bbb E[ρ] = TS [ρ] + Z d~rvext (~r)ρ(~r) + VH [ρ] + EXC [ρ] I ESCOLA de QUÍMICA COMPUTACIONAL 01 a 05 de Setembro de 2014 campus da USP de RIBEIRÃO PRETO βmc2 + 3 X k=1 αk pk c ψ(x, t) = ih̄ ∂ψ(x, t) ∂t Eds. MORGON, VESSECCHI & GALEMBECK I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Comissão Organizadora Prof. Dr. Ricardo Vessecchi Departamento de Química Faculdade de Filosoa Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) Universidade de São Paulo (USP) [email protected] Prof. Dr. Nelson H. Morgon Departamento de Físico-Química Instituto de Química Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) [email protected] Prof. Dr. Sérgio E. Galembeck (Coord.) Departamento de Química Faculdade de Filosoa Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) Universidade de São Paulo (USP) [email protected] i FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Realização bbb Apoio ii FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL A I Escola de Química Computacional teve como temas: Efeitos Relativísticos, em homenagem aos trinta anos do falecimento de Dirac e Teoria do Funcional de Densidade, em comemoração aos cinquenta anos do trabalho seminal de Hohenberg e Khon. Os minicursos e duas palestras abordaram estes temas. Outras palestras trataram de temas gerais e foram ministradas por pesquisadores extremamente inuentes em química. A palestra de abertura foi ministrada pelo Prof. José Manuel Riveros (USP e UFABC), um pesquisador extremamente inuente em química. Já a palestra de encerramento foi proferida pelo Prof. Ricardo Luis Longo da Silva, da UFPE, relativamente jovem, mas extremamente produtivo e que tem se destacado na gestão em ciência e tecnologia. As miniconferências foram ministradas pelos Profs. Roberto Luiz Andrade Haiduke, do IQSCUSP, especialista em cálculos relativísticos, e Willian Ricardo Rocha, da UFMG, que tem como uma de suas especialidades os métodos DFT. Os minicursos foram ministrados pelos Profs. Luiz Guilherme Machado de Macedo, da UFPA, e Hélio Anderson Duarte, da UFMG, que trabalham nas áreas de cálculos relativísticos e DFT, respectivamente. Houve uma palestra do Prof. Francisco Elias Jorge, da UFES, que tem se destacado no desenvolvimento de conjunto de funções de base gaussianas. Houve também duas sessões (uma oral e outra na forma de pôsteres) com apresentação, divulgação e discussão dos trabalhos de alunos. As palestras e miniconferências tiveram a duração de uma hora e meia, incluindo-se aí o tempo para perguntas. Os minicursos foram divididos em uma parte teórica e outra de exercícios computacionais. Devido às limitações no número de computadores disponíveis e do tamanho da sala aonde estes se situam, apenas vinte alunos participaram de cada curso simultaneamente. Dessa forma, ao se inscreverem na escola os alunos optaram por um curso. bbb Ribeirão Preto, Setembro de 2014. bbb Comissão Organizadora. iii FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Programação Cientíca Conjuntos de Bases não Relativísticos e Relativísticos para Cálculos de Propriedades Atômica e Molecular Francisco E. Jorge Teoria do Funcional de Densidade: Fundamentos e Metodologia Hélio A. Duarte Reatividade Química ao Nível Molecular: Sinergismo entre Experimento e Teoria José M. Riveros Química Quântica Relativística Aplicada 12 viii xiii vii xii Luís Guilherme M. Macedo Dinâmica de Reações Químicas ix Ricardo L. Longo da Silva Equação de Dirac: Implementação e Aplicações em Estudos de Estrutura Eletrônica Roberto L. A. Haiduke Aplicações da Teoria do Funcional de Densidade em Sistemas Químicos Willian R. Rocha Resumos x xi 1 iv FFCLRP, 2014 v Abertura Palestra 1 Coquetel Mini-curso 1 (P) Mini-curso 2 (P) Palestra 2 (G2) e Visita (G1) e Visita ao Museu (G2) ao Museu (G1) Palestra de Encerramento Encerramento Avaliação Dia 5 - Dia 4 14:30 - 17:30 Conferência 2 Dia 3 Almoço Conferência 1 Dia 2 Apresentação Oral de Trabalhos 10h30 - 10:45 Café Café Café 10:45 - 12h45 Retirada do Mini-curso 1 (T) Mini-curso 2 (P) Apresentação Oral Material e (G1) e Visita (G2) e Visita de Trabalhos Programação ao Museu (G2) ao Museu (G1) da Escola 12:45 - 14:30 Almoço Almoço Almoço Almoço Dia 1 09:00 - 10h30 - Horário Programação Geral I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL PL 1 Reatividade Química ao Nível Molecular: Sinergismo entre Experimento e Teoria Prof. José M. Riveros (USP e UFABC) Reações químicas em fase gasosa, quando estudadas a baixas pressões, oferecem a oportunidade de elucidar aspectos relacionados com propriedades e reatividade intrínseca de substancias químicas. Técnicas experimentais introduzidas a partir do m da década de 60, permitiram a caracterização de reações entre íons e moléculas neutras a baixas pressões. Muitas das reações estudadas nestes últimos 45 anos mimetizam reações bem conhecidas em Química, mas sem a perturbação do solvente. A investigação de reações de deslocamento nucleofílico, de hidrólise de ésteres e de eliminação serão ilustradas do ponto de vista experimental e as mudanças que se observam quando os íons, em fase gasosa, são parcialmente solvatados. Uma interpretação mais profunda destes resultados só se tornou possível a partir do crescimento e sosticação crescente das técnicas de química computacional. A possibilidade de mapear o diagrama de energia potencial destas reações, e mais recentemente de simular a dinâmica destas reações, tem provocado um sinergismo importante entre novos experimentos e cáculos teóricos. vi FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL PL 2 Conjuntos de Bases não Relativísticos e Relativísticos para Cálculos de Propriedades Atômica e Molecular Prof. Francisco E. Jorge (UFES) Métodos de estrutura eletrônica para sistemas moleculares dependem demasiadamente do uso de conjuntos de bases de funções Gaussianas para representarem os orbitais moleculares. Um número de sequências hierárquicas de conjuntos de bases tem sido proposto nas últimas duas décadas, e elas têm permitido aproximações sistemáticas para estimar e controlar os erros devido a incompletude de conjuntos de bases. Inicialmente, esboçaremos alguns dos princípios para construção de conjuntos de bases e compararemos as composições de quatro famílias de conjuntos de bases que estão disponíveis em várias qualidades diferentes e para um número razoável de elementos da tabela periódica. Então, utilizando as sequências hierárquicas não relativística e Douglas-Kroll-Hess (DKH) de conjuntos de bases de qualidades dupla, tripla, quádrupla, quíntupla e sêxtupla zeta de valência mais funções de polarização (XZP, AXZP e XZP-DKH, X = D, T, Q, 5 e 6) de Jorge e colaboradores, constantes espectroscópicas, propriedades elétrica e magnética tão bem como rotação ótica e parâmetros de dicroísmo circular eletrônico serão calculadas e comparadas com resultados teóricos e experimentais reportados na literatura. vii FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL PL 3 Dinâmica de Reações Químicas Prof. Ricardo Longo (UFPE) A dinâmica molecular de sistemas reativos tem sido importante na determinação dos limites e limitações de teorias estatísticas bem sucedidas, como a teoria do estado de transição (TST) e a teoria RRKM no tratamento de reações bi- e unimoleculares. De fato, várias reações têm mecanismos e seletividades que são ditadas ou dirigidas pela dinâmica. Por exemplo, será mostrado que a seletividade da reação OH− + CH3 ONO2 é determinada pela dinâmica. Esta reação pode ocorrer via o deslocamento nucleofílico bimolecular no carbono (SN 2@C) ou no nitrogênio (SN 2@N), assim como a abstração de próton seguida da dissociação (EC O2). A razão experimental EC O2 : SN 2@C : SN 2@N é 0.86 : 0.14 : 0.0 e a teoria RRKM é incapaz de explicar estes resultados. Entretanto, simulações de dinâmica molecular de Born-Oppenheimer (BOMD) fornecem trajetórias quase-clássicas que explicam qualitativa e quantitativamente as observações experimentais. Por exemplo, o mecanismo SN 2@N é suprimido pela blindagem eletrostática negativa ao redor do átomo de nitrogênio. Enquanto que o aumento da eciência do caminho SN 2@C é explicado pelas atrações eletrostáticas entre o grupo CH3 e o nucleólo OH− . As simulações BOMD foram também empregadas no estudo da dinâmica de desidratação de álcoois protonados derivados do pinacol, a saber, [(CH3 )2 (R)C-CH(OH2 )CH3 ]+ , em que R = CH3 , CH3 CH2 , e (CH3 )2 CH. Esta reação tem dois mecanismos limites: i) concertado, em que a dissociação da água é concomitante com a migração do grupo alquila, e ii) em etapas, o qual envolve um carbocátion secundário, [(CH3 )2 (R)C-CHCH2 ]+ , como intermediário. O perl de energia da reação fornece o mecanismo concertado, independentemente do método de estrutura eletrônica utilizado. Contudo, trajetórias quase-clássicas partindo dos reagentes fornecem um caminho de reação em etapas, mostrando que a região do estado de transição é quase irrelevante para o mecanismo da reação. Os conceitos concertado e sincronismo são muito importantes em química, pois referem-se à relação temporal entre eventos. Por exemplo, a formação de duas ligações numa reação de cicloadição [4+2] ou Diels-Alder pode ser um evento síncrono ou assíncrono. Em geral, a assimetria da geometria do estado de transição é utilizada como um critério para estabelecer o sincronismo do evento. Foram estudadas as seguinte reações de Diels-Alder: H2 C=CH2 + ciclopentadieno e H2 C=CHX + 1,3-butadieno, em que X = H, F, CH3 , OH, CN, NH2 , e NO. Estas reações apresentam assimetria no estado de transição de variam de simétrica até altamente assimétrica de maneira quase contínua. Logo, espera-se que a sincronicidade das reações também variem de acordo com a assimetria. Entretanto, os resultados das dinâmicas a partir do estado de transição mostram que os critérios estáticos (assimetria do estado de transição) são muito limitados e fornecem resultados contraditórios. De fato, o intervalo temporal entre os eventos, isto é, a viii FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL formação das duas novas ligações C-C, comparado com o período vibracional da ligação simples C-C nos produtos é um critério mais conável e imparcial. Baseado nesse critério, todas as reações estudadas são classicadas como síncronas, exceto com o dienólo H2 C=CHNO, apesar dos graus de assimetria graduais e muito distintos das estruturas dos estados de transição. Estes resultados explicam também a alta eciência das reações de cicloadição e, portanto, sua utilidade em síntese orgânica. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FACEPE, FINEP, inct-INAMI, PRONEXCNPq-FACEPE. ix FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL CF 1 Equação de Dirac: Implementação e Aplicações em Estudos de Estrutura Eletrônica Prof. Roberto L. A. Haiduke (IQSC/USP) Nesta palestra pretende-se discutir os aspectos básicos da equação de Dirac, quando aplicada aos estudos de estrutura eletrônica de sistemas atômicos e moleculares. Primeiramente, os principais efeitos relativísticos na química serão ilustrados por meio de alguns exemplos. Depois, serão abordadas as noções fundamentais do formalismo de quatro componentes. Além disto, aspectos técnicos relacionados aos conjuntos de funções de base necessários e modelo nucleares normalmente utilizados devem ser mencionados. Finalmente, será possível apresentar algumas aplicações deste tratamento realizadas em nosso grupo de pesquisa, como no estudo dos momentos de quadrupolo nucleares. x FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL CF 2 Aplicações da Teoria do Funcional de Densidade em Sistemas Químicos Prof. Willian R. Rocha (UFMG) A Teoria do Funcional de Densidade (DFT) tem se tornado nos últimos anos um importante método para o estudo da reatividade química em sistemas moleculares com poucos átomos até sistemas macromoleculares como enzimas. O desenvolvimento de novos e mais precisos funcionais de troca-correlação, tem permitido o estudo de processos químicos com precisão cada vez maior, possibilitando a utilização da DFT como um método para se validar possíveis mecanismos de reação e previsão a priori da reatividade em sistemas moleculares. Nesta apresentação será dada uma breve revisão dos avanços e desaos da DFT no estudo da reatividade química, dando particular atenção aos processos catalíticos promovidos por compostos de metais de transição. A utilização da DFT no estudo da reatividade química será discutida e exemplicada através de estudos recentes envolvendo processos de interesse biológico e industrial. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG, INCT-Catálise, Rede Mineira de Química xi FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL MC 1 Química Quântica Relativística Aplicada Prof. Luís Guilherme M. Macedo (UFPA) Muitos fenômenos de interesse químico, como a existência de cátions Hg2+ 2 em solução ou mesmo o funcionamento de uma bateria automotiva só podem ser corretamente compreendidos à luz da teoria quântica relativística. Os efeitos relativísticos, que podem ser compreendidos como diferença entre os resultados obtidos a partir da equação de Schrödinger e da equação relativística de Dirac, exercem grande inuência principalmente na química dos elementos mais pesados da tabela periódica. De forma geral, estes efeitos são comumente separados de forma pragmática em efeitos cinemáticos e efeitos oriundos do acoplamento de spin-órbita. Este minicurso visa de forma prática: a) informar a importância dos efeitos relativísticos; b) ensinar através de exemplos simples como incluir os efeitos relativísticos nos cálculos de química computacional através de programas gratuitos como o DIRAC13, que inclui os efeitos relativísticos "naturalmente" a partir da equação de Dirac, e um segundo programa (ORCA/GAMESS/FIREFLY) que inclui os efeitos cinemáticos de forma aproximada. xii FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL MC 2 Teoria do Funcional de Densidade: Fundamentos e Metodologia Prof. Hélio A. Duarte (UFMG) Inicialmente, alguns conceitos básicos e históricos baseados na Teoria de ThomasFermi-Dirac serão apresentados. Os teoremas de Hohemberg-Kohn, as equações de Kohn-Sham e sua interpretação a luz da Procura Restrita de Levy serão discutidos. A metodologia, geralmente implementada nos principais programas computacionais disponíveis na literatura utilizando-se de conjunto de funções de base localizadas, será apresentada em detalhes. Um tópico especial sobre os funcionais de troca-correlação e como eles são desenvolvidos será também apresentado. Na parte prática, pretende-se estimular os estudantes a denir corretamente os dados de entrada, fazer atenção há alguns aspectos de denição de modelo químico e a utilização de "palavras-chaves" que auxiliam na convergência do cálculo SCF e na rapidez do cálculo. Espera-se que o estudante ao nal do mini-curso compreenda os principais conceitos envolvidos na DFT, esteja familiarizado com os termos e seja capaz de se aprofundar no assunto. xiii FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Índice de Trabalhos