“Todos têm direito à educação e à cultura” Artigo 73.º da constituição da república portuguesa Jane i r o Sala Principal Março Sala Experimental Sala Principal Sala Experimental 10 Sáb Orq. Gulbenkian 21h30 01 Dom O pelicano 16h00 15 Qui Gata em telhado...21h30 04 Qua O pelicano 21h30 16 Sex Gata em telhado...21h30 05 Qui O pelicano 21h30 Moby-Dick 21h30 17 Sáb Gata em telhado...21h30 06 Sex O pelicano 21h30 Moby-Dick 21h30 18 Dom Gata em telhado...16h00 07 Sáb O pelicano 21h30 O som e a fúria 21h30 08 Dom O pelicano 16h00 O som e a fúria 16h00 23 Sex Kilimanjaro 21h30 24 Sáb Kilimanjaro 21h30 13 Sex Zoo 21h30 25 Dom Kilimanjaro 16h00 14 Sáb Oquestrada 21h30 28 Qua Kilimanjaro 21h30 20 Sex Fica no singelo 21h30 Radiografia... 21h30 29 Qui Kilimanjaro 21h30 21 Sáb Radiografia... 21h30 27 Sex Mana solta a gata 21h30 Nossa Sra.... 21h30 30 Sex Kilimanjaro 21h30 Penicos de prata 21h30 31 Sáb Kilimanjaro 21h30 Penicos de prata 21h30 28 Sáb Coros de Zarzuelas 21h30 Nossa Sra.... 21h30 29 Dom Nossa Sra.... 16h00 fever e i r o Sala Principal Abril Sala Experimental 01 Dom Kilimanjaro 16h00 Sala Principal 04 Qua Kilimanjaro 21h30 Sala Experimental 03 Sex Concerto de Páscoa 21h30 05 Qui Kilimanjaro 21h30 O contrabaixo 21h30 06 Sex Kilimanjaro 21h30 O contrabaixo 21h30 07 Sáb Kilimanjaro 21h30 O contrabaixo 21h30 08 Dom Kilimanjaro 16h00 O contrabaixo 16h00 13 Sex Luís Represas 21h30 Longe do corpo 21h30 14 Sáb Longe do corpo 21h30 15 Dom Longe do corpo 16h00 20 Sex O pelicano 21h30 05 Dom Ballet Argentina 16h00 10 Sex Misterman 21h30 11 Sáb O Cavaleiro das... 21h30 Misterman 21h30 12 Dom Ciclo S. Carlos 16h00 18 Sáb África fantasma 21h30 26 Dom No alvo 16h00 21 Sáb O pelicano 21h30 22 Dom O pelicano 16h00 Maio 25 Qua O pelicano 21h30 Sala Principal 26 Qui O pelicano 21h30 27 Sex O pelicano 21h30 Europa 21h30 28 Sáb O pelicano 21h30 Europa 21h30 Sala Experimental 02 Sáb Walt Whitman 21h30 03 Dom Walt Whitman 16h00 07 Qui Mauser 21h30 08 Sex Mauser 21h30 09 Sáb Mauser 21h30 10 Dom Mauser 16h00 Ciclo S. Carlos 16h00 13 Qua Mauser 21h30 14 Qui Mauser 21h30 15 Sex Mauser 21h30 16 Sáb Mauser 21h30 17 Dom Mauser 16h00 Ciclo S. Carlos 16h00 Maio Sala Principal Novembro (continuação) Sala Experimental Sala Principal Sala Experimental 01 Dom Hamlet 16h00 20 Qua Mauser 21h30 21 Qui Mauser 21h30 04 Qua Hamlet 21h00 22 Sex Mauser 21h30 05 Qui Hamlet 21h00 23 Sáb Mauser 21h30 06 Sex Hamlet 21h00 Moscovo fica... 21h30 07 Sáb Hamlet 21h00 Moscovo fica... 21h30 08 Dom Hamlet 16h00 Moscovo fica... 16h00 29 Sex Mauser 21h30 11 Qua Hamlet 21h00 O Mandarim 15h00 30 Sáb Mauser 21h30 12 Qui Hamlet 21h00 O Mandarim 15h00 31 Dom Mauser 16h00 13 Sex Hamlet 21h00 O Mandarim 15h00 e 21h30 14 Sáb Hamlet 21h00 O Mandarim 16h00 e 21h30 15 Dom Hamlet 16h00 O Mandarim 16h00 17 Ter O Mandarim 15h00 18 Qua O Mandarim 15h00 19 Qui O Mandarim 15h00 20 Sex O Mandarim 15h00 e 21h30 21 Sáb O Mandarim 16h00 e 21h30 22 Dom O Mandarim 16h00 24 Dom Mauser 16h00 Ciclo S. Carlos 16h00 27 Qua Mauser 21h30 28 Qui Mauser 21h30 Ju nh o Sala Principal Sala Experimental 13 Sáb Trago-te na pele 21h30 Setem b r o Sala Principal Sala Experimental 19 Sáb Áurea 21h30 dezembro 26 Sáb Identidade... 21h30 27 Dom Identidade... 16h00 Sala Principal A máquina...16h00 outub r o Sala Principal Sala Experimental 02 Sex António Zambujo 21h30 04 Dom Lo raro es que... 16h00 10 Sáb À espera de Godot 21h30 Pastéis de nata... 16h00 06 Dom A tragédia... 16h00 Pastéis de nata... 11h00 08 Ter 09 Qua A tragédia... 21h30 Pastéis de nata... 16h00 11 Sex A tragédia... 21h30 12 Sáb A tragédia... 21h30 Pastéis de nata... 16h00 13 Dom A tragédia...16h00 Pastéis de nata... 11h00 18 Sex Unha corrente...21h30 19 Sáb 17 Sáb Misterio del Cristo... 21h30 Instantáneas 16h00 Caminham nus... 21h30 Pastéis de nata... 16h00 20 Dom Concerto de Natal 16h00 Pastéis de nata... 11h00 29 Ter 23 Sex Hamlet 21h00 24 Sáb Hamlet 21h00 05 Sáb A tragédia... 21h30 10 Qui A tragédia... 21h30 09 Sex À espera de Godot 21h30 18 Dom Sala Experimental 04 Sex A tragédia... 21h30 CNB 21h30 30 Qua CNB 21h30 25 Dom Hamlet 16h00 28 Qua Hamlet 21h00 29 Qui Hamlet 21h00 30 Sex Hamlet 21h00 Hamlet talvez 21h30 31 Sáb Hamlet 21h00 Hamlet talvez 21h30 C a l e n d á rio 2015 Índic e Uma programação de excelência Joaquim Estêvão Miguel Judas 4 Ideologia e revolução – ainda Rodrigo Francisco 5 Te a t r o Kilimanjaro O pelicano Mauser Hamlet O mandarim A tragédia optimista Pastéis de nata para Bach Gata em Telhado de Zinco Quente O contrabaixo Longe do corpo Moby-Dick O som e a fúria Radiografia de um nevoeiro imperturbável Mana solta a gata Nossa Senhora da Açoteia Misterman África fantasma No Alvo Saudação a Walt Whitman Trago-te na pele A máquina do Mundo À espera de Godot Misterio del Cristo de los Gascones Instantáneas Caminham nus empoeirados Hamlet Talvez Moscovo fica mais para Norte Unha corrente salvaxe 8 9 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Dança 38 Europa Zoo Fica no singelo Ballet Nacional da Argentina Identidade e multiplicidade Lo raro es que estemos vivos Companhia Nacional de Bailado 39 40 41 42 43 44 Música Orquestra Gulbenkian Penicos de prata Luís Represas Oquestrada Coros de Zarzuelas Famosas Concerto de Páscoa O Cavaleiro das mãos irresistíveis Ciclo S. Carlos Áurea António Zambujo Concerto de Natal 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 A r t es P l á s t i c a s Em casa do meu pai há muitas moradas Grandpa was a rolling stone Vitapop Ping Pang Pong 58 59 60 61 I n f o r m a ç õ es e se r v i ç o s Clube de Amigos 63 Espectáculos em digressão 65 Preçário 67 Informações úteis 68 Serviço educativo 70 Equipa do TMJB 71 Uma programação de excelência! U ma das mais empolgantes conquistas da Revolução de Abril, fruto imediato da Liberdade restaurada, foi a expressão do pensamento em voz alta sem restrições e sem censura. Cada um de nós, e em coletivo! Foi a libertação da expressão do pensamento – e do uso da palavra que o transporta e traduz para o nosso quotidiano – que abriu as portas à disseminação cultural nas suas múltiplas vertentes: da criação e produção de bens culturais, à democratização do seu acesso e usufruto a um número crescente de cidadãos, promovendo o enriquecimento do nosso património coletivo de saber e conhecimento. Essa expressão livre do pensamento nas suas mais diversas vertentes, mas muito em especial naquilo que respeita ao Teatro – essa milenar arte de reproduzir em palco aquilo que a vida nos oferece –, é hoje uma realidade muito presente e muito viva no dia-a-dia dos Almadenses. Assim acontece há várias décadas, desde a Liberdade reconquistada. Assim queremos que prossiga e se aprofunde, no presente e no futuro. A programação anual que a Companhia de Teatro de Almada nos propõe para 2015, na diversidade e multiplicidade de ofertas que encerra, constitui a reafirmação de uma opção clara pela promoção do amplo acesso dos Almadenses à cultura, uma forma de conferir expressão concreta aos valores e princípios fundadores da Democracia e da Liberdade reconquistadas em Abril. A extraordinária capacidade de conceção, organização e trabalho da Companhia de Teatro de Almada está de novo bem presente na programação da nova temporada que agora se nos apresenta. Quarenta e seis produções, incluindo quatro novas criações próprias e três reposições, passando por diferentes formas de dizer e contar o mundo – teatro, música e dança –, aprofundarão em 2015 a linha de coerência na promoção do gosto e usufruto de bens culturais, fundada na permanente procura da qualidade que tão frutuosos resultados tem revelado na consolidação de públicos fiéis e entusiásticos, e na mobilização, captação e fixação de novos públicos. Vivemos tempos difíceis. Teimamos contudo, com determinação e entusiasmo, em contrapor a uma realidade que querem impor-nos cinzenta e deprimida, a força da criatividade, a combatividade da esperança, a certeza de que a luta em defesa dos valores e dos princípios que formaram e tornaram vitoriosa a Revolução de Abril terá mais força e será capaz de superar as dificuldades impostas. À Companhia de Teatro de Almada, aos seus Trabalhadores incansáveis – técnicos das mais diversas especialidades, atores, encenadores e diretores – quero expressar a convicção de que a nova temporada que agora abraçam, com o profissionalismo e a dedicação de sempre, constituirá um novo êxito no percurso de permanente procura e difusão do saber e do conhecimento, da cultura. Aos Almadenses, a todos os amantes da arte, da cultura e em especial do Teatro, a todos quantos expressamente nos visitam – e são muitos milhares – para viver os espetáculos oferecidos pela Companhia de Teatro de Almada, o desejo de que disfrutem plenamente da programação de excelência que a Companhia nos propõe. Vai valer a pena! Joaquim Estêvão Miguel Judas Presidente da Câmara Municipal de Almada Ideologia e revolução – ainda D as quatro criações da Companhia de Teatro de Almada em 2015, duas abordam a revolução russa de 1917: Matthias Langhoff dirige a Mauser, de Heiner Müller, e em Dezembro revisitamos uma peça que Joaquim Benite chegou a começar a ensaiar, nos idos anos 80: A tragédia optimista, de Vsevolod Vichnievski. São dois textos que dialogam entre si, mas também, em grande medida, connosco. Que sentido fará ainda, neste canto de uma Europa acomodada e tributável, pensar sobre acontecimentos ocorridos há 98 anos na longínqua Rússia? Pela primeira vez, duas das companhias históricas da renovação do teatro português juntam-se numa co-produção: Luis Miguel Cintra dirigirá o Hamlet, com interpretação de alguns dos actores ligados aos percursos do Teatro da Cornucópia e da Companhia de Teatro de Almada. A tradução do texto, ainda por estrear, é de Sophia de Mello Breyner. Shakespeare, Cintra, Sophia: a expectativa é legítima. No fim do ano Teresa Gafeira voltará a provar que a música erudita pode agradar à infância, se nos servirmos da inteligência e da fantasia: Pastéis de nata para Bach é a sua próxima dramaturgia, em colaboração com Pedro Proença. Em reportório, com apresentações em Almada e em digressão, mantemos três peças: Kilimanjaro (co-produção com o Teatro Nacional D. Maria II), O pelicano (a encenação de Rogério de Carvalho que esgotou em 2013 e que nem todos puderam ver) e O mandarim, a partir de Eça de Queiroz. Os espectáculos de teatro acolhidos constituem mais de metade desta Programação, tornando possível a apresentação em Almada de companhias vindas de Braga, Porto, Coimbra, Sintra, Torres Vedras, Lisboa, Setúbal e Faro – mas também de Almada, Segóvia e Santiago de Compostela. Jovens criadores partilham as nossas salas com directores consagrados. As produções de dança, música e ópera deste ano obedecem à lógica de pluralidade (conjugada com excelência) que rege os critérios de programação deste teatro. A meu ver, trata-se de um acervo de propostas que integram, questionam e inquietam – e não os seus contrários. A música clássica, o ballet e a música pop podem cruzar-se num mesmo palco ao longo do ano? Em Almada, sim: se um teatro não dialoga com o meio que o envolve, facilmente redunda num instrumento de humilhação egotista. Quanto às citações dos artigos 73.º e 78.º da Constituição da República Portuguesa, elas integram este livro da Programação porque há quarenta anos houve uma revolução neste País, e a súmula daquilo que hoje somos, enquanto povo, vem daí. Tenho verificado que alguns indivíduos lamentam este facto – e labutam para alterá-lo. Mas a Constituição, o texto fundador da nossa democracia e seu garante, ainda não foi alterada. Quando propomos ao nosso público que reflicta sobre conceitos como os de ideologia e revolução, é no “ainda” da frase anterior que estamos a pensar, inquietos. Rodrigo Francisco Director artístico do TMJB produções da Companhia de Teatro de Almada Incumbe ao Estado, em colaboração com todos os agentes culturais: a) Incentivar e assegurar o acesso de todos os cidadãos aos meios e instrumentos de acção cultural, bem como corrigir as assimetrias existentes no país em tal domínio. Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa Co-produção: Teatro Nacional D. Maria II Kilimanjaro a partir De Ernest Hemingway dramaturgia e encenação de Rodrigo Francisco E m As neves do Kilimanjaro, Ernest Hemingway imaginou o que teria sido a sua vida caso tivesse cedido à tentação de uma existência ociosa. Harry Morgan, um alter-ego do autor, está à beira da morte em África, na companhia da sua esposa, Helen. No tempo que lhe resta, recorda episódios da sua vida e reflecte sobre como desperdiçou o seu talento. Em Kilimanjaro, o conto de Hemingway serve de centro de gravidade a uma dramaturgia que imagina o percurso de Harry através de um conjunto de outros contos e cartas do escritor norte-americano – da adolescência à idade adulta, entre histórias de camaradagem, romances falhados e guerras. África, Estados Unidos, Itália e Espanha são os países percorridos na peça, numa busca existencial por um sentido que teima em escapar. Ernest Hemingway (1899-1961) cresceu nos pacatos subúrbios de Chicago. Partiu para a Europa em 1917 e alistou-se como condutor de ambulâncias na Cruz Vermelha italiana, em plena I Guerra Mundial. Em Paris, entrou no círculo de amigos de Gertrude Stein e conheceu alguns dos maiores artistas da sua geração, entre os quais F. Scott Fitzgerald, Ezra Pound, James Joyce ou Pablo Picasso. Esteve presente na Guerra Civil Espanhola e na II Guerra Mundial. Em 1953, ganhou o Pulitzer com O velho e o mar (1952). Um ano depois, em 1954, foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura. Conversa com o público Sáb 24 JAN às 18h00 23 Janeiro a 08 Fevereiro Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Intérpretes Ana Cris, Duarte Guimarães, Elias Nazaré, João Farraia, João Tempera, Luís Vicente, Pedro Lima, Pedro Walter, Rita Loureiro e a participação especial de José Evaristo Assistência de encenação Paulo Mendes Voz-off Jorge Rebanda Palco da Sala Principal | M/14 | 2H00 Cenário e figurinos Ana Paula Rocha Luz Guilherme Frazão Som Miguel Laureano Selecção musical Levi Martins Produção de guarda-roupa Elitsa Ivanova O Pelicano De August Strindberg encenação de Rogério de Carvalho N a Idade Média, acreditava-se que o pelicano era uma das aves mais zelosas para com a sua prole, dando-lhe de beber do seu próprio sangue quando a comida escasseava. Nesta peça, Strindberg explora a ambivalência do mito, a fronteira ténue que este desenha entre a vida e a morte. Retrata, em palco, a vida caótica e disfuncional de uma família que, no seguimento da morte do pai e do casamento da filha com o amante da progenitora, se precipita para a tragédia. Uma mãe egoísta e manipuladora é a origem e o fim de todas as tensões, nada fazendo, por exemplo, para contrariar o rumo desolador de um filho entregue ao álcool e de uma filha que, por sua culpa, não conhece a felicidade conjugal. August Strindberg (1849-1912) foi um importante dramaturgo, romancista e contista sueco. A sua modernidade advém da forma como, em muitas peças, combinou o Naturalismo e a Psicologia, dando origem a textos inovadores no contexto europeu e que hoje são considerados precursores de correntes como o Expressionismo e o Surrealismo. Entre as suas obras mais importantes destacam-se O pai (1887), A menina Júlia (1888), Credores (1888) e A sonata dos espectros (1907). Rogério de Carvalho (n. 1936) tem encenado nos principais teatros portugueses. Recentemente, a APCT distinguiu a sua encenação de O doente imaginário, de Molière, como o Melhor Espectáculo de 2012. Em 2014, foi a vez do jornal Público considerar a sua encenação de As confissões verdadeiras de um terrorista albino um dos melhores espectáculos do ano. Conversa com o público Sáb 21 FEV às 18h00 Intérpretes Adriano Carvalho, Joana Francampos, Maria Frade, Pedro Walter e Teresa Gafeira Tradução Gastão Cruz Cenário José Manuel Castanheira 20 Fevereiro a 08 Março Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Palco da Sala Principal | M/12 | 1h30 Figurinos Mariana Sá Nogueira luz José Carlos Nascimento Caracterização Sano de Perpessac Voz e elocução Luís Madureira c r ia ç ã o Mauser De Heiner Müller encenação de Matthias Langhoff M auser é uma peça para jovens actores, segundo Langhoff, para quem tenha mais à sua frente do que aquilo que já deixou para trás. Esta montagem do texto de Müller não é uma mera ilustração do mesmo, mas sim um projecto para o Mundo em que vivemos. Mauser é um poema cénico de contornos trágicos, no qual o indivíduo se confronta com o colectivo, e vice-versa. Nele se questiona a fronteira entre o interesse de ambas as partes, o limite a partir do qual o eu é levado à sua total dissolução no nós. Um dos mestres do teatro europeu ainda em actividade estreia-se em Almada, com um elenco de jovens actores. Heiner Müller (1929-1995) foi um dos mais influentes dramaturgos alemães depois de Brecht. As suas peças são representadas um pouco por todo o Mundo, e incluem reflexões sobre a História da Alemanha, releituras de peças de Shakespeare e de tragédias gregas, bem como peças que dialogam com as de Bertolt Brecht (das quais Mauser é um exemplo). Matthias Langhoff (n. 1941) nasceu no exílio, em Zurique, tendo a sua família fugido ao regime nazi. De regresso a Berlim, o seu pai assumiu a direcção do Deutsches Theater, onde Langhoff começou a encenar peças de Brecht em 1963. Trabalhou com Heiner Müller, de quem foi amigo. Dirigiu o Théâtre Vidy-Lausanne entre 1989 e 1991, assumindo depois o cargo de co-director do Berliner Ensemble, entre 1992 e 1993. Desde então tem apresentado os seus espectáculos um pouco por todo o Mundo. Conversa com o público Sáb 09 MAI às 18h00 Assistência de encenação Rodrigo Francisco Tradução Sara Seruya cenografia Matthias Langhoff 10 07 a 31 Maio Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Palco da Sala Principal | M/12 | 1h15 Figurinos Ana Paula Rocha luz Guilherme Frazão Som Miguel Laureano c r ia ç ã o Co-produção: Teatro da Cornucópia Hamlet De William Shakespeare encenação de Luis Miguel Cintra E m Hamlet, de William Shakespeare, coloca-se em cena o confronto entre duas gerações com posturas distintas: a de Hamlet e das personagens mais jovens (Horácio, Laertes e Ofélia), e a de sua mãe, a Rainha Gertrudes, e de seu tio, Cláudio. Os mais jovens têm consciência dos valores que foram traídos pelos mais velhos, cujo cinismo se sobrepôs a tudo, e a quem já só interessa o poder. Desta circunstância nasce a grande inquietação do príncipe da Dinamarca: como repor a ordem sem perder o idealismo? Como fazer justiça sem manchar de sangue as mãos? Resta o teatro, no entanto. É ao teatro que Hamlet recorre para dar a ver essa grande traição. William Shakespeare (1564-1616) é um dos mais influentes dramaturgos da História. Sobre a sua vida existe muita especulação, embora não tenham sido encontrados documentos que a consigam transformar em factos fidedignos. As suas peças de teatro continuam hoje a ser representadas e estudadas em todo o Mundo. Entre as mais conhecidas encontram-se Hamlet, Othello, Macbeth, Romeu e Julieta, A tempestade, Rei Lear, Júlio César e Titus Andronicus. Luis Miguel Cintra (n. 1949) nasceu em Madrid. Estreou-se como actor e encenador no Grupo de Teatro da Faculdade de Letras, no qual dirigiu Anfitrião, de António José da Silva. Fundou o Teatro da Cornucópia em 1973, companhia na qual já encenou mais de 100 espectáculos. Foi homenageado no Festival de Almada 2014. Conversa com o público Sáb 24 OUT às 18h00 Intérpretes Alberto Quaresma, Bernardo Souto, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Guilherme Gomes, Isac Graça, João Pedro Vaz, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luís Madureira, Luis Miguel Cintra, Marques D’Arede, Nídia Roque, Paulo Pinto, Rui Westerman, Sílvio Vieira, Teresa Gafeira e Tiago Matias 23 Outubro a 15 Novembro Qua a Sáb às 21h00 | Dom às 16h00 Sala Principal | M/12 Assist. de encenação Rodrigo Francisco Tradução Sophia de Mello Breyner Andresen Cenografia e figurinos Cristina Reis Voz e elocução Luís Madureira Luz Cristina Reis, Luis Miguel Cintra e Rui Seabra 11 O Mandarim a partir De Eça de Queiroz Dramaturgia de Pedro Proença e Teresa Gafeira encenação de Teresa Gafeira O mandarim estreou em Novembro de 2014 e esgotou as 15 sessões que ao longo desse mês se realizaram. Ficámos a conhecer a história de Teodoro, o amanuense do Ministério do Reino que vê na morte de um mandarim decrépito a oportunidade de satisfazer as ambições burguesas que alimenta. O Diabo tenta-o: para matar Ti Chin-Fu basta tocar a campainha, “como quem chama um criado” e sem que uma gota de sangue suje vergonhosamente os punhos da camisa. Teodoro cede. Mas o que se prepara para viver está longe da existência despreocupada e opulenta com que sonha. Eça de Queiroz (1845-1900) é um dos maiores romancistas da nossa Literatura. Para além de escritor, foi jornalista e diplomata, tendo sido cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Na sua obra distinguem-se três fases: a primeira, de influência romântica (até 1870, com O mistério da estrada de Sintra), a segunda, de afirmação do Realismo (1871-1880), e a terceira, aberta ao experimentalismo e à conciliação de influências diversas (nomeadamente com A cidade e as serras, publicada postumamente em 1901). O mandarim (1880) integra actualmente o Plano Nacional de Leitura como obra recomendada para o 9.º ano de escolaridade. 11 a 22 NovEMBRO Conversa com o público Sáb 14 Nov às 18h00 Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa, Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade e Pedro Walter Cenário e figurinos Ana Paula Rocha 12 Ter a Qui às 15h00 | Sex às 15h00 e 21h30 Sáb às 16h00 e 21h30 | Dom às 16h00 Sala Experimental | M/12 | 1H15 luz José Carlos Nascimento Som Miguel Laureano Voz e elocução Luís Madureira Projecções Pedro Proença c r ia ç ã o A tragédia optimista De Vsevolod Vichnievski encenação de Rodrigo Francisco E m plena Guerra Civil Russa, a tripulação anarquista de um navio que combatera na I Grande Guerra recebe um comissário bolchevique, que tem como missão mobilizá-la para a causa comunista. O comissário é, surpreendentemente, uma mulher, que muito rapidamente tem de se impor entre marinheiros. Segue-se um intenso debate ideológico, no qual se discutem os valores e os ideais da Revolução. E, pouco a pouco, de uma tripulação anarquista começa a surgir uma vontade comum. A tragédia optimista confronta-nos com o passado, num momento histórico em que importa voltar a pensar a relação entre o interesse individual e o interesse colectivo. Que motivos haverá ainda para que nos unamos em torno de uma causa? Vsevolod Vichnievski (1900-1951) foi um dramaturgo e escritor russo que celebrou a revolução russa nas suas obras. Para além da sua carreira literária, também se distinguiu como militar, tendo participado, por exemplo, no cerco a Leninegrado. Foi correspondente de guerra para o jornal Pravda. A tragédia optimista é a sua obra mais conhecida, tendo sido levada à cena por Alexander Tairov, em 1933, e adaptada para cinema por Samson Samsonov, em 1963. Em França, esta obra suscitou o interesse de encenadores como Bernard Sobel, Clément Harari ou Jean Jourdheuil. 04 a 13 Dezembro Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Principal | M/12 Intérpretes Adriano Carvalho, Ana Cris, André Albuquerque, André Gomes, Carlos Pereira, João Tempera, Manuel Mendonça, Marco Trindade, Marinus Luyks, Miguel Eloy e Pedro Lima Tradução António Pescada Cenografia Manuel Graça Dias e Egas José Vieira Figurinos Ana Paula Rocha Luz Guilherme Frazão Som Miguel Laureano Movimento Catarina Câmara 13 c r ia ç ã o Pastéis de nata para Bach Dramaturgia de Pedro Proença e Teresa Gafeira encenação de Teresa Gafeira E se a falta de açúcar aborrecesse Bach tanto quanto o aborreciam os bloqueios criativos e a dormência da inspiração? Bach foi um compositor brilhante, um instrumentista virtuoso, muito admirado no seu tempo… E se escondesse um amor inconfessável por doces? Sobretudo por pastéis de nata, a famosa iguaria portuguesa que teve o privilégio de provar no Sacro Império Romano-Germânico, numa tarde longínqua do século XVIII? Pastéis de nata para Bach é o novo espectáculo da CTA para a infância e procura, segundo Teresa Gafeira, “remar contra a vulgaridade que caracteriza muita da produção teatral e musical para crianças”. Depois de O barbeiro de Sevilha, A flauta mágica e Verdi que te quero Verdi, a actriz e encenadora continua assim o trabalho que tem vindo a desenvolver para aproximar os mais novos da música clássica. Teresa Gafeira fez parte, no início dos anos 70, do núcleo fundador do Grupo de Teatro de Campolide, no qual também se estreou como actriz, na peça Vida de D. Quixote de La Mancha e do gordo Sancho Pança, de António José da Silva. Encenou, em 1992, o seu primeiro espectáculo para a infância, Sopa de pedras. Desde então tem desenvolvido, a par da sua carreira de actriz, um trabalho continuado na criação e adaptação de espectáculos dirigidos a um público infanto-juvenil. Sessões especiais para escolas nos dias úteis, por marcação entre 09 e 18 de Dezembro Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa, João Farraia e Pedro Walter Cenário e figurinos Pedro Proença 14 05 a 20 Dezembro Sáb e TER 08 às 16h00 Dom às 11h00 Sala Experimental | M/3 | 00h50 luz José Carlos Nascimento Som Miguel Laureano produções acolhidas Incumbe ao Estado, em colaboração com todos os agentes culturais: b) Apoiar as iniciativas que estimulem a criação individual e colectiva, nas suas múltiplas formas e expressões, e uma maior circulação das obras e dos bens culturais de qualidade. Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa 15 Artistas Unidos (Lisboa) Co-produção: Teatro Viriato, Fundação Centro Cultural de Belém e Teatro Nacional S. João Gata em Telhado de Zinco Quente De Tennessee Williams encenação de Jorge Silva Melo Q uando perguntavam a Tennessee Williams qual era, das que tinha escrito, a sua peça preferida, este respondia: “elas são tantas que respondo sempre ‘a última’. Ou então, cedo ao instinto de dizer a verdade e respondo: a versão escrita de Gata em telhado de zinco quente”. Na peça que foi transformada num clássico do cinema americano em 1958, com Elizabeth Taylor e Paul Newman nos principais papéis, Margaret e Brick vivem um casamento destruído pelo álcool, pela ausência de filhos, pelos mistérios e mentiras, num Sul imaginado por Williams, no qual “tudo se agita em volta do dinheiro”. Tennessee Williams (1911-1983) nasceu em Columbus, Mississipi. O Sul dos Estados Unidos inspirou uma parte considerável da sua obra – nomeadamente Um eléctrico chamado desejo (1947), o texto com que venceu o seu primeiro Pulitzer. Algumas das suas peças foram adaptadas para cinema e transformaram-se em verdadeiros clássicos. Gata em telhado de zinco quente estreou em 1955 e valeu a Williams o seu segundo Pulitzer. Jorge Silva Melo (n. 1948) foi co-fundador do Teatro da Cornucópia, com Luis Miguel Cintra, com quem partilhou a direcção da companhia até 1979. Estagiou em Berlim, com Peter Stein, e em Milão, com Giorgio Strehler. Ao longo da sua carreira tem trabalhado como encenador, realizador, actor, dramaturgo, crítico, professor e programador. Fundou os Artistas Unidos em 1995. 