Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho Técnicas de Pintura Toda Pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte. A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao resultado final desejado para o trabalho como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas. O suporte mais comum é a tela (normalmente feita com um tecido tensionado sobre um chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o Renascimento o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas). Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. O papel é suporte comum para a aquarela e o guache, e eventualmente para a tinta acrílica. As técnicas mais conhecidas são: a pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a aquarela, a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo. É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho. Caneta A caneta é um instrumento utilizado para a escrita utilizando tinta. Varia das mais simples às mais sofisticadas e elegantes, das de uso comum aos profissionais, diferindo também em matéria de cor. Lápis de cor Lápis de cor é um lápis colorido muito utilizado para pinturas, sobretudo em escolas. Normalmente é comercializado em embalagens contendo 12, 24 ou 36 unidades de cores diferentes. A melhor marca já aprovada é a Faber-Castell, mas também é muito utilizada é a Labra. Em algumas caixas podem vir cores prateadas e douradas. Em geral os pigmentos usados são artificiais. Giz Existem vários tipos de giz: Giz de cera: bastante utilizado por crianças em fase pré-escolar; Giz pastel: utilizado nas artes plásticas Giz branco: utilizado para administrar aulas, pelos professores. 1 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho Gravura Gravura é a arte de converter (e/ou a transformação em si) uma superfície plana em uma matriz, um ponto inicial para a reprodução dessa imagem, através de diversas técnicas e materiais. O material dessa matriz pode variar e é também ele que vai determinar o tipo de gravura que está sendo executada. Tipos de gravura Existem dois tipos comuns de gravura são em encavo ou em relevo. Em encavo: o sulco vai receber a tinta e aparece como positivo no trabalho final. Em relevo a superfície não escavada é que recebe a tinta e o sulco aparece em negativo (sem tinta). Ukiyo-e Ukiyo-e ("retratos do mundo flutuante"), conhecido também por estampa japonesa, é um estilo de pintura desenvolvida no Japão ao longo do período Edo (1603-1867). Foi uma técnica amplamente difundida através de pinturas executadas com o auxílio de blocos de madeira usados para impressão entre os séculos XVIII e XIX (fim do período Edo). Geralmente representava temas teatrais. Ukiyo-e é escrito geralmente com os kanjis , que significam "retratos do mundo flutuante", mas no começo de sua utilização (século XVII) também era chamado de ("retratos do mundo triste"). Conforme as pinturas passaram a ser feitas cada vez mais para o entretenimento a forma "retratos do mundo flutuante" se tornou dominante. Técnica de criação As cópias de Ukiyo-e eram feitas através dos seguintes passos: 1. O artista produzia um desenho matriz usando tinta 2. Os artesãos colam esse desenho com a frente para baixo num bloco de madeira. Em seguida talham o bloco nas áreas onde o papel estava em branco, deixando o desenho invertido como uma cópia em relevo no bloco, mas destruindo o desenho original. 3. Este bloco é colorido e impresso, fazendo cópias próximas à exatidão do desenho original. 4. Estas cópias por sua vez eram coladas, com a frente pra baixo em outros blocos e aquelas áreas da obra que deviam ser impressas em uma cor específica eram deixadas em relevo. Cada um destes blocos imprime ao menos uma cor no projeto final. 5. A combinação resultante dos blocos de madeira eram recoberta em cores diferentes e impressas sequencialmente no papel. A impressão final firma as impressões dos blocos anteriores, sendo que alguns podem ser impressos mais de uma vez para obter uma maior profundidade da cor. Sumi-ê 2 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho A palavra que a designa tem raiz japonesa e significa literalmente pintura com tinta. Não existe nenhum ponto de contacto entre o conceito de pintura ocidental e este conceito. Na verdade trata-se de pura caligrafia. O artista deve comunicar a sua ideia de forma resumida e inequívoca em poucas palavras, ou seja, neste caso, em poucas linhas. Mais do que uma mera representação mimética o sumi-e é a arte do