,18
74,02
0,55
16,00
32,37
54,60
3,17
8,18
Apartamento 6º esqº Tr.
81,49
0,77
48,93
74,02
0,55
16,00
34,41
58,05
3,35
8,65
Apartamento 6º esqº Fr.
86,20
0,76
49,36
74,02
0,53
16,00
32,53
54,88
3,19
8,22
Apartamento 7º drtº Fr.
71,31
0,73
47,30
74,02
0,67
16,00
29,49
49,75
2,92
7,53
Apartamento 7º drtº Tr.
86,63
0,75
48,18
74,02
0,55
16,00
32,37
54,60
3,17
8,18
Apartamento 7º esqº Tr.
81,49
0,77
48,93
74,02
0,55
16,00
34,41
58,05
3,35
8,65
Apartamento 7º esqº Fr.
86,20
0,76
49,36
74,02
0,53
16,00
32,53
54,88
3,19
8,22
Apartamento 8º drtº Fr.
71,31
0,73
47,30
74,02
0,67
16,00
29,49
49,75
2,92
7,53
Apartamento 8º drtº Tr.
86,63
0,75
48,18
74,02
0,55
16,00
32,37
54,60
3,17
8,18
Apartamento 8º esqº Tr.
81,49
0,77
48,93
74,02
0,55
16,00
34,41
58,05
3,35
8,65
Apartamento 8º esqº Fr.
85,06
0,76
50,15
74,02
0,53
16,00
32,97
55,61
3,24
8,32
Apartamento 9º drtº Fr.
71,31
0,78
48,97
74,02
0,54
16,00
29,49
49,75
2,93
7,53
Mestrado em engenharia civil
149
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 5 - Desempenho energético dos Edifício Tipo 5- Reabilitação total continuação
Fração autónoma
Ap
Apartamento 9º esqº Tr.
81,49
Apartamento 9º esqº Fr.
Taxa
Nic
Ni
Nvc
Nv
Nac
Na
Ntc
Nt
0,82
50,81
74,02
0,55
16,00
34,41
58,05
3,37
8,65
86,20
0,81
51,24
74,02
0,40
16,00
32,53
54,88
3,21
8,22
Apartamento 10º drtº Fr.
71,31
0,78
85,81
90,30
1,31
16,00
29,49
49,75
3,23
7,67
Apartamento 10º drtº Tr.
85,74
0,80
81,60
89,65
1,33
16,00
32,71
55,17
3,47
8,40
Apartamento 10º esqº Tr.
81,49
0,82
81,27
88,35
1,33
16,00
34,41
58,05
3,61
8,78
Apartamento 10º esqº Fr.
86,20
0,81
82,40
91,60
1,08
16,00
32,53
54,88
3,46
8,38
ren.
Mestrado em engenharia civil
150
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 6 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 1
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
kgep.ano
%
Apartamento 1º drt B1
790,09
116,07
674,02
85,31
Apartamento 1º drtº B2
767,49
115,34
652,15
84,97
Apartamento 1º drtº B3
779,13
116,59
662,55
85,04
Apartamento 1º drtº B4
767,88
116,60
651,28
84,82
Apartamento 1º drtº B5
769,34
118,44
650,89
84,60
Apartamento 1º esqº B1
782,00
118,47
663,52
84,85
Apartamento 1º esqº B2
778,05
116,39
661,65
85,04
Apartamento 1º esqº B3
782,89
116,35
666,54
85,14
Apartamento 1º esqº B4
779,04
116,23
662,80
85,08
Apartamento 1º esqº B5
802,44
116,26
686,18
85,51
Apartamento 2º drtº B1
790,09
119,23
670,86
84,91
Apartamento 2º drtº B2
767,49
118,50
648,99
84,56
Apartamento 2º drtº B3
779,13
119,80
659,33
84,62
Apartamento 2º drtº B4
767,88
119,82
648,06
84,40
Apartamento 2º drtº B5
769,34
122,37
646,97
84,09
Apartamento 2º esqº B1
782,00
121,61
660,38
84,45
Apartamento 2º esqº B2
778,05
119,61
658,44
84,63
Apartamento 2º esqº B3
782,89
119,56
663,33
84,73
Apartamento 2º esqº B4
779,04
119,40
659,64
84,67
Apartamento 2º esqº B5
802,44
119,43
683,02
85,12
Apartamento 3º drtº B1
1013,70
126,34
887,37
87,54
Apartamento 3º drtº B2
993,32
126,40
866,92
87,27
Apartamento 3º drtº B3
1005,17
126,90
878,28
87,38
Apartamento 3º drtº B4
993,03
126,91
866,12
87,22
Apartamento 3º drtº B5
996,08
130,21
865,87
86,93
Apartamento 3º esqº B1
1008,41
129,46
878,95
87,16
Apartamento 3º esqº B2
1003,40
127,48
875,92
87,30
Apartamento 3º esqº B3
1009,33
127,43
881,90
87,37
Apartamento 3º esqº B4
1005,23
126,51
878,72
87,41
Apartamento 3º esqº B5
1026,00
126,54
899,45
87,67
Apartamento r/c drtº B1
884,24
116,07
768,17
86,87
Apartamento r/c drtº B2
862,24
115,34
746,90
86,62
Apartamento r/c drtº B3
874,15
116,59
757,56
86,66
Apartamento r/c drtº B4
862,68
116,60
746,08
86,48
Mestrado em engenharia civil
151
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 6 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 1- continuação
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
Fração
autónoma
kgep.ano
%
Apartamento r/c esqº B1
876,38
118,47
757,90
86,48
Apartamento r/c esqº B2
872,93
116,39
756,54
86,67
Apartamento r/c esqº B3
878,07
116,35
761,72
86,75
Apartamento r/c esqº B4
873,94
116,23
757,71
86,70
Apartamento r/c esqº B5
897,35
116,26
781,09
87,04
Total
34396,68
4807,80
29588,88
86,02
Mestrado em engenharia civil
152
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
kgep.ano
%
Apartamento 1º drtº B6
869,04
101,44
767,61
88,33
Apartamento 1º drtº B7
890,76
99,68
791,08
88,81
Apartamento 1º drtº B9
891,62
101,38
790,24
88,63
Apartamento 1º drtº B10
873,20
102,51
770,69
88,26
Apartamento 1º drtº B11
859,41
100,94
758,48
88,26
Apartamento 1º drtº B12
873,05
101,68
771,37
88,35
Apartamento 1º drtº B13
756,85
101,78
655,08
86,55
Apartamento 1º drtº B14
779,95
104,24
675,71
86,64
Apartamento 1º drtº B18
779,52
103,58
675,94
86,71
Apartamento 1º drtº B19
763,30
101,01
662,30
86,77
Apartamento 1º drtº B20
748,22
101,04
647,17
86,50
Apartamento 1º drtº B21
762,20
100,94
661,26
86,76
Apartamento 1º drtº B23
756,85
100,94
655,92
86,66
Apartamento 1º drtº B24
779,95
101,04
678,90
87,04
Apartamento 1º drtº B25
779,52
101,01
678,51
87,04
Apartamento 1º drtº B26
763,30
103,58
659,72
86,43
Apartamento 1º esqº B6
748,22
99,11
649,11
86,75
Apartamento 1º esqº B7
762,20
102,36
659,84
86,57
Apartamento 1º esqº B9
1036,03
101,61
934,42
90,19
Apartamento 1ª esqº B10
1055,79
103,97
951,82
90,15
Apartamento 1º esqº B11
1058,52
100,63
957,89
90,49
Apartamento 1º esqº B12
1038,71
102,33
936,38
90,15
Apartamento 1º esqº B13
1027,18
101,37
925,80
90,13
Apartamento 1º esqº B14
1040,09
102,28
937,81
90,17
Apartamento 1º esqº B18
880,16
102,98
777,17
88,30
Apartamento 1º esqº B19
877,96
102,92
775,04
88,28
Apartamento 1º esqº B20
874,27
101,40
772,87
88,40
Apartamento 1º esqº B21
873,00
103,85
769,16
88,10
Apartamento 1º esqº B23
900,95
102,98
797,96
88,57
Apartamento 1º esqº B24
877,55
101,40
776,15
88,45
Apartamento 1º esqº B25
875,79
102,92
772,87
88,25
Apartamento 1º esqº B26
872,85
102,98
769,86
88,20
Apartamento 2º drtº B6
878,99
101,44
777,55
88,46
Apartamento 2º drtº B7
899,07
99,68
799,39
88,91
Mestrado em engenharia civil
153
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2 - continuação
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