15 a 18 Janeiro Qui a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Principal | M/16 | 2h00 Intérpretes Américo Silva, Catarina Wallenstein, Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles, João Vaz, Rafael Barreto, Rúben Gomes, Tiago Matias, Vânia Rodrigues e as estagiárias da ESTC Inês Laranjeira e Margarida Correia 16 Assist. de encenação Leonor Carpinteiro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires O Teatrão (coimbra) Co-produção: Conservatório de Música de Coimbra O contrabaixo De Patrick Süskind encenação de Antonio Mercado E m O contrabaixo, António Fonseca interpreta um músico que nos fala das suas mais intensas paixões: a música e uma cantora de ópera. Este contrabaixista é um homem “sem rosto e sem nome, no meio da multidão”, que carrega consigo o peso de uma vida de trabalho árduo e inglório, não deixando, porém, de trazer dentro de si “um universo inquietante de sonhos, de frustrações, de injustiças, de alegrias e paixões”. No seu interior cresce também uma fúria – aquela fúria contida dos que são ignorados, desprezados, injustamente preteridos, relegados à massa informe, obrigados a submeterem-se à rigidez das hierarquias. “Uma fúria pulsante que a qualquer momento pode explodir num improvável grito de libertação”. Patrick Süskind (n. 1949) estudou História Moderna e Medieval na Universidade de Munique e em Aix-en-Provence, em França. Foi com O perfume (1985) que atingiu o reconhecimento internacional. O contrabaixo foi outra das obras que mais contribuiu para o seu sucesso, sendo uma das mais encenadas de sempre na Europa. Antonio Mercado (n. 1945) é um encenador, dramaturgo, tradutor e professor de teatro, de nacionalidade brasileira. Iniciou o seu percurso no TUCA, que fundou e dirigiu. No Brasil levou à cena textos de Bertolt Brecht, Molière, Michael Bennett e Oduvaldo Vianna Filho, entre outros. Actualmente reside em Coimbra, onde tem colaborado com O Teatrão desde a fundação do grupo. Conversa com o público Sáb 07 FEV às 18h00 Intérprete António Fonseca Dramaturgia Antonio Mercado Desenho de Luz Alexandre Mestre 05 a 08 Fevereiro Qui a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Experimental | M/12 | 1h00 Sonoplastia Rui Capitão Apoio Musical Rui Pereira (Conservatório de Música de Coimbra) e Romeu Santos 17 Mundo Razoável (Porto) Longe do corpo Texto e encenação de Marta Freitas C arlota vive aprisionada num corpo que não lhe pertence. Nasceu homem, mas sente-se mulher, o que ainda é imperdoável numa terra onde toda a gente se conhece. Só o Padre parecia entendê-la, mas esse era “um homem com um pensamento grande demais para as pessoas da terra”. No caminho para passar para “o outro lado do espelho”, cruza-se com Rogério, que a leva numa viagem onde “o amor e o corpo não têm forma”. Longe do corpo é uma reflexão em torno do tema da transexualidade, num mundo em que, segundo Marta Freitas, “somos bem mais do que homens ou mulheres: somos, acima de tudo, pessoas”. Marta Freitas (n. 1976) é actriz, dramaturga, encenadora e docente no ensino artístico. Como dramaturga, tem vindo a desenvolver um trabalho regular: Cego de amor (2005), Lucki e as Baibies (2007), Falha (2008), Danos colaterais (2009), Cem lamentos (2010), Imundação (2011), Diz-lhes que não falarei nem que me matem (2012). Como actriz, tem participado em espectáculos de criadores como Ricardo Pais, António Durães, Nuno Carinhas ou Nuno M. Cardoso. Conversa com o público Sáb 14 FEV às 18h00 INTéRPRETes Paulo Moura Lopes, Pedro Mendonça e Vítor Fernandes PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Natasha Semmynova LUZ Bruno Santos 18 13 a 15 Fevereiro Sex e Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Experimental | M/14 | 1h15 SONOPLASTIA, MÚSICA ORIGINAL E PARTICIPAÇÃO AO VIVO Vítor Rua e Ricardo Raimundo VÍDEO Marta Freitas e Pedro Almendra CENOGRAFIA E FIGURINOS Catarina Barros Teatromosca (Sintra) Moby-Dick a partir de Herman Melville encenação de Pedro Alves U ma perseguição obsessiva a uma baleia branca, em busca de vingança. É esta a missão que o capitão Ahab empreende em Moby-Dick, comandando o Pequod contra tudo e contra todos. Ismael é a testemunha, o narrador dessa viagem que atravessa os mares naquela que é considerada “uma narrativa de aventuras para alguns, epopeia metafísica para outros”. “Ahab é descrito como uma personagem monomaníaca, figura satânica, guiada por um único objectivo, capaz de vergar tudo e todos pela paixão que lhe arde no peito: a sede de vingança, a vontade de destruir Moby-Dick”. Em 2013, o Expresso elegeu Moby-Dick como um dos melhores espectáculos do ano. Herman Melville (1819-1891) foi um escritor, poeta e ensaísta norte-americano. Passou uma parte considerável da sua vida no mar, o que influenciou muitas das suas obras. Embora este romance seja hoje considerado um clássico da Literatura mundial, na época foi mal recebido pela crítica e pelos leitores. Em vida, Melville não teve sucesso enquanto escritor. Pedro Alves (1979) é co-fundador e director artístico do Teatromosca, onde tem desempenhado funções de actor, produtor e encenador. Dirigiu, entre outros, os espectáculos Dog Art, Kip, As três vidas de Lucie Cabrol (Prémio Especial do Júri do Festival Les Eurotopiques, em Lille), Europa e Tróia. Conversa com o público Sáb 07 mar às 18h00 Intérpretes Pedro Mendes (actor) e Ruben Jacinto (músico) Adaptação Tiago Patrício Assistência de encenação Mário Trigo 05 e 06 Março Qui e Sex às 21h30 Sala Experimental | M/12 | 1h45 Cenografia Pedro Silva Direcção técnica Carlos Arroja Vídeo Raul Talukder 19 Teatromosca (Sintra) Co-produção: Quorum Ballet, Theatro Circo, Embaixada dos E.U.A. e Art Institute O som e a fúria A partir de William Faulkner encenação de Pedro Alves A ruína dos Compton, uma família de antigos aristocratas do Sul dos Estados Unidos, está no centro de O som e a fúria. O romance de William Faulkner é construído a partir de três pontos de vista: o de Benjy, jovem adulto com problemas mentais; o de Quentin, o irmão que se suicidou; e o de Jason, o irmão normal. Para Pedro Alves, trata-se de uma obra sobre o tempo, “um tempo que no presente é sempre passado, e do qual o futuro está ausente”. Com este espectáculo, a companhia Teatromosca continua “uma investigação em torno dos Estados Unidos como pilar da cultura ocidental em frágil terreno, em terreno pantanoso”. William Faulkner (1897-1962) é considerado, juntamente com Mark Twain, Flannery O’Connor, Truman Capote, Harper Lee e Tennessee Williams, um dos mais importantes escritores da literatura sulista dos EUA. Em 1949, recebeu o Prémio Nobel da Literatura. Utilizando a técnica do “fluxo de consciência” consagrada por James Joyce, Virginia Woolf, Marcel Proust e Thomas Mann, Faulkner narrou a decadência do Sul dos EUA, interiorizando-a nas suas personagens, a maioria delas vivendo situações desesperantes. Conversa com o público Sáb 07 mar às 18h00 Intérpretes Filipe Araújo, João Cabral e Ruben Chama (actores), Catarina Correia, Inês Pedruco e Margarida Costa (bailarinas) e Ruben Jacinto (músico) Assist. de encenação Maria Carneiro e Mário Trigo 20 07 e 08 Março Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Experimental | M/14 | 2h00 Adaptação Alexandre Sarrazola Cenografia Pedro Silva Figurinos Carlos Coxo Direcção técnica Carlos Arroja Vídeo Ricardo Reis Teatro do Vão (Lisboa) Co-produção: Teatro do Vão e Teatro Nacional D. Maria II Radiografia de um nevoeiro imperturbável A partir de Fernando Augusto encenação de Daniel Gorjão P ríncipe Bão, uma das peças de teatro de Fernando Augusto, foi o ponto de partida para este espectáculo. “É a história de amor de D. Sebastião por Luís da Silva, um pajem”, esclarece Daniel Gorjão, cujo trabalho de encenação dá particular importância ao corpo e ao movimento. “Teatro coreografado” é, aliás, uma das expressões utilizadas pela imprensa para descrever este trabalho do Teatro do Vão. O dispositivo cenográfico permite aos espectadores assistir ao espectáculo de diferentes ângulos, para que “nos encaremos como aquilo que somos”. Fernando Augusto (1947-2003) foi dramaturgo, encenador e professor. Das suas peças destacam-se Solário (Prémio Eça de Queiroz 1992), Príncipe Bão (Prémio Baltazar Dias 1995), Pastéis de nata para a avó (Prémio do Concurso Dramatúrgico Nacional A Barraca) e A última batalha (Grande Prémio de Teatro SPA/Novo Grupo), todas elas levadas à cena. Daniel Gorjão (n. 1984) frequentou o curso de Formação de Actores da Universidade Moderna e a ESTC. A partir de 2003 integrou produções do Teatro Politeama, onde foi dirigido por Filipe La Féria. Em 2010 criou e dirigiu Um dia dancei só um dia dancei, com o qual venceu o prémio Emergentes (TNDMII/Festival de Almada). Fundou o Teatro do Vão em 2012, do qual é director artístico. 20 e 21 Março Sex e Sáb às 21h30 Sala Experimental | M/12 | 1h00 Intérpretes André Patrício, Cátia Terrinca, João Duarte Costa, João Villas-Boas, Miguel Raposo, Teresa Tavares e Ana Rita Rosa, André Delgado, Fernanda Azougado, Filipe Freitas, Inês Cruz e João Reis Dramaturgia Cátia Terrinca e Ricardo Boléo Espaço cénico Daniel Gorjão e Bruno Terra Da Motta luz Miguel Cruz som Sara Vicente Apoio ao movimento Maria Azevedo Carvalho Apoio à voz Luís Moreira Guarda-roupa Ricardo Aço 21 Teatro do bairro (Lisboa) Mana solta a gata a partir de Adília Lopes encenação de António Pires A ntónio Pires desejava há muito trabalhar os textos de Adília Lopes, por considerar que a sua obra permite uma “identificação imediata”. O estilo da poetisa, aparentemente coloquial e naïf, está repleto de jogos fonéticos, associações livres e rimas infantis. Em Mana solta a gata, Pires criou uma “coreografia hiper-realista” na qual duas mulheres gordas, interpretadas por dois homens, andam e dizem o que Adília Lopes escreveu. No entanto, “nada disto é grotesco. Nem o movimento, nem a actuação”. Adília Lopes (n. 1960) é o pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, poetisa, cronista e tradutora. As suas principais influências literárias são Sophia de Mello Breyner Andresen e Ruy Belo, mas também a Condessa de Ségur, Emily Brönte, Enid Blyton, Roland Barthes ou Nuno Bragança. Colaborou com poemas, artigos ou poemas traduzidos, em diversos jornais e revistas, nacionais e estrangeiros. António Pires tem vindo a desenvolver, desde 1990, um trabalho que poderá ser descrito como teatro coreográfico, onde o texto e as imagens se fundem. Ao longo do seu percurso artístico, tem apresentado trabalhos a convite de várias entidades, como o Teatro da Cornucópia, o São Luiz Teatro Municipal e o Maria Matos Teatro Municipal, entre outros. Também foi impulsionador de projectos como o do Teatro do Bairro, cuja direcção artística partilha com Alexandre Oliveira. dia mundial do teatro: Entrada livre Intérpretes Hugo Mestre Amaro, João Araújo e Rafael Fonseca Assistência de encenação Tomás Nolasco Adapt., dramaturgia e concepção cénica António Pires Figurinos Luís Mesquita 22 27 Março Sex às 21h30 Sala Principal | M/14 | 1h10 luz Vasco Letria Apoio coreográfico Paula Careto Costureira Rosário Balbi Adereços Carla Freire Ilustração Joana Vilaverde ACTA — A Companhia de Teatro do Algarve (Faro) Nossa Senhora da Açoteia De Luís Campião encenação de Luís Vicente L uís Vicente encena e interpreta Nossa Senhora da Açoteia, um monólogo de Luís Campião que venceu, em 2012, o Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva. A acção desenrola-se numa aldeia do Algarve litoral, “quando ainda eram pujantes a faina da pesca e a indústria de conserva de peixe, e os homens e mulheres viviam do mar e para o mar”, como explica o autor do texto. Uma mulher conta a sua história, bem como a das gerações que a precederam. Entre o risível e o trágico, a paixão e a morte, Nossa Senhora da Açoteia trata de “envenenamentos; bruxarias; um esquartejamento; violência física e psicológica extrema ao longo de três gerações...”