essencial. Tal como o desenho, também o material é parco, mas, essencial: pincéis, tinta da China e papel, de arroz, geralmente; uma mesa baixa ou o próprio chão servem de apoio. Os registos mais simples, por onde começa em regra toda a aprendizagem, são os bambus. O pincel é colocado entre os dedos na posição vertical e umedecido em água, após o que se mergulha na tinta o suficiente para que apenas a ponta fique tingida. Depois, o gesto do braço fará o resto, mantendo sempre a vertical. Tudo está contido no delicado equilíbrio entre a energia e o controlo de cada pincelada, mais do que na pressão do pincel e na opacidade da tinta. Não é só o modo como se representa o tema que importa; se assim fosse os desenhos poderiam tornar-se monótonos e repetitivos, uma vez que seguem algumas regras rígidas. Mas não há dois iguais. A composição é muito importante e obedece, também ela, a certas regras canónicas. É na composição que se revela a alma do artista, elegância e harmonia suprema que culmina com a aposição do carimbo com o seu nome. Grafite Expressão plástica, o grafite representa desenhos, apelidos ou mensagens sobre qualquer assunto, feitas com spray, rolinho e pincel em muros ou paredes. Sendo considerado por muitos uma forma de arte, diferente do "picho", que têm outra função de apenas deixar sua marca, o grafite é usado por muitos como forma de expressão e denúncia. Sanguínea É uma espécie de "giz vermelho", mistura de caulino e hematita e tem um tom castanhoavermelhado escuro, semelhante à terracota e existe numa só dureza. Usada por Leonardo da Vinci, Rafael e Rubens. Empregam efeito de "sfumato". A sanguínea, tal como o carvão e o pastel seco, deve ser fixada, embora neste caso apenas com uma camada suave de fixador apropriado, porque normalmente escurece e perde a luminosidade inicial. Pastel É um material artístico para pintura/desenho existente em barra, sticks cilíndricos e até em lápis. Existem dois tipos de Pastel: O Pastel Seco e o Pastel de Óleo. Estes dois tipos de pastel apresentam características diferentes, tanto na sua composição como na componente visual. O Pastel Seco é um material antigo, referido pela primeira vez por Leonardo Da Vinci como um material elegante para "pintar a seco". Este material pode ser utilizado quase em qualquer suporte de papel, mas apresenta um inconveniente na sua utilização, pois uma vez utilização no suporte pode-se tornar um desafio apagar parcialmente o Pastel Seco sem deixar vestígios. O Pastel de Óleo existe desde da década de 60 do século XX e o seu fabrico é semelhante ao do pastel seco mas com óleo, componente que acabará por dar nome a este material. O Pastel de Óleo pode ser diluido no suporte usando um pincel e, ao 3 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho contrário do Pastel Seco, é um material que é facilmente corrigível, pois com a ajuda de farramentas como um x-acto, uma faca.. pode-se simplesmente retirar o engano. Têmpera É um método de pintura no qual os pigmentos de terra são misturados a um “colante”, uma emulsão de água e gemas de ovo ou ovos inteiros (às vezes cola ou leite). A têmpera foi largamente utilizada na arte italiana nos séculos XIV e XV, ambos em afrescos ou painéis de madeira preparados com gesso, que foram, posteriormente substituídos pela pintura a óleo. As cores de têmpera são brilhantes e translúcidas. Por ter um tempo de secagem muito rápido, a graduação de tons se torna dificultada. Daí, a técnica utilizada para tal fim, é o acréscimo de pontos ou linhas mais claras ou mais escuras na pintura já seca. Pode-se também trabalhar com o verniz sobre a tinta, realçando o brilho e a cor. Diz-se têmpera forte aquela na qual o pigmento é menos diluído. Tinta acrílica O acrílico é uma tinta sintética solúvel em água que pode ser usada em camadas espessas ou finas, permitindo ao artista combinar as técnicas da pintura a óleo e da aquarela. Se você quiser fazer tinta acrílica, você pode misturar tinta guáche com cola branca (pva). A tinta acrílica possui uma secagem muito rápida, em oposição à tinta óleo que chega a demorar meses para secar completamente em trabalhos com camadas espessas, possui um odor menos intenso e não causa tantos danos a saúde por não possuir metais pesados, como o cobalto da pintura a óleo. Sua praticidade, já que não depende de secantes, o diluente é a água, não é nociva ao pintor e seca rápido e a matriz cromática é ampla, a torna muito popular entre artistas contemporâneos. Em