Fração
autónoma
kgep.ano
%
Apartamento 2º drtº B10
768,75
102,51
666,24
86,67
Apartamento 2º drtº B11
763,69
100,94
662,75
86,78
Apartamento 2º drtº B12
762,91
101,68
661,23
86,67
Apartamento 2º drtº B13
791,43
101,78
689,66
87,14
Apartamento 2º drtº B14
766,67
104,24
662,44
86,40
Apartamento 2º drtº B18
765,24
103,58
661,66
86,46
Apartamento 2º drtº B19
762,88
101,01
661,87
86,76
Apartamento 2º drtº B20
768,58
101,04
667,53
86,85
Apartamento 2º drtº B21
789,99
101,04
688,95
87,21
Apartamento 2º drtº B23
769,71
101,04
668,66
86,87
Apartamento 2º drtº B24
768,75
101,04
667,71
86,86
Apartamento 2º drtº B25
763,69
101,01
662,68
86,77
Apartamento 2º drtº B26
763,77
103,58
660,19
86,44
Apartamento 2º esqº B6
791,43
99,11
692,32
87,48
Apartamento 2º esqº B7
767,53
102,36
665,17
86,66
Apartamento 2º esqº B9
766,10
101,61
664,49
86,74
Apartamento 2º esqº B10
763,74
103,97
659,77
86,39
Apartamento 2º esqº B11
769,44
100,63
668,81
86,92
Apartamento 2º esqº B12
789,99
102,33
687,66
87,05
Apartamento 2º esqº B13
1042,49
101,37
941,11
90,28
Apartamento 2º esqº B14
1040,64
102,28
938,36
90,17
Apartamento 2º esqº B18
1036,03
102,98
933,04
90,06
Apartamento 2º esqº B19
1034,93
102,92
932,01
90,06
Apartamento 2º esqº B20
1061,45
101,40
960,05
90,45
Apartamento 2º esqº B21
1038,45
103,85
934,60
90,00
Apartamento 2º esqº B23
1037,49
102,98
934,51
90,07
Apartamento 2º esqº B24
1034,57
101,40
933,17
90,20
Apartamento 2º esqº B25
1041,27
102,92
938,34
90,12
Apartamento 2º esqº B26
1058,14
102,98
955,16
90,27
Apartamento 3º drtº B6
873,61
109,96
763,65
87,41
Apartamento 3º drtº B7
897,68
108,27
789,41
87,94
Apartamento 3º drtº B9
874,80
109,90
764,90
87,44
Apartamento 3º drtº B10
870,87
110,62
760,25
87,30
Apartamento 3º drtº B11
872,82
109,93
762,89
87,40
Apartamento 3º drtº B12
872,87
110,66
762,22
87,32
Mestrado em engenharia civil
154
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2 - continuação
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
Fração
autónoma
kgep.ano
%
Apartamento 3º drtº B14
870,33
112,24
758,09
87,10
Apartamento 3º drtº B18
765,37
112,84
652,52
85,26
Apartamento 3º drtº B19
789,89
109,50
680,39
86,14
Apartamento 3º drtº B20
766,62
109,53
657,09
85,71
Apartamento 3º drtº B21
763,07
109,53
653,54
85,65
Apartamento 3º drtº B23
764,47
109,53
654,93
85,67
Apartamento 3º drtº B24
765,04
109,53
655,51
85,68
Apartamento 3º drtº B25
755,49
109,50
646,00
85,51
Apartamento 3º drtº B26
761,68
112,84
648,84
85,19
Apartamento 3º esqº B6
765,37
107,73
657,64
85,93
Apartamento 3º esqº B7
789,89
110,11
679,78
86,06
Apartamento 3º esqº B9
766,62
110,22
656,40
85,62
Apartamento 3º esqº B10
763,07
112,80
650,27
85,22
Apartamento 3º esqº B11
764,47
109,61
654,86
85,66
Apartamento 3º esqº B12
765,04
110,44
654,60
85,56
Apartamento 3º esqº B13
755,49
109,48
646,01
85,51
Apartamento 3º esqº B14
762,49
110,38
652,11
85,52
Apartamento 3º esqº B18
1039,81
111,49
928,31
89,28
Apartamento 3º esqº B19
1060,20
111,43
948,78
89,49
Apartamento 3º esqº B20
1040,05
109,92
930,13
89,43
Apartamento 3º esqº B21
1036,38
112,36
924,03
89,16
Apartamento 3º esqº B23
1038,34
112,35
926,00
89,18
Apartamento 3º esqº B24
1037,60
109,92
927,68
89,41
Apartamento 3º esqº B25
1030,06
111,43
918,63
89,18
Apartamento 3º esqº B26
1035,05
111,49
923,56
89,23
Apartamento r/c drtº B6
873,61
123,60
750,01
85,85
Apartamento r/c drtº B7
897,68
111,71
785,97
87,56
Apartamento r/c drtº B99
874,80
113,30
761,50
87,05
Apartamento r/c drtº B10
870,02
113,70
756,32
86,93
Apartamento r/c drtº B11
873,68
113,01
760,66
87,06
Apartamento r/c drtº B12
872,03
113,74
758,28
86,96
Apartamento r/c drtº B13
896,08
112,99
783,10
87,39
Apartamento r/c drtº B14
870,33
116,20
754,13
86,65
Apartamento r/c drtº B18
764,51
116,21
648,30
84,80
Apartamento r/c drtº B19
789,89
112,89
677,00
85,71
Mestrado em engenharia civil
155
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 7 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 2 continuação
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
Fração
autónoma
kgep.ano
%
Apartamento r/c drtº B21
762,22
112,93
649,29
85,18
Apartamento r/c drtº B23
765,32
112,93
652,39
85,24
Apartamento r/c drtº B24
764,19
112,93
651,26
85,22
Apartamento r/c drtº B25
786,95
112,89
674,06
85,65
Apartamento r/c drtº B26
761,64
116,21
645,43
84,74
Apartamento r/c esqº B6
764,51
111,17
653,34
85,46
Apartamento r/c esqº B7
789,89
113,55
676,34
85,63
Apartamento r/c esqº B9
765,77
113,67
652,10
85,16
Apartamento r/c esqº B10
762,22
115,90
646,32
84,79
Apartamento r/c esqº B11
765,32
112,67
652,65
85,28
Apartamento r/c esqº B12
764,19
113,51
650,68
85,15
Apartamento r/c esqº B13
786,95
112,54
674,41
85,70
Apartamento r/c esqº B14
761,64
113,45
648,19
85,10
Apartamento r/c esqº B18
1039,81
113,20
926,61
89,11
Apartamento r/c esqº B19
1060,20
113,13
947,07
89,33
Apartamento r/c esqº B20
1040,05
112,48
927,57
89,19
Apartamento r/c esqº B21
1035,54
114,91
920,62
88,90
Apartamento r/c esqº B23
1039,20
115,75
923,45
88,86
Apartamento r/c esqº B24
1036,75
112,48
924,27
89,15
Apartamento r/c esqº B25
1060,63
114,83
945,80
89,17
Apartamento r/c esqº B26
1035,05
114,90
920,15
88,90
Total
110628,2485
13705,68
96922,56
87,61
Mestrado em engenharia civil
156
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 8 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 3
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
kgep.ano
%
Apartamento 1º drtº B22
878,72
181,97
696,75
79,29
Apartamento 1º drtº B8
1040,65
176,52
864,13
83,04
Apartamento 1º esqº B22
770,34
113,40
656,94
85,28
Apartamento 1º esqº B8
921,43
108,38
813,05
88,24
Apartamento 2º drtº B22
770,34
181,97
588,37
76,38
Apartamento 2º drtº B8
921,43
176,52
744,91
80,84
Apartamento 2º esqº B22
1043,79
113,40
930,40
89,14
Apartamento 2º esqº B8
1225,49
108,38
1117,11
91,16
Apartamento 3º drtº B22
927,19
191,21
735,98
79,38
Apartamento 3º drtº B8
1078,88
185,76
893,12
82,78
Apartamento 3º esqº B22
812,96
122,57
690,39
84,92
Apartamento 3º esqº B8
953,26
116,72
836,54
87,76
Apartamento r/c drtº B22
812,96
194,90
618,05
76,03
Apartamento r/c drtº B8