. Luís Campião (n. 1974) é actor, encenador, professor e dramaturgo. Iniciou a sua formação em 1995 na Escola de Formação Teatral do CENDREV. É licenciado em Teatro pela ESMAE. Escreveu as peças A cova dos ladrões (2010), Parabéns (2012), Nossa Senhora da Açoteia (2012) e O menino da burra (2013). Luís Vicente (n. 1953) estudou Engenharia Mecânica, Psicologia e Expressão Dramática. Assumiu diversas funções em projectos de teatro, cinema e televisão em Portugal, Espanha, França, Angola, Bélgica, Itália, Alemanha, Luxemburgo e Brasil. Foi em várias ocasiões e sob diferentes pretextos distinguido e premiado em Portugal e no estrangeiro. É, desde 1999, director artístico da ACTA. Conversa com o público Sáb 28 mar às 18h00 Intérprete Luís Vicente Execução cénica Tó Quintas 27 a 29 Março Sex e Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Experimental | M/12 | 1h00 luz Octávio Oliveira Operação de luz Nuno Silvestre 23 Culturproject (Lisboa) Co-produção: Artistas Unidos Misterman De Enda Walsh encenação de Elmano Sancho M isterman centra-se na figura de Thomas, um homem de 33 anos que vive com a mãe incapacitada numa aldeia chamada Inishfree. Este homem, que tem “a presunção de ser bom, de ser superior aos outros, de ter uma ligação especial com Deus”, sai todos os dias de casa para inspeccionar o comportamento dos habitantes da sua aldeia e assegurar o cumprimento dos valores morais e éticos. Elmano Sancho estreia-se na encenação com uma peça que é considerada “uma prima afastada” de A última gravação de Krapp, de Samuel Beckett. Enda Walsh (n. 1967) nasceu em Dublin. Mudou-se para Cork, onde colaborou com o encenador Pat Kiernan. À primeira peça original de Enda Walsh, The Ginger-ale Boy (1995), seguiram-se Disco Pigs (1996) e Misterman (1999). Acamarrados (2000) foi a primeira peça de Enda Walsh a ser dirigida pelo próprio, que também tem escrito para rádio e cinema – nomeadamente o argumento de Hunger, de Steve McQueen. Elmano Sancho (n. 1979) tem trabalhado como actor em Portugal, França e Espanha. Já foi dirigido por encenadores como Emmanuel Demarcy-Mota, Rogério de Carvalho, Jorge Silva Melo, Ana Tamen, Miguel Abreu, Maria João Miguel e Paulo Alexandre Lage. Conversa com o público Sáb 11 Abr às 18h00 Intérprete Elmano Sancho Assistência de encenação Luciana Ribeiro Vozes Andreia Bento, António Simão, Filipa Duarte, João Meireles, Jorge Silva Melo, Luciana Ribeiro, Mirró Pereira, Mónica Cunha, Nuno Miranda e Pedro Carraca 24 10 e 11 Abril Sex e Sáb às 21h30 Sala Experimental | M/16 | 2h00 Tradução Nuno Ventura Barbosa Apoio vocal Natália de Matos Cenário e figurinos Rita Lopes Alves Espaço sonoro Pedro Costa Luz Alexandre Coelho João Samões (Almada) África fantasma a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha e Langston Hughes encenação de João Samões N o início do século XX, Pablo Picasso viu máscaras africanas numa exposição etnográfica no Museu do Trocadéro, em Paris. A impressão que lhe causaram foi tão intensa que, entre 1907 e 1909, procurou trabalhar novas possibilidades de representação do corpo na arte ocidental – o Período Africano. África tornava-se “um lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projectam todas as fantasias e fantasmas”, refere João Samões. Para o encenador, África fantasma é uma “peça-exorcismo dos traumas e fantasmas do colonialismo, onde se coloca em cena a denúncia do racismo e da violência do nosso (incompleto) humanismo ocidental”. João Samões (n. 1970) é encenador, dramaturgo, performer e pintor. Estudou Antropologia, Pintura e Artes Performativas. Trabalhou em projectos nacionais e internacionais de teatro, performance, improvisação e dança contemporânea. Criou as peças: 18 Minutos, Zonas de ruidosa influência, O labirinto a morte e o público, Blackout e O papagaio de Céline. 18 Abril Sáb às 21h30 Sala Experimental | M/12 | 0h45 Intérprete Joana Bárcia Dramaturgia e espaço cénico João Samões Vídeo João Dias 25 Companhia de Teatro de Braga No Alvo De Thomas Bernhard encenação de Rui Madeira M ãe e filha vivem juntas num apartamento, na cidade. O falecido marido, e pai, tinha sido o bem-sucedido proprietário de uma fábrica. Há décadas que mãe e filha fazem a mesma viagem no Verão, tendo como destino uma casa junto ao mar. Este ano, porém, convidam um jovem dramaturgo para as acompanhar durante as férias. Na sua companhia, a mãe procura encontrar um sentido para o seu passado, recordando a sua relação com o marido, que “detestava tanto como adorava ouvi-lo dizer a despropósito que tudo está bem quando acaba bem”. Recorda também o filho que lhes morreu muito novo, ainda no berço, e que não suportaria que fosse “conspurcado pela imundície das outras pessoas. Uma imundície que prolifera em tudo, no teatro, nos operários, na fábrica…”. Thomas Bernhard (1931-1989), romancista, dramaturgo e poeta austríaco, nasceu na Holanda. Passou a adolescência em casa dos avós maternos, na Áustria. Entre 1955-57 estudou Teatro no Mozarteum de Salzburgo. O estilo irónico e mordaz que usava para caracterizar o próprio país valeu-lhe uma relação de amor/ódio com o povo austríaco. Quando morreu, em 1989, deixou expressa a proibição de que as suas peças fossem representadas na Áustria. Rui Madeira (n. 1955) é actor e encenador profissional desde 1975. Em 1980 foi um dos fundadores, no Porto, da CENA, o grupo que daria origem em 1984 à Companhia de Teatro de Braga, onde ocupa o cargo de director artístico. Foi administrador executivo do Theatro Circo, em Braga, e integrou o secretariado organizador do 1º FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). 26 Abril Dom às 16h00 Sala Experimental | M/12 | 2h00 Intérpretes André Laires/Frederico Bustorff, Sílvia Brito, Solange Sá e Thamara Thais Tradução Anabela Mendes Cenografia Alberto Péssimo e Jorge Gonçalves 26 Figurinos Manuela Bronze Criação vídeo Frederico Bustorff Criação sonora Pedro Pinto Teatro Estúdio Fontenova (Setúbal) Saudação a Walt Whitman A partir de Fernando Pessoa, Federico Garcia Lorca e Walt Whitman criação colectiva S audação a Walt Whitman é a segunda parte – primeira a ser apresentada, no entanto – de uma trilogia que, na sua génese, “tinha o ritmo marcado pelos escritos de Federico Garcia Lorca”. Foi de Lorca, justamente, que surgiu o nome de Walt Whitman, já que o espanhol dedicou alguns versos ao poeta norte-americano, na sua Ode a Walt Whitman. Pessoa, com a sua Saudação, veio completar esta tríade de poetas desencontrados no tempo e na geografia. A admiração que os poetas ibéricos tinham por Whitman está bem manifesta em várias passagens dos poemas que lhe dedicaram. Walt Whitman (1819-1892) é considerado um dos mais importantes poetas norte-americanos. Da sua obra destaca-se Folhas de erva, volume que foi publicado pela primeira vez em 1855 com doze poemas sem título e um prefácio, e que foi depois reeditado por Whitman várias vezes ao longo da sua vida, tendo chegado, na sua forma derradeira, a conter 400 poemas. O Teatro Estúdio Fontenova é uma associação cultural fundada em Setúbal em 1985. Para além das produções que apresenta, dinamiza também formações e colóquios, e é responsável pela organização do Festival Internacional de Teatro de Setúbal, que em Agosto de 2015 terá a sua 17.ª edição. 02 e 03 Maio Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Experimental | M/16 | 1h00 Intérpretes Eduardo Dias e Wagner Borges (actores), Filipe Oliveira (músico) Espaço cénico e luz José Maria Dias Apoio ao movimento Tiago Boto Música original Filipe Oliveira com a participação especial de Davide Fournier Realização, videomapping e fotografia Leonardo Silva 27 Cine-Teatro Constantino Nery / Câmara municipal de matosinhos Co-produção: casa das artes de famalicão Trago-te na pele De Marta Freitas encenação de Luisa Pinto D uas narrativas, dois casais, duas relações. Duas perspectivas diferentes sobre o mesmo tema: o amor. Um casal de escritores aparecerá em projecção vídeo, outro casal, de artistas plásticos, no palco. Duas realidades distintas que acabam por se intersectar. Cada uma das relações é, simultaneamente, de interdependência e rivalidade, de influência mútua e de competição. A partir de uma ideia original de Luisa Pinto, que convidou Marta Freitas a escrever um texto especialmente para este projecto, Trago-te na pele joga-se na hibridez entre o palco e a tela, transpondo “barreiras entre o real e o imaginário”. Luisa Pinto (n. 1965) é encenadora e professora na Escola Superior Artística do Porto, onde também concluiu um mestrado em Teatro e Encenação. Directora artística do Cine-Teatro Constantino Nery desde 2007, tem privilegiado, no seu trabalho, textos de autores de língua portuguesa e mantido uma relação estreita com o Brasil. Desenvolve desde 2006 um projecto de reinserção social que reúne reclusos e actores profissionais. 13 Junho Sáb às 21h30 Sala Principal | M/14 | 1h15 (Aprox.) Intérpretes isabel carvalho e Pedro Almendra Realização vídeo, cenografia e figurinos Luisa Pinto 28 Desenho de luz Bruno Santos Ambientes sonoros Carlos Tê Companhia de Teatro de Braga Co-produção: Nondual Productions A máquina do Mundo De Alexej Schipenko e Juri Sternburg encenação de Alexej Schipenko O que move o nosso Mundo? Este projecto nasce da vontade de criar uma “arte ‘usável’, que estimule um processo de mudança social; uma arte que cria menos ‘um produto’ e aposta mais na participação cultural”. Como A máquina do Mundo põe em contacto artistas portugueses e alemães, vai dar “especial atenção à diferente percepção da crise no país mais pobre e no mais rico”. Alexej Schipenko (n. 1961) é um escritor, dramaturgo, realizador e músico russo. Estudou Arte Dramática em Moscovo. As suas peças de teatro foram representadas em países como a Rússia, a Suíça, a Alemanha, o Luxemburgo, a França, o Reino Unido ou os Estados Unidos da América. Juri Sternburg (n. 1983) é um graffiter, street artist, jornalista e dramaturgo alemão. Trabalhou no Maxim Gorki Theater, em Berlim, e no Teatro Alemão em Almaty, no Cazaquistão. A sua primeira peça, 6 quadratmeter chrom, estreou em 2007 no Festival Trockenschwimmer, em Berlim. 27 Setembro Dom às 16h00 Sala Experimental | M/12 | 2h00 (Aprox.) Intérpretes André Laires, Andrij Kritenko, Attila Manju, Carlos Feio, Dorte Lyssewski, Frederico Bustorff, Rogério Boane, Rui Madeira, Sílvia Brito, Solange Sá, Stipe Ercegs, Thamara Thais e Tójó Dramaturgia Anna Langhoff 29 ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve (Faro) À espera de Godot De Samuel Beckett encenação de Luís Vicente V ladimir e Estragon são os dois anti-heróis tragicómicos de Beckett que esperam por esse alguém que nunca aparece: Godot. No texto original, os protagonistas estão no limite da subsistência: são vagabundos, quase completamente despojados de bens materiais. Nesta versão, Vladimir e Estragon são deliberadamente deslocados para a classe média: “Interessa-nos mostrar aquele homem que vive a sua ‘vidinha’, que cumpre com as formalidades institucionais, inerentes à sua sobrevivência nos planos social, familiar e íntimo”. A espera, essa, mantém-se inalterada. Samuel Beckett (1906-1989) nasceu em Dublin, na Irlanda. Acerca da sua infância dizia que sempre teve “pouco talento para a felicidade”. Em 1928 rumou a Paris, onde foi discípulo de James Joyce. O seu período mais prolífico veio depois da II Grande Guerra, quando escreveu Molloy (1951), Malone está a morrer (1951), À espera de Godot (1952), O inominável (1953) e Novelas e textos para nada (1955). Foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura em 1969. 09 e 10 Outubro Sex e Sáb às 21h30 Sala Principal | M/12 | 2h00 (c/interv.) Intérpretes Manuel Cavaco, Pedro Laginha, Pedro Lima, René Barbosa e Tânia da Silva 30 Dramaturgia Ana Clara Santos Cenografia Jean-Guy Lecat Nao D’Amores (Segóvia) co-apresentação: Mostra espanha 2015 Misterio del Cristo de los Gascones Dramaturgia e encenação de Ana Zamora C risto de los Gascones, uma escultura de Cristo em madeira, com braços articulados, é o único testemunho de uma cerimónia litúrgica que se realizava na Igreja de San Justo, em Segóvia, no século XV. Prosseguindo a sua investigação em torno da relação entre o teatro e os ritos religiosos, a companhia espanhola Nao d’amores propõe uma recriação livre e contemporânea dessa cerimónia. Misterio del Cristo de los Gascones não é uma reconstituição histórica, mas sim uma reinterpretação de uma cerimónia que nos confronta com “perguntas universais, para as quais, mesmo depois de vários séculos, continuamos a não ter respostas”. Ana Zamora é licenciada em Encenação e Dramaturgia pela RESAD. Em 2001 fundou a companhia Nao d’amores, com a qual desenvolve um trabalho de investigação e de formação em torno do teatro pré-barroco. Já levou à cena peças como Comedia llamada Metamorfosea, de Joaquín de Cepeda (2001), Auto de la Sibila Casandra (2003) e Auto de los cuatro tiempos (2004), ambos de Gil Vicente, Auto de los Reyes Magos (2008), Dança da morte (2010) e Penal de Ocaña (2013), apresentada no 31.º Festival de Almada. Conversa com o público Sáb 17 out às 18h00 Intérpretes Alejandro Sigüenza, David Faraco, Elvira Cuadrupani e Nati Vera (actores) e Alicia Lázaro, Elvira Pancorbo, Isabel Zamora e Sofia Alegre/Alba Fresno (músicos) Arranjos e direcção musical Alicia Lázaro Títeres David Faraco 17 Outubro Sáb às 21h30 Sala Principal | M/12 | 1h00 Desenho e construção do Cristo David Faraco, Miguel Ángel Coso e Sofie Krog Cenografia Richard Cenier Figurinos Deborah Macías Luz Miguel Ángel Camacho Coreografia Lieven Baert 31 Teatro Nova Europa (Porto) co-apresentação: Mostra espanha 2015 Instantáneas De Antonio Cremades encenação de Luís Mestre P edro e Helena, os protagonistas de Instantáneas, são duas personagens com concepções do Mundo totalmente opostas. Enquanto Pedro quer parar o tempo, imobilizar cada instante como quando tira uma fotografia, Helena assume uma busca constante. “Só há dois tipos de pessoas: as que se dedicam a procurar e as que esperam”, diz Pedro no início da peça. Antonio Cremades confronta-nos com a história da relação entre dois amantes que se aproximam e afastam de acordo com os seus diferentes pontos de vista sobre a vida. A procura e a espera são, afinal, caminhos que inevitavelmente se cruzam, mesmo que apenas por um instante. Antonio Cremades (n. 1960) é um dramaturgo espanhol. Frequentou oficinas de escrita de autores como Sergi Belbel, Paloma Pedrero, Juan Mayorga, Itziar Pascual e Antonio Oneti. Da sua obra constam já mais de 20 peças de teatro, com as quais venceu vários prémios, designadamente o Prémio Calderón de la Barca. Luís Mestre (n. 1974) é dramaturgo, encenador, professor e actor. Do seu trabalho como dramaturgo destacam-se Numa certa noite (2008), Num dia qualquer (2009), Agora sou Medeia (2010), A manhã, a tarde e a noite (2010, peça vencedora do Concurso INATEL/Teatro Novos Textos) e Perder a noite (2011). É director artístico do Teatro Nova Europa desde 2004. 