EMPRESA Montagem das células fotovoltaicas no Cefet PROGRAMA LEVA ENERGIA SOLAR ÀS COMUNIDADES RURAIS Fotos: Arquivo FURNAS FURNAS é responsável pela implementação de sistemas fotovoltaicos na região Sudeste e no estado de Goiás L evar energia elétrica às comunida- utilizam energia solar) instalados desde res, reservas indígenas e parques flores- des rurais com a utilização de recur- 1997 em áreas rurais. As principais ativida- tais, FURNAS já realizou dois treinamen- sos naturais não poluentes é o objetivo des do PRC consistem em ações de tos denominados Oficina de Alinhamen- do Programa de Desenvolvimento revitalização (levantamento, diagnóstico to Regional Conceitual e Metodológico, Energético de Estados e Municípios – e recuperação dos sistemas fotovoltaicos) ministrados por técnicos do MME. A pri- Prodeem, uma iniciativa do Ministério e capacitação dos prestadores de serviços, meira oficina aconteceu em março de de Minas e Energia (MME), integrada ao agentes e técnicos comunitários, respon- 2004, na sede da Empresa, com a parti- Programa Luz para Todos e voltada à sáveis pela guarda, operação e manuten- cipação de 41 pessoas. A segunda, em utilização de energia solar. ção desses sistemas. A conclusão do PRC outubro passado, no Centro Federal de está prevista para dezembro de 2006. Educação Tecnológica (Cefet), em Vitó- FURNAS, através de um convênio firmado com o MME em novembro de 2004, 18 Para treinar essas equipes que operam é responsável pela coordenação na região os sistemas fotovol- Sudeste e no estado de Goiás do Plano de taicos destinados às Revitalização e Capacitação (PRC) do escolas municipais, Prodeem, um conjunto de atividades vol- postos de saúde, as- tado para os sistemas fotovoltaicos (que sociação de morado- REVISTA FURNAS ANO XXXI Nº 326 NOVEMBRO 2005 ria (ES), reuniu 35 pessoas. Como é produzida a energia fotovoltaica Os raios solares incidem sobre as placas fotovoltaicas onde é gerada a corrente elétrica, cujo transporte é feito através de fios e cabos até chegar a um equipamento chamado Controlador de Carga. Daí, ela é enviada às baterias onde fica armazenada. Quando é ligado um aparelho elétrico, a corrente sai da bateria, atravessa o inversor, transformando a corrente contínua de 48 volts em alternada de 120 volts. Assim, os equipamentos elétricos funcionam como se usassem a energia convencional proveniente de qualquer distribuidora. Painel fotovoltaico Progresso social As ações coordenadas por FURNAS beneficiaram diversas comunidades do estado do Rio de Janeiro, proporcionando grandes avanços na área José Horta Sampaio, coordenador da II Oficina de Alinhamento Regional Conceitual e Metodológico social. Na Ilha dos Martins, localizada na Baía de Sepetiba, no município de Itaguaí, por exemplo, a chegada da energia solar permitiu aos alunos da escola municipal local uma alimentação de melhor qualidade e maior aprendizado. “A vinda dessa energia foi de uma importância muito grande. Com ela, pudemos adquirir uma geladeira, fundamental para a manutenção dos alimentos servidos na merenda das crianças. Sem falar na televisão e vídeo que significaram um acréscimo de conhecimento e informação aos alunos”, declarou a diretora, Luci da Costa Pereira. A energia solar pode ser utilizada em locais frios? Sim, desde que haja luminosidade suficiente para que a energia seja gerada. Como é feita a cobrança dessa Para a Companhia de Policiamento Florestal de Cachoeiras de Macau, a energia? energia solar foi sinônimo de aumento da segurança. “Agora, nas rondas Esta energia é gratuita, pois conforme noturnas, já podemos observar o que está acontecendo a nossa volta. Sem determinou o MME, os sistemas contar que antes só tínhamos um gerador que funcionava precariamente, fotovoltaicos se destinam às escolas comprometendo a utilização do rádio, que hoje funciona 24 horas”, admitiu rurais, polícias florestais, parques o cabo Henrique. ecológicos e postos de saúde não atendidos por energia convencional. Compensaria montar um sistema fotovoltaico em uma residência? Não, porque seria um investimento À esq., os participantes trocam experiências durante o segundo encontro; no final da oficina, a entrega dos certificados alto e os atuais sistemas não suportariam a demanda proveniente da utilização de chuveiros, ferros de passar roupa etc. REVISTA FURNAS ANO XXXI Nº 326 NOVEMBRO 2005 19