953,26
189,46
763,80
80,12
Apartamento r/c esqº B22
1083,94
125,90
958,04
88,38
Apartamento r/c esqº B8
1253,46
120,05
1133,41
90,42
Total
15448,08
2407,11
13040,97
84,42
Mestrado em engenharia civil
157
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 9 – Poupança anual de energia – Edifício Tipo 4
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
kgep.ano
%
Apartamento 1º drtº B15
1010,28
119,64
890,63
88,16
Apartamento 1º drtº B16
900,63
112,16
788,47
87,55
Apartamento 1º drtº B17
1006,33
113,04
893,30
88,77
Apartamento 1º esqº B15
842,47
177,52
664,95
78,93
Apartamento 1º esqº B16
1042,84
176,53
866,31
83,07
Apartamento 1º esqº B17
844,18
182,33
661,86
78,40
Apartamento 2º drtº B15
902,74
107,68
795,06
88,07
Apartamento 2º drtº B16
786,88
103,66
683,21
86,83
Apartamento 2º drtº B17
900,77
102,84
797,93
88,58
Apartamento 2º esqº B15
750,10
165,68
584,42
77,91
Apartamento 2º esqº B16
936,28
165,68
770,60
82,30
Apartamento 2º esqº B17
750,10
170,43
579,66
77,28
Apartamento 3º drtº B15
1233,25
116,23
1117,02
90,58
Apartamento 3º drtº B16
1075,97
111,31
964,66
89,65
Apartamento 3º drtº B17
1233,25
111,34
1121,91
90,97
Apartamento 3º esqº B15
1038,33
175,54
862,79
83,09
Apartamento 3º esqº B16
1268,77
175,54
1093,22
86,16
Apartamento 3º esqº B17
1036,62
180,34
856,28
82,60
Total
17559,78
2567,50
14992,29
85,38
Mestrado em engenharia civil
158
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo III - Tabela 10 Poupança anual de energia – Edifício Tipo 5
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
kgep.ano
%
Apartamento 1º drtº Fr. B27
689,20
215,36
473,85
68,75
Apartamento 1º drtº Tr. B27
902,68
284,15
618,54
68,52
Apartamento 1º esqº Tr. B27
869,32
281,96
587,37
67,57
Apartamento 1º esqº Fr.B27
892,06
285,32
606,74
68,02
Apartamento 2º drtº Fr. B27
609,21
206,80
402,41
66,05
Apartamento 2º drtº Tr. B27
807,39
273,75
533,64
66,09
Apartamento 2º esqº Tr. B27
778,80
272,18
506,63
65,05
Apartamento 2º esqº Fr. B27
795,25
274,12
521,13
65,53
Apartamento 3º drtº Fr. B27
609,21
206,80
402,41
66,05
Apartamento 3º drtº Tr. B27
807,39
273,75
533,64
66,09
Apartamento 3º esqº Tr. B27
778,80
272,18
506,63
65,05
Apartamento 3º esqº Fr. B27
795,25
274,12
521,13
65,53
Apartamento 4º drtº Fr. B27
609,21
206,80
402,41
66,05
Apartamento 4º drtº Tr. B27
807,39
273,75
533,64
66,09
Apartamento 4º esqº Tr. B27
778,80
272,18
506,63
65,05
Apartamento 4º esqº Fr. B27
795,25
274,12
521,13
65,53
Apartamento 5º drtº Fr. B27
613,50
208,23
405,27
66,06
Apartamento 5º drtº Tr. B27
811,72
274,62
537,11
66,17
Apartamento 5º esqº Tr. B27
782,72
273,06
509,66
65,11
Apartamento 5º esqº Fr. B27
801,27
275,36
525,91
65,63
Apartamento 6º drtº Fr. B27
613,50
208,23
405,27
66,06
Apartamento 6º drtº Tr. B27
811,72
274,62
537,11
66,17
Apartamento 6º esqº Tr. B27
783,70
272,99
510,70
65,17
Apartamento 6º esqº Fr. B27
800,43
274,98
525,46
65,65
Apartamento 7º drtº Fr. B27
613,50
208,23
405,27
66,06
Apartamento 7º drtº Tr. B27
811,72
274,62
537,11
66,17
Apartamento 7º esqº Tr. B27
783,70
272,99
510,70
65,17
Apartamento 7º esqº Fr. B27
800,43
274,98
525,46
65,65
Apartamento 8º drtº Fr. B27
613,50
208,23
405,27
66,06
Apartamento 8º drtº Tr. B27
811,72
274,62
537,11
66,17
Apartamento 8º esqº Tr. B27
783,70
272,99
510,70
65,17
Apartamento 8º esqº Fr. B27
800,11
275,59
524,52
65,56
Apartamento 9º drtº Fr. B27
617,78
208,94
408,84
66,18
Apartamento 9º drtº Tr. B27
816,92
275,48
541,44
66,28
Mestrado em engenharia civil
159
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo III - Tabela 10 Poupança anual de energia – Edifício Tipo 5 - continuação
Fração autónoma
Solução base
Reabilitação total
kgep.ano
Poupança
kgep.ano
%
Apartamento 9º esqº Fr. B27
804,76
276,70
528,05
65,62
Apartamento 10º drtº Fr. B27
879,18
230,33
648,85
73,80
Apartamento 10º drtº Tr. B27
1111,19
297,52
813,67
73,23
Apartamento 10º esqº Tr. B27
1064,23
294,18
770,05
72,36
Apartamento 10º esqº Fr. B27
1097,79
298,25
799,54
72,83
Total
31541,81
10427,65
21114,15
66,94
Mestrado em engenharia civil
160
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV – Avaliação SBtoolPT – H
Anexo IV - Tabela 1 - Parâmetro P2 na solução base e na proposta reabilitação
IULmax1
IUL2
P23
Bloco 1
920,00
876,44
1,13
Bloco 2
578,70
876,44
2,54
Bloco 3
579,70
876,44
2,53
Bloco 4
580,70
876,44
2,52
Bloco 5
946,22
876,44
1,07
Bloco 6
806,00
916,64
1,59
Bloco 7
573,50
916,64
2,75
Bloco 8
1014,00
984,76
1,18
Bloco 9
1232,50
916,64
0,61
Bloco 10
882,25
916,64
1,35
Bloco 11
462,50
916,64
3,70
Bloco 12
462,50
916,64
3,70
Bloco 13
462,50
916,64
3,70
Bloco 14
462,50
916,64
3,70
Bloco 15
630,00
714,00
1,58
Bloco 16
630,00
714,00
1,58
Bloco 17
630,00
714,00
1,58
Bloco 18
601,25
984,76
2,84
Bloco 19
601,25
984,76
2,84
Bloco 20
601,25
984,76
2,84
Bloco 21
601,25
984,76
2,84
Bloco 22
456,25
984,76
4,15
Bloco 23
701,50
984,76
2,26
Bloco 24
564,25
984,76
3,11
Bloco 25
675,25
984,76
2,40
Bloco 26
1280,75
984,76
0,67
Bloco 27
1180,00
4917,36
9,17
1
IULmax – Índice de utilização líquido máximo permitido por lei.
2
IUL – Índice de utilização líquido.
3
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
161
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 2 - Parâmetro P3 na solução base e na Proposta de reabilitação
Atot1
AIMP2
P33
Bloco 1
920,00
294,11
0,93
Bloco 2
578,70
361,61
-0,08
Bloco 3
579,70
361,61
-0,08
Bloco 4
580,70
361,61
-0,08
Bloco 5
946,22
361,61
0,73
Bloco 6
806,00
449,41
0,14
Bloco 7
573,50
400,16
-0,33
Bloco 8
1014,00
313,69
0,97
Bloco 9
1232,50
598,91
0,38
Bloco 10
882,25
352,66
0,67
Bloco 11
462,50
309,41
-0,23
Bloco 12
462,50
287,91
-0,08
Bloco 13
462,50
288,91
-0,08
Bloco 14
462,50
395,66
-0,85
Bloco 15
630,00
451,50
-0,39
Bloco 16
630,00
472,75
-0,50
Bloco 17
630,00
451,50
-0,39
Bloco 18
601,25
257,69
0,57
Bloco 19
601,25
368,69
-0,04
Bloco 20
601,25
388,44
-0,15
Bloco 21
601,25
368,69
-0,04
Bloco 22
456,25
246,19
0,20
Bloco 23
701,50
257,69
0,78
Bloco 24
564,25
286,91
0,31
Bloco 25
675,25
302,66
0,51
Bloco 26
1280,75
281,66
1,27
Bloco 27
1180,00
636,32
0,20
1
ATOT – Área total do terreno em projeção horizontal.