18 Outubro Dom às 16h00 Sala Experimental | M/12 | 1h15 Intérpretes Luís Mestre e Piedad Montero Desenho de luz Joana Oliveira 32 Cenografia Ana Gormicho Figurinos Teatro nova europa Cine-Teatro Constantino Nery / Câmara municipal de matosinhos Caminham nus empoeirados De Gero Camilo encenação de Luisa Pinto e Gero Camilo D ois actores decidem romper com a vida pacífica que tinham tido até então e partem em busca do espectáculo que sonham encenar. Caminham nus empoeirados é uma história de sobrevivência, companheirismo e amor – o amor que estes actores descobrem sentir um pelo outro, mas também o amor que partilham pelo teatro e pela arte. Caminham nus empoeirados promete levar-nos por um percurso de encontros e desencontros, numa história que nos fala também do poder transformador do teatro. Gero Camilo (n. 1970) é um actor, dramaturgo e encenador brasileiro. Estreou-se no teatro profissional com Cândida Erêndira e sua avó desalmada, de Gabriel García Marquez e, em seguida, escreveu, dirigiu e protagonizou o monólogo A procissão (1998). O primeiro filme em que participou como actor foi Cronicamente inviável (2000), realizado por Sérgio Bianchi. Mais tarde, fez parte do elenco de filmes como Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles, e Homem em fúria (2004), de Tony Scott. 24 Outubro Sáb às 21h30 Sala Experimental | M/16 | 1h15 Intérpretes João Costa e Victor Mendes Cenografia e figurinos Luisa Pinto Desenho de luz Bruno Santos 33 Companhia João Garcia Miguel (Torres Vedras) Co-produção: Câmara Municipal de Torres Vedras e Teatro-Cine de Torres Vedras Hamlet talvez a partir de William Shakespeare encenação de João Garcia Miguel D epois de Burgher King Lear (2006), Romeu & Julieta (2011) e Open Hamlet (2013), João Garcia Miguel continua o seu diálogo com William Shakespeare com este Hamlet talvez. Para Garcia Miguel, Hamlet “impõe-se como uma dúvida fracturante, uma espécie de entidade oracular e fantasmagórica que anuncia, avant la lettre, o sujeito moderno e as suas ramificações na direcção do sujeito contemporâneo”. O talvez no título indicia que o caminho a percorrer não será o mais convencional. João Garcia Miguel (n. 1961) iniciou a sua carreira profissional na década de 80. Foi um dos fundadores dos colectivos Canibalismo Cósmico, Galeria Zé dos Bois e OLHO – Associação Teatral, que dirigiu entre 1991 e 2002. Em 2003 fundou a Companhia João Garcia Miguel e, em 2008, tornou-se director artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras. Em 2014 foi distinguido com o Prémio SPA para Melhor Espectáculo de Teatro, com Yerma. 30 e 31 OutUBRO Sex e Sáb às 21h30 Sala Experimental | M/12 | 1h15 (aprox.) Intérpretes José Wallenstein, Miguel Borges e Sara Ribeiro (distribuição em curso) Tradução e adaptação João Garcia Miguel 34 Figurinos Ana Luena Desenho de luz João Garcia Miguel Apoio à dramaturgia Mário Verino Rosado O Teatrão (Coimbra) Moscovo fica mais para Norte a partir de Anton Tchecov encenação de Marco António Rodrigues E m As três irmãs, Tchecov colocava em cena Olga, Masha e Irina, cada qual com uma postura diferente em relação a um hipotético regresso a Moscovo. Em qualquer dos casos, a grande cidade representava um ponto de referência e a promessa de mudança. A proposta de Moscovo fica mais para Norte é a de adaptar o clássico russo ao Portugal do século XXI, um país integrado numa Europa que passou os últimos anos em queda. Na base deste trabalho está um documentário, que será utilizado por uma das irmãs “como forma de inventariar as relações entre o Estado e o cidadão, a memória e o presente, o passado generoso e revolucionário, e o futuro a ser reinventado a partir de uma perspectiva humanista”. Marco António Rodrigues (n. 1955) é encenador desde 1984. Fundador do Folias d’Arte, de São Paulo, já encenou textos de Ésquilo, Sófocles, Brecht, Shakespeare, Büchner, Sarah Kane, Peter Weiss, Elizabeth Hauptmann, Nelson Rodrigues ou Plínio de Marcos. Alguns dos seus espectáculos foram distinguidos com os prémios APCA, Qualidade Brasil, Prémio Mambembe, Shell e Prémio Villanueva de Cuba, como os melhores dos respectivos anos. Conversa com o público Sáb 07 nov às 18h00 Intérpretes Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Santos, Margarida Sousa e Nuno Carvalho Direcção musical Rui Lúcio Desenho de luz Alexandre Mestre 06 a 08 Novembro Sex e Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 sala experimental | M/12 | 1h45 (aprox.) Apoio ao movimento Joana Mattei Cenário e figurinos Filipa Malva Documentário Centro de Estudos Cinematográficos 35 Centro Dramático Galego (Santiago de Compostela) Unha corrente sAlvaxe De Raúl Dans encenação de Manuel Guede OLIVA U nha corrente salvaxe centra-se em Ana, uma mulher que vive com um homem que não ama, e que nunca conseguiu esquecer o seu primeiro amor: o pai da sua filha adolescente. Raúl Dans combina elementos das tragédias da Antiguidade Clássica com a dramaturgia mais contemporânea para expressar a angústia e infelicidade desta mãe, que mantém com a filha uma relação atribulada. No início da peça a protagonista recorda o passado para contextualizar o presente. Raúl Dans (n. 1964) é um dramaturgo, argumentista e actor espanhol. Considerado um dos autores de destaque da Geração dos 90, ou Geração Bradomín, Dans venceu com as suas obras dois dos mais importantes prémios atribuídos na Galiza: o Prémio Álvaro Cunqueiro (em 1994 e 2010) e o Prémio Rafael Dieste (1993). Foi também vencedor do Prémio Born com a peça Derrota (1997) e com Unha corrente salvaxe (2012). Manuel Guede Oliva (n. 1956) nasceu na Venezuela, embora há muito esteja radicado na Galiza, onde tem desenvolvido a maior parte da sua actividade como dramaturgo, tradutor, actor e encenador. Fez parte das companhias de teatro Grupo Histrión 70 e Agrupación Auriense. Foi director do Centro Dramático Galego entre 1991 e 2005, cargo a que regressou em 2012. Ganhou os prémios Álvaro Cunqueiro e Rafael Dieste com o seu texto La función del tequila. 18 DezEmbro Sex às 21h30 Sala Principal | M/12 | 1h45 36 dança Incumbe ao Estado, em colaboração com todos os agentes culturais: c) Promover a salvaguarda e a valorização do património cultural, tornando-o elemento vivificador da identidade cultural comum. Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa 37 Útero associação cultural (Guimarães) Co-produção: Centro Cultural Vila Flor, Cine-Teatro de Estarreja, Companhia João Garcia Miguel, Teatro Aveirense, Teatro O Bando, Teatro-Cine de Torres Vedras, Teatro Académico Gil Vicente e Teatro Virgínia Europa Direcção de Miguel Moreira e Romeu Runa E uropa procura reflectir sobre a actual condição do Velho Continente, tendo em conta a sua identidade e a sua história. Inspira-se na obra de Javier Nuñez Gasco, o artista plástico que, em 2009, se filmou a desenhar o actual mapa da União Europeia a golpes de faca na parede de um convento do século XVI. O processo tortuoso que definiu as suas fronteiras, os conflitos que por conta delas se travaram, a sensação de segurança que muitas vezes faltou e que hoje continua a preocupar os cidadãos europeus explicam, por outro lado, o lugar simbólico dos cobertores neste espectáculo. Miguel Moreira formou-se em Artes Performativas, no Chapitô. A sua actividade estende-se ao teatro (e à colaboração com encenadores como João Brites, João Garcia Miguel, Paulo Castro e Emmanuel Demarcy-Mota), à dança e ao cinema (participando em diversos filmes, nomeadamente de João Botelho e Paulo Rocha). Em 1997 fundou a Útero Associação Cultural. Romeu Runa iniciou a sua formação em dança no Conservatório de Lisboa. Integrou o Ballet Gulbenkian até à sua extinção, em 2005. Começou depois a trabalhar em diversas estruturas e com vários criadores, entre os quais se destacam Rui Horta, Paulo Ribeiro, Clara Andermatt, Olga Roriz, Berlinde de Bruyckere e Alain Platel. É actualmente co-director da Útero Associação Cultural. Conversa com o público Sáb 28 fev às 18h00 Intérpretes Catarina Félix, Marta Cerqueira e Beatriz Dias, Sandra Rosado e Vânia Rovisco 38 27 e 28 Fevereiro Sex e Sáb às 21h30 Sala Experimental | M/12 | 0h50 Música Pedro Carneiro Luz João Garcia Miguel Nome Próprio – Associação Cultural (Porto) Co-produção: Maria Matos Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor e Teatro Nacional S. João Zoo Coreografia de Victor Hugo Pontes Z oo é a nova criação de Victor Hugo Pontes e toma como ponto de partida as reflexões de John Berger e o seu livro de ensaios Why Look at Animals?. Debruça-se sobretudo sobre o paradoxo que torna possível identificar um “companheirismo inominável” e ancestral a unir homens e animais e, ao mesmo tempo, descobrir nos jardins zoológicos “um monumento à impossibilidade do encontro” entre ambos, uma dolorosa traição à natureza, um meio potente de entorpecer os instintos. Zoo reflecte sobre esse processo como experiência estética e tenta reabilitar os instintos pelo movimento livre dos intérpretes. Victor Hugo Pontes (n. 1978) é licenciado em Pintura. Completou a sua formação com vários cursos de Teatro, com o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança e com o curso de Encenação da Fundação Calouste Gulbenkian. No estrangeiro, frequentou a Norwich School of Art & Design e o Project Thierry Salmon – La Nouvelle École des Maîtres. Trabalha actualmente como actor, cenógrafo, professor, coreógrafo e encenador. 13 Março Sex às 21h30 sala Principal | M/12 | 1H00 Intérpretes Diletta Bindi, Joana Castro, Marco da Silva Ferreira, Paulo Mota, Pedro Rosa, Valter Fernandes e Vítor Kpez Cenografia F. Ribeiro Desenho de luz Wilma Moutinho Música original Rui Lima e Sérgio Martins Apoio dramatúrgico Madalena Alfaia Construção cenográfica Maia & Rocha Produção executiva Joana Ventura 39 Companhia Clara Andermatt (Lisboa) Co-produção: Culturgest, Teatro Nacional S. João, Teatro Viriato e Centro Cultural Vila Flor Fica no singelo direcção e Coreografia de Clara Andermatt F ica no singelo foi considerado pela crítica Luísa Roubaud o Melhor Espectáculo de Dança de 2014. A distinção aplaudia a corajosa incursão num domínio tão pouco explorado como o do folclore português, e congratulava-se com a reconfiguração contemporânea de danças tradicionais como a chamarrita, a gota, o fandango, o corridinho ou a muinheira. De facto, o diálogo estabelece-se entre a trepidação urbana dos dias que correm e o ritmo de um outro tempo, vinculado aos ciclos da Natureza. Um tempo onde a dança era o centro de rituais, de celebrações, de práticas de convívio e de trabalho e onde “as cadências repetitivas atenuavam o cansaço, estimulavam o fôlego e apaziguavam a solidão”. No final, um baile aberto ao público permitirá experimentar algumas das danças tradicionais que inspiraram a peça. Clara Andermatt (n. 1963) é considerada uma das pioneiras da Nova Dança Portuguesa – um movimento que, na segunda metade dos anos 80, assumiu uma linha estética de ruptura com as linguagens canónicas do passado. Iniciou a sua formação com a mãe, Luna Andermatt, e concluiu os estudos de dança em Inglaterra e nos EUA, como bolseira. Foi bailarina da Companhia de Dança de Lisboa e da companhia catalã Metros. Em 1991 criou a sua própria companhia. 20 Março Sex às 21h30 Sala Principal | M/6 | 1h15 Intérpretes André Cabral, Bruno Alves, Catarina Moura, Francisca Pinto, Joana Lopes, Linora Dinga, Luís Peixoto, Quiné Teles e Sergio Cobos Direcção musical Clara Andermatt e Luís Pedro Madeira 40 Composição Luís Pedro Madeira Desenho de luz José Álvaro Correia Figurinos José António Tenente Paisagem sonora electrónica Jonas Runa Ballet Nacional da Argentina (Buenos Aires) Chopiniana, O corsário, A morte do cisne, Clair de luna e Birthday Offering F undada em Janeiro de 2014 por iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social, a primeira companhia nacional de bailado da Argentina passará por Almada na digressão com que se estreia na Península Ibérica, apresentando um conjunto de cinco peças: Chopiniana, a partir da música de Frédéric Chopin; o curto bailado A morte do cisne, imortalizado pela bailarina russa Anna Pavlova no início do século XX; Clair de luna, a partir de Claude Debussy; e, finalmente, Birthday Offering, o bailado de Frederick Ashton apresentado em 1956 para comemorar o 25º aniversário do The Royal Ballet de Londres. Iñaki Urlezaga concluiu os seus estudos no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón, de Buenos Aires, e na The School of American Ballet. Como primeiro bailarino ou solista convidado, pisou alguns dos mais importantes palcos do Mundo, entre os quais se destacam o Covent Garden de Londres, o Het Muziektheater de Amesterdão, o Bolshoi de Moscovo e o Metropolitan de Nova Iorque. Tornou-se, em 2014, director artístico do Ballet Nacional da Argentina. 