técnicas mistas, acrílica e óleo ou acrílica e pastel, a tinta acrílica sempre é utilizada primeiro já que a as tintas oleosas fixam no acrílico mas o acrílico não fixa nas tintas com vetores oleosos. Tinta a óleo A tinta a óleo é uma mistura de pigmento pulverizado e óleo de linhaça ou papoula. É uma massa espessa, da consistência da manteiga, e já vem pronta para o uso, embalada em tubos ou em pequenas latas. Dissolve-se com óleo de linhaça ou terebintina para torná-la mais diluída e fácil de espalhar. O óleo acrescenta brilho à tinta; o solvente tende a torná-la opaca. A grande vantagem da pintura a óleo é a flexibilidade, pois a secagem lenta da tinta permite ao pintor alterar e corrigir o seu trabalho. Aquarela 4 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho A aguarela(português europeu) ou aquarela(português brasileiro) é uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram suspensos ou dissolvidos em água. Os suportes utilizados na aguarela são muito variados, embora o mais comum seja o papel com elevada gramagem. São também utilizados como suporte o papiro, casca de árvore, plástico, couro, tecido, madeira e tela. Collage É a composição feita a partir do uso de matérias de diversas texturas, ou não, superpostas ou colocadas lado a lado, na criação de um motivo ou imagem. Foi utilizada por Picasso e Georges Braque, entre outros. Ela é uma técnica não muito antiga, criativa e bem divertida, que tem por procedimento juntar numa mesma imagem outras imagens de origens diferentes. A colagem já era conhecida antes do Século XX, mas era considerada uma brincadeira de crianças. O cubismo foi o primeiro movimento artístico a utilizar colagem. Os cubistas colavam pedaços de jornal ou impressos em suas pinturas. Encáustica (deriva do grego enkausticos, gravar a fogo) É uma técnica de pintura que se caracteriza pelo uso da cera como aglutinante dos pigmentos e pela mistura densa e cremosa. A pintura é aplicada com pincel ou com uma espátula quente. É uma técnica muito resistente, bastando ver a quantidade de pinturas que resistiram ao tempo e chegaram até nós. A preparação era feita misturando-se cera com pigmentos coloridos a uma solução que se obtinha com as cinzas de madeira e água (solução alcalina de carbonato e bicarbonato de potássio ou de sódio). A esta combinação misturava-se cola ou resina. Esquentava-se a superfície a pintar e também as espátulas. Às vezes fazia-se primeiro a base gravandoa com a espátula quente e depois enchia-se a incisões com o preparado de pintura. Nos últimos anos a técnica tem ganhado destaque, agora com instrumentos mais modernos, como braseiros elétricos e maçaricos. Os materias também sofreram adaptações, sendo usadas a cera de abelha refinada, a cera de damar, a parafina e a cera de carnaúba. Os suportes usado são a parede de alvenaria, as placas de madeira e, atualmente, a tela. Guache O guache é um aquarela opaca, porém elaborado numa consistência mais líquida por ser utilizado uma quantidade maior de aglutinante. Seu grau de opacidade varia com a quantidade de pigmento branco adicionado à cor, geralmente o suficiente para evitar que a textura do papel apareça através da pintura, fazendo com que não tenha a luminosidade das aquarelas transparentes. O Guache é uma mistura de aglutinante (goma arábica) com pigmento branco, que resulta numa tinta opaca de grande poder de cobertura. É constituído por pigmentos coloridos moídos em pó aglutinados com um pigmento plástico (medium) e pigmento branco opaco. A tinta é tornada opaca pela adição de pigmentos inertes, com por exemplo gesso-cré ou blanc fixe. Outrora era preparado tendo como ligante a goma arábica. Diferencia-se da aguarela pela sua 5 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho qualidade opaca, as cores claras podem ser colocadas em cima de outras mais escuras, desde que já secas. Segue-se uma explicação rápida dos componentes das tintas guache: Goma-Arábica: Aglutinante e adesivo. Glicerina: Confere umidade, impede a secagem e o endurecimento excessivo da tinta, bem como a torna mais solúvel. Xarope: Age como plastificante, conferindo maciez a à moagem e à pintura. Agente Umectante: Favorece a fluidez. Dextrina: usada para suavizar a textura e a qualidade de pincelamento de alguns pigmentos. O guache dilui-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Aplica-se sobre papéis e cartões variados que devem ter algum "corpo" para não enfolarem. A qualidade do resultado final