2
AIMP – Área de superfície do terreno impermeabilizada em projeção horizontal.
3
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
162
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 3 - Parâmetro P4 na solução base e na Proposta de reabilitação
AINT1
APCO2
P4
Bloco 1
920,00
0
0
Bloco 2
578,70
0
0
Bloco 3
579,70
0
0
Bloco 4
580,70
0
0
Bloco 5
946,22
0
0
Bloco 6
806,00
Bloco 7
573,50
0
0
Bloco 8
1014,00
0
0
Bloco 9
1232,50
0
0
Bloco 10
882,25
0
0
Bloco 11
462,50
0
0
Bloco 12
462,50
0
0
Bloco 13
462,50
0
0
Bloco 14
462,50
0
0
Bloco 15
630,00
0
0
Bloco 16
630,00
0
0
Bloco 17
630,00
0
0
Bloco 18
601,25
0
0
Bloco 19
601,25
0
0
Bloco 20
601,25
0
0
Bloco 21
601,25
0
0
Bloco 22
456,25
0
0
Bloco 23
701,50
0
0
Bloco 24
564,25
0
0
Bloco 25
675,25
0
0
Bloco 26
1280,75
0
0
Bloco 27
1180,00
0
0
0
0
1
AINT – Área total de intervenção.
2
APCO – Somatório das áreas previamente contaminadas ou edificadas contidas na área de intervenção.
Mestrado em engenharia civil
163
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 4 - Parâmetro P5 na solução base
1
2
AEV1
AEA2
P53
Bloco 1
625,89
0
-0,5
Bloco 2
217,09
0
-0,5
Bloco 3
218,09
0
-0,5
Bloco 4
219,09
0
-0,5
Bloco 5
584,61
0
-0,5
Bloco 6
356,59
0
-0,5
Bloco 7
173,34
0
-0,5
Bloco 8
700,31
0
-0,5
Bloco 9
633,59
0
-0,5
Bloco 10
529,59
0
-0,5
Bloco 11
153,09
0
-0,5
Bloco 12
174,59
0
-0,5
Bloco 13
173,59
0
-0,5
Bloco 14
66,84
0
-0,5
Bloco 15
178,5
0
-0,5
Bloco 16
157,25
0
-0,5
Bloco 17
178,5
0
-0,5
Bloco 18
343,56
0
-0,5
Bloco 19
232,56
0
-0,5
Bloco 20
212,81
0
-0,5
Bloco 21
232,56
0
-0,5
Bloco 22
210,06
0
-0,5
Bloco 23
443,81
0
-0,5
Bloco 24
277,34
0
-0,5
Bloco 25
372,59
0
-0,5
Bloco 26
999,09
0
-0,5
Bloco 27
543,677
0
-0,5
AEV – Área destinada a espaços verdes.
AEA – Área destinada a espécies autóctones.
3
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
164
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 5 - Parâmetro P5 na proposta de reabilitação
1
2
AEV1
AEA2
P5
Bloco 1
625,89
375,53
0,50
Bloco 2
217,09
130,25
0,50
Bloco 3
218,09
130,85
0,50
Bloco 4
219,09
131,45
0,50
Bloco 5
584,61
350,77
0,50
Bloco 6
356,59
213,95
0,50
Bloco 7
173,34
104,00
0,50
Bloco 8
700,31
420,19
0,50
Bloco 9
633,59
380,15
0,50
Bloco 10
529,59
317,75
0,50
Bloco 11
153,09
91,85
0,50
Bloco 12
174,59
104,75
0,50
Bloco 13
173,59
104,15
0,50
Bloco 14
66,84
40,10
0,50
Bloco 15
178,50
107,10
0,50
Bloco 16
157,25
94,35
0,50
Bloco 17
178,50
107,10
0,50
Bloco 18
343,56
206,14
0,50
Bloco 19
232,56
139,54
0,50
Bloco 20
212,81
127,69
0,50
Bloco 21
232,56
139,54
0,50
Bloco 22
210,06
126,04
0,50
Bloco 23
443,81
266,29
0,50
Bloco 24
277,34
166,40
0,50
Bloco 25
372,59
223,55
0,50
Bloco 26
999,09
599,45
0,50
Bloco 27
543,68
326,21
0,50
AEV – Área destinada a espaços verdes.
AEA – Área destinada a espécies autóctones.
Mestrado em engenharia civil
165
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 6 - Parâmetro P6 na solução base e na Proposta de reabilitação
ATOT1
AIMP2
AEV3
ARFL4
P65
Bloco 1
920,00
294,11
625,89
219,11
3,60
Bloco 2
578,70
361,61
217,09
219,11
3,59
Bloco 3
579,70
361,61
218,09
219,11
3,59
Bloco 4
580,70
361,61
219,09
219,11
3,59
Bloco 5
946,22
361,61
584,61
219,11
3,59
Bloco 6
806,00
449,41
356,59
229,16
3,79
Bloco 7
573,50
400,16
173,34
229,16
3,79
Bloco 8
1014,00
313,69
700,31
246,19
4,14
Bloco 9
1232,50
598,91
633,59
229,16
3,79
Bloco 10
882,25
352,66
529,59
229,16
3,80
Bloco 11
462,50
309,41
153,09
229,16
3,79
Bloco 12
462,50
287,91
174,59
229,16
3,79
Bloco 13
462,50
288,91
173,59
229,16
3,79
Bloco 14
462,50
395,66
66,84
229,16
3,79
Bloco 15
630,00
451,50
178,50
451,50
8,24
Bloco 16
630,00
472,75
157,25
472,75
8,66
Bloco 17
630,00
451,50
178,50
451,50
8,24
Bloco 18
601,25
257,69
343,56
229,16
3,79
Bloco 19
601,25
368,69
232,56
229,16
3,79
Bloco 20
601,25
388,44
212,81
229,16
3,79
Bloco 21
601,25
368,69
232,56
229,16
3,79
Bloco 22
456,25
246,19
210,06
246,19
4,13
Bloco 23
701,50
257,69
443,81
229,16
3,80
Bloco 24
564,25
286,91
277,34
229,16
3,79
Bloco 25
675,25
302,66
372,59
229,16
3,79
Bloco 26
1280,75
281,66
999,09
229,16
3,80
Bloco 27
1180,00
636,32
543,68
447,03
8,15
1
ATOT – Área total do terreno em projeção horizontal.
2
AIMP – Área de superfície do terreno impermeabilizada em projeção horizontal.
3
4
AEV – Área destinada a espaços verdes.
ARFL – Área construída em projeção horizontal com refletância igual ou superior o 60%.
5
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
166
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 7 - Parâmetro P7 na solução base
1
Ntc1
N t2
P73
Bloco 1
10,07
8,95
-0,17
Bloco 2
9,84
8,90
-0,14
Bloco 3
9,87
8,88
-0,15
Bloco 4
9,85
8,89
-0,14
Bloco 5
10,23
8,95
-0,19
Bloco 6
9,15
8,30
-0,14
Bloco 7
8,87
8,24
-0,10
Bloco 8
10,26
9,04
-0,18
Bloco 9
9,04
8,31
-0,12
Bloco 10
9,27
8,30
-0,16
Bloco 11
8,88
8,24
-0,10
Bloco 12
8,94
8,24
-0,11
Bloco 13
8,89
8,24
-0,11
Bloco 14
9,25
8,27
-0,16
Bloco 15
10,39
8,66
-0,27
Bloco 16
10,03
8,66
-0,21
Bloco 17
10,22
8,64
-0,24
Bloco 18
9,38
8,39
-0,16
Bloco 19
9,00
8,33
-0,11
Bloco 20
9,01
8,33
-0,11
Bloco 21
8,98
8,34
-0,10
Bloco 22
10,72
9,06
-0,14
Bloco 23
9,23
8,33
-0,11
Bloco 24
9,00
8,33
-0,11
Bloco 25
8,99
8,33
-0,16
Bloco 26
9,38
8,39
-0,19
Bloco 27
9,37
8,20
-0,19
Ntc – necessidades anuais globais de energia primária para climatização e para preparação de águas quentes sanitárias (Kgep/m2.ano).