05 Abril Dom às 16h00 Sala Principal | M/4 | 1H50 (c/interv.) Direcção artística Iñaki Urlezaga Solistas Celeste Losa, Eliana Figueroa Valdivia, Gabriela Alberti e Matias Laconiani 41 c r ia ç ã o Companhia de dança de almada Identidade e multiplicidade Coreografias de Barbara Griggi e Nuno Gomes A Companhia de Dança de Almada faz 25 anos. Para comemorar, apresenta “um programa em que a tradição está presente como forma de afirmação da contemporaneidade e em que a diversidade dos criadores representa a identidade da companhia”. A celebração do futuro passará por uma colaboração inédita com Barbara Griggi, a coreógrafa e bailarina italiana radicada em Portugal desde que, em 1985, ingressou no Ballet Gulbenkian. Barbara Griggi iniciou a sua formação em dança em Turim, na escola da mãe e na companhia I balletti di Susanna Egri. Frequentou a Academia Nacional de Budapeste e a Academia Internacional de Dança de Cannes e de Monte Carlo. Actuou nas mais prestigiadas companhias italianas, sob a direcção de Micha Von Hoech e Amedeo Amodio. A convite de Jorge Salavisa integrou, em 1985, o Ballet Gulbenkian, onde permaneceu como bailarina principal até à sua extinção. Nuno Gomes iniciou os estudos de dança em 1998. Trabalhou com a Companhia de Dança do Tejo, a Companhia de Bailado da Madeira, o Centro Coreográfico de Valência e o Lisboa Ballet Contemporâneo. Colaborou com diversos coreógrafos, como Maria Palmeirim, José Grave, Patrick de Bana, Thomas Noone e Benvindo Fonseca. Como coreógrafo, é autor de Dancing for pleasure, Entre a necessidade e o medo (2008), Olhares (2010) e Jogos de letras (2012). 26 e 27 Setembro Sáb às 21h30 | Dom às 16h00 Sala Principal | M/6 | 1h15 Intérpretes Beatriz Rousseau, Bruno Duarte, Daniela Andana, Joana Puntel, Luís Malaquias, Mariana Romão, Miguel Santos e Nuno Gomes 42 Mercat de les Flors (barcelona) co-apresentação: Mostra espanha 2015 lo raro es que estemos vivos Coreografia de Patricia Caballero L o raro es que estemos vivos é uma celebração, possível naquele instante único e irrepetível em que única coisa capaz de morrer é a morte. É um momento de graça e de gratidão com contornos experimentais e aparência de auto-retrato. No entanto, embora pareça ter a leveza das obras por fazer que não se querem acabadas, Lo raro es que estemos vivos corresponde à segunda etapa de um percurso iniciado por Patricia Caballero em 2010, que culminou, no ano seguinte, na apresentação de Aqui gloria y después paz e que se nutre de uma intensa actividade de investigação sobre tradições religiosas, filosóficas, artísticas e populares ancestrais, de âmbito oriental e ocidental. Patricia Caballero (n. 1987) iniciou o seu percurso na dança e nas artes plásticas com Sonia Petrova, em 1992. Depois de passar por várias escolas espanholas e portuguesas, licenciou-se em Coreografia no Instituto do Teatro de Barcelona. Entre os seus trabalhos destacam-se 50 Hz (2006), Chronoscopio (2010) e Aqui gloria y después paz (2011). Actualmente colabora com o bailarino de flamenco Israel Galván. 04 Outubro Dom às 16h00 Sala Experimental | M/12 | 1h00 Intérprete Patricia Caballero Colaboração artística Lipi Hernández, Rui Catalão e Sonia Sánchez Luz Candela Brown e Mateo Duvai Figurinos Isabel López e Regla Caballero Gravações documentais de música Alan Lomax, Gonzalo Pérez Trascasa e Manuel García Matos 43 Companhia Nacional de Bailado Espectáculo a anunciar P restes a celebrar 40 anos de existência, a Companhia Nacional de Bailado tem apresentado, nos mais importantes palcos do País, peças do repertório clássico e criações contemporâneas, de origem nacional e estrangeira. Sob a sucessiva direcção artística de Armando Jorge, Isabel Santa Rosa, Jorge Salavisa, Luísa Taveira, Marc Jonker, Mehmer Balkan e Vasco Wellenkamp (a quem sucedeu, em 2010, a actual directora, Luísa Taveira) e com peças como Cinderela, Romeu e Julieta, Lago dos cisnes, Orfeu e Eurídice e Giselle, a CNB tem contribuído decisivamente para qualificar intérpretes e criadores e para formar um público de dança crítico e entusiasta. Tem também desenvolvido parcerias com outras estruturas de criação (trabalhando, por exemplo, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa) e com diversos músicos e maestros portugueses. 29 e 30 Dezembro Ter e Qua às 21h30 Sala Principal | M/6 44 música Incumbe ao Estado, em colaboração com todos os agentes culturais: d) Desenvolver as relações culturais com todos os povos, especialmente os de língua portuguesa, e assegurar a defesa e a promoção da cultura portuguesa no estrangeiro. Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa 45 Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) Orquestra Gulbenkian Direcção musical de David Afkham Obras De Anton Bruckner e Claude Debussy A Sinfonia n.º 5, de Bruckner, marca um momento de maturidade criativa e de consagração do compositor no meio musical vienense, pela monumentalidade da sua escala e pela complexidade da escrita envolvida, que oferecem uma audição fluida e elucidativa dos eventos musicais em jogo. Já Prélude à l’après-midi d’un faune, uma das páginas orquestrais mais célebres de Debussy, revela a presença de elementos da natureza na praxis criativa do compositor, bem como a influência da literatura, consistindo numa evocação do poema de Stéphane Mallarmé Prélude, interludes et paraphrase finale pour l’après-midi d’un faune. Anton Bruckner (1824-1896) foi um importante compositor austríaco de música sacra e secular, sendo particularmente conhecido pelas suas sinfonias e pela influência de Wagner na sua obra. Paralelamente, foi organista e professor de Harmonia e Contraponto no Conservatório e na Universidade de Viena. Claude Debussy (1862-1918) foi um compositor francês cuja obra é frequentemente associada à corrente impressionista e simbolista. Clair de lune (1890-1905), Prélude à l’après-midi d’un faune (1894), a ópera Pelléas et Mélisande (1902) e La mer (1905) são algumas das suas obras mais célebres. O pianista e maestro alemão David Afkham (n. 1983) formou-se na Universidade de Música de Friburgo e na Escola Superior de Música Franz Liszt, em Weimar. Foi maestro assistente da Orquestra Sinfónica de Londres durante dois anos, colaborando regularmente com outras formações, como a Orquestra Sinfónica de Chicago, a Orquestra do Real Concertgebouw, a Orquestra Juvenil Gustav Mahler e a Filarmónica de Los Angeles. É também membro da Associação Richard Wagner de Bayreuth e do Fórum de Maestros do Conselho Alemão de Música. 10 Janeiro Sáb às 21h30 Sala Principal | M/6 | 1h30 46 Seiva Bruta (Lisboa) Penicos de prata Música e poesia erótica satírica portuguesa O s Penicos de prata compõem música para poemas de cariz erótico e satírico. Depois de se terem debruçado sobre alguns dos poemas incluídos na Antologia de poesia portuguesa erótica e satírica, organizada e publicada por Natália Correia em 1966 (e logo apreendida pelas estruturas competentes do Estado Novo), a formação alargou o leque de autores portugueses a que recorre, integrando, por exemplo, contributos de António Botto, Fernando Pessoa, Liberto Cruz e Adília Lopes. Com um contrabaixo, um violoncelo, um ukelele e uma guitarra, os Penicos de prata aliam a poesia à música e associam-lhe a teatralidade presente na sua postura em palco e na utilização da voz. Fazem-no, no entender de Liberto Cruz, “astuciosa e inteligentemente”, “sem rodeios, rodriguinhos ou subterfúgios”, encontrando no acompanhamento musical uma forma de reforçar o carácter desconcertante e transgressor dos textos literários, invariavelmente irónico e hilariante. Os Penicos de prata nasceram em 2002, em Almada, quando André Louro foi convidado por João Lima a musicar poemas eróticos de Natália Correia. O projecto transformou-se entretanto num quarteto de voz e cordas e é mantido em paralelo com as carreiras artísticas dos seus membros: André Louro e Catarina Santana são actores, Eduardo Jordão e André Pontífice são músicos de formação clássica. 30 e 31 Janeiro Sex e Sáb às 21h30 Sala Experimental | M/12 | 1h00 47 Luís Represas P restes a comemorar 39 anos de carreira, Luís Represas apresenta o seu último álbum, Cores. Depois de seis anos sem gravar a solo, este é o seu trabalho mais pessoal, por ser aquele em que aposta mais em si para compor letras e arranjos e para transmitir uma mensagem optimista, através da qual teimosamente contraria aqueles que “querem fazer parecer que há só cinzento e que é tudo igual”. Para além de Tomara e Ela quer, singles do novo álbum, Luís Represas não esquecerá, em Almada, todos os êxitos que marcaram uma carreira longa, cujo início remonta à fundação dos Trovante, em 1976. Luís Represas (n. 1956) iniciou a sua carreira a solo em 1992. Desde então editou três discos ao vivo e seis álbuns de originais: Represas, Cumplicidades, A hora do lobo, Código verde, Fora de mão, Olhos nos olhos, Luís Represas e João Gil e Cores. Grande parte dos seus trabalhos discográficos inclui colaborações com outros artistas, designadamente com Bernardo Sassetti, Davy Spillane, Pablo Milanés, Miguel Nuñez e Pedro Guerra. 13 Fevereiro Sex às 21h30 Sala Principal | M/12 | 1H15 48 Oquestrada A tlanticBeat mad’in Portugal é o nome do segundo álbum dos Oquestrada, que se afirma cada vez mais como um caso de sucesso e de originalidade na cena musical portuguesa e estrangeira, contando já com centenas de actuações nos melhores festivais do Mundo e em salas de renome internacional – inclusivamente na cerimónia de atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2012. Musicando poemas de Amália Rodrigues e Fernando Pessoa, interpretando um tema inédito de António Variações e apostando na sonoridade da guitarra portuguesa e no protagonismo da célebre “contrabacia” (um instrumento formado por um balde de plástico, o cabo de uma vassoura e uma corda), os Oquestrada continuam concentrados no movimento de reinvenção e divulgação da música popular portuguesa, para a qual criaram um swing único e cosmopolita. Os Oquestrada nasceram em 2001, em Almada. Até 2009, ano de lançamento do seu álbum de estreia, actuaram pelo país inteiro, em busca de uma sonoridade própria e das raízes da música popular portuguesa. Com o lançamento de Tasca Beat o sonho português, obtiveram o reconhecimento da crítica nacional e estrangeira: o disco alcançou a platina e foi considerado pelo Le monde um dos melhores na área de World Pop. 14 Março Sáb às 21h30 Sala Principal | M/12 | 1h30 49 Coro Juvenil de Lisboa Coros de Zarzuelas Famosas piano e Direcção musical de Nuno Margarido Lopes O tipo de representação teatral e musical que dá pelo nome de zarzuela nasceu num palacete mandado erigir pelo Cardeal Infante D. Fernando, irmão de Filipe IV, nos arredores de Madrid. Assim, durante o século XVII, la zarzuela foi, para além de residência temporária da família real e da corte espanhola, palco de espectáculos que associavam a declamação, o canto, os momentos musicais e dialogados, onde muitos descobrem os antecedentes da ópera. Posteriormente, estas representações assumiram um carácter mais popular, transformando os temas épicos e mitológicos originais em quadros que retratam os costumes do povo. Sob a direcção do maestro Nuno Margarido Lopes, o Coro Juvenil de Lisboa interpretará algumas das mais emblemáticas partituras corais do repertório da zarzuela, transportando o público para o ambiente dos bairros antigos, repletos de pregões, vizinhos e pátios de lanterna, e para a atmosfera das calorosas tabernas espanholas, onde se dançam mazurcas, sevilhanas e seguidilhas. Nuno Margarido Lopes (n. 1975) estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Profissional de Arcos do Estoril, tendo completado o Curso de Composição e Piano no Moscow Piano Quartet. Em 1997 foi convidado pelo maestro João Paulo Santos para ser seu assistente no Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, onde exerce actualmente funções de maestro co-repetidor, trabalhando também com a Orquestra Sinfónica Portuguesa. Criou, em Janeiro de 2011, o Coro Juvenil de Lisboa, um projecto que investe na formação de jovens cantores, dando-lhes a oportunidade de colaborar com diversas orquestras, maestros e solistas. Este é o coro residente do Teatro Nacional de S. Carlos. 