Federação Espírita Pernambucana
Entidade Coordenadora e representativa do Movimento Espírita do Estado de
Pernambuco no Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira.
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ORIENTAÇÕES FEDERATIVAS 16 - MARÇO/2013
REUNIÃO DE ESTUDO E EDUCAÇÃO DA MEDIUNIDADE - II
Xerxes Luna
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE
As reuniões práticas de educação e desenvolvimento da mediunidade não devem ser iniciadas,
senão ao cabo de um aprendizado mais ou menos longo das questões doutrinárias. Mesmo que os componentes
da equipe se julguem suficientemente informados e conhecedores da Doutrina Espírita, vale a pena uma revisão
geral. Embora não gostemos de admitir, nosso conhecimento é menor do que pensamos. (Diálogo com as
Sombras – Hermínio C. Miranda).
Segundo o Projeto Manoel Philomeno de Miranda essa reunião deve ser regular, privativa, realizada
em ambiente harmonizado exclusivamente reservado para as reuniões mediúnicas ou para atividades afins e
seus participantes devem ser criteriosamente selecionados.
CONSIDERAÇÕES CONTIDAS NA OBRA “ESTUDO E PRÁTICA DA MEDIUNIDADE – Programa I”
EDITADA PELA FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
a) Para o seu desenvolvimento o médium conta com o auxílio de benfeitores espirituais, sob a
orientação de seu Espírito Protetor. O Espírito protetor, anjo da guarda, ou bom gênio é o que tem por missão
acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior, com relação ao protegido.
b) Ante a presença de problemas psíquicos, emocionais ou físicos, é necessário que o candidato ao
mediunismo receba assistência espiritual, à sua disposição na Casa Espírita. É preciso que primeiro ocorra uma
certa harmonização espiritual, antes de se entregar ao exercício mediúnico. É o momento do atendimento
espiritual: diálogo fraterno, recebimento do passe e da água fluidificada; da participação em atividades de
assistência e promoção social e da frequência às reuniões públicas evangélico doutrinárias.
O atendimento espiritual mediante diálogo fraterno será de grande valia. A realização do culto do Evangelho no
Lar, bem como a aquisição do hábito de orar complementarão o trabalho de atendimento espiritual, reequilibrando
o médium e colocando-o em condições adequadas para o desenvolvimento mediúnico.
c) O empenho do médium em se moralizar, na verdade, deve fazer parte do processo global de sua
autoeducação... Cumpre-lhe, ao mesmo tempo, conhecer as qualidades que deve procurar desenvolver em si e os
hábitos viciosos e os obstáculos que a poderiam embaraçar no desempenho da sua tarefa, hábitos e vícios que
lhe importa destruir sem contemplações. Para uma autoeducação esmerada, é preciso permanente exame de
consciência, a fim de conhecer-se sempre, a todo momento, o estado da própria alma.
d) O aprendiz da mediunidade deve render culto ao dever; trabalhar espontaneamente; não
acreditar-se superior ou inferior a ninguém; não esperar recompensas no mundo; não centralizar as tarefas em
sua pessoa; não se deixar conduzir pelas dúvidas; estudar sempre; evitar a irritação; desculpar incessantemente;
não temer perseguidores quando nas tarefas de caridade e de amor em benefício do próximo.
e) A mediunidade deve sempre ser entendida como um dos instrumentos que Deus nos concede
para o nosso aperfeiçoamento espiritual. No entanto, a prática mediúnica pode ocorrer sob a forma de uma prova
ou resgate de atos cometidos em existências passadas (mediunidade provacional), ou como missão. Pela
mediunidade provacional, o médium aprende a se harmonizar com o bem, desenvolve virtudes morais, no contato
com o sofrimento dos Espíritos que o utilizam nas suas manifestações. Fato diverso ocorre na mediunidade
missionária. Nessa situação, o médium já está harmonizado com o bem. Revela-se um missionário, um
instrumento de renovação social no seio de uma sociedade. O médium missionário — mesmo que não se dê conta
da missão de que foi investido é sempre um Espírito esclarecido, superior, cujos exemplos se assemelham aos de
um pastor que conduz suas ovelhas. Isto não significa, porém, que não tenha provas ou mesmo expiações a
vencer, uma vez que ainda não é um Espírito puro
RECOMENDAÇÕES E OBSERVAÇÕES.
