Carta do Sol Com o objetivo de incentivar o uso de energia solar no estado, a Secretaria de Estado do Ambiente, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, lançou, em agosto de 2011, a Carta do Sol. O documento reune 14 propostas de incentivo à produção e ao uso de energia elétrica a partir da luz solar, por meio de paineis fotovoltaicos. Elaborada por equipe da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Carta do Sol será apresentada em encontro do Fórum Nacional dos Secretários de Estado para Assuntos em Energia, como sugestão para que os diferentes governos estaduais adotem seus princípios. Entre as propostas do documento estão a isenção de tarifas na distribuição e na transmissão de energia; a inclusão da energia solar fotovoltaica no Programa de Incentivo às Fontes de Energia Elétrica (Proinfa), instituído pela lei 10.438 de 2002; e o fomento de programas de formação de mão de obra para atuar em todas as etapas da cadeia produtiva da energia solar fotovoltaica. Um dos benefícios do uso da energia solar fotovoltaica é o fato de poder ser gerada diretamente para o consumidor, evitando-se as grandes distâncias de outras fontes geradoras de energia e, consequentemente, a necessidade de instalação de extensas linhas de distribuição. Além da redução dos custos de geração e de instalação das redes de distribuição, outra vantagem é assegurar a confiabilidade: atualmente, a maior parte das interrupções do serviço de energia elétrica no Brasil decorre de problemas na transmissão e distribuição para o consumidor final, e não na falta de energia elétrica. Outro ponto positivo é de que o uso da energia solar fotovoltaica permite atender a população rural e de toda a Amazônia, assim como o mercado de usos específicos (sinalização, telecomunicações, entre outros). A projeção da Secretaria de Estado do Ambiente para os próximos 10 anos é de que 4 mil megawatts de energia solar estejam instalados no país. Outros 4 mil megawatts poderão ser exportados para a América Latina. Dois meses após o Governo do Estado assinar decreto que isenta de ICMS a produção de equipamentos para geração de energias eólica e solar, duas empresas estrangeiras – uma chinesa e outra espanhola – manifestaram interesse em se instalar no Rio. Juntas, os investimentos somam, aproximadamente, R$ 900 milhões. No seminário, que aconteceu em novembro deste ano e teve como foco a Carta do Sol, foi apresentado dados que mostram que os incentivos como a desoneração do ICMS já começam a atrair investimentos para o Estado do Rio de Janeiro, que quer consolidar uma política de energia limpa em território fluminense. Um estudo divulgado este ano pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) mostrou que as fontes de energia renovável serão responsáveis pela redução significativa das emissões de gases do efeito estufa no mundo. A energia solar fotovoltaica foi a que mais cresceu entre 2009 e 2010, na ordem de 50%, mesmo com a crise global. Isso mostra que é preciso que o Brasil considere este mercado para não sermos atropelados por uma onda sola. Já foram selecionadas 15 escolas da rede estadual que deverão receber painéis de captação de luz solar para produção de energia, em fase experimental. Dessas 15, nove unidades de ensino já foram vistoriadas pela equipe da Secretaria de Estado do Ambiente, em parceria com as Secretarias de Estado de Educação e de Desenvolvimento Econômico. Dois meses após o Governo do Estado assinar decreto que isenta de ICMS a produção de equipamentos para geração de energias eólica e solar, duas empresas estrangeiras – uma chinesa e outra espanhola – manifestaram interesse em se instalar no Rio. Juntas, os investimentos somam, aproximadamente, R$ 900 milhões. A afirmativa é do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que participou hoje (25/11) da abertura do Seminário Nacional Rio Solar: Avanços Tecnológicos e Viabilidade Econômica, que reuniu secretários de Energia de todo o país, no auditório da Fecomércio, no Flamengo (Zona Sul do Rio).