2
Nt – máximo regulamentar para as necessidades anuais globais de energia primária para climatização e águas quentes sanitárias
(Kgep/m2.ano).
3
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
167
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 8 - Parâmetro P7 na proposta de reabilitação
1
Ntc1
N t2
P7
Bloco 1
1,51
9,04
1,11
Bloco 2
1,47
8,98
1,12
Bloco 3
1,47
8,96
1,11
Bloco 4
1,47
8,98
1,12
Bloco 5
1,51
9,05
1,11
Bloco 6
1,23
8,30
1,14
Bloco 7
1,19
8,28
1,14
Bloco 8
1,68
9,04
1,09
Bloco 9
1,19
8,30
1,14
Bloco 10
1,22
8,30
1,14
Bloco 11
1,19
8,24
1,14
Bloco 12
1,19
8,24
1,14
Bloco 13
1,18
8,24
1,14
Bloco 14
1,22
8,28
1,14
Bloco 15
1,54
8,67
1,10
Bloco 16
1,50
8,66
1,10
Bloco 17
1,53
8,65
1,10
Bloco 18
1,23
8,36
1,14
Bloco 19
1,23
8,36
1,14
Bloco 20
1,19
8,33
1,14
Bloco 21
1,22
8,33
1,14
Bloco 22
1,74
9,06
1,08
Bloco 23
1,21
8,34
1,14
Bloco 24
1,19
8,34
1,14
Bloco 25
1,21
8,33
1,14
Bloco 26
1,23
8,36
1,14
Bloco 27
3,18
8,22
0,82
Ntc – necessidades anuais globais de energia primária para climatização e para preparação de águas quentes sanitárias (Kgep/m2.ano).
2
Nt – máximo regulamentar para as necessidades anuais globais de energia primária para climatização e águas quentes sanitárias
(Kgep/m2.ano).
Mestrado em engenharia civil
168
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 9 - Parâmetro P8 na solução base
Apm1
Esolar
Eren
Per2
Nic
Nvc
Ntc'3
Ntc''4
Qa
ηa
Nac
P85
Bloco 1
79,08
0,00
0,00 115,83
0,79
12,02
41,44
3056,51
0,50
77,30
-13,86
Bloco 2
79,08
0,00
0,00 109,74
0,79
11,81
40,71
3056,51
0,50
77,30
-18,78
Bloco 3
79,08
0,00
0,00 111,52
0,78
11,87
40,92
3056,51
0,50
77,30
-17,02
Bloco 4
79,08
0,00
0,00 110,25
0,78
11,82
40,77
3056,51
0,50
77,30
-18,24
Bloco 5
79,08
0,00
0,00 121,35
0,83
12,21
42,10
3056,51
0,50
77,30
-11,19
Bloco 6
85,24
0,00
0,00 102,52
0,77
10,98
37,85
3056,51
0,50
71,72
-17,96
Bloco 7
85,24
0,00
0,00
94,63
0,89
10,70
36,91
3056,51
0,50
71,72
-34,01
Bloco 8
87,88
0,00
0,00 121,86
0,76
12,33
42,50
3438,57
0,50
78,26
-11,60
Bloco 9
85,24
0,00
0,00 101,14
0,77
10,93
37,69
3056,51
0,50
71,72
-19,59
Bloco 10
85,24
0,00
0,00 106,68
0,73
11,12
38,35
3056,51
0,50
71,72
-14,38
Bloco 11
85,24
0,00
0,00
95,14
0,73
10,72
36,97
3056,51
0,50
71,72
-32,33
Bloco 12
85,24
0,00
0,00
97,34
1,04
10,80
37,24
3056,51
0,50
71,72
-25,88
Bloco 13
85,24
0,00
0,00
95,56
0,73
10,73
37,02
3056,51
0,50
71,72
-30,93
Bloco 14
85,24
0,00
0,00 106,89
0,77
11,13
38,38
3056,51
0,50
71,72
-14,23
Bloco 15
92,10
0,00
0,00 137,03
0,98
12,49
43,05
3438,57
0,50
74,67
-6,53
Bloco 16
92,10
0,00
0,00 123,94
0,98
12,03
41,48
3438,57
0,50
74,67
-9,00
Bloco 17
92,10
0,00
0,00 131,22
1,06
12,28
42,36
3438,57
0,50
74,67
-7,43
Bloco 18
85,24
0,00
0,00 107,78
0,78
11,16
38,49
3056,51
0,50
71,72
-13,65
Bloco 19
85,24
0,00
0,00
97,14
0,71
10,79
37,21
3056,51
0,50
71,72
-26,59
Bloco 20
85,24
0,00
0,00
96,82
0,71
10,78
37,17
3056,51
0,50
71,72
-27,37
Bloco 21
85,24
0,00
0,00
95,84
0,91
10,75
37,06
3056,51
0,50
71,72
-29,87
Bloco 22
87,88
0,00
0,00 137,86
0,78
12,88
44,42
3438,57
0,50
78,26
-7,39
Bloco 23
85,24
0,00
0,00 105,38
0,77
11,08
38,20
3056,51
0,50
71,72
-15,33
Bloco 24
85,24
0,00
0,00
96,52
0,71
10,77
37,13
3056,51
0,50
71,72
-28,15
Bloco 25
85,24
0,00
0,00
97,00
0,73
10,79
37,19
3056,51
0,50
71,72
-26,91
Bloco 26
85,24
0,00
0,00 107,78
0,76
11,16
38,48
3056,51
0,50
71,72
-13,65
Bloco 27
83,43
0,00
0,00 109,51
0,75
10,91
37,62
2865,48
0,50
68,69
-10,50
1
Apm – Área media útil de pavimento.
2
Per – Quantidade de energia produzida anualmente no edifício através de fontes renováveis (kWh/m2.ano).
3
Ntc' – Energia primaria equivalente a 1,2 vezes as necessidades anuais globais de energia primaria, admitindo que no edifício são utilizados
os sistemas convencionais (kgep/m2.ano).
4
Ntc''4 – converter o valor de Ntc' de energia primária para energia elétrica final equivalente (kWh/m2.ano).
5
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
169
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 10 - Parâmetro P8 na proposta de reabilitação
Apm1
Esolar
Eren
Per2
Nic
Nvc
Ntc'3
Ntc''4
Qa
ηa
Naqs
P85
Bloco 1
79,08
1930,00
24,41
68,00
0,53
10,35
35,69
3056,51
1,09
35,46
0,37
Bloco 2
79,08
1930,00
24,41
63,33
0,53
10,19
35,13
3056,51
1,09
35,46
0,38
Bloco 3
79,08
1930,00
24,41
64,21
0,53
10,22
35,24
3056,51
1,09
35,46
0,38
Bloco 4
79,08
1930,00
24,41
63,31
0,53
10,19
35,13
3056,51
1,09
35,46
0,38
Bloco 5
79,08
1930,00
24,41
68,58
0,53
10,37
35,76
3056,51
1,09
35,46
0,37
Bloco 6
85,24
1930,00
22,64
42,34
0,66
8,88
30,63
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 7
85,24
1930,00
22,64
38,33
0,79
8,74
30,15
3056,51
1,09
32,90
0,45
Bloco 8
87,88
1930,00
21,96
59,43
0,53
10,15
35,00
3438,57
1,09
35,90
0,24
Bloco 9
85,24
1930,00
22,64
38,22
0,66
8,74
30,13
3056,51
1,09
32,90
0,45
Bloco 10
85,24
1930,00
22,64
41,97
0,66
8,87
30,58
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 11
85,24
1930,00
22,64
38,60
0,78
8,75
30,18
3056,51
1,09
32,90
0,45
Bloco 12
85,24
1930,00
22,64
38,62
0,79
8,75
30,19
3056,51
1,09
32,90
0,45
Bloco 13
85,24
1930,00
22,64
38,60
0,78
8,75
30,18
3056,51
1,09
32,90
0,45
Bloco 14
85,24
1930,00
22,64
42,11
0,66
8,87
30,60
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 15
92,10
1930,00
20,96
51,29
0,68
9,50
32,75
3438,57
1,09
34,25
0,25
Bloco 16
92,10
1930,00
20,96
51,21
0,96
9,50
32,76
3438,57
1,09
34,25
0,25
Bloco 17
92,10
1930,00
20,96
53,95
0,83
9,59
33,08
3438,57
1,09
34,25
0,24
Bloco 18
85,24
1930,00
22,64
42,34
0,66
8,88
30,63
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 19
85,24
1930,00
22,64
42,34
0,78
8,88
30,63
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 20
85,24
1930,00
22,64
37,84
0,78
8,73
30,09
3056,51
1,09
32,90
0,45
Bloco 21
85,24
1930,00
22,64
41,98
0,79
8,87
30,59
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 22
87,88
1930,00
21,96
67,19
0,42
10,42
35,93
3438,57
1,09
35,90
0,22
Bloco 23
85,24
1930,00
22,64
41,04
0,66
8,84
30,47
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 24
85,24
1930,00
22,64
37,87
0,78
8,73
30,10
3056,51
1,09
32,90
0,45
Bloco 25
85,24
1930,00
22,64
40,88
0,80
8,83
30,46
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 26
85,24
1930,00
22,64
42,34
0,67
8,88
30,63
3056,51
1,09
32,90
0,44
Bloco 27
83,43
146,25
1,75
48,56
0,55
8,79
30,29
2865,48
1,09
31,51
-0,96
1
Apm – Área media útil de pavimento.