Investigação Teórica da arilação Heck-Matsuda enantiosseletiva do 3-ciclopenten-1-ol utilizando DFT 12 Vitor Hugo Menezes da Silva 01 Rafael de Mattos Piccoli 02 Renato Pereira Orenha 03 Wesley Fonseca Vaz 04 Renan Vidal Viesser 05 Wagner Eduardo Richter 06 Arnaldo Fernandes da Silva Fo. 07 Cleuton de Souza Silva 08 Diógenes Mendes Araújo 09 Régis Casimiro Leal 10 Mauricio Gustavo Rodrigues 11 Iran da Luz Sousa 12 A Importância de Correções Relativísticas na Descrição de Ligações Químicas em Organometálicos Estudo Computacional de Compostos de Ru-NO ligado a Cyclam Estudo Teórico da Cloro Ftalocianina de Alumínio por PM6 e DFT Inuência da Estrutura Eletrônica na Componente Spin-Orbital do Tensor Blindagem de RMN de 13 C nos Isômeros do 1,2-diiodoeteno Intensidades características de grupos funcionais no infravermelho Selective Extraction of Erisotrin Structural Analogs: Theory and Experiment Uso do Modelo Contínuo de Solvente (C-PCM) com G3X-CEP para Cálculos de Solvatação de Íons Monovalentes com Acetonitrila Clusters: Histórico e evolução Estimativa teórica do pKa de aminas substituídas com grupos alquila Discretização do Método da Coordenada Geradora para geração de funções de base por q-exponenciais Análise conformacional da Benzbromarona (BZB) Estudo das Propriedades de Nanoestruturas de SiC Larissa Sihe Oliveira Natureza da ligação Fe-NO em sistemas trans-[Fe L(NO)(oxaaza)]n+ onde L=Cl ou H2 O e n=1 ou 2: Uma investigação computacional 13 II Lucas Abreu do Nascimento 14 Tuanan Lourenço 15 Mateus Xavier Silva 16 Estudo das propriedades dinâmicas do sistema 1-etil-3metilimidazólio bis(triuorsulfonil)imida emiim[Tf2N]/CO2 Análise Teórica de Clusters de Sódio-Potássio por Algoritmo Genético e Cálculos de Química Quântica xiv FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Electronic energy levels engineering of P3HT employing chemical substitutions Eliézer Fernando de Oliveira 17 Josene Maria Toldo 18 Silviana Corrêa 19 Felipe Vieira Zauith Assad 20 Estudo teórico do mecanismo ESIPT em derivados de benzazóis Processo de fragmentação molecular do híbrido γ -Fe2 O3 /PMMA: um estudo teórico e experimental Estudo mecanístico sobre a N-acilação de aminas por ácidos carboxílicos catalisada por ZrCl4 Comparação do Desempenho de Métodos Compostos e Funcionais de Densidade na Determinação de Entalpias Padrões de Formação Leonardo V. das Chagas Lima NMR-TZPP-DKH Gaussian basis sets for NMR calculations chemical shift 195 Pt 21 Diego Fernando da S Paschoal 22 Fátima Maria Pereira de Rezende 23 Railton Barbosa de Andrade 24 Fermin Fidel Herrera Aragón 25 Diesley Martins 26 Mateus Grecco Manfré 27 Marlon Vieira de Melo 28 Noam Gadelha da Silva 29 Égil de Brito Sá 30 Rodrigo Antonio Cormanich 31 Marcello Ferreira da Costa 32 Avaliação teórica do efeito gauche na difenidramina e seu cloridrato Estudo envolvendo N,N-nitrosodimetilamina protonada Ab-initio calculation of magnetic properties of Gd-doped SnO2 Estrutura eletrônica de complexo envolvendo uma associação por ligação química entre uma ftalociaina de rutênio e o TiO2 (anatase) Estudo computacional de [2.2]ciclofanos Estudo comparativo de reatividade de triterpenos pentacíclicos com atividade antimalárica Estudos Teóricos Comparativos de Propriedades Estruturais, Eletrônicas e Espectroscópicas dos Ácidos Betulínico e Melaleucico e da Estabilidade de Clusters desses Metabólitos Especiais On Activation Step of Hoveyda-Grubbs Catalyst Estudo do comportamento em solução do 2-uoroetanol, 3uoroproanol e 4- uorobutanol por espectroscopias de RMN e infravermelho e cálculos teóricos Theoretical Study of the Infrared, Raman and VCD Spectra of Thiophene Using Ab Initio and Density Fu xv FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Investigação Teórica da arilação Heck-Matsuda enantiosseletiva do 3ciclopenten-1-ol utilizando DFT Vitor H. Menezes da Silva1 (PG)*, Ricardo A. Agnes2 (PG), Carlos R. D. Correia 2 (PQ), Ataualpa A. C. Braga1 (PQ). [email protected] 1 2 Instituto de Química, Departamento de Química Fundamental, Universidade de São Paulo, SP, Brasil. Instituto de Química, Departamento de Química Orgânica, Universidade Estadual de Campinas, SP, Brasil. Introdução Reações de Heck-Matsuda assimétricas foram aplicadas por meio de uma estratégia conhecida como "transmissão redox".1 Além da formação de adutos enriquecidos enantiomericamente, há uma sequência de inserções migratórias da espécie de hidreto de paládio e eliminações de β−hidrogênios até a funcionalização do grupo hidroxila obtendo também adutos carbonílicos. 2 Neste sentido, este trabalho apresenta o estudo teórico deste tipo de reação, utilizando álcoois alílicos cíclicos. Metodologia Computacional As estruturas foram otimizadas no nível M06/BS1, onde BS1 é a combinação do pseudo potencial efetivo SDD e o conjunto de funções de base 6-31G+(d) para o paládio e o restante dos átomos, respectivamente. Correções termodinâmicas foram feitas (em temperatura de 289,15 K e pressão de 1 atm). O efeito do solvente foi considerado por meio de cálculos pontuais M06-SMD/BS1 nas geometrias em fase gasosa. Todos os cálculos foram feitos utilizando o pacote Gaussian 09. Resultados e Discussão Na Figura 1, se observa que as espécies TS2, TS3, TS4 e TS5 possuem as maiores energias preponderantemente devido às acentuadas interações estéreas envolvendo o grupo t-butila com o ligante arila. Figura 1. Estruturas dos estados de transição (TS) correspondentes às aproximações da olefina 3-ciclopenten-1-ol com diferentes conformações do ligante quiral pirino-oxazolínico. 1 Cada TS está associado ao seu respectivo aduto de Heck com diferente estereoquímica. Energias livres de solvatação (em kcal.mol-1) relativas ao TS mais estável. O estado de transição mais estável é o TS7, que está associado exclusivamente ao produto de álcool alílico com estereoquímica 3, o produto majoritário da reação. A energia do TS8 indica a presença de adutos carbonílicos de mesma estereoquímica 4. Fato também evidenciado experimentalmente. Conclusões Partindo que a estereoquímica do produto final é decidida na inserção da olefina, este modelo teórico reproduz de maneira bastante satisfatória os dados experimentais. A inclusão do efeito de dispersão nas energias mostrou-se importante para o tratamento destes sistemas. Agradecimentos Vitor H. M. da Silva agradece a bolsa de doutorado concedida pela FAPESP (2013/04813-6). Referências [1]. Werner, E. W., Mei, T. S.; Burckle, A. J. e Sigman, M. S. Science, 2012, 338, 1445-1458. [2]. Oliveira, C. C.; Agnes, R. A.; Correia, C. R. D. J. Org. Chem., 2013, 78, 3325-3328. 1 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL A Importância de Correções Relativísticas na Descrição de Ligações Químicas em Organometálicos Rafael de Mattos Piccoli¹* (PG) e Giovanni Finoto Caramori¹ (PQ) Email: [email protected] 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Depto. de Química, CFM. C.P. 476, 88040-900, Trindade, Florianópolis – SC. Figura 1: Parâmetros estruturais do composto [Au₃(1,2-μ-piridil)₃], ângulos em graus e distâncias de ligação em ångströns, * = valor experimental. Introdução O [Au3(1,2-μ-piridil)3], Figura 1, é um composto organometálico, pertencente classe de Complexos Cíclicos Trinucleares (CTC), os quais possuem importantes propriedades espectroscópicas, tal como vapocromismo e solvocromismo, envolvendo transições eletrônicas ligante → metal, associadas ao tamanho dos agregados formados por estas estruturas.1 Estes agregados supramoleculares se formam por interações aurofílicas, e estas são associadas a contrações relativísticas das ligações e dos orbitais, devido ao acoplamento spin-spin e spin-orbita.1,2 Neste sentido, foram feitas correções relativísticas DKH2 (Douglas-Kroll-Hess) e ZORA (Zeroth-order Regular Aproximation), aplicadas a teoria do funcional da densidade (DFT).2 Metodologia Computacional Utilizou-se o pacote de softwares Orca3 para os cálculos de otimização das geometrias e frequências vibracionais, empregando-se o mesmo nível de teoria, BP86/Def2-TZVP,3 e correções relativísticas de segunda ordem DKH2 ou ZORA.2,3 Resultados e Discussão De acordo com a Figura 1, com correção ZORA observava-se a diminuição dos níveis de energia de HOMO e LUMO, e deve-se a uma melhor distribuição das funções radiais, principalmente de caroço, que levam a um aumento do potencial atrativo e orbitais mais próximos;2,4 devido ao acoplamento spin-spin e spin-orbita este efeito se reflete na contração dos orbitais de valência diminuindo a energia dos orbitais moleculares, e pode ser observado na ligação Au-C, que se dá entre orbitais internos do Au e orbitais antiligantes do C (back-donation). Ainda assim, observa-se que as interações Au-Au e Au-N, com DKH2, as quais não envolvem orbitais internos, são mais curtas. Conclusões Conclui-se que ZORA e DKH2 aplicadas a DFT reproduzem satisfatoriamente os dados experimentais e tratam a contração dos orbitais internos, e que as contrações dos orbitais e contrações das ligações são efeitos distintos mas que atuam no mesmo sentido. Agradecimentos: CNPq, CAPES e FAPESC Referências [1]. A. Burini, A. A. Mohamed, J. P. Fackler, Comm. Inorg. Chem., 2003, 24, 253–280; [2]. M. Reiher, A. Wolf, Relativistic Quantun Chemistry, Ed. Wiley-VCH, 2009; [3]. F. Neese, WIREs: Comp. Mol. Sci., 2012, 2, 73–78; [4]. M. Reiher, G. Eickerling, R. Mastalerz, V. Herz, W. Scherer, H. Himmel, J. Chem. Theory Comput. 2007, 3, 2182-2197. 2 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo Computacional de Compostos de Ru-NO ligado a Cyclam Renato Pereira Orenha1 (PG)*, Sérgio Emanuel Galembeck1 (PQ) [email protected] 1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 14040-901, Ribeirão Preto-SP, Brasil. Introdução O óxido nítrico tem um papel já conhecido como biorregulador em diversos processos. Logo, compostos de Ru-NO com ligante cyclam são de grande interesse como doadores de óxido nítrico [1]. Este trabalho é uma continuação do estudo já presente na literatura [1] sobre a ligação Ru-NO para o composto fac-[Ru(NO)Cl2(k3N4,N8,N11(1-carboxilpropil)cyclam)]+, I, bem como seus derivados II e III oriundos das desprotonações de O-H e em seguida do N-H mais ácido. Metodologia Computacional Através do modelo computacional B3LYP/cc-pVDZ com pseudopotencial ECP28MDF para o átomo de Ru, as geometrias foram otimizadas e a densidade eletrônica foi investigada por meio do método QTAIM. Além disso, os espectros de absorção na região UV-Vis foram obtidos com o método CAM-B3LYP e a mesma base utilizada anteriormente. Sendo que nesta etapa foi utilizado o modelo de solvatação PCM de modo a considerar o efeito de solvatação da água sobre estes complexos metálicos. Os softwares Gaussian09, AIMAll, Chemissian e Gaussview 5.0 foram utilizados para realizar os cálculos. Resultados e Discussão Segundo o método QTAIM, a partir de I para II, temos um pequeno aumento na densidade eletrônica, ρ(r)(Ru-NO), e do índice de deslocalização, DI(Ru,NO), junto de uma diminuição da concentração da densidade eletrônica, ∇2ρ(r)(Ru-NO). Além disso, temos que o caráter covalente desta ligação aumenta com base na diminuição da densidade de energia total, H(r)(Ru-NO). Outro importante ponto é o aumento da elipiticidade da ligação química, ε(Ru-NO). Agora, em IIIII há uma diminuição de ρ(r)(Ru-NO) e DI(Ru,NO), atribuindo um menor caráter covalente para esta ligação como confirmado pelo aumento de H(r)(Ru-NO), apesar da distribuição destes elétrons estar menos concentrada, fato visualizado pelo maior valor de ∇2ρ(r)(Ru-NO). Outro ponto é que há um menor valor de ε(Ru-NO), logo os elétrons nesta ligação se distribuem de modo mais cilíndrico. A partir dos espectros de absorção, observamos que em III o aparecimento duas transições eletrônicas centradas para o orbital π* do NO, que permite a desestabilização da ligação Ru-NO. Já em IIIII também há duas rotas desta espécie de transição para o controle da estabilidade da ligação Ru-NO, mas com energia necessária para excitação menor. Conclusões Portanto, os resultados indicaram um pequeno aumento da estabilidade da ligação Ru-NO com a primeira desprotonação de I, porém, uma diminuição com a desprotonação de N-H de II para III. Os espectros na região UV-Vis indicaram que em IIIIII temos novas rotas e com menor energia para controlar a liberação do NO. Agradecimentos Os autores agradecem as agências CAPES/PROAP, CNPq, (processo 481560/2010-6), e FAPESP (processo 2008/02677-0) pelo suporte financeiro e a Me. Ali Faez Taha pela assistência técnica. SEG agradece a CNPq pela bolsa de pesquisa (processo 304447/2010-2). RPO agradece a FAPESP (processo 2011/20351-7) pela bolsa de doutorado-direto. Referências [1]. Fabio G. Doro, Iuri M. Pepe, Sergio E. Galembeck, Rose M. Carlos, Zenis N. da Rocha, Mauro Bertottie e Elia Tfouni, Dalton Transactions, 2011, 40, 6420-6432. 3 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo Teórico da Cloro Ftalocianina de Alumínio por PM6 e DFT *Wesley F. Vaz¹ (PG), Anselmo E. de Oliveira² (PQ) [email protected] 1, 2 Instituto de Química – Universidade Federal de Goiás, Campus Samambaia, CEP: 13174001-970, Goiânia – GO – Brasil Introdução As propriedades físicas e químicas das Ftalocianinas vêm sendo estudadas extensivamente ao passar das décadas. Estes compostos π–macrocíclicos, altamente estáveis, apresentam características interessantes como: eficiente absorção de luz, alta simetria, planaridade e deslocalização eletrônica, sendo também empregadas em catálise, ciência de materiais, tendo aplicação em dispositivos conversores de energia, armazenamento de dados ópticos, sensores de gás, cristal líquido, tintura infravermelha em tecnologia a laser, etc [1]. Tendo em conta as aplicações possíveis, um esforço considerável tem sido dedicado para a caracterização dos estados excitados de metal-ftalocianinas, seus derivados, e os seus agregados por uma variedade de técnicas espectrométricas [2]. Tomou-se por objeto de estudo, após levantamento bibliográfico, a Cloro Ftalocianina de Alumínio. Metodologia Computacional A estrutura molecular da AlPcCl foi determinada por cálculos de química quântica no pacote computacional Gaussian09 utilizado o conjunto de bases 6-31+G* e os seguintes funcionais DFT: HSEH1PBE, M05, M052X, M06, M06HF, M062X, LC-ωPBE, CAM-B3LYP, ωB97, ωB97X, ωB97XD) , para comparação com aqueles já conhecidos e obtidos com B3LYP [3]. O estudo dos estados excitados foi abordado por métodos semi-empíricos utilizando o PM6 disponível no Gaussian09. Tais estados foram estudados em agregados moleculares (dímero e duas disposições de tetrâmeros) obtidos a partir de arquivos do CCDC (Cambridge Crystallographic Data Center). Resultados e Discussão Os cálculos DFT realizados preveem que a molécula de AlPcCl tem simetria C4v com o átomo do metal acima do plano definido pela cavidade interna de quatro átomos de N e um macrociclo quase planar. Os resultados obtidos utilizando B3LYP apresentaram os menores valores para os erros médios calculados, para os parâmetros distância de ligação (0,018Å) e ângulo de ligação (54,73°), tendo por referência os dados cristalográficos. Para os agregados moleculares da AlPcCl obteve-se que os empacotamentos tetrâmeros são mais estáveis que o dímero, 159,9 kj/mol e 186,9 kj/mol, respectivamente. A diferença de energia dos orbitais HOMO e LUMO é 30,8 kj/mol maior para um dos tetrâmeros em relação ao dímero. Os valores para as bandas de excitação de Soret e Banda “Q” obtidas através dos cálculos com PM6 foram, respectivamente, 352 nm e 619775 nm para o dímero, 352 nm e 616- 771 nm para um dos tetrâmeros e 389 nm e 579- 747 nm para a outra disposição do tetrâmero e estão em excelente acordo com dados de referência [4], [5]. Conclusões Os resultados obtidos se apresentam em excelente acordo com os dados disponíveis na literatura. Referências [1]GANTCHEV, T. G.; VAN LIER, J. E.; HUNTING, D. J,. Radiation Physics and Chemistry, 2005, v. 72, p. 367–379. [2]RICCIARDI, G.; ROSA, A.; BAERENDS, E. J., The Journal of Physical Chemistry A, 2001, v. 105, p. 5242–5254. [3]STRENALYUK, T.; SAMDAL, S.; VOLDEN, H. V., The Journal of Physical Chemistry A, 2008 v. 112, p. 9075– 9082. [4]CHEN, W. et al., Applied Physics Letters, 2012, v. 100, p. 133302. [5] JENNINGS, C. et al., Spectrochimica Acta Part A: Molecular Spectroscopy, 1986, v. 42, p. 991–995. 