depende muito da qualidade dos guaches aplicados. Normalmente, e para pintar zonas de cor uniforme, só com guaches de alta qualidade é que se consegue um resultado perfeito. Os pincéis adequados para a pintura com guache são os mesmos da aguarela. Aerografia A aerografia é uma das técnicas mais admiradas na arte da pintura e da ilustração. Por ser uma técnica muito sofisticada, que depende tanto do artista quanto da qualidade dos equipamentos para aplicá-la, exige do profissional ou estudante de arte muito estudo e uma dedicação extra. Nada, porém, agrada mais os olhos do que um belo trabalho feito com recursos da aerografia, compensando todas as dificuldades que se venha ter para realizá-lo. Utiliza-se nessa técnica, um instrumento chamado aerógrafo (Airbrush em inglês). Com este, conectado a um compressor de ar, executa-se pinturas através da pressão do ar, criando jatos de tintas. Estudiosos da arte dizem que a aerografia surgiu na Pré História, quando homens da caverna atiravam pigmentos (tinta) através de tubos derivados de osso de animais. O moderno aerógrafo foi inventado em maio de 1878, pelo americano Abner Peeler. Três anos mais tarde, em 1881, Peeler vendeu os direitos de sua invenção para Liberty Walkup por US$ 700 (setecentos dólares). Em 1883 surgiu a Rockford Air Brush Company, fundada por Walkup para fabricar o primeiro aerógrafo e comercializá-lo ao mundo. Arte digital Arte digital ou Arte de computador é aquela produzida em ambiente gráfico computacional. Utiliza-se de processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc. Tem o objetivo de dar vida virtual as coisas e mostrar que 6 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mídias tradicionais. Existem diversas comunidades virtuais voltadas à divulgação da Arte Digital, entre elas, Deviantart e CGsociety. Bidimensional Do ponto de vista da computação gráfica, as artes digitais são produzidas em ambientes digitais bidimensionais 2D. É possível gerar e interagir objetos em um plano. (eixos x,y, o eixo z é nulo ou zero.). Está sub-dividido em imagens bitmapeadas (raster images) e imagens vetoriais (vector images). Os artistas usam diversas técnicas para elaboração de seus trabalhos. Uma delas é o uso de mesas digitalizadoras pois permitem mais liberdade de traço. Existem ainda alguns outros artistas que utilizam estas técnicas somente para fazer estudos iniciais dos trabalhos definitivos tradicionais. Bitmapeadas Utilizam mapas de Bits para geração da imagens. Manipulação de fotos É uma das principais áreas de expressão da arte digital. Consiste em manipular uma fotografia, sendo esta manipulação visível além de mudança de cores. Deve-se manter em mente que somente pode-se utilizar fotografias de “stock” (fotografias nas quais o autor especifica que tais podem ser utilizadas para trabalhos de arte de outros, não somente manipulação de fotos, mas também como referência para desenhos e pinturas, arte vetor, modelos tridimensionais, e outros.) para realizar manipulações que não infrinjam as leis de copyright autoral. Pintura digital Pintura digital ou ilustração digital, trata-se de geração de trabalhos utilizando programas específicos para edição de imagem que simulam a pintura em óleo sobre tela. Muito embora existam possibilidades de aquarela, baixo-relevos, etc. Desenho digital O desenho digital é elaborado por meio de ferramentas virtuais que simulam as utilizadas na Arte Tradicional. É o aspecto mais conhecido da Arte Digital, constantemente confundido com a mesma. Dentro desta categoria de arte digital se encaixam as Pinturas Digitais, gravura digital e os trabalhos de Oekaki. As pinturas nada mais são do que desenhos digitais feitos com maior atenção em relação a detalhes, sombras e luzes. É o equivalente digital às pinturas em quadros e telas. 