2
Per – Quantidade de energia produzida anualmente no edifício através de fontes renováveis (kWh/m 2.ano).
3
Ntc' – Energia primaria equivalente a 1,2 vezes as necessidades anuais globais de energia primaria, admitindo que no edifício são utilizados
os sistemas convencionais (kgep/m2.ano).
4
Ntc''4 – converter o valor de Ntc' de energia primária para energia elétrica final equivalente (kWh/m 2.ano).
5
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
170
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 11 - Parâmetro P14 na solução base e na proposta de reabilitação
Pca1
P14
Pca2
P14
Bloco 1
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 2
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 3
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 4
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 5
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 6
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 7
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 8
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 9
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 10
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 11
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 12
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 13
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 14
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 15
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 16
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 17
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 18
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 19
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 20
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 21
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 22
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 23
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 24
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 25
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 26
37,05
0,32
19,45
1,12
Bloco 27
37,05
0,32
19,45
1,12
1
Pca – Previsão do volume anual de água consumida per capita no interior do edifício na solução base (m2/hab.ano).
2
Pca – Previsão do volume anual de água consumida per capita no interior do edifício na proposta de reabilitação (m2/hab.ano).
Mestrado em engenharia civil
171
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 12 - Parâmetro P15 na solução base e na proposta de reabilitação
1
PRCA1
P15
Bloco 1
0
0
Bloco 2
0
0
Bloco 3
0
0
Bloco 4
0
0
Bloco 5
0
0
Bloco 6
0
0
Bloco 7
0
0
Bloco 8
0
0
Bloco 9
0
0
Bloco 10
0
0
Bloco 11
0
0
Bloco 12
0
0
Bloco 13
0
0
Bloco 14
0
0
Bloco 15
0
0
Bloco 16
0
0
Bloco 17
0
0
Bloco 18
0
0
Bloco 19
0
0
Bloco 20
0
0
Bloco 21
0
0
Bloco 22
0
0
Bloco 23
0
0
Bloco 24
0
0
Bloco 25
0
0
Bloco 26
0
0
Bloco 27
0
0
PRca – Percentagem de redução do consume de água potável.
Mestrado em engenharia civil
172
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 13 - Parâmetro P16 na solução base
PVN1
P16
PVN2
P163
Bloco 1
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 2
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 3
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 4
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 5
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 6
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 7
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 8
40,00
0,33
60,00
1,00
Bloco 9
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 10
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 11
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 12
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 13
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 14
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 15
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 16
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 17
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 18
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 19
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 20
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 21
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 22
40,00
0,33
60,00
1,00
Bloco 23
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 24
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 25
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 26
50,00
0,67
70,00
1,33
Bloco 27
50,00
0,67
70,00
1,33
1
PVN – Potencial de ventilação natural na solução base.
2
PVN – Potencial de ventilação natural na proposta de reabilitação.
3
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
173
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 14 – Parâmetro P9 na solução base e na proposta de reabilitação
1
P19 Solução base1
P19 Proposta de reabilitação1
Bloco 1
7,95
4,38
Bloco 2
8,43
6,54
Bloco 3
9,79
5,60
Bloco 4
9,22
5,20
Bloco 5
9,65
5,60
Bloco 6
7,73
4,28
Bloco 7
8,37
4,72
Bloco 8
8,39
7,28
Bloco 9
8,95
5,12
Bloco 10
10,59
6,24
Bloco 11
10,15
6,24
Bloco 12
10,19
5,95
Bloco 13
9,12
5,97
Bloco 14
9,51
5,24
Bloco 15
6,88
5,49
Bloco 16
7,28
4,10
Bloco 17
6,80
4,36
Bloco 18
10,17
4,04
Bloco 19
10,04
5,86
Bloco 20
9,38
5,42
Bloco 21
9,41
5,43
Bloco 22
8,46
7,34
Bloco 23
8,81
5,01
Bloco 24
8,82
5,03
Bloco 25
9,82
5,72
Bloco 26
9,80
5,82
Bloco 27
3,33
2,47
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
174
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 15 Parâmetro P21 na solução base e na proposta de reabilitação
DTPi11
TPi12
ni13
TEj14
TTj15
FEEEj16
DTPi2
TPi2
ni2
TEj2
TTj2
FEEEj2
P217
Bloco 1
55,00
0,69
7,00
17,14
19,83
1,51
55,00
0,69
4,00
30,00
32,69
0,92
-0,20
Bloco 2
82,50
1,03
7,00
17,14
20,17
1,49
82,50
1,03
4,00
30,00
33,03
0,91
-0,21
Bloco 3
92,50
1,16
7,00
17,14
20,30
1,48
92,50
1,16
4,00
30,00
33,16
0,90
-0,21
Bloco 4
120,00
1,50
7,00
17,14
20,64
1,45
120,00
1,50
4,00
30,00
33,50
0,90
-0,21
Bloco 5
130,00
1,63
7,00
17,14
20,77
1,44
130,00
1,63
4,00
30,00
33,63
0,89
-0,21
Bloco 6
180,00
2,25
7,00
17,14
21,39
1,40
180,00
2,25
4,00
30,00
34,25
0,88
-0,22
Bloco 7
197,50
2,47
7,00
17,14
21,61
1,39
197,50
2,47
4,00
30,00
34,47
0,87
-0,22
Bloco 8
200,00
2,50
7,00
17,14
21,64
1,39
200,00
2,50
4,00
30,00
34,50
0,87
-0,22
Bloco 9
222,50
2,78
7,00
17,14
21,92
1,37
222,50
2,78
4,00
30,00
34,78
0,86
-0,23
Bloco 10
265,00
3,31
7,00
17,14
22,46
1,34
265,00
3,31
4,00
30,00
35,31
0,85
-0,23
Bloco 11
252,50
3,16
7,00
17,14
22,30
1,35
252,50
3,16
4,00
30,00
35,16
0,85
-0,23
Bloco 12
227,50
2,84
7,00
17,14
21,99
1,36
227,50
2,84
4,00
30,00
34,84
0,86
-0,23
Bloco 13
220,00
2,75
7,00
17,14
21,89
1,37
220,00
2,75
4,00
30,00
34,75
0,86
-0,23
Bloco 14
190,00
2,38
7,00
17,14
21,52
1,39
190,00
2,38
4,00
30,00
34,38
0,87
-0,22
Bloco 15
125,00
1,56
7,00
17,14
20,71
1,45
125,00
1,56
4,00
30,00
33,56
0,89
-0,21
Bloco 16
145,00
1,81
7,00
17,14
20,96
1,43
145,00
1,81
4,00
30,00
33,81
0,89
-0,22
Bloco 17
165,00
2,06
7,00
17,14
21,21
1,41
165,00
2,06
4,00
30,00
34,06
0,88
-0,22
Bloco 18
227,50
2,84
7,00
17,14
21,99
1,36
227,50
2,84
4,00
30,00
34,84
0,86
-0,23
Bloco 19
245,00
3,06
7,00
17,14
22,21
1,35
245,00
3,06
4,00
30,00
35,06
0,86
-0,23
Bloco 20
265,00
3,31
7,00
17,14
22,46
1,34
265,00
3,31
4,00
30,00
35,31
0,85
-0,23
Bloco 21
280,00
3,50
7,00
17,14
22,64
1,32
280,00
3,50
4,00
30,00
35,50
0,85
-0,23
Bloco 22
285,00
3,56
7,00
17,14
22,71
1,32
285,00
3,56
4,00
30,00
35,56
0,84
-0,23
Bloco 23
370,00
4,63
7,00
17,14
23,77
1,26
370,00
4,63
4,00
30,00
36,63
0,82
-0,24
Bloco 24
395,00
4,94
7,00
17,14
24,08
1,25
395,00
4,94
4,00
30,00
36,94
0,81
-0,25
Bloco 25
420,00
5,25
7,00
17,14
24,39
1,23
420,00
5,25
4,00
30,00
37,25
0,81
-0,25
Bloco 26
437,50
5,47
7,00
17,14
24,61
1,22
437,50
5,47
4,00
30,00
37,47
0,80
-0,25
Bloco 27
105,00
1,31
7,00
17,14
20,46
1,47
105,00
1,31
4,00
30,00
33,31
0,90
-0,21
1
DTPi1 – Distancia em planta desde a entrada principal do edifício até à paragem de transporte público.