4 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Influência da Estrutura Eletrônica na Componente Spin-Orbital do Tensor Blindagem de RMN de 13C nos Isômeros do 1,2-diiodoeteno Renan Vidal Viesser*,1 (PG), Lucas Colucci Ducati2 (PQ), Cláudio Francisco Tormena1 (PQ) [email protected] 1 Instituto de Química, UNICAMP, Campinas-SP, Brasil. 2Instituto de Química, USP, São Paulo-SP, Brasil. Introdução A blindagem de núcleos de 1H e 13C promovida por átomos de elevada massa é reconhecida como um fenômeno relativístico observável na RMN, em função da redução do deslocamento químico desses núcleos, sendo o acoplamento spin-orbital (SO) aceito como a fonte desse “efeito do átomo pesado”.1 Embora os mecanismos SO/FC e SO/SD sejam conhecidos2, persistem dúvidas sobre a influência das interações estereoeletrônicas no efeito do átomo pesado. Inserido neste contexto, o presente trabalho visa compreender quais são os fatores responsáveis pela diferença de 17 ppm no deslocamento químico de 13C dos isômeros do 1,2-diiodoeteno, sendo o trans mais blindado. Metodologia Computacional Cálculos de otimização de geometria, tensor blindagem e NBO foram realizados empregando DFT/KT2 como nível de teoria, função de base TZ2P (STO) e aproximação relativística ZORA disponíveis no software ADF 2013. Resultados e Discussão Os cálculos de tensor confirmaram a maior blindagem do isômero trans (=112,1 ppm) em relação ao cis (= 90,5 ppm), como pode ser observada na Figura 1, e indicaram que as componentes paramagnética e SO são as responsáveis por esta diferença. As análises de NBO mostraram menores ocupâncias dos lone pairs dos iodos e maiores dos orbitais *C=C e π*C=C para o composto cis, resultando num menor valor para o termo SO (25,7 ppm) em comparação ao trans (35,7 ppm). B A Figura 1. Tensor blindagem de 13C e suas componentes PAS para o cis- (A) e trans-diiodoeteno (B). Conclusões Acreditamos que a compressão estérica existente entre os átomos de iodo no isômero cis esteja afetando a capacidade do iodo blindar o núcleo de carbono, principalmente devido ao aumento do gap de energia entre os lone pairs do iodo e orbitais antiligantes do carbono. Agradecimentos Os autores agradecem a FAPESP pelo suporte financeiro. Referências [1]. Aquino, F.; Govind, N.; Autschbach, J., J. Chem. Theory Comput., 2011, 7, 3278-3292. [2]. Kaupp, M.; Malkina, O. L.; Malkin, V. G..; Pyykkö, P., Chem. Eur. J., 1998, 4, 118-126. 5 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Intensidades características de grupos funcionais no infravermelho Arnaldo F. da Silva¹ (PG), Wagner E. Richter¹ * (PG), Roy E. Bruns¹ (PQ) [email protected] ¹ – Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, CP 6154, Campinas–SP, Brasil. Introdução Sabe–se que na espectroscopia no infravermelho a frequência de absorção expressa em número de onda exibe um valor característico no espectro para cada grupo funcional em uma molécula. Neste sentido, buscamos uma metodologia de divisão das intensidades de absorção no infravermelho de modo a verificar se também é possível atribuir intensidades de absorção características para grupos funcionais no infravermelho, tal como ocorre com as frequências. Metodologia Computacional O conjunto de testes envolvendo as moléculas H2CO, F2CO e HFCO foi escolhido para avaliar a hipótese mencionada para o modo vibracional correspondente ao estiramento da carbonila, νC=O. O programa Gaussian03[1] (no nível CCSD/aug–cc–pVTZ[2])foi empregado tanto na otimização das geometrias quanto na análise vibracional. Os tensores polares foram então manipulados, com equações e programas desenvolvidos em nosso laboratório, de modo que as intensidades pudessem ser divididas em parcelas atômicas. Resultados e Discussão A análise vibracional forneceu aos estiramentos da carbonila das moléculas acima intensidades com valores de 85,7, 472,0 e 280,7 km.mol–1, respectivamente. Já as parcelas atômicas, quando somadas sobre os átomos de carbono, oxigênio e um termo de interação entre eles, forneceu os valores de 108,7, 441,0 e 279,1 km.mol–1, na mesma ordem. Tal comportamento foi verificado também em outros modos vibracionais. Além disso, a aplicação ∑ ∑ da regra de soma do modelo CSSM ( ∑ ), válida para a soma das intensidades, mostra–se válida também para os modos vibracionais individualmente. Conclusões Separar intensidades de absorção vinculadas a um modo normal correspondente à movimentação de diversos átomos simultâneamente em parcelas individuais para cada um destes átomos é possível. O resultado de tal esquema de divisão mostra uma concentração das intensidades principalmente sobre os átomos cuja movimentação é mais relevante para o modo em questão. Os valores característicos não são tão próximos entre si quanto o são as frequências características, mas parece haver uma relação entre eles e a eletronegatividade média dos átomos ligados à carbonila, um resultado a priori já esperado. Agradecimentos Os autores agradecem às agências de fomento CNPq e FAPESP pelo financiamento. Referências [1] Gaussian 03, Revision D.02. M. J. Frisch, J. A. Pople et al. Gaussian, Inc., Wallingford CT, 2004. [2] B. Galabov, Y. Yamaguchi, R. B. Remington, H. F. Schaefer III. J. Phys. Chem. A, 106, 819 (2002). 6 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Selective Extraction of Erisotrin Structural Analogs: Theory and Experiment Arnaldo F. da Silva Fº* (PG)1, Daniely X. Soares (PG), Wagner E. Richter (PG), Roy E. Bruns (PQ) 1 Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas , CP 6154 13083-970, Campinas, SP, Brasil. Introduction The biological activities of Erythrina alkaloids are assigned to Eritrinic compounds present in the plant. The most abundant of these alkaloids is called erisotrin and has high anxiolytic activity, raising interest in its structural analogues such as hydroxylated and methoxylated derivatives. The objective of this work was to propose a selective extraction of the erisotrin structural analogues though UPLC-ESI-MS/MS, UV-VIS spectroscopy and TDDFT calculations. Computational Methodology The geometry of the molecules was accessed through geometry optimizations with B3LYP/ 6-311G+(2d,2p). A AMD 64 Opteron workstation with GAUSSIAN03 was used. Since the experimental extractions used solvents with different polarities the PCM from Gaussian03 package was used. In order to obtain the vertical excitation energies TDDFT was employed at the same calculational level used on the geometry optimizations1. Results and Discussion The chromatogram obtained from the Erythrina speciosa extract (flower) through UPLCESI-MS/MS showed some of the erisotrin structural analogues. The solvent used was a 0.33:0.33:0.33(v/v) mixture of hexane, ethanol and dichloromethane. The chromatogram is composed primarily by three types of alkaloids skeletons: I) a benzene ring with two o-methyl substituents II) a benzene ring with one o-methyl and one hydroxyl substituents and III) a α, β unsaturated lactone. The generic forms of the erisotrin structural analogues can be seen in Figure 1. Figure 3. Generic structures forms I, II and III described in the text. To better understand the interaction between the solvents and the erythrinic alkaloids a UVVIS spectrum of the extract was acquired on all solvents. Theoretical calculations were also applied in order to gain additional information on the UV-VIS spectra. The results of the UV-VIS analysis are presented at Table 1. Table 1. HOMO-LUMO secondary transition wavelengths (nm) of the most relevant alkaloids on the Erythrina speciosa extract. Theoretical values obtained through B3LYP/6-311+(2d, 2p) are also included. Solvent/Species Ethanol Chloroform Hexane I 282.7 282.2 281.5 II 273.2 273.4 272.6 III 301.8 300.9 304.0 Exp. 271 282 270 Conclusions When ethanol and hexane are used as solvent the molecules with the generic structure II are better extracted, as the absorption peak in the UV-VIS spectra is around 271 and 270 nm respectively. Nonetheless, when chloromethane is used the molecules with generic structure I are preferably extracted, as the peak around 282 nm suggests. Acknowledgements CNPq and Fapesp Referências [1] Andzelm, J.; Rinderspacher B. C.; Rawlett, A.; Dougherty, J.; Baer, R.; Govind, N.J. Chem. Theory Comput. 2009, 5, 2835–284. 7 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Uso do Modelo Contínuo de Solvente (C-PCM) com G3X-CEP para Cálculos de Solvatação de Íons Monovalentes com Acetonitrila Cleuton de S. Silva1,2(PG)*, Rogério Custodio1(PQ) [email protected] 1 2 Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal do Amazonas, CEP: 69077-000, Itacoatiara-Am Departamento de Físico-Química, Universidade Estadual de Campinas, CEP: 13083-970, Campinas-SP Introdução A importância do efeito de solvente em reações química tem sido frequentemente observada e é objeto de frequentes estudos teóricos e experimentais. Boes e colaboradores [1] demonstraram que o ajuste apropriado da cavidade no método IEF-PCM proporciona excelentes resultados quando associado ao método HF/IEF-PCM. Pereira e col. [2] demonstraram a viabilidade de se utilizar pseudopotenciais CEP (Compact Effective Pseudopotential) na teoria Gaussian n, particularmente, Gaussian 3 ou G3. No presente projeto, será investigado um ajuste do modelo contínuo de solvente C-PCM com a teoria G3X(CEP) para cálculos de energia livre de solvatação de alguns íons. Metodologia Computacional A teoria G3X [3] com pseudopotencial CEP ou simplesmente G3X(CEP) foi utilizada juntamente com o modelo de solvente C-PCM em que acetonitrila foi utilizado como solvente para calcular as energias livres de solvatação. A otimização do fator de escala da cavidade do solvente foi realizada entre o intervalo de 1 a 2. Resultados e Discussão O melhor resultado calculado em relação aos dados experimentais foi obtido com fator de escala de 1,19 para a combinação G3X(CEP)/C-PCM. Os resultados foram comparados com resultados de Boes [1] que utilizaram HF/IEF-PCM com um fator de escala ótimo de 1,36 (ver tabela 1). O flúor apresentou o desvio muito alto em relação ao experimental de -8,6 kcal/mol para G3X(CEP), se calcularmos o desvio médio absoluto sem Flúor, teremos G3X(CEP) = 2,06 kcal/Mol e HF = 2,48 kcal/Mol. Tabela I – Dados de Energia Livre de Solvatação (kcal/mol) para acetonitrila, calculadas para G3X(CEP) com CPCM, HF com IEF-PCM e desvio Médio Absoluto. G3X(CEP)/CPCM HF/IEFPCM Exp. F Cl Br N3 CN 78,41 65,09 60,97 58,20 62,50 86,8 64,6 59,9 61,7 63,6 88,0 SCN 64,5 NO3 61,1 ClO4 61,9 CH3CO2 59,2 DAM G3X(CEP)/CPCM HF/IEFPCM Exp. 53,77 57,4 51,9 58,18 60,2 56,5 53,67 53,9 50,8 60,30 64,4 62,7 1,75 1,62 Conclusões Os resultados demonstram que o ajuste na cavidade CPCM melhora o resultado na energia de solvatação para acetonitrila como solvente. Os resultados apresentam, com exceção do íon flúor, um desvio pequeno quando comparados com dados experimentais ou calculados por Boes e col. Agradecimentos Os autores agradecem o apoio financeiro da FAPEAM, FAPESP, CNPq e FAEPEXUNICAMP. Referências [1] S. Boes, P. R. Livotto, H. Stassen, Chemical Physcis, 2006, 331, 142-158. [2] D. H. Pereira, A. F. Ramos, N. H. Morgon, R. Custodio, 2011, 135, 034106-034131. [3] L. A. Curtiss, P. C. Redfern, K. Raghavachari, J. Pople, Chemical Physcis Lettres, 2002, 359, 309-396. 8 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Clusters: Histórico e evolução Diógenes Mendes Araújo1,* (PG), Sergio E. Galembeck1 (PQ) * [email protected] Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 14040-901, Ribeirão Preto (SP). 1 Introdução Cluster pode ter diferentes significados dependendo da área que esta palavra é utilizada, em química e em física cluster significa um conjunto de átomos ou moléculas que interagem por forças não covalentes. Os primeiros estudos de clusters foram apresentados na literatura na década de 1930, mas ganharam força na década de 1950, com a utilização de técnicas experimentais como a espectrometria de massa e vaporização a lazer. Desde então, muitos trabalhos científicos foram publicados investigando a natureza de clusters. Os clusters ocupam o estado da matéria compreendido entre átomos isolados e a fase condensada, e o tamanho pode variar de dezenas até centenas de ångstrons. Clusters não apresentam variações lineares de propriedades conforme o crescimento, e este é um dos pontos que atribui grande interesse nesses materiais.[1] Recentemente, foi descoberta uma grande estabilidade em clusters que apresentam estrutura eletrônica correspondente a números mágicos, possibilitando o desenvolvimento de nanomateriais estruturados com características específicas, e também a elaboração uma nova tabela periódica formada por clusters que mimetizam as propriedades de elementos químicos, sendo denominados superátomos.[2] Entre os trabalhos que refletem o estado da arte desta área da ciência, grande parte utilizam as propriedades dos clusters como uma ponte entre sistemas isolados até a fase condensada.[3] Como exemplo, podemos citar as aplicações de clusters em processos de superfície, como catálises homogênea, heterogênea e enzimática,[4] a adsorção de hidrogênio em clusters de alumínio,[5] a utilização de clusters em dispositivos de armazenamento de energia incrementando algumas propriedades como a condutividade, a velocidade de transferência de carga e a ciclabilidade.[6] Esses exemplos mostram um pouco da versatilidade dos clusters, o que faz que eles venham ganhando força, principalmente no estudo de novos materiais para catálise e armazenamento de energia. Agradecimentos Agradecemos a CAPES, FAPESP e o CNPQ Referências [1] A.W. Castleman, P. Jena, Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 2006, 103, 10552-10553. [2] P. Jena, J. Phys. Chem. Lett, 2013, 4, 1432-1442. [3] P.