28 Março Sáb às 21h30 Sala Principal | M/6 | 1H00 50 Orquestra de Câmara Portuguesa (Lisboa) Concerto de Páscoa Direcção musical de Pedro Carneiro Obras de Robert Schumann e Johannes Brahms A cada nova temporada a Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP) escolhe um espírito para a inspirar. O espírito costuma ter nome de compositor e denunciar, desde logo, as obras que estarão no centro dos concertos dados nesse ano. No entanto, o lema da formação para 2015 é “OCP: Espírito radical!”, pelo que o programa se definiu em função da atitude original e inconformista que os nomes de Schumann e Brahms personificam. Para o primeiro, o momento de inspiração era “a centelha absoluta da criação artística” e compor exigia combinar partes idênticas de caos e de disciplina (o que, no seu caso, implicou até escrever música durante episódios maníacos). Brahms é, por sua vez, o exemplo de um espírito aberto a todas as ideias, que almeja a universalidade e uma arquitectura musical perfeita e refinada. A OCP apresenta as segundas sinfonias de ambos, na esperança de contagiar toda a família com a emoção e a energia que têm em comum com os concertos dirigidos pelo maestro Pedro Carneiro. Criada em 2007 por Pedro Carneiro, Teresa Simas, José Augusto Carneiro e Alexandre Dias, a Orquestra de Câmara Portuguesa procurou afirmar-se como um ensemble de excelência e uma plataforma de lançamento para novos intérpretes. Oito anos depois, é já uma formação de referência no panorama musical português, sendo uma presença assídua nos Dias da Música de Belém e, desde 2008, a orquestra residente do CCB. Tem conquistado prestígio internacional através da colaboração com compositores e solistas estrangeiros e das actuações em palcos internacionais. Pedro Carneiro (n. 1975), seu director artístico e maestro titular, foi distinguido, em 2011, com o Prémio Gulbenkian Arte. 03 Abril Sex às 21h30 Sala Principal | M/6 | 1H30 (c/interv.) 51 Ensemble MPMP – Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (Porto) O Cavaleiro das mãos irresistíveis Duas óperas breves com música de Ruy Coelho e Daniel Moreira a partir da obra homónima de Eugénio de Castro Direcção musical de Jan Wierzba | Encenação de António Durães D. Sancho, um misterioso fidalgo espanhol com pouco mais de vinte anos, é recolhido por D. Guterre Lopes, depois de sofrer um acidente em Coimbra, enquanto cavalgava. Corre o boato de que as mãos do cavaleiro possuem um poder maligno, mas nada impede o jovem de se aproximar da filha do seu protector, D. Beatriz. Partindo do poema de Eugénio de Castro (1869-1944) que narrava a história do forasteiro, Ruy Coelho (1889-1986) compôs, em 1927, a ópera O cavaleiro das mãos irresistíveis, apresentada em Portugal e Espanha e calorosamente aclamada pelo público e pela crítica de ambos os países. No espectáculo que agora se apresenta no TMJB, a trama insólita é complementada por um episódio lírico da autoria do jovem compositor Daniel Moreira (n. 1983), que recupera e desenvolve aspectos da narrativa original, deixados de fora do libreto de Ruy Coelho. O Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa é uma associação dedicada à divulgação de música de tradição erudita ocidental. Publica, desde 2010, a revista glosas, a única publicação do Mundo exclusivamente dedicada à divulgação da música clássica de países de língua portuguesa, para além de diversos livros e partituras. Parceiro da Biblioteca Nacional, da Orquestra Metropolitana de Lisboa e do Museu da Música, o MPMP já apresentou, desde a sua fundação, mais de uma centena de espectáculos, promovendo alguns dos nomes mais promissores da nova geração de instrumentistas portugueses. 11 Abril Sáb às 21h30 Sala Principal | M/12 | 1h20 52 Teatro Nacional de S. Carlos (Lisboa) Ciclo S. Carlos: Os compositores portugueses da geração de 70 à Segunda Guerra Direcção musical de João Paulo Santos O Teatro Nacional de S. Carlos organiza, em 2015, um ciclo de quatro concertos comentados, através dos quais se procura traçar o panorama da música portuguesa erudita entre o último quartel do século XIX e a segunda metade do século XX. Serão quatro os temas versados no âmbito deste ciclo (Novidades, As sociedades de concerto, A modernidade e Novos valores), ilustrados por dezenas de obras vocais e de câmara, da autoria de dezoito compositores portugueses. À frente dos trabalhos estará o maestro João Paulo Santos, que, para além de conduzir a conversa com o público, acompanhará ao piano os cantores convidados. O primeiro concerto reflectirá, assim, sobre as características do meio musical finissecular, sucedendo-lhe aquele que abordará o movimento de difusão da música de câmara no País, por intermédio das sociedades de concerto de Lisboa e do Porto. No terceiro encontro, o advento da Modernidade e a introdução de novas linguagens na composição e na prática instrumental estarão no centro da reflexão, reservando-se para o último concerto uma viagem pelos estilos distintos das várias personalidades que surgiram nesta área, no período entre as duas guerras. João Paulo Santos (n. 1959), pianista e maestro, concluiu o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional de Lisboa. Há 34 anos ligado ao TNSC, é actualmente Director de Estudos Musicais, Director Musical de Cena e Coordenador do Estúdio de Ópera nessa instituição. O seu percurso artístico abrange fundamentalmente três áreas: a direcção musical, o piano, e a recuperação do património musical nacional. 12 Abril | 10, 17 e 24 Maio Dom às 16h00 Sala Experimental | M/6 | 1H20 (aprox.) 53 Áurea A voz de Áurea surgiu nas rádios nacionais há pouco mais de quatro anos, quando, em Setembro de 2010, lançou o seu álbum de estreia. Áurea esteve 28 semanas consecutivas nos cinco primeiros lugares da tabela de vendas portuguesa e atingiu a marca de dupla platina. No ano seguinte, valeu à intérprete uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Intérprete Individual e outra para o Best Portuguese Act, nos MTV Europe Music Awards. Actualmente é considerada uma jovem diva da soul music, cujas digressões ultrapassam já as fronteiras nacionais, chegando, por exemplo, a Macau, Hungria e Brasil. Em Novembro de 2012, editou o seu segundo álbum de originais, Soul Notes, que inclui os êxitos Scratch my Back e Nothing Left to Say. Com ele, venceu pela segunda vez o Best Portuguese Act da MTV. Áurea (n. 1987) frequentava o curso de Teatro da Universidade de Évora quando a sua voz foi descoberta por Rui Ribeiro, o músico que a convenceu a gravar um tema e a enviá-lo para a Blim Records. O interesse da produtora fê-la lançar, em 2010, o seu primeiro álbum, homónimo, e, em 2012, Soul Notes. Entre as suas actuações, destaca-se o concerto dado em 2011 no Coliseu dos Recreios de Lisboa e duas participações no Rock in Rio. 19 Setembro Sáb às 21h30 Sala Principal | M/12 | 1h20 (aprox.) 54 António Zambujo F oram os seus últimos álbuns e, sobretudo, os temas Flagrante e Lambreta que trouxeram a António Zambujo o reconhecimento em grande escala. No entanto, há mais de dez anos que o cantor procura o som que o representa e que resume todas as suas influências musicais. Define-o como “um fado que mescla o jazz e a música popular brasileira” e onde também estão presentes as suas origens alentejanas. Entre aqueles que saúdam a sua originalidade, destaca-se Caetano Veloso: “O que se ouve em Zambujo é algo que vai mais fundo. É um jovem cantor de fado que, intensificando mais a tradição do que muitos dos seus contemporâneos, faz pensar em João Gilberto e em tudo que veio à música brasileira por causa dele”. António Zambujo acaba de lançar Rua da Emenda, o disco que vem apresentar a Almada. António Zambujo (n. 1975) estudou clarinete durante dez anos no Conservatório do Baixo Alentejo. Em 2000 mudou-se para Lisboa e integrou o elenco de Amália, o musical de Filipe La Féria. Depois de actuar em várias casas de fado, lançou o seu primeiro disco, O mesmo fado, em 2002. Seguiram-se Por meu cante (2004), Outro sentido (2007), Guia (2010), Quinto (2012) e Rua da Emenda (2014). Em 2006 recebeu o Prémio Amália Rodrigues para Melhor Intérprete Masculino de Fado. 02 Outubro Sex às 21h30 Sala Principal | m/12 | 1h15 (aprox.) 55 Orquesta Filarmónica Mediterránea (Madrid) Concerto de Natal Direcção musical de Sergio Kuhlmann D a banda sonora do próximo Natal farão parte temas extraídos de peças orquestrais e de óperas compostas por autores tão diversos como Johann Strauss, Giacomo Puccini, Offenbach, Georges Bizet, Leroy Anderson, Léo Delibes e Giuseppe Verdi. Um conjunto de vilancetes anónimos, de carácter popular, também figurará no programa. Para a estreia natalícia, a Orquestra Filarmónica Mediterrânea traz consigo um tenor, um soprano e dois bailarinos profissionais: as vozes dos primeiros e o movimento dos segundos ilustrarão composições sem idade, capazes de encantar toda a família. Sergio Kuhlmann é natural de São Paulo, no Brasil. Estudou direcção de orquestra com Mario Tavares. No início da sua carreira, foi maestro nos Teatros Municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro e director da Orquestra Filarmónica do estado brasileiro de Goiás. Em 2003 partiu para Espanha, para seguir o curso Música em Compostela, no âmbito do qual foi distinguido com o Prémio Andrés Segovia. Desde então assumiu diversas funções em instituições do país vizinho: foi director do coro Orfeón Filarmónico de Madrid (2004-2007), colaborador do programa El conciertazo da RTVE e director de várias temporadas líricas do Teatro de Madrid. 20 Dezembro Dom às 16h00 Sala Principal | M/6 | 2H00 (c/interv.) 56 artes Plásticas Incumbe ao Estado, em colaboração com todos os agentes culturais: e) Articular a política cultural e as demais políticas sectoriais. Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa 57 FOTOGRAFIA Em casa do meu Pai há muitas moradas Exposição de Carlota Mantero N um primeiro relance, somos tentados a olhar para estas fotografias como recriações de paisagens atmosféricas – céus pesados de nuvens, desenhando abstracções no espaço. Em alguns casos, as imagens sugerem a existência de um limbo entre o céu e a terra, territórios sobrepostos que se diferenciam apenas pela densidade e grau da turbulência atmosférica. Mas elas são também o resultado visível de um aturado caminho de aprendizagem e aperfeiçoamento interiores, de que cada imagem é o espelho possível. São, à sua maneira, exercícios espirituais. Gostaria de enfatizar dois aspectos: a interioridade dos ambientes atmosféricos, diáfanos, escatológicos retratados e a utilização das técnicas da fotografia digital como meio para alcançar uma qualidade plástica em tudo diferente da função representativa que é comum associarmos à fotografia. O que vemos são fotografias, mas também são pintura, desenho... Ou, citando Rui Chafes, no seu livro Entre o céu e a terra: “Não é a escultura, o desenho, a pintura, a fotografia... É a alma. A arte é o duro trabalho da nossa alma”. José Sousa Machado Carlota Mantero frequentou o curso de fotografia da Ar.Co. Participou em várias exposições individuais e colectivas de fotografia, entre as quais se destaca Atrás-dos-Montes, realizada em 1998 para os Encontros de Fotografia de Braga. Foi fotógrafa residente na revista Artes & Leilões (1994-96) e na revista Arte Ibérica (1996-2000), que fundou. No quadro da sua colaboração com esta última publicação, assumiu também a direcção artística e as funções de coordenadora de imagem, tal como na Agenda Cultural da Câmara Municipal de Lisboa. Posteriormente dirigiu a revista Aprender a olhar (2002-2004) e foi responsável pela publicação de Evangelhos comentados. 17 Janeiro a 31 MARÇO Qui a Sáb das 19h00 às 21h30 Dom das 15h00 às 19h30 Galeria | M/6 58 Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00 FOTOGRAFIA Grandpa was a rolling stone Exposição de José de Almeida F loriano queria terminar o pavimento em redor da casa onde passa férias e alguns fins-desemana ao longo do ano. É uma casa rústica e típica situada em pleno Baixo Alentejo, numa região despovoada e remota de Portugal. Na metade que falta concluir, há uma parte que tem pedras, mas que, por não estarem cimentadas, estão perigosamente soltas. E há outra parte que não tem nem pedras nem cimento, e que se enlameia com a chuva. Floriano queria continuar a obra, mas precisava de mais pedras. Registei toda a epopeia tirando cerca de 4500 fotografias. Deixei sobreviver menos de 300 e, destas, seleccionei 71 fotografias para contarem toda a história. Mas as fotografias não revelam a verdadeira razão de tudo isto. O que Floriano realmente queria era impressionar o neto, Guilherme, que ia nascer dali a poucos meses. Ele, o grandpa Floriano, era a pedra rolante que ia fazer com que pudesse correr feliz à volta de toda a casa sem tropeçar, e até andar por ali de bicicleta ou de patins. E isto ia ser muito, mas muito mais, do que na canção dos The Temptations. José De Almeida José De Almeida (n. 1964) frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio. Aí realizou a sua primeira exposição individual, tornando-se também membro do Grupo de Acção Cultural e co-fundador do Atelier Livre. Frequentou ainda o curso de Iniciação à Gravura da Galeria Quadrum, leccionado por David de Almeida. Realizou várias exposições individuais e colectivas, entre as quais se destacam Papel como suporte (1982), Lagos‘82, Lagos‘84 e Novos novos (1984). Como designer gráfico, foi autor dos primeiros softwares multimédia desenvolvidos em Portugal. Colabora há mais de 15 anos com a Fundação Calouste Gulbenkian no design de vários sites. 