2
TPi1 – tempo de percurso ate à paragem de transporte público (min).
3
ni1 – número de serviços que partem ou chegam durante as horas de ponta dos dias uteis para a linha 1.
4
TEj1 – Tempo de espera para a linha de transporte 1.
5
TTj1 – Tempo total de acesso da linha 1.
6
FEEEj16 – Frequência equivalente á entrada do edifício.
7
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
Mestrado em engenharia civil
175
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 16 - Parâmetro P22 e P23 na solução base e na proposta de reabilitação
1
PAA1
P222
PMU3
P232
PMU4
P232
Bloco 1
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 2
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 3
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 4
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 5
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 6
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 7
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 8
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 9
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 10
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 11
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 12
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 13
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 14
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 15
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 16
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 17
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 18
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 19
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 20
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 21
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 22
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 23
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 24
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 25
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 26
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
Bloco 27
93
5,2
0
-0,25
100,00
1,42
PAA – Valor do índice de acessibilidade a amenidades.
2
De forma a se evitarem distorções na agregação dos parâmetro/indicadores, os valores normalizados a considerar não poderão ser inferiores
a -0,2 e superiores a 1,2.
3
PMU – Valor do Índice em função do conteúdo do manual de utilizador na solução base.
4
PMU – Valor do Índice em função do conteúdo do manual de utilizador na proposta de reabilitação.
Mestrado em engenharia civil
176
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 17 - Custos de utilização da melhor prática do parâmetro P25
Ni
Nv
Na
CEPC1 CEMP2 PCA* PRCA*
n
AU
VAMP3 TAP4 TAR5 TRS6 CAMP7
I8
n
PCU*
Bloco 1
80,00 16 59,88 20,68
5,17
22,00 38,42 4,0 79,08
0,69
0,48 0,41 1,70
1,77
0,55 50 12,74
Bloco 2
80,00 16 59,88 20,68
5,17
22,00 38,42 4,0 79,08
0,69
0,48 0,41 1,70
1,77
0,55 50 12,74
Bloco 3
80,00 16 59,88 20,68
5,17
22,00 38,42 4,0 79,08
0,69
0,48 0,41 1,70
1,77
0,55 50 12,74
Bloco 4
80,00 16 59,88 20,68
5,17
22,00 38,42 4,0 79,08
0,69
0,48 0,41 1,70
1,77
0,55 50 12,74
Bloco 5
80,00 16 59,88 20,68
5,17
22,00 38,42 4,0 79,08
0,69
0,48 0,41 1,70
1,77
0,55 50 12,74
Bloco 6
76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 7
76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 8
81,60 16 60,37 20,87
5,22
22,00 38,42 4,5 87,88
0,69
0,48 0,41 1,70
1,80
0,55 50 12,87
Bloco 9
76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 10 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 11 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 12 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 13 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 14 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 15 81,80 16 57,71 20,00
5,00
22,00 38,42 4,5 92,10
0,66
0,48 0,41 1,70
1,71
0,55 50 12,32
Bloco 16 81,80 16 57,71 20,00
5,00
22,00 38,42 4,5 92,10
0,66
0,48 0,41 1,70
1,71
0,55 50 12,32
Bloco 17 81,80 16 57,71 20,00
5,00
22,00 38,42 4,5 92,10
0,66
0,48 0,41 1,70
1,71
0,55 50 12,32
Bloco 18 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 19 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 20 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 21 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 22 81,60 16 60,37 20,87
5,22
22,00 38,42 4,5 87,88
0,69
0,48 0,41 1,70
1,80
0,55 50 12,87
Bloco 23 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 24 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 25 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 26 76,30 16 55,50 19,20
4,80
22,00 38,42 4,0 85,24
0,64
0,48 0,41 1,70
1,65
0,55 50 11,83
Bloco 27 76,15 16 54,29 18,81
4,70
22,00 38,42 3,8 83,43
0,61
0,48 0,41 1,70
1,58
0,55 50 11,52
1
CEPC –Custo energético anual associado ao perfil de consumo convencional (€/m2.ano).
2
CEMP - Custo energético anual associado à melhor prática (€/m2.ano).
3
VAMP – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano).
4
TAP - Tarifa de água potável do sistema publico de abastecimento de água (€/m3).
5
TAR – Custo anual correspondente á drenagem das águas residuais.
6
TRS – Custo anual correspondente á recolha de resíduos sólidos urbanos.
7
CAMP - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m2.ano).
8
i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação.
Mestrado em engenharia civil
177
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 18 - Custos de utilização correspondestes à prática convencional do
parâmetro P25
PCA*
PRCA*
n1
AU
VAPC2
TAP3
TAR4
TRS5
CAPC6
Bloco 1
44,00
0,00
4,00
79,08
2,23
0,48
0,41
1,70
5,76
0,55 50,00
48,53
Bloco 2
44,00
0,00
4,00
79,08
2,23
0,48
0,41
1,70
5,76
0,55 50,00
48,53
Bloco 3
44,00
0,00
4,00
79,08
2,23
0,48
0,41
1,70
5,76
0,55 50,00
48,53
Bloco 4
44,00
0,00
4,00
79,08
2,23
0,48
0,41
1,70
5,76
0,55 50,00
48,53
Bloco 5
44,00
0,00
4,00
79,08
2,23
0,48
0,41
1,70
5,76
0,55 50,00
48,53
Bloco 6
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 7
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 8
44,00
0,00
4,50
87,88
2,25
0,48
0,41
1,70
5,84
0,55 50,00
48,99
Bloco 9
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 10
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 11
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 12
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 13
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 14
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 15
44,00
0,00
4,50
92,10
2,15
0,48
0,41
1,70
5,57
0,55 50,00
46,91
Bloco 16
44,00
0,00
4,50
92,10
2,15
0,48
0,41
1,70
5,57
0,55 50,00
46,91
Bloco 17
44,00
0,00
4,50
92,10
2,15
0,48
0,41
1,70
5,57
0,55 50,00
46,91
Bloco 18
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 19
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 20
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 21
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 22
44,00
0,00
4,50
87,88
2,25
0,48
0,41
1,70
5,84
0,55 50,00
48,99
Bloco 23
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 24
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 25
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 26
44,00
0,00
4,00
85,24
2,06
0,48
0,41
1,70
5,35
0,55 50,00
45,05
Bloco 27
44,00
0,00
3,75
83,43
1,98
0,48
0,41
1,70
5,12
0,55 50,00
43,90
1
n – número médio de ocupantes em função da tipologia do edifício ou fração autónoma.
2
VApc – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano).
3
TAP - Tarifa de água potável do sistema publico de abastecimento de água (€/m3)
4
TAR – Custo anual correspondente á drenagem das águas residuais.