-Y. Cheng, J.S. Baskin, A.H. Zewail, Proc. Natl. Aca. Sci. USA, 2006, 103, 10570-10576. [4] G.A. Somorjai, A.M. Contreras, M. Montano, R.M. Rioux, Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 2006, 103, 10577-10583. [5] D.J. Henry, I. Yarovsky, J. Phys. Chem. A, 2009, 113, 2565-2571. [6] W.J.A.S. Gomes, D.M. Araújo, A.J.F. Carvalho, S.P. Campana-Filho, F. Huguenin, J. Phys. Chem. C, 2013, 117, 16774-16782. 9 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estimativa teórica do pKa de aminas substituídas com grupos alquila Régis Casimiro Leal1,2 (PG)*, Cleuton de Souza Silva1,3 (PG), Rogério Custodio1 (PQ) [email protected] 1 Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Química, 13083-970, Campinas-SP, Brasil. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), 59215-000, Nova Cruz-RN, Brasil. 3 Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia, 69103-128, Itacoatiara-AM, Brasil. 2 Introdução O estudo das propriedades relacionadas à acidez e basicidade de substâncias é importante para compreensão de determinados fenômenos [1], daí a necessidade de estimativas das constantes de acidez (Ka) e basicidade (Kb). Bryantsev e col. [2] estudaram uma série de propriedades, incluindo pKa, de um conjunto de 23 aminas via DFT e um modelo contínuo de solvente Poisson-Boltzmann. Aminas substituídas (RNH2, R2NH e R3N com R = -CH3) são mais básicas do que amônia (NH3) devido ao possível efeito doador de elétrons dos grupos alquila. No entanto, ocorre uma inversão no comportamento quando se compara a trimetilamina com as outras aminas substituídas. Isto pode ser explicado qualitativamente pela dificuldade de acesso ao par de elétrons livre do átomo de nitrogênio na trimetilamina, devido ao impedimento espacial provocado pelos grupos alquilas substituintes. Metodologia Computacional A estimativa do pKa foi realizado de acordo com o ciclo termodinâmico descrito em Freitas et al. [3]. Todos os cálculos foram realizados utilizando o pacote Gaussian 09W. Resultados e Discussão A Tabela 1 mostra as diferenças entre valores de pKa, experimental e teórico, obtidos para os diferentes níveis de cálculo. O menor desvio foi com o método Hartree-Fock, 2,49 kcal mol-1. Nenhuma das metodologias utilizadas aqui, reproduziu a tendência experimental de inversão no comportamento do pKa, quando se compara a trimetilamina com as demais aminas substituídas. Tabela 1. Diferenças entre valores de pKa experimentais (pKaExp) e calculados (pKaCalc) em kcal.mol-1 [pKaExp – pKaCalc] Aminas Exp. [2] Hartree-Fock/ B3LYP/ G3(MP2)// CBS-Q 6-311++g(d,p) 6-311++g(d,p) B3 NH3 9,25 2,02 2,08 2,09 2,08 CH3NH2 10,64 3,08 3,16 3,15 3,15 (CH3)2NH 10,77 2,99 3,07 3,06 3,06 (CH3)3N 9,80 1,86 1,96 1,93 1,94 2,49 2,57 2,56 2,56 DAM Conclusões A tendência dos resultados experimentais não foi reproduzida por nenhum dos métodos teóricos testados. Os desvios são elevados em relação aos dados experimentais da ordem de 2,5 kcal mol-1. Efeitos locais do solvente estão em andamento e devem corrigir a tendência. Agradecimentos FAPESP, CNPq, CAPES e FAEPEX-UNICAMP. Referências [1] Sérgio R. B. Silva, Caio L. Firme, Kássio M. G. Lima, Quim. Nova, 2014, 37, 658-662. [2] Vyacheslav S. Bryantsev, Mamadou S. Diallo, William A. Goddard III, J. Phys. Chem. A, 2007, 111, 4422-4430. [3] Adilson A. Freitas, K. Shimizu, Luís G. Dias, Frank H. Quina, J. Braz. Chem. Soc., 2007, 18, 1537-1546. 10 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Discretização do Método da Coordenada Geradora para geração de funções de base por q-exponenciais Maurício Gustavo Rodrigues*1(PG), Rogério Custodio (PQ)1 [email protected] 1 – Universidade Estadual de Campinas, Campinas – SP Introdução O Método da Coordenada Geradora (MCG) tem sido utilizado para o desenvolvimento de conjuntos de funções de base. No método original, os expoentes das gaussianas são usualmente gerados através de uma transformação de coordenada geradora1,2: , sendo n o número de funções de base primitivas desejado. Neste trabalho, propõe-se uma generalização do método original pela q-exponencial3 da seguinte forma: , se , em que q é um parâmetro a ser otimizado juntamente com a malha Ω. No MCG modificado pela q-exponencial (MCGq), a equação 1 continua válida para os casos em que q=1. Resultados e discussão MCG e MCGq foram aplicados para geração de conjuntos de funções de base atômicos para os elementos representativos do segundo período da Tabela Periódica, de modo que apresentassem a configuração de conjuntos de base de Pople 6-31G. Todos os parâmetros foram otimizados com o método Simplex e foi utilizado o nível DFT B3LYP para realização dos cálculos atômicos com o programa Gaussian09. Esses resultados são mostrados na Tabela 1, além do resultado exato4 para fins de comparação. Nessa tabela também são apresentados resultados do MCG para uma base maior (18s10p), também para fins de comparação. Tabela 1. Energias atômicas totais para o GCM, GCMq, HFN e GCM completo (unidades atômicas). GCM (10s4p) GCMq (10s4p) Exato GCM (18s10p) -24,6398 B -24,660252 -24,660963 -24,664036 -37,8295 C -37,850843 -37,852058 -37,860238 -54,5757 N -54,588155 -54,589978 -54,606958 -75,0525 O -75,063965 -75,066178 -75,098236 -99,7168 F -99,718436 -99,721112 -99,773437 -128,9230 Ne -128,897668 -128,900936 -128,980823 A Tabela 1 mostra que os resultados do GCMq são mais baixos que o GCM com mesmo tamanho de função de base. Em geral, os expoentes gerados pelo GCMq são mais bem distribuídos no espaço de expoentes. Para um conjunto completo de primitivas, espera-se que GCM e GCMq convirjam para o mesmo resultado. Agradecimentos CAPES, FAPESP, CNPq, FAEPEX-UNICAMP Referências 1 - R. Custodio, J.D. Goddard, Can. J. Chem. 70 (1992) 580. 2 – E. V. R. de Castro and F. E. Jorge. J. Chem Phys. 108 (1998) 5226. 3 - C. Tsallis. Quim. Nova, 16 (1994) 468. 4 - E. Buendía, F. J. Gálvez, P. Maldonado, and A. Sarsa. J. Chem Phys. 131 (2009) 44115. 11 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Análise conformacional da Benzbromarona (BZB) Iran L. Sousa* (PG), Nelson H. Morgon (PQ). Instituto de Química - UNICAMP, CP 6154, CEP 13084-971 Campinas - SP. *[email protected] Introdução O estudo teórico das conformações e interações intramoleculares presentes em sistemas modelos, desde os mais simples, até estruturas complexas, como proteinas, tornou-se importante para a compreensão dos efeitos que influenciam a estabilidade conformacional de moléculas. A escolha de uma metodologia computacional adequada é extremamente importante para alcançar o resultado final, seja em termos de precisão ou custo computacional. Foi realizado um estudo conformacional da benzbromarona, um fármaco utilizado para o tratamento de casos refratários de gota.1 Metodologia Computacional Foram utilizados cálculos semiempíricos PM3, para indentificação dos confôrmeros mais estavéis. Os minimos de energia foram otimizados com B3LYP/6311++G (d,p). Todos os cálculos foram realizados empregando o programa Gaussian 09.2 Foi avaliado as confomações de interesse em função da rotação dos ângulos diedros θ e β (Fig. 1), estimada a cada 10º. β θ Fig. 1. Ângulos diedros estudados. Resultados e Discussão As energias relativas e os ângulos na qual foram obtidos os confôrmeros mais estáveis são mostrados na Tabela 1. Tabela 1. Energias Relativa (Kcal/mol) e Angulos diedros (º), B3LYP/6-311++G(d,p). Conf. ER 1 2 3 0.00 69.1 0,38 Diedros α β 260 90 260 260 260 270 Observa-se que a benzbromarona apresenta um minimo em 260º e 90º. A explicação desta preferência será investigada através de cálculos de NBO. Uma análise populacional também será realizada a fim de verificarmos a predominância de cada confôrmero. Conclusões Os cálculos mostraram a existência de isômeros conformacionais para a Benzbromarona. Na literatura, não há estudos teoricos deste fármaco. Sendo assim, outros parâmetros eletrônicos estão sendo obtidos, com o objetivo de melhor caracterizar essa molécula. Agradecimentos CNPq, CAPES, CENAPAD-SP e GridUNESP Referências 1 2 S. Kumar et al. New Zealand Medical J. 2005, 118, 152 http://www.gaussian.com 12 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo das Propriedades de Nanofitas de SiC Larissa S. Oliveira¹* (PG), Rogério J. Baierle¹ [email protected] 1 Universidade Federal de Santa Maria. Introdução Materiais semicondutores nanoestruturados são potenciais candidatos para serem utilizados em dispositivos semicondutores. Muitas técnicas computacionais têm sido utilizadas à produção de materiais com propriedades desejáveis à industria eletrônica onde o carbeto de silício (SiC) vem se mostrando muito promissor. Metodologia Computacional O método de primeiros princípios adotado é fundamentado na Teoria do Funcional Densidade (DFT) e para o tratamento da interação forte entre os elétrons de valência com os de caroço, utilizaremos pseudopotenciais de norma conservada na forma totalmente separável. As equações de Kohn-Sham são resolvidas de maneira autoconsistente, com o termo de trocacorrelação tratado dentro da Aproximação do Gradiente Generalizado (GGA). A soma na Zona de Brillouin é tratada utilizando um conjunto especial de pontos k gerados dentro do procedimento de Morkhost-Pack. A procura da geometria é feita utilizando o algoritmo de Gradiente Conjugado (CG) com o cálculo das forças usando o procedimento de HellmannFeynman. A estabilidade dos defeitos é obtida com o cálculo da energia de formação dos defeitos, utilizando os resultados de cálculos de energia total. A energia de formação de um defeito, Eform[Def], é calculado de acordo com a equação: Eform[Def]=ET[Def] – ET[pristino] - nji onde ET[Def] é a energia total para o sistema na presença de um defeito e ET[pristino] é a energia total do mesmo sem defeito. A soma ocorre sobre todos os átomos envolvidos no defeito e j é o potencial químico para o i-ésimo átomo envolvido no defeito. Resultados e Discussão Pretendemos estudar as principais características das nanofitas de SiC em sua forma pura e com defeitos. Estes estudos ainda estão em fase de conclusão, e por esse motivo ainda não possuímos resultados. Conclusões Esperamos que, com esse trabalho, possamos não só caracterizar de maneira satisfatória esses materiais. Esses materiais, quando bem estruturados, podem apresentar características desejáveis para a fabricação de dispositivos eletrônicos com boa eficiência. Agradecimentos Agrademos a UFSM, FAPERGS e ao PPGFísica. Referências [1] R. J. Baierle; P.C. Piquini; L. P. Neves; R. H. Miwa. Ab initio study of native defects in SiC nanotubes. Physical Review. B, Condensed Matter and Materials Physics, USA, v. 74, n.15, p. 155425, 2006. [2] E. F. Rosso; Baierle, R. J. Oxygen doped SiC Nanowires: an ab initio study. Chemical Physics Letters (Print), v. 568, p. 140-146, 2013. [3] F. Zheng et al, J. App. Phys. 113, 154302 (2013). 13 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Natureza da ligação Fe–NO em sistemas trans-[Fe IIL(NO)(oxa-aza)]n+ onde L=Cl ou H2O e n=1 ou 2: Uma investigação computacional *Lucas Abreu do Nascimento1 (PG), Francisco das Chagas Alves Lima2 (PQ) [email protected] 1 2 Universidade Federal do Piauí – UFPI Universidade Estadual do Piauí – UESPI Introdução Na década de 1980 Ignarro e colaboradores mostraram que o oxido nítrico (NO) desempenha importância fundamental no meio biológico como em sistema de regulação de pressão sanguina, processos inflamatórios, dentre outros1 . Seus estudos demonstraram que a atividade biológica do (NO) difere em categorias direto e indireto, sendo a principal diferença a concentração (NO) no meio. A busca por novas drogas aptas a manter o controle desta molécula levaram a uma vasta aplicação de compostos de coordenação, em particular ligantes macrocíclicos2 . Os ligantes aza-macrociclo tem demonstrando um importante papel na sua estabilidade, bem como, o ligante trans ao (NO)3,4 . Mediante a busca por novas drogas, capazes de manter o controle de (NO) no meio biológico, este trabalho tem como objetivo analisar a natureza da ligação Fe–NO no sistema trans[FeIIL(NO)(oxa-aza)]n+ onde L são os ligantes trans Cl ou H2 O, em relação o (NO), e n+ são as possíveis cargas (1 e 2) dos complexos. Metodologia Computacional Todos os cálculos foram desenvolvidos no programa Gaussian 09 5 , em nível de teoria DFT empregado o funcional de troca de Beckes em conjunto com o funcional de correlação de Perdew (BP86). Para efeito de comparação o método PBE1PBE também foi utilizado. Em combinação com os métodos propostos a base LANL2DZ foi utilizada. Para entendimento da natureza da ligação o programa AOMIx6 foi empregado. Todos os cálculos foram realizados considerando o vácuo. Resultados e Discussão Em ambas os métodos utilizados o sistema com o ligante H2 O mostrou uma media de 35.000 kcal mol -1 mais estável, com ralação ao com Cl. Com relação o comprimento de ligação entre o metal e o NO observa-se que quando ligante apresenta orbitas do tipo pi (π), no caso H2 O, diminui o comprimento da ligação em 0,009 Å, em comparação com o outro ligante. Apesar da energia de interação Fe–NO ter sido de -482 kcal mol-1 para L=Cl e -62 kcal mol-1 para L=H2 O, as energias de repulsão mostram-se 0,020 maior para L=Cl quando comparado com L=H2 O. Logo, a presença deste ligante H2 O dificulta a liberação do NO e consequentemente facilitar a sua absorção. Conclusões Os resultados demostraram que o sistema proposto, em ambos os métodos, possui uma maior estabilidade quando o ligante H2 O esta presente. Com relação ao comprimento da ligação Fe– NO, ela diminui com a presença do H2 O. Assim a liberação de NO pode ocorre com maior facilidade com quando o Cl estiver na oposição trans com relação a ele. Os resultados das energias de energias de repulsão corroboram para o entendimento desses sistemas. Agradecimentos Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho do Ceará - CENAPADUFC Referências [1].Ignarro, L. J.; Buga, G.M.; Wood, K. S.; Byrns, R. E.; Chaudhuri, G. Proceed ings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 1987, 84, 9265-9269. [2]. Tfouni, E., Truzzi, D. R., Tavares, A., Gomes, A. J., Figueiredo, L. E., & Franco, D. W.. Biological activity of ruthenium nitrosyl complexes. Nitric Oxide : Biology and Chemistry / Official Journal of the Nitric Oxide Society , 2012,26, 38–53. [3]. Aguilar, C. M., & Rocha, W. R.. The nature of the M–NO bond in [M(Imidazole)(PPIX)(L)]q complexes (M=Fe2+, Ru2+; L=NO+, NO and NO−; PPIX=Protoporphyrin IX). Inorganica Chimica Acta, 2013, 408, 18–26. [4].Caramori, G. F., Kunitz, A. G., Andriani, K. F., Doro, F. G., Frenking, G., & Tfouni, E.. The nature of Ru-NO bonds in ruthenium tetraazamacrocycle nitrosyl complexes --a computational study. Dalton Transactions (Cambridge, England : 2003), 2012,41, 7327–39. [5]. Frisch, M. J. Gaussian09. [6]. S. I. Gorelsky, AOMix: Program for Molecular Orbital Analysis, http://www.sg-chem.net/, version 6.6, 2012. 