a) Só deverão participar das reuniões os médiuns, integrantes do grupo de estudo da mediunidade, já
devidamente capacitados para iniciar a prática mediúnica;
b) As reuniões devem guardas disciplinada quanto aos horários de início e fim. A equipe espiritual não se
atrasa. O médium que chegar atrasado ficará de fora, pois a mesma não deve ser interrompida.
c) O tempo total da reunião não deve ser superior a 90 minutos.
d) A periodicidade deve ser semanal ou quinzenal a ser estipulada pela direção da Casa Espírita.
e) É muito importante a assiduidade e pontualidade da equipe na realização da tarefa.
f) Participantes faltosos ou impontuais devem ser examinados com atenção para se saber os motivos
das ausências e impontualidades nas reuniões.
g) A reunião deve realizar-se em ambiente simples, onde seja possível garantir silêncio respeitável e
harmonia vibratória, elementos favoráveis à manifestação de espíritos necessitados de auxílio.
h) A iluminação deve ser graduada para permitir uma melhor concentração dos participantes.
i) Vasilhame com água para fluidificação deve ser mantido afastado da mesa para evitar incidentes.
j) Sobre a mesa devem constar apenas lápis, papel, livros e um gravador para registrar a reunião.
k) A ordem das comunicações ocorrerá de acordo com a necessidade de cada médium.
l) Concluída a fase dos diálogos, profere-se a prece final. A prece deve ser proferida no início da
reunião para elevar a alma dos presentes e atrair os espíritos esclarecedores e benevolentes; e no
término para agradecer a Deus os benefícios e ensinos recebidos. Que a prece seja curta e fervorosa.
( Leon Denis).
m) Após a reunião é recomendável que sejam reservados alguns minutos para que cada um relate algo
que considere importante na experiência vivenciada durante o trabalho. A avaliação é uma excelente
ferramenta para verificar possíveis necessidades de melhoramento de cada participante, bem como, o
melhoramento do grupo, nos aspectos da coletividade.
n) A avaliação tem como finalidade propiciar ao médium um exame criterioso do desempenho de sua
faculdade mediúnica, o que lhe possibilitará, no futuro, uma autoavaliação segura.
(Fontes: Projeto Manoel Philomeno de Miranda e Apostila sobre Mediunidade da FEB)
ORGANIZAÇÃO DA REUNIÃO PRÁTICA
As reuniões de educação e desenvolvimento da mediunidade, a titulo de sugestão, poderiam se
organizadas da seguinte forma:
a) Prece inicial e leitura de um trecho de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, acompanhada de breve
comentário. Duração – 15 minutos.
b) Prática mediúnica, nas suas várias modalidades. Duração – 60 minutos
c) Prece final e avaliação. Duração – 15 minutos
COMPONENTES DA REUNIÃO.
No que se refere à composição da reunião recomenda-se que ela possua:
a) Um Dirigente e um substituto;
b) No máximo dez médiuns ostensivos ou não, previamente selecionados, e integrantes do grupo de
estudo da mediunidade.
c) Auxiliares (doutrinadores, passistas)
ORIENTAÇÕES AOS INTEGRANTES DA REUNIÃO.
Para que cada integrante das reuniões práticas da mediunidade cumpra, de forma adequada, sua tarefa
na reunião, se faz necessário que se habituem a:
a) exercitar a oração diária;
b) desenvolver a autocrítica;
c) vencer melindres ante as observações feitas, principalmente durante a avaliação, pois no trabalho
mediúnico estamos sempre aprendendo;
d) vivenciar os bons sentimentos e aprimorar o seu grau de cultura, principalmente a espírita;
e) fugir da bajulações e elogios efusivos;
f) não freqüentar ambientes impróprios, face a assimilação das sintonias espirituais indevida ali
existentes;
g) realizar sua tarefa em uma única instituição, evitando fazê-la em ambientes que não seja o centro
espírita;
h) participar de outras atividades da instituição, com vista ao estreitamento dos seus laços com a casa;
i) abster-se do consumo de alcoólicos, cigarros e outras drogas.
FEDERAÇÃO ESPÍRITA PERNAMBUCANA / COORDENAÇÃO GERAL DAS ÁREAS FEDERATIVAS.
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Reunião de Estudo e Educação da Mediunidade