5
TRS – Custo anual correspondente á recolha de resíduos sólidos urbanos.
6
CApc - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m2.ano)
7
i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação.
Mestrado em engenharia civil
178
I7
n8
PCU*
5. ESTUDO TÉRMICO E SUSTENTÁVEL DA C.H.E. “CAPITÃES DE ABRIL”
Anexo IV - Tabela 19 - Parâmetro P25 na solução base
Nic1
Nvc1
Nac2
CESE3
PCA
PRCA
Bloco 1
115,83
0,79
77,30
6,48
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 20,79 0,78
Bloco 2
109,74
0,79
77,30
6,39
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 20,63 0,78
Bloco 3
111,52
0,78
77,30
6,42
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 20,68 0,78
Bloco 4
110,25
0,78
77,30
6,40
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 20,65 0,78
Bloco 5
121,35
0,83
77,30
6,55
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 20,93 0,77
Bloco 6
102,52
0,77
71,72
5,94
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,80 0,76
Bloco 7
94,63
0,89
71,72
5,83
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,60 0,77
Bloco 8
121,86
0,76
78,26
6,62
37,05
0,0
4,5 79,08
2,11
0,48 0,41 1,70
5,46
0,55 50 22,17 0,74
Bloco 9
101,14
0,77
71,72
5,92
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,77 0,76
Bloco 10
106,68
0,73
71,72
6,00
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,91 0,76
Bloco 11
95,14
0,73
71,72
5,84
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,61 0,77
Bloco 12
97,34
1,04
71,72
5,87
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,67 0,76
Bloco 13
95,56
0,73
71,72
5,84
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,62 0,77
Bloco 14
106,89
0,77
71,72
6,00
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,92 0,76
Bloco 15
137,03
0,98
74,67
6,61
37,05
0,0
4,5 79,08
2,11
0,48 0,41 1,70
5,46
0,55 50 22,15 0,72
Bloco 16
123,94
0,98
74,67
6,43
37,05
0,0
4,5 79,08
2,11
0,48 0,41 1,70
5,46
0,55 50 21,81 0,73
Bloco 17
131,22
1,06
74,67
6,53
37,05
0,0
4,5 79,08
2,11
0,48 0,41 1,70
5,46
0,55 50 22,00 0,72
Bloco 18
107,78
0,78
71,72
6,01
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,94 0,76
Bloco 19
97,14
0,71
71,72
5,86
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,66 0,76
Bloco 20
96,82
0,71
71,72
5,86
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,66 0,76
Bloco 21
95,84
0,91
71,72
5,85
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,63 0,77
Bloco 22
137,86
0,78
78,26
6,85
37,05
0,0
4,5 79,08
2,11
0,48 0,41 1,70
5,46
0,55 50 22,58 0,73
Bloco 23
105,38
0,77
71,72
5,98
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,88 0,76
Bloco 24
96,52
0,71
71,72
5,85
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,65 0,76
Bloco 25
97,00
0,73
71,72
5,86
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,66 0,76
Bloco 26
107,78
0,76
71,72
6,01
37,05
0,0
4,0 79,08
1,87
0,48 0,41 1,70
4,85
0,55 50 19,94 0,76
Bloco 27
109,51
0,75
68,69
5,85
37,05
0,0
4,0 79,08
1,76
0,48 0,41 1,70
4,55
0,55 50 19,08 0,77
n
AU
VAPC4 TAP TAR TRS CASE5
I6
n
PCU7 P25
1
Custo da eletricidade utilizada no sistema de aquecimento e arrefecimento, 0,1405€/kW.h., eficiência nominal dos equipamentos utilizados
nos sistemas de aquecimento e arrefecimento, ηi=1 e ηv=3.
2
Custo de 1kW.h de gás propano para preparação de AQS, 0,06268€/kW.h), eficiência nominal do equipamento utilizado no sistema de
preparação de AQS ηa=0,5.
3
CEse – Custo energético anual (€/m2.ano).
4
VAPC – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano).
5
CASE - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m 2.ano).
6
i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação.
7
PCU- Valor anual dos custos de utilização (€/m2).
Mestrado em engenharia civil
179
Reabilitação de edifícios recentes para atingir edifícios com necessidades
quase nulas de energia - Contribuição para edifícios sustentáveis
Anexo IV - Tabela 20 - Parâmetro P25 na proposta de reabilitação total
Nic1
Nvc1
Nac2
CESE3
PCA
PRCA
n
AU
VAPC4
TAP
TAR
TRS CASE5
I6
n
PCU7 P25
Bloco 1
68,00 0,53 35,46
2,62
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
9,48 1,09
Bloco 2
63,33 0,53 35,46
2,62
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
9,49 1,09
Bloco 3
64,21 0,53 35,46
2,63
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
9,50 1,09
Bloco 4
63,31 0,53 35,46
2,62
19,45 0,00 4,00 79,08 0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
9,49 1,09
Bloco 5
68,58 0,53 35,46
2,65
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
9,55 1,09
Bloco 6
42,34 0,66 32,90
2,33
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,95 1,09
Bloco 7
38,33 0,79 32,90
2,31
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,91 1,09
Bloco 8
59,43 0,53 35,90
2,63
19,45 0,00 4,50 79,08
1,11
0,48
0,41 1,70
2,87
0,55 50 10,08 1,08
Bloco 9
38,22 0,66 32,90
2,30
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,90 1,09
Bloco 10
41,97 0,66 32,90
2,33
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,95 1,09
Bloco 11
38,60 0,78 32,90
2,31
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,91 1,09
Bloco 12
38,62 0,79 32,90
2,31
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,91 1,09
Bloco 13
38,60 0,78 32,90
2,31
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,91 1,09
Bloco 14
42,11 0,66 32,90
2,33
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,95 1,09
Bloco 15
51,29 0,68 34,25
2,47
19,45 0,00 4,50 79,08
1,11
0,48
0,41 1,70
2,87
0,55 50
9,79 1,07
Bloco 16
51,21 0,96 34,25
2,47
19,45 0,00 4,50 79,08
1,11
0,48
0,41 1,70
2,87
0,55 50
9,80 1,07
Bloco 17
53,95 0,83 34,25
2,49
19,45 0,00 4,50 79,08
1,11
0,48
0,41 1,70
2,87
0,55 50
9,83 1,07
Bloco 18
42,34 0,66 32,90
2,33
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,95 1,09
Bloco 19
42,34 0,78 32,90
2,33
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,95 1,09
Bloco 20
37,84 0,78 32,90
2,30
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,90 1,09
Bloco 21
41,98 0,79 32,90
2,33
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,95 1,09
Bloco 22
67,19 0,42 35,90
2,67
19,45 0,00 4,50 79,08
1,11
0,48
0,41 1,70
2,87
0,55 50 10,16 1,07
Bloco 23
41,04 0,66 32,90
2,32
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,94 1,09
Bloco 24
37,87 0,78 32,90
2,30
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,90 1,09
Bloco 25
40,88 0,80 32,90
2,32
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,94 1,09
Bloco 26
42,34 0,67 32,90
2,33
19,45 0,00 4,00 79,08
0,98
0,48
0,41 1,70
2,55
0,55 50
8,95 1,09
Bloco 27
48,56 0,55 31,51
2,28
19,45 0,00 3,75 79,08
0,92
0,48
0,41 1,70
2,39
0,55 50
8,57 1,09
1
Custo da eletricidade utilizada no sistema de aquecimento e arrefecimento, 0,1405€/kW.h., eficiência nominal dos equipamentos utilizados
nos sistemas de aquecimento e arrefecimento, ηi=1 e ηv=3.
2
Custo de 1kW.h de gás propano para preparação de AQS, 0,06268€/kW.h), eficiência nominal do equipamento utilizado no sistema de
preparação de AQS ηa=0,5.
3
CEse – Custo energético anual (€/m2.ano).
4
VAPC – Volume anual total de água potável consumida por m2 de área útil de pavimento (m3/m2.ano).
5
CASE - Custo anual do consumo de água potável, produção de águas residuais e resíduos sólidos (€/m 2.ano).
6
i – Taxa Euribor a 12 meses em vigor no momento da avaliação.
7
PCU- Valor anual dos custos de utilização (€/m2).
Mestrado em engenharia civil
180
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Nelson Manuel Ferreira Borges Reabilitação de edifícios recentes