14 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo das propriedades dinâmicas do sistema 1-etil-3-metilimidazólio bis(trifluorsulfonil)imida emim[Tf2N]/CO2 Tuanan da Costa Lourenço(PG)*¹, Luciano Tavares da Costa(PG)² [email protected] 1 Universidade Federal de Alfenas, ²Universidade Federal Fluminense Introdução Recentemente líquidos iônicos(LIs) têm sido amplamente estudados para aplicações em química verde, sendo que tais aplicações são possíveis devido às propriedades destes líquidos como baixa volatilidade, estabilidade térmica, toxicidade e baixa pressão de vapor, tornado-os assim possíveis solventes “verdes”. Atualmente vimos enfrentando grandes mudanças climáticas causadas pelas grandes emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e, devido a isso, torna-se necessário o desenvolvimento de tecnologias para a captura de tais gases, sendo os líquidos iônicos candidatos a esta nova tecnologia. O objetivo deste trabalho é o estudo da mistura do líquido iônico 1-etil-3metilimidazólio bis(trifluorsulfonil) imida emim[Tf2N] com o CO2. Metodologia Computacional Simulações por dinâmica molecular foram usadas para o estudo do sistema [emim]Tf2N e CO2. As simulações foram realizadas nos ensembles NVT e NpT com duração de 100ns. Foram utilizados 160 pares de Lis com diferentes concentrações do gás variando de 0 a 204 moléculas a uma temperatura de 313K. Após os cálculos das interações² foram realizados cálculos de propriedades dinâmicas a fim de se avaliar as modificações causadas pela presença do gás. Resultados e Discussão Foram calculados os coeficientes de difusão para cátion e ânion . Podemos ver pela tabela 1 que há um aumento no coeficiente de difusão proporcional ao aumento de moléculas de CO 2. O cátion tende a ser mais difuso do que o ânion, e isso se dá pela presença do anel aromático em sua estrutura o que proporciona uma maior mobilidade do cátion no eixo do anel. Podemos ver através do deslocamento médio quadrático das espécies que o comportamento da dinâmica translacional não é modificado pela presença das moléculas do gás embora ocorra uma maior difusividade das moléculas. Tabela 1- Coeficientes de difusão para as espécies do sistema valores em 10-5cm²/s Conclusões Os resultados preliminares mostraram uma grande afinidade do gás com o LI evidenciado na modificação do coeficiente de difusão o que nos sugere uma certa interação gás-LI. Os resultados preliminares das propriedades dinâmicas para o líquido iônico tiveram uma boa correlação com a literatura³ o que mostra a validade do campo de força utilizado nas simulações. Agradecimentos Agradecimentos a CAPES, FAPEMIG, UNIFAL-MG e UFF Referências [1]. Karadas, F. Energy Fuels, 2010, 24, 5817 [2] Lourenço, T. C. et al Environ. Sci. Technol. 2013, 47, 7421 [3] Fredlake, C. P. et al J. Chem. Eng. Data, 2004, 49, 954. 15 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Análise Teórica de Clusters de Sódio-Potássio por Algoritmo Genético e Cálculos de Química Quântica Mateus X. Silva*1 (PG), Breno R. L. Galvão1 (PD), Jadson C. Belchior1 (PQ) [email protected] 1 Departamento de Química-ICEx, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos 6627, Pampulha, 31270901 - Belo Horizonte, MG, Brasil. Introdução Clusters metálicos têm atraído atenção científica devido às suas potenciais aplicabilidades tecnológicas em nanoescala. O interesse teórico vai além da determinação das estruturas formadas por estes sistemas, sendo um objetivo central o entendimento de como estes clusters crescem e como suas propriedades se modificam no curso deste processo. A liga NaK é conhecida por ser miscível em todas as proporções e líquida à temperatura ambiente para a maioria das composições,1 sendo o foco deste trabalho a descrição do crescimento deste sistema. Metodologia Computacional A hipersuperfície de energia potencial de clusters de NaK foi gerada pelo potencial empírico Gupta2 (PG) e explorada via um algoritmo genético (GA) modificado3 pela adição de dois novos operadores ao procedimento evolucionário padrão. Assim foram geradas condições iniciais para abordagem dos clusters menores por métodos de estrutura eletrônica tais como CCSD(T) e MP2, que produziram resultados de referência. A escolha de condições apropriados para cálculos DFT foram exploradas utilizando os dados de referência obtidos. Por fim, o acoplamento entre um GA e a minimização da energia obtida em nível de teoria quântica é investigado para gerar condições iniciais mais adequadas em relação à abordagem empírica inicial. Resultados e Discussão Os mínimos gerados pelo PG foram avaliados e corrigidos pelos métodos ab initio de alto nível correlacionando elétrons de camadas internas. Verificou-se que o PG falha sistematicamente na previsão dos mínimos corretos de energia para clusters de até 6 átomos, estando estes sistemas pequenos fora da região ideal de aplicabilidade deste potencial. Observou-se que abordagens usuais DFT, como B3LYP, podem falhar na previsão de resultados para sistemas específicos, sendo que o melhor acordo com os resultados de referência foi obtido pela combinação def2-TZVPP/SVWN5, apesar da melhor relação custo-benefício ter sido alcançada por LANL2DZ/SVWN5 (com potencial nuclear efetivo). O acoplamento entre o GA e o tratamento quântico dos clusters foi realizado dentro de uma abordagem de alta relação custo-benefício obtida pela utilização de um potencial nuclear efetivo em nível MP2. O método proposto foi capaz de elevar significativamente a qualidade das condições iniciais geradas para reotimização por métodos mais exatos. Conclusões Cálculos MP2 foram suficientes para prever estruturas corretas, assim como cálculos DFT com utilização de potencial nuclear efetivo forneceram resultados com desvios de apenas 5 % em relação àqueles considerados como referência. Para clusters maiores, a abordagem semi-clássica feita através do PG forneceu uma proporção de átomos de sódio de 30 a 40 % capaz de gerar ligas mais estáveis, quando comparadas às suas contrapartes homonucleares. A tendência experimental de segregação núcleo-superfície foi prevista com sucesso pela presente abordagem. Agradecimentos Nós agradecemos à FAPEMIG, à Capes e ao CNPq. Referências [1]. Tchaplyguine, M. et al., Phys. Rev. B, 2009, 80, 033405. [2]. Gupta, R. P., Phys. Rev. B, 1981, 23, 6265. [3]. Guimarães, F. F. et al., J. Chem. Phys, 2002, 116, 8327. 16 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Electronic energy levels engineering of P3HT employing chemical substitutions Eliezer Fernando Oliveira1 (PG)* and Francisco Carlos Lavarda1,2 (PQ) 1 UNESP - Univ Estadual Paulista, POSMAT - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais, Bauru, SP, Brazil 2 Faculdade de Ciências, UNESP - Univ Estadual Paulista, Departamento de Física, Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01, 17033-360, Bauru, SP, Brazil Correspondence to: Eliezer Fernando de Oliveira ([email protected]) Introduction Currently, there is an intensive search for new materials to make more efficient organic solar cells. The use of chemical modifications capable of modifying the electronic properties of materials already known is an interesting approach [1], as it can, in principle, provide a more adequate adjustment of the frontier electronic levels while preserving properties such as solubility. Thus, we performed a theoretical study of the P3HT and 13 new derivatives obtained by substitution with electron acceptor and donor groups in order to understand how the energy levels of the frontier orbitals are modified. Computational Methodology We adopt the oligomer approach, with structures ranging from 2 to 10 monomer units [2] and thiophenic rings kept coplanar, as expected in the solid state [3]. Structure optimizations were made through the PM7 semiempirical method and we obtained electronic structure data by DFT/B3LYP/6-31G(1d). The properties of polymers are estimated theoretically by extrapolation methods of the results obtained for the oligomers. Results and Discussion As can be observed in Figure 1, employing chemical substitutions allow to get a range of materials with very different electronic properties, an interesting fact for tuning the properties of the devices. Conclusions An interesting result is that obtained for the P3HT-F case, that shifts the HOMO and LUMO energy levels of P3HT to lower energy values maintaining approximately the same ΔEHL. Agradecimentos We would like to thank the Brazilian agency FAPESP (proc. 2012/21983-0) for financial support. Referências [1] Oliveira E. F., Camilo-Jr. A., da Silva-Filho L. C., Lavarda F. C., J. Polym. Sci. Part B: Polym. Phys. 2013, 51, 842-846. [2] Batagin-Neto A, Oliveira E. F., Graeff C. F. O., Lavarda F. C., Molecular Simulation. 2013, 39, 309-321. [3] Oliveira E. F. and Lavarda F. C., J. Polym. Sci. Part B: Polym. Phys. 2013, 51, 1350-1354. 17 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo teórico do mecanismo ESIPT em derivados de benzazóis Josene M. Toldo1(PG)*, Paulo F. B. Gonçalves1(PQ) [email protected] 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Química, Grupo de Química Teórica. Introdução A transferência protônica intramolecular no estado excitado (ESIPT) caracteriza-se pela transferência de um próton de um grupo doador para um grupo aceptor a partir de uma ligação de hidrogênio intramolecular, presente na estrutura do estado excitado.[1] O aumento do interesse no estudo de moléculas que apresentam ESIPT é um reflexo de suas propriedades fotoquímicas e fotofísicas únicas, que permitem a sua utilização em novas aplicações optoeletrônicas.[2] Nesse trabalho, a DFT foi utilizada para investigar os derivados dos benzazóis descritos na Figura 1, onde as estruturas 1a e 1b podem apresentar ESIPT. Figura 1: Estruturas dos derivados de benzazóis. Metodologia Computacional As otimizações geométricas e análises vibracionais nos estados S0 e S1 foram feitas utilizando CAM-B3LYP/cc-pVDZ e PBE1PBE/cc-pVDZ. Nos cálculos de energia para as transições verticais foram utilizados CAM-B3LYP/jun-cc-pVTZ e PBE1PBE/jun-cc-pVDZ. Os efeitos do solvente foram incluídos a partir do PCM com as constantes dielétricas referentes ao 1,4-dioxano, diclorometano, etanol e acetonitrila. Todos os cálculos foram feitos no Gaussian 09. Resultados e Discussão No estado fundamental não há a possibilidade de transferência protônica intramolecular devido à grande instabilidade das formas ceto quando comparadas às formas enol. No estado S1 ambas as formas são possíveis, contudo o mecanismo ESIPT nem sempre é observado. O funcional CAM-B3LYP prevê o ESIPT apenas para a estrutura 1a, utilizando o solvente mais apolar, o 1,4dioxano. Já quando o PBE1PBE é empregado, a estrutura 1a apresenta ESIPT com todos os solventes e a estrutura 1b apenas para o 1,4-dioxano. Contudo, comparando os valores dos λabs e λem obtidos com os dois funcionais com os resultados experimentais [3], percebe-se que o CAM-B3LYP descreve melhor o sistema. Um efeito batocrômico é observado ao aumentar a polaridade do solvente, o que é consistente com as transições do tipo π →π*. Conclusões Devido à pequena diferença de energia entre as formas ceto e enol, explicada pela reduzida transferência de carga, o mecanismo ESIPT é previsto apenas para a estrutura 1a, em dioxano, já que o CAM-B3LYP é o funcional que melhor descreve o sistema. Agradecimentos CNPq, CAPES e PROPESQ pelo suporte financeiro. Referências [1] H. Roohi, F. Hejazi, N. Mohtamedifar, M. Jahantab, Spectrochim. Acta Part A 2014, 118, 228-238. [2] J. E. Kwon, S. Y. Park, Adv. Mater. 2011, 23, 3615–3642. [3] G. Wiethaus, Síntese e caracterização de novas iminas com aplicações em óptica não-linear. 2010, UFRGS: BR. 18 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Processo de fragmentação molecular do híbrido γ-Fe2O3 /PMMA: um estudo teórico e experimental Silviana Corrêa1*, Lívia C. T. Lacerda1, Marcus V. J. Rocha1-2 (PQ), Teodorico C. Ramalho1 (PQ), Elaine F. F. da Cunha1 (PQ). [email protected] 1 2 Laboratório de Modelagem Molecular, Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG Department of Theoretical Chemistry, Faculty of Sciences, Vrije Universiteit, Amsterdam, Países Baixos Introdução Materiais híbridos orgânico-inorgânicos são constituídos pela combinação de componentes orgânicos e inorgânicos. A síntese desses materiais com propriedades otimizadas, constitui uma área em constante expansão, com potencial aplicação na área de catálise e sensores químicos.[1,2] Assim este trabalho tem objetivo de propor e entender o mecanismo de fragmentação molecular do híbrido PMMA-maghemita, realizado pelas técnicas experimentais de dessorção iônica, utilizando cálculos teóricos. Metodologia Computacional A técnica de dessorção iônica estimulada por elétrons, foi utilizada para a fragmentação experimental. E para o estudo teórico, utilizou-se o pacote ADF com o método DFT, o funcional de densidade BLYP. O conjunto de funções do tipo Slater TZ2P. Resultados e Discussão O caminho de fragmentação do híbrido PMMA-maghemita está descrito de acordo com a Figura 1. Pelos resultados experimentais, a ordem de intensidade de perda dos fragmentos é: COH+ > CH3+> CO2CH3+. A energia de formação do íon CO2CH3+ seria maior do que os outros, no entanto, a ordem de estabilidade encontrada a partir de cálculos teóricos foi COH+ > CO2CH3+ > CH3+ (Figura1). A energia de ativação (E) para COH+ foi 23,05 kcal.mol1 menor que a do CH3+. Em comparação com a do CO2CH3+, a diferença da E, é 597,59 e 620,64 kcal.mol-1, respectivamente. A intensidade de dessorção iônica e a barreira de energia de ativação teórica, mostrou boa concordância. Assim, o controle cinética pode ocorrer no processo de fragmentação da PMMA-maghemita. Figura 1: Mecanismo de fragmentação do híbrido PMMA-maghemita. Conclusões Através dos cálculos teóricos com auxílio dos dados experimentais, foi possível prever e propor um mecanismo de fragmentação para o material. Permitindo discutir as melhores vias de formação dos fragmentos e os fatores químicos que influenciam nas perdas. Agradecimentos A CAPES, CNPq e a UFRJ pelos auxílios financeiros e de infraestrutura para a realização do trabalho. Referências [1] JOSÉ, N.M.; PRADO, L.A.S.A. Química Nova, 2005, v. 28, n. 2, p. 281-288. [2] FAHMI, A. Materials Today, 2009, v. 12, n. 5, p. 44-50. 