11 Abril a 21 JUNHO Qui a Sáb das 19h00 às 21h30 Dom das 15h00 às 19h30 Galeria | M/6 Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00 59 PINTURA Vitapop Exposição de Pedro Almeida P artindo de uma selecção criteriosa de figuras populares da banda desenhada e recorrendo à ideia do poster que faz propaganda ao medicamento, criei um grupo de pinturas onde é evidente a ligação entre o mundo real do medicamento e o mundo não-real da banda desenhada. As pinturas executadas, reflectindo essa ideia, apresentam figuras com elevado grau de satisfação e de humor, levando-nos a acreditar no efeito benéfico que os medicamentos inventados por mim produzem no seu organismo. A toma dos medicamentos por estas figuras parece mantê-las saudáveis, bonitas e vigorosas, criando uma ideia de necessidade de manutenção. Ao fazerem publicidade ao medicamento, as personagens da BD criam uma relação de proximidade com a doença e a morte, transformando-se em personagens temporais e efémeras. Pedro Almeida Pedro Almeida (n. 1966) é licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa. Posteriormente concluiu uma licenciatura e um mestrado em Pintura na Faculdade de Belas Artes da mesma universidade. Expõe regularmente desde 2010, situando o seu trabalho entre a Pintura e a Instalação, e está representado em várias colecções particulares e públicas. Integra, desde 2014, os artistas residentes da Galeria [CINCO] Contemporary Art, em Cascais, com a exposição individual The Tongue Project. Nesse ano, apresentou também The Effects of the Green Kriptonyte no Museu Geológico em Lisboa e a exposição Flesh and Steel. A sua obra foi já distinguida com duas menções honrosas: em 2010, no Concurso das Artes do Inatel e, em 2004, no Salão de Artes Plásticas de Coruche. 06 JULHO a 11 outubro Qui a Sáb das 19h00 às 21h30 Dom das 15h00 às 19h30 Galeria | M/6 60 Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00 FOTOGRAFIA Ping Pang Pong Exposição de AA AA descobriu recentemente a fotografia, ou melhor, o registo fotográfico. Porque quando AA olha, não está a pensar em enquadramentos, em composições visuais. O que intenta não é fotografar, mas sim continuar uma procura antiga, que sempre a acompanhou desde as mesas do laboratório na universidade. O interesse pelo close up, para do extremamente perto extrapolar o longe, é constante no olhar de AA. Da célula ao fio de cabelo, da pata da carocha aos olhos da mosca, do pequeno brinco à coroa dum santo, da perna dum boneco de cerâmica a alguma baixela em casquinha, dum ramo partido ao líquen no lado escuro de uma árvore, das suas queridas magnólias à estranha gynco biloba: o olhar de AA parece demorar-se nos pequenos detalhes que, na realidade do dia-a-dia, suspendem a relação imediata com o visível. É essa empatia que a faz disparar o iphone. Recentemente deu-se conta de que havia afinidades entre algumas das suas imagens. Quase que podia eleger séries, agrupar momentos. Passou a dar títulos aos seus posts no Facebook. Esta é uma exposição que revela a singularidade do extremamente pessoal. Entramos num universo desconhecido pela mão de um olhar revelador de intimidades. PC AA nasceu em Bragança, mas vive em Lisboa. A sua formação científica (em Biologia) determinou um modo de olhar que se prende hoje em tudo aquilo que a emociona. Durante vários anos, deu continuidade à prática laboratorial liceal e universitária, com os alunos das escolas onde leccionou. Quando há poucos anos iniciou o registo sistemático das suas actividades, nas aulas e clubes de ciências, não supunha estar a formar um olhar que se autonomizaria em fotografias emolduradas na parede de uma sala de exposições. Fará a sua estreia na Galeria do TMJB. 17 outubro a 31 dezembro Qui a Sáb das 19h00 às 21h30 Dom das 15h00 às 19h30 Galeria | M/6 Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00 61 in f o r m a ç ões e serviços 62 O Clube de Amigos do Teatro Municipal Joaquim Benite foi criado em 1988, aquando da inauguração do antigo Teatro Municipal, em Maio desse ano. A ligação intensa do Teatro à comunidade acentuou-se com a inauguração do novo TMA. O Clube de Amigos é o núcleo central dos nossos espectadores. O cartão anual do Clube de Amigos tem as seguintes modalidades: BENEMÉRITO mínimo 100 € GERAL 40 € JOVEM (até 25 anos) 25 € SÉNIOR (maiores de 65 anos) 30 € 63 Clube de Amigos do GERAL 40€ TELEMÓVEL CÓDIGO POSTAL à ordem de Companhia de Teatro de Almada Vale Postal PROFISSÃO SÉNIOR 30€ Nib: 0033 0000 0568 0262 5615 3 Comprovativo de transferência bancária E-MAIL JOVEM 25€ Desejo pertencer ao CLUBE DE AMIGOS do Teatro Municipal Joaquim Benite, de acordo com as condições da modalidade: Benemérito NOME DATA DE NASCIMENTO MORADA LOCALIDADE TELEFONE Junto envio Cheque No valor de Teatro Municipal Joaquim Benite Av. Prof. Egas Moniz 2804-503 | Tel.: 21 273 93 60 | www.ctalmada.pt 64 informações e serviços Espectáculos em digressão Um dia os réus serão vocês Dramaturgia de Rodrigo Francisco a partir de uma ideia original de Joaquim Benite Intérpretes Luís Vicente e João Farraia, Joaquim do Carmo, Manuel Mendonça e Mariana Monteiro Luís Vicente protagoniza a dramatização do texto da defesa que Álvaro Cunhal apresentou de si mesmo no célebre julgamento de 1950, e que consistiu numa corajosa e contundente condenação do regime fascista. Canções de Brecht De Bertolt Brecht | Tradução de Yvette K. Centeno Intérpretes Luís Madureira e Teresa Gafeira (voz) e Jeff Cohen ou Francisco Sassetti (piano) A actriz Teresa Gafeira, o tenor Luís Madureira e Jeff Cohen ou Francisco Sassetti, ao piano, empreendem – em português – uma viagem músico-dramática pela poesia de Brecht, musicada por compositores como Kurt Weill, Hans Eisler, Paul Dessau, Kurt Schawen, Franz Bruinier e Theodor Adorno. O mandarim A partir de Eça de Queiroz Dramaturgia de Pedro Proença e Teresa Gafeira Encenação de Teresa Gafeira Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa, Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade e Pedro Walter Teresa Gafeira leva à cena a história de Teodoro, o protagonista da novela queirosiana que, depois de assassinar um mandarim para satisfazer as suas ambições burguesas, se vê a braços com uma crise de consciência. verdi que te quero verdi Encenação de Teresa Gafeira Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa, João Farraia e Pedro Walter Quatro desastrados cozinheiros que cantam, dançam e manipulam marionetas, introduzem os mais novos no universo musical do grande compositor italiano Giuseppe Verdi. 65 Menu ALMOÇO 6€ Prato do dia + bebida + café Menu JANTAR 9€ Pão + sopa + prato do dia + bebida + sobremesa + café MENU TEATRO 14€ Refeição Menu Jantar + Espectáculo CTA Menu Clube de Amigos 7.5 € Pão + sopa + prato do dia + bebida + sobremesa + café Festas de convívio, aniversários e grupos 66 informações e serviços Preçário produções na sala Principal CLUBE de AMIGOS bilheteira GRUPOS membro Acompanhante ADULTO JOVEM SÉNIOR – 6€ 13 € 6€ 7€ 6€ 6.50 € 7€ 13 € 6€ 8€ 8€ cine-teatro constantino nery 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ companhia de teatro do algarve 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ Nao d’Amores 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ Centro dramático galego 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ Victor Hugo Pontes 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ Clara Andermatt 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ 6.50 € 7€ 13 € 6€ 8€ 8€ Companhia de dança de almada 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ Companhia nacional de bailado 6.50 € 7€ 13 € 6€ 8€ 8€ 6€ 10 € 15 € 12 € 12 € 10 € Luís Represas 8.50 € 10 € 17 € 10 € 12 € 12 € Oquestrada 7.50 € 10 € 15 € 10 € 12 € 12 € 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ 6.50 € 7€ 13 € 6€ 8€ 8€ 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ Áurea 10 € 12 € 20 € 15 € 15 € 15 € António Zambujo 10 € 12 € 20 € 15 € 15 € 15 € Concerto de natal 7.50 € 10 € 15 € 10 € 12 € 12 € t e at r o companhia de teatro de almada Artistas unidos dança Ballet Nacional da Argentina Música orquestra gulbenkian Coro Juvenil de Lisboa Concerto de Páscoa cavaleiro das mãos irresistíveis produções na sala experimental CLUBE DE AMIGOS bilheteira GRUPOS membro acompanhante ADULTO JOVEM SÉNIOR O mandarim – 5€ 10 € 6€ 7€ 6€ Pastéis de Nata para Bach – 6€ 7€ 6€ 7€ 6€ 5€ 6€ 10 € 6€ 7€ 7€ Produções acolhidas 67 informações e serviços Informações úteis Venda de bilhetes e reservas Horário da Bilheteira Terça a Sábado das 14h30 às 22h30 Domingo das 14h30 às 19h30 Nos espectáculos acolhidos, o levantamento dos bilhetes terá de ser feito até sete dias antes da sessão. As reservas são válidas durante 15 dias. Nos espectáculos da CTA, as reservas dos bilhetes são respeitadas até 24h antes do início da sessão. Os bilhetes adquiridos não são reembolsáveis. Contactos Morada: Teatro Municipal Joaquim Benite | Av. Prof. Egas Moniz | 2804-503 Almada Tel.: 21 273 93 60 | Fax: 21 273 93 67 E-mail: [email protected] GPS: Latitude 38.676238, Longitude -9.160173 Sítio da Companhia de Teatro de Almada: www.ctalmada.pt Facebook: www.facebook.com/TeatroMunicipalAlmada Cafetaria e bar O Bar do Teatro Municipal Joaquim Benite está aberto de Terça a Sábado, das 14h30 às 22h30, e Domingos, das 14h30 às 19h30, prolongando o período de funcionamento nos dias de espectáculo. Acesso de pessoas condicionadas O TMJB está preparado para receber, nas suas salas, espectadores condicionados fisicamente, que tenham de deslocar-se em cadeiras de rodas. Há equipamentos especiais para acolher quem deles necessitar. 68 informações e serviços Horários dos autocarros (TST) Horários dos comboios (Fertagus) Horário dos barcos (Transtejo e Soflusa) Carreira 152 – Pç.ª de Espanha / Pç.ª S. João Baptista (Almada) Lisboa (Areeiro) >> Pragal Partidas Cais do Sodré Partidas de Lisboa | Almada Todos os dias entre 06H30 e as 00H45. Partidas de Almada | Lisboa Todos os dias entre 05H50 e as 00H15. Carreira 160 – Pç.ª do Areeiro / Pç.ª S. João Baptista Partidas de Lisboa | Almada Todos os dias entre as 07H00 e as 21H30. Partidas de Almada | Lisboa Todos os dias entre as 05H50 e as 20H45. Carreira 176 – Cidade Universitária / Pç.ª S. João Baptista Partidas de Lisboa Dias úteis Entre as 08H10 e as 20H20. Sábados, Domingos e feriados Entre as 15H00 e as 18H00. Partidas de Almada Dias úteis Entre as 06H45 e as 19H30. Sábados, Domingos e feriados Entre as 14H15 e as 17H15. Dias úteis Entre as 05H43 e as 01H28 Três últimos comboios às 23H58, 00H43 e 01H28. Sábados, Domingos e feriados entre as 06H43 e as 00H43 com intervalos de 30 minutos. Pragal >> Lisboa Dias úteis Entre as 05H49 e as 00H59 Três últimos comboios às 22H59, 23H59 e 00H59. Sábados, Domingos e feriados Entre as 05H49 e as 00H09 com intervalos de 30 minutos. Todos os dias Entre as 05H35 e a 01H40 Três últimos barcos às 00H20, 01H00 e 01H40. Partidas Cacilhas Todos os dias Entre as 05H20 e a 01H20 Três últimos barcos às 00H05, 00H40 e 01H20. Horário do metro (MTS) Todos os dias Entre as 05H00 e as 02H00 Setúbal >> Pragal Dias úteis Entre as 05H48 e as 00H18 Três últimos comboios às 22H18, 23H18 e 00H18. Sábados, Domingos e feriados Entre as 05H58 e as 22H58 com intervalos de 1 hora. Pragal >> Setúbal Dias úteis Entre as 06H00 e a 01H00 Três últimos comboios às 23h30, 00H15 e 01H00. Sábados, Domingos e feriados Entre as 07H00 e a 01H00 com intervalos de 30 minutos, só até ao Pinhal Novo. 69 informações e serviços Serviço educativo Ao abrigo de um protocolo estabelecido com a Fundação Share, o TMJB dispõe de condições especiais para a vinda ao teatro de estudantes carenciados. Vindas colectivas de estudantes Durante todo o período de funcionamento do teatro desenvolve‑se um programa de colaboração com os estabelecimentos de ensino, que facilita aos estudantes a assistência aos espectáculos a preços especiais. Este programa inclui ainda a organização de colóquios e acções de colaboração com as escolas, nomeadamente através do apoio técnico e artístico a grupos de teatro. Atelier de tempos livres O Teatro dispõe de um espaço de ATL que dinamiza um conjunto de ateliers de expressão artística para crianças dos 4 aos 12 anos. Horário: Terça a Sexta das 18h às 20h. Aos Domingos o ATL funciona durante os espectáculos. Em dias de espectáculo o atelier permanece em funcionamento até ao final da sessão. Visitas guiadas para grupos As visitas guiadas para grupos (estudantes, empresas, etc.) podem ser efectuadas todas as manhãs, de Terça a Sexta-feira, entre as 10h00 e as 13h00. Esta actividade é gra- tuita e tem a duração aproximada de uma hora. Número máximo de visitantes por sessão: 25 pessoas. As visitas devem ser marcadas com pelo menos uma semana de antecedência. 70 Companhia de Teatro de Almada CRL DIRECTOR ARTÍSTICO Rodrigo Francisco DIRECTOR FINANCEIRO Carlos Galvão CONSULTORES TÉCNICOS José Carlos Nascimento e Jean-Guy Lecat CONSULTOR DE ARTE André Gomes ASSESSOR JURÍDICO Maria de Lurdes Bessa Monteiro DIRECTOR TÉCNICO Guilherme Frazão SECRETÁRIA DA DIRECÇÃO Ana Patrícia Santos PRODUÇÃO Paulo Mendes ADERECISTA Paulo Horta TÉCNICOS António Antunes, João Martins, Miguel Laureano Guarda-roupa Rodica Alexe e Rosa Poeira DIRECÇÃO DE CENA João Farraia GESTÃO FINANCEIRA Susana Fernandes TÉCNICo OFICIAL DE CONTAS Conta Oculta CONTABILIDADE Sofia Trindade EDIÇÕES Ângela Pardelha e Levi Martins COMUNICAÇÃO Levi Martins DESIGN João Gaspar AUDIOVISUAIS e SITE Cristina Antunes e Jorge Freire FOTOGRAFIA Rui Carlos Mateus SERVIÇO DE PÚBLICO Carina Verdasca, Miguel Martins e Pedro Walter SERVIÇO EDUCATIVO Carla Saragaço e Teresa Gafeira BILHETEIRA Ana Carriço COORDENADOR DE FRENTES DE SALA Joaquim Silva BAR Isabel Galvão RESTAURANTE Firmina Albasini, Rosângela Vervloet, Diana Alexe e Sónia Freire RECEPÇÃO André Couto, João Brito e Tiago Fernandes LIMPEZA Valdmira Neto 71 Textos Ângela Pardelha Levi Martins Revisão Ana Carriço Miguel Martins Paulo Mendes Grafismo João Gaspar Produção Ana Patrícia Santos Impressão Irisgráfica