7 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho Pixel art Uma forma criada inteiramente mapa de pixels, usando a mais simples das ferramentas digitais (conhecida como "Lápis"). Cada pixel é colocado num lugar específico com o objetivo de melhorar a representação iconográfica da imagem e completar a intenção original do artista. Os tão conhecidos e populares emoticons são trabalhos de pixel art. Esta técnica é também muito importante no desenvolvimento dos ícones e ferramentas das interfaces gráficas dos softwares. Tendo em vista que a maioria dos termos em computação gráfica tem origem na língua inglesa, é possível existir interpretações distintas, por exemplo, para arte vetorial e pixel art. Oekaki São desenhos feitos em Oekakiboards sites com um programa geralmente em java feitos para desenho.Alguns são relativamente completos, com layers(camadas) , aquarela, airbrush , máscaras ,etc... Oekaki é uma palavra japonesa que significa desenho(desenhar),pintor ou desenhista. Mas na cultura ocidental acabou ganhando um significado errado de "rascunho". Vectorial As imagens são geradas por meio de vetores. Os softwares registram para cada entidade (objeto) uma informação matemática. Estes dados podem ser livremente acessados e alterados a qualquer momento. Os gráficos vetoriais são usualmente mais versáteis pois permitem alteração nos desenhos produzidos. Ilustração As ilustrações utilizam vetores. Permite a geração de excelentes resultados. Estas ilustrações gráficas se caracterizam por utilizar de vetores para definir as primitivas geométricas. As linhas, círculos, polígonos, etc são definidas por registros matemáticos. Este processo permite a alteração de cada endidade geométrica de forma independente. Um dos exemplos práticos consiste em transformar uma fotografia em uma imagem vetorial, costumamos chamar este processo de vetorização. Este processo perde nuances do original, tornando-se menos realista. Existem várias opçoes de software que utilizam estas ferramentas. Entre eles o Corel Draw, Adobe Illustrator, Macromedia FreeHand, Fireworks (software proprietário) ou o Inkscape (software livre). Todos possuem várias aplicações. São freqüentemente utilizado para criação da papelaria de um empresa do que para ilustração), baseados nas formas geométricas. Tridimensional Do ponto de vista da computação gráfica são as artes digitais onde é possível modelar e interagir com os objetos bi e trididimensionais no espaço tridimensional. São vetorer tridimensionais. Arte fractal 8 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho Consiste em imagens digitais criadas utilizando complexas equações matemáticas, em programas como Apophysis, Chaoscope, Ultra Fractal e outros. Estes programas são dedicados a fórmulas que são descritas pela geometria fractal. Tradicionalmente, imagens fractais representam auto-repetição, e podem ser aumentadas, ou diminuidas, infinitas vezes sem perder sua forma original. Desenho com giz molhado O professor distribui os recipientes mencionados (qualquer copinho com água e a mesma quantia de goma arábica) e um pedaço de giz de cor. Os alunos irão molhando e traçando livremente sobre o papel. O desenho aparecerá melhor depois de seco. Desenho com giz de cera molhado Idem ao anterior. Desenho com esponja Um pedaço de esponja, molhado em anilina ou guache e bater levemente ou passar na superfície do papel de maneira que desejar. Desenho com prego ou parafuso O uso do prego ou parafuso, constitui interessante aplicação. Basta molhar em tinta colorida a cabecinha de um ou outro e aplicar; funciona como carimbo e pode-se obter vários formatos, juntos ou isolados. Pintura de assopro Coloca-se algumas gotas do material a ser usado (tintas) no centro de cada papel, com o canudo, começarão a empurrar as tintas com assopro; espalhando em várias direções e formatos. Desenho com os olhos fechados Com os olhos fechados, fazer movimentos pelo qual passa-se o lápis sem tirá-lo do papel, dançando por toda a superfície. Abrir os olhos e procurar no todo a possibilidade de uma figura ou de uma abstração. Pintar, colorir ou destacar a descoberta. Pintura com anilina e cola branca Com a cola, desenha-se sobre a superfície do papel, deixando secar em seguida. Pinta-se com anilina. Pintura mágica Passam-se camadas de cores diferentes de giz de cera branco em toda a superfície do papel. Passa-se guache ou nanquim preto sobre o papel e deixar secar. Depois de seco, com a ponta de um prego ou agulha sem ponta, raspando à vontade, trazendo o desenho. Pintura em branco Desenha-se livremente no papel com o giz de cera branco ou vela. Cobre-se com anilina, pois ela não cobre as partes trabalhadas. Pintura a mármore Cobrir a superfície do papel com goma arábica, com um pincel. Pinguar guache em pingos finos. Misturar e deixar secar. 9 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho Pintura lavada Molhar o papel com água, pingar tinta de cores variadas. Misturar e deixar secar. Pintura desbotada Cobrir toda a folha com anilina, deixar secar. Mergulhar o cotonete em uma vasilha com água sanitária e desenhar sobre o fundo colorido. A água sanitária corrói a anilina, tirando-lhe a cor. Pintura quente Acender a vela e prendê-la em um pires. Depois de firme, passar o giz de cera pela chama e, enquanto aquecido, desenhar. Pingos de vela Aproveitando a experiência anterior da vela acesa, deixar a vela pingar na superfície do papel, ora com pingos espalhados, ora agrupados. Depois é só pintar com guache ou anilina. Os vazios serão realçados. Pintura com guache ou anilina e barbante Estender a goma arábica em toda a superfície do papel. Colar pedaços de barbante nas formas que desejar. Depois de seco, colorir com guache ou anilina. Pintura em relevo (moedas, botões, folhas, barbante, etc.) Os materiais devem ser colocados sob o papel. Passar o lápis de cera por cima, com a cor que desejar. Os desenhos ficarão impressos no papel. Pintura com moldes Preparando-se alguns recortes em cartolina, antes da atividade, com formas diversas. Ex.: frutas, flores, animais, casinhas, automóveis, etc. Com guache, usando uma peneira e uma escova de dentes, pintar sobre a folha. As figuras aparecerão destacadas, alcançando o efeito desejado, quando forem retiradas as formas. Pintura com moldes (extencil) Idem à anterior, mas as formas devem ser vazadas no molde, e não recortadas. Pintura com lixa Colocar o papel sobre a lixa. Passar o giz de cera livremente. Pintura sobre lixa Desenhar na lixa livremente, colorindo o desenhando com giz de cera. Carimbos Usar: Pimentão, vagem, cenoura, batata, quiabo, pepino, chuchu (podem ser cortados ou fazendo-se formas neles). Passar guache na cor desejada e carimbar em folha branca. Pintura da mão Idem ao anterior Pintura com as mãos 10 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho Com uma folha de papel craft, aberta no chão, deixar os alunos pintarem com tinta guache, livremente. Utiliza-se guache atóxico e as mãos. Pintura lavada Umedecer a folha com algodão embebido em água. Pingar sobre a mesma, cores variadas de tinta. Espalhar rapidamente em diversas direções, formando desenhos. Depois de seco, contornar com giz de cera preto ou deixar apenas o resultado do processo anterior. Pintura com areia colorida Desenhar livremente sobre o papel, contornar com cola branca e jogar areia colorida. Tirar o excesso e deixar secar. Pintura com giz molhado Colocar em uma vasilha um pouco de açúcar cristal em água, e várias cores de giz. Deixar umedecer bem. Desenhar livremente na folha, fazendo movimentos circulares. Deixar secar e contornar com giz de cera preto. Pintura com com giz e cola Desenhar livremente sobre a folha com lápis. Raspar giz de cor. Colocar cola e misturar bem. Umedecer um pedaço do mesmo giz, e ir livremente contornando o desenho. Pintura com dedo Colocar sobre a folha, gotas de tinta nas cores desejadas. Com o dedo indicador, as crianças passarão sobre a superfície da folha, espalhando a tinta na forma que desejar. Pintura com o dedo (digital) Idem ao anterior, mas carimbando as digitais dos dedos e da palma da mão, explorando depois as possibilidades de desenho, com o lápis. Pintura gêmea Dobrar a folha em duas partes iguais. Pingar tinta nas cores desejadas, apenas em um lado da folha. Dobrar novamente a folha e pressionar levemente. Depois abrir e deixar secar. Desenho gêmeo Idem ao anterior, mas fazendo um desenho ou metade de um desenho em um dos lados da folha dobrada. Pintura quádrupla Dobrar a folha em quatro partes iguais. Abrí-la e pingar tinta nas cores desejadas, apenas em um lado da folha. Dobrar novamente a folha e pressionar levemente. Abrí-la e colocar para secar. Pintura clara Passar camadas de cores diferentes de giz de cera, em toda a superfície do papel. Umedecer o algodão com removedor e fazer movimentos como desejar. Deixar secar. Desenhar livremente com giz de cera preto. Desenho abstrato 11 Fundamentos da Linguagem Visual – Alfabeto Visual (Técnicas de Pintura) – Prof. Fernando César Oliveira de Carvalho Com lápis preto, fazer traços abstratos sobre o papel. Colorir as partes desejadas com giz de cera (cores variadas); preencher os espaços vazios com guache. Pintura sobre gesso Passar gesso sobre um papel de gramatura alta (pode ser canson, cartolina, etc.), ou tela, fazendo formas e relevos. Deixar secar. Usar com qualquer técnica sobre o papel, dando preferência ao guache, óleo ou acrílica. Pintura sobre gesso e barbantes Idem à técnica anterior, mas inclue-se barbantes ao gesso. Pintura sobre relevo Idem às técnicas anteriores, mas trocamos o gesso por massa acrílica. 12