19 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL I Escola de Química Computacional Estudo mecanístico sobre a N-acilação de aminas por ácidos carboxílicos catalisada por ZrCl4 Felipe V. Z. Assad (PG) e Fabrício R. Sensato (PQ) Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, Campus Diadema. E-mail [email protected] N-acilação de aminas é um importante evento químico para a síntese da ligação amida. Tipicamente, este tipo de ligação é obtido da união de um ácido carboxílico a uma amina. Entretanto, a união destes dois grupos funcionais não ocorre à temperatura ambiente e requer temperaturas da ordem de 160o 1 2 180 C. Em 2012, Williams e colaboradores reportaram um inédito protocolo de síntese de amidas que apresenta alta eficiência para uma grande variedade de aminas e ácidos carboxílicos. A estratégia - em sua condição otimizada - baseia-se na reação do substrato (amina) com ácido carboxílico, catalisada por 0 tetracloreto de zircônio (ZrCl4), na presença de tolueno a 110 C. Não obstante a preeminência do referido procedimento, nenhuma explanação pormenorizada sobre o mecanismo molecular da reação tem sido oferecida. No presente estudo o mecanismo molecular de N-acilação de aminas por ácidos carboxílicos, catalisada por ZrCl4, foi investigado por cálculos de estrutura eletrônica. Os cálculos foram realizados em nível DFT/B3LYP com os seguintes conjuntos de base: LANL2DZ para descrever o átomo de zircônio e 6311+G(2df,2p) para os demais átomos. Pontos críticos foram caracterizados por cálculos de frequência vibracional. Os processos de N-acilação de aminas foram investigados para duas situações distintas: reação catalisada ou não pelo ZrCl4. Para cada caso, quatro caminhos reacionais idealizados foram investigados e caracterizados computacionalmente, como segue: i) processo concertado ii) por etapas, iii) concertado em excesso de ácido carboxílico e iv) por etapas, também em excesso do ácido. Como modelos químicos para representar a amina e o ácido carboxílico foram selecionadas as moléculas metilamina e ácido metanoico. ‡ Dos resultados obtidos na ausência do ZrCl4, depreende-se que os valores de energia livre de ativação, ΔG , são consistentes com a baixa reatividade deste sistema à temperatura ambiente. Dentre os canais investigados, os processos por etapas demandam menores energias livre de ativação que os concertados. Assim, o canal (ii) é mais reativo que o canal (i), enquanto o canal (iv) é mais reativo que o canal (iii). Em particular, a adição de ZrCl4 fortemente influencia a cinética de acilação associada ao mecanismo concertado em excesso do ácido carboxílico. A demanda de ativação para este processo é diminuída por ‡ 8,6 kcal/mol, conduzindo a uma energia livre de ativação, ΔG , de 16,5 kcal/mol e o correspondente perfil energético é apresentado na Figura 1. Na ausência do catalisador, o mecanismo mais favorecido cineticamente é o processo por etapas em excesso de ácido carboxílico. No entanto, o mecanismo concertado - em excesso do ácido - é prevalente na presença do ZrCl4. Figura 1: Perfil energético do caminho reacional concertado em excesso de ácido carboxílico catalisado pelo ZrCl4. Palavras Chave: N-acilação de aminas, ligação amida, ZrCl4 ,cálculos de estrutura eletrônica, DFT [1] Valeur, E.; Bradley, M. Chem. Soc. Rev. 2009, 38, 606. [2] Allen, C. L.; Chhatwal, A. R.; Williams, J. M. J.. Chemical Communications 2012, 48, 666-668. 20 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Comparação do Desempenho de Métodos Compostos e Funcionais de Densidade na Determinação de Entalpias Padrões de Formação Leonardo Viana das Chagas Lima1 (PG)*, Nelson Henrique Morgon1 (PQ). [email protected] 1 Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, Barão Geraldo, Caixa Postal 6154, 13083-970 Campinas, São Paulo, Brasil. Introdução No estudo de sistemas com muitas partículas, o uso de métodos de estrutura eletrônica sofisticados e bases extensas, para a obtenção de propriedades com maior exatidão, sofre uma limitação prática devido ao alto custo computacional, o que felizmente pode ser contornado por estratégias como a teoria do funcional da densidade e os métodos compostos.[1] Metodologia Computacional Foram escolhidos os métodos G3, G3MP2, G4 e G4MP2 e os funcionais, com o conjunto de bases G3LargeXP[2], SOGGA11, B3LYP, RevTPSS e M06-2X. Realizaram-se cálculos de otimização de geometria, energia eletrônica e frequências vibracionais (289 K e 1 bar) com o programa Gaussian09[3], para um conjunto de 74 moléculas e os respectivos os átomos presentes, a fim de se determinar as entalpias padrões de formação. Resultados e Discussão Comparando-se as determinações teóricas e experimentais obteve-se o erro médio (MSE) e o desvio RMS (RMSD). Avaliaram-se também os tempos médios de cpu (TM). Tabela 1 – Análise estatística (MSE e RMSD em kcal/mol) das determinações da entalpia padrão de formação (289 K e 1 bar) e tempo de CPU médio dos cálculos (minutos). Métodos Medidas G3 G3MP2 G4 G4MP2 B3LYP M06-2X RevTPSS SOGAA11 MSE -0,406 -0,332 -0,155 -0,107 6.533 0.873 -0,718 -0,331 RMSD 2,543 2,711 2,463 2,597 8,553 3,543 4,060 9.515 TM 412,2 23,0 298,3 62,5 155,1 167,2 130,6 191,7 Os menores RMSD foram observados para os métodos compostos, com destaque para o G4 (2,463 kcal/mol). Já os funcionais de densidade apresentaram RMSD superiores, porém vale a pena destacar o M06-2X (3,543 kcal/mol). Os maiores tempos foram obtidos para os métodos G3 e G4, enquanto os menores foram os dos métodos G3MP2 e G4MP2. Conclusões Os métodos G3MP2 e G4MP2 apresentaram os desempenhos mais equilibrados com RMSD apenas pouco superiores ao método G4 e os menores tempos de CPU. Os funcionais, apesar dos tempos intermediários, apresentaram RMSD consideravelmente superiores. Agradecimentos Unicamp; CENAPAD-SP; CAPES. Referências [1]. Heerdt, G..; Morgon, N. H., Química Nova, 2012, 23, 1741-1746. [2]. Curtis, L. A.; Redfern, P. C.; Raghavachari, K., Journal of Chemical Physics, 2007, 126, 084108. [3]. Frisch, M. J. et al., Gaussian09, Gaussian Inc, 2009. 21 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL NMR-TZPP-DKH Gaussian basis sets for NMR calculations – 195Pt chemical shift Diego Paschoal1* (PG), Hélio F. Dos Santos1 (PQ) [email protected] Núcleo de Estudos em Química Computacional – NEQC – Departamento de Química, Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Universitário – Martelos, 36.036-030, Juiz de Fora, MG, Brasil 1 Nuclear magnetic resonance (NMR) spectroscopy of 195Pt is an excellent method to be used in structural characterization of new complexes in solution. Besides, NMR has been used in the elucidation of reaction mechanism, among other applications [1]. In this present study a comprehensive analysis of all relevant issues involved on the 195Pt NMR chemical shift predictions are conducted. Non-relativistic and relativistic calculations were employed in distinct computation schemes to assess the most accurate method to use in a theoretical calculations of 195Pt NMR. In addition to the existing methods, new relativistic Gaussian basis sets named as NMR-TZPP-DKH were constructed for H-He, Li-Ne, Na-Ar, K-Ca, Ga-Kr, Rb-Sr, In-Xe and Pt atoms and tested for 195Pt NMR predictions. NMR-TZPP-DKH Gaussian basis sets were developed according to the protocol described by Neese [2], with some changes. Figure 1. 195Pt chemical shift calculated at B3LYP(DKHSO)/NMR-TZPP-DKHSO level. Platinum compounds studied in this work were optimized at B3LYP/LANL2DZ(Pt)/Def2TZVPP(Ligands). NMR calculations were performed using the GIAO method at B3LYP/NMRTZPP-DKH level with relativistic effects incorporated by DKHSO approximation. The [PtCl6]-2 was used as internal reference. In all calculations the solvent effect was included using the PCM formalism. GAUSSIAN09 program were used in these calculations. The 195Pt for 73 complexes are showed in Figure 1. From the results, we observe a good agreement between experimental and calculated results with an average absolute deviation of 156 ppm for the compounds considered. The results and conclusions in this study are highly relevant to theoretical and experimental chemists that seeking state of the art for the chemistry of platinum complexes. Our conclusions are supported by a series of theoretical calculations in good agreement with experimental values, for a wide range of 195Pt chemical shifts and with distinct ligands. Acknowledgments: Authors acknowledges UFJF, FAPEMIG, CAPES and CNPq for financial support. [1] P. S. Pregosin, Coord. Chem. Rev. 44 (1982) 247. [2] D. A. Pantazis, X. Y. Chen, C. R. Landis, F. Neese, J. Chem. Theory Comput. 4 (2008) 908. 22 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Avaliação teórica do efeito gauche na difenidramina e seu cloridrato Fátima M. P. de Rezende1* (PG), Matheus P. de Freitas1 (PQ) [email protected] 1 Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras, CP 3037, 37200-000, Lavras, MG Introdução O cloridrato de difenidramina é um dos princípios ativos do medicamento Dramin (utilizado no tratamento de náuseas e vômitos). A difenidramina e seu cloridrato fornecem bons prospectos para exibirem o efeito gauche. O efeito gauche é observado em moléculas contendo o fragmento etila 1,2-dissubstituído, em que os substituintes são átomos ou grupos eletronegativos. Segundo esse efeito, a conformação gauche é a forma preferencial em comparação com a conformação anti, embora efeitos de repulsão estérica e eletrostática entre substituintes sugiram que o equilíbrio deveria ser favorável ao isômero anti.1 Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é avaliar a preferência conformacional (gauche ou anti) do cloridrato de difenidramina e de sua forma neutra (Figura 1a e 1b) em acetonitrila e no vácuo. H N N O O a b Figura 1: a) Difenidramina protonada (cátion) b) Difenidramina Metodologia Computacional Os mínimos de energia dos compostos foram identificados por meio de uma varredura conformacional usando o método Monte Carlo em nível semi-empírico AM1, usando o programa Spartan. A varredura conformacional foi executada para difenidramina na forma neutra e catiônica, obtendo-se 100 estruturas para cada composto, sendo muitas delas idênticas. As geometrias diferentes foram otimizadas em nível HF/6,31g-(d,p) (incluindo cálculos de frequência para garantir que as estruturas não se tratavam de estados de transição) e, em seguida, 14 estruturas com energias relativas diferentes foram resubmetidas a cálculos de otimização de geometria (no gás e em acetonitrila implícita - modelo PCM) em nível B97X-D/6-31g(d,p). Resultados e Discussão O efeito gauche é operante na difenidramina, pois o confôrmero mais estável possui ângulo diedro O-C-C-N de aproximadamente 65o (gauche) e é cerca de 1 kcal mol-1 mais estável do que o confôrmero anti mais abundante (O-C-C-N de aproximadamente 175o), tanto na fase gasosa quanto em acetonitrila. A estabilização da conformação gauche é, possivelmente, decorrente de interações hiperconjugativas antiperiplanares CH*CN e CH*CO (efeito gauche quântico). Contudo, os dados de energia ainda indicam uma população mensurável de confôrmeros anti (cerca de 10%). Ao se protonar a difenidramina, de forma que se obtenha o cátion difenidramínio (correspondente ao cloridrato de difenidramina), a diferença de energia entre os confôrmeros gauche e anti mais estáveis é de mais de 6 kcal mol-1, sugerindo que estruturas com ângulo diedro O-C-C-N+ gauche sejam não somente preferenciais, mas exclusivas. Esse fato é decorrente de um incremento estabilizante da conformação gauche: a atração eletrostática O...N+ (efeito gauche eletrostático).2 Conclusões Interações intramoleculares, particularmente o efeito gauche (quântico e eletrostático), devem contribuir fortemente para a conformação bioativa da difenidramina e seu cloridrato, que é gauche ao longo do fragmento O-C-C-N, segundo estrutura do Protein Data Bank (código PDB: 2AOT). Agradecimentos À FAPEMIG, CAPES e CNPq, pelo suporte financeiro e bolsas de estudante (F.M.P.R.) e de pesquisador (M.P.F.). Referências [1] Goodman, L.; Gu, H.; Pophristic, V. J. Phys. Chem. A 2005, 109, 1223-1229. [2] Gooseman, N. E. J.; O´Hagan, D.; Peach, M. J. G.; Slawin, A. M. Z.; Tozer, D. J.; Young, R. J. Angew. Chem. Int. Ed. 2007, 46, 5904-5908. 23 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo envolvendo N,N-nitrosodimetilamina N,N nitrosodimetilamina protonada 1 Railton1 B. de Andrade (PG)*, Silmar1 A. do Monte (PQ), Miguel A. F. de Souza (PQ) e Elizete1 Ventura (PQ). [email protected] Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Química, 58036, João Pessoa Pessoa – PB – Brasil. Introdução Uma das reações mais importantes das nitrosaminas se refere à quebra da ligação N–N N (ver Figura 1), com a conseqüente liberação do NO [1]. A posição da protonação pode facilitar ou não a quebra desta ligação. Peláez e colaboradores colaboradores [2] estudaram a protonação da nitrosamina mais simples (H ( 2NNO----H+) como modelo para a nitrosamina metilada. + 1a trans-(CH3)2NNOH+ 1c cis-(CH cis 2a (CH3)2NHNO+ 2c (CH3)2NNHO+ 3)2NNHO Figura 1:: conformações mais relevantes relevantes no estado fundamental de nitrosaminas protonadas. Neste trabalho investigamos as quatro estruturas de menor energia da N,NN,N nitrosodimetilamina (DMNA DMNA) protonada (Figura 1: principais sítios de protonação). protonação) Metodologia odologia Computacional Utilizamos os métodos MRCI//CASSCF com a base cc-pVDZ pVDZ. Todas as geometrias referentes aos confôrmeros mais estáveis (Figura 1)) foram otimizadas a nível CASSCF/cc-pVDZ. Resultados e Discussão Temos um ordenamento energético em relação aos resultados a nível CASSCF e outro ordenamento com MRCI, MRCI como indicado na Tabela 1. Tabela 1:Resultados :Resultados obtidos para as quatro estruturas mais mais estáveis envolvendo NDMA protonada. CASSCF MRCIb MRCI+Qc CASPT2/ANO CASPT2/ANO-L a Estrutura ∆E (kcal/mol) 1a trans-(CH3)2NNOH+ 0,00 (0,00)d 0,00 0,00 (0,00) 1c cis-(CH3)2NNOH+ 12,44 (10,99) 12,00 11,83 (11,25) 2a (CH3)2NHNO+ (4,59) -1,03 (-3,31) 13,78 9,41 2c (CH3)2NNHO+ 13,89 (12,32) 17,93 15,55 (11,41) a As quatro estruturas de menor energias foram otimizadas com CASSCF,, e a geometria obtida foi realizado um cálculo MRCI; bMRCI (Multireference Multireference Configuration Interaction); Interaction cMRCI com correções de Davdson. dResultados sultados entre parênteses referente às estruturas com H [2]. Conclusões Para o estado fundamental foram obtidas quatro conformações mais estáveis mostradas na Figura 1, sendo a 1a trans-(CH3)2NNOH+ e 2a (CH3)2NHNO+ as mais estáveis. Observou-se se o mesmo ordenamento obtido para a nitrosamina não-metilada. não Cálculos com bases mais extensas (aug-cc-pVDZ (aug e cc-pVTZ) pVTZ) estão sendo realizados. Referências [1] OHWADA, T. et al., J. Am. Chem. Soc. Soc 123, 10164. 2001. [2] PELÁEZ, D. et al., J. J. Phys. Chem. A. A 112, 8394. 2008. 24 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Ab-initio calculation of magnetic properties of Gd-doped SnO2 Fermin H. Aragón [email protected] Laboratório de Física Aplicada, Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, 31270-901 Belo Horizonte, MG, Brazil Introduction The SnO2 compound is a n-type semiconductor with a large band gap (Eg ~ 3.6 eV). This compound forms in a tetragonal rutile-type crystalline structure. Reports published in the literature, experimental and theoretical, indicate that the SnO2 compound doped with different chemical elements (transition metals and rare earths) shows ferromagnetic properties above room temperature, high electrical conductivity, high transparency in the visible region and high thermal stability. Due to these properties the rare earth-ion-doped SnO2 compounds are considered as promising systems for the development of multifunctional magneto-optical devices [1]. In special, the doping with trivalent Gd ions could provide with larger localized magnetic moments, because of their 4f7 electron configuration in comparison with transition metal ions. Computational Methodology All calculations have been performed within the framework of the density-functional theory (DFT), implemented in the well-tested SIESTA (Spanish Initiative for Electronic Simulations with Thousands of Atoms) code [2] and using the generalized gradient approximation (GGA) pseudopotentials. The system was studied in 2x2x2 supercell, contained 48 atoms. For the calculation is considered the substitution of Gd→Sn, that represent 6.25% of Gd-doped, and one oxygen vacancy that represent 3.125% of the oxygen occupied site. Spin polarized was carried out to both cases, with ferromagnetic (FM) and antiferromagnetic (AFM) configuration. The difference between the FM and AFM total energy (ΔE), can be expressed as ΔE=E(FM)-E(AFM), where E(FM) denotes the total energy of FM state and E(AFM) denotes the total energy of AFM state. Positive value of ΔE implies that an AFM state is preferred, while negative value of ΔE implies that an FM state is preferred Results The values obtained to ΔE were -0.4 meV and -3.3 meV for 6.25% Gd-doped in SnO2 and SnO2-γ (γ is the quantity of oxygen vacancy) respectively . The low energy for Gd-doped SnO2 shows paramagnetic, while for the Gd-doped SnO2-γ shows ferromagnetic behavior, these results are in agreement as theoretical and experimental work [3,4], where were shown that the oxygen vacancies are a key of the origin of ferromagnetism in the call diluted magnetic semiconductors. Conclusions In conclusion, we have investigated the electronic and magnetic properties of Gd-doped SnO2 (free of oxygen vacancy), and Gd-doped SnO2-γ (with oxygen vacancy), using SIESTA code. Our calculations show remarkable changes in the spin polarized DOS with a strong correlation of the ferromagnetism with the presence of oxygen vacancy. The financial support of the Brazilian Agencies CNPq, CAPES and FAPEMIG is gratefully acknowledged. References [1] R. Adhikari, A.K. Das, D.Karmakar, J.Ghatak, J. Magn.Magn. Mat. 322 (2010) 3631. [2] J. M. Soler, E. Artacho, J. Gale, A. Garcia, J. Junquera, P. Ordejón, D. Sánchez-Portal, J. Phys. Cond. Matt. 14, 2745 (2002). [3] S. B. Ogale, R. J. Choudhary, J. P. Buban, S. E. Lofland, S. R. Shinde, S. N. Kale, V. N. Kulkarni, J. Higgins, C. Lanci, J. R. Simpson, N. D. Browning, S. D. Sarma, H. D. Drew, R. L. Greene, and T. Venkatesan, Phys. Rev. Lett. 91, 77205 (2003). [4] J. M. D. Coey, A. P. Douvalis, C. B. Fitzgerald, and M. Venkatesan, Appl. Phys. Lett. 84, 1332 (2004). 25 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estrutura eletrônica de complexo envolvendo uma associação por ligação química entre uma ftalocianina de rutênio e o TiO2 (anatase) Diesley M. S. Araújo1*(PG), Weverson R. Gomes2(PG), Leonardo T. Ueno3(PQ), Antonio O. T. Patrocínio1(PQ), Antonio E. H. Machado1(PQ). [email protected] 1 Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Química, Laboratório de Fotoquímica e Ciência de Materiais. 2 Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Química. 3 Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Ciências Integradas do Pontal. Introdução O emprego de abordagens baseadas na Teoria do Funcional de Densidade (DFT) tem contribuído de forma significativa nos estudos de processos que envolvem transferência de carga [1,2]. Ressalta-se, entre outras possibilidades, a previsão do arranjo estrutural energeticamente mais favorável e o entendimento de qual seria a melhor forma de ancoramento do corante na superfície do semicondutor. Além disso, a estrutura eletrônica obtida teoricamente é capaz de fornecer informações para o entendimento de processos importantes, como é o caso da conversão de energia. No presente trabalho avaliamos o comportamento de uma ftalocianina de rutênio ([{{(2,9bis(dietielamino)-16,23-dicarboxi)Pc}Ru(py)2}]- FtRu) ligada quimicamente a um nanocluster de anatase (TiO2). Metodologia Computacional Para a otimização estrutural e cálculo das frequências vibracionais, empregou-se o funcional B3LYP e o conjunto de bases LANL2DZ ECP, com o pseudo-potencial para o Titânio, e o conjunto Def2-TZVPD para os demais átomos (H, C, N, O e Ru), mais o pseudo-potencial para o Ru. O nanocluster de anatase empregado foi mantido congelado durante todos os cálculos. Este consiste em estrutura otimizada descrita por Jono e colaboradores [1]. Todos os cálculos foram efetuados considerando acetonitrila como solvente, empregando o método de contínuo dielétrico CPCM [4,5]. O funcional CAM-B3LYP foi utilizado na previsão de 6 estados tripleto e dos 60 primeiros estados singleto, para a construção do espectro eletrônico e diagrama de energias. Resultados e Discussão No espectro de excitação simulado, a magnitude das forças de oscilador para as transições por volta de 560 nm sugere uma grande probabilidade de absorção de luz visível por este complexo. Em uma análise dos orbitais moleculares, observa-se que tais excitações surgem da transferência de carga interfacial da FtRu para níveis desocupados do semicondutor, sugerindo que as transições eletrônicas de menor energia devem envolver a excitação de um elétron da FtRu para diferentes estados eletrônicos do TiO2. O gap energético entre o estado eletrônico de menor energia (S1) e o estado fundamental é de cerca de 1.80 eV, envolvendo a combinação de diferentes transições eletrônicas, sugerindo que há injeção eletrônica do corante no estado excitado para a banda de condução do semicondutor, isso é compatível com dados reportados em estudos similares [1-3]. Conclusões Os dados obtidos para os níveis de energia do complexo em estudo são compatíveis aos observados para complexos similares. Os resultados sugerem, na excitação eletrônica, a transferência de elétron de níveis ocupados da FtRu para orbitais virtuais da anatase. Agradecimentos UFU, FAPEMIG, CAPES e CNPq. Referências [1]. R. Jono. et. al. J. Phys. Chem. Lett. 2011, 2, 1167–1170. [2]. P. M. Anbarasan. et al. Rec. Res. Sci. Tech. 2010, 2, 08-16. [3]. Corneliu I. Oprea. et. al. International Journal of Photoenergy. 2013, 1-15. [4]. M. Cossi, et. al. J. Comp. Chem., 2003, 24, 669-81. [5]. V. Barone and M. Cossi. J. Phys. Chem. A, 1998, 102, 1995-2001. 26 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo computacional de [2.2]ciclofanos Mateus. G. Manfré1 (IC); Sérgio E. Galembeck1 (PQ) [email protected] 1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 14040-901, Ribeirão Preto-SP, Brasil. Introdução Os [2.2]ciclofanos representam uma classe de compostos químicos com um campo de aplicação que abrange catálises assimétricas, polímeros com propriedades óptico-eletrônicas distintas e mesmo fármacos no combate à artrite. Grande parte de suas características de interesse se deve a interações entre seus dois anéis aromáticos, portanto a compreensão da natureza de tais interações elucidaria a origem de suas aplicações bem como melhor explorá-las. Metodologia Computacional Quatro compostos da classe dos [2.2]ciclofano vêm sendo estudados neste trabalho: [2.2]paraciclofano (I), sin [2.2]metaciclofano (II), anti [2.2]metaciclofano (III) e [2.2]metaparaciclofano (IV). As moléculas tiveram suas geometrias optimizadas através do método PW6B95-D3BJ tendo def2-TZVP . A mesma metodologia foi adotada para o cálculo de seus espectros infravermelho. Resultados e Discussão Em todos os compostos os valores estudados nas geometrias se encontram muito próximos dos valores experimentais na literatura2. Observa-se que, para I e II, a distância interanular apresentou um valor abaixo do raio de Van der Waals para o átomo de carbono ( 2,8 ângstrons), o que sugere uma provável interação through-space entre os anéis. Por outro lado, os compostos III e IV apresentaram uma distância entre os anéis maior que 2,8 ângstrons, indicando que, caso estejam presentes, a interação entre os anéis se dá principalmente through-bond. Os espectros infravermelho revelaram que em todos os compostos os picos de maior intensidade se encontravam relacionados a vibrações de estiramento dos hidrogênios. Tanto O espectro do composto I quanto do composto II bandas de intensidade considerável em 750 cm-1 relacionada à vibração angular entre seus anéis benzênicos, indicando uma provável interação through-space. O composto IV, por outro lado, não apresentou tais bandas de interação apenas entre os anéis, mas sim uma banda em 606 cm-1 devido ao estiramento simétrico entre os anéis através das pontes etilênicas, se tratando de uma provável interação through-bond. Conclusão O método PW6B95-D3BJ apresentou resultados com boa exatidão ante aos valores encontrados na literatura, se mostrando adequado para o tratamento de [2.2]ciclofanos. Os dados obtidos na geometria para os compostos I e II bem como no espectro infravermelho convergem para uma predominância na interação through-space, enquanto que para o composto IV estes convergem para uma predominância na interação through-bond. Agradecimentos Os autores agradecem à FAPESP (processo 2013/19596-0) pelo suporte financeiro. MGM agradece à FAPESP (processo 2013/19596-0) pela bolsa de Iniciação Científica. Referências Bibliográfica 2 Champion,R.;Godfrey,P.D.; Betens, F.L.J. Mol. Spectrosc., 1992,155,18 27 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL 17º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE QUÍMICA TEÓRICA (SBQT), 24 a 28 de novembro de 2013, Angra dos Reis, Rio ESTUDO COMPARATIVO DE REATIVIDADE DE TRITERPENOS PENTACÍCLICOS COM ATIVIDADE ANTIMALÁRICA * 1a 1a 1a Marlon Marques V. de Melo Filho (PG), Kelson Mota T. Oliveira (PQ), Noam S. Gadelha (PG), 1a Aristeu S. da Fonseca (PG) 1a 1b Grupo de Química Teórica e Computacional (GQTC); Grupo de Química de Produtos Naturais e Desenvolvimento 1 de Métodos Analíticos (QPNMA). DQ/ICE – UFAM. Bloco 10, Setor Norte. Av. Rodrigo O.J. Ramos, 6200, Japiim, 69077-000, Manaus – Amazonas. *e-mail: [email protected] Palavras-chave: lupeol, ácido betulinico, betulina, ácido melaleuco, atividade, ONION INTRODUÇÃO MÉTODOS A investigação farmacêutica em produtos naturais representa uma estratégia importante para a descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos. Quatro moléculas isoladas da A. amazonicus no QPNMA, com esqueleto triterpênico pentacíclico, têm mostrado graus diferentes de atividade contra o P. falciparum. Três destes compostos são apresentados na literatura como ótimos candidatos para o desenvolvimento de um tratamento mais eficiente contra a malária e outras doenças parasitárias. Os quatro compostos, depois de isolados, foram identificados por meio de análise espectroscópica (ver fig. 1). Suas estruturas foram estudadas por meio de abordagem teórica visando determinar que fatores estruturais e eletrônicos poderiam ser determinantes no grau de atividade. Foram comparados os mapas de potencial eletrostático, densidade eletrônica (2D e 3D) e distribuição de cargas dos quatro compostos e seus valores tabelados. Os calculos serão realizados utilizando PC INTEL TM Quadcore (8 GB RAM), em plataforma Debian LINUX (Versão 5.0) para calcular as propriedades estruturais e eletrônicas das quatro moléculas. Na otimização geométrica de rotina, será utilizado o método , com bases 6-21G e funcional b3lyp, por meio do Programa Gaussian03. O método a ser utilizado é o ONIOM. Ele é recomendado para moléculas grandes, reações enzimáticas, mecanismos de reação para os sistemas orgânicos, efeitos dos substituintes e reatividade de compostos orgânicos e organometálicos. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3 0 29 21 H 1 9 12 22 25 COOH H 1 28 16 2 27 HO 1 5 HO 6 2 4 23 2 1 29 3 0 H H OH 1 2 H HO 3 10 5 HO H 23 3 1 1 81 26 3 17 1 9 6 4 8 1 COOH 5 7 2 6 7 2 5 4 19 12 2 1 2 2 COOH Os dados oriundos do QPNMA indicam uma maior atividade para o ácido betulínico, valores médios para o lupeol e betulina e nenhuma atividade do ácido melaleucico. Como a literatura aponta a carboxila como forte candidato responsável pela atividade do ácido betulínico, e a hidroxila nos demais compostos, a análise da presença destes grupos nas quatros estruturas foi observado. Estruturalmente os compostos apresentaram grande similaridade em distâncias e ângulos no esqueleto lupânico. Os cálculos de atividades dos triterpenos serão realizados ao interagi-los com o modelo tridimensional da proteína digestiva do P. flaciparum, que é encontrado no Protein Data Base. CONCLUSÃO Uma das principais diferenças observadas devese a distribuição de cargas nas COOH, devido ao efeito indutivo na própria molécula, ou até mesmo um impedimento estérico, pelo maior volume da molécula. 28 2 4 4 Figura 1. Triterpenos pentacíclicos isolados de A. amazonicus. 1 - lupeol, 2 - O ácido betulínico, 3 - betulina, 4 - o ácido Melaleucico. AGRADECIMENTOS FAPEAM, CNPq Abdel Bar, at al. J. Nat. Prod. 2009, 72, 1643–1650. 28 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudos Teóricos Comparativos de Propriedades Estruturais, Eletrônicas e Espectroscópicas dos Ácidos Betulínico e Melaleucico e da Estabilidade de Clusters desses Metabólitos Especiais Noam G. da Silva1* (PG), Kelson M. T. de Oliveira1 (PQ), Aristeu S. da Fonseca1 (PG) e Marlon Vieira de Melo1 (PG). [email protected] 1 DQ/ICE-UFAM, Bloco 10, Setor Norte, Av. Rodrigo O. J. Ramos, 6200, Japiim, 69077-000, Manaus, Amazonas. Introdução A baixa atividade do ácido Melaleucico não foi até o presente momento estudada. Sua estrutura é similar à de outros compostos ativos, mas algum outro fator deve estar influenciando na química da reação[1,2]. Estruturas como clusters, onde interações de hidrogênio estabilizam o sistema, podem estar sendo formadas[3,4] e assim a molécula mostra-se inativa em estudos de atividade biológica[5]. Metodologia Computacional Os cálculos foram realizados em máquinas QuadCore ambas com 8 GB de memória RAM, nas plataformas Debian 6 e 7 (Linux). O software utilizado foi o Gaussian 03 Rev. C-02. As moléculas foram estudadas com o AM1, B3LYP/3-21G e B3LYP/6-31G. As estruturas com duas e três moléculas foram estudadas com AM1. Resultados e Discussão Os resultados preliminares (alguns na Tabela 1) mostram que a forma mais oxidada (ácido Melaleucico) possui menor energia que o ácido Betulínico. Em ambas as moléculas, ocorre interação intermolecular que estabiliza o sistema. Quando duas moléculas interagem, há um efeito Figura 1. (Esquerda) Cluster de ácido estabilizante maior no ácido Betulínico que no ácido Melaleucico e (Direita) interações de Melaleucico. Com três moléculas interagindo, ocorre hidrogênio. aumento na estabilização para ambos os casos, mas o ácido Melaleucico tem uma estabilização aproximadamente 2,0 kcal/mol mais acentuada. Tabela 1. Algumas propriedades energéticas e efeitos de interação de hidrogênio. Propriedade Ácido Betulínico Energia Total (kcal/mol) -187,358751 Estabilização com duas moléculas (kcal/mol) -8,641687843 Estabilização com três moléculas (kcal/mol) -13,26288052 Ácido Melaleucico -271,9095827 -7,807025921 -15,28627227 Conclusões A formação de pontes de hidrogênio estabiliza os sistemas, mas somente o ácido Melaleucico pode formar grandes aglomerados com essas interações. Sistemas maiores podem ser estudados e fornecer respostas para a baixa atividade da molécula. Agradecimentos Ao CNPq e a FAPEAM pelos investimentos. Referências [1] Chopra, C.S.; Cole, A. R.H.; Theiberg, K.J.L.; White, D.R.; Arthur, H.R.; Tetrahedron, 1965, Vol. 21, 1529-1536. [2] Chopra, C.S.; White, D.R.; Tetrahedron, 1966, Vol. 22, 897-901. [3] Mohajeri, A.; Journal of molecular structure (Theochem), 2004, Vol. 678, 201-205. [4] Duvoisin Jr., S.; Ighor C.V.L.; Quimica Nova, 2011, Vol. 34, 1595-1603. [5] Bernard, P.; Scior, T.; Didier, B.; Hibert, M.; Berthon, J.; Phytochemistry, 2001, Vol. 58, 865-874. 29 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL On Activation Step of Hoveyda-Grubbs Catalyst Égil Sá 1 (PQ)*, Milton Matos 2 (PQ) [email protected] Federal do Piauí, Campus Ministro Reis Velloso, Parnaíba-PI, Brazil; e-mail: 2 Laboratório Interdisciplinar de Materiais Avançados, Centro de Ciências da Natureza, Teresina -PI, Brazil 1 Universidade Introdução Hoveyda-Grubbs catalyst is very important to catalyze the olefin metathesis reaction. The activation mechanism is dissociative for RCM (Ring Closing Metathesis) of N-Tosyldiallylamine due to olefin size [1]. Metodologia Computacional We study the activation mechanism using DFT (Density Functional Theory), through the hybrid functional B3LYP and the basis set 6-31g(d) for all atoms, except ruthenium, described by LanL2DZ; all stationary points were characterized by vibrational frequency calculations using the same level of theory. Resultados e Discussão We search the activation path previously proposed [1], showed in the Figure 1, in black and blue lines. This path start with the pre-catalyst A1, through the transition state TS(A1-A2) and the minimum A2. The next step is the complexation of N-Tosyldiallylamine (I.A3). We also find an alternative path showed by the red line. In this path, proposed in the first time here , we showed an immediately interconversion from A2 to II.A3, before the complexation of the olefin, with a rotation through the Ru═C bond. This structure presents a dihedral angle of 105° between the carbons of group mesityl coordinated, ruthenium, the carbon of the carbene and the oxygen chelator, C─Ru═C─O (marked with asterisk in Figure 1). While in the structure A2 the same-angle is -107°, showing the rotation of the entire group Hoveyda around the connection Ru═C; this rotation happens easily and as published in theoretical and experimental studies [2], confirmed by the more the stability of II.A3 in comparison with A2. We investigated the activation directly from the structure A1 to the structure II.A3, but we found an unreal energy barrier, corresponding to the possible TS(AI-II.A3). With these results, we believe the activation process occurs with the interconversion from A2 to II.A3 and not directly from A2 to I.A3 as showed in others works. Figure 1: Activation paths for the Hoveyda-Grubbs catalyst. Referências [1] [1] S. J. Connon, M. Rivard, M. Zaja, S. Blechert, Adv. Synth. Catal. 345 (2003) 572. [2] C. M. Aguillar, W. R. Rocha, J. Phys. Chem. B 115 (2011) 2030. 30 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Estudo do comportamento em solução do 2-fluoroetanol, 3-fluoroproanol e 4fluorobutanol por espectroscopias de RMN e infravermelho e cálculos teóricos R. A. Cormanich1,2,*(PG), R. Rittner2(PQ), M. P. Freitas3 (PQ), and M. Bühl1 (PQ) [email protected] 1 EastChem School of Chemistry, University of St Andrews, North Haugh, St Andrews, Fife, KY16 9ST, UK. Chemistry Institute, State University of Campinas, P.O. Box 6154, 13083-970, Campinas, SP, Brazil. 3 Department of Chemistry, Federal University of Lavras, P.O. Box 3037, 37200-000, Lavras, MG, Brazil. 2 Introdução Átomos de flúor em compostos orgânicos são considerados fracos aceptores para formação de ligação de hidrogênio (LH).1 Contudo, o mínimo global do 2-fluoroetanol (FE), que tem geometria apropriada para formar uma LH CF···HO intramolecular, é responsável por >90% da sua população conformacional total. Tal LH é comumente invocada para explicar a estabilidade do confôrmero mais estável do FE.2 Da mesma maneira, também é indicado que os mínimos globais do FP e FB formam LHs CF•••HO intramoleculares.3,4 Não há estudos conformacionais em solução na literatura para estes compostos, que sejam de nosso conhecimento. Dessa maneira, no presente trabalho, foi realizada uma análise sistemática do comportamento conformacional em solução do FE, FP e FB por espectroscoipas de RMN de 1 H e 19F e infravermelho, suportado por cálculos teóricos. Metodologia Computacional Foram realizados cálculos teóricos em nível MP2/aug-cc-pVDZ para geometrias dos confôrmeros do FE (5 confôrmeros), FP (12 confôrmeros) e FB (38 confôrmeros) otimizados em nível MP2/aug-cc-pVDZ, que apresentaram a melhor correlação com o nível CCSD(T)/augcc-pVTZ em relação à funcionais da DFT (B3LYP e B3LYP-D3). Foram então aplicados diferentes métodos teóricos, como o Quantum Theory of Atoms in Molecules (QTAIM), NonCovalent Interactions (NCI) e o Natural Bond Orbitals (NBO) para se entender as preferências conformacionais destes compostos. Resultados e Discussão Nenhum indício de formação de LH intramolecular CF•••HO pôde ser detectado para o FE, FP e FB experimentalmente em solução nos espectros de RMN e infravermelho. Cálculos teórico baseados na QTAIM, NCI e NBO indicam que LHs CF•••HO intramoleculares não têm influência sobre o comportamento conformacional do FE, mas estabilizam o mínimo global tanto do FP quanto do FB para as moléculas isoladas. No entanto, ao se adicionar correções termodinâmicas de energia livre de Gibbs, mesmo em meios não-polares, tais como CCI4, ciclohexano e diclorometano (IEF-PCM), a população dos mínimos globais do FP (~11%) e FB (~3%) diminuem consideravelmente, aparentemente abaixo do limite de detecção. Conclusões Contrário à suposições encontradas na literatura, o comportamento conformacional do FE não é regido por uma LH CF···HO intramolecular. LHs intramoleculares são importantes para os confôrmeros mais estáveis do FP e FB isolados, mas não podem ser detectadas em solução. O presente trabalho foi aceito para publicação no jornal Phys. Chem. Chem. Phys. Agradecimentos FAPESP, FAPEMIG, CNPq e EaStCHEM Referências [1] R. A. Cormanich, M. P. Freitas, C. F. Tormena, R. Rittner, RSC Advances, 2012, 2, 4169. [2] J. Huang, K. Hedberg, J. Am. Chem. Soc., 1989, 111, 6909. [3] H. M. Badawi, W. Förner, S. A. Ali, Spectrochim. Acta A, 2008, 69, 263. [4] M. Traetteberg, A. D. Richardson, K. Hedberg, R. W. Winter, G. L. Gard, J. Phys. Chem. A, 2001, 105, 9587. 31 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Theoretical Study of the Infrared, Raman and VCD Spectra of Thiophene Using Ab Initio and Density Functional Theory Calculations Marcello F. da Costa (PQ)1, Poliane C. de Farias (PG)2 [email protected], [email protected] 1,2 Universidade Estadual de Londrina, LBMM – Laboratório de Biofísica e Mecânica Molecular Introduction Organic semiconductors have physical characteristics similar to inorganic ones, so they can also be used in the manufacture of OLEDs [1], photovoltaic cells [2], lasers [3]. Furthermore, organic materials with semiconductor properties have some advantages when compared to inorganic ones, such as: greater adaptability, low cost of production and the possibility of easily making small structural changes to modify its physical and chemical properties. Among the currently most interesting organic semiconductors are the thiophene based polymers and the thiophene together with its derivatives, which are the main constituents of organic conductors [4]. Computational details In this work we made the calculation of the molecular parameters, infrared and Raman spectra with HF and MP2 ab initio methods, and B3LYP and B3PW91 DFT functional packages. We also compared the results with experimental data found in the literature [5-7] and we calculated the VCD (vibrational circular dichroism) spectrum based on the good agreement of the calculations performed. The thiophene's geometry optimization and harmonic vibrational frequencies calculations were performed with the GAUSSIAN 03 software package, using HF level approximation, Møller–Plesset many-body perturbation theory truncated at second order (MP2) and DFT with B3LYP and B3PW91 hybrid functional, with both are believed to be superior in predicting molecular properties. A fairly large and flexible basis set 6-311++G** was chosen to obtain accurate calculations about the molecule. Results and discussion The results show that, the DFT methods have more accuracy with experimental data. The B3LYP hybrid functional had slightly more accuracy than the B3PW91 for the vibrational frequencies and matched with experimental data until the 12th vibration in the range around 500 to 1200 1/cm. The theoretical prediction of the VCD spectrum shows that the thiophene molecule has a propensity to absorb clockwise circularly polarized light (positive absorption) at the most intense infrared absorptions. Conclusion The set of basis functions 6-311++G** is able to provide a realistic description of these properties. The good agreement with the experimental data of the harmonic vibrations supports the VCD results, which provides useful information for the study of this material. Acknowledgements The authors would like to acknowledge the financial support granted by the following Brazilian agency: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Referências [1]. Y. Li, Y. Cao, J. Gao, D. Wang, G. Yu, A.J. Heeger, Synthetic Met. 99 (1999) 243. [2]. C.J. Brabec, N.S. Sariciftci, J.C. Hummelen, Adv. Func. Mater. 11 (2001) 15. [3]. F. Hide, M. Diaz-Garcia, B. Schwartz, M. Andersson, P. Qibing, A.J. Heeger, Science 273 (1996) 1833. [4] J.H. Schon, A. Dodabalapur, Z. Bao, C. Kloc, O. Schenker, B. Batlogg, Nature 410 (2001) 189. [5]. T. Kupka, R. Wrzalik, G. Pasterna, K. Pasterny, J. Mol. Struct. 616 (2002) 17. [6]. J.S. Kwiatkowski, J. Leszczynski, I. Teca, J. Mol. Struct. 436-437 (1997) 451. [7]. K. Pasterny, R. Wrzalik, T. Kupka, G. Pasterna, J. Mol. Spectrosc. 614 (2002) 297. 32 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Índice de Autores Anselmo E. de Oliveira Antonio E. H. Machado UFG UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA UFAM UNICAMP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UFMG UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP UNICAMP UNICAMP UFJF UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA USP-RP FEDERAL DE LAVRAS - UFLA UFPI UFPB UNESP UNIFESP UNIFESP CDTN UNESP UFPI UFLA UFSC UFJF UNICAMP UFMG UFRGS UFAM UFSM UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA UNICAMP UESPI USP UNIFAL-MG FEDERAL DE LAVRAS - UFLA UNIVERSITY OF ST ANDREWS Antonio O. T. Patrocínio Aristeu S. da Fonseca Arnaldo Fernandes da Silva Fo. Ataualpa A. C. Braga Breno R. L. Galvão Carlos R. D. Correia Cleuton de Souza Silva Cláudio Francisco Tormena Daniely X. Soares Diego Fernando da S Paschoal Diesley Martins Diógenes Mendes Araújo Elaine F. F. da Cunha Égil de Brito Sá Elizete Ventura Eliézer Fernando de Oliveira Fabrício R. Sensato Felipe Vieira Zauith Assad Fermin Fidel Herrera Aragón Francisco Carlos Lavarda Francisco das Chagas Alves Lima Fátima Maria Pereira de Rezende Giovanni Finoto Caramori Hélio F. Dos Santos Iran da Luz Sousa Jadson C. Belchior Josene Maria Toldo Kelson Mota T. Oliveira Larissa Sihe Oliveira Leonardo T. Ueno Leonardo V. das Chagas Lima Lucas Abreu do Nascimento Lucas Colucci Ducati Luciano Tavares da Costa Lívia C. T. Lacerda M. Bühl 33 FFCLRP, 2014 04 26 26 28 06, 07 01 16 01 08, 10 05 07 22 26 09 19 30 24 17 20 20 25 17 14 23 02 22 12 16 18 28 13 26 21 14 05 15 19 31 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL M. P. Freitas Marcello Ferreira da Costa Marcus V. J. Rocha Marlon Vieira de Melo Mateus Grecco Manfré Mateus Xavier Silva Matheus P. de Freitas Mauricio Gustavo Rodrigues Milton Matos Nelson Henrique Morgon Noam Gadelha da Silva Noam S. Gadelha Paulo Fernando Bruno Gonçalves Poliane Cristina de Farias UFLA UEL VRIJE UNIVERSITEIT UFAM UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UFMG UFLA UNICAMP UFPI UNICAMP UFAM UFAM UFRGS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA UNICAMP UFSC UFPB UNICAMP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP UNICAMP UFSM UNICAMP UNICAMP USP-RP UFPB FEDERAL DE LAVRAS - UFLA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEDERAL DE LAVRAS - UFLA UNIFAL-MG UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNICAMP UNICAMP UFG UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS R. Rittner Rafael de Mattos Piccoli Railton Barbosa de Andrade Renan Vidal Viesser Renato Pereira Orenha Ricardo A. Agnes Rodrigo Antonio Cormanich Rogério Custodio Rogério J. Baierle Roy E. Bruns Régis Casimiro Leal Sergio E. Galembeck Silmar A. do Monte Silviana Corrêa Sérgio E. Galembeck Sérgio Emanuel Galembeck Teodorico C. Ramalho Tuanan Lourenço Vitor Hugo Menezes da Silva Wagner E. Richter Wagner Eduardo Richter Wesley Fonseca Vaz Weverson R. Gomes 34 FFCLRP, 2014 31 32 19 28 27 16 23 11 30 12, 21 29 28 18 32 31 02 24 05 03 01 31 08, 10, 11 13 06, 07 10 09 24 19 27 03 19 15 01 07 06 04 26 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL Palavras Chaves ÁCIDO BETULINICO ÁCIDO MELALEUCICO ACOPLAMENTO SPIN-ORBITAL AGREGADOS MOLECULARES ALGORITMO GENÉTICO ALPCCL AMINAS SUBSTITUÍDAS ANÁLISE CONFORMACIONAL ANATASE AROMATICIDADE ATIVIDADE BASIS SETS BENZAZÓIS BENZBROMARONA BIOACTIVITY C-PCM CÁLCULO COMPUTACIONAL CÁLCULOS AB INITIO CÁLCULOS DFT CASSCF CLUSTERS METÁLICOS CLUSTERS CO2 COMPOSTO DE COODENAÇÃO CONFÔRMERO ANTI CONFÔRMEROS CONJUGATED POLYMERS CSSM DFT CALCULATIONS DFT 28 29 05 04 16 04 10 31 26 27 28 22 18 12 07 08 10 16 01 24 16 09, 29 15 14 23 12 17 06 17 02, 12, 14, 18, 19, 20, 21, 25, 26, 29, 32 15 05 02 23 21 18 04 09 26 01 11 DINÂMICA MOLECULAR EFEITO DO ÁTOMO PESADO EFEITOS RELATIVÍSTICOS EFITO GAUCHE ENTALPIA DE FORMAÇÃO ESIPT ESTADOS EXCITADOS ESTRUTURA ELETRÔNICA FTALOCIANINA FUNCIONAL HÍBRIDO M06 FUNÇÕES DE BASE 35 FFCLRP, 2014 I ESCOLA DE QUÍMICA COMPUTACIONAL G3X(CEP) GD-DOPED SNO2 HIPERCONJUGAÇÃO INFRAVERMELHO INTENSIDADES INTERAÇÃO INTRAMOLECULAR LIGAÇÃO AMIDA LIGAÇÃO DE HIDROGÊNIO LÍQUIDO IÔNICO MAGNETIC PROPERTIES MAGUEMITA MCG MECHANISM MÉTODOS COMPOSTOS N-ACILAÇÃO DE AMINAS NANOFITAS NITROSAMINAS NITROSILO NMR OLEFIN METATHESIS ONION ORGANIC DEVICES ORGANOMETÁLICOS OXIDO NÍTRICO PKA PM3 PMMA PROPRIEDADES PROTONAÇÃO Q-EXPONENCIAIS QTAIM RAMAN REAÇÕES DE HECK RELATIVISTIC EFFECTS RMN E INFRAVERMELHO RUTÊNIO SIC SUPERÁTOMOS TDDFT TENSOR BLINDAGEM NUCLEAR TEORIA GAUSSIAN THIOPHENE UV-VIS SPECTROSCOPY 08 25 23 06 06 27 20 31 15 25 19 11 30 21 20 13 24 03 22 30 28 17 02 14 10 12 19 13 24 11 03 32 01 22 31 03 13 09 07 05 08 32 07 36 FFCLRP, 2014 bbb E[ρ] = TS [ρ] + βmc 2 + Z 3 X k=1 d~rvext (~r)ρ(~r) + VH [ρ] + EXC [ρ] αk pk c ψ(x, t) = ih̄